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Auditoria Externa, Planejamento e Documentação da Auditoria - aula 2

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DESCRIÇÃO
Apresentação das bases conceituais da auditoria externa, planejamento de auditoria das demonstrações
contábeis, documentação de auditoria e relatórios de auditoria, de acordo com as Normas Brasileiras de
Contabilidade.
PROPÓSITO
Apresentar as principais normativas das Normas Brasileiras de Contabilidade referentes aos trabalhos de
asseguração realizados por uma auditoria independente. Esse conhecimento colaborará para a construção
do conhecimento em auditorias externas.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
Contextualizar a auditoria externa na estrutura conceitual de trabalhos de asseguração das Normas
Brasileiras de Contabilidade
MÓDULO 2
Descrever normas de planejamento de auditoria das demonstrações contábeis, de acordo com as Normas
Brasileiras de Contabilidade
MÓDULO 3
Descrever normas de documentação de auditoria, de acordo com as Normas Brasileiras de Contabilidade
MÓDULO 4
Descrever normas de elaboração de relatórios de auditoria, de acordo com as Normas Brasileiras de
Contabilidade
INTRODUÇÃO
Iniciaremos nossos estudos contextualizando os procedimentos utilizados na auditoria externa das
organizações com a Estrutura Conceitual de Trabalhos de Asseguração, proposta pelo Conselho Federal de
Contabilidade (CFC) , por meio das Normas Brasileiras de Contabilidade.
Vale ressaltar que todos os procedimentos, padrões e propostas de trabalho apresentados neste tema são
baseados na estrutura conceitual citada, com os respectivos desdobramentos.
Serão apresentados os principais requisitos para trabalho de asseguração e a forma de atuação do auditor
independente.
Para que seja operacionalizada a auditoria externa, devem ser seguidas as normas que regulamentam o
planejamento de auditoria das demonstrações contábeis, escopo do segundo módulo deste tema, que
abordará as atividades preliminares, as atividades de planejamento, a estratégia global e o plano de auditoria.
O processo de planejamento de auditoria demanda procedimentos de documentação de auditoria, assunto a
ser tratado no terceiro módulo. No fim desse módulo, você encontrará uma relação de normas que
complementam a documentação de auditoria.
Por fim, no quarto módulo, trataremos dos procedimentos de elaboração de relatórios. Você terá uma visão
geral dos principais pontos que devem ser abordados na elaboração do relatório de auditoria. De forma
similar ao módulo anterior, você terá, no fim, uma relação de normas que complementam a elaboração de
relatórios de auditoria.
MÓDULO 1
 • Contextualizar a auditoria externa na estrutura conceitual de trabalhos de asseguração das
Normas Brasileiras de Contabilidade
AUDITORIA EXTERNA
A auditoria externa é uma modalidade de auditoria conduzida por profissionais que não fazem parte da
organização auditada.
Nessa modalidade, o auditor deve conduzir seu trabalho de análise das demonstrações contábeis de forma
independente e alinhado às Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC) e às normativas internacionais,
quando for o caso.
As normas brasileiras que regulam a atuação do auditor independente compõem as normas denominadas
NBC TA, sigla utilizada para Normas Brasileiras de Contabilidade – Trabalhos de Asseguração.
ESTRUTURA CONCEITUAL DE TRABALHOS DE
ASSEGURAÇÃO
TRABALHOS DE ASSEGURAÇÃO
No vídeo a seguir, vamos falar sobre o panorama dos trabalhos de asseguração.
Os trabalhos de asseguração seguem uma norma denominada NBC TA Estrutura Conceitual, que trata da
definição de uma estrutura conceitual que normatiza os trabalhos de asseguração.
No corpo dessa estrutura, destacam-se os pontos apresentados na figura a seguir:
 
Normas Brasileiras de Contabilidade, adaptada por Gian Corapi
 Figura: Estrutura conceitual de trabalhos de asseguração
No corpo dessa estrutura, destacam-se os pontos apresentados na figura a seguir:
 
Normas Brasileiras de Contabilidade, adaptada por Gian Corapi
 Figura: Estrutura conceitual de trabalhos de asseguração
A construção dessa estrutura teve o objetivo de apresentar didaticamente os elementos e objetivos que
compõem os trabalhos de asseguração aos auditores independentes e demais profissionais envolvidos.
Agora vamos detalhar cada um deles:
PRINCÍPIOS ÉTICOS E NORMAS DE CONTROLE DE
QUALIDADE
INTEGRIDADE
OBJETIVIDADE
COMPETÊNCIA E ZELO PROFISSIONAIS
SIGILO PROFISSIONAL
COMPORTAMENTO PROFISSIONAL
Quanto às políticas e aos procedimentos que devem ser definidos e seguidos para controle de trabalho de
asseguração, temos a norma NBC PA 01 – Controle de Qualidade para Firmas (Pessoas Jurídicas e Físicas)
de Auditores Independentes, que estrutura as políticas e os procedimentos quanto aos seguintes pontos:
Responsabilidades da liderança pela qualidade dentro da firma;
Exigências éticas relevantes;
Aceitação e continuidade de relacionamento com clientes e para trabalhos específicos;
Recursos humanos;
Execução do trabalho;
Monitoramento;
DESCRIÇÃO DOS TRABALHOS DE ASSEGURAÇÃO
Os trabalhos de asseguração são desenvolvidos pelos auditores independentes para coletar evidências que
subsidiem a apresentação de conclusões, que proporcionarão maior confiança às partes interessadas no
objeto da auditoria.
 
