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Ressecção de lábio DISCENTES: Danielle, Ellen, Franciane, Laís Fonseca e Paulo Ricardo DOCENTE: Michelle Ferreira Guimaraes DISCIPLINA: Fononcologia UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO O QUE É O CÂNCER DE LÁBIO? É um tumor maligno que pode afetar as estruturas, como: lábios, gengiva inferior e superior, mucosa bucal (bochechas), palato duro, língua (principalmente as bordas) e o assoalho da boca Corresponde a cerca de 30% de todos os tumores de cabeça e pescoço Perfil dos pacientes: homem, de pele branca, com cerca de 45 anos Representa 3% dos casos de câncer no mundo; No Brasil, os carcinomas de lábio totalizam cerca de 25% a 30% de todos os tipos de câncer oral; As regiões Sul e Sudeste apresentam mais casos; A maior incidência é do tipo carcinoma epidermóide, que ocorre em aproximadamente 95% dos casos; Tipo histológico mais frequente: carcinoma epidermóide, geralmente no lábio inferior. epidemiologia Etilismo Alimentação inadequada Exposição à radiação UVA Falta de higiene bucal TabagismoPredisposição genética Fatores de risco SINAIS E SINTOMAS Se origina na mucosa e geralmente se desenvolve a partir de lesões pré-malignas Feridas que não cicatrizam Forte odor e mau hálito Atrofia, ressecamento e fissuras no lábio SINAIS E SINTOMAS Nódulos e caroços Manchas esbranquiçadas ou avermelhadas que formam crostas Coceira e sangramento Ausência de sintomas dolorosos no início, mas podem ocorrer em estágios avançados Social Pode haver constrangimento pela estética que é afetada devido à mutilação bucal. Insegurança para socialização devido às dificuldades no momento de alimentação. impactos Comunicação Dificuldade ou distorção na produção de fonemas bilabiais e labiodentais como [p] [b] [m] [f] [v] Alimentação Pode haver falta de vedamento labial, contenção oral, escape de saliva e de alimentos, dificuldades de mastigação, sucção, pressão intra-oral. D IA G N Ó ST IC O Exame visual da mucosa oral por um dentista pode resultarna detecção precoce da doença. Palpação de estruturas adjacentes O diagnóstico de pequenas lesões precoces é fundamental para um bom prognóstico Biópsia para diagnóstico definitivo da lesão Atraso no diagnóstico Autoexame para identificação de câncer bucal Revisa Saúde- Franchising Group TRATAMENTO Cirurgia e radioterapia Considerar a possível disseminação para os linfonodos regionais O carcinoma epidermóide de lábio apresenta baixa incidência de metástases. Extensão e espessura tumoral Localização, grau de malignidade, estadiamento do tumor e condição de saúde do paciente R E C O N ST R U Ç Ã O Funcional: restauração da competência oral (músculo orbicular dos lábios); Sensitivo: a preservação da inervação sensitiva auxilia na função de esfíncter; Estético: retalhos locais, limites topográficos e subunidades estéticas, simetria, zona de transição entre o vermelhão e a pele. Objetivos Principais Imagem: Músculo orbicular dos lábios. O principal responsável pela competência labial. Autor: Luciane dos Santos Mori. C IR U R G IA P L Á ST IC A Faveret, P. L. S. et al., 2015 FECHAMENTO PRIMÁRIO Este método é mais utilizado em acometimentos de até 1/3 do lábio permitindo o correto alinhamento do vermelhão e a reaproximação da musculatura orbicular, evitando a incontinência labial. Imagem: Excisão em W, a fim de não prolongar a cicatriz final além do sulco submentoniano. Faveret, P. L. S. et al., 2015 Imagem: Retalho de Abbe. Autor da Ilustração: Eduardo Furtado Souza. RETALHO DE ABBÉ É a transferência de tecido do lábio inferior para o superior (ou vice-versa), normalmente não ocorre complicação. É muito utilizado para a reconstrução de até 50% do lábio superior (central ou lateral), sem envolver a comissura. Imagem: Retalho de Abbe. Faveret, P. L. S. et al., 2015 RETALHO CUTÂNEO DE AVANÇAMENTO Avança até a deformação através da excisão (corte) de uma porção do tecido ao redor da asa do nariz; Incisão ao longo da borda do vermelhidão, com uma cicatriz em T para não distorcer a linha cutaneomucosa. Para deformações maiores, nos quais não conseguiram ser reparados pela sutura primária. Como são feitos: Faveret, P. L. S. et al., 2015 VANTAGENS: é utilizado uma maior quantidade de tecido se comparado com os retalhos de avançamento; DESVANTAGENS: pode causar distorção estética, no limite topográfico pelo sulco nasogeniano e apresentar edema na curvatura inferior Utilizado também em deformações da espessura parcial do lábio superior; Retalho mais utilizado: nasogeniano Faveret, P. L. S. et al., 2015 RETALHO DE TRANSPOSIÇÃO PERILABIAIS Inervação parcial ocorre em até 18 meses. Para reconstrução entre 1/3 e 2/3, chegando em 80% do lábio. RESULTADOS: esteticamente inferior, podendo resultar em encurtamento labial, as comissuras labiais somem e microstomia (abertura diminuída da cavidade oral); RETALHO DESCRITO POR GILLIES E MILLARD (1957) Faveret, P. L. S. et al., 2015 RETALHO DE KARAPANDZIC (1974) Em deformidades pequenas, o retalho unilateral é suficiente; Defeitos maiores que 50% do lábio requerem retalhos bilaterais; RESULTADO: esteticamente é pior, pois há arredondamento da comissura labial; é capaz de restaurar até 100% do lábio; Quanto maior a deformação, maior a possibilidade de microstomia. Usa-se 2 retalhos nasolabiais semilunares que preserva as estruturas vasculares e nervosas locais e leva a musculatura inervada para a reconstrução; Faveret, P. L. S. et al., 2015 MAIO VERMELHO Campanha do Hospital Ernesto Dornelles realizada em 2019 em Porto Alegre-RS. FAVERET, P. L. S. Reconstrução labial após ressecção de tumores. Rev. Bras. Cir. Plást. 2015;30(2):206-218. Hospital Ernesto Dornelles. Maio Vermelho - Prevenção do Câncer de Boca. 2019. Disponível em: <https://www.inca.gov.br/sites/ufu.sti.inca.local/files/media/document/livro-abc-6-edicao-2020.pdf> Acesso em: 19 nov. 2022. INSTITUTO Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva. ABC do câncer : abordagens básicas para o controle do câncer. 6. ed. rev. atual. – Rio de Janeiro : INCA, 2020. Disponível em: <https://www.inca.gov.br/sites/ufu.sti.inca.local/files/media/document/livro-abc-6-edicao-2020.pdf> Acesso em: 20 nov. 2022. INSTITUTO Nacional do Câncer (INCA). Câncer de Boca. Rio de Janeiro. 4 jun. 2022. Disponível em: <https://www.inca.gov.br/assuntos/cancer-de-boca>. Acesso em: 19 nov. 2022. LEMOS, Celso; ALVES, Fabio; TORRES-PEREIRA, Cassius; BIAZEVIC, Maria; PINTO JÚNIOR, Decio; NUNES, Fabio. 2013. Câncer de Boca Baseado em Evidências Científicas. Revista da Associação Paulista de Cirurgiões Dentistas. 67. 178-86. Disponível em: <http://revodonto.bvsalud.org/pdf/apcd/v67n3/a02v67n3.pdf> Acesso em: 20 nov. 2022. SOARES, É. C.; NETO, B. C. B.; DE SOUZA SANTOS, L. P. Estudo epidemiológico do câncer de boca no Brasil. 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