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Destroflexão de Cólon Maior Júlia Lopes de Souza Nunes OBJETIVOS MATERIAL E MÉTODOS Relato de caso destroflexão de cólon maior em uma égua da raça crioula, com aproximadamente 8 anos; Estudo qualitativo Revisão bibliográfica Artigos científicos em plataformas de pesquisa online( Scielo, Pubvet, Periódicos Capes e google acadêmico); Livros; Indexadores utilizados em português foram: deslocamento, intestino, cólica e equino; Seleção de artigos: 10 anos. Este trabalho tem como objetivo realizar um relato de caso de destroflexão em cólon maior diagnosticado através de celiotomia exploratória em um equino da raça crioula em um hospital veterinário especializado em atendimento de equinos e uma breve revisão de literatura do assunto Introdução Diferenças anatômicas; Síndrome do abdome agudo (cólica); Óbito / eutanásia; - Hipsodonte; - Estômago unicavitário: glandular (corpo) e aglandular (fundo); - Cárdia potente; - Ausência de vesícula biliar; - Ceco. CÓLICA VERDADEIRA Sistema digestório CÓLICA FALSA Outros sistemas Localização (Delgado x Grosso) Distúrbios (Físico x Funcional) Obstrução (Com x Sem) Estrangulamento (Com x Sem) Classificação Lado Direito Lado Esquerdo Anatomia SISTEMA DIGESTÓRIO Anatomia SISTEMA DIGESTÓRIO Introdução Deslocamento do cólon: Sinais clínicos: - Dorsalmente; - Esquerda; - Direita; - Destroflexão (deslocamento do cólon no sentido esquerda/direita junto à pelve); - Retroflexão (dobra do cólon maior esquerdo em um ângulo de 180º no sentido cranio-caudal). - Varia de acordo com o envolvimento visceral; - Manifestação leva a moderada; - Dor persistente; - Escavar o solo - Deitar e rolar - FC e FR elevadas; - Tempo de preenchimento capilar(TPC) prolongado; - Mucosa congesta; - Abdômen abaulado dorsalmente a esquerda (deslocamento à esquerda) / ventralmente (deslocamento à direita). DESTROFLEXÃO DE CÓLON MAIOR Introdução Disgnóstico: Prognóstico: - Inspeção visual do paciente; - Ausculta cardíaca, respiratória e abdominal nos quatro quadrantes; - Aferição da temperatura retal; - Observação das mucosas; - Sondagem nasogástrica; - Palpação retal; - Ultrassonografia transabdominal; - Abdominocentese. - Curto prazo + correção cirúrgica: 86% - Longo Prazo + sem recidivas: 52% Etiologia não definida Secundária a enfermidades gastroentéricas; Excesso de concentrado; Reflexo gastrocólico (grande quantidade de alimento); Migração parasitária (Strongylus spp.); Alteração no padrão de motilidade DESTROFLEXÃO DE CÓLON MAIOR Exame clínico geral FR 8mpm FC 48bpm TR 37,9ºC Mucosas normocoradas Hematócrito 29% PPT 6,8g/dl Exame clínico específico Sondagem nasogástrica Palpação transretal US transabdominal Paciente: Tratamento emergencial: No dia seguinte: - Fêmea; - Aproximadamente 8 anos; - Encaminhada com sinais clínicos de cólica; - Fluidoterapia 12L RL; - Lagavem gástrica; - Dipirona 0,5% 25mg/kg IV. - Escavar; - Deitar; - Rolar; - US transretal. Intervenção cirúrgica Destroflexão de Cólon Maior RELATO DE CASO Protocolo pré-operatório: Protocolo anestésico: Manutenção anestésica: Preparação do paciente - Penicilina procaína e benzatina 24.000UI/kg IM; - Gentamicina 6,6mg/kg IV; - Flunixin Meglumine 1,1mg/kg IV; - Xilazina 2% 1,0mg/kg IV; - Cetamina 10% 2,2mg/kg; - Diazepam 10mg/2ml 15- 30mg/kg. - Isoflurano; - Oxigênio. Tricotomia Antissepsia (2 Ciclos = Colexidine + álcool; 1 Ciclo = Clorexidine + Solução Fisiológica 0,9%) Destroflexão de Cólon Maior RELATO DE CASO Celiotomia exploratória (Rötting, 2017) Sutura: Pós-operatório; Retirada dos pontos em 7 dias; Alta hospitalar. - Linha média do abdome 2c da cicatriz umbilical; - Secção da linha alba; - Afastamento da gordura subcutânea; - Exploração da cavidade abdominal; - Ausência gás ou conteúdo que indicasse a ruptura de alguma víscera, hemorragia ou presença de fibrina e excesso de líquido serossanguinolento; - Ausência de demais alterações; - Exposição e esvaziamento do ceco; - Reposicionamento do cólon maior; - Fio polidioxanona 4-0 em padrão simples contínua com parada americana; - Redução de espaço morto e subcutâneo com polidioxanona 4-0 com padrão subcuticular; - Pele com nylon 2-0 com padrão simples contínuo. - Penicilina Procaína e Benzatina 24.000UI/kg IM BID; - Gentamicina 6,6mg/kg IV SID; - Flunixin Meglumine 1,1mg/kg IV SID; - Limpeza incisional com solução iodada a 0,01% durante 4 dias; Destroflexão de Cólon Maior RELATO DE CASO Destroflexão de Cólon Maior DISCUSSÃO Dor abdominal: 28 a 30%; Sinais de cólica: - Órgãos do trato gastrintestinal; - Órgãos de outros sistemas. - 72h pós-operatório; - Resolução espontânea ou continuar; - Resultado de progressão ou recorrência da doença original ou complicações da anastomose (vazamento ou impactação). Dentro da clínica médica equina é importante que o diagnóstico seja precoce, o que possibilita que o tratamento seja realizado o mais rápido possível, bem como avaliar a necessidade de intervenção cirúrgica. Para isso, é importante realizar anamnese completa, exame clínico geral e específico e exames complementares, como exames de sangue (principalmente hematócrito e proteínas plasmáticas totais), ultrassonografia, radiografia e palpação retal, para avaliar o paciente e iniciar o tratamento adequado. O caso clínico relatado neste trabalho foi avaliado de acordo com o descrito na literatura e, devido ao diagnóstico precoce, foi possível guiar o médico veterinário responsável encaminhar o animal para tratamento cirúrgico, bem como prescrever terapia medicamentosa adequada. Dessa forma, com a evolução satisfatória do paciente e ausência de complicações pós-operatórias, pode-se dizer que o tratamento prescrito teve sucesso, corroborando com a literatura. Conclusão Referências Auer, J. A.; Stick, J. A.; Kümmerle, J. M.; Prange, T. (2019). Equine surgery. St. Louis, Missouri - Elsevier, 5ª ed, cap. 39, p. 640-642. Blikslager, A. T.; White II, N. A.; Moore, J. N.; Mair, T. S. (2017). The equine acute abdomen. Tenton New Media, 2ª ed. cap. 54, p.756-762. König, H. E.; Liebich, H. G. (2016). Anatomia a dos animais domésticos: texto e atlas colorido. Porto Alegre : Artmed. LAB&VET. Valores de referência: equinos. Oliveira, M. I. S. (2017). Deslocamento do cólon à esquerda no cavalo e técnicas cirúrgicas de encerramento no espaço nefroesplênico: revisão bibliográfica e relatos de casos clínicos. (Dissertação de mestrado) Universidade de Lisboa. Reed, S. M.; Bayly, W. M.; Sellon, D. C. (2018). Medicina Interna Equina. St. Louis, Missouri : Elsevier. Rötting, A. K. (2017). Surgical exploration and manipulation. In: The Equine Acute Abdomen, cap. 42, p. 549-569. Santos, T. P.; Bueno, A.; McGee, G.; Hodges, G.; Brandstetter, L. R. G. (2018). Ultrassonografia no diagnóstico de deslocamento dorsal à direita de cólon maior em equino - relato de caso. In: Encontro Científico da Escola de Veterinária e Zootecnia da Universidade Federal de Goiás. Southwood, L. L.; Bergslien, J.; Jacobi, A. (2002). Large colon displacement and volvulus in horses: 405 cases. Scientific Proceedings, 7th International Equine ColicResearch Symposium. Speirs, V. C. (1999). Exame Clínico de Equinos. Porto Alegre: Artes Médicas Sul Ltda., cap. 11, p.269-282. Thomassian, A. (2005). Enfermidades dos cavalos. 4. ed. - São Paulo: Livraria Varela. Thrall, M. A.; Weiser, G.; Allison, R. W.; Campbell, T. W. (2015). Hematologia e bioquímica clínica veterinária. 2 ed. - Rio de Janeiro : Guanabara Koogan. Turner, A. S.; McIlwraith, C. (2002). Técnicas cirúrgicas em animais de grande porte. Rio de Janeiro : Roca. Muito Obrigada!
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