Imagem: Shutterstock.com
ELEMENTOS DO TRABALHO DE ASSEGURAÇÃO
Para que os trabalhos de asseguração sejam realizados, pressupõe-se a existência de cinco elementos:
Relação de três partes
Os trabalhos de asseguração atendem aos interesses de três partes interessadas principais: o auditor
independente, o responsável pelo objeto auditado e os usuários do resultado da auditoria.
Objeto
Para que os trabalhos de asseguração sejam realizados, é necessário que o objeto seja apropriado para o
alcance de seu objetivo. Essa condição depende da forma desse objeto. Nessa linha de entendimento,
temos, por exemplo, características físicas, como a quantidade de veículos utilizados em um determinado
serviço, como fonte de informação do objeto de auditoria.
Critérios
A mensuração ou avaliação de um objeto depende de critérios que apresentam as seguintes as seguintes
particularidades:
RELEVÂNCIA
INTEGRALIDADE
CONFIABILIDADE
NEUTRALIDADE
COMPREENSIBILIDADE
RELEVÂNCIA
Refere-se a uma particularidade que impacta na tomada de decisões.
INTEGRALIDADE
Um critério é dito íntegro quando abrange uma quantidade de informações que não permita uma avaliação
errônea por falta de pontos relevantes.
CONFIABILIDADE
A avaliação ou mensuração passa a ser consistente quando tem confiabilidade nas informações.
NEUTRALIDADE
Um critério neutro não segue tendências específicas, mas aproxima-se da imparcialidade, tanto quanto
possível.
COMPREENSIBILIDADE
Um critério compreensível permite a assimilação fácil de informações pelas partes interessadas
Informações vagas e pontos de vista pessoais não podem ser utilizados como critérios nos processos de
auditoria.
Evidências
A mensuração ou avaliação do objeto, de acordo com critérios definidos, contribui para a coleta de
evidências, que são informações relevantes para que o auditor possa tirar suas conclusões. Para que as
evidências sejam analisadas e coletadas adequadamente, o auditor deve ter ceticismo profissional, que é a
condição de estar alerta em relação às informações, de forma imparcial e independente.
Relatório de asseguração
 
Foto: Shutterstock.com
Com base nas evidências coletadas, geradas a partir de critérios aplicados na mensuração e avaliação do
objeto, o auditor elabora seu relatório de asseguração, que consiste nas conclusões que geram opiniões e
são manifestadas de forma escrita.
TRABALHO DE ATESTAÇÃO E TRABALHO DIRETO
O trabalho de atestação refere-se à mensuração ou avaliação do objeto, de acordo com os critérios definidos,
e é realizado por um profissional que não é um auditor independente. Nas situações em que essas atividades
são realizadas pelo auditor independente, dizemos que se trata de um trabalho direto.
TRABALHO DE ASSEGURAÇÃO RAZOÁVEL E TRABALHO DE
ASSEGURAÇÃO LIMITADA
O trabalho de asseguração razoável é aquele em queo risco de auditoria é aceitavelmente baixo para que
sejam tiradas conclusões para elaboração do relatório. Quanto ao trabalho de asseguração limitada, o auditor
independente efetua seu trabalho em um nível considerado aceitável para as condições em que é realizado,
todavia, é um nível acima do aceitavelmente baixo.
ABRANGÊNCIA DA ESTRUTURA CONCEITUAL
Os auditores independentes atuam em trabalhos de asseguração, contemplados na estrutura conceitual,
excetuando-se as seguintes situações: consultoria, trabalhos das Normas de Serviços Correlatos (NBS
TSC) e elaboração de declarações de imposto de renda.
RELATÓRIO DE TRABALHO QUE NÃO É DE ASSEGURAÇÃO
 
Foto: Shutterstock.com
Em trabalhos em que são emitidos relatórios, que não têm como escopo o trabalho de asseguração, o auditor
deve atentar para evitar os seguintes pontos:
Fazer menção a termos da estrutura conceitual ou norma de asseguração.
Usar indevidamente termos correlatos a trabalhos de asseguração.
Emitir declaração que possa, erroneamente, ser interpretada como conclusão de uma auditoria.
PRECONDIÇÕES PARA O TRABALHO DE ASSEGURAÇÃO
Para que os trabalhos de asseguração possam ser realizados na organização, alguns requisitos são
imperativos, conforme disposto a seguir:
responsabilidades das três partes consideradas adequadas para a auditoria;
objeto apropriado;
critérios apropriados e disponíveis;
evidências coletáveis, a partir da aplicação dos critérios;
inclusão das conclusões do auditor no relatório;
obtenção de nível apropriado de segurança nos trabalhos de asseguração limitada.
ATUAÇÃO DO AUDITOR INDEPENDENTE
O auditor independente, na condução dos trabalhos de auditoria, deve seguir a norma NBC TA 200 (R1) –
Objetivos Gerais do Auditor Independente e a Condução da Auditoria em Conformidade com Normas de
Auditoria.
Deve-se destacar que a citada norma ressalta diversos aspectos relevantes quanto aos seguintes pontos:
OBJETIVOS GERAIS DO AUDITOR INDEPENDENTE
O auditor independente tem definidos os objetivos gerais que devem nortear sua atuação em uma auditoria
de demonstrações contábeis, conforme disposto a seguir:
obtenção de segurança razoável, relativa às demonstrações contábeis, quanto à ausência de distorções
relevantes;
emissão de opinião com base em evidências relevantes;
critérios apropriados e disponíveis;
evidências coletáveis, a partir da aplicação dos critérios;
inclusão das conclusões do auditor no relatório;
obtenção de nível apropriado de segurança nos trabalhos de asseguração limitada.
CONDUÇÃO DA AUDITORIA EM CONFORMIDADE COM AS
NORMAS DE AUDITORIA
O auditor independente deve atentar para todas as normas de trabalhos de asseguração emitidas pelo CFC
que estejam em vigor e que tenham relação com as condições do trabalho de auditoria. A declaração de
conformidade com as normas nacionais e internacionais só pode ser realizada após cumprimento das
exigências de cada uma delas.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. O AUDITOR INDEPENDENTE, EM TRABALHOS DE ASSEGURAÇÃO, DEVE SEGUIR
PRINCÍPIOS DEFINIDOS EM NORMA EMITIDA PELO CONSELHO FEDERAL DE
CONTABILIDADE. ASSINALE A ALTERNATIVA QUE NÃO CORRESPONDE A UM
DESSES PRINCÍPIOS.
A) Eficiência
B) Objetividade
C) Competência e zelo profissionais
D) Sigilo profissional
E) Comportamento profissional
2. O AUDITOR INDEPENDENTE DEVE CUMPRIR OBJETIVOS GERAIS, DEFINIDOS
NORMATIVAMENTE. QUAL DAS OPÇÕES APRESENTADAS NÃO CORRESPONDE A
UM DESSES OBJETIVOS?
A) Análise e emissão de opinião com base em evidências relevantes
B) Apresentação de relatórios contábeis.
C) Criação de critérios apropriados.
D) Comunicação de acordo com as normas de trabalho de asseguração.
E) Renúncia ao trabalho, em caso de impossibilidade de segurança razoável nos trabalhos.
GABARITO
1. O auditor independente, em trabalhos de asseguração, deve seguir princípios definidos em norma
emitida pelo Conselho Federal de Contabilidade. Assinale a alternativa que não corresponde a um
desses princípios.
A alternativa "A " está correta.
 
A eficiência é um dos princípios que regem a Administração Pública, nos termos do art. 37 da Constituição
Federal, todavia, não é um dos princípios que norteiam a atuação do auditor independente.
2. O auditor independente deve cumprir objetivos gerais, definidos normativamente. Qual das opções
apresentadas não corresponde a um desses objetivos?
A alternativa "C " está correta.
 
A criação de critérios apropriados é uma das condições para o trabalho de asseguração.
MÓDULO 2
 Descrever normas de planejamento de auditoria das demonstrações contábeis, de acordo com as
Normas Brasileiras de Contabilidade
PLANEJAMENTO DE AUDITORIA DAS
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Neste vídeo, vai ser apresentada uma explicação do planejamento de auditoria das demonstrações
contábeis.
Por que o planejamento na auditoria de demonstrações contábeis é realizado e qual é o seu objetivo
principal?
Para definir a estratégia global de condução dos trabalhos e o desenvolvimento do plano de auditoria. Seu
principal objetivo é a realização de uma auditoria eficaz.
A criação e o desenvolvimento desse planejamento devem ser efetivados com base na norma NBC TA 300
(R1), que trata do planejamento da auditoria de demonstrações contábeis.
Recomenda-se que a norma NBC TA 200 – Objetivos Gerais do Auditor Independente e a Condução da
Auditoria em Conformidade com Normas de Auditoria sejam analisadas para fins de melhor compreensão das
questões que devem permear o planejamento dos trabalhos de auditoria.
A norma NBC TA 200 torna explícita a responsabilidade do auditor na condução dos trabalhos de auditoria de
demonstrações contábeis, de forma alinhada às Normas Brasileiras de Contabilidade e às normas
internacionais.
A auditoria das demonstrações contábeis tem como objetivo principal proporcionar um sentimento de
confiança às partes interessadas no que se refere aos aspectos relevantes de alinhamento das
demonstrações contábeis à estrutura de relatório financeiro da organização
 
Foto: Shutterstock.com
Nesse trabalho, o auditor almeja alcançar segurança razoável quanto à ausência de distorções relevantes
nas demonstrações contábeis como um todo. Na condução da auditoria, o profissional poderá lançar mão de
procedimentos normatizados que podem contribuir para se alcançar a segurança almejada e para uma
comunicação efetiva.
Nas situações em que o auditor entender que não é possível alcançar segurança razoável ou em que sua
opinião com ressalva não atender às demandas legais das partes interessadas, ele deve renunciar, se houver
previsão legal ou normativa aplicável.
 
Vetor: Shutterstock.com
Dedicação às áreas mais importantes de auditoria.
 
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Identificação e solução de problemas potenciais.
 
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Organização do trabalho para maior eficácia e eficiência.
 
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Seleção de membros da equipe preparados para gerenciamento de riscos.
 
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Membros da equipe alocados adequadamente.
 
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Melhor supervisão dos membros da equipe.
 
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Revisão dos trabalhos de auditoria.
 
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Supervisão de outros auditores e especialistas.
ATIVIDADES PRELIMINARES DO TRABALHO DE
AUDITORIA
Os trabalhos de auditoria devem ser iniciados a partir da realização de atividades que podem contribuir para
a avaliação de eventos ou situações que podem impactá-los. Dentre essas atividades, podemos destacar:
 
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Execução de procedimentos de controle de qualidade.
 
Vetor: Shutterstock.com
Avaliação de conformidade com os requisitos éticos e independência.
 
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Definição dos termos de trabalho de auditoria.
Para que as atividades preliminares de auditoria sejam conduzidas de forma condizente, devem ser
observadas as disposições das seguintes normativas:
1. NBC TA 220 (R2) – CONTROLE DE QUALIDADE DA
AUDITORIA DE DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
A NBC 220 (R2) trata dasquestões de controle de qualidade que devem ser conduzidas pelo auditor no
processo de trabalho de auditoria das demonstrações contábeis. Ao implementar o controle de qualidade, o
auditor deve atentar para que haja segurança razoável quanto a aderências às normas, marcos regulatórios,
arcabouço legislativo e geração de relatórios apropriados.
Essas questões devem ser definidas pela empresa de auditoria e contemplam políticas, procedimentos e
sistemas utilizados no processo de auditoria.
2. NBC TA 210 – CONCORDÂNCIA COM OS TERMOS DO
TRABALHO DE AUDITORIA
Essa norma delimita os termos do trabalho de auditoria, em relação aos responsáveis pela gestão e pela
governança dentro da organização. Esses termos verificam a existência de condições mínimas para
realização de uma auditoria e da anuência entre o auditor e as partes interessadas atuantes na gestão e na
governança.
Com base nas atividades preliminares, pode-se desenvolver as atividades de planejamento da auditoria.
ATIVIDADES DE PLANEJAMENTO
Devem ser definidas atividades de planejamento para que sejam estabelecidas as formas de
operacionalização dos seguintes instrumentos:
estratégia global de auditoria;
plano de auditoria.
Esses dois instrumentos não são estáticos, isto é, devem ser atualizados em função de mudanças de
variáveis que podem ocorrer ao longo do trabalho de auditoria. Agora vamos analisar cada um desses
instrumentos.
ESTRATÉGIA GLOBAL DE AUDITORIA
A estratégia global de auditoria deve definir o escopo, o período e a direção da auditoria. Essas variáveis
serão direcionadoras do plano de auditoria, que terá uma abordagem mais detalhada de todos os pontos
abordados na estratégia global.
Essa estratégia deve contemplar os seguintes requisitos:
1
Identificação das características do trabalho para definição do escopo (alcance)
Definição dos objetivos do relatório para subsidiar a definição do período de auditoria e das comunicações
2
3
Identificação e adoção de normativas reguladoras de procedimentos requeridos para o processo de auditoria
Identificação de fatores orientadores dos esforços da equipe, sob a ótica do auditor
4
5
Análise de resultados das atividades preliminares
Definição dos recursos necessários para realização do trabalho, que pode ter áreas de auditorias específicas,
demandando especialistas
6
7
Definição de quantitativos de profissionais que irão atuar em áreas específicas
Forma de gerenciamento dos recursos
8
PLANO DE AUDITORIA
Em que é baseado o plano de auditoria?
É baseado na estratégia global, acrescida da natureza, época e extensão dos procedimentos de auditoria.
Os procedimentos de auditoria são planejados e executados de acordo com o andamento do trabalho. Em
complementação, deve-se efetivar a documentação do plano de auditoria, que consiste no registro da
natureza, da época e da extensão dos procedimentos de avaliação de riscos e dos procedimentos adicionais
de respostas a esses riscos.
O plano de auditoria deve contemplar requisitos requeridos nas seguintes normas:
NBC TA 315 – Identificação e Avaliação dos Riscos de Distorção Relevante por meio do Entendimento
da Entidade e de seu Ambiente
A NBC TA 315 trata da natureza, da época e da extensão dos procedimentos planejados de avaliação de
risco em uma auditoria.
NBC TA 315 – Identificação e Avaliação dos Riscos de Distorção Relevante por meio do Entendimento
da Entidade e de seu Ambiente
A NBC TA 330 trata da natureza, da época e da extensão dos procedimentos adicionais de auditoria
planejados no nível de afirmação. Além dessa norma, de acordo com as características do trabalho de
auditoria, o auditor deve avaliar a necessidade de utilização de outros procedimentos normatizados.
O auditor deve levar em consideração que o planejamento de uma auditoria faz parte de um processo
contínuo de acompanhamento que apresenta pontos de intersecção (auditoria atual com a auditoria anterior).
De certa forma, alguns procedimentos de auditoria anterior devem ser finalizados antes que se inicie uma
nova auditoria. Todavia, o auditor deve ter sensibilidade para averiguar qual a melhor abordagem a ser
adotada, sem deixar de analisar os seguintes pontos:
Análise dos procedimentos analíticos a serem utilizados na avaliação de risco.
Aplicação de procedimentos diversos de avaliação de risco.
Determinação da materialidade da auditoria
Necessidade de especialistas em determinadas áreas de gestão.
Compreensão do ambiente regulatório em que se insere a organização que passará pelo processo de
auditoria.
DOCUMENTAÇÃO
No trabalho de auditoria, o auditor deve elaborar toda a documentação de acordo com a norma NBC TA 230
(R1) – Documentação de Auditoria.
No desenvolvimento da documentação, devem ser incluídos a estratégia global de auditoria, o plano de
auditoria e todas as alterações significativas que possam impactar o trabalho.
A documentação da estratégia global apresenta as questões fundamentais que embasam o desenvolvimento
do plano de auditoria.
Essa documentação deve apresentar registros adequados que corroborem o relatório de auditoria, assim
como evidências de que o processo de trabalho foi realizado de acordo com a legislação vigente e a
regulamentação aplicável.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. A ESTRATÉGIA GLOBAL DE AUDITORIA PRECEDE A ELABORAÇÃO DO PLANO
DE AUDITORIA. NESSE CONTEXTO, INDIQUE UM REQUISITO QUE NÃO FAZ PARTE
DA DEFINIÇÃO DA ESTRATÉGIA GLOBAL.
A) Definição dos objetivos do relatório para subsidiar a definição do período de auditoria e das comunicações.
B) Identificação e adoção de normativas reguladoras de procedimentos requeridos para o processo de
auditoria.
C) Identificação de fatores orientadores dos esforços da equipe, sob a ótica do auditor.
D) Análise de resultados das atividades preliminares.
E) Identificação e avaliação dos riscos de distorção relevante.
2. O PLANO DE AUDITORIA DEVE APOIAR A REALIZAÇÃO DA AUDITORIA DAS
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS. QUAL A ALTERNATIVA QUE CORRESPONDE A
QUESTÃO QUE DEVE CONSIDERADA POR OCASIÃO DE SUA REALIZAÇÃO?
A) Entrevista com os acionistas.
B) Auditoria operacional.
C) Avaliação de riscos.
D) Utilização de práticas sustentáveis.
E) Seleção de empresa de auditoria.
GABARITO
1. A estratégia global de auditoria precede a elaboração do plano de auditoria. Nesse contexto,
indique um requisito que não faz parte da definição da estratégia global.
A alternativa "A " está correta.
 
A identificação e a avaliação dos riscos de distorções relevantes compõem o plano de auditoria.
2. O plano de auditoria deve apoiar a realização da auditoria das demonstrações contábeis. Qual a
alternativa que corresponde a questão que deve considerada por ocasião de sua realização?
A alternativa "C " está correta.
 
A avaliação de riscos é de extrema relevância para a realização de uma auditoria, razão pela qual deve ser
considerada por ocasião da elaboração do plano de auditoria..
MÓDULO 3
 Descrever normas de documentação de auditoria, de acordo com as Normas Brasileiras de
Contabilidade
DOCUMENTAÇÃO DE AUDITORIA
A documentação de auditoria deve seguir a norma NBC TA 230 (R1) – Documentação de auditoria, emitida
pelo CFC.
Quais as informações devem conter nessa documentação?
Essa documentação deve apresentar informações que comprovem o cumprimento do objetivo global da
auditoria, conforme definido na norma NBC TA 200, assim como apresentar evidências de que todo o
processo seguiu a legislação vigente e as regulamentações aplicáveis.
Dentre as aplicações da documentação de auditoria, destacam-se os seguintes pontos:
Apoio à equipe de auditoria
Suporte ao controle de qualidade
Responsabilização de trabalhos
A documentação da auditoria deve atender aos seguintes requisitos:
Elaboração tempestiva da documentação de auditoria
Documentação das evidências e dos procedimentos de auditoria
Montagem do arquivo final de auditoria
ELABORAÇÃO TEMPESTIVA DA
DOCUMENTAÇÃO DE AUDITORIA
Quais os benefícios da elaboração tempestiva da documentaçãode auditoria?
Colabora para a melhoria da qualidade da auditoria. Outro benefício advindo dessa elaboração é a revisão
das evidências e conclusões antes da elaboração final do relatório.
Outra vantagem inequívoca é que a documentação realizada durante a execução do trabalho é mais precisa
em comparação à documentação realizada ao término da auditoria.
DOCUMENTAÇÃO DAS EVIDÊNCIAS E
PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA
Neste vídeo, vamos ver uma explicação da documentação das evidências e procedimentos de auditoria.
A documentação relativa às evidências e aos procedimentos de auditoria deve ser clara o suficiente para que
um auditor que não tenha participado do trabalho possa assimilar as informações relativas aos seguintes
aspectos:
natureza, época e extensão dos procedimentos de auditoria;
circunstâncias de realização da auditoria;
evidências coletadas;
procedimentos e respectivos resultados;
conclusões da auditoria.
 
Foto: Shutterstock.com
Para que a documentação de auditoria seja elaborada com apresentação das informações relativas às
evidências e aos procedimentos de auditoria, o auditor deve ater-se aos seguintes aspectos:
COMPLEXIDADE DA DOCUMENTAÇÃO
Na elaboração da documentação, a forma, o conteúdo e a extensão dependem dos seguintes pontos:
tamanho da organização; natureza dos procedimentos; riscos de distorção relevante; e relevância das
evidências.
TIPOS DOCUMENTAIS
A documentação da auditoria pode ser elaborada em papel ou em formato digital e pode contemplar os
seguintes tipos documentais, dentre outros: carta de contratação; ofícios e memorandos; atos, portarias e
resoluções; listas de verificação; e-mails; plano de auditoria; resumos; informes; e análises.
A documentação da auditoria não exime a organização de apresentar os registros contábeis que compõem
as demonstrações contábeis.
REGISTROS NA DOCUMENTAÇÃO
O auditor, na elaboração da documentação, deve realizar o registro dos seguintes pontos:
características de identificação de itens e assuntos;
responsável pelo trabalho de auditoria;
data de execução;
discussão de pontos relevantes com os responsáveis pela gestão e governança;
tratamento de inconsistências;
assuntos que ensejam riscos relevantes;
resultados de procedimentos que sinalizam distorções relevantes ou necessidade de revisão da
avaliação e respostas aos riscos;
informações que podem impactar as conclusões do auditor.
DOCUMENTAÇÃO DE EXIGÊNCIA RELEVANTE
O auditor independente deve primar pelo alcance dos objetivos gerais, tendo o zelo de fazer cumprir as
determinações das normas que regulamentam o processo de auditoria nas organizações.
Dessa forma, somente em situações especiais pode-se tornar exceção o alinhamento de requisitos às
normas de auditoria. Enquadra-se nessa situação a inexistência de objeto que se alinhe a uma das
normativas.
CONFORMIDADE DA AUDITORIA
A conformidade da auditoria com as normas de regulamentação também deve fazer parte da documentação.
Embora a documentação seja uma atividade de relevância em uma auditoria, nem todos os assuntos e
julgamentos realizados no transcurso do trabalho devem ser registrados, sob o risco de se tornarem inviáveis
o planejamento e a execução dos trabalhos, em função de maior tempo dispendido em atividades de registro
documental.
MONTAGEM DO ARQUIVO FINAL DE AUDITORIA
A montagem do arquivo final de auditoria deve ser realizada com base nas diretrizes e nos procedimentos
definidos pela organização, conforme determinado na norma NBC PA 01 – Controle de Qualidade para
Firmas (Pessoas Jurídicas e Físicas) de Auditores Independentes.
O arquivo final da documentação do relatório de auditoria deve ser realizado logo após a data do relatório do
auditor. Essa geração não implica a operacionalização de novos procedimentos nem novas conclusões.
Uma vez finalizado esse arquivo, o auditor não pode apagar as informações antes do término do período
legal de guarda de documentos, que não é inferior a cinco anos, contados a partir da data do relatório.
 ATENÇÃO
Em caso de necessidade de alteração da documentação, o auditor deve documentar os motivos que o
levaram a promover as modificações, com respectivas datas e os responsáveis por essas alterações. Um dos
motivos que podem ensejar alterações é o monitoramento feito por partes interessadas, que podem
demandar novas informações.
NORMAS DE DOCUMENTAÇÃO
A norma NBC TA 230 (R1) – Documentação de Auditoria apresenta as bases do processo de documentação
de auditoria, todavia não esgota o assunto, sendo complementada, de acordo o apêndice da mesma norma,
pelos itens das seguintes normas:
1
NBC TA 210 (R1) – Concordância com os Termos do Trabalho de Auditoria, itens 10 a 12;
NBC TA 220 (R2) – Controle de Qualidade da Auditoria de Demonstrações Contábeis, itens 24 e 25;
2
3
NBC TA 240 (R1) – Responsabilidade do Auditor em Relação a Fraude, no Contexto da Auditoria de
Demonstrações Contábeis, itens 44 a 47;
NBC TA 250 – Consideração de Leis e Regulamentos na Auditoria de Demonstrações Contábeis, item 29;
4
5
NBC TA 260 (R2) – Comunicação com os Responsáveis pela Governança, item 23;
NBC TA 300 (R1) – Planejamento da Auditoria de Demonstrações Contábeis, item 12;
6
7
NBC TA 315 (R1) – Identificação e Avaliação dos Riscos de Distorção Relevante por meio do Entendimento
da Entidade e do seu Ambiente, item 32.
NBC TA 320 (R1) – Materialidade no Planejamento e na Execução da Auditoria, item 14;
8
9
NBC TA 330 (R1) – Resposta do Auditor aos Riscos Avaliados, itens 28 a 30;
NBC TA 450 (R1) – Avaliação das Distorções Identificadas Durante a Auditoria, item 15;
10
11
NBC TA 540 (R2) – Auditoria de Estimativas Contábeis, Inclusive do Valor Justo, e Divulgações
Relacionadas, item 39;
NBC TA 550 – Partes Relacionadas, item 28;
12
13
NBC TA 600 (R1) – Considerações Especiais – Auditorias de Demonstrações Contábeis de Grupos,
Incluindo o Trabalho dos Auditores dos Componentes, item 50;
NBC TA 610 – Utilização do Trabalho de Auditoria Interna, itens 36 e 37;
14
15
NBC TA 720 – Responsabilidade do Auditor em Relação a Outras Informações, item 25.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. A DOCUMENTAÇÃO DE AUDITORIA CONTRIBUI PARA QUE UM AUDITOR QUE
NÃO FAZ PARTE DE UM TRABALHO CONHEÇA DETALHES DA AUDITORIA EM
CURSO. INDIQUE A ALTERNATIVA QUE NÃO CORRESPONDE A UM DOS
BENEFÍCIOS DA EXISTÊNCIA DESSA DOCUMENTAÇÃO.
A) Documentação das evidências e procedimentos de auditoria.
B) Natureza, época e extensão dos procedimentos de auditoria.
C) Tratamento de inconsistências.
D) Procedimentos e respectivos resultados.
E) Conclusões da auditoria.
2. A FORMA E O CONTEÚDO DA DOCUMENTAÇÃO DE UMA AUDITORIA DEPENDEM
DE ALGUNS REQUISITOS. ASSINALE A ALTERNATIVA INCORRETA QUANTO A UM
DESSES REQUISITOS.
A) Tamanho da organização.
B) Natureza dos procedimentos.
C) Riscos de distorção relevante.
D) Documentação de exigência relevante.
E) Relevância das evidências.
GABARITO
1. A documentação de auditoria contribui para que um auditor que não faz parte de um trabalho
conheça detalhes da auditoria em curso. Indique a alternativa que não corresponde a um dos
benefícios da existência dessa documentação.
A alternativa "C " está correta.
 
O tratamento de inconsistências é um dos pontos relevantes de registros na documentação.
2. A forma e o conteúdo da documentação de uma auditoria dependem de alguns requisitos. Assinale
a alternativa incorreta quanto a um desses requisitos.
A alternativa "D " está correta.
 
A documentação de exigência relevante é um dos aspectos que deve ser levado em consideração para
apresentação de informações relativas às evidências que irão subsidiar a elaboração do relatório.
MÓDULO 4
 Descrever normas de elaboração de relatórios de auditoria, de acordo com as Normas Brasileiras
de Contabilidade
RELATÓRIOS DE AUDITORIA
No vídeo a seguir, vamos ver a importância e uma explicação dos relatórios de auditoria.
O relatório de auditoria é a apresentação do resultado da auditoria, expresso em formade opinião do auditor,
a partir de conclusões baseadas nas evidências coletadas. Essas evidências originam-se da mensuração e
avaliação do objeto de auditoria, de acordo com critérios apropriados.
NORMA NBC TA 700
Formação da Opinião e Emissão do Relatório do Auditor Independente sobre as Demonstrações Contábeis,
emitida pelo CFC, normatiza o processo de formação de opinião do auditor independente e a forma de
emissão de seu relatório.
NORMA NBC TA 200
Também se recomenda que seja lida na elaboração do relatório de auditoria – Objetivos Gerais do Auditor
Independente e a Condução da Auditoria em Conformidade com Normas de Auditoria.
Nessa abordagem da norma, ressaltam-se os pontos “Formação de opinião” e “Relatório de auditoria”.
FORMAÇÃO DE OPINIÃO
A partir do relatório financeiro da organização, o auditor deve formar sua opinião quanto às demonstrações
contábeis decorrentes. Para essa atividade, deve considerar se foram atendidos os seguintes pontos:
NORMAS DE DOCUMENTAÇÃO
A norma NBC TA 230 (R1) – Documentação de Auditoria apresenta as bases do processo de documentação
de auditoria, todavia não esgota o assunto, sendo complementada, de acordo o apêndice da mesma norma,
pelos itens das seguintes normas:
1
A conclusão do auditor obtida de acordo com evidências suficientes e apropriadas;
Análise da relevância das distorções não corrigidas;
2
3
Aderência das diretrizes e das demonstrações contábeis à estrutura do relatório financeiro;
Análise dos aspectos qualitativos das diretrizes contábeis;
4
5
Divulgação adequada das diretrizes contábeis;
Estimativas contábeis razoáveis;
6
7
Demonstrações contábeis relevantes, confiáveis, comparáveis e compreensíveis;
Terminologia adequada nas demonstrações contábeis;
8
9
Apresentação adequada das demonstrações contábeis;
Demonstrações contábeis que referenciam a estrutura do relatório financeiro
10
FORMA DA OPINIÃO
A opinião do auditor independente pode ser feita na forma não modificada ou na forma modificada.
A forma não modificada é utilizada quando existe uma aderência, em relação aos pontos considerados
relevantes, das demonstrações contábeis com a estrutura do relatório financeiro.
De acordo com a norma NBC TA 705 – Modificações na Opinião do Auditor Independente, o auditor deve
apresentar sua opinião de forma modificada nas seguintes situações:
SITUAÇÃO 1
As demonstrações contábeis como um todo apresentam distorções relevantes.
SITUAÇÃO 2
Não há evidências relevantes que indiquem demonstrações contábeis como um todo sem distorções
relevantes.
Em caso de necessidade de mudança de opinião, o auditor deve debater essa questão com os responsáveis
pela gestão e governança da organização.
RELATÓRIO DE AUDITORIA
O relatório do auditor independente deve contemplar as informações referentes aos tópicos apresentados na
figura a seguir:
 
Imagem: Pedro Hikaru Oishi – web caso faça mudanças conforme o padrão colocar seu nome e sobrenome.
Adaptada por: Gian Corapi
 Figura: Relatório de auditoria.
Vamos analisar agora cada tópico do relatório:
TÍTULO
Indicação do relatório do auditor.
DESTINATÁRIO
Indicação das partes interessadas que receberão o relatório.
OPINIÃO
Inclusão da opinião do auditor acrescida das seguintes informações: identificação da organização auditada
com informação expressa de auditoria realizada, identificação das seções que compõem o relatório,
indicação das notas explicativas, resumo das diretrizes contábeis e período das demonstrações contábeis.
BASE PARA OPINIÃO
Essa seção deve apresentar as seguintes informações: declaração de auditoria realizada em conformidade
com as normas de auditoria, responsabilidades do auditor, declaração de atuação independente do auditor e
declaração de evidências suficientes e apropriadas para emissão de opinião.
 
Foto: Shutterstock.com
Vamos analisar agora cada tópico do relatório:
CONTINUIDADE OPERACIONAL
Se for o caso, deve-se apresentar informações sobre continuidade operacional, conforme norma NBC TA 570
– Continuidade Operacional.
PRINCIPAIS ASSUNTOS
Devem ser elencados os principais assuntos abordados na auditoria, de acordo com a norma NBC TA 701 –
Comunicação dos Principais Assuntos de Auditoria no Relatório do Auditor Independente
OUTRAS INFORMAÇÕES
Em caso de necessidade de apresentação de outras informações, o auditor deve seguir a norma NBC
TA 720 – Responsabilidade do Auditor em Relação a Outras Informações.
RESPONSABILIDADES DA ADMINISTRAÇÃO PELAS
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Devem ser explicitados os responsáveis pelas demonstrações contábeis, pela avaliação de continuidade
operacional e pela coordenação da elaboração de relatórios financeiros.
RESPONSABILIDADES DO AUDITOR
O auditor deve elencar as responsabilidades que são de sua alçada, abordando os seguintes quesitos:
1
Busca de segurança razoável das demonstrações contábeis como um todo.
Entendimento de que detecção de distorção relevante não é consequência de segurança razoável.
2
3
Entendimento de que distorções relevantes podem ser decorrentes de fraudes e erro;
Emissão de relatório de auditoria.
4
5
Exercício do ceticismo profissional.
Identificação, avaliação e respostas aos riscos de auditoria.
6
7
Busca de evidências para formação de opinião.
Planejamento de procedimentos de auditoria, com base nos controles internos.
8
9
Avaliação da adequação das diretrizes contábeis.
Avaliação das comunicações da gestão e governança.
10
11
Avaliação da continuidade operacional.
Comunicação com as partes interessadas.
12
NOME DO SÓCIO OU RESPONSÁVEL TÉCNICO
O relatório deve conter o nome do sócio ou do responsável técnico pelas demonstrações contábeis.
INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES DO AUDITOR
A assinatura, o endereço e a data de emissão do relatório do auditor devem constar no relatório.
INFORMAÇÕES SUPLEMENTARES
Em caso de inserção de informações suplementares, o auditor deve avaliar se o teor dessas informações faz
parte das demonstrações contábeis. Se for o caso, deve tecer considerações sobre elas em sua opinião.
 ATENÇÃO
No caso de essas informações não fazerem parte das demonstrações contábeis, o auditor deve solicitar
alterações para que essas informações sejam apresentadas, de forma clara, dissociadas das demonstrações
contábeis. Em caso de recusa para efetuar essa alteração, deve inserir informação em seu relatório
explicando que as informações suplementares não fazem parte do escopo de auditoria.
RELATÓRIO DE AUDITORIA E DEMAIS NORMAS
O relatório de auditoria é elaborado em conformidade com a norma NBC TA 700 – Formação da Opinião e
Emissão do Relatório do Auditor Independente sobre as Demonstrações Contábeis, entretanto outras
normas emitidas pelo CFC também impactam a elaboração do relatório, conforme disposto a seguir:
NBC TA 200
Objetivos Gerais do Auditor Independente e a Condução da Auditoria em Conformidade com Normas de
Auditoria.
NBC TA 320
Materialidade no Planejamento e na Execução da Auditoria.
NBC TA 330
Resposta do Auditor aos Riscos Avaliados.
NBC TA 450
Avaliação das Distorções Identificadas durante a Auditoria.
NBC TA 570
Continuidade Operacional.
NBC TA 600
Considerações Especiais – Auditorias de Demonstrações Contábeis de Grupos, incluindo o Trabalho dos
Auditores dos Componentes.
NBC TA 701
Comunicação dos Principais Assuntos de Auditoria no Relatório do Auditor Independente.
NBC TA 705
Modificações na Opinião do Auditor Independente.
NBC TA 706
Parágrafos de Ênfase e Parágrafos de Outros Assuntos no Relatório do Auditor Independente.
NBC TA 720
Responsabilidade do Auditor em Relação a Outras Informações.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. A FORMAÇÃO DE OPINIÃO DO AUDITOR É UMA ETAPA RELEVANTE NO
PROCESSO DE AUDITORIA. INDIQUE A ALTERNATIVA QUE NÃO CORRESPONDE A
UM DOS PONTOS QUE DEVEM SER ATENDIDOS NESSA ETAPA.
A) Exercício do ceticismo profissional.
B) Conclusão do auditor obtida de acordo com evidências suficientes e apropriadas.
C) Análise da relevância dasdistorções não corrigidas.
D) Aderência das diretrizes e das demonstrações contábeis à estrutura do relatório financeiro.
E) Estimativas contábeis são razoáveis.
2. DAS ALTERNATIVAS APRESENTADAS, QUAL NÃO CORRESPONDE A UMA DAS
RESPONSABILIDADES DO AUDITOR?
A) Identificação, avaliação e respostas aos riscos de auditoria.
B) Busca de evidências para formação de opinião.
C) Coordenação da elaboração de relatórios financeiros.
D) Avaliação da adequação das diretrizes contábeis.
E) Avaliação das comunicações da gestão e governança.
GABARITO
1. A formação de opinião do auditor é uma etapa relevante no processo de auditoria. Indique a
alternativa que não corresponde a um dos pontos que devem ser atendidos nessa etapa.
A alternativa "A " está correta.
 
O exercício do ceticismo profissional compõe uma das responsabilidades do auditor.
2. Das alternativas apresentadas, qual não corresponde a uma das responsabilidades do auditor?
A alternativa "C " está correta.
 
A coordenação da elaboração de relatórios financeiros é de responsabilidade da administração, por meio das
demonstrações contábeis.
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Neste tema, tivemos oportunidade de conhecer diversas normas que dão suporte ao desenvolvimento de
trabalhos de asseguração realizados por meio de uma auditoria externa. Essas normas foram editadas pelo
CFC e regulamentam a ação de auditoria no Brasil.
As normas de auditoria externa nas organizações foram contextualizadas com a Estrutura Conceitual de
Trabalhos de Asseguração. Com base nessa estrutura, foram apresentadas as normas que regulamentam o
planejamento de auditoria, com suas tratativas preliminares, atividades de planejamento, estratégia global e
plano de auditoria.
De forma complementar, apresentamos também as normas de documentação e elaboração de relatórios de
auditoria, complementadas por normas editadas pelo CFC para dar suporte aos trabalhos de asseguração
requeridos pela auditoria externa.
REFERÊNCIAS
ARAÚJO, I. P. S. Introdução à auditoria operacional. Rio de Janeiro: FGV, 2001.
CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. NBC TA 200 (R1): Objetivos gerais do auditor independente e
a condução da auditoria em conformidade com as normas de auditoria. Consultado na internet em 6 abr.
2021.
CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. NBC TI 01: Da Auditoria Interna. Consultado na internet em 6
abr. 2021.
CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. NBC PA 01: Controle de Qualidade para Firmas (Pessoas
Jurídicas e Físicas) de Auditores Independentes. Consultado na internet em 6 abr. 2021.
CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. NBC PG 100, de 21 de novembro de 2019. Dispõe sobre o
cumprimento do código, dos princípios fundamentais e da estrutura conceitual. Consultado na internet em 6
abr. 2021.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GOVERNANÇA CORPORATIVA. Código das melhores práticas de
governança corporativa, 2009. Consultado na internet em: 6 abr. 2021.
TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO. Referencial básico de governança aplicável a órgãos e entidades
da administração pública. Versão 2. Brasília: TCU, Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão,
2014. Consultado na internet em: 6 abr. 2021.
EXPLORE+
Acesse os sites:
do Conselho Federal de Contabilidade para maior compreensão das normas de auditoria interna e
auditoria independente;
de Contas da União para maior compreensão da governança pública, e;
do Tribunal de Contas da União para maior compreensão das normas que regem a auditoria na
administração pública.
CONTEUDISTA
Pedro Hikaru Oishi
 CURRÍCULO LATTES
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