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Questões sobre Contratos Administrativos

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Prof. Erick Alves e Prof. Sérgio Machado 
Contratos 
 
52 de 101|www.direcaoconcursos.com.br 
 
Direito Administrativo p/ Senado 
Questões comentadas da banca FGV 
1. (FGV – AL/RO 2018) 
Sobre as ações e atos afetos à formalização e à alteração de contratos a ser firmado com a Administração, 
assinale a afirmativa correta. 
a) O edital de licitação não requer, obrigatoriamente, a minuta do contrato relativo ao certame. 
b) A formalização via contrato não é obrigatória nos casos de dispensas e de inexigibilidades, para quaisquer 
valores, podendo ser substituída por nota de empenho de despesa. 
c) O contrato deve conter o nome das partes e de seus representantes, o objeto licitado, o ato que autorizou 
sua lavratura, dentre outros itens, não havendo previsão legal que o dispense. 
d) O interessado vencedor da licitação não se manifestando após decurso do prazo fixado no edital, é facultada 
à Administração convocar os licitantes remanescentes para eventual contratação. 
e) As garantias previstas no instrumento convocatório serão apresentadas pelo contratado até a formalização 
referente ao primeiro pagamento devido pela administração. 
Comentário: Vamos comentar cada assertiva. 
a) ERRADA. O edital de licitação requer, obrigatoriamente, a minuta do contrato relativo ao certame. 
Vejamos a disposição da lei 8.666: 
Art. 40. § 2º Constituem anexos do edital, dele fazendo parte integrante: 
III - a minuta do contrato a ser firmado entre a Administração e o licitante vencedor; 
Art. 62. § 1º A minuta do futuro contrato integrará sempre o edital ou ato convocatório da licitação. 
b) ERRADA. Conforme o art. 62, da lei 8.666, o instrumento de contrato é obrigatório nos casos de 
concorrência e de tomada de preços, bem como nas dispensas e inexigibilidades cujos preços estejam 
compreendidos nos limites destas duas modalidades de licitação, e facultativo nos demais em que a 
Administração puder substituí-lo por outros instrumentos hábeis, tais como carta-contrato, nota de empenho de 
despesa, autorização de compra ou ordem de execução de serviço. 
c) ERRADA. O contrato verbal dispensa as exigências mencionadas nessa assertiva. Lembrando que, 
excepcionalmente, admite-se contrato verbal, nas compras que não ultrapassam 5% do valor máximo definido para 
a licitação na modalidade convite, desde que se trate de compra de pronta entrega e pronto pagamento, feitas em 
regime de adiantamento. 
d) CORRETA. A Administração Pública pode convocar os licitantes remanescentes para eventual 
contratação, caso o interessado vencedor da licitação não se manifestando após decurso do prazo fixado no edital. 
Vejamos: 
Art. 64. § 2º É facultado à Administração, quando o convocado não assinar o termo de contrato ou não aceitar 
ou retirar o instrumento equivalente no prazo e condições estabelecidos, convocar os licitantes remanescentes, 
na ordem de classificação, para fazê-lo em igual prazo e nas mesmas condições propostas pelo primeiro 
classificado, inclusive quanto aos preços atualizados de conformidade com o ato convocatório, ou revogar a 
licitação independentemente da cominação prevista no art. 81 desta Lei. 
Prof. Erick Alves e Prof. Sérgio Machado 
Contratos 
 
53 de 101|www.direcaoconcursos.com.br 
 
Direito Administrativo p/ Senado 
e) ERRADA. Não há essa previsão em lei. 
Gabarito: alternativa “d” 
2. (FGV – TJ/SC 2018) 
Após o processo da licitação por concorrência ou tomada de preços, a administração convocará regularmente 
o interessado para assinar o termo de contrato, dentro do prazo e condições estabelecidos. 
O licitante interessado fica liberado dos compromissos assumidos, se a convocação para contratação ocorrer, 
após a data de entrega das propostas, em um prazo superior a: 
a) 30 dias; 
b) 45 dias; 
c) 60 dias; 
d) 75 dias; 
e) 90 dias. 
Comentário: 
O licitante interessado fica liberado dos compromissos assumidos, se a convocação para contratação ocorrer, 
após a data de entrega das propostas, em um prazo superior a 60 dias. Vejamos disposição da lei 8.666: 
Art. 64 § 3º Decorridos 60 (sessenta) dias da data da entrega das propostas, sem convocação para a 
contratação, ficam os licitantes liberados dos compromissos assumidos. 
Gabarito: alternativa “c” 
3. (FGV – TJ/SC 2018) 
Quanto ao contrato administrativo, é correto afirmar que: 
a) tem obrigatoriamente em uma das partes a presença da Administração Pública; 
b) em nenhuma situação levam-se em conta as características pessoais do contratado; 
c) na execução do contrato, não poderá subcontratar partes da obra ou serviços; 
d) suas regras são semelhantes aos dos contratos particulares, em que o regramento específico é dispensado; 
e) estabelece discussão das cláusulas contratuais junto aos contratados. 
Comentário: Vamos analisar cada alternativa, buscando a opção correta: 
a) CORRETA. Todo contrato administrativo pressupõe que a Administração Pública figure em, pelo menos, 
um dos polos relacionais. Assim, a presença da Administração é condição necessária, mas não suficiente para 
caracterizar um contrato como administrativo. 
b) ERRADA. O contrato administrativo é personalíssimo, celebrado intuitu personae, vez que o 
preenchimento de determinadas exigências subjetivas e objetivas foi decisivo para determinar a escolha do 
contratado. Todavia, o caráter personalíssimo do contrato administrativo não é absoluto. Isso porque o art. 64, § 2º, 
da Lei n. 8.666/93 autoriza a Administração substituir o licitante vencedor quando ele, convocado, não assinar o 
Prof. Erick Alves e Prof. Sérgio Machado 
Contratos 
 
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Direito Administrativo p/ Senado 
termo de contrato, não aceitar o instrumento equivalente ou não retirar esse instrumento no prazo e condições 
estabelecidos. 
c) ERRADA. Na execução do contrato, poderá sim ocorrer a subcontratação de partes da obra ou serviços, 
desde que atendidos dos requisitos da lei 8.666. Vejamos: 
Art. 72, Lei nº 8.666/93: O contratado, na execução do contrato, sem prejuízo das responsabilidades contratuais 
e legais, poderá subcontratar partes da obra, serviço ou fornecimento, até o limite admitido, em cada caso, pela 
Administração. 
d) ERRADA. Ao contrário dos contratos privados, que são regidos pelo Direito Civil e pelo Empresarial, os 
contratos administrativos estão submetidos aos princípios e normas de Direito Público, especialmente do Direito 
Administrativo, sujeitando-se a regras jurídicas capazes de viabilizar a adequada defesa do interesse público. 
e) ERRADA. A existência das cláusulas exorbitantes relaciona-se com o fato de os contratos administrativos 
serem contratos de adesão, tendo regras fixadas unilateralmente pela Administração Pública e aceitas pelo 
particular contratado. 
Gabarito: alternativa “a” 
4. (FGV – MPE/AL 2018) 
Os contratos administrativos se diferenciam dos contratos de direito privado por propiciarem alguns tipos de 
prerrogativas para o poder público. Essas prerrogativas são chamadas de 
a) tratados desiguais. 
b) acordos Impróprios. 
c) fato do príncipe. 
d) onerosidade exclusiva. 
e) cláusulas exorbitantes. 
Comentário: 
As cláusulas exorbitantes são aquelas que extrapolam as regras e características dos contratos em geral, pois 
apresentam vantagem excessiva à Administração Pública. Decorrem da supremacia do interesse público sobre o 
interesse privado e colocam o Estado em posição de superioridade jurídica na avença. Estas cláusulas são 
designadas como exorbitantes, haja vista o fato de que sua previsão em contratos privados ensejaria a nulidade 
contratual. As cláusulas exorbitantes são implícitas em todos os contratos administrativos, não dependendo de 
previsão expressa no acordo, pois decorrem diretamente da Lei. Logo, não são cláusulas necessárias, uma vez que 
as garantias do Poder Público decorrem diretamente do texto legal. As cláusulas exorbitantes estão previstas no 
artigo 58 da lei 8.666/93 e ensejam à Administração Pública a prerrogativa de alteraçãounilateral do acordo ou 
rescisão unilateral, bem como a possibilidade de fiscalização e controle da relação contratual, somada à 
possibilidade de aplicação de penalidades contratuais e de ocupação temporária dos bens da contratada, como 
forma de evitar a paralisação da atividade pública. 
Gabarito: alternativa “e” 
5. (FGV – Câmara de Salvador - BA 2018) 
Prof. Erick Alves e Prof. Sérgio Machado 
Contratos 
 
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Direito Administrativo p/ Senado 
De acordo com a Lei nº 8.666/93, a duração dos contratos administrativos, como regra, fica adstrita à vigência dos 
respectivos créditos orçamentários, isto é, tem prazo máximo de 1 (um) ano, como é o caso de contratação para: 
a) projetos cujos produtos estejam contemplados nas metas estabelecidas no Plano Plurianual; 
b) prestação de serviços a serem executados pelo contratado de forma contínua; 
c) aluguel de equipamentos e utilização de programas de informática; 
d) fornecimento de bens e serviços, que envolvam, cumulativamente, alta complexidade tecnológica e defesa 
nacional, na forma da lei; 
e) aquisição de veículos novos, visando à renovação da frota oficial dos carros do órgão contratante. 
Comentário: Vamos comentar cada alternativa. 
a) ERRADA. Trata-se de exceção à vinculação da duração dos contratos administrativos regidos pela Lei nº 
866/93 à vigência dos respectivos créditos orçamentários. Os projetos cujos produtos estejam contemplados nas 
metas estabelecidas no PPA poderão ser prorrogados no interesse da Administração, conforme previsto no art. 51, 
I: 
Art. 57. A duração dos contratos regidos por esta Lei ficará adstrita à vigência dos respectivos créditos 
orçamentários, exceto quanto aos relativos: 
I - aos projetos cujos produtos estejam contemplados nas metas estabelecidas no Plano Plurianual, os quais 
poderão ser prorrogados se houver interesse da Administração e desde que isso tenha sido previsto no ato 
convocatório. 
Note que o dispositivo não prevê o prazo da prorrogação, mas a doutrina entende que é de 4 anos, compatível 
com o prazo do PPA. 
b) ERRADA. A prestação de serviços de forma contínua pode ter sua duração prorrogada por iguais e 
sucessivos períodos, limita a 60 meses, prorrogáveis por mais 12 meses: 
Art. 57. A duração dos contratos regidos por esta Lei ficará adstrita à vigência dos respectivos créditos 
orçamentários, exceto quanto aos relativos: 
II - à prestação de serviços a serem executados de forma contínua, que poderão ter a sua duração prorrogada 
por iguais e sucessivos períodos com vistas à obtenção de preços e condições mais vantajosas para a 
administração, limitada a sessenta meses. 
§ 4o Em caráter excepcional, devidamente justificado e mediante autorização da autoridade superior, o prazo 
de que trata o inciso II do caput deste artigo poderá ser prorrogado por até doze meses. 
c) ERRADA. A duração do aluguel pode se estender pelo prazo de até 48 (quarenta e oito) meses após o início 
da vigência do contrato. Vejamos: 
Art. 57. A duração dos contratos regidos por esta Lei ficará adstrita à vigência dos respectivos créditos 
orçamentários, exceto quanto aos relativos: 
V - ao aluguel de equipamentos e à utilização de programas de informática, podendo a duração 
estender-se pelo prazo de até 48 (quarenta e oito) meses após o início da vigência do contrato." 
Prof. Erick Alves e Prof. Sérgio Machado 
Contratos 
 
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Direito Administrativo p/ Senado 
d) ERRADA. Segundo o art. 57, V, da lei 8.666 o contrato de fornecimento de bens e serviços, que envolvam, 
cumulativamente, alta complexidade tecnológica e defesa nacional, na forma da lei podem ter vigência por até 120 
meses. 
e) CORRETA. Tal assertiva, por mencionar hipótese não prevista em lei como exceção à regra do caput do art. 
57 da Lei nº 8666/93, está correta. O contrato administrativo de aquisição de veículos novos terá a duração de 01 
(um) ano, pois os créditos orçamentários vigem durante o exercício financeiro. 
Gabarito: alternativa “e” 
6. (FGV – Câmara de Salvador - BA 2018) 
A Câmara Municipal de Salvador contratou determinada sociedade empresária, após regular procedimento 
licitatório, para executar serviços de reforma no edifício da Casa Legislativa. Ocorre que, no curso da execução do 
contrato, a Câmara, unilateralmente, resolveu ampliar a reforma, ocasionando a modificação do valor contratual 
em decorrência de acréscimo quantitativo de seu objeto. 
De acordo com a Lei nº 8.666/93, no caso em tela, o particular contratado: 
a) fica obrigado a aceitar, nas mesmas condições contratuais, os acréscimos que se fizerem nas obras, até o 
limite de 50% (cinquenta por cento); 
b) fica obrigado a aceitar, nas mesmas condições contratuais, os acréscimos que se fizerem nas obras, até o 
limite de 25% (vinte e cinco por cento); 
c) fica obrigado a aceitar, nas mesmas condições contratuais, os acréscimos que se fizerem nas obras, até o 
limite de 100% (cem por cento); 
d) decide, por acordo entre as partes, se concorda com a alteração, que pode ser feita mediante termo aditivo 
ao contrato principal sem nova licitação, até o limite de 25% (vinte e cinco por cento); 
e) decide, por acordo entre as partes, se concorda com a alteração, que pode ser feita mediante termo aditivo 
ao contrato principal sem nova licitação, até o limite de 100% (cem por cento). 
Comentário: 
Em se tratando da alteração unilateral do contrato, pode-se dizer que a Administração Pública pode 
modificar a avença independentemente do consentimento da outra parte, com o intuito de adequar as disposições 
contratuais ao interesse público. A lei estipula ser possível a alteração tanto no que tange ao projeto quanto no que 
diz respeito ao valor do contrato. Contudo, a Administração não pode alterar o objeto do contrato, vez que seria 
burla à licitação. 
Assim, a alteração quantitativa tem limites previstos na lei, a qual prevê que o particular deve aceitar as 
modificações feitas unilateralmente pela Administração Pública em até 25% do valor original do contrato, para 
acréscimos ou supressões. 
Se o acréscimo for em contrato cujo objeto seja a reforma de equipamentos ou de edifícios, a alteração para 
acréscimo pode chegar a 50% do valor original do contrato. As supressões contratuais, nesse caso, continuam 
respeitando o limite de 25%. Ademais, havendo acordo entre as partes (alteração bilateral), o objeto do contrato 
poderá ser reduzido além do limite do 50%. 
Diante desta explicação, vamos comentar cada alternativa. 
a) CORRETA. A assertiva está em consonância com o art. 65, §1º, da lei 8.666. Vejamos: 
Prof. Erick Alves e Prof. Sérgio Machado 
Contratos 
 
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Direito Administrativo p/ Senado 
Art. 65, §1º O contratado fica obrigado a aceitar, nas mesmas condições contratuais, os acréscimos ou 
supressões que se fizerem nas obras, serviços ou compras, até 25% (vinte e cinco por cento) do valor inicial 
atualizado do contrato, e, no caso particular de reforma de edifício ou de equipamento, até o limite de 50% 
(cinquenta por cento) para os seus acréscimos. 
b) ERRADA. O limite é de 50% e não de 25% conforme indicado na assertiva. 
c) ERRADA. O limite é de 50% e não de 100% conforme indicado na assertiva. 
d) ERRADA. Essa hipótese não possui previsão no art. 65, da Lei nº 8.666/93. 
e) ERRADA. Essa hipótese possui previsão no art. 65, da Lei nº 8.666/93. 
Gabarito: alternativa “a” 
7. (FGV– IBGE 2016) 
Consoante estabelece a Lei de Licitações, em tese, constitui motivo para rescisão do contrato: 
a) o atraso justificado no início da obra, serviço ou fornecimento ou o não cumprimento de cláusulas contratuais, 
especificações, projetos ou prazos; 
b) a paralisação da obra, do serviço ou do fornecimento, independentemente de justa causa e prévia comunicação 
à Administração; 
c) a lentidão do seu cumprimento, levando a Administração a comprovar a impossibilidade da conclusãoda obra, 
do serviço ou do fornecimento, nos prazos estipulados; 
d) a suspensão de sua execução, por ordem escrita da Administração que atenda ao interesse público, por prazo 
superior a 30 (trinta) dias; 
e) o atraso superior a 30 (trinta) dias dos pagamentos devidos pela Administração decorrentes de obras, serviços ou 
fornecimento, ou parcelas destes, já recebidos ou executados. 
Comentário: Vamos comentar cada alternativa. 
a) ERRADA. O atraso injustificado no início da obra, serviço ou fornecimento é que constitui motivo para 
rescisão do contrato. 
Art. 78. Constituem motivo para rescisão do contrato: 
IV - o atraso injustificado no início da obra, serviço ou fornecimento; 
b) ERRADA. A paralisação da obra, do serviço ou do fornecimento, sem justa causa e prévia comunicação à 
Administração, é que constitui motivo para rescisão do contrato. 
Art. 78. Constituem motivo para rescisão do contrato: 
V - a paralisação da obra, do serviço ou do fornecimento, sem justa causa e prévia comunicação à 
Administração; 
c) CORRETA. Conforme o art. 78, III, da lei 8.666 a lentidão do seu cumprimento, levando a Administração a 
comprovar a impossibilidade da conclusão da obra, do serviço ou do fornecimento, nos prazos estipulados, constitui 
motivo para rescisão do contrato. 
Prof. Erick Alves e Prof. Sérgio Machado 
Contratos 
 
58 de 101|www.direcaoconcursos.com.br 
 
Direito Administrativo p/ Senado 
d) ERRADA. A suspensão de sua execução, por ordem escrita da Administração que atenda ao interesse 
público, por prazo superior a 120 dias, é que constitui motivo para rescisão do contrato. 
Art. 78. Constituem motivo para rescisão do contrato: 
a suspensão de sua execução, por ordem escrita da Administração, por prazo superior a 120 (cento e vinte) dias 
(...). 
e) ERRADA. Conforme o art. 78, XV, da lei 8.666 o atraso superior a 90 (noventa) dias dos pagamentos 
devidos pela Administração decorrentes de obras, serviços ou fornecimento, ou parcelas destes, já recebidos ou 
executados gera motivo para rescisão do contrato. 
Gabarito: alternativa “c” 
8. (FGV – TJ/RO 2015) 
Ao lidar com contratos administrativos públicos, realizados pela administração direta, é importante reconhecer suas 
características fundamentais, que as diferenciam dos contratos privados. Dentre elas encontra-se o reconhecimento 
da existência de cláusulas exorbitantes e a diferença de uma cláusula leonina. É um exemplo de cláusula leonina a: 
a) alteração unilateral de contrato pelo contratante; 
b) aplicação de penalidades por inexecução do contrato; 
c) exigência de garantia na forma de caução em dinheiro; 
d) fiscalização e o acompanhamento do contrato; 
e) rescisão unilateral do equilíbrio econômico-financeiro. 
Comentário: 
Os contratos administrativos possuem as denominadas cláusulas exorbitantes, que são prerrogativas que a 
Administração possui em relação ao contratado e estão elencadas no art. 58 da Lei 8.666 Já a cláusula leonina é 
inválida, não prevista na lei e que gera prejuízos ao contratado. Assim, analisando as alternativas: 
a) ERRADA. Não é cláusula leonina, pois possui previsão no art. 58, I, da lei 8.666: 
Art. 58. O regime jurídico dos contratos administrativos instituído por esta Lei confere à Administração, 
em relação a eles, a prerrogativa de: 
I - modificá-los, unilateralmente, para melhor adequação às finalidades de interesse público, respeitados 
os direitos do contratado; 
b) ERRADA. Não é cláusula leonina, pois possui previsão no art. 58, IV, da lei 8.666: 
Art. 58. O regime jurídico dos contratos administrativos instituído por esta Lei confere à Administração, 
em relação a eles, a prerrogativa de: 
IV - aplicar sanções motivadas pela inexecução total ou parcial do ajuste; 
c) ERRADA. A garantia é prevista no art. 56, da lei 8.666, podendo ser exigida nas contratações de obras, 
serviços e compras, a critério da autoridade competente, em cada caso, e desde que prevista no instrumento 
convocatório. 
d) ERRADA. Não é cláusula leonina, pois possui previsão no art. 58, IV, da lei 8.666: 
Prof. Erick Alves e Prof. Sérgio Machado 
Contratos 
 
59 de 101|www.direcaoconcursos.com.br 
 
Direito Administrativo p/ Senado 
Art. 58. O regime jurídico dos contratos administrativos instituído por esta Lei confere à Administração, 
em relação a eles, a prerrogativa de: 
III - fiscalizar-lhes a execução; 
e) CORRETA. Esta assertiva descreve uma cláusula leonina, pois, conforme art. 58, §1º, da lei 8.666, as 
cláusulas econômico-financeiras e monetárias dos contratos administrativos não poderão ser alteradas sem prévia 
concordância do contratado. 
Gabarito: alternativa “e” 
9. (FGV –TCE – RJ 2015) 
Determinado ente público celebra contrato com escritório de advocacia para o patrocínio de causa específica, que 
requer notória especialização. Satisfeito com o serviço prestado, resolve prorrogar o contrato, para incluir assessoria 
jurídica ordinária na prestação dos serviços. Tendo em vista a situação hipotética apresentada, é correto afirmar 
que: 
a) a contratação de escritório de advocacia com notória especialização é uma hipótese de inexigibilidade de 
licitação, sendo imprescindível haver prévio processo administrativo justificando a escolha do fornecedor, como 
condição de eficácia do ato; 
b) havendo regular processo administrativo de dispensa de licitação, a inexistência de forma escrita do contrato não 
ofende a lei de regência, eis que o instrumento de contrato só é obrigatório nas contratações precedidas de licitação; 
c) conforme reiterada jurisprudência do STJ, o contrato nulo não obriga a administração pública mesmo quando 
esta nulidade é imputável a ela, pois é exigível do particular o conhecimento das regras atinentes a licitações e 
contratos administrativos; 
d) se não for comprovada a lesão efetiva ao erário, a simples dispensa indevida de licitação não impõe a condenação 
do agente público nas penas por improbidade administrativa, por ser hipótese de responsabilidade subjetiva; 
e) o mesmo limite existente à alteração quantitativa do objeto do contrato administrativo é aplicável à alteração do 
prazo de vigência. 
Comentário: Vamos analisar cada alternativa. 
a) CORRETA. De fato, os serviços de advocacia enquadram-se no conceito de serviços técnicos especializados, 
conforme art. 13, V, da Lei 8.666/93. Assim, desde que presente o caráter singular do serviço, bem como a notória 
especialização do particular contratado, viável se revela a contratação direta, por meio da inexigibilidade de 
licitação, conforme art. 25, II, da Lei 8.666/93. Ademais, é correto aduzir a necessidade da instauração de prévio 
processo administrativo, para que se possa atribuir eficácia à respectiva contratação, como assevera o art. 26, da lei 
8.666. Vejamos: 
Art. 26. As dispensas previstas nos §§ 2o e 4o do art. 17 e no inciso III e seguintes do art. 24, as situações 
de inexigibilidade referidas no art. 25, necessariamente justificadas, e o retardamento previsto no final do 
parágrafo único do art. 8o desta Lei deverão ser comunicados, dentro de 3 (três) dias, à autoridade superior, 
para ratificação e publicação na imprensa oficial, no prazo de 5 (cinco) dias, como condição para a eficácia dos 
atos. 
b) ERRADA. A admissibilidade de contratos verbais é excepcionalíssima, de modo que, em regra, nos casos 
de dispensa, a lei exige a forma escrita, bem como pode-se ainda extrair que o instrumento de contrato, nos casos 
de dispensa, também constitui regra geral. 
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Contratos 
 
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c) ERRADA. Ao contrário do afirmado nesta assertiva, ainda que se trate de contrato nulo, tendo havido a 
entrega de bens ou a prestação do serviço pelo particular contratado, referido ajuste deve gerar para a 
Administração a respectiva obrigação de pagamento, sob pena de ofensa aos princípios da boa-fé e de vedação ao 
enriquecimento sem causa.d) ERRADA. Na verdade, a dispensa indevida de licitação constitui ato de improbidade administrativa, na 
forma prevista no art. 10, VIII, da Lei 8.429/92, que assim preceitua: 
Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário qualquer ação ou omissão, 
dolosa ou culposa, que enseje perda patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos 
bens ou haveres das entidades referidas no art. 1º desta lei, e notadamente: 
VIII - frustrar a licitude de processo licitatório ou de processo seletivo para celebração de parcerias com 
entidades sem fins lucrativos, ou dispensá-los indevidamente. 
Ademais, a jurisprudência do STJ já se manifestou na linha de que, em tais casos, o dano deve ser considerado 
in re ipsa, isto é, decorre da própria dispensa indevida do certame licitatório, de maneira presumida. Entende-se que, 
caso realizado o procedimento de disputa regularmente, a Administração teria a oportunidade de obter uma 
proposta mais vantajosa, o que restou inviabilizado a partir da ilegítima contratação direta. 
e) ERRADA. Não existe previsão normativa, no âmbito da Lei 8.666/93, que respalde tal assertiva. A alteração 
quantitativa do objeto tem sua previsão disciplinada no art. 65, §1º, ao passo que a prorrogação dos contratos, 
quando possível, encontra fundamento na regra do art. 57, §§1º a 4º, do mesmo diploma legal. 
Gabarito: alternativa “a” 
10. (FGV – TJ – SC 2018) 
Em relação à execução de obras públicas de engenharia, a Lei nº 8.666/93 estabelece que é proibido o 
retardamento imotivado da execução de obra, ou de suas parcelas: 
a) se existente previsão orçamentária para sua execução total, salvo insuficiência financeira ou comprovado 
motivo de ordem técnica; 
b) caso esteja prevista na lei orçamentária anual e no plano plurianual, independentemente de motivos de 
ordem técnica; 
c) caso haja programa de governo com previsão orçamentária para sua execução total, independentemente 
de motivos de ordem técnica; 
d) em qualquer hipótese, sob pena de o Tribunal de Contas competente para analisar o contrato suspender os 
pagamentos ao contratado; 
e) em qualquer hipótese, em respeito aos princípios da economicidade da contratação e da continuidade das 
obras públicas. 
Comentário: 
A questão exigiu do candidato conhecimentos sobre disposição da lei 8.666. Vejamos: 
Art. 8º, Parágrafo único. É proibido o retardamento imotivado da execução de obra ou serviço, ou de 
suas parcelas, se existente previsão orçamentária para sua execução total, salvo insuficiência financeira ou 
comprovado motivo de ordem técnica, justificados em despacho circunstanciado da autoridade a que se refere 
o art. 26 desta Lei. 
