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atlas molecular da sustentabilidade G U I L H E R M E A N D R A D E M A R S O N • L E IL A TERUYA • EL LE N M A R I A D A S I L V A • J Ú L I O V I E I R A • atlas molecular da sustentabilidade GUILHERME ANDRADE MARSON Bacharel e mestre em Química e doutor em Bioquímica pela Universidade de São Paulo (USP), onde atua como professor no curso de Licenciatura em Química. Coautor das obras Onde está a química? (Evoluir, 2011) e Sustentabilidade em jogo (Sociedade Brasileira de Química, 2022). Em 2011 recebeu a Medalha do Conselho Regional de Química IV pelas contribuições nas ações de divulgação e educação do Ano Internacional da Química. Coordenou o projeto “Percursos entrelaçados: a travessia de alunos-professores a professores-alunos”, contemplado em 2021 com o Prêmio Prof. Rubens Murillo Marques pela Fundação Carlos Chagas. LEILA TERUYA Licenciada e doutora em Química pela USP. Autora e revisora de conteúdos destinados à aprendizagem e avaliação. Assistente editorial do Portal Química Nova Interativa, da Sociedade Brasileira de Química, e editora associada do Portal do Centro de Memória do Instituto de Química da USP. É coautora do livro Onde está a Química? (Evoluir, 2011), tendo atuado em diversos eventos de divulgação científica. ELLEN MARIA DA SILVA Bacharela e licenciada em Química pela USP. Atua no ensino e na divulgação da Química. Coautora do livro Sustentabilidade em jogo (Sociedade Brasileira de Química, 2022). Integrou o projeto de divulgação científica NOX Podcast. Em 2021 foi coautora do projeto “Percursos entrelaçados: a travessia de alunos-professores a professores-alunos”, contemplado em 2021 com o Prêmio Prof. Rubens Murillo Marques pela Fundação Carlos Chagas. JÚLIO VIEIRA Bacharel em Química pela USP. Atua no ensino de Química no Ensino Médio, possuindo experiência em ações educacionais populares. Em 2013, recebeu o Prêmio Lavoisier, outorgado pelo Conselho Regional de Química IV pelo seu desempenho acadêmico no curso técnico em Química. São Paulo, 1a edição, 2022 Apoio: Atlas Molecular da Sustentabilidade © SM Educação. Todos os direitos reservados Direção editorial Cláudia Carvalho Neves Gerência editorial Lia Monguilhott Bezerra Gerência de design e produção André Monteiro Edição executiva André Zamboni Edição: Mauro Faro Coordenação de preparação e revisão Cláudia Rodrigues do Espírito Santo Preparação: Ana Paula Migiyama, Eliane Santoro, Ivana Alves Costa Revisão: Ana Paula Migiyama, Fátima Valentina Cezare Pasculli Apoio de equipe: Maria Clara Silva Loureiro Coordenação de design Gilciane Munhoz Design: Rafael Vianna Coordenação de iconografia Josiane Laurentino Pesquisa iconográfica: Camila D’Angelo Tratamento de imagem: Marcelo Casaro Capa Rafael Vianna Projeto gráfico Rafael Vianna Editoração eletrônica Rafael Vianna SM Educação Avenida Paulista, 1842 – 18º andar Bela Vista 01311-200 São Paulo SP Brasil Tel. 11 2111-7400 atendimento@grupo-sm.com www.grupo-sm.com/br Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Atlas molecular da sustentabilidade [livro eletrônico] / Guilherme Andrade Marson... [et al.]. — 1. ed. — São Paulo : Edições SM, 2022. PDF Outros autores: Leila Teruya, Ellen Maria da Silva, Júlio Vieira ISBN 978-85-418-2909-0 1. Moléculas 2. Química (Ensino fundamental) I. Marson, Guilherme Andrade. II. Teruya, Leila. III. Silva, Ellen Maria da. IV. Vieira, Júlio. 22-112956 CDD-372.35 Índices para catálogo sistemático: 1. Química : Ensino fundamental 372.35 Cibele Maria Dias - Bibliotecária - CRB-8/9427 Agenda 2030 Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) fazem parte da chama- da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, adotada pela Organiza- ção das Nações Unidas (ONU) em 2015. Ela constitui um ambicioso plano de ação para o alcance da paz e prosperidade para as pessoas e o planeta por meio de uma parceria global. O histórico de criação da Agenda 2030 remonta à década de 1990, quan- do 178 países participantes da Conferência Rio-92 conceberam um plano de desenvolvimento sustentável para as pessoas e o meio ambiente. Já no ano 2000, a ONU propôs oito objetivos dentro dessa mesma linha, que ficaram co- nhecidos como Objetivos do Milênio. O assunto foi retomado em outras conferên- cias e, após amplas negociações, a ONU adotou a Agenda 2030, com 17 ODS, que, em seu conjunto, desdobram-se em 169 metas. A questão do desenvolvimento sustentável é discutida há muito tempo pela ONU e pela ciência. Uma concepção bastante difundida data de 1987, quando o desenvolvimento sustentável foi definido como aquele que “atende às necessi- dades do presente, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de atender às suas próprias necessidades”. Para além da preocupação temporal com as próximas gerações, também é amplamente aceito que o desenvolvimento sustentável permeia três dimensões: economia, sociedade e meio ambiente. Essas áreas são contempladas de forma integrada e indissociável nos 17 ODS propostos na Agenda 2030. Ciências básicas e sustentabilidade O ano de 2022 foi proclamado pela ONU como o Ano Internacional das Ciências Básicas para o Desenvolvimento Sustentável. Em sua resolução, a ONU salienta a relevância da Biologia, Física, Matemática, Química, entre outras ciên- cias básicas, para que possamos responder a desafios globais de ordem am- biental e socioeconômica e, dessa maneira, atingir o desenvolvimento sustentável. O evento também é considerado uma oportunidade de reafirmar nosso compro- misso com a Agenda 2030. A ONU enfatiza ainda que as aplicações das ciências básicas são cruciais para avanços em áreas como medicina, indústria, agricultura, comunicação, etc., corroborando o potencial de suas descobertas para atingir o bem-estar social. A despeito dessa visão mais pragmática das ciências básicas, convém ressaltar que suas contribuições para o desenvolvimento sustentável vão muito além de aplica- ções tecnológicas endereçadas a um setor ou outro da sociedade. QUÍMICA E SUSTENTABILIDADE COMO O ATLAS FOI CONSTRUÍDO? QUÍMICA E SUSTENTABILIDADE Sob a perspectiva deste Atlas, a Química destaca-se, particularmente, por aprofundar o conhecimento que a humanidade tem da matéria e de suas transfor- mações, sem o propósito exclusivo de atender a demandas, mas de gerar conhe- cimento para a sociedade. Neste cenário, portanto, ficam evidentes as conexões que a Química estabelece com as três dimensões do desenvolvimento sustentável e, em última análise, com qualquer domínio da existência humana. O Atlas A construção do Atlas Molecular da Sustentabilidade baseou-se em questões de interesse global, expressas nos ODS, para traçar as conexões com a Química e assim definir os critérios para a seleção das substâncias abordadas. Em um primei- ro momento, a escolha de algumas substâncias mostrou-se bastante óbvia, como água e gás carbônico, por exemplo, por serem mencionadas entre as metas. Po- rém, a referência explícita a compostos mostrou-se rara, de modo que ela não po- deria ser um pré-requisito exclusivo para seleção, mas apenas uma variável a mais de análise. Seria preciso, portanto, uma apreciação mais abrangente de cada ODS. Neste contexto, a triagem resultou em padrões de correspondência variados entre os ODS e as substâncias, ou seja, uma mesma substância foi associada a mais de um ODS, e um mesmo ODS foi vinculado a mais de uma substância. Para reduzir o rol de substâncias previamente elencadas até chegar ao número final abordado neste Atlas, uma série de fatores foram levados em conta na seleção. As escolhas feitas visavam explorar não apenas os aspectos positivos relacio- nados às metas dos ODS, mas também oferecer uma visão mais ampla de cada substância, ainda que ela não fosse benéfica. Objetivou-se, com isso, reforçar que as substâncias devem ser utilizadas deforma consciente e racional, considerando o ciclo biogeoquímico em que estão inseridas ou o ciclo de vida dos produtos de cuja composição elas fazem parte. Outros critérios considerados na seleção foram: I. Conexão com o maior número de ODS: As conexões consideraram sobretu- do as metas ligadas aos ODS, mais detalhadas e tangíveis; II. Representatividade de todos os ODS: Havia a intenção de abordar minima- mente cada objetivo; III. Histórico da substância: Buscou-se apresentar exemplos de substâncias com um longo histórico de uso/estudo, junto a outras que se mostrassem contem- porâneas quanto à existência e/ou a novas aplicações; IV. Natureza química: Em se tratando de um Atlas de Química, considerou-se importante selecionar substâncias que representassem diferentes áreas de es- tudo da Química, sem se ater a somente uma delas. A próxima etapa do trabalho consistiu na elaboração dos textos que compõem o material, em paralelo com a coleta de parâmetros físico-químicos e dados de segurança, bem como de informações que pudessem evidenciar os problemas e cenários relacionados a cada substância, dentro das três dimensões do desenvol- vimento sustentável. Naturalmente, não é finalidade deste Atlas apresentar uma seleção definitiva de substâncias representantes dos ODS. Para além da quantidade limitada que se pretendeu explorar, reconhece-se que as conexões observadas com os ODS po- dem diferir quando submetidas a outras análises, do mesmo modo que conexões adicionais (ou o peso a elas atribuído) podem ser apontadas. Sendo assim, este Atlas não pretende esgotar todas as possibilidades de substâncias e conexões a serem escolhidas e trabalhadas no âmbito dos ODS. Pelo contrário, sob essa pers- pectiva, outras coleções de moléculas podem ser propostas, dando continuidade à discussão iniciada nesta edição. Vamos conhecer o Atlas Molecular da Sustentabilidade? Nesta edição, escolhemos 13 substâncias ou materiais, além de conteúdos extras no início e no final do Atlas. ETANOL representações químicas propriedades periculosidade SOLUBILIDADE EM ÁGUA Miscível em qualquer proporção. CALOR DE COMBUSTÃO –6 425 cal/g PONTO DE ATENÇÃO Substância psicotrópica Altera o comportamento e os sentidos e causa dependência. TEMPERATURA DE EBULIÇÃO 78 ºC TEMPERATURA DE FUSÃO –114 ºC MASSA MOLAR 46 g/mol C2H6O Atenção!Inflamável Perigo à saúde Ilu st ra çõ es : I D /B R C C O H H H H H H 34 ETANOL NOS ODS Plásticos biodegradáveis podem ser produzidos a partir de matérias-primas renováveis. Etanol 70% usado para a assepsia das mãos. O etanol é a principal alternativa aos combustíveis obtidos do petróleo. Colheitadeira em plantação de cana-de-açúcar. ra co ol _s tu di o/ S hu tt er st oc k. co m /ID /B R ra fa st oc kb r/ S hu tt er st oc k. co m /ID /B R fe w er to n/ S hu tt er st oc k. co m /ID /ID /B R el ec tr a/ S hu tt er st oc k. co m /ID /B R Como alerta o ODS 13, o etanol é considerado uma fonte de energia mais limpa em comparação aos combustíveis fósseis (ajudando a promover o ODS 7), mesmo que o uso desse biocombustível não esteja livre da geração de poluentes do ar, em desacordo com o ODS 11. O etanol tem sido produzido de forma cada vez mais eficiente, do plantio da cana-de-açúcar até o aproveitamento dos resíduos da bio- massa, temas tratados pelos ODS 9 e 12. Em contrapartida, o cultivo de cana muitas vezes compete com o plantio de alimentos, preocupação relevante para o cumpri- mento do ODS 2. Na área da saúde, ressalta-se a aplicação do etanol como antis- séptico (contribuindo para o ODS 3) e como insumo na indústria farmacêutica. Como droga recreativa, está associada a doenças, a acidentes e à violência doméstica. Esses aspectos são abordados nos ODS 3 e 5. Destaca-se ainda o uso do etanol na produção de plásticos a partir de matérias-primas de fontes renováveis, promo- vendo o ODS 12. O pictograma ao lado representa as principais relações do etanol com os ODS. Ilu st ra çã o: ID /B R 38 COMEÇANDO A CONVERSA: A ABERTURA DO CAPÍTULO Afinal, que lugar essas substâncias ocupam em nossa vida? Cada capítulo começa com imagens que mostram de onde elas vêm, como são produzidas e/ou para que servem. Não se esqueça dessas imagens! Ao terminar cada capítulo, reveja esta parte. INFORMAÇÕES QUÍMICAS Após conhecer as substâncias pelas coisas que vemos, continuamos com aquelas que não vemos: as estruturas químicas. Apresentamos também a fórmula, propriedades físicas e químicas de cada uma e o grau de periculosidade delas – importantíssimo dado de segurança. A SUBSTÂNCIA NOS ODS No fim do capítulo, há um resumo de como a substância se relaciona com alguns ODS. Um gráfico mostra a intensidade da relação da substância com os ODS citados. Selecionamos também imagens com exemplos de uso dessas substâncias. CONHECENDO SEU ATLASCONHECENDO SEU ATLAS FALANDO MOLECULÊSFALANDO MOLECULÊS O s dicionários de língua portuguesa têm cerca de 500 mil palavras, escritas com as combinações das 26 letras do alfabeto. Um dicionário químico teria mais de 260 milhões de substâncias, as “palavras químicas”, escritas com as combinações dos 118 elementos químicos, organizados na Tabela Periódica. Cada elemento químico tem um tipo de átomo, com tamanhos e características diferentes. A Tabela Periódica é, então, como um jogo de montar, com 118 peças e diversas possibilidades de “encaixe”. Alguns elementos são artificiais e não chegam de fato a formar substâncias, e outros são muito raros. Também há aqueles abundantes na natureza, como os elementos C, H, N, Si, Aℓ, O e Fe. Veja, na tabela abaixo, o tamanho e o número comum de conexões dos elementos químicos presentes nas 13 substâncias deste Atlas: Elemento Químico H O N C Cℓ Br Fe Ti Na Tamanho do átomo (bilionésimos de milímetro) 25 60 65 70 100 115 140 140 180 Número comum de ligações químicas (“encaixes” entre átomos) 1 2 3 a 5 4 1 a 7 1 a 7 2 a 7 2 a 4 1 Para matar sua sede de conhecimento, vamos tomar a água como exemplo. Em “moleculês”, H2O é o lí- quido incolor que, em português, chamamos de água. Dizemos que H2O é a fórmula mínima da substância água. Lendo a palavra química H2O, descobrimos que: • a substância água é composta dos elementos químicos hidrogênio (H) e oxigênio (O); • seus elementos estão agrupados em 2 átomos de H e 1 átomo de O, formando as moléculas de água. P O OH O OH OH O NN N N NH2 P O O O O O O NN N N N C C C C C C C C C C H H H H H H H H H H H H H H P O O O O O O NN N N N CH2 CH CH CH CH2 C CH C C CH H H H H H P O OH O OH OH O NN N N NH2 1 2 3 4 A B C D As figuras acima representam a molécula da mesma substância: desoxiadenosina monofosfato. Cada qual mostra informações diferentes. As figuras 1 a 4 são fórmu- las estruturais 2D: A figura 1 mostra todos os átomos e ligações; a figura 2 esconde as ligações entre C e H; a figura 3 omite os átomos de C e H; a figura 4 mostra um círculo que indica que as duplas ligações entre C e N são do tipo aromático. As figuras A a D são modelos moleculares 3D. Elas informam a geometria e a forma da molécula: A figura A mostra o volume dos átomos; a figura B mostra átomos e ligações; a figura C mostra apenas ligações; a figura D mostra a geo- metria das ligações químicas ao redor dos átomos. Os triângulos e tetraedros são apenas anotações, não são parte da molécula. FALANDO MOLECULÊS! O Atlas está repleto de figuras representando moléculas. Nesta seção, explicamos brevemente como interpretá-las. ANTES DE COMEÇAR E SEMPRE QUE PRECISAR O QUE HÁ EM CADA CAPÍTULO? ETANOL je ep 24 99 /S hu tt er st oc k. co m /ID /B R P ix el -S ho t/ S hu tt er st oc k. co m /ID /B R R at tiy a Th on gd um hy u/ S hu tt er st oc k. co m /ID /B R 33 ETANOL economia Desde tempos antigos, os seres humanos já produziam o etanol, ouálcool etílico, pela fermentação de alimentos ricos em açúcares para a produção de bebidas e extratos alcoólicos. Hoje, boa parte do etanol ainda é obtida dessa forma, embora seja mais comum a produção industrial do etanol a partir do eteno. Em sua forma pura (anidra) ou hidratada, o etanol é utilizado para inúmeras finalidades: serve de matéria-prima para a fabricação de outros produtos, participa como reagente na síntese de outras substâncias ou mesmo é usado de modo direto. Em concentrações maiores que 70%, o etanol apresenta ação desinfetante, dada sua capacidade de comprometer a estrutura de proteínas que são essenciais para a sobrevivência de microrganismos. Como antisséptico, portanto, o álcool etílico é im- prescindível para a desinfecção das mãos, do ambiente e de instrumentos médico-hos- pitalares, contribuindo, por exemplo, para a redução de casos de infecções hospitala- res e outras contaminações em geral (ODS 3). O etanol também é um biocombustível, produzido sobretudo de biomassas de cana-de-açúcar, milho, trigo, beterraba e mandioca. Por ser um biocombustível, o etanol é uma alternativa aos combustíveis de origem fóssil, como a gasolina e o óleo diesel (ODS 7). O etanol anidro pode ser misturado à gasolina ou ao diesel em di- ferentes proporções; já o etanol hidratado é vendido nos postos de combustível como álcool comum. MERCADO GLOBAL DE ETANOL (2019) 1 89,1 bilhões de dólares PRODUÇÃO ANUAL NO BRASIL (2019) 2 34 bilhões de litros, dos quais 70,3% são etanol hidratado e 29,7%, etanol anidro. MAIORES PRODUTORES DE ETANOL COMBUSTÍVEL (2019) 3 1. Grand View Research. Dados de 2020. 2. Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Dados de 2020. 3. Renewable Fuels Association. Dados de 2020. Estados Unidos 53% União Europeia 5% Brasil 30% © N aç õe s U ni da s no B ra si l 41 36 35 INFORMAÇÕES SOBRE A SUBSTÂNCIA Este é o conteúdo principal de cada capítulo. Conheceremos como as substâncias se relacionam com os ODS. Você também pode navegar seguindo a trilha de um ODS. Nas laterais das páginas, siga o ODS pulando para a página indicada pelo respectivo ícone. ECONOMIA, SOCIEDADE E MEIO AMBIENTE As substâncias são mercadorias e têm um importante papel na sociedade. Sua produção, uso e descarte interferem no ambiente. Essas informações você encontra nas seções Economia, Sociedade e Meio Ambiente, sempre em conexão com o texto. ÍCONES Neste Atlas, usamos ícones para representar informações importantes. Aqui você encontra o significado de cada um. Preste especial atenção aos símbolos de segurança: eles também se encontram nos produtos usados no dia a dia! PARA CADA SUBSTÂNCIA OU MATERIAL No fim do livro, você vai encontrar um glossário, que traz uma explicação resumida de algumas palavras e expressões que talvez você não conheça. Ao encontrar uma palavra desconhecida, procure primeiro no glossário. Assim, você aproveitará melhor o Atlas. As referências bibliográficas lhe permitirão ampliar seus conhecimentos sobre as substâncias. Ali você encontra as fontes consultadas para produzir os textos e pesquisar os dados apresentados em cada uma das substâncias estudadas. FINALIZANDO O LIVRO ETANOL economia Desde tempos antigos, os seres humanos já produziam o etanol, ou álcool etílico, pela fermentação de alimentos ricos em açúcares para a produção de bebidas e extratos alcoólicos. Hoje, boa parte do etanol ainda é obtida dessa forma, embora seja mais comum a produção industrial do etanol a partir do eteno. Em sua forma pura (anidra) ou hidratada, o etanol é utilizado para inúmeras finalidades: serve de matéria-prima para a fabricação de outros produtos, participa como reagente na síntese de outras substâncias ou mesmo é usado de modo direto. Em concentrações maiores que 70%, o etanol apresenta ação desinfetante, dada sua capacidade de comprometer a estrutura de proteínas que são essenciais para a sobrevivência de microrganismos. Como antisséptico, portanto, o álcool etílico é im- prescindível para a desinfecção das mãos, do ambiente e de instrumentos médico-hos- pitalares, contribuindo, por exemplo, para a redução de casos de infecções hospitala- res e outras contaminações em geral (ODS 3). O etanol também é um biocombustível, produzido sobretudo de biomassas de cana-de-açúcar, milho, trigo, beterraba e mandioca. Por ser um biocombustível, o etanol é uma alternativa aos combustíveis de origem fóssil, como a gasolina e o óleo diesel (ODS 7). O etanol anidro pode ser misturado à gasolina ou ao diesel em di- ferentes proporções; já o etanol hidratado é vendido nos postos de combustível como álcool comum. MERCADO GLOBAL DE ETANOL (2019) 1 89,1 bilhões de dólares PRODUÇÃO ANUAL NO BRASIL (2019) 2 34 bilhões de litros, dos quais 70,3% são etanol hidratado e 29,7%, etanol anidro. MAIORES PRODUTORES DE ETANOL COMBUSTÍVEL (2019) 3 1. Grand View Research. Dados de 2020. 2. Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Dados de 2020. 3. Renewable Fuels Association. Dados de 2020. Estados Unidos 53% União Europeia 5% Brasil 30% © N aç õe s U ni da s no B ra si l 41 36 35 ETANOL sociedade No entanto, por mais que o etanol seja um biocombustível e, em comparação aos combustíveis fósseis, apresente uma emissão mais baixa de CO2 ao ser usado nos veí- culos, ele ainda contribui para a liberação desse gás, que está relacionado ao aque- cimento global e às mudanças climáticas decorrentes desse fenômeno (ODS 13). Além disso, a queima incompleta do etanol pode emitir aldeídos, compostos provenientes da oxidação de álcoois primários. Tanto o formaldeído quanto o acetaldeído são poluen- tes com efeito carcinogênico, e, portanto, nocivos ao ser humano (ODS 3, ODS 11). Mais uma dificuldade para a expansão do uso do álcool como combustível é a grande área cultivável necessária para plantar a biomassa empregada na obtenção do etanol. No Brasil, o cultivo da cana-de-açúcar, cujo preço é atrelado ao mercado mundial, compete com o cultivo de alimentos. Com a valorização da cana, a planta- ção de alimentos torna-se menos atrativa aos agricultores. A menor produção de ali- mentos, por sua vez, leva ao aumento dos preços desses produtos, prejudicando ainda mais aqueles com piores condições econômicas (ODS 2). Para reduzir o impacto desse processo no cultivo de alimentos, uma alternativa é au- mentar a quantidade de etanol obtido por área plantada. Nesse sentido, é muito pesqui- sada a produção do chamado etanol de segunda geração, que reaproveita resíduos de biomassa que normalmente seriam descartados. No caso da cana-de-açúcar, o baga- ço, as pontas e as palhas são fontes de lignocelulose, que também pode ser usada para gerar etanol graças a avanços tecnológicos da indústria agroquímica (ODS 9, ODS 12). 4. Morini, M. S. et al., 2017. 5. Fonseca, A. M. et al., 2009. 6. Centro de Informações sobre Saúde e Álcool. Dados de 2012. EQUIVALÊNCIA ENTRE MÃO DE OBRA HUMANA E TRABALHO MECANIZADO 4 VIOLÊNCIA EM DOMICÍLIOS (2005) 5 Em 33,5% de 7 939 domicílios pesquisados no Brasil, foi relatado algum tipo de violência, e, em 17,1% do total de domicílios, os agressores haviam consumido bebida alcoólica antes de praticar o ato violento. MORTES NO TRÂNSITO NO BRASIL (2012) 6 1 COLHEITADEIRA 80 A 100 PESSOAS 23,2% ASSOCIADOS AO CONSUMO DE ÁLCOOL © N aç õe s U ni da s no B ra si l Ilu st ra çõ es : I D /B R 43 55 55 42 37 37 36 ETANOL meio ambiente No segmento industrial, aliás, o etanol é um dos álcoois mais importantes. A partir dele, é possível sintetizar várias substâncias de interesse econômico, como acetato de etila e éter etílico, por exemplo. Em particular, a produção de eteno a partir do etanol de origem vegetal possibilita a fabricação do chamado plástico verde, feito de polietileno, um polímero do eteno. É uma opção mais sustentável ao plástico feito de matéria-prima de origemfóssil, produzido pela indústria petroquímica (ODS 12). O etanol anidro é também muito utilizado na indústria como matéria-prima para a fabricação de tintas, solventes e aerossóis, entre outros produtos. Na forma hidratada, é empregado na produção de bebidas, alimentos, cosméticos, aromatizantes, produ- tos de limpeza, remédios e vacinas. Como solvente orgânico capaz de solubilizar di- versas substâncias, o etanol é bastante utilizado tanto em indústrias quanto em labora- tórios de pesquisa. O consumo recreativo do etanol (nas chamadas bebidas alcoólicas), que é uma das mais antigas drogas psicotrópicas, traz impactos sociais significativos. Associado ou não à condição de alcoolismo, o consumo de bebidas alcoólicas é um dos princi- pais responsáveis, em todo o mundo, por mortes ligadas a acidentes de trânsito, por doenças secundárias relacionadas ao abuso do álcool e por casos de violência do- méstica, em especial contra a mulher (ODS 3, ODS 5). 7. Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Dados de 2020. 8. União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica), 5 jun. 2020. ÁREA DE PRODUÇÃO DE ETANOL NO BRASIL 7 Na safra de 2019/2020, a área total relacionada à produção do etanol foi de 10 milhões de hectares. PEGADA DE CO2 DO ETANOL 8 No Brasil, entre março de 2003 e maio de 2020, o consumo de etanol anidro e etanol hidratado evitou a emissão de mais de 515 milhões de toneladas de CO2. © N aç õe s U ni da s no B ra si l 65 43 41 37 ETANOL economia Desde tempos antigos, os seres humanos já produziam o etanol, ou álcool etílico, pela fermentação de alimentos ricos em açúcares para a produção de bebidas e extratos alcoólicos. Hoje, boa parte do etanol ainda é obtida dessa forma, embora seja mais comum a produção industrial do etanol a partir do eteno. Em sua forma pura (anidra) ou hidratada, o etanol é utilizado para inúmeras finalidades: serve de matéria-prima para a fabricação de outros produtos, participa como reagente na síntese de outras substâncias ou mesmo é usado de modo direto. Em concentrações maiores que 70%, o etanol apresenta ação desinfetante, dada sua capacidade de comprometer a estrutura de proteínas que são essenciais para a sobrevivência de microrganismos. Como antisséptico, portanto, o álcool etílico é im- prescindível para a desinfecção das mãos, do ambiente e de instrumentos médico-hos- pitalares, contribuindo, por exemplo, para a redução de casos de infecções hospitala- res e outras contaminações em geral (ODS 3). O etanol também é um biocombustível, produzido sobretudo de biomassas de cana-de-açúcar, milho, trigo, beterraba e mandioca. Por ser um biocombustível, o etanol é uma alternativa aos combustíveis de origem fóssil, como a gasolina e o óleo diesel (ODS 7). O etanol anidro pode ser misturado à gasolina ou ao diesel em di- ferentes proporções; já o etanol hidratado é vendido nos postos de combustível como álcool comum. MERCADO GLOBAL DE ETANOL (2019) 1 89,1 bilhões de dólares PRODUÇÃO ANUAL NO BRASIL (2019) 2 34 bilhões de litros, dos quais 70,3% são etanol hidratado e 29,7%, etanol anidro. MAIORES PRODUTORES DE ETANOL COMBUSTÍVEL (2019) 3 1. Grand View Research. Dados de 2020. 2. Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Dados de 2020. 3. Renewable Fuels Association. Dados de 2020. Estados Unidos 53% União Europeia 5% Brasil 30% © N aç õe s U ni da s no B ra si l 41 36 35 FALANDO MOLECULÊSFALANDO MOLECULÊS O s dicionários de língua portuguesa têm cerca de 500 mil palavras, escritas com as combinações das 26 letras do alfabeto. Um dicionário químico teria mais de 260 milhões de substâncias, as “palavras químicas”, escritas com as combinações dos 118 elementos químicos, organizados na Tabela Periódica. Cada elemento químico tem um tipo de átomo, com tamanhos e características diferentes. A Tabela Periódica é, então, como um jogo de montar, com 118 peças e diversas possibilidades de “encaixe”. Alguns elementos são artificiais e não chegam de fato a formar substâncias, e outros são muito raros. Também há aqueles abundantes na natureza, como os elementos C, H, N, Si, Aℓ, O e Fe. Veja, na tabela abaixo, o tamanho e o número comum de conexões dos elementos químicos presentes nas 13 substâncias deste Atlas: Elemento Químico H O N C Cℓ Br Fe Ti Na Tamanho do átomo (bilionésimos de milímetro) 25 60 65 70 100 115 140 140 180 Número comum de ligações químicas (“encaixes” entre átomos) 1 2 3 a 5 4 1 a 7 1 a 7 2 a 7 2 a 4 1 Para matar sua sede de conhecimento, vamos tomar a água como exemplo. Em “moleculês”, H2O é o lí- quido incolor que, em português, chamamos de água. Dizemos que H2O é a fórmula mínima da substância água. Lendo a palavra química H2O, descobrimos que: • a substância água é composta dos elementos químicos hidrogênio (H) e oxigênio (O); • seus elementos estão agrupados em 2 átomos de H e 1 átomo de O, formando as moléculas de água. P O OH O OH OH O NN N N NH2 P O O O O O O NN N N N C C C C C C C C C C H H H H H H H H H H H H H H P O O O O O O NN N N N CH2 CH CH CH CH2 C CH C C CH H H H H H P O OH O OH OH O NN N N NH2 1 2 3 4 A B C D As figuras acima representam a molécula da mesma substância: desoxiadenosina monofosfato. Cada qual mostra informações diferentes. As figuras de 1 a 4 são fór- mulas estruturais 2D: A figura 1 mostra todos os átomos e ligações; a figura 2 escon- de as ligações entre C e H; a figura 3 omite os átomos de C e H; a figura 4 mostra um círculo que indica que as duplas ligações entre C e N são do tipo aromático. As figuras de A a D são modelos moleculares 3D. Elas informam a geometria e a forma da molécula: A figura A mostra o volume dos átomos; a figura B mostra átomos e ligações; a figura C mostra apenas ligações; a figura D mostra a geo- metria das ligações químicas ao redor dos átomos. Os triângulos e tetraedros são apenas anotações, não são parte da molécula. Assim como a água, toda substância tem uma fórmula mínima e uma estrutura química. Os átomos nas moléculas se conectam por meio de ligações químicas. Elas não são pauzinhos minúsculos: resultam do equilíbrio de forças elétricas de atração e repulsão entre os átomos, um “puxa e empurra” elétrico que depende das propriedades dos átomos de cada elemento químico. No caso da substân- cia H2O, sabemos que os átomos de H fazem 1 ligação, e os de O, 2 ligações. Sabemos também que esses 3 átomos estão organizados formando um ângulo. Para melhor visualizar isso, usamos as fórmulas estruturais. Veja os exemplos para as substâncias água (H2O) e metano (CH4): Esses exemplos representam a estrutura de uma única molécula. São ótimos para simbolizar como o metano e a água estão na forma gasosa, na qual as moléculas estão muito longe umas das outras. Mas como ficam esses modelos nos sólidos e nos líquidos? Observe as representações a seguir. E, então, vamos praticar moleculês neste Atlas? FALANDO MOLECULÊS Fórmula mínima Estrutural simples Bola e bastão Volume H2O Água H O H A B C CH4 Metano H C H H H D E F Bola e bastão Volume H2O líquido G H H2O sólido I J As fórmulas “estruturais simples” indicam como os átomos estão conectados (A e D), explicitando o símbo- lo dos elementos químicos. O tipo “bola e bastão” (B e E) representa os átomos como esferas pequenas, e as ligações químicas como bastões. Mostra também a geometria da molécula. Repare como H2O é uma molécula de forma angular, e CH4 é uma molécula de forma tetraédrica. O tipo “volume” (C e F) represen- ta os átomos em tamanhos aproximados, mostra a forma geral da molécula e indica como os átomos se interpenetram ao se conectarem. Repare que tanto na água no estado líquido quanto no estado sólido há muitas moléculas juntas, todas iguais, pois são a mesma substância de fórmula mínima H2O. Nas representações em bola e bastão (G e I), é possível perceber que ogelo é um sólido cristalino, ou seja, no gelo as moléculas de H2O estão muito or- denadas em comparação com a água líquida. As representações do tipo volume (H e J) ressaltam o empa- cotamento das moléculas. Note que a estrutura do gelo é menos compacta do que a da água líquida. Isso explica por que o gelo é menos denso do que a água líquida e, assim, flutua nela. Capítulos Bedaquilina ...........................................................9 Cloro ..................................................................15 Dióxido de carbono ...............................................21 Dióxido de titânio ..................................................27 Etanol .................................................................33 Glicerol ...............................................................39 Magnetita ............................................................45 Metano ...............................................................51 Nicotina ..............................................................57 Poliacrilato de sódio ...............................................63 Polihidroxibutirato ...................................................69 Poliuretano ...........................................................75 Ureia ..................................................................81 Glossário ..............................................................87 Símbolos ..............................................................89 Bibliografia ..........................................................91 SU SU MÁ MÁ RIO RIO BEDAQUILINA at te m /S hu tt er st oc k. co m /ID /B R no kw al ai /S hu tt er st oc k. co m /ID /B R A le xa nd er R at hs /S hu tt er st oc k. co m /ID /B R 9 BEDAQUILINA representações químicas propriedades periculosidade C32H31BrN2O2 Perigo à saúde Tóxico Perigo ao meio ambiente Ilu st ra çõ es : I D /B R MASSA MOLAR 555,5 g/mol SOLUBILIDADE EM ÁGUA Insolúvel PONTO DE ATENÇÃO Inibe a síntese de ATP bacteriana, essencial para a produção de energia da bactéria da tuberculose. TEMPERATURA DE FUSÃO 118 ºC TEMPERATURA DE EBULIÇÃO Sofre degradação em temperaturas mais altas. CH3 Br N O H N OH CH3CH3 10 BEDAQUILINA economia A bedaquilina é um antibiótico empregado para tratar a tuberculose, uma doença cujo agente causador é a bactéria Mycobacterium tuberculosis (MTB), também conhecida como bacilo de Koch. A bactéria é transmitida por via aérea e a doença afeta principalmente os pulmões. Cerca de 25% da po- pulação mundial apresenta a forma latente da doença, ou seja, está infectada pela bactéria, mas não manifesta os sintomas característicos da tuberculose ativa, como tosse crônica, febre e perda de peso. Para indivíduos com sistema imunitário compro- metido, é maior o risco de desenvolver a forma ativa da doença – entre infectados com HIV, esse risco é 18 vezes maior que na população em geral. A Organização Mundial da Saúde (OMS) já teve a tuberculose incluída entre as chamadas doenças negligenciadas. São conhecidas assim as doenças endêmicas em populações de baixa renda e que recebem menos investimentos para a pesquisa de novos tratamentos. Atualmente, apesar do maior recurso financeiro recebido para o combate à tuberculose, ela ainda apresenta indicadores preocupantes nos países mais pobres. A cobertura vacinal da BCG, utilizada para prevenir a doença, é am- pla na maior parte dos países, mas seus efeitos são limitados. Acabar com a epidemia de tuberculose até 2030 é uma das metas da Organi- zação das Nações Unidas (ONU). Um dos desafios para alcançar esse objetivo é o aumento da resistência microbiana a medicamentos, que pode elevar os custos com saúde nos países de renda mais baixa, bem como prejudicar seu crescimento MERCADO GLOBAL DE MEDICAMENTOS PARA TUBERCULOSE (2016) 1 915,6 milhões de dólares CUSTO DA BEDAQUILINA 2 Em 2020, o preço da bedaquilina, para cobrir seis meses de tratamento, foi de 340 dólares por paciente. PRINCIPAIS PRODUTORES (2016) 3 A Ásia-Pacífico (região que inclui o sudeste da Ásia e a Oceania) dominou o mercado em 2016, respondendo por uma participação de 57,4% da produção global. 1. Grand View Research. Dados de 2018. 2. Johnson & Johnson, 6 jul. 2020. 3. Grand View Research. Dados de 2016. 11 BEDAQUILINA sociedade econômico (ODS 8). Foi nesse contexto que se deu o desenvolvimento da bedaquilina, um antibiótico que atua inibindo a ação da ATP sintase, uma enzima fundamental para a sobrevivência do bacilo de Koch. Essa droga foi concebida para atender à demanda por novos medicamentos eficazes contra a tuberculose, tratada por déca- das com os antibióticos rifampicina e isoniazida, cuja eficácia reduziu-se ao longo do tempo como resultado da resistência bacteriana (ODS 3). Com a ocorrência de mutações nos microrganismos, linhagens novas e resistentes aos medicamentos podem surgir, e elas se tornam prevalentes por um processo de seleção natural. A resistência bacteriana a antibióticos é acelerada pela propaga- ção das infecções bacterianas ocasionadas por falta de ações preventivas, pelo consumo de antibióticos sem recomendação médica ou sem a correta observância da prescrição e pelo tratamento inadequado dado aos seus resíduos. Causa grande preocupação o fato de parte do medicamento não utilizado ser em geral descartado no lixo comum ou na rede de esgoto de residências, ambientes hospitalares e indústrias. Além disso, é preciso considerar as diferentes rotas dos antibióticos após seu uso. Na agricultura, eles são dispostos no solo e podem atingir ambientes aquáticos. Seres humanos e animais também podem eliminar, em sua ex- creta, os antibióticos consumidos, que contaminam o solo e corpos d’água, seja por via direta (pela liberação no ambiente), seja por via indireta (na rede de esgoto) (ODS 12, ODS 14, ODS 15). 4. Agência Brasil, 14 ago. 2020. 5. World Health Organization, 14 out. 2021. 6. World Health Organization. Dados de 2019. BEDAQUILINA NO SUS 4 O Ministério da Saúde aprovou a incorporação da bedaquilina no Sistema Único de Saúde (SUS) para tratamento da tuberculose em 2020. RANKING DE DOENÇAS NO MUNDO (2020) 5 A tuberculose é a 13a principal causa de morte e a 2a principal causa de morte infecciosa depois da covid-19, estando acima da aids. CASOS DE TUBERCULOSE MULTIRRESISTENTE (2017) 6 Três países são responsáveis por quase metade dos casos mundiais de tuberculose multirresistente ou resistente à ripamficina: Índia 24% China 13% Rússia 10% © N aç õe s U ni da s no B ra si l 25 25 13 13 19 12 BEDAQUILINA meio ambiente Os tratamentos convencionais de água e esgoto são ineficazes na degradação de antibióticos. Dentre os diferentes métodos empregados para remover esses po- luentes, podem ser citadas a nanofiltração e a osmose reversa, com o uso de mem- branas para a separação, e a adsorção, com carvão ativado e grafeno, por exem- plo. São muito estudados, ainda, processos oxidativos avançados, pelos quais espécies químicas altamente oxidativas, capazes de degradar os compostos, são geradas por reações catalisadas, com ou sem irradiação ultravioleta (ODS 6). Nesse cenário, a bedaquilina e outros antibióticos são considerados poluentes ou contaminantes de preocupação emergente. Eles correspondem a uma série de substâncias naturais ou sintéticas de difícil degradação detectadas em vários ambien- tes aquáticos e cujos riscos ao meio ambiente e à saúde dos seres vivos ainda não são totalmente conhecidos. A preocupação com esses compostos decorre não ape- nas da escassez de dados sobre a segurança dessas substâncias, mas também da falta de normas para seu monitoramento e sua regulação (ODS 3, ODS 14). 7. Conselho Federal de Farmácia. Dados de 2019. 8. Aus Der Beek, T. et al., 2016. DESCARTE DE MEDICAMENTOS NO BRASIL 7 MEDICAMENTOS EM CORPOS D’ÁGUA8 Globalmente, já foram detectados mais de 550 medicamentos diferentes em estações de tratamento de água residuais e outras amostras ambientais. Já foi identificado pelo menos um medicamento como poluente ambiental em 71 países. Pesquisa do Conselho Federal de Farmácia realizada em 2019 com 2 074 pessoas. 10% 14% 76% Realizam o descarte inapropriado (a maioria em lixo comum) Realizam o descarte apropriado Não realizam o descarte © N aç õe s U ni da s no B ra si l Ilu st ra çõ es : I D /B R 18 18 19 13 BEDAQUILINA NOS ODS Antibióticos e outros medicamentos são poluentes de difícil tratamento. Descarte inadequado de medicamentos: fonte de poluição ambiental e uma das causas do aumento da resistência microbiana. A venda de medicamentos sem prescrição médica, sobretudo de antibióticos, favorece a resistência microbiana. Raio X de paciente com tuberculose, que afeta principalmente os pulmões. A bedaquilina é um antibiótico destinado ao tratamento da tuberculose. A OMS estabeleceu a meta de acabar com a epidemia de tuberculose até 2030, conforme definido no ODS 3. Nesse contexto, o desenvolvimento da bedaquilina trouxe mais uma opção de antibiótico para tratar os casos que não respondem mais a outras drogas. O uso indiscriminado de antibióticos e seu descarte inadequado são fatores que contribuem para o surgimento da resistência bacteriana, cujos impactos econômicos recaem principalmente sobre os países mais pobres, o que deve ser combatido de acordo com o ODS 8. A destinação incorreta dos antibióticos vai na contramão do consumo responsável, propagado pelo ODS 12. Os medicamentos descartados de forma indevida poluem a água, em desacordo com o ODS 6, e ameaçam a vida em ambientes aquáticos e terrestres expostos a essas drogas, contrariando os ODS 14 e 15. O pictograma ao lado representa as principais relações da bedaquilina com os ODS. Ilu st ra çã o: ID /B R A fr ic a S tu di o/ S hu tt er st oc k. co m /ID /B R Ta te vo si an Y an a/ S hu tt er st oc k. co m /ID /B R i v ie w fin de r/ S hu tt er st oc k. co m /ID /B R To m at he ar t/ S hu tt er st oc k. co m /ID /B R 14 CLORO Fa bi o A . A ris tiz ab al /S hu tt er st oc k. co m /ID /B R S te ph en B ar ne s/ S hu tt er st oc k. co m /ID /B R Ja ir Fe rr ei ra B el af ac ce /S hu tt er st oc k. co m /ID /B R 15 CLORO representações químicas propriedades periculosidade SOLUBILIDADE EM ÁGUA 6,3 mg/L (25 ºC) PONTO DE ATENÇÃO Em contato com água, sofre oxidação e redução simultaneamente, formando ácido hipocloroso (HCℓO) e ácido clorídrico (HCℓ). TEMPERATURA DE EBULIÇÃO –34 ºC TEMPERATURA DE FUSÃO –105,5 ºC MASSA MOLAR 70,9 g/mol Cℓ2 Atenção!TóxicoOxidante Perigo ao meio ambiente Ilu st ra çõ es : I D /B R Cl Cl 16 CLORO economia O cloro não é encontrado na natureza como substância pura (Cℓ2), mas pode ser produzido a partir do cloreto de sódio (NaCℓ) encontrado na água do mar ou no sal-gema. Em condições ambientais, é um gás muito tóxico, corrosivo e com alto potencial oxidante, que pode levar à morte quando inalado diretamente. Embora tenha sido a primeira arma química utilizada na Primei- ra Guerra Mundial (1914-1918), seus usos atuais mais importantes são para finalida- des pacíficas (ODS 16). Como desinfetante, o cloro apresenta ação instantânea contra microrganismos. É uma das alternativas mais utilizadas para desinfecção hospitalar, purificação de água e limpeza doméstica. Em água, origina o ácido hipocloroso (HCℓO), que, por sua vez, origina o hipoclorito de sódio (NaCℓO), quando reage com a soda cáusti- ca (NaOH). Para sua aplicação como desinfetante, é utilizado como solução de hi- poclorito de sódio, também chamada de água sanitária. Para cada utilidade, uma concentração diferente dessa solução é empregada, por exemplo: 0,005% a 0,02% para a limpeza de roupas (alvejante), 1,5% para a desinfecção de alimentos e 0,05% para a desinfecção de superfícies. A introdução do cloro e seus derivados como desinfetante mudou o panorama da saúde pública a partir do final do século XIX nos Estados Unidos e em parte da Europa. Entretanto, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), ainda mor- rem cerca de 830 mil pessoas todos os anos por diarreia ocasionada pela ingestão PRODUÇÃO MUNDIAL DE GÁS CLORO (2015) 1 70 milhões de toneladas MERCADO GLOBAL DA INDÚSTRIA CLORO-ÁLCALI (2021) 2 46 bilhões de dólares MAIOR PRODUTOR (2015) 3 PRODUÇÃO NO BRASIL (2019) 4 857,3 mil toneladas 1. Grand View Research. Dados de 2016. 2. Fortune Business Insights. Dados de 2021. 3. Grand View Research. Dados de 2016. 4. Associação Brasileira da Indústria de Cloro, Álcalis e Derivados (Abiclor). Dados de 2019. Ásia-Pacífico: mais de 50% DO TOTAL País que mais produziu: CHINA Ilu st ra çõ es : I D /B R 17 CLORO sociedade 24 de água não tratada e pela falta de saneamento básico; desse total, mais de 60% corresponde a crianças menores de 5 anos de idade. Isso poderia ser evitado com tratamento de água adequado e acesso a saneamento básico. Dados de 2020, publicados pelo Ministério do Desenvolvimento Regional, mostram que 16% dos bra- sileiros não têm acesso à água tratada e 47% não têm acesso à coleta de esgoto (ODS 3, ODS 6). Além de seu papel no tratamento da água, o cloro é fundamental para a distri- buição desse recurso. Junto com o eteno, ele é empregado como matéria-prima para a obtenção do policloreto de vinila (PVC), plástico indispensável para a sociedade, utilizado na produção de canos e dutos para o transporte e o armazenamento de água (ODS 6). A versatilidade do PVC, combinada com seu baixo custo, faz com que ele possa ser aplicado em muitos outros segmentos, com destaque para as áreas da saúde, da construção civil e da indústria automotiva. Outros produtos clorados de amplo uso são os gases à base de cloro e flúor empregados principalmente como fluidos refrigerantes em aparelhos de ar condicio- nado e câmaras de refrigeração. Quando liberados na atmosfera, os CFCs (clorofluor- carbonetos) geram espécies capazes de degradar a camada de ozônio (O3) que protege a Terra dos raios solares mais nocivos. Os HCFC (hidroclorofluorcarbonetos), 5. G1, 6 maio 2020. 6. L iu, L. et al., 2012. 7. Stockholm Convention, 2001. ACESSO À ÁGUA TRATADA NO BRASIL (2019) 5 EFEITOS DA INGESTÃO DE ÁGUA NÃO TRATADA (2010) 6 A diarreia mata mais de 2 mil crianças no mundo todos os dias, número maior que o de mortes por aids, malária e sarampo juntas. CONVENÇÃO DE ESTOCOLMO 7 A Convenção de Estocolmo sobre Poluentes Orgânicos Persistentes (POPs) é um tratado global firmado em 2001, que exige que seus signatários tomem medidas para eliminar ou reduzir a liberação de poluentes orgânicos persistentes no meio ambiente. 18,4 MILHÕES DE PESSOAS (10% DA POPULAÇÃO) NÃO TÊM ACESSO À ÁGUA ENCANADA © N aç õe s U ni da s no B ra si l Ilu st ra çõ es : I D /B R 29 18 CLORO meio ambiente que têm uma proporção menor de cloro em sua fórmula, apresentam menor poten- cial de destruição do O3, mas intensificam o efeito estufa. Já os HFC (hidrofluorcar- bonetos), livres de cloro, potencializam o efeito estufa, sem degradar o O3 (ODS 13). O cloro é também um dos principais componentes dos defensivos agrícolas, empre- gados para o controle de pragas em produções agrícolas e agropecuárias. O uso excessivo desses produtos tem sido motivo de preocupação, não apenas por sua toxi- cidade, mas também por sua persistência no meio ambiente, pois dificilmente sofrem degradação química e biológica, o que pode afetar muitos ecossistemas. Além disso, como são bastante solúveis em lipídeos, acumulam-se ao longo da cadeia alimentar, sobretudo em organismos com alto teor de gordura (ODS 14, ODS 15). Atualmente, existem diversos defensivos agrícolas que são considerados “verdes”,por possibilitarem o controle de pragas sem interferir nos ecossistemas. Os biopesti- cidas, por exemplo, são produzidos a partir de microrganismos ou compostos deri- vados de plantas. Esses produtos são eficazes no combate a pragas, com as vanta- gens de não serem tóxicos ao meio ambiente nem serem persistentes, ou seja, decompõem-se em pouco tempo, gerando menos impacto ambiental. 8, 9. California Air Resources Board. 10. National Geographic. GASES REFRIGERANTES 8 O fluido refrigerante (gás de geladeira) mais utilizado hoje, o R-22 (CHCℓF2), apresenta baixa quantidade de cloro em sua composição, em comparação com um CFC. POTENCIAL DE AQUECIMENTO GLOBAL PARA O R-22 9 BIOMAGNIFICAÇÃO DOS PESTICIDAS CLORADOS 10 0,5 kg DE R-22 1 TONELADA DE CO2 R-22 CO2 CO2 CO2 CO2 CO2 CO2 CO2 CO2 CO2 CO2 CO2 CO2 Fenômeno de acumulação de compostos ao longo da cadeia alimentar © N aç õe s U ni da s no B ra si l Ilu st ra çõ es : I D /B R 24 24 23 19 CLORO NOS ODS Aplicação de defensivo agrícola para matar insetos em plantação. Gases CFC causam danos à camada de ozônio. Estação de tratamento de água. O gás cloro já foi usado como arma química. A toxicidade do gás cloro fez dele uma arma química em tempos de guerra, cau- sando um número considerável de mortes, algo em total desacordo com o ODS 16. Por outro lado, o cloro tem contribuído para salvar milhões de vidas, em razão de sua ação antimicrobiana, por exemplo, no tratamento de água, medida essencial para prevenir doenças causadas pela ingestão de água contaminada, o que atende aos ODS 3 e 6. Além disso, o cloro é elemento constituinte do PVC, matéria-prima para as tubulações plásticas de água, tópico também abordado no ODS 6. As substâncias à base de cloro, no entanto, podem ter impacto ambiental negativo. Os CFCs e seus derivados são responsáveis pela destruição da camada de ozônio e pela intensifica- ção do efeito estufa, fenômenos relacionados às mudanças climáticas referidas no ODS 13. Os agrotóxicos que contêm cloro em sua formulação também causam da- nos ambientais, devido à sua toxicidade e persistência no ecossistema, com potencial de afetar a vida aquática e terrestre, justificando a proposição dos ODS 14 e 15. O pictograma ao lado representa as principais relações do cloro com os ODS. D av id M or en o H er na nd ez / S hu tt er st oc k. co m /ID /B R G od da rd S pa ce F lig ht C en te r/ N A SA Pr ae th ip D oc ek al ov a/ S hu tt er st oc k. co m /ID /B R E rn es to R eg hr an /P ul sa r Im ag en s Ilu st ra çã o: ID /B R 20 DIÓXIDO DE CARBONO A vi ga to r Fo rt un er /S hu tt er st oc k. co m /ID /B R C or ne lP ut an /S hu tt er st oc k. co m /ID /B R N el so n A nt oi ne /S hu tt er st oc k. co m /ID /B R 21 DIÓXIDO DE CARBONO representações químicas propriedades periculosidade SOLUBILIDADE EM ÁGUA 1,4 mg/L (25 ºC) PONTO DE ATENÇÃO Plantas, fitoplâncton e bactérias incorporam CO2 na forma de biomoléculas, por meio da fotossíntese. TEMPERATURA DE EBULIÇÃO –78,5 ºC TEMPERATURA DE FUSÃO –56,6 ºC MASSA MOLAR 44 g/mol CO2 CO O Gás comprimido Ilu st ra çõ es : I D /B R 22 DIÓXIDO DE CARBONO economia O dióxido de carbono ou gás carbônico (CO2) faz parte de dois processos fundamentais para a manutenção da vida em nosso planeta: a fotossínte-se e a respiração celular. É por meio desses processos que acontecem as principais trocas de CO2 entre os seres vivos e a atmosfera há milhões de anos. Os níveis de CO2 na atmosfera variam também como reflexo da ação humana. A Revo- lução Industrial, no século XVIII, é considerada o marco inicial de uma era caracteri- zada por grande consumo de energia e de recursos de origem fóssil, assim como pelo desmatamento e pelo crescimento da concentração de CO2 na atmosfera. Como resultado desse aumento, tem ocorrido o aquecimento global pela intensi- ficação do efeito estufa na Terra, que gera mudanças climáticas. Assim como outros gases de efeito estufa (GEE), o CO2 é capaz de absorver parte da radiação que vem do Sol, retendo-a na superfície terrestre na forma de calor. Portanto, quanto mais elevados os níveis de CO2 na atmosfera, maior a temperatura média no planeta, a qual subiu 1 ºC desde os níveis pré-industriais (ODS 13). Embora essa variação pareça pequena, ela é suficiente para causar alterações significativas no clima de todo o planeta. O derretimento das geleiras polares, por exemplo, é responsável direto pela elevação do nível do mar, que subiu cerca de 20 cm desde 1960, com aceleração pronunciada desde então. O aquecimento global está associado ainda com alterações nos regimes de chuvas, na circulação de correntes marinhas e na ocorrência de fenômenos atmosféricos, entre outras. EMISSÃO MUNDIAL DE CO2 (2019) 1 36,44 bilhões de toneladas. Desse total, 465,7 milhões de toneladas foram emitidos pelo Brasil. Em 2017, 80% das emissões de GEE provenientes da União Europeia eram constituídas de CO2. MAIORES EMISSORES (2020) 2 INVESTIMENTO EM COMBUSTÍVEIS FÓSSEIS (2016) 3 O investimento em combustíveis fósseis continua a ser maior do que o investimento em atividades de combate às mudanças climáticas. 1. Ritchie, H.; RoseR, M. Dados de 2019. 2. Union of Concerned Scientists. Dados de 2020. 3. United Nations. Dados de 2019. China 28% Índia 7% Estados Unidos 15% © N aç õe s U ni da s no B ra si l 24 23 DIÓXIDO DE CARBONO sociedade Os efeitos do aumento das emissões de CO2 impactam toda a biodiversidade da Terra (ODS 13). A vida marinha, por exemplo, é comprometida pela acidificação dos oceanos, ocasionada pela maior geração de ácido carbônico (H2CO3), que prejudica a formação dos exoesqueletos calcários de certos animais. Para os seres humanos, em particular, as mudanças climáticas podem representar uma ameaça tanto pelos eventos de curto prazo, como inundações e furacões, quanto por aqueles de longo prazo, como as secas, que podem levar à escassez de água doce, dificul- tando o acesso a esse recurso, além da redução das áreas cultiváveis, aumentando os níveis de insegurança alimentar (ODS 2, ODS 6, ODS 14, ODS 15). Em virtude dos problemas decorrentes das emissões crescentes de gás carbônico, é de suma relevância conhecer as origens das emissões de CO2. O setor energético (eletricidade, sistemas de aquecimento e meios de transporte) foi responsável por 73,2% da produção mundial de CO2 e outros GEE em 2016. As contribuições das fontes emissoras, porém, podem variar conforme o país e seu perfil econômico. No Brasil, 72% dessas emissões em 2019 foram devidas à agropecuária, incluindo, nesse cálculo, aquelas geradas do desmatamento e das queimadas (ODS 7). A redução dos níveis de gás carbônico na atmosfera requer mudanças compor- tamentais e de políticas públicas. Nesse sentido, destaca-se a necessidade de au- mentar as fontes renováveis de energia em nossa matriz energética. A preferência por meios de locomoção que gerem menos CO2 é outra medida de impacto, que 4. Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS). Dados de 2019. 5. Institute for Transportation and Development Policy (ITDP). Dados de 2019. 6. Resource Watch. Dados de 2019. POLÍTICAS PÚBLICAS 4 Segundo uma pesquisa do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), 86% das empresas brasileiras já estabeleceram metas de redução de emissões de GEE e quase 90% delas definiram metas de redução de emissões até 2025. EMISSÃO DE GEE E A MOBILIDADE URBANA (2019) 5 RENDA E EMISSÕES (2019) 6 Pessoas que ganham mais de 14 mil dólares por ano são responsáveis por cerca de um terço das emissões globais. EMISSÃO DE GASES RELACIONADA AO SETOR DE ENERGIA CORRESPONDENTE À EMISSÃO DOS MEIOS DE TRANSPORTE 20% 48% © N aç õe s U ni da s no B ra si l Ilu st ra çõ es : I D /B R 3631 30 30 55 36 24 DIÓXIDO DE CARBONO meio ambiente vale tanto para a mobilidade de pessoas quanto para o transporte de produtos. O consumo responsável de produtos cuja fabricação resulta em altos níveis de CO2 é também uma atitude à qual todos devem atentar (ODS 7, ODS 11, ODS 12). Diminuir as emissões de CO2 passa ainda pelo desenvolvimento de tecnologias que envolvam novos produtos e novas formas de produção com emissões reduzidas de GEE (ou menor “pegada de carbono”), bem como métodos de captura de CO2 que evitem sua concentração na atmosfera. Essa captura pode visar à fixação do carbono em materiais diversos, como o carvão, ou ser uma forma de disponibilizá-lo para uso direto, em extintores de incêndio e solventes e na conservação de alimen- tos, por exemplo, ou para conversões em outros produtos, como ureia, ácido fórmi- co, metanol, entre outros (ODS 9). Em termos socioeconômicos, existe uma relação entre a geração de gás carbônico e a renda per capita. Sabe-se que os 10% mais ricos do mundo foram responsáveis por 52% do CO2 emitido globalmente entre 1990 e 2015. Além disso, países que têm exibido maior crescimento econômico também têm elevado suas emissões. Nesse contexto, coloca-se em discussão o desafio mundial de se promover o desenvolvimento econômico e social dos países, com diminuição da fome e das desigualdades sociais, paralelamente à redução das emissões de CO2 (ODS 1, ODS 8, ODS 10). 7. European Parliament. Dados de 2017. 8. United Nations. Dados de 2019. 9. The Guardian, 14 jul. 2021. EMISSÃO MUNDIAL DE GEE 7 Em 2017, 81% das emissões mundiais eram constituídas de CO2. ACIDIFICAÇÃO DOS OCEANOS (2019) 8 A acidez dos oceanos aumentou 26% desde os tempos pré-industriais. Esse fenômeno afeta diversos organismos marinhos, como os corais, que estão adquirindo uma coloração branca. DEVASTAÇÃO DE FLORESTAS (2021) 9 As queimadas na floresta Amazônica produzem cerca de três vezes mais CO2 do que ela absorve. © N aç õe s U ni da s no B ra si l bu tt ch i 3 S ha L ife /S hu tt er st oc k. co m / ID /B R 78 30 30 60 36 25 DIÓXIDO DE CARBONO NOS ODS A escolha do meio de transporte utilizado impacta a quantidade de CO2 liberada. Derretimento de geleiras causado pelo aumento da temperatura do planeta. À direita, área florestal desmatada. O desmatamento reduz os níveis de fotossíntese. Usina termelétrica em funcionamento, aumentando as emissões de CO2. Um dos principais gases de efeito estufa é o CO2, cuja concentração na atmosfe- ra aumentou substancialmente desde o século XVIII, pois, enquanto a emissão desse gás é crescente, devido ao consumo de energia e de recursos de origem fóssil (em desacordo com o ODS 7), a absorção tem diminuído, devido ao desmatamento e às queimadas, contrariando o ODS 15. O resultado desse desequilíbrio é o aquecimen- to global, que causa mudanças climáticas com consequências como a acidificação dos oceanos e o derretimento de geleiras, como descrito no ODS 13, além de ame- açar a biodiversidade, uma preocupação dos ODS 14 e 15. Há também efeitos que atingem principalmente os países pobres, por exemplo, no acesso à água doce e na produção de alimentos – temas associados aos ODS 1, 2, 6, 8 e 10. Para se reverter tal quadro, são necessárias políticas públicas destinadas ao desenvolvimento socio- econômico sustentável em nível global, como aquelas previstas nos ODS 7, 8, 9 e 10, bem como mudanças culturais na sociedade, o que remete aos ODS 11 e 12. O pictograma ao lado representa as principais relações do gás carbônico com os ODS. A lf R ib ei ro /S hu tt er st oc k. co m /ID /B R B er nh ar d S ta eh li/ S hu tt er st oc k. co m / ID /B R PA R A LA X IS /S hu tt er st oc k. co m /ID /B R G ub in Y ur y/ S hu tt er st oc k. co m /ID /B R Ilu st ra çã o: ID /B R 26 DIÓXIDO DE TITÂNIO m iro no v/ S hu tt er st oc k. co m /ID /B R M eo w cy be r/ S hu tt er st oc k. co m /ID /B R A le xa nd er M ak si m ov /S hu tt er st oc k. co m /ID /B R 27 DIÓXIDO DE TITÂNIO representações químicas propriedades periculosidade PONTO DE ATENÇÃO Em geral, o TiO2 é pouco reativo. Suas nanopartículas, porém, são altamente reativas aos raios solares e a outras formas de radiação ultravioleta. SOLUBILIDADE EM ÁGUA menor que 1 mg/mL TEMPERATURA DE EBULIÇÃO 2 500-3 000 ºC TEMPERATURA DE FUSÃO 1 855 ºC MASSA MOLAR 79,9 g/mol TiO2 O mineral mais comum do TiO2 é o rutilo. A. Os cristais de rutilo são formados por íons Ti4+ (em cinza) e íons óxido O2– (em vermelho). B. Esses íons estão ligados de forma organizada por ligações iônicas. C. Os íons Ti4+ se ligam a 6 íons de O2– em arranjos octaédricos. D. Esses arranjos formam conjuntos (em preto) ligados pelos íons óxido. Repare em A, B e C como esse conjunto se repete na estrutura do sólido. São organizações como essa que possibilitam que o TiO2 seja usado para diversas finalidades. Perigo à saúde Ilu st ra çõ es : I D /B R A B C D 28 DIÓXIDO DE TITÂNIO economia Com fórmula mínima TiO2, o dióxido de titânio é encontrado na natureza nos minerais anatásio, rutilo e brookita, sob diferentes formas. Nesses minerais, o titânio é rodeado por seis átomos de oxigênio, cada um ligado a um átomo de titânio. Por causa de suas propriedades físico-químicas, o dióxido de titâ- nio é utilizado para diversas finalidades, que se estendem por setores como o da saúde, o da indústria, o da construção civil, entre outros. Na área da saúde, o TiO2 e suas ligas metálicas são utilizados na fabricação de próteses, como os implantes dentários e ortopédicos, por exemplo. Esse uso é possí- vel principalmente pela biocompatibilidade do composto, que, em contato com teci- dos biológicos, não causa danos ao organismo. Como componente de alguns filtros solares, é um importante aliado na prevenção do câncer de pele, um grave problema de saúde pública. Por sua alta capacidade de refletir os raios solares e elevada estabilidade química, o dióxido de titânio reflete e dispersa parte da radiação ultravioleta (UV) nociva à pele, atuando como uma barreira física protetora sem sofrer decomposição (ODS 3). Da interação com a radiação solar, também decorre a ação antimicrobiana do dióxido de titânio. Quando exposto a raios UV, o TiO2 gera espécies de oxigênio muito reativas e letais para bactérias e outros microrganismos. Essa atividade antimi- crobiana pode ser empregada no tratamento de água e de esgoto, processo vital MERCADO GLOBAL DE TITÂNIO (2019) 1 16,6 bilhões de dólares PRODUÇÃO MUNDIAL (2019) 2 A produção dos minérios ilmenita e rutilo foi de 7,7 milhões de toneladas e 654 mil toneladas, respectivamente. A ilmenita (mistura de óxidos de ferro e titânio) é responsável por cerca de 90% do consumo mundial de minerais de titânio. MAIORES PRODUTORES DE MINÉRIO CONCENTRADO DE TITÂNIO (2019) 3 1. Brandessence Research. Dados de 2020. 2, 3. U.S. Geological Survey. Dados de 2020. China 30% Austrália 11% África do Sul 14% © N aç õe s U ni da s no B ra si l 30 29 DIÓXIDO DE TITÂNIO sociedade CÂNCER DE PELE (2019) 4 No Brasil, o Instituto Nacional de Câncer (Inca) estimou um risco de 82,53 novos casos de câncer de pele (tipo de câncer mais recorrente) a cada 100 mil homens e 75,84 novos casos a cada 100 mil mulheres por ano. CLASSIFICAÇÃO DA SINALIZAÇÃO DAS RODOVIAS BRASILEIRAS (2019) 5 ESGOTAMENTO SANITÁRIO NO BRASIL (2020) 6 para reduzir as mortes por consumo de água não potável, sobretudo entre as crian- ças. Estima-se que quase 500 mil crianças menores de 5 anos morram anualmente no mundo por diarreia, por não terem acesso à água potável e ao saneamento básico (ODS 3, ODS 6). A produção de radicais livres com a radiação solar ainda pode promover a decomposição fotocatalítica de poluentes ambientais de difícil tratamento. O dióxidode titânio constitui, dessa forma, uma alternativa importante para a degradação de subs- tâncias que não são eliminadas por métodos convencionais de tratamento de esgoto, tanto o industrial quanto o doméstico. O saneamento básico eficiente é crucial para a preservação da saúde e do meio ambiente, considerando também todas as espécies de vida aquática (ODS 3, ODS 6, ODS 14). Sua propriedade fotocatalítica também faz do TiO2 um importante catalisador para a indústria química (ODS 9). O TiO2 é bastante empregado na produção de tintas, como pigmento branco, e as propriedades físicas do composto justificam seu uso em tintas reflexivas. O dióxido de titânio faz parte, por isso, da composição de tintas empregadas na sinalização rodoviária, cujo papel é relevante na redução de lesões e mortes por acidentes de trânsito (ODS 3). Na construção civil, a pintura de telhados com essas tintas contribui para o conforto térmico da edificação, ao refletir a radiação solar e minimizar, as- sim, a sensação de calor em seu interior. Com isso, é possível reduzir o uso de ar- -condicionado e, por extensão, o consumo de energia elétrica (ODS 11). 4. Instituto Nacional de Câncer (Inca). Dados de 2019. 5. Confederação Nacional do Transporte (CNT). Dados de 2021. 6. Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS). Dados de 2021. 12,7% 28,4% 10,8% 14,01% 34,1% Ótimo Regular Bom Ruim Péssimo CASAS COM ESGOTAMENTO SANITÁRIO 59,2% © N aç õe s U ni da s no B ra si l Ilu st ra çõ es : I D /B R 36 36 35 48 48 30 DIÓXIDO DE TITÂNIO meio ambiente A produção de energia elétrica a partir da energia solar é mais uma aplicação de grande interesse do dióxido de titânio. O composto é um semicondutor utilizado na fabricação de células solares, por apresentar o chamado efeito fotovoltaico, que se caracteriza pela geração de uma tensão elétrica a partir da exposição de um material semicondutor à luz solar. Esse uso do TiO2 responde a uma necessidade urgente não apenas das indústrias, mas também da sociedade em geral, que é a obtenção de energia de fontes renováveis (ODS 7). 7. Vitoreti, A. B. F. et al., 2017. 8. Precisamos falar do esgoto. Iguá, 4 dez. 2019. GERAÇÃO DE ENERGIA A PARTIR DA LUZ SOLAR 7 O Sol fornece, em um dia, 10 000 vezes mais energia do que o consumo global diário. TRATAMENTO DE ESGOTO NO BRASIL 8 Em 2017, o país lançou, aproximadamente, 5 622 piscinas olímpicas de esgoto não tratado na natureza. © N aç õe s U ni da s no B ra si l 35 31 DIÓXIDO DE TITÂNIO NOS ODS O uso de catalisadores é muito importante para as indústrias químicas. Tinta branca para isolamento térmico de telhados. Painéis solares para captação de energia solar e conversão em energia elétrica. O uso de protetor solar é fundamental para evitar o desenvolvimento de câncer de pele. O TiO2 faz parte dos materiais utilizados na fabricação de próteses médicas e é componente ativo de muitos protetores solares, contribuindo para a saúde humana, como propõe o ODS 3. Pode ser empregado, ainda, no tratamento de água e de esgoto e é capaz de degradar contaminantes de difícil tratamento, meta do ODS 6. Tal uso evita a poluição de ambientes aquáticos, foco do ODS 14. O TiO2 também entra na formulação de tintas utilizadas na pintura da sinalização de rodovias, o que deixa o trânsito mais seguro, e na pintura de telhados, promovendo o isolamento térmico de prédios, com a redução da temperatura interna, o que remete aos ODS 3 e 11, respectivamente. Os catalisadores feitos de TiO2 e suas ligas têm grande utilidade na indústria química. Essa aplicação tecnológica está em sintonia com o ODS 9. O TiO2 é empregado, ainda, na obtenção de energia limpa, pois participa do processo de aproveitamento da energia solar para a geração de eletricidade, proposta defendida no ODS 7. O pictograma ao lado representa as principais rela- ções do dióxido de titânio com os ODS. iu rii /S hu tt er st oc k. co m /ID /B R dr ei i/S hu tt er st oc k. co m /ID /B R Th on gs uk 78 24 /S hu tt er st oc k. co m / ID /B R S N eG 17 /S hu tt er st oc k. co m /ID /B R Ilu st ra çã o: ID /B R 32 ETANOL je ep 24 99 /S hu tt er st oc k. co m /ID /B R P ix el -S ho t/ S hu tt er st oc k. co m /ID /B R R at tiy a Th on gd um hy u/ S hu tt er st oc k. co m /ID /B R 33 ETANOL representações químicas propriedades periculosidade SOLUBILIDADE EM ÁGUA Miscível em qualquer proporção. CALOR DE COMBUSTÃO –6 425 cal/g PONTO DE ATENÇÃO Substância psicotrópica Altera o comportamento e os sentidos e causa dependência. TEMPERATURA DE EBULIÇÃO 78 ºC TEMPERATURA DE FUSÃO –114 ºC MASSA MOLAR 46 g/mol C2H6O Atenção!Inflamável Perigo à saúde Ilu st ra çõ es : I D /B R C C O H H H H H H 34 ETANOL economia Desde tempos antigos, os seres humanos já produziam o etanol, ou álcool etílico, pela fermentação de alimentos ricos em açúcares para a produção de bebidas e extratos alcoólicos. Hoje, boa parte do etanol ainda é obtida dessa forma, embora seja mais comum a produção industrial do etanol a partir do eteno. Em sua forma pura (anidra) ou hidratada, o etanol é utilizado para inúmeras finalidades: serve de matéria-prima para a fabricação de outros produtos, participa como reagente na síntese de outras substâncias ou mesmo é usado de modo direto. Em concentrações maiores que 70%, o etanol apresenta ação desinfetante, dada sua capacidade de comprometer a estrutura de proteínas que são essenciais para a sobrevivência de microrganismos. Como antisséptico, portanto, o álcool etílico é im- prescindível para a desinfecção das mãos, do ambiente e de instrumentos médico-hos- pitalares, contribuindo, por exemplo, para a redução de casos de infecções hospitala- res e outras contaminações em geral (ODS 3). O etanol também é um biocombustível, produzido sobretudo de biomassas de cana-de-açúcar, milho, trigo, beterraba e mandioca. Por ser um biocombustível, o etanol é uma alternativa aos combustíveis de origem fóssil, como a gasolina e o óleo diesel (ODS 7). O etanol anidro pode ser misturado à gasolina ou ao diesel em di- ferentes proporções; já o etanol hidratado é vendido nos postos de combustível como álcool comum. MERCADO GLOBAL DE ETANOL (2019) 1 89,1 bilhões de dólares PRODUÇÃO ANUAL NO BRASIL (2019) 2 34 bilhões de litros, dos quais 70,3% são etanol hidratado e 29,7%, etanol anidro. MAIORES PRODUTORES DE ETANOL COMBUSTÍVEL (2019) 3 1. Grand View Research. Dados de 2020. 2. Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Dados de 2020. 3. Renewable Fuels Association. Dados de 2020. Estados Unidos 53% União Europeia 5% Brasil 30% © N aç õe s U ni da s no B ra si l 42 36 35 ETANOL sociedade No entanto, por mais que o etanol seja um biocombustível e, em comparação aos combustíveis fósseis, apresente uma emissão mais baixa de CO2 ao ser usado nos veí culos, ele ainda contribui para a liberação desse gás, que está relacionado ao aque cimento global e às mudanças climáticas decorrentes desse fenômeno (ODS 13). Além disso, a queima incompleta do etanol pode emitir aldeídos, compostos provenientes da oxidação de álcoois primários. Tanto o formaldeído quanto o acetaldeído são poluen tes com efeito carcinogênico, e, portanto, nocivos ao ser humano (ODS 3, ODS 11). Mais uma dificuldade para a expansão do uso do álcool como combustível é a grande área cultivável necessária para plantar a biomassa empregada na obtenção do etanol. No Brasil, o cultivo da canadeaçúcar, cujo preço é atrelado ao mercado mundial, compete com o cultivo de alimentos. Com a valorização da cana, a planta ção de alimentos tornase menos atrativa aos agricultores. A menor produção de ali mentos, por sua vez, leva ao aumento dos preços desses produtos, prejudicando ainda mais aqueles com piores condições econômicas (ODS 2). Para reduziro impacto desse processo no cultivo de alimentos, uma alternativa é au mentar a quantidade de etanol obtido por área plantada. Nesse sentido, é muito pesqui sada a produção do chamado etanol de segunda geração, que reaproveita resíduos de biomassa que normalmente seriam descartados. No caso da canadeaçúcar, o baga ço, as pontas e as palhas são fontes de lignocelulose, que também pode ser usada para gerar etanol graças a avanços tecnológicos da indústria agroquímica (ODS 9, ODS 12). 4. Morini, M. S. et al., 2017. 5. Fonseca, A. M. et al., 2009. 6. Centro de Informações sobre Saúde e Álcool. Dados de 2012. EQUIVALÊNCIA ENTRE MÃO DE OBRA HUMANA E TRABALHO MECANIZADO 4 VIOLÊNCIA EM DOMICÍLIOS (2005) 5 Em 33,5% de 7 939 domicílios pesquisados no Brasil, foi relatado algum tipo de violência, e, em 17,1% do total de domicílios, os agressores haviam consumido bebida alcoólica antes de praticar o ato violento. MORTES NO TRÂNSITO NO BRASIL (2012) 6 1 COLHEITADEIRA 80 A 100 PESSOAS 23,2% ASSOCIADOS AO CONSUMO DE ÁLCOOL © N aç õe s U ni da s no B ra si l Ilu st ra çõ es : I D /B R 42 55 55 42 37 37 36 ETANOL meio ambiente No segmento industrial, aliás, o etanol é um dos álcoois mais importantes. A partir dele, é possível sintetizar várias substâncias de interesse econômico, como acetato de etila e éter etílico, por exemplo. Em particular, a produção de eteno a partir do etanol de origem vegetal possibilita a fabricação do chamado plástico verde, feito de polietileno, um polímero do eteno. É uma opção mais sustentável ao plástico feito de matéria-prima de origem fóssil, produzido pela indústria petroquímica (ODS 12). O etanol anidro é também muito utilizado na indústria como matéria-prima para a fabricação de tintas, solventes e aerossóis, entre outros produtos. Na forma hidratada, é empregado na produção de bebidas, alimentos, cosméticos, aromatizantes, produ- tos de limpeza, remédios e vacinas. Como solvente orgânico capaz de solubilizar di- versas substâncias, o etanol é bastante utilizado tanto em indústrias quanto em labora- tórios de pesquisa. O consumo recreativo do etanol (nas chamadas bebidas alcoólicas), que é uma das mais antigas drogas psicotrópicas, traz impactos sociais significativos. Associado ou não à condição de alcoolismo, o consumo de bebidas alcoólicas é um dos princi- pais responsáveis, em todo o mundo, por mortes ligadas a acidentes de trânsito, por doenças secundárias relacionadas ao abuso do álcool e por casos de violência do- méstica, em especial contra a mulher (ODS 3, ODS 5). 7. Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Dados de 2020. 8. União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica), 5 jun. 2020. ÁREA DE PRODUÇÃO DE ETANOL NO BRASIL 7 Na safra de 2019/2020, a área total relacionada à produção do etanol foi de 10 milhões de hectares. PEGADA DE CO2 DO ETANOL 8 No Brasil, entre março de 2003 e maio de 2020, o consumo de etanol anidro e etanol hidratado evitou a emissão de mais de 515 milhões de toneladas de CO2. © N aç õe s U ni da s no B ra si l 65 42 41 37 ETANOL NOS ODS Plásticos biodegradáveis podem ser produzidos a partir de matérias-primas renováveis. Etanol 70% usado para a assepsia das mãos. O etanol é a principal alternativa aos combustíveis obtidos do petróleo. Colheitadeira em plantação de cana-de-açúcar. ra co ol _s tu di o/ S hu tt er st oc k. co m /ID /B R ra fa st oc kb r/ S hu tt er st oc k. co m /ID /B R fe w er to n/ S hu tt er st oc k. co m /ID /ID /B R el ec tr a/ S hu tt er st oc k. co m /ID /B R Como alerta o ODS 13, o etanol é considerado uma fonte de energia mais limpa em comparação aos combustíveis fósseis (ajudando a promover o ODS 7), mesmo que o uso desse biocombustível não esteja livre da geração de poluentes do ar, em desacordo com o ODS 11. O etanol tem sido produzido de forma cada vez mais eficiente, do plantio da cana-de-açúcar até o aproveitamento dos resíduos da bio- massa, temas tratados pelos ODS 9 e 12. Em contrapartida, o cultivo de cana muitas vezes compete com o plantio de alimentos, preocupação relevante para o cumpri- mento do ODS 2. Na área da saúde, ressalta-se a aplicação do etanol como antis- séptico (contribuindo para o ODS 3) e como insumo na indústria farmacêutica. Como droga recreativa, está associada a doenças, a acidentes e à violência doméstica. Esses aspectos são abordados nos ODS 3 e 5. Destaca-se ainda o uso do etanol na produção de plásticos a partir de matérias-primas de fontes renováveis, promo- vendo o ODS 12. O pictograma ao lado representa as principais relações do etanol com os ODS. Ilu st ra çã o: ID /B R 38 GLICEROL R at tiy a Th on gd um hy u/ S hu tt er st oc k. co /ID /B R su lit .p ho to s/ S hu tt er st oc k. co m /ID /B R R at tiy a Th on gd um hy u/ S hu tt er st oc k. co m /ID /B R 39 GLICEROL representações químicas propriedades periculosidade SOLUBILIDADE EM ÁGUA 5,3 kg/L (25 °C) PONTO DE ATENÇÃO Ao ser misturado com os ácidos nítrico e sulfúrico, forma nitroglicerina. TEMPERATURA DE DECOMPOSIÇÃO 290 ºC TEMPERATURA DE FUSÃO 18,2 ºC MASSA MOLAR 92,1 g/mol C3H8O3 C C C H H O O H O HH H H H Ilu st ra çõ es : I D /B RAtenção! Perigo ao meio ambiente 40 economiaGLICEROL O glicerol é um líquido incolor, de sabor adocicado, muito viscoso e higros-cópico, miscível em água, não volátil e não inflamável. As propriedades físicas do glicerol estão relacionadas à sua estrutura química, que estabe- lece fortes interações intermoleculares do tipo ligação de hidrogênio. Esse composto pode ser obtido de óleos e gorduras por meio de três diferentes reações: hidrólise, saponificação e transesterificação. Além do glicerol, tais proces- sos geram, respectivamente, ácidos graxos, sabão e biodiesel, conforme esquemati- zado a seguir: 1. Hidrólise: óleos ou gorduras + H2O glicerol + ácidos graxos 2. Saponificação: óleos ou gorduras + NaOH glicerol + sabão 3. Transesterificação: óleos ou gorduras + etanol glicerol + biodiesel Em solução aquosa, o glicerol é comercializado com o nome de glicerina. Com diferentes graus de pureza, esse composto é bastante usado por vários setores indus- triais, em especial as indústrias de alimentos, de cosméticos, de medicamentos e de higiene pessoal. Destaca-se, por exemplo, seu emprego na formulação da pasta de dentes e do sabão – produtos de uso diário essenciais para uma boa saúde –, bem como na produção de muitos medicamentos, incluindo os antibióticos, indispen- sáveis no tratamento de infecções bacterianas (ODS 3). MERCADO GLOBAL (2020) 1 2,6 bilhões de dólares GLICERINA NO BRASIL (2019) 2, 3 440,6 mil m3 foram gerados da produção do biodiesel B100 puro. A exportação de glicerina bruta em 2019 foi de 303,9 mil toneladas. MATÉRIA-PRIMA PARA A PRODUÇÃO DO BIODIESEL (2019) 4 A soja continua sendo a principal matéria-prima para a produção de biodiesel (B100), correspondendo a 68,3% do total produzido. 1. Grand View Research. Dados de 2021. 2, 4. Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Dados de 2020. 3. Instituto Granado de Tecnologia da Poliacrilonitrila (IGTPAN). Dados de 2019. © N aç õe s U ni da s no B ra si l 48 41 sociedadeGLICEROL Além do glicerol, gerado na reação de transesterificação, temos o biodiesel, produto de maior interesse para a indústria. Em comparação ao diesel de origem fóssil, a combustão do biodiesel libera menos monóxido de carbono, enxofre e po- luentes orgânicos. Além disso, as plantas das quais se extrai o óleo para a síntese do biocombustível utilizam gás carbônico (CO2) em seu processo de fotossíntese, o que contribui para a remoção desse gás da atmosfera (ODS 13). Considerando o atual cenário de mudanças climáticas, esses aspectos são extre- mamente importantes, dada a necessidade deaumentar o uso de fontes renováveis de energia, bem como de reduzir a emissão de poluentes. Em virtude dos benefícios apresentados, a produção do biodiesel tem crescido muito, o que faz aumentar tam- bém a geração do glicerol, pois a cada 10 kg de biodiesel sintetizado obtém-se aproximadamente 1 kg de álcool. As grandes quantidades de glicerol produzidas limitam, portanto, a expansão do uso de biodiesel (ODS 7). No Brasil, em 2015, enquanto a síntese do biocombustível gerou em torno de 300 mil toneladas de glicerol, o consumo desse álcool ficou em torno de 30 mil toneladas. Como a produção dessa substância ultrapassa a sua procura no mercado, é fundamen- tal que se encontrem meios de aproveitar o excedente, de modo a minimizar os impactos que os resíduos podem causar na natureza. Uma das possibilidades é utilizar o glicerol como solvente, já que, por não ser inflamável nem volátil, ser biodegradável e pouco tóxico, ele seria um solvente mais sustentável para o meio ambiente (ODS 9, ODS 12). 5. The Lancet, 2018. 6. Fundo Internacional de Emergência das Nações Unidas para a Infância (Unicef). Dados de 2020. 7. Baumi, J. et al., 2017. SAÚDE BUCAL NO MUNDO (2017) 5 Cerca de 3,5 bilhões de pessoas no mundo são afetadas por doenças bucais. HIGIENE PESSOAL NO MUNDO 6 PRODUÇÃO DE GLICEROL (2015) 7 3 BILHÕES DE PESSOAS NÃO TÊM ACESSO A LAVATÓRIOS COM ÁGUA E SABÃO EM CASA 30 MIL TONELADAS CONSUMIDAS 230 MIL TONELADAS EXCEDENTES (GLICEROL NÃO UTILIZADO) © N aç õe s U ni da s no B ra si l Ilu st ra çõ es : I D /B R 43 48 53 43 42 meio ambienteGLICEROL Atualmente, têm sido pesquisadas outras formas de transformar o glicerol em pro- dutos de maior interesse para a indústria, como a acroleína, o poliglicerol, o prope- no, entre outros. Estuda-se também o seu uso na produção de compostos que, adi- cionados aos combustíveis, melhoram o desempenho dos motores. Muitas dessas transformações, porém, ainda não são economicamente viáveis para a indústria, o que aumenta a importância da pesquisa por catalisadores e biocatalisadores que possam torná-las realidade (ODS 9, ODS 12). 8, 9. Peiter, G. C. et al., 2016. INCINERAÇÃO DE GLICEROL 8 A queima indevida do glicerol, que não tem a finalidade de obtenção energética, libera compostos cancerígenos, como a acroleína. DESCARTE EM CORPOS D’ÁGUA 9 O glicerol não é tóxico para os ambientes marinhos, mas a sua degradação requer alta quantidade de gás oxigênio dissolvido em água. 47 48 43 NOS ODSGLICEROL O glicerol é muito utilizado, como reagente e solvente, por indústrias dos mais diversos segmentos. Na área da saúde, por exemplo, contemplada no ODS 3, esse composto é empregado na produção de medicamentos e produtos de higiene. A síntese do biodiesel tem o glicerol como subproduto de reação. Por ter origem vegetal, o biodiesel é considerado uma fonte de energia renovável, cujo uso é fo- mentado pelo ODS 7. Esse produto apresenta menor potencial de intensificar o efeito estufa, promovendo o ODS 13. O maior interesse pelo biodiesel também aumentou a produção do glicerol, o que tem motivado a realização de pesquisas para dar novos usos à substância. Podemos citar, por exemplo, o uso do glicerol como reagente para a síntese de compostos que tenham mais aplicações pela in- dústria, contribuindo para a sustentabilidade desse setor econômico, como disposto no ODS 9. Dessa forma, o aproveitamento de um subproduto que, de outra manei- ra, seria descartado contempla uma das metas do ODS 12. O pictograma ao lado representa as principais relações do glicerol com os ODS. O diesel é o principal combustível de caminhões, além de ônibus e aviões. A indústria de cosméticos utiliza o glicerol na fabricação de diversos produtos. Como subproduto do biodiesel, o glicerol é produzido em grandes quantidades. Óleos, como o de soja, são matéria-prima para a produção de biodiesel. S ch ar fs in n/ S hu tt er st oc k. co m /ID /B R E as te rB un ny /S hu tt er st oc k. co m /ID /B R R eg re to /S hu tt er st oc k. co m /ID /B R E va na tt oz a/ S hu tt er st oc k. co m /ID /B R Ilu st ra çã o: ID /B R 44 MAGNETITA A .P ae s/ S hu tt er st oc k. co m /ID /B R P S M ed ia H ou se /S hu tt er st oc k. co m /ID /B R A le ks an dr P ob ed im sk iy /S hu tt er st oc k. co m /ID /B R 45 MAGNETITA representações químicas propriedades periculosidade SOLUBILIDADE EM ÁGUA Insolúvel PONTO DE ATENÇÃO Ao ser aquecido a temperaturas elevadas com um agente redutor, produz ferro metálico. TEMPERATURA DE EBULIÇÃO 2 623 ºC TEMPERATURA DE FUSÃO 1 597 ºC MASSA MOLAR 231,5 g/mol Fe3O4 (FeO•Fe2O3) Não há nenhum pictograma de segurança relacionado à magnetita. No entanto, é necessário manter as devidas precauções durante sua utilização. A. A magnetita é um mineral cristalino iônico formado por íons ferro Fe3+ (em marrom) e Fe2+ (em cinza) e íons óxido O2– (em vermelho). B. Esses íons estão ligados de forma organizada por ligações iônicas. C. Os íons Fe2+ se ligam a quatro íons O2– em arranjos tetraédricos. D. Os íons Fe3+ se ligam a seis íons O2– em arranjos octaédricos. É esta organização que faz com que a magnetita seja um mineral magnético com muitas aplicações. A B C D Ilu st ra çõ es : I D /B R 46 economiaMAGNETITA Com fórmula mínima Fe3O4, a magnetita é um óxido misto encontrado em vários tipos de rocha e apresenta em sua composição íons Fe2+ e Fe3+ ligados a íons O2–. É um mineral com propriedades magnéticas, ou seja, ca paz de gerar um campo magnético ao seu redor e, com isso, atrair outros materiais também magnéticos. Um dos principais usos da magnetita, assim como o de outros minérios de ferro, é na produção de aço. Entretanto, outras aplicações interessantes são possíveis quando esse material se encontra na forma de nanopartículas (NPs), ou seja, partículas com dimensão até 10 mil vezes inferior ao milímetro (100 nm). Nanopartículas de Fe3O4 podem ser empregadas tanto como catalisadores quanto como suporte para catalisadores, melhorando o desempenho destes. Neste caso, o catalisador é depositado sobre NPs de magnetita, que são recuperadas do meio reacional graças à propriedade magnética desse material, que pode ser atraí do por um ímã e reaproveitado em outras reações. Tal uso para as NPs é explorado ainda com enzimas, que são catalisadores biológicos, contribuindo para diferentes inovações tecnológicas, como a produção de etanol com base na celulose encon trada no bagaço da canadeaçúcar (ODS 9). Nas indústrias químicas, vários tipos de reação ocorrem com o auxílio de catali sadores, e as NPs de magnetita podem exercer esse papel com muita eficiência, o que é essencial para tornar as indústrias mais sustentáveis. Quando se trata de catá lise, isso significa promover reações químicas com maior rendimento, trabalhar com PROJEÇÃO DO MERCADO GLOBAL PARA 2026 1 130,8 bilhões de dólares PRODUÇÃO DE MINÉRIO DE FERRO NO BRASIL (2019) 2 410 milhões de toneladas RESERVA DE FERRO NO BRASIL 3 Debaixo do solo brasileiro há pelo menos 29 bilhões de toneladas de minério de ferro. PRINCIPAIS PRODUTORES DE MINÉRIO DE FERRO (2020) 4 1. Magnetite Market Report: trends [...]. Dados de 2021. 2, 3. Agência Brasil, 12 fev. 2020. 4. NS Energy, 24 maio 2021. Austrália 37,5% China 14,2% Brasil 16,7% © N aç õe s U ni da s no B ra si l 48 47 sociedadeMAGNETITA APLICAÇÃO DE CATALISADORES 5 Os catalisadores são utilizados em 90% dos processos químicos atuais, destacando-se o uso em indústrias petroquímicas, farmacêuticas e agroquímicas. APLICAÇÃO DA RESSONÂNCIA MAGNÉTICA 6 Esse exame possibilita a análise de ossos, órgãos internos e tecidos do organismo. condições reacionais mais favoráveis ao meio ambiente, sobretudo quanto ao con- sumo de energia, e produzir uma quantidade menor de resíduosem relação à quan- tidade de produtos gerados (ODS 7, ODS 9, ODS 12). As NPs de Fe3O4 também são empregadas no tratamento de água. Elas podem ser utilizadas como catalisadores em processos oxidativos avançados, que resultam na produção de espécies altamente reativas e com potencial para eliminar várias substân- cias de difícil degradação. Outra possibilidade de uso é ligar à magnetita uma estru- tura de natureza orgânica capaz de interagir com espécies poluentes, que são remo- vidas da água com as NPs. Por esse método, é possível retirar poluentes diversos, como corantes, fármacos, algas e metais pesados, aproveitando a propriedade mag- nética das NPs para extraí-los do meio aquoso (ODS 3, ODS 6, ODS 14). Ao modificar as NPs dessa forma, obtém-se outra aplicação para o material: a nanohidrometalurgia magnética. Por meio dessa tecnologia, as NPs de Fe3O4 modificadas ligam-se aos íons metálicos obtidos após um tratamento preliminar do minério, e, posteriormente, esses íons são reduzidos à forma metálica. Essa forma de extração de minérios é mais sustentável que as formas convencionais, que requerem maior consumo de energia e geram mais poluentes, além de ser uma alternativa de recuperação de metais em lixo eletrônico, por exemplo (ODS 7, ODS 12, ODS 14). 5. Jornal da USP, 7 out. 2019. 6. Hospital HCor. © N aç õe s U ni da s no B ra si l 54 55 49 55 66 73 48 meio ambienteMAGNETITA Na área da saúde, as NPs magnéticas podem ser modificadas para atender a finalidades de diagnóstico e tratamento. A ressonância magnética, por exemplo, é um exame diagnóstico por imagem que permite a visualização de diferentes órgãos do corpo. Para tanto, é necessário o uso de agentes de contraste, como NPs de Fe3O4 cobertas por polímeros específicos, que aumentam a sensibilidade do exame. Já nos sistemas de liberação controlada de fármacos, as NPs de Fe3O4 são ligadas ao medicamento e, uma vez ingeridas, são levadas, pela ação de um campo mag nético externo, até a parte do corpo em que a droga deve atuar, ampliando a efi cácia do tratamento (ODS 3). 7. Revista Pesquisa Fapesp, maio 2015. 8. Revista Science, 5 set. 2016. NANOHIDROMETALURGIA MAGNÉTICA 7 Essa tecnologia é 100% brasileira e considerada “verde”, já que provoca bem menos impacto ambiental do que outras práticas do setor de mineração. POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA 8 Em 2016, pesquisas sugeriram que a poluição do ar em áreas industriais contribui para o aumento da concentração de magnetita no cérebro humano. © N aç õe s U ni da s no B ra si l 60 49 NOS ODSMAGNETITA O exame de ressonância magnética requer o uso de agentes de contraste para a obtenção de imagens para diagnóstico. A remoção dos metais encontrados em dispositivos eletrônicos é um desafio na gestão desse tipo de lixo. Desastre ambiental: contaminação de lago por metais provenientes de atividade mineradora. As nanopartículas de magnetita podem ser empregadas no tratamento da água. Análise de nanomateriais em laboratório. Modificações nas nanopartículas de magnetita permitem ampliar o escopo de suas aplicações. Além de ser utilizada na produção de aço, a magnetita é empregada na área da catálise, na forma de nanopartículas (NPs), devido a suas propriedades magné ticas. O uso de nanocatalisadores tem como objetivo tornar os processos industriais mais sustentáveis, aumentando o rendimento e diminuindo o consumo energético e a geração de resíduos nas reações, práticas que contemplam os ODS 7, 9 e 12. Ain da no âmbito da catálise, as NPs são empregadas no tratamento da água, em processos oxidativos avançados e em outras tecnologias, com o objetivo de eliminar poluentes de difícil degradação, atendendo aos ODS 6 e 14. Outro uso das NPs é a nanohidrometalurgia magnética, que pode servir para a recuperação de metais do lixo eletrônico e para a extração de minérios de forma menos danosa ao meio am biente, em consonância com o ODS 12. Na saúde, área abordada no ODS 3, as NPs de magnetita são utilizadas em sistemas de liberação controlada de fármacos e como agentes de contraste em exames de ressonância magnética. O pictograma ao lado representa as principais relações da magnetita com os ODS. Ja lis ko /S hu tt er st oc k. co m /ID /B R K P ix M in in g/ S hu tt er st oc k. co m /ID /B R sa la je an /S hu tt er st oc k. co m /ID /B R R ui S er ra M ai a/ S hu tt er st oc k. co m / ID /B R Ilu st ra çã o: ID /B R 50 METANO FO TO G R IN /S hu tt er st oc k. co m /ID /B R M ilt on R od rig ue z/ S hu tt er st oc k. co m /ID /B R Le on id Ik an /S hu tt er st oc k. co m /ID /B R 51 METANO representações químicas propriedades periculosidade SOLUBILIDADE EM ÁGUA 22 mg/L (25 ºC) PONTO DE ATENÇÃO Sob exposição prolongada ao fogo ou ao calor intenso, recipientes contendo metano podem se romper violentamente. TEMPERATURA DE EBULIÇÃO –161,5 ºC TEMPERATURA DE FUSÃO –182,4 ºC MASSA MOLAR 16 g/mol CH4 C H H H H Ilu st ra çõ es : I D /B RInflamável 52 economiaMETANO O metano (CH4) é um dos gases componentes do ar atmosférico, presente em uma concentração aproximada de 1,8 parte por milhão (ppm), a qual aumentou em níveis consideráveis nos últimos 200 anos. Esse gás faz parte do ciclo global do carbono e pode ter origem natural ou resultante da atividade humana ou antrópica. O CH4 é produzido naturalmente pela decomposi- ção da matéria orgânica existente em áreas alagadas e com baixo teor de gás oxigênio, como lagos e pântanos. No entanto, as atividades humanas são as princi- pais fontes de emissão de CH4 na atmosfera. Entre essas atividades, estão as relacionadas à extração, produção e distribuição de gás natural, que é uma mistura de metano (cerca de 70%) e outros combustíveis fósseis encontrada em jazidas petrolíferas. A agropecuária é outra atividade que tem grande participação na emissão de metano, com destaque para o cultivo de arroz em solos alagados e para a liberação do gás produzido por ruminantes no proces- so de digestão dos alimentos. Outra importante fonte de metano é a decomposição da matéria orgânica presente em aterros sanitários e outros depósitos de lixo. A emissão de quantidades cada vez maiores desse gás é motivo de preocupa- ção ambiental, pois ele está em segundo lugar na lista dos gases de efeito estufa mais produzidos pela sociedade. Além disso, o CH4 é 28 vezes mais potente que o CO2 na capacidade de reter calor na atmosfera e, com isso, contribuir para o aquecimento global e todas as mudanças climáticas dele decorrentes (ODS 13). EMISSÃO MUNDIAL (2018) 1 8,30 bilhões de toneladas, das quais 5% foram emitidas pelo Brasil. MAIORES EMISSORES (2018) 2 MAIORES FONTES ECONÔMICAS MUNDIAIS DE EMISSÃO (2018) 3 1, 2, 3. Our World in Data, 16 fev. 2022. China 14,7% Índia 7,7% Rússia 10,5% Agricultura 42,4% Vazamento de tanques 31,8% Lixo/descarte 17,6% Outras fontes 8,2% © N aç õe s U ni da s no B ra si l Ilu st ra çõ es : I D /B R 66 53 sociedadeMETANO No mundo, a atividade que mais libera CH4 é a agropecuária, seguida do setor de combustíveis. No Brasil, a agropecuária também lidera o ranking, e o setor de resíduos ocupa o segundo lugar. Para reduzir as emissões de CH4, é necessário o uso de tecnologias que permitam recuperar o metano liberado e utilizá-lo de forma menos danosa ao meio ambiente. Isso é possível, por exemplo, por meio de usinas de produção de biogás a partir de matéria orgânica presente em excrementos de animais, lodo de esgoto, lixo doméstico, resíduos agrícolas, etc. O biogás é uma mistura gasosa constituída sobretudo de CH4 (de 50% a 70%) e CO2 (de 25% a 50%) e produzida por um processo de decompo- sição anaeróbia (sem O2) realizado por bactérias em condições reacionais controladas. O biogás produzido dessa forma pode ser empregado na geração de energia elétrica, como uso de diferentes métodos. Um deles é a conversão da energia quí- mica das substâncias em energia mecânica, que, por sua vez, ativa um gerador capaz de produzir energia elétrica. O biogás apresenta equivalência energética (relação entre energia elétrica produzida por m3 de gás utilizado) variável e depen- dente de muitos fatores, mas suficiente para o abastecimento de grandes centros ur- banos com o devido aproveitamento do potencial energético local (ODS 7). Com a remoção do CO2 e de outras impurezas do biogás, obtém-se o CH4, que pode ser utilizado como combustível em veículos preparados para rodar com gás 4. International Renewable Energy Agency (Irena). Dados de 2020. 5. Agência Brasil, 26 out. 2016. 6. Correio Braziliense, 8 out. 2020. GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA A PARTIR DO BIOGÁS (2019) 4 Capacidade mundial total: 19 453 MW. Continente com maior capacidade instalada: Europa, com 13 541 MW. Capacidade instalada no Brasil: 318 MW. EMISSÃO DE GASES DE EFEITO ESTUFA (GEE) NO BRASIL 5 DESCARTE DE LIXO (2020) 6 Cerca de 60% das cidades brasileiras ainda utilizam lixões, onde é muito comum a emissão de metano devido à decomposição de matéria orgânica. A AGROPECUÁRIA É RESPONSÁVEL POR 69% DAS EMISSÕES (2016) © N aç õe s U ni da s no B ra si l Ilu st ra çõ es : I D /B R 55 54 meio ambienteMETANO natural. Por ser empregado na forma liquefeita, o uso do metano torna-se viável e competitivo, mesmo com uma entalpia de combustão menor que a do etanol e a da gasolina. Também se estuda o uso do metano em células a combustível, dispositivos similares a pilhas e baterias que convertem energia química em energia elétrica. Nessas células, o CH4 é convertido em monóxido de carbono (CO) e gás hidrogê- nio (H2), que liberam CO2, H2O e energia, quando oxidados (ODS 7). Como subproduto da biodigestão, ainda é gerada uma mistura residual com potencial para ser utilizada como fertilizante devido aos nutrientes que ela contém. É preciso, porém, aprofundar a análise desses resíduos, investigando a existência de eventuais contaminantes, conforme a fonte de matéria orgânica utilizada para a produção do biogás. Apesar dessa ressalva, o uso de fertilizante obtido pelo pro- cesso de biodigestão mostra-se uma opção promissora para a implementação de práticas agrícolas mais sustentáveis (ODS 2). Para além da produção de biogás, a adoção de tecnologias na recuperação do metano permite que vários desafios atuais, tanto nas áreas urbanas quanto nas áreas rurais, sejam abordados segundo as metas de desenvolvimento sustentável, como o tratamento do esgoto e a gestão de resíduos. Tais desafios, por sua vez, podem re- presentar uma ameaça à vida e ao meio ambiente se não forem devidamente enfren- tados (ODS 11, ODS 12, ODS 14, ODS 15). 7. Painel Internacional sobre Mudanças Climáticas (IPCC), 7 ago. 2021. 8. O Estado de S. Paulo, 27 nov. 2019. 9. Revista Nature, 14 jul. 2020. AQUECIMENTO GLOBAL 7 O metano é responsável por 25% do aquecimento global atual, mesmo estando em menor concentração na atmosfera em comparação ao gás carbônico. DESCARTE DE LIXO NO PAÍS (2019) 8 41% do lixo produzido a cada ano tem destino impróprio no Brasil, como rios, mares e lixões. CONCENTRAÇÃO DE METANO NA ATMOSFERA 9 Em 2020, as concentrações atmosféricas do gás estavam 2,5 vezes acima dos níveis pré-industriais. © N aç õe s U ni da s no B ra si l 61 66 71 61 61 55 NOS ODSMETANO O metano é um dos gases de efeito estufa, fenômeno associado às mudanças climáticas apontadas no ODS 13. A agropecuária ocupa lugar de destaque dentre as atividades que mais emitem CH4. A liberação direta desse gás na atmosfera pode ser evitada com práticas agrícolas mais sustentáveis e aproveitamento de resí- duos, descritos nos ODS 2 e 12, respectivamente. O biogás pode ser aproveitado tanto como combustível quanto na geração de eletricidade – uma forma de obten- ção de energia mais limpa do que aquela de origem fóssil. Ambas as aplicações estão de acordo com o ODS 7. A atividade agrícola também se beneficia do pro- cesso de geração do biogás, pois uma mistura fertilizante é subproduto da biodiges- tão, o que tangencia o ODS 2. A produção de biogás ainda se mostra uma saída promissora para mitigar o problema dos resíduos que produzimos, como alerta o ODS 11, a fim de que não se tornem fonte de poluição ambiental e comprometam a vida aquática e terrestre, assunto dos ODS 14 e 15. O pictograma ao lado repre- senta as principais relações do metano com os ODS. Grande parte dos resíduos que geramos não tem destinação adequada. Abastecimento de veículo com gás natural. Usina geradora de biogás. A agropecuária é uma das principais fontes de emissão de metano. Jo a S ou za /S hu tt er st oc k. co m /ID /B R R al f G ei th e/ S hu tt er st oc k. co m /ID /B R M oh am ed A bd ul ra he em /S hu tt er st oc k. co m /ID /B R O sc ar G ar ce s/ S hu tt er st oc k. co m /ID /B R Ilu st ra çã o: ID /B R 56 NICOTINA Fu nt ay /S hu tt er st oc k. co m /ID /B R M aw er /S hu tt er st oc k. co m /ID /B R B ut te rf ly H un te r/ S hu tt er st oc k. co m /ID /B R 57 NICOTINA representações químicas propriedades periculosidade SOLUBILIDADE EM ÁGUA 1 kg/L (25 ºC) PONTO DE ATENÇÃO Sua termodecomposição emite óxidos de nitrogênio, monóxido de carbono e outros fumos altamente tóxicos. TEMPERATURA DE EBULIÇÃO 247 ºC TEMPERATURA DE FUSÃO –79 ºC MASSA MOLAR 162,2 g/mol C10H14N2 H C C C N C C C C N C C C H H H H H H H H H H H H H Ilu st ra çõ es : I D /B RTóxico Perigo ao meio ambiente 58 economiaNICOTINA A nicotina é um dos principais componentes do tabaco, planta da qual se produz o cigarro, além de outros produtos derivados, como tabaco para cachimbo, charuto e tabaco para narguilé. Quando chega ao nosso cé- rebro, a nicotina se liga a receptores específicos, causando a liberação de biomolé- culas relacionadas à sensação de bem-estar. Seu poder viciante se manifesta na forma de dependência física e psíquica. Com a exposição prolongada desses re- ceptores à substância, o cérebro passa a requerer quantidades cada vez maiores dela para gerar os mesmos efeitos. Estima-se que haja mais de 1 bilhão de fumantes no mundo. O tabagismo vem diminuindo na maioria dos países, mas apresenta tendência de alta nos países com menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e entre jovens. No Brasil, em parti- cular, a proporção de fumantes na população é de 15,4% entre homens e 8,9% entre mulheres, números que exibem tendência de queda e de estabilidade, respectivamen- te. Já entre crianças e jovens na faixa etária de 10 a 14 anos, o número de fumantes passa de 200 mil. A redução do tabagismo faz parte do principal objetivo da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco, primeiro tratado internacional de saúde pública da Or- ganização Mundial da Saúde (OMS), ratificado em 2003 por países de todo o mundo. O tratado propõe uma série de ações para proteger as pessoas dos danos sanitários, sociais, econômicos e ambientais causados pelo tabagismo. Entre essas PRODUÇÃO GLOBAL DE TABACO (2018) 1 6,09 milhões de toneladas PRODUÇÃO BRASILEIRA DE TABACO (2018) 2 762 mil toneladas PRINCIPAIS PRODUTORES DE TABACO (2018) 3 1, 2, 3. Our World in Data, 13 fev. 2020. China 36,8% Índia 12,3% Brasil 12,5% 59 sociedadeNICOTINA ações, estão, por exemplo, o tratamento da dependência, as campanhas preventi- vas, a regulação do comércio de tabaco e a proibição de publicidade. Fortalecer a implementação dessa Convenção é, aliás, uma das metas de desenvolvimento sus- tentável da Organização das Nações Unidas (ONU) (ODS 3). Do ponto de vista sanitário, muitos estudos indicam que a nicotina oferece vários riscos à saúde. A exposição à substância está associada a problemas cardiovascu- lares, respiratórios,gastrointestinais, reprodutivos, entre outros. A nicotina ainda pro- voca efeitos sobre mecanismos celulares que podem levar ao desenvolvimento de diversos tipos de câncer. Vale destacar que, além da nicotina, na composição do cigarro ou da fumaça emitida durante o fumo, estão presentes milhares de outras substâncias nocivas (como alcatrão, formaldeído, metais pesados, acetona, naftali- na, etc.), o que potencializa os efeitos danosos do fumo à saúde (ODS 3). Ao tabagismo são atribuídas mais de 7 milhões de mortes por ano no mundo, das quais mais de 1 milhão são causadas pelo fumo passivo, ou seja, pela exposição à fumaça do cigarro. As mortes e o adoecimento resultantes do tabagismo também acarretam forte impacto socioeconômico. No Brasil, os custos com tratamento de saúde são próximos de 50 bilhões de reais por ano, enquanto os custos indiretos passam de 74 bilhões de reais, considerando a perda de produtividade no trabalho (por incapacidade e morte de pessoas em idade economicamente ativa) e o compro- metimento dos familiares que se dedicam a cuidar daqueles que adoecem (ODS 8). 4. World Health Organization, 24 maio 2022. 5. Pinto, M. et al., 2019. 6. World Health Organization, 24 maio 2022. MORTES PELO TABAGISMO (2019) 4 Mais de 7 milhões de mortes resultam do uso direto do tabaco, enquanto cerca de 1,2 milhão é resultado da exposição à fumaça de pessoas não fumantes. EXPECTATIVA DE VIDA 5 As mulheres fumantes têm expectativa de vida 6,7 anos menor que as não fumantes. Essa diferença é de 2,5 anos entre ex-fumantes e não fumantes. Os homens fumantes e os ex-fumantes perdem, respectivamente, 6,1 e 2,7 anos de vida em relação aos não fumantes. RENDA E TABAGISMO (2021) 6 80% DOS FUMANTES DO MUNDO (800 MILHÕES) SÃO DE PAÍSES DE BAIXA E MÉDIA RENDA, ONDE O PESO DAS DOENÇAS E MORTES RELACIONADAS AO TABACO É MAIOR © N aç õe s U ni da s no B ra si l Ilu st ra çõ es : I D /B R 77 61 60 meio ambienteNICOTINA No quesito ambiental, um aspecto fundamental é a poluição do ar causada pela fumaça produzida enquanto se fuma. É sabido ainda que as pontas de cigarro, mes- mo após este ter sido apagado, continuam a liberar no ar, por horas, a nicotina e outros compostos, além de serem resíduos sólidos gerados em grande quantidade – mais de 9 mil toneladas ao ano no Brasil –, que podem chegar aos ambientes aquáticos e comprometer a vida marinha. Além disso, seu descarte inadequado é uma das principais causas de incêndios em vegetação, sobretudo quando as pontas de cigarro são lançadas à beira de rodovias (ODS 3, ODS 11, ODS 14, ODS 15). 7. Ocean Conservancy, 8 set. 2020. 8. Instituto Nacional de Câncer (Inca). 9. Truth Initiative, 8 mar. 2021. © N aç õe s U ni da s no B ra si l DESCARTE INAPROPRIADO DE PONTAS DE CIGARRO 7 Aproximadamente 5,7 milhões de pontas de cigarro coletadas em 2018. IMPACTO DA PLANTAÇÃO DE TABACO 8 O tabaco, do cultivo até o consumo, afeta o ar, o solo e a água e ainda causa desmatamento. O principal impacto ambiental decorrente da fumicultura é a contaminação do ar, pois a aplicação de agrotóxicos expõe não apenas o trabalhador, mas também todo o entorno, já que são pulverizados e carregados pelo vento. IMPACTO DO DESCARTE EM MEIO AQUÁTICO 9 Estudos preliminares mostram que compostos como nicotina, resíduos de pesticidas e metais presentes nas pontas de cigarro são liberados nos ecossistemas aquáticos, tornando-se altamente tóxicos para peixes e microrganismos. 65 67 71 66 61 NOS ODSNICOTINA O consumo de nicotina causa forte dependência física e psíquica. A exposição direta e indireta a essa substância está associada ao surgimento de vários problemas de saúde, como câncer e doenças cardiorrespiratórias. No âmbito da economia, assunto do ODS 8, vale lembrar que o adoecimento e as mortes decorrentes do ta- bagismo geram grande impacto econômico, considerando os custos com tratamento médico e a perda de produtividade no trabalho, por exemplo. Por isso, em acordo com o ODS 3, a OMS tem trabalhado para reduzir o tabagismo no mundo. O nú- mero de fumantes vem diminuindo em sua totalidade, mas ainda traz muita preocu- pação. Para além dos impactos socioeconômicos, há as implicações ambientais. A nicotina, assim como outras substâncias emitidas durante o fumo, prejudica a qualida- de do ar, o que deve ser combatido, segundo o ODS 11. Já as pontas de cigarro, considerando os ODS 14 e 15, representam um risco ao meio ambiente, quer este- jam acesas, quer estejam apagadas. O pictograma ao lado representa as principais relações da nicotina com os ODS. Pontas de cigarro são resíduos comumente encontrados em praias. O descarte de pontas de cigarro acesas à beira de estradas pode causar incêndios. A OMS apoia políticas que visam à redução do tabagismo por meio de medidas regulatórias e campanhas de conscientização. A exposição à nicotina está associada a diversos problemas de saúde, como as doenças respiratórias. N ar is Is ar ap hu kd ee /S hu tt er st oc k. co m /ID /B R P is it Ko ol pl uk po l/S hu tt er st oc k. co m / ID /B R K ris tin e R ad /S hu tt er st oc k. co m /ID /B R S B A rt s M ed ia /S hu tt er st oc k. co m / ID /B R Ilu st ra çã o: ID /B R 62 POLIACRILATO DE SÓDIO C ha dc ha i K ris ad ap on g/ S hu tt er st oc k. co m /ID /B R A nE du ar d/ S hu tt er st oc k. co m /ID /B R ra w f8 /S hu tt er st oc k. co m /ID /B R 63 POLIACRILATO DE SÓDIO representações químicas propriedades periculosidade SOLUBILIDADE EM ÁGUA Insolúvel PONTO DE ATENÇÃO Ao serem adicionados à água, os íons de sódio ficam livres para se mover, e as cadeias de polímeros bem-organizadas começam a se desfazer, formando um gel rígido e inchado. TEMPERATURA DE EBULIÇÃO Não se aplica TEMPERATURA DE FUSÃO Variável, já que é um material, e não uma substância. MASSA MOLAR 94n g/mol (C3H3O2Na)n O poliacrilato de sódio é um polímero, material formado por moléculas muito longas. Polímeros de poliacrilato são poliácidos: suas moléculas são formadas por unidades repetidas do monômero acriloíla (B e C), um ácido carboxílico (em destaque). Na forma de sal de sódio (Na+, em roxo, nas fórmulas D e E), é um policarboxilato (—CO2 –, em cores vivas). Interligadas, moléculas longas desses poliânions formam um material que absorve até mil vezes a sua massa em água. A C B D E n O – C C O C H Na + H H Ilu st ra çõ es : I D /B RAtenção! 64 economiaPOLIACRILATO DE SÓDIO O poliacrilato é um polímero constituído de monômeros de acrilato, forma ionizada do ácido acrílico. Com o sódio, forma o poliacrilato de sódio, um composto com várias porções hidrofílicas em sua estrutura, ou seja, que apresentam forte interação com a água. Por essa característica, o poliacrilato é considerado um polímero superabsorvente. Um grama de produto pode absorver até 300 gramas de água – propriedade que lhe confere uma série de aplicações. Uma dessas aplicações é a fabricação de produtos absorventes de higiene, como as fraldas e os absorventes íntimos femininos. Apesar de o uso desses produtos ser difundido na sociedade, seu custo ainda impede que parte da população feminina, sobretudo a de baixa renda, tenha acesso a eles. No caso dos absorventes femininos, a falta desse item compromete a inserção social de mulheres em situação de maior vulnerabilidade econômica. Muitas meninas, por exemplo, faltam à escola durante o período menstrual por não terem condições de comprar absorventes (ODS 4, ODS 5). Dada a imensa quantidade utilizada desses produtos, também é grande o volume de resíduos gerados. No Brasil, estima-se que produtos de higiene absorventes corres- pondam a quase 8%, em massa, dos resíduos sólidos municipais. As tecnologias vol- tadas para o tratamento desse material ainda apresentam muitas limitações, de modoque os aterros sanitários continuam sendo um destino recorrente desses produtos. Como eles podem levar cerca de quinhentos anos para se decompor, a falta de destinação adequada desses itens permanece como um problema ambiental grave (ODS 11). MERCADO GLOBAL DE POLIACRILATO (2020) 1 1,54 bilhão de dólares PRODUÇÃO NO BRASIL (2016) 2 60 mil toneladas PAÍSES COM MAIOR CAPACIDADE DE PRODUÇÃO DE POLÍMEROS ABSORVENTES (2016) 3 1. Market Watch. 14 dez. 2022. 2, 3. SantoS, R. V. de A., 2015. © N aç õe s U ni da s no B ra si l Estados Unidos 22,0% China 19,2% Japão 21,4% 79 79 77 65 sociedadePOLIACRILATO DE SÓDIO O IMPACTO DA MENSTRUAÇÃO NA VIDA DAS MULHERES NO BRASIL (2021) 4 PERDA DE ÁGUA NA AGRICULTURA (2015) 5 De acordo com a Fundação SOS Mata Atlântica, as perdas de água na agricultura podem chegar a 70% em uma região. Já a Embrapa estima perdas menores, de 15% a 20%. Por apresentar propriedade superabsorvente, o poliacrilato também é utilizado na agricultura. Aplicado no solo, o polímero é capaz de reter parte da água da chuva ou da irrigação, minimizando a perda hídrica por evaporação e a infiltração profunda da água. Nessas circunstâncias, a planta tem mais condições de se desenvolver em perío- dos de estiagem, o que é importante para garantir a produtividade da plantação. Ao contribuir para o melhor aproveitamento da água, o poliacrilato possibilita maior economia desse recurso, o que é fundamental, já que a agricultura é respon- sável pelo consumo de 70% dos recursos hídricos disponíveis. Além disso, é alto o desperdício de água que ocorre nesse setor, por perdas na rede de distribuição, pelo emprego de técnicas de irrigação pouco eficientes e pelo baixo controle da quantidade de água utilizada na irrigação, entre outros fatores. Como alternativa mais sustentável ao poliacrilato, polímeros naturais superabsorventes, de caráter bio- degradável, têm sido pesquisados para o mesmo fim (ODS 2, ODS 6). Ainda no setor agrícola, o poliacrilato pode tornar o solo mais resistente à seca, protegendo-o da desertificação. Mais comum em zonas áridas e semiáridas, esse fenômeno se caracteriza pelo empobrecimento do solo, com perda de sua capacida- de produtiva, e é causado tanto por atividades humanas em que ocorre o uso exces- sivo e inadequado do solo quanto pelas mudanças climáticas, como a ocorrência de secas prolongadas. A desertificação afeta diretamente 250 milhões de pessoas e atinge cerca de um terço de toda a superfície terrestre (ODS 2, ODS 13, ODS 15). 4. Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), 14 jul. 2021. 5. BBC Brasil, 4 mar. 2015. © N aç õe s U ni da s no B ra si l 35% DAS MENINAS E JOVENS JÁ PASSARAM POR DIFICULDADES NO PERÍODO MENSTRUAL POR NÃO TEREM ACESSO A ABSORVENTES E OUTROS PRODUTOS DE HIGIENE PESSOAL 62% DAS MULHERES QUE MENSTRUAM JÁ DEIXARAM DE IR À ESCOLA OU A OUTROS LUGARES POR CAUSA DA MENSTRUAÇÃO 62% 35% Ilu st ra çõ es : I D /B R 73 71 71 67 66 meio ambientePOLIACRILATO DE SÓDIO A estrutura do poliacrilato também faz dele um agente complexante ou quelante, ou seja, uma espécie química capaz de fazer ligações com um íon metálico por meio de suas porções aniônicas, no caso, os grupos carboxilato. Por meio dessas ligações, o poliacrilato consegue prender íons metálicos junto à sua estrutura, razão pela qual tem sido empregado na remoção de metais pesados de águas residuais, como parte do tratamento da água (ODS 6). O poliacrilato é empregado ainda na produção de medicamentos, inclusive em preparações que exploram os materiais em sua escala nanométrica. Além de atuar como excipiente, o polímero, ao assegurar a estabilidade físico-química do fármaco, por exemplo, pode otimizar a ação terapêutica do medicamento, controlando sua liberação no organismo. Também se estuda o seu uso como adjuvante na composi- ção de vacinas, potencializando a resposta imunológica do organismo e, conse- quentemente, melhorando a eficácia do imunizante (ODS 3). 6. Comissão Europeia, 21 jun. 2018. 7. Recicla Sampa, 30 out. 2018. 8. J imenez, R. S.; Dal Bosco; carvalho, 2004. DESERTIFICAÇÃO 6 Estima-se que, até 2050, ocorra uma redução de 10% na produção agrícola mundial, em razão da desertificação e das mudanças climáticas. Na China, na Índia e na África Subsaariana, essa diminuição pode chegar a 50%. DESCARTE DE ABSORVENTES (2018) 7 No Brasil, são descartadas 180 mil toneladas de absorventes no lixo por ano. DESCARTE DE METAIS PESADOS (2004) 8 Total de resíduo industrial perigoso gerado no Brasil: 2,9 milhões de toneladas. © N aç õe s U ni da s no B ra si l MENOS DE UM TERÇO (850 MIL TONELADAS) DOS RESÍDUOS INDUSTRIAIS PERIGOSOS TEM TRATAMENTO ADEQUADO Ilu st ra çõ es : I D /B R 73 84 67 NOS ODSPOLIACRILATO DE SÓDIO O poliacrilato é empregado na fabricação de muitos medicamentos. Solo árido, sofrendo os efeitos da desertificação. A agricultura é uma atividade com alto consumo e desperdício de água. O uso de fraldas e outros produtos absorventes de higiene gera muitos resíduos. O poliacrilato é empregado na fabricação de fraldas e absorventes íntimos, cujo uso gera impactos sociais e ambientais. Meninas e mulheres que não têm condições de comprar absorventes enfrentam dificuldades de inserção social e na vida escolar, questões que remetem aos ODS 4 e 5. Do ponto de vista ambiental, o descarte desses produtos gera resíduos para os quais ainda não se tem uma destinação ade- quada, o que é motivo de preocupação, conforme o ODS 11. O poliacrilato é aplicado como hidrogel no solo para mantê-lo úmido por mais tempo, contribuindo para a produção agrícola em períodos de seca, além de promover o consumo mais racional da água, assuntos de interesse dos ODS 2 e 6. Tal aplicação promove ainda os ODS 13 e 15, ao combater a desertificação, que vem se intensificando com as mudanças climáticas. O poliacrilato também é usado no tratamento de água contaminada por metais pesados e na produção de medicamentos, o que o torna relevante para o alcance dos ODS 6 e 3, respectivamente. O pictograma ao lado representa as principais relações do poliacrilato com os ODS. N ew A fr ic a/ S hu tt er st oc k. co m /ID /B R al va ro bu en o/ S hu tt er st oc k. co m /ID /B R C R S P H O TO /S hu tt er st oc k. co m /ID /B R Th am K C /S hu tt er st oc k. co m /ID /B R Ilu st ra çã o: ID /B R 68 Pa w ar un C hi tc hi ra ch an /S hu tt er st oc k. co m /ID /B R Pa kp oo m N un ju i/S hu tt er st oc k. co m /ID /B R B or is ov st ud io /S hu tt er st oc k. co m /ID /B R POLIHIDROXIBUTIRATO 69 POLIHIDROXIBUTIRATO representações químicas propriedades periculosidade SOLUBILIDADE EM ÁGUA Insolúvel PONTO DE ATENÇÃO Inerte, biodegradável, resistente aos raios UV e moldável sob aquecimento (termoplástico). TEMPERATURA DE EBULIÇÃO Sofre degradação em temperaturas mais altas. TEMPERATURA DE FUSÃO 175 ºC MASSA MOLAR 86n + 18 g/mol O C C C OC H H H H H H n (C4H6O2)n A B C D O 3-polihidroxibutirato (PHB) é um polímero, material formado por moléculas muito longas (em B e D, representações de uma porção desse tipo de molécula). As moléculas de polímeros como o PHB são formadas por centenas de unidades repetidas, denominadas monômeros (em destaque em C). No caso do PHB, o monômero é o 3-hidroxibutiril. Ilu st ra çõ es : I D /B R Não se aplica. 70 economiaPOLIHIDROXIBUTIRATO São muitas as propriedades dos plásticos, dentre as quais se destacam a ver-satilidade e a durabilidade, o que explica o amplo uso desse material pela sociedade moderna. Todavia, as diferentes fases do ciclo de vida dos plásti- cos – desde a extração do petróleo para a obtenção de matéria-prima até o manejo dos resíduos gerados – podem ocasionar e agravar problemas ambientais, como o aquecimento global, com as mudanças climáticasdele decorrentes, e a poluição do ar, de ambientes aquáticos e da litosfera, com riscos à vida de todos os seres vivos. Mais especificamente, a emissão de gases de efeito estufa relaciona-se à pro- dução, disposição e incineração dos plásticos. Em aterros sanitários, a quantidade de plásticos descartados e as taxas de degradação extremamente baixas do mate- rial fazem o volume desses resíduos crescer em ritmo acelerado. Além disso, quan- do indevidamente disseminados nos oceanos, os plásticos e os microplásticos acu- mulam-se e afetam espécies marinhas, sobretudo pela possibilidade de ingestão (ODS 12, ODS 13, ODS 14, ODS 15). Tais circunstâncias de produção e destinação fazem do polihidroxibutirato (PHB) uma alternativa mais sustentável do que os plásticos convencionais. O PHB é um polímero produzido por certos tipos de bactérias, pela fermentação de açúcares. É sintetizado por esses microrganismos como modo de armazenar energia, principal- mente quando as fontes nutricionais disponíveis são ricas em carbono, mas limitadas em nitrogênio. No interior da célula bacteriana, o PHB é produzido na forma de MERCADO GLOBAL (2018) 1 62 milhões de dólares PRODUÇÃO DE BIOPLÁSTICO NO BRASIL 2 Em 2018, foram comercializados 6,6 milhões de toneladas de plásticos comuns (não derivados de matérias-primas biodegradáveis). PRINCIPAIS PRODUTORES DE BIOPLÁSTICO (2020) 3 COMPARAÇÃO DE CUSTO ENTRE O PLÁSTICO COMUM E O BIODEGRADÁVEL (2016) 4 Plástico comum: 1 dólar/kg Plástico derivado de PHB: 5 dólares/kg 1. Market Research Future, fev. 2021. 2. Revista Pesquisa Fapesp, abr. 2020. 3. European Bioplastics. Dados de 2020. 4. Agência Universitária de Notícias USP (AUN), 21 set. 2016. © N aç õe s U ni da s no B ra si l 46% DO TOTAL DA PRODUÇÃO DE BIOPLÁSTICOS ÁSIA Ilu st ra çõ es : I D /B R 78 72 84 79 71 sociedadePOLIHIDROXIBUTIRATO grânulos, em quantidade que varia de acordo com o tipo de bactéria, do substrato fornecido, das condições de fermentação e do método de extração. Trata-se de um material termoplástico, tal como o polipropileno (PP), o polietileno (PE) e o politereftalato de etileno (PET). Porém, ao contrário dos plásticos convencio- nais, o PHB é considerado um bioplástico, por ser obtido de fontes renováveis e ser biodegradável. Para produzi-lo, são empregadas matérias-primas como a cana-de- -açúcar, mas resíduos da agroindústria também são pesquisados como possível fonte de biomassa. Já a biodegradação do PHB, que é a decomposição por microrganis- mos, pode ocorrer em tempo muito menor que a dos plásticos de origem fóssil, conforme as condições de degradação (ODS 12). Apesar dessas vantagens, as aplicações do PHB são limitadas, em certa medida, por suas características físico-químicas. No PHB, por exemplo, ressalta-se sua estrutu- ra altamente cristalina, que o torna mais rígido e forte, porém mais quebradiço. A pequena diferença entre a temperatura de fusão e a de degradação também dificul- ta o trabalho com esse polímero. Para a obtenção de propriedades mais favoráveis, é possível, dentre outras estratégias, utilizar o PHB na forma de copolímeros, como o PHBV (em que um dos monômeros é o ácido 3-hidroxivalérico), ou em blendas e compósitos (misturas do PHB com outros compostos). 5. European Bioplastics. Dados de 2020. 6. Revista Nature, 4 maio 2021. EMBALAGENS DE ALIMENTOS 5 A embalagem continua sendo o maior campo de aplicação de bioplásticos, com 47% do mercado total de bioplásticos em 2020. INGESTÃO DE MICROPLÁSTICO (2021) 6 Estima-se que crianças e adultos ingiram de dezenas a mais de 100 mil partículas de microplástico por dia, considerando os resíduos encontrados no ar, na água, no sal e em frutos do mar. © N aç õe s U ni da s no B ra si l 73 72 meio ambientePOLIHIDROXIBUTIRATO RECICLAGEM DE PLÁSTICOS (2017) 7 PERÍODO DE DEGRADAÇÃO 8 O tempo médio de degradação do PHB está entre 6 e 12 meses, contra 40 a 50 anos, podendo chegar a 200 anos, no caso de polímeros de origem fóssil. RETENÇÃO DE CARBONO (2020) 9 As pesquisas de novos materiais à base de PHB ampliam as possibilidades de uso do polímero (ODS 9) e concentram-se nas áreas de embalagens e dispositivos biomédicos. No primeiro caso, destacam-se as embalagens para alimentos, que exercem papel importante em sua conservação, evitando o desperdício (ODS 2), porém geram enorme volume de resíduos. Nesse sentido, o uso do PHB, de natureza biodegradável, seria mais vantajoso do que o de embalagens plásticas convencio- nais. Na área da saúde, apresenta-se como um material biocompatível, utilizado em dispositivos médicos biodegradáveis para regeneração óssea, suturas cirúrgicas, curativos, etc. (ODS 3). Ainda há muito que se avançar nas pesquisas envolvendo o PHB, a fim de com- preender melhor suas propriedades, potencialidades e limitações (ODS 9). Os estu- dos sobre o processo de biodegradação desse polímero, por exemplo, precisam ser aprimorados, pois ainda não é possível afirmar que ele representa uma solução para o problema dos resíduos plásticos nos oceanos. Além disso, não é plausível que a sociedade considere simplesmente substituir os plásticos de origem fóssil pelo PHB e outros bioplásticos; é preciso, antes, repensar os hábitos de consumo (ODS 12). 7. Revista Pesquisa Fapesp, jul. 2019. 8. Bueno, G. F. et al., 2007. 9. Revista Observador, fev. 2020. © N aç õe s U ni da s no B ra si l Plásticos ainda em uso (2,6 bilhões de toneladas) Plásticos que viraram lixo (6,3 bilhões de toneladas) 29% 71% 1 kg DE PHB PRODUZIDO 4,4 kg DE CO2 SÃO RESGATADOS DA ATMOSFERA Ilu st ra çõ es : I D /B R 77 79 77 73 NOS ODSPOLIHIDROXIBUTIRATO Feitos com base em derivados do petróleo, os plásticos convencionais contribuem para a intensificação do aquecimento global, tema do ODS 13, e geram enorme quantidade de resíduos, de difícil degradação e com alto potencial de danos ao meio ambiente, conforme tratado nos ODS 12, 14 e 15. Nesse sentido, a sustentabilidade do PHB provém do uso de resíduos de biomassa como matéria-prima para sua produ- ção, bem como da sua degradação em menor tempo. O aproveitamento de resíduos e a preocupação com o ciclo de vida dos produtos são abordados no ODS 12. As aplicações do PHB ainda são limitadas, e seu uso mais comum envolve os ODS 2 e 3: produção de embalagens de alimentos, importantes para sua conservação, e de dis- positivos médicos biodegradáveis. No campo da indústria e da inovação, cerne do ODS 9, as pesquisas com o PHB visam ampliar seu uso, investigando novas fontes de matéria-prima, melhores condições de geração do polímero, possíveis modificações no material produzido e redução de sua degradação no ambiente. O pictograma ao lado representa as principais relações do polihidroxibutirato com os ODS. De difícil degradação, os microplásticos são uma fonte de poluição que desperta preocupação crescente. A destinação inadequada de plásticos afeta o meio ambiente e representa uma ameaça à biodiversidade do planeta. O uso amplo e disseminado de plásticos gera enorme volume de resíduos. Resíduos da cana-de-açúcar podem ser aproveitados na produção de PHB. E ric D al e/ S hu tt er st oc k. co m /ID /B R R ic h C ar ey /S hu tt er st oc k. co m /ID /B R D ea w S S /S hu tt er st oc k. co m /ID /B R 56 du ck st ud io /S hu tt er st oc k. co m /ID /B R Ilu st ra çã o: ID /B R 74 POLIURETANO na yl ad en /S hu tt er st oc k. co m /ID /B R Ti m of ey _1 23 /S hu tt er st oc k. co m /ID /B R c1 2/ S hu tt er st oc k. co m /ID /B R 75 POLIURETANO representações químicas propriedades periculosidade SOLUBILIDADE EM ÁGUA Insolúvel PONTO DE ATENÇÃO A decomposição térmica de poliuretanos pode produzir quantidades significativas de monóxido de carbono e cianeto de hidrogênio, além de óxidos de nitrogênio,isocianatos e outros produtos tóxicos. TEMPERATURA DE EBULIÇÃO Sofre degradação em temperaturas mais altas. TEMPERATURA DE FUSÃO Variável, já que é um material, e não uma substância. MASSA MOLAR Variável, já que é um material, e não uma substância. O poliuretano (PU) é um copolímero, uma classe ampla de polímeros, materiais formados por moléculas muito longas, constituídas de dois tipos de unidades que se repetem, os monômeros, ligados pelo grupo químico uretana (O(CO)NH, em laranja). De um lado da uretana, se ligam monômeros com oxigênio (O, R2, em vermelho) e, do outro, monômeros com nitrogênio (N, R1, em azul). Combinando diferentes monômeros R1 e R2, obtêm-se muitos tipos de PU, que são utilizados na fabricação de diferentes produtos: prancha de surfe, espumas de colchão, isolante térmico de geladeira, para-choque de carros, entre outros. Na maior parte dos PU produzidos, R1 e R2 ainda são derivados do petróleo (B e C), mas alternativas utilizando R1 e R2 de matérias-primas renováveis, as chamadas “PU verdes”, têm sido criadas (D e E). Ilu st ra çõ es : I D /B RInflamável A n O H R 2 O C N R 1 N O O C H EC B n O O C C C H O C N O C C C C C C C C C C C C N H H H H H H H H H H H HH R 2 R 1 D n OH O O C C C H O C N O C C HH C N H H H H HHH H R 2 R 1 76 economiaPOLIURETANO O poliuretano (PU) é um polímero produzido com base em dois tipos de monômeros. Controlando os materiais de partida e as condições de po-limerização, é possível produzir PU com diferentes aspectos. Assim, ele faz parte da composição tanto de espumas rígidas e flexíveis, que são suas princi- pais formas de apresentação, quanto de materiais muito duros, selantes ou elásticos. Uma das aplicações mais conhecidas do poliuretano é no isolamento térmico de geladeiras, caixas térmicas, caminhões frigoríficos e edificações, por exemplo. Alguns benefícios desse uso incluem: o aumento do tempo de vida útil dos alimentos (o que contribui para reduzir o desperdício de comida e, em certa medida, a fome); a conservação de vacinas, bem como de outros produtos que requerem refrigera- ção; e a construção de espaços com maior conforto térmico, diminuindo a demanda energética pelo uso de aparelhos de ar condicionado (ODS 2, ODS 3, ODS 11). Como isolante acústico, o poliuretano minimiza a passagem de sons entre am- bientes e sua percepção pelas pessoas, sendo útil em instalações como casas notur- nas e de espetáculo e residências situadas em locais barulhentos (ODS 11). Também é empregado em protetores auditivos, como equipamento de proteção individual (EPI). Graças à sua versatilidade, é possível encontrá-lo também na composição de outros EPIs, como luvas e botas, por exemplo. Nos capacetes, as espumas de PU atenuam o impacto em caso de queda, aumentando a segurança dos usuários tanto no trânsito quanto no ambiente de trabalho (ODS 3, ODS 8). MERCADO GLOBAL (2019) 1 95,1 bilhões de dólares FORMA MAIS COMERCIALIZADA NO MUNDO (2008) 2 Mais de três quartos do consumo global de poliuretano são na forma de espumas. PRODUÇÃO GLOBAL DE POLIURETANO COMERCIAL (2015) 3 27 milhões de toneladas PRINCIPAIS EXPORTADORES, EM DÓLARES (2019) 4 1. Bussiness Wire. 20 mar. 2020. 2. AvAr, G., 2008. 3. Geyer, R. et al., 2017. 4. The Observatory of Economic Complexity. Dados de 2019. © N aç õe s U ni da s no B ra si l Alemanha 1,54 bilhão China 638 milhões Estados Unidos 791 milhões 79 83 78 77 sociedadePOLIURETANO As propriedades mecânicas do PU são igualmente atrativas para a indústria au- tomotiva. Encosto de cabeça, volante, painel e para-choque são exemplos de partes de veículos nas quais se utiliza o poliuretano. Seu emprego em determinadas peças aumenta a segurança de motoristas e passageiros, por absorver parte do impacto em caso de colisões (ODS 3). Os veículos também ficam mais leves com o PU, o que resulta em economia de combustível, com consequente redução da emissão de ga- ses poluentes que potencializam o efeito estufa (ODS 13). Na área da saúde, o PU pode ser usado como biomaterial. A baixíssima toxici- dade do poliuretano, em conjunto com outras propriedades, de modo geral, faz dele um polímero biocompatível. Ele está presente na composição de dispositivos como cimento ósseo, cateteres, implantes mamários, válvulas cardíacas, entre outros. Ainda na área da saúde, destaca-se o uso de preservativos feitos com PU na prevenção de infecções sexualmente transmissíveis, como a Aids, que causou, direta ou indireta- mente, cerca de 690 mil mortes em 2019 em todo o mundo (ODS 3). Como método contraceptivo, o uso de preservativos também tem implicações sociais importantes. A falta de planejamento familiar pode levar, por exemplo, à existência de famílias numerosas, que se tornam mais vulneráveis à situação de misé- ria, segundo parâmetros de renda per capita, quando não dispõem de condições econômicas adequadas (ODS 1). Já a tentativa de interromper gestações não plane- jadas por meio de abortos inseguros pode contribuir para a mortalidade materna 5. Ministério da Saúde, 7 maio 2021. 6. Conte, J., 23 abr. 2014. 7. Bayer, 16 dez. 2021. 8. Programa das Nações Unidas para o Ambiente, 2021. DIAGNÓSTICO DE INFECÇÃO SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEL (2019) 5 Aproximadamente 1 milhão de pessoas afirmaram ter diagnóstico médico de Infecção Sexualmente Transmissível (IST) ao longo do ano, o que corresponde a 0,6% da população com 18 anos de idade ou mais. GRAVIDEZ NO BRASIL 6, 7 Quase 32% das jovens com idade entre 14 e 25 anos já engravidaram ao menos uma vez. Cerca de 62% das mulheres já tiveram, no mínimo, uma gravidez não planejada. DESPERDÍCIO DE ALIMENTOS (2021) 8 São desperdiçados 931 milhões de toneladas por ano por grupos familiares, estabelecimentos de venda e pela indústria de serviços alimentares. © N aç õe s U ni da s no B ra si l 84 78 meio ambientePOLIURETANO (ODS 3). A gravidez não planejada está ainda relacionada a inúmeros casos de evasão escolar por adolescentes, sobretudo do sexo feminino (ODS 4, ODS 5). Embora tenham tantas aplicações relevantes, cabe ressaltar que alguns compos- tos empregados na produção industrial do PU são bastante tóxicos, o que exige normas rigorosas para seu manuseio seguro. Além disso, em caso de incêndio, a decomposição térmica do poliuretano leva à liberação de gases tóxicos. Isso tem fomentado o desenvolvimento de polímeros com propriedades similares às do poliu- retano, com menor produção de gases tóxicos em sua queima (ODS 11). Diante da grande produção de poliuretano, estimada em quase 30 milhões de toneladas por ano, a geração de resíduos torna-se um problema ambiental importan- te, pois menos de 30% desse total é reciclado. Por essa razão, poliuretanos biode- gradáveis, produzidos a partir de fontes renováveis, como o óleo de mamona, são considerados opções mais sustentáveis para o meio ambiente do que aqueles de origem exclusivamente fóssil (ODS 12, ODS 15). 9. vAnGronsveld, E.; BerCkmAns, S., 2013. 10. O eco, 15 maio 2018. 11. Revista Quatro Rodas, 3 nov. 2017. EMISSÃO DE DIISOCIANATOS 9 Na decomposição de 1 kg de poliuretano, são emitidos, sob forma residual, 56 g de diisocianatos, substâncias de alta toxicidade. DEMANDA ENERGÉTICA DE AR-CONDICIONADO (2017) 10 O aumento do uso de ar-condicionado em regiões de clima quente causará, em 2040, um aumento de 64% no consumo de energia elétrica e um acréscimo anual de 23,1 milhões de toneladas na emissão de CO2. INFLUÊNCIA DO PESO DO VEÍCULO NO CONSUMO DE COMBUSTÍVEL 11 Estudo indica que uma redução de 10% na massa de um veículo compacto pode diminuir o consumo de combustível em até 4,6%. © N aç õe s U ni da s no B ra si l 85 79 NOS ODSPOLIURETANO O óleo de mamona é uma matéria-prima vegetal que pode ser utilizada na produção de poliuretano. Preservativosfeitos de poliuretano são uma alternativa aos de látex e garantem a mesma proteção. A espuma de poliuretano usada em capacetes oferece maior segurança aos usuários em caso de acidentes. O poliuretano é um dos plásticos utilizados pela indústria automotiva. A le xa nd er R ui z A ce ve do /S hu tt er st oc k. co m /ID /B R S tu di o K IW I/S hu tt er st oc k. co m /ID /B R S to ck U p/ S hu tt er st oc k. co m /ID /B R G or yn vd /S hu tt er st oc k. co m /ID /B R O poliuretano é utilizado em equipamentos destinados à conservação de produ- tos que requerem refrigeração, como alimentos e medicamentos, promovendo os ODS 2 e 3, além de garantir o isolamento térmico em construções, o que pode ser relacionado ao ODS 11. Faz parte da composição de equipamentos de proteção individual, contribuindo para aumentar a segurança de seus usuários, como defende o ODS 8. Na indústria automotiva, é empregado em inúmeras peças, propiciando maior segurança para motorista e passageiros e economia de combustível pela re- dução de peso dos veículos, favorecendo os ODS 3 e 13. Na área da saúde, tema do ODS 3, é usado na fabricação de biomateriais e de preservativos – estes últimos utilizados para prevenir IST e gravidez não planejada, que podem ter implicações socioeconômicas importantes, no âmbito dos ODS 1, 3, 4 e 5. O volume de resíduos de PU gerado é elevado, o que torna os poliuretanos biodegradáveis uma alternati- va mais sustentável, em acordo com os ODS 12 e 15. O pictograma ao lado repre- senta as principais relações do poliuretano com os ODS. Ilu st ra çã o: ID /B R 80 UREIA E VA N AT TO ZA /S hu tt er st oc k. co m /ID /B R C rin ig er k ol io /S hu tt er st oc k. co m /ID /B R A nd re i D ub ad ze l/S hu tt er st oc k. co m /ID /B R 81 UREIA representações químicas propriedades periculosidade SOLUBILIDADE EM ÁGUA 545 g/L (25 ºC) PONTO DE ATENÇÃO A ureia é formada no fígado a partir da amônia, por meio do ciclo da ureia, sendo produto final do metabolismo das proteínas. TEMPERATURA DE DECOMPOSIÇÃO 135 ºC TEMPERATURA DE FUSÃO 132,7 ºC MASSA MOLAR 60,1 g/mol CH4N2O N C N O H HH H Ilu st ra çõ es : I D /B R Não há nenhum pictograma de segurança relacionado à ureia. No entanto, é necessário manter as devidas precauções durante sua utilização. 82 economiaUREIA A ureia é produzida pelo organismo humano como produto do metabolismo proteico. No fígado, ocorre uma série de reações que transformam as pro-teínas ingeridas em outros produtos. Um deles é a ureia, que é excretada na urina após passar pelos rins. No ambiente, ela é decomposta pela ação de bac- térias, liberando amônia, outra substância importante do ciclo global de nitrogênio. Industrialmente, a ureia é sintetizada a partir da amônia e do gás carbônico, como representado pela equação: 2 NH3 + CO2 (NH2)2CO + H2O A ureia encontra várias aplicações, como a fabricação de cosméticos, medica- mentos e resinas. A agropecuária, em particular, é o seu principal mercado consumi- dor. A substância é adicionada à alimentação do gado e empregada principalmen- te como fertilizante nitrogenado, devido ao alto teor de nitrogênio em sua composição. Apesar de ser muito utilizada como fertilizante, a ureia apresenta eficiência limita- da quando aplicada no solo sem receber um tratamento prévio, pois parte dela acaba se perdendo por processos naturais. Visando evitar perdas, foram desenvolvi- dos fertilizantes mais eficientes, que contêm em sua formulação substâncias que tor- nam mais lenta a liberação da ureia ou inibem a sua degradação. Esses produtos têm grande potencial para aumentar a produtividade agrícola e, em certa medida, combater a fome (ODS 2). PRODUÇÃO GLOBAL (2019) 1 54 milhões de toneladas CONSUMO DE UREIA NO BRASIL (2020) 2 PRINCIPAIS CONSUMIDORES DE FERTILIZANTES 3 Responsável por, aproximadamente, 8% do consumo global de fertilizantes, o Brasil é o quarto maior consumidor do mundo, atrás apenas da China, da Índia e dos Estados Unidos. 1. IHS Markit. Dados de 2019. 2. Diário do Comércio, 23 jan. 2020. 3. Secretaria Especial de Assuntos Estratégicos (SAE), 2020. 90% DA UREIA É IMPORTADA 10% É NACIONAL Ilu st ra çõ es : I D /B R 83 sociedadeUREIA O consumo responsável de fertilizantes pode ainda contribuir para reduzir a eu- trofização, processo que se caracteriza pelo aumento de microrganismos aeróbios em ambientes aquáticos, em razão do excesso de nutrientes, ocasionando maior consumo de O2, que fica mais escasso aos peixes e a outros animais que também precisam de gás oxigênio para sobreviver (ODS 14). Trata-se de um problema am- biental que dificulta o tratamento de água e, dessa forma, o acesso à água potável (ODS 6). O uso controlado de fertilizantes pode levar também à diminuição das emissões de óxido nitroso (N2O), gás produzido naturalmente por reações que envol- vem espécies nitrogenadas. Essa redução é benéfica para o meio ambiente, pois o N2O é um gás de efeito estufa muito mais potente que o CO2, considerando a capacidade de cada um de reter o calor na atmosfera terrestre. Além disso, o N2O está relacionado com a destrui- ção da camada de ozônio, que é responsável por proteger a superfície terrestre dos raios ultravioleta (ODS 13). A principal atividade humana responsável pelas emissões de N2O é a agricultura, mas esse gás também é liberado na queima de combustíveis. Na combustão, outros gases produzidos são o NO e NO2. Esses óxidos são poluentes atmosféricos que podem causar danos à saúde, como doenças respirató- rias, além de provocar chuva ácida, com possíveis danos às construções e ao meio ambiente. Para diminuir a emissão desses gases, é possível utilizar o ARLA 32, que é uma solução aquosa de ureia em uma concentração de 32% em massa. 4. SanarFlix, 21 jul. 2019. 5. Besen, M. R. et al., 2015. 6. Primavesi, A. C. et al., 2000. METABOLISMO DE PROTEÍNAS E AMINOÁCIDOS 4 Em mamíferos, incluindo os seres humanos, quase 80% do nitrogênio é excretado na forma de ureia. EMISSÃO DE ÓXIDO NITROSO 5 EFICIÊNCIA DA UREIA NA ADUBAÇÃO DE CULTURAS 6 A ureia é 79% mais eficiente do que outras fontes de nitrogênio, como o nitrato, e essa eficiência se torna maior conforme aumenta sua aplicação. 60% DA EMISSÃO DE N2O PROVÉM DA AGRICULTURA (2012) N2O Ilu st ra çõ es : I D /B R 85 84 meio ambienteUREIA Em veículos preparados para o uso desse produto, o ARLA é injetado no catalisador junto com os gases liberados na combustão, propiciando a decomposição da ureia em CO2 e NH3, além da redução de NO e NO2 a gás nitrogênio (ODS 11). A ureia também pode ser utilizada na obtenção de um cimento mais sustentável para o meio ambiente, já que a produção tradicional desse material responde por até 8% das emissões globais de CO2 (ODS 13). Essa tecnologia, chamada de bio- concreto, envolve o crescimento de bactérias em meio rico em ureia e Ca2+. A de- composição da ureia pelas bactérias resulta, após algumas reações, em carbonato (CO3 2–), que forma CaCO3 com o Ca 2+ disponível no meio reacional. Essa mistura pode ser aplicada no concreto que já apresenta rachaduras ou, preventivamente, em seu processo de produção. Com isso, é possível prolongar a vida útil do material, bem como das construções nas quais ele foi empregado (ODS 11). 7. World Resources Institute, 19 jun. 2013. 8. siqueira neto, M. et al., 2011. 9. Associação Brasileira de Cimento Portland, 23 ago. 2019. 10. Confederação Nacional do Transporte (CNT), 4 abr. 2019. EUTROFIZAÇÃO (2011) 7 Já foram identificados cerca de 530 locais com baixa quantidade de oxigênio e 228 costas litorâneas no mundo com sinais de eutrofização. EMISSÕES DE ÓXIDO NITROSO 8 Segundo estimativas de 2011 do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), cerca de 1% do fertilizante nitrogenado aplicadopode liberar N2O, dependendo das condições climáticas. INDÚSTRIA DE CIMENTO 9 Em 2018, a indústria cimenteira respondeu, em escala global, por cerca de 8% de todo o CO2 emitido no planeta. IMPORTÂNCIA DO ARLA 32 10 O uso de ARLA 32 irregular ou a sua ausência aumentam a emissão de gases, como os óxidos de nitrogênio (NOx), em até cinco vezes. 85 NOS ODSUREIA A ureia é empregada como fertilizante nitrogenado para aumentar a produtivida- de agrícola, um aspecto relevante para atingir o ODS 2. O uso racional do produto tem implicações ambientais, como a redução da eutrofização, causada pelo aumen- to do teor de nutrientes em ambientes aquáticos, contaminando a água e ameaçan- do a biodiversidade, o que se relaciona aos ODS 6 e 14. O uso responsável de fertilizantes também leva à redução das emissões de N2O, produzido naturalmente por meio de reações do ciclo do nitrogênio, que está associado ao efeito estufa e à destruição da camada de ozônio, aos quais se refere o ODS 13. Nos catalisadores automotivos, a ureia ajuda a atenuar a emissão de gases tóxicos, o que melhora a qualidade do ar, como proposto pelo ODS 11. Já a utilização da ureia na produção de bioconcreto pode prolongar a vida útil do concreto, cuja produção é ambiental- mente danosa. Essa tecnologia, apesar de ainda ser muito incipiente, contribuiria para o alcance dos ODS 11 e 13. O pictograma ao lado representa as principais relações da ureia com os ODS. Parede de concreto com rachaduras e fissuras. O uso da ureia para prolongar a vida útil do concreto pode ajudar a mitigar os danos ambientais decorrentes de sua produção. Vista externa de um catalisador automotivo. Em alguns conversores catalíticos, a ureia é empregada para diminuir a emissão de gases tóxicos liberados na combustão. Vista aérea da Terra. A camada de ozônio, localizada a cerca de 30 km da superfície do planeta, é ameaçada pela emissão de N2O, decorrente do uso da ureia. Efeitos da eutrofização observados em um lago. O uso excessivo de fertilizantes é uma das causas desse fenômeno. ko m kr it Pr ee ch ac ha nw at e/ S hu tt er st oc k. co m /ID /B R U lia ne nk o D m itr ii/ S hu tt er st oc k. co m / ID /B R N A SA /J ac ob _0 9/ S hu tt er st oc k. co m / ID /B R M an is ha nk ar P at ra /S hu tt er st oc k. co m /ID /B R Ilu st ra çã o: ID /B R 86 GLOS GLOS SÁ SÁ RIO RIO 1. Adsorção: Retenção de substâncias na superfície de materiais porosos por meio de interações físico-químicas. 2. Água residual: Recurso hídrico descartado após ter sido utilizado para quaisquer finalidades, como nas atividades domésticas, comerciais, industriais, agrícolas, entre outras. As águas residuais são consideradas impróprias para consumo humano, mas podem ser reutilizadas após tratamento. 3. Biocatalisador: Espécie química produzida por seres vivos que catalisa reações bioquímicas necessárias à sobrevivência desses organismos. Os principais exemplos de biocatalisadores são as enzimas, que são moléculas de natureza proteica. 4. Biocombustível: Combustível produzido a partir de fontes renováveis (não fósseis), de origem vegetal ou animal. Etanol e biodiesel são exemplos de biocombustíveis. 5. Biocompatibilidade: Propriedade do material que, em contato com o corpo humano, desempenha a função para qual foi criado, sem causar no organismo uma resposta adversa à sua presença. 6. Biodigestão: Processo de decomposição anaeróbia (sem participação de gás oxigênio) de matéria orgânica realizado por bactérias. Esse processo ocorre em condições controladas, resultando na produção de biogás (misturas de gases com CH4 e CO2 como componentes majoritários) e de fertilizante. 7. Biodegradável: Propriedade dos materiais que se degradam a CO2, H2O e outros compostos, sob a ação de microrganismos. O processo de biodegradação pode levar tempo variável, dependendo da estrutura química do material e das condições a que ele é submetido após descarte, como luz, calor, umidade, disponibilidade de gás oxigênio, etc. 8. Biomassa: Matéria orgânica de origem vegetal ou animal que pode ser utilizada para a obtenção de energia. São exemplos de biomassa a madeira, o esterco, a cana-de-açúcar, os resíduos agrícolas, entre outros. 9. Biomolécula: Produzidas por organismos vivos, as biomoléculas fazem parte de sua constituição ou de reações químicas necessárias ao seu funcionamento. 10. Blenda: Mistura de dois ou mais polímeros diferentes, que pode apresentar aspecto homogêneo ou heterogêneo, dependendo da interação entre os polímeros constituintes. 11. Cadeia alimentar: Sequência linear de seres vivos em que um se alimenta do outro, com a transferência de energia e de nutrientes de um nível da cadeia para o próximo, de forma sucessiva. 12. Campo magnético: Região do espaço ao redor de um ímã ou de um material condutor percorrida por corrente elétrica e na qual uma força magnética atua quando há outro corpo de propriedades magnéticas em sua proximidade. 13. Catalisador: Espécie química que aumenta a velocidade de uma reação sem ser consumida durante o processo. Participa da reação, possibilitando que reagentes se transformem em produtos por mecanismos alternativos, que requerem menor energia de ativação e, por isso, ocorrem em menor tempo. 14. Célula solar: Dispositivo que converte a luz do sol em corrente elétrica por meio do efeito fotoelétrico, que se caracteriza pela emissão de elétrons por um material metálico, quando exposto a uma fonte de energia, como a solar. 15. Ciclo global de carbono e nitrogênio: Conjunto de transformações que os compostos com um mesmo elemento em comum (carbono ou nitrogênio) sofrem ao fazerem parte dos seres vivos e dos diferentes ambientes da Terra (litosfera, hidrosfera e atmosfera). As conversões de um composto em outro podem envolver reações químicas realizadas por organismos vivos (fotossíntese, por exemplo) ou serem resultado da atividade humana (produção de amônia para uso industrial, por exemplo). 16. Clorofluorcarboneto: Classe de compostos orgânicos que, além de carbono, apresentam em sua estrutura química átomos de cloro e flúor em proporções variadas. Comumente utilizado em aparelhos de refrigeração, seu uso foi proibido em vários países por seu efeito nocivo para a camada de ozônio. 17. Compósito: Mistura de materiais de diferentes naturezas que comumente contém um polímero como componente principal e um material orgânico não polimérico ou inorgânico como componente secundário. 18. Copolímero: Polímero constituído de duas espécies de monômeros diferentes. 19. Doença endêmica: Doença cuja incidência mantém-se relativamente constante ao longo do tempo, ou seja, o número de pessoas acometidas por essa doença em determinado período permanece dentro de uma média histórica de ocorrência. 20. Droga psicotrópica: Substância natural ou sintética que, quando ingerida, atua sobre o sistema nervoso central, alterando as funções psíquicas do cérebro, como as percepções, os comportamentos, os pensamentos e o nível de consciência. 21. Energia renovável: Energia obtida de fontes consideradas não esgotáveis (o Sol, por exemplo) ou de fontes que podem ser reabastecidas em intervalo de tempo viável para sua utilização (biomassa, por exemplo). São exemplos de energia renovável a energia eólica, a energia hidráulica, o etanol, etc. 87 GLOSSÁRIO 22. Entalpia de combustão: Energia liberada na queima completa de um mol de combustível. 23. Estrutura cristalina: Arranjo ordenado dos átomos ou das moléculas que constituem uma substância ou um material, com a exibição de um padrão que se repete por um grande número de vezes. 24. Fermentação: Processo pelo qual microrganismos obtêm, em nível celular, energia para sua sobrevivência. Diferencia-se da respiração celular por não consumir O2 durante a reação. Um tipo comum de fermentaçãoé a alcoólica, na qual o etanol é um dos produtos gerados, além do CO2. 25. Fixação do carbono: Remoção do CO2 da atmosfera por meio de processos biológicos, químicos e/ou físicos que resultam na conversão do CO2 atmosférico em outros compostos, orgânicos ou inorgânicos. A fotossíntese é o principal fenômeno pelo qual ocorre a fixação do carbono, com a produção da matéria orgânica que constitui as plantas. 26. Fluido refrigerante: Substância capaz de absorver e liberar calor de forma cíclica e contínua, passando por mudanças de fase reversíveis. É utilizada em sistemas de refrigeração, que transferem, de um meio para outro, o calor por ela absorvido. 27. Fotocalítico: Relativo ao aumento da velocidade de uma reação fotoquímica por um catalisador. A reação fotoquímica, por sua vez, é a reação que ocorre com a participação de luz. 28. Índice de Desenvolvimento Humano: Indicador que mede o nível de desenvolvimento de um país com base em três parâmetros: renda, educação e saúde. 29. Liga metálica: Material constituído de dois ou mais componentes, sendo um deles, pelo menos, um metal. Há ligas formadas apenas por metais e ligas formadas por metais e semimetais ou por metais e ametais. A liga metálica apresenta propriedades diferentes das de seus componentes. 30. Lignocelulose: Material constituído de celulose e lignina (compostos poliméricos) presente na parede celular de células vegetais e responsável por conferir rigidez, impermeabilidade e proteção às células. 31. Lixo eletrônico: Todo equipamento eletrônico (eletrodoméstico, celular, televisão, etc.) quebrado ou obsoleto que é descartado. Pode ser reutilizado após reparo ou ter seus componentes reciclados (metais, plásticos, vidro, etc.). 32. Metal pesado: Embora não haja uma definição oficial, geralmente é assim denominado o metal ou semimetal de elevada massa específica (densidade) e tóxico ao meio ambiente e ao ser humano. Entretanto, alguns dos elementos considerados metais pesados são essenciais, em quantidades mínimas, a funções vitais do nosso organismo. 33. Matriz energética: Conjunto de fontes de energia disponíveis para permitir o funcionamento dos equipamentos e das atividades que delas necessitam. Nesse cômputo, é considerado tanto o uso pelo setor de transporte quanto para o abastecimento de eletricidade. 34. Microplástico: Termo que corresponde a materiais poliméricos sintéticos de comprimento ou diâmetro menor do que 5 mm, muitas vezes invisíveis a olho nu. Os microplásticos podem ter sido produzidos já com tamanho microscópico para uso industrial ou podem resultar da fragmentação de plásticos maiores quando expostos a condições que propiciam sua degradação. Os microplásticos representam um potencial risco ao meio ambiente e à saúde humana. 35. Microrganismo aeróbio: Organismo de tamanho microscópico que necessita de O2 para sua sobrevivência, utilizando-o para obtenção de energia por meio do processo de respiração celular. 36. Nanofiltração: Processo de separação por membranas muito utilizado para purificação de água, pelo qual as partículas são separadas conforme seu tamanho. As membranas utilizadas no processo, por sua vez, apresentam poros cuja dimensão é da ordem de um nanômetro. 37. Osmose reversa: Processo de separação por membranas, pelo qual o solvente flui através delas, passando do meio mais concentrado para o menos concentrado (contrariando o fluxo natural da osmose). Para tanto, aplica-se no meio mais concentrado pressão suficiente para que o fluxo ocorra nessa direção. A purificação e a dessalinização da água são duas aplicações importantes desse processo. 38. Óxido misto: Óxido que resulta da combinação de dois óxidos de um mesmo elemento e apresenta diferentes valências (cargas) na estrutura do composto. 39. Pegada de carbono: Índice que mede a quantidade de gases de efeito estufa emitida como resultado das atividades humanas. A unidade de medida empregada é a massa de CO2 equivalente gerada por unidade de tempo ou de produto. Como cada gás de efeito estufa apresenta um potencial diferente para causar aquecimento global (alguns são mais danosos que outros), utiliza-se o CO2 como referência para saber o impacto de cada gás para o efeito estufa. 40. Persistência: Propriedade de uma substância de permanecer no ambiente por longo prazo em virtude de sua resistência à degradação por agentes químicos e biológicos. 41. Processo oxidativo avançado: Processo que gera espécies altamente reativas, como o radical hidroxila, capaz de degradar substâncias orgânicas. São espécies oxidantes produzidas por reações catalisadas, com ou sem irradiação UV. 42. Radical livre: Átomo, íon ou molécula que apresenta pelo menos um elétron desemparelhado (isolado) em sua estrutura, característica que confere alta reatividade química à maior parte dos radicais livres. O funcionamento normal do nosso organismo depende da participação de radicais livres. Porém, essas espécies também estão envolvidas em processos patológicos. 43. Resíduo sólido: Conforme a Política Nacional de Resíduos Sólidos, corresponde a material, substância, objeto ou bem descartado proveniente das atividades humanas. O encaminhamento a ser dado a esse resíduo dependerá dos processos tecnológicos disponíveis e economicamente viáveis para tanto. 44. Sal-gema: Mineral constituído majoritariamente de cloreto de sódio encontrado em jazidas que se formaram a partir da evaporação da água do mar em determinadas regiões. 45. Semicondutor: Material cuja capacidade de conduzir corrente elétrica varia conforme a temperatura a que é submetido. Ele apresenta maior condutividade elétrica a altas temperaturas e comporta-se como isolante a baixas temperaturas. 46. Suporte catalítico: Material sobre o qual o catalisador é depositado, de modo a fornecer a sustentação necessária para que o catalisador atue. 47. Tecido biológico: Conjunto de células do organismo que exercem funções específicas no corpo. Os órgãos do nosso corpo são formados por combinações de dois ou mais tipos de tecidos biológicos. 48. Termoplástico: Material que se funde sob a ação do calor e, uma vez fluido, pode ser remoldado, adquirindo a forma final após resfriamento, sem que haja perdas significativas de suas propriedades nesse processo. 88 SÍM SÍM BO BO LOSLOS propriedades químicas CALOR DE COMBUSTÃO Quantidade de calor liberada por grama de material queimado ao ar (combustão). Pode ser expressa em calorias por grama de material. Combustíveis fósseis como gasolina, gás veicular e óleo diesel rendem cerca de 12 500 calorias por grama. Já o etanol veicular tem calor de combustão de 7 200 cal/g, e o biodiesel, de cerca de 10 000 cal/g. Esses valores são obtidos na combustão completa destes materiais, ou seja, na sua total conversão em gás carbônico (CO2) e em água. Quando, porém, a queima é incompleta, como ocorre nos veículos desregulados, obtém-se menos energia e se produz muito mais poluição. ATENÇÃO! Indica alguma propriedade importante relacionada à substância. TEMPERATURA DE EBULIÇÃO Medida em grau Celsius (oC). É a temperatura em que um material no estado líquido passa para o estado gasoso, ao ser aquecido, e é a temperatura em que um material em estado gasoso se torna líquido, ao ser resfriado. TEMPERATURA DE FUSÃO Medida em grau Celsius (oC). É a temperatura em que um material no estado sólido passa para o estado líquido, ao ser aquecido, e é a temperatura em que um material em estado líquido se torna sólido, ao ser resfriado. MASSA MOLAR É a massa, em grama, correspondente a 1 mol de moléculas da substância, medido em g/mol. 1 mol corresponde a aproximadamente 600 000 000 000 000 trilhões de moléculas! Usando essa propriedade, basta pesar uma amostra da substância pura para saber quantas moléculas há nela. Ou seja, essa propriedade permite contar átomos e moléculas com uma balança. Por exemplo, a massa molarda água, H2O, é 18 g/mol. Então, em 18 g de água (uma colher de sopa), temos 1 mol de moléculas. A massa molar é também uma medida do tamanho das moléculas. Os plásticos, por exemplo, são formados por moléculas muito grandes. A massa molar média do plástico polietileno varia de 30 000 a 6 000 000 g/mol! SOLUBILIDADE EM ÁGUA Medida em massa de material dissolvido por volume de solvente, como grama de soluto por mililitro de solvente, por exemplo. É a quantidade máxima de uma substância que se consegue dissolver em outra. A solubilidade do açúcar em água, por exemplo, é de 2 000 g por litro. Já a solubilidade do sulfato de chumbo é de apenas 0,04 g por litro de água. Para a maior parte das substâncias sólidas, a solubilidade é maior em temperaturas mais altas. No caso dos gases em água, porém, a solubilidade diminui com o aumento da temperatura. Há substâncias tão solúveis em outras que podemos misturá-las em qualquer proporção. 89 periculosidade SÍMBOLOS INFLAMÁVEL Risco de incêndio! Substâncias e materiais inflamáveis pegam fogo facilmente. Por isso, devem ser mantidos distantes de fontes de chama ou de faísca e ser armazenados em pequenas quantidades, em local ventilado e afastados de outros materiais inflamáveis. EXPLOSIVO Material ou substância que, principalmente ao ser aquecido(a), torna-se instável, podendo causar incêndio ou explosão, principalmente se for aquecido(a). PERIGO AO MEIO AMBIENTE Material ou substância que é perigoso(a) para o meio ambiente. Quando disperso(a) em meio aquático, pode ser tóxico(a) e apresentar efeitos nocivos duradouros. ATENÇÃO! Material ou substância que é nocivo(a) ou irritante se ingerido(a), inalado(a) ou absorvido(a) pela pele. Pode provocar irritação ocular, sonolência ou vertigem. Pode ser prejudicial para a camada de ozônio. GÁS COMPRIMIDO Substância ou material que contém gás pressurizado. Pode explodir a altas temperaturas. No caso de gases refrigerados, pode causar queimaduras ou lesões a baixas temperaturas. PERIGO À SAÚDE Substância ou material que pode causar alergias, asma e dificuldades respiratórias. Pode provocar mutações. Pode ser cancerígena. Pode afetar a fertilidade ou oferecer dano ao feto. Pode ser tóxica para órgãos específicos. Pode ser fatal ou nociva por ingestão ou penetração nas vias respiratórias. CORROSIVO Substância ou material que provoca graves queimaduras na pele, lesões oculares e irritação cutânea. Pode reagir com metais. OXIDANTE Substância ou material que libera gás oxigênio rapidamente e pode se tornar instável, dependendo das condições do ambiente. Pode provocar ou agravar um incêndio. TÓXICO Material ou substância altamente tóxico(a) se inalado(a), ingerido(a) ou em contato com a pele. Pode ser fatal. 90 APRESENTAÇÃO InternatIonal UnIon of PUre and aPPlIed PhysIcs (Iupap); UnIted natIons edUcatIonal, scIentIfIc and cUltUral organIzatIon (Unesco). About IYBSSD 2022. Disponível em: https://www.iybssd2022.org/en/ about-us/. Acesso em: 28 jun. 2022. UnIted natIons (UN). Secretary-general World Comission on Environment and Development. Report of the World Commission on Environment and Development: our common future. New York: UN, 1987. Disponível em: https://sdgs.un.org/sites/default/ files/documents/5987our-common-future.pdf. Acesso em: 28 jun. 2022. UnIted natIons. Department of Economic and Social Affairs, Division for Sustainable Development. Prototype global sustainable development report. New York: UN, 2014. Disponível em: https://sustainabledevelopment. un.org/content/documents/1454Prototype%20 Global%20SD%20Report2.pdf. 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Esta também é a proposta do Atlas Molecular da Sustentabilidade, que trata de uma série de questões relacionadas aos ODS tendo como ponto de partida uma coleção de substâncias e materiais especialmente selecionados para fomentar essa discussão. Tal como a ONU, o Atlas compreende que a sustentabilidade se apoia em três pilares: economia, sociedade e meio ambiente. Por isso, eles permeiam todo o conteúdo da obra e criam o cenário em que se inserem as substâncias e os materiais, com suas estruturas, propriedades e aplicações. E, mais importante, com o entendimento de que suas contribuições para o alcance dos ODS não são, a priori, nem positivas nem negativas. O Atlas Molecular da Sustentabilidade também é um convite para repensarmos a Química, de forma integrada com os pilares do desenvolvimento sustentável. A obra é, portanto, um estímulo à reflexão e à busca por mais conhecimento, sobre a Química e o bem-estar social e do planeta, bem como sobre as interfaces entre a Química e a sociedade na busca por sustentabilidade. Apoio: