Leishmaniose Visceral e Controle de Zoonoses

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“A leishmaniose visceral (LV) e uma protozoonose crônica, sistêmica, caracterizada em humanos por febre de longa duração, perda de peso, astenia, adinamia e anemia, entre outras manifestações. Quando não tratada, pode evoluir para óbito em mais de 90% dos casos. No cão, principal reservatório e fonte de infecção no meio urbano, a doença caracteriza-se por febre irregular, apatia, emagrecimento, descamação furfurácea e úlceras na pele, em geral, no focinho, nas orelhas e extremidades, conjuntivite, paresia do trem posterior, fezes sanguinolentas e crescimento exagerado das unhas” (BRASIL, 2016, p. 18).
BRASIL, Manual de vigilância, prevenção e controle de zoonoses: normas técnicas e operacionais. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2016. Disponível em:  https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_vigilancia_prevencao_controle_zoonoses.pdf. Acesso em: 17 jun. 2021.
 
De acordo com o Ministério da Saúde, analise as afirmativas em relação à leishmaniose visceral.
I. A ocorrência de leishmaniose em cães tem precedido os casos em humanos.
II. A leishmaniose é uma zoonose vetorial, então umas das medidas de controle é o controle dos vetores.
III. O cão, por ser o principal reservatório em áreas urbanas, deve usar repelentes a base de deltametrina 4% e serem vacinados.  
IV. As medidas preventivas na população são uso de mosquiteiros nas janelas, repelentes e evitar sair no horário de maior atividade do vetor.
Assinale a alternativa apenas com as afirmativas corretas.
a. I, II e III.
b. I e III.
c. I, II e IV.
d. II, III e IV.
e. II e IV.
 “Dentre as zoonoses mais importantes transmitidas por cães e gatos podemos destacar a raiva, a leishmaniose, a leptospirose, a toxoplasmose e as verminoses. Estas doenças podem ser transmitidas aos seres humanos, tanto pelo contato direto com o animal infectado, como pelo contato com secreções ou excreções que contaminam a água e o ambiente” (OLIVEIRA-NETO et al., 2018, p. 199).
OLIVEIRA-NETO, R. R. et al. Nível de conhecimento de tutores de cães e gatos sobre zoonoses. Revista Salud Pública, Bogotá, v. 20, n. 2, p. 198-203, 2018. Disponível em: https://www.scielosp.org/pdf/rsap/2018.v20n2/198-203/pt. Acesso em: 17 jun. 2021.
 
Quanto ao controle de zoonoses, analise as afirmativas a seguir e assinale V para a(s) verdadeira(s) e F para a(s) falsa(s).
I. ( ) A educação da população sobre as zoonoses e as formas de contágio são fundamentais para a prevenção.
II. (  )  A raiva é umas das zoonoses mais prevalentes no mundo, com surtos frequentes, atingindo os seres humanos.
III. (  ) Os hábitos higiênico-sanitários devem ser ensinados à população, pois a ação correta evita inúmeras doenças transmitidas  e outras zoonoses.
IV. (  )  A toxoplasmose é uma zoonose que acomete gatos e o homem, devido à relação direta entre ambos.
Assinale a alternativa que apresente a sequência correta.
a. F - V - F - V.
b. V - F - V - F.
c. F - F - V - F.
d. F - V - V - V.
e. V - V - V - F.
 “A denominação 'carrocinha' ficou consagrada, embora já na década de 1960, o caminhão da prefeitura nada lembrava as carroças do começo do século que saíam com laçadores à captura dos animais de rua. Não era raro esses funcionários serem recebidos com hostilidade, a golpes de foice, pedradas e até com tiros. Os cachorros recolhidos ficavam apenas três dias no centro. Se o dono não aparecesse, o animal acabava morto na câmera de gás” (SACONI, 2015).
SACONI, R. Fotos históricas: o homem da carrocinha. Acervo Estadão, São Paulo, 2015. Disponível em: https://acervo.estadao.com.br/noticias/acervo,fotos-historicas-o-homem-da-carrocinha,11311,0.htm.  Acesso em: 17 jun. 2021.
 
A partir da lei nº 12.916/2008, do estado de São Paulo, pode-se afirmar que:
a. Ficou proibido o uso de cambão em quaisquer circunstâncias de captura de animais.
b. Ficou autorizada a realização de tratamento custeado pelo Ministério da Saúde em casos de cães capturados, que sejam soropositivos para leishmaniose visceral.
c. Ficou autorizado a realização de eutanásia dos animais capturados, removendo-se o período de espera de três dias.
d. Ficou banido que os animais capturados possam voltar ao dono, caso procurem no Centro de Controle de Zoonoses.
e. Ficou banida a captura de animais nas ruas pela "carrocinha", sendo recolhidos animais com denúncias de maus-tratos ou em outras situações de risco.
 “[...] Nesses estabelecimentos, os animais recolhidos devem ser reabilitados, ressocializados e reintroduzidos na sociedade por meio da adoção, ou seja, são locais de passagem; devem ser referência em cuidados veterinários, bem-estar animal e na promoção de programas educativos quanto à guarda responsável, trabalhando para a prevenção do abandono. Os abrigos podem ser de responsabilidade governamental, privada, de organização não governamental (ONG) ou mista” (ARRUDA et al., 2009, p. 233).
ARRUDA, E. C. et al. Características relevantes das instalações e da gestão de abrigos público no estado do Paraná, Brasil, para o bem-estar animal. Arq. Bras. Med. Vet. Zootec., Belo Horizonte, v. 71, n. 1, p. 232-242, 2019. Disponível em: https://www.scielo.br/j/abmvz/a/8MN6jGXMjdpjpjnRLkVBB3K/?lang=pt&format=pdf. Acesso em: 17 jun. 2021.
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De acordo com as informações do texto e seus conhecimentos sobre os abrigos de animais, analise as afirmativas consideradas medidas de saúde dos abrigos.
I. Conhecimento e controle da capacidade de animais no local.
II. Realização de castração ou encaminhamento para tal como medida de controle.
III. Conhecimento de nutrição e práticas de bem-estar animal.
IV. Higienização dos locais, iniciando pelos animais doentes e seguindo para os filhotes.
Assinale a alternativa com as afirmativas corretas.
 
~Resposta correta: Os abrigos devem ter conhecimento da capacidade para alojar os animais com segurança e bem-estar, evitando superlotação. A castração é fundamental para o controle populacional e pode ser realizada no abrigo, se atender às exigências de equipamentos e instalações para tal. Ou os animais podem ser levados para alguma clínica ou hospital parceiro. Oferecer alimento com qualidade, nutrindo o animal, e tornar o ambiente propício para o bem-estar promovem segurança e saúde ao abrigo.
a. I, II e III.
b. I e II.
c. II, III e IV.
d. I, II e IV.
e. II e IV.
O controle populacional de cães e gatos, por meio da esterilização cirúrgica, por ser rápida, eficaz e segura, é uma forma de evitar que haja grande procriação, aumentando descontroladamente o número de animais abandonados, inclusive o de filhotes que não conseguem adoção e ficam nas ruas, o que amplia ainda mais esse contingente de abandono.
O controle reprodutivo de animais como medida de saúde pública pode ser realizado por:
I. Castração de fêmeas por orquiectomia, isto é, a remoção total de ovários, trompas e útero.
II. Métodos farmacológicos, quando administrados no momento correto do cio, sendo necessária uma aplicação ao longo da vida.
III. Métodos cirúrgicos, que são a melhor opção para castração em massa de animais e controle populacional.
IV. Avaliação do ciclo estral do animal, evitando que animais no cio tenham contato com outros.
Assinale a alternativa com a(s) afirmativa(s) correta(s).
a. IV.
b. III.
c. II, III e IV.
d. I e III.
e. I, II e III.
“A Subsecretaria Municipal de Vigilância Sanitária e Controle de Zoonoses (Subvisa) vai oferecer, na Praça Nossa Senhora da Paz, em Ipanema, o serviço de microchipagem dos animais. A colocação do chip, que não dói, além de ser rápida e segura, é que possibilita o cadastramento do pet (a aplicação é subcutânea, no pescoço do animal, e o chip tem o tamanho de um grão de arroz)” (RIO PREFEITURA, 2019).
RIO PREFEITURA. Subvisa aplica microchip em bichos de estimação neste domingo, para cadastro no Registro Geral de Animais. Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2019. Disponível em: https://prefeitura.rio/cidade/subvisa-aplica-microchip-em-bichos-de-estimacao-neste-domingo-para-cadastro-no-registro-geral-de-animais/.  Acesso em: 17 jun. 2021.
A microchipagem é um método eletrônico que permiteo registro e a identificação de animais. Ao receber esse microchip, o tutor fica responsável por:
a. Imunizar anualmente o animal contra raiva, comunicar óbito do animal e transferência para outro tutor, se houver.
b. Comunicar sobre a mudança de endereço e levar o animal para troca do microchip a cada 2 anos.
c. Vermifugar semestralmente o animal, vacinar contra leishmaniose e avisar em caso de perda do microchip.
d. Castrar o animal quando estiver apto, e assim realizar o controle reprodutivo.
e. Evitar que o animal seja roubado ou abandonado, pois o microchip funciona como um localizador.
 “As cinco liberdades foram criadas, em 1965, no Reino Unido, como resultado de um relatório da Comissão de Brambell (que, mais tarde, se tornou a Farm Animal Welfare Council) para abordar as preocupações relativas ao bem-estar animal em ambientes agrícolas. [...] Também constituem a base dos padrões mínimos de cuidados para cães, gatos e outros animais em instalações de hospedagem” (NEWBURY et al., 2018, p. 21).
NEWBURY, S. et al. Diretrizes sobre os padrões de cuidados em abrigos de animais. Tradução: Fabiana Buassaly Leistner. São Paulo: PremierPet, 2018. Disponível em: https://www.premierpet.com.br/wp-content/uploads/2020/11/shelter_medicine-diretrizes-instituto.pdf. Acesso em: 17 jun. 2021.  
 
A partir do exposto acima, as cinco liberdades definidas são:
a. Liberdade de ter livre acesso à rua; liberdade de equidade; liberdade de segurança; liberdade de não ter dor, lesão e doença; liberdade nutricional.
b. Liberdade nutricional; liberdade de não passar desconforto; liberdade de não sentir de dor, lesão ou doença; liberdade de expressar o comportamento normal; liberdade de não ter medo e angústia.
c. Liberdade de expressar o comportamento normal; liberdade de não ter medo e angústia; liberdade de acesso à rua; liberdade de integralidade; liberdade de equidade.
d. Liberdade de expressão; liberdade de integralidade; liberdade de bem-estar animal; liberdade nutricional; liberdade sanidade animal.
e. Liberdade de equidade; liberdade de expressar seu comportamento normal; liberdade de não sentir dor; liberdade de não ter angústia e medo; liberdade de nutrição.
 “Atualmente, as vacinações essenciais para abrigos incluem vacinas contra rinotraqueíte viral felina, calicivírus, panleucopenia para gatos [...] e cinomose, hepatite, parainfluenza e parvovírus canino ou cinomose, adenovírus tipo 2, parvovírus, parainfluenza e Bordetella bronchiseptica para cães [...]. O uso de vacinas de vírus vivo modificado é fortemente recomendado em detrimento dos produtos constituídos por microrganismos mortos para as vacinas essenciais de abrigos em cães e gatos (inclusive daqueles que estão prenhes), pois elas produzem uma resposta imune mais rápida” (NEWBURY et al., 2018, p.43).
NEWBURY, S. et al. Diretrizes sobre os padrões de cuidados em abrigos de animais. Tradução: Fabiana Buassaly Leistner. São Paulo: PremierPet, 2018. Disponível em: https://www.premierpet.com.br/wp-content/uploads/2020/11/shelter_medicine-diretrizes-instituto.pdf. Acesso em: 17 jun. 2021.   
 
Quanto à vacinação de animais e saúde dos abrigos, analise as afirmativas a seguir e assinale V para a(s) verdadeira(s) e F para a(s) falsa(s).
I. (  )  A vacinação deve ocorrer assim que os animais chegam ao abrigo.
II. (  )  Os protocolos de vacinação devem ser adaptados para cada programa, de acordo com a região.
III. ( ) A vacina contra raiva, assim que o animal chegue ao abrigo, é considerada prioritária.
IV. ( )  Os animais devem, no mínimo, ser vacinados contra a raiva quando serão liberados do abrigo.
Assinale a alternativa que apresente a sequência correta.
a. F - V - V - V.
b. V - F - V - F.
c. F - F - V - F.
d. V - V - F - V.
e. V - V - V - F.
 “Diante dos conhecidos modos de criação do cidadão em permitir livre acesso de cães e gatos à via pública e abandono, gerando alto número de animais soltos pelas ruas, sem alimento, sem cuidados adequados, com doenças e expressivo maus tratos, além das dificuldades financeiras das populações com renda em média de um salário-mínimo para castração dos seus animais, ‘os resultados da pesquisa apontam que em Alagoas há uma ineficácia nas políticas públicas sobre caninos e felinos e sugere que uma aproximação dos gestores à classe médica veterinária possa ser construtiva’, ressalta a pesquisadora” (GONZAGA, 2019).
GONZAGA, T. Pesquisa aponta ineficácia em controle da população de cães e gatos. Universidade Federal de Alagoas, Maceió. 2019. Disponível em: https://ufal.br/ufal/noticias/2019/10/pesquisa-aponta-ineficacia-em-controle-da-populacao-de-caes-e-gatos.  Acesso em: 17 jun. 2021.
 
Diante do exposto, quais seriam dois caminhos possíveis para a melhora desse quadro?
a. Transferência, para o setor privado, da castração cirúrgica de animais, assim como a conscientização da população mais carente, que leve seus animais aos abrigos.
b. Educação para o bem-estar animal e posse responsável, e parcerias com o setor público para o controle reprodutivo imunológico de animais.
c. Apoio de instituição particulares, por meio de convênios ou parcerias com o setor público, para a castração de animais, assim como a educação da população para a posse responsável.
d. Apoio de instituição particulares, por meio de convênios ou parcerias com o setor público, para a castração imunológica de animais, mais legislações e penas para maus-tratos em animais.
e. Educação para o bem-estar animal e posse responsável, assim como campanhas para arrecadação de alimentos e vacinas a serem distribuídas para que os tutores apliquem em seus animais.
A saúde dos abrigos é mantida por medidas que devem ser planejadas e seguidas pela instituição. Uma delas é a realização de quarentena de animais, uma vez que o local recebe animais heterogêneos, provenientes de diversas regiões em condições variadas, geralmente em situações de risco ou doentes devido às adversidades da vida sem domicílio.
Pode-se afirmar que durante a chegada e o período de quarentena dos animais no abrigo é importante:
a. Realizar o registro e a identificação caso o animal sobreviva ao período de quarentena do abrigo que o recolheu.
b. Avaliar o animal e caso haja doença ou seja agressivo deverá ser isolado, considerado inapto para adoção.
c. Realizar identificação, avaliação clínica e psicológica do animal, inclusive verificando se é agressivo ou está doente, até mesmo com uma zoonose.
d. Realizar a eutanásia, seguindo preceitos de bem-estar animal, uma vez que é um animal que vem da rua e oferece riscos à saúde pública.
e. Realizar a devolução do animal, ou seja, encaminhar para o programa de adoção.