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Dessa forma, a alternativa que está de acordo com o artigo acima transcrito é a letra A. 
Gabarito: alternativa “a” 
11. (FGV – MPE - AL 2018) 
O Município Beta celebrou contrato administrativo de trato sucessivo com a sociedade empresária Ômega, tendo 
previsto, na cláusula 22.3, que, na periodicidade indicada, o preço pactuado seria acrescido de percentual 
equivalente à inflação acumulada no período, tomando-se por base o índice oficial indicado. Considerando à 
sistemática legal vigente, a cláusula 22.3 é 
a) ilegal, por afrontar o risco negocial da alçada da contratada. 
b) necessária, dispondo sobre critério de reajuste. 
c) facultativa, dispondo sobre critério de reajuste. 
d) necessária, dispondo sobre critério de revisão. 
e) facultativa, dispondo sobre critério de revisão. 
Comentário: 
O reajuste contratual nada mais é que o instrumento previsto no edital licitatório e no contrato administrativo 
com intuito de se manter equação econômico-financeira contratual ao longo de sua execução em face das variações 
de preços decorridas pelo processo inflacionário dos insumos do contrato. Nesse sentido, após certo período de 
execução contratual aplica-se o índice financeiro estabelecido no contrato para reajustar seu preço e reequilibrar 
suas equação econômico-financeira. 
Ademais, é importante ressaltar que o reajuste contratual é previsto antes da assinatura do contrato, 
pactuando-se inclusive o índice a ser aplicado. Já a revisão contratual é o instrumento oportuno para promover o 
reequilíbrio econômico-financeiro diante da ocorrência de fatos imprevisíveis, ou previsíveis com consequências 
incalculáveis, retardadores ou impeditivos da execução do contrato, ou, ainda, em caso de força maior, caso fortuito 
ou fato do príncipe, configurando álea econômica extraordinária e extracontratual. 
Vejamos, ainda, disposição legal que trata do reajuste contratual: 
Art. 55. São cláusulas necessárias em todo contrato as que estabeleçam: 
III - o preço e as condições de pagamento, os critérios, data-base e periodicidade do reajustamento de 
preços, os critérios de atualização monetária entre a data do adimplemento das obrigações e a do efetivo 
pagamento. 
Assim, a cláusula 22.3 do contrato narrado na questão, é necessária, dispondo sobre critério de reajuste. 
Gabarito: alternativa “b” 
12. (FGV – MPE - AL 2018) 
A assessoria jurídica, ao ser instada a emitir parecer sobre a juridicidade de determinada minuta de contrato 
administrativo, afirmou: 
(I) o ajuste acarreta obrigações para ambas as partes; 
(II) há uma equivalência entre essas obrigações, sendo ambas previamente conhecidas. 
Assinale a opção que indica as características dos contratos administrativos apresentadas acima. 
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a) bilateralidade / comutatividade. 
b) confiança recíproca / equilíbrio contratual. 
c) autovinculação / equivalência volitiva. 
d) comutatividade / formalismo dual. 
e) voluntariedade / bilateralidade. 
Comentário: 
O contrato administrativo é sempre consensual e, em regra, formal, oneroso, comutativo e realizado intuitu 
personae. Assim, todo contrato administrativo tem como características o formalismo exigido por lei, a 
consensualidade entre as partes, a bilateralidade, a posição de supremacia da administração pública em relação ao 
contratado e o fato de que o objeto do contrato deverá estar revestido de interesse público. 
Em regra, os contratos administrativos devem ser formalizados por meio de um termo de contrato. É formal 
porque se expressa por escrito e com requisitos especiais. São consensuais por surgirem da vontade e 
consentimento mútuo entre as partes envolvidas. São bilaterais porque, realizado o acordo, surgem direitos e 
obrigações recíprocas para ambos os contratantes. 
É oneroso porque remunerado na forma convencionada. É comutativo porque estabelece compensações 
recíprocas e equivalentes para as partes. É intuitu personae porque deve ser executado pelo próprio contratado. 
Além dessas características, o contrato administrativo possui outra que lhe é própria, embora externa, como sendo 
a exigência de prévia licitação, sendo dispensável nos casos expressamente previstos em lei. 
Dessa forma, o item I trata da bilateralidade e o item II trata da comutatividade. 
Gabarito: alternativa “a” 
13. (FGV – MPE - AL 2018) 
Um contrato administrativo se diferencia de um contrato de direito privado por propiciar alguns tipos de 
prerrogativas para o poder público. 
Assinale a opção que indica como essas prerrogativas são chamadas. 
a) Cláusulas exorbitantes. 
b) Tratados desiguais 
c) Acordos Impróprios. 
d) Fato do príncipe. 
e) Onerosidade pública. 
Comentário: 
Segundo Alexandre Mazza, uma das características fundamentais dos contratos administrativos é a presença 
de cláusulas exorbitantes. Estas são as regras que conferem poderes contratuais especiais, projetando a 
Administração Pública para uma posição de superioridade diante do particular contratado. São prerrogativas 
decorrentes da supremacia do interesse públicosobre o privado e, por isso, são aplicáveis ainda que não escritas 
no instrumento contratual. Ademais, como as cláusulas exorbitantes têm previsão legal (Lei n. 8.666/93), não 
podem ser consideras abusivas. 
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Gabarito: alternativa “a” 
14. (FGV – Câmara de Salvador - BA 2018) 
É cláusula necessária ao contrato administrativo a regulamentação acerca do preço e das formas de pagamento. 
Além do pagamento da fatura propriamente dita, como forma de manutenção do equilíbrio econômico-financeiro, 
alguns pagamentos são feitos ao particular contratado, como: 
a) a correção monetária, para a atualização da margem de lucro inicialmente acordada, vedado em qualquer 
hipótese o critério de atualização financeira dos valores a serem pagos desde a data final do período de 
adimplemento de cada parcela até a data do efetivo pagamento; 
b) a correção monetária, necessária para manter a atualização do valor global do contrato, sendo proibida a 
promoção nos contratos administrativos de compensações financeiras e penalizações, por eventuais atrasos, e 
descontos, por eventuais antecipações de pagamentos; 
c) a recomposição de preços, que deverá ter por base o índice de inflação oficial, medido mês a mês, e será utilizada 
em todos os contratos com prazo de execução igual ou superior a vinte e quatro meses, com o escopo de manter 
atualizado o valor global do contrato; 
d) o reajustamento de preço, que deverá retratar a variação efetiva do custo de produção, admitida a adoção de 
índices específicos ou setoriais, desde a data prevista para apresentação da proposta, ou do orçamento a que essa 
proposta se referir, até a data do adimplemento de cada parcela; 
e) a revisão de preços, que contemplará toda a correção monetária com base no índice oficial de inflação, além do 
aumento no preço dos insumos necessários à execução do contrato, em toda contratação com valor global igual ou 
superior a seiscentos mil reais. 
Comentário: 
Para ser mantido o equilíbrio econômico-financeiro do contrato administrativo, alguns pagamentos são feitos 
ao particular pela Administração. Vejamos: 
§ Correção monetária: atualização da margem de lucro inicialmente acordada mantendo o valor real do 
contrato. 
§ Reajustamento de preços: reajuste em face do aumento ordinário e regular do custo dos insumos 
necessários ao cumprimento do acordo. 
§ Recomposição (revisão) de preços: nos casos em que o reajustamento não conseguir fazer face ao real 
aumento do preço dos insumos, em razão de uma situação excepcional, a Administração, para reequilibrar 
o contrato, precisa realizar a recomposição de preços. 
Ademais, vamos comentar cada alternativa. 
a) ERRADA. Apesar de a correção monetária ser a "atualização da margem de lucro inicialmente acordada, 
mantendo o real valor do contrato", a expressão "vedada em qualquer hipótese" encontra-se equivocada, nos termos 
do art.40, XIV, “c”, da lei nº 8.666/93. 
XIV - condições de pagamento, prevendo: 
c) critério de atualização financeira dos valores a serem pagos, desde a data final do período de adimplemento 
de cada parcela até a data do efetivo pagamento; 
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b) ERRADA. Na correção monetária são previstas compensações financeiras e penalizações por eventuais 
atrasos, e, ainda, descontos por eventuais antecipações de pagamentos, nos termos do art.40, XIV, “d”, da lei nº 
8.666/93. 
XIV - condições de pagamento, prevendo: 
d) compensações financeiras e penalizações, por eventuais atrasos, e descontos, por eventuais 
antecipações de pagamentos; 
c) ERRADA. O art. 40, XI, da Lei nº 8.666/93 não faz referência à inflação ou prazo para a recomposição ocorrer. 
d) CORRETA. Está de acordo com o disposto no art. 40, XI, da Lei nº 8.666/93. Vejamos: 
XI - critério de reajuste, que deverá retratar a variação efetiva do custo de produção, admitida a 
adoção de índices específicos ou setoriais, desde a data prevista para apresentação da proposta, ou do 
orçamento a que essa proposta se referir, até a data do adimplemento de cada parcela; 
e) ERRADA. O art. 40, XI, da Lei nº 8.666/93 não cita a inflação. 
Gabarito: alternativa “d” 
15. (FGV – Câmara de Salvador - BA 2018) 
O Estado de Rondônia, após regular procedimento licitatório, celebrou contrato de concessão com sociedade 
empresária para prestação do serviço público de distribuição de gás canalizado no âmbito estadual. Após 
minuciosos estudos técnicos, o Governador do Estado pretende promover a retomada do serviço, ainda durante o 
prazo da concessão, por motivo de interesse público. 
A extinção da concessão no caso em tela é, juridicamente, 
a) viável, por meio de encampação, precedida de lei autorizativa específica e após prévio pagamento de indenização 
ao concessionário. 
b) viável, por meio da reversão, com indenização ulterior das parcelas dos investimentos vinculados a bens 
reversíveis ainda não amortizados. 
c) viável, por meio da caducidade, com indenização prévia dos investimentos realizados pelo concessionário com o 
objetivo de garantir a continuidade e a atualidade do serviço. 
d) inviável, pois o concessionário tem a seu favor as cláusulas exorbitantes que lhe asseguram a execução do serviço 
até o prazo final estabelecido no contrato de concessão. 
e) inviável, pois a rescisão do contrato de concessão antes do término de seu prazo por iniciativa do poder 
concedente somente ocorre mediante ação judicial. 
Comentário: 
As cláusulas exorbitantes são disposições contratuais que definem poderes especiais para a Administração nos 
contratos administrativos, colocando a Administração Pública em um situação de superioridade em relação ao 
contratado. São exemplos de cláusulas exorbitantes: possibilidade de revogação unilateral do contrato por razões 
de interesse público; alteração unilateral do objeto do contrato e aplicação de sanções contratuais. 
Gabarito: alternativa “a” 
16. (FGV – MPE/RJ 2016) 
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Em relação à formalização dos contratos administrativos, a Lei nº 8.666/93 prevê que: 
a) o contrato verbal com a Administração é nulo e de nenhum efeito, salvo o de pequenas compras de pronto 
pagamento, assim entendidas aquelas de valor não superior a quatro mil reais, feitas em regime de adiantamento; 
b) a Administração deverá proceder à nova licitação quando o convocado não assinar o termo de contrato, sendo 
vedado convocar os licitantes remanescentes, na ordem de classificação, para fazê-lo nas mesmas condições 
propostas pelo primeiro classificado; 
c) a minuta do futuro contrato é disponibilizada a todos os licitantes no momento do julgamento, sendo 
desnecessário que integre o edital ou ato convocatório da licitação; 
d) a obtenção de cópia autenticada dos termos do contrato e do respectivo processo licitatório é permitida a 
qualquer interessado, independentemente do pagamento de emolumentos; 
e) a publicação resumida do instrumento de contrato ou de seus aditamentos na imprensa oficial é obrigatória e 
constitui condição indispensável para sua existência e validade. 
Comentários: 
a) CERTA, nos termos do art. 60, parágrafo único da Lei 8.666/93: 
Parágrafo único. É nulo e de nenhum efeito o contrato verbal com a Administração, salvo o de pequenas 
compras de pronto pagamento, assim entendidas aquelas de valor não superior a 5% (cinco por cento) do limite 
estabelecido no art. 23, inciso II, alínea "a" desta Lei, feitas em regime de adiantamento. 
O valor limite para a celebração de contratos verbais, em regime de pronto pagamento, é R$ 4.000,00. 
b) ERRADA. A Lei 8.666/93 (art. 64, §2º) faculta a convocação dos licitantes remanescentes, na ordem de 
classificação, quandoo convocado não assinar o contrato: 
§ 2 o É facultado à Administração, quando o convocado não assinar o termo de contrato ou não aceitar ou 
retirar o instrumento equivalente no prazo e condições estabelecidos, convocar os licitantes remanescentes, 
na ordem de classificação, para fazê-lo em igual prazo e nas mesmas condições propostas pelo primeiro 
classificado, inclusive quanto aos preços atualizados de conformidade com o ato convocatório, ou revogar a 
licitação independentemente da cominação prevista no art. 81 desta Lei. 
c) ERRADA. Segundo o art. 40, §2º da Lei 8.666/93, a minuta do contrato a ser firmado entre a Administração 
e o licitante vencedor deve vir anexa ao edital, dele fazendo parte integrante. 
d) ERRADA. Conforme o art. 63 da Lei 8.666/93, “é permitido a qualquer licitante o conhecimento dos termos 
do contrato e do respectivo processo licitatório e, a qualquer interessado, a obtenção de cópia autenticada, 
mediante o pagamento dos emolumentos devidos”. 
e) ERRADA. De acordo com o art. 61, parágrafo único da Lei 8.666/93, a publicação resumida do instrumento 
de contrato ou de seus aditamentos na imprensa oficial constitui condição indispensável para sua eficácia, e não 
para sua existência e validade. A eficácia tem a ver com a produção de efeitos. Assim, se o contrato não for 
publicado, ele poderá ser considerado existente e válido, mas não eficaz. Em outras palavras, ele será um 
instrumento válido, mas não produzirá efeitos para as partes. 
Gabarito: alternativa “a” 
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17. (FGV – IBGE 2016) 
Consoante estabelece a Lei de Licitações, em tese, constitui motivo para rescisão do contrato: 
a) o atraso justificado no início da obra, serviço ou fornecimento ou o não cumprimento de cláusulas contratuais, 
especificações, projetos ou prazos; 
b) a paralisação da obra, do serviço ou do fornecimento, independentemente de justa causa e prévia comunicação 
à Administração; 
c) a lentidão do seu cumprimento, levando a Administração a comprovar a impossibilidade da conclusão da obra, 
do serviço ou do fornecimento, nos prazos estipulados; 
d) a suspensão de sua execução, por ordem escrita da Administração que atenda ao interesse público, por prazo 
superior a 30 (trinta) dias; 
e) o atraso superior a 30 (trinta) dias dos pagamentos devidos pela Administração decorrentes de obras, serviços ou 
fornecimento, ou parcelas destes, já recebidos ou executados. 
Comentários: Vamos analisar cada alternativa: 
a) ERRADA. O atraso “injustificado” – e não o justificado – é que constitui motivo para a rescisão do contrato 
(art. 78, IV). 
b) ERRADA. O que constitui motivo para a rescisão do contrato é a paralisação da obra, do serviço ou do 
fornecimento, sem justa causa e prévia comunicação à Administração (art. 78, V). 
c) CERTA, nos exatos termos do art. 78, III da Lei 8.666/93. 
d) ERRADA. A suspensão da execução do contrato por prazo superior a 120 dias é que constitui motivo para 
rescisão do contrato (art. 78, XIV). 
e) ERRADA. O atraso superior a 90 dias é que constitui motivo para rescisão do contrato (art. 78, XV). 
Gabarito: alternativa “c” 
18. (FGV – ISS Cuiabá 2016) 
Após sagrar-se vencedor em procedimento licitatório e assinar contrato administrativo para a o recapeamento de 
rua no município de Cuiabá, a sociedade empresária XYZ Ltda. atrasa injustificadamente o início da obra. 
Nesse caso, a Administração Pública 
a) não pode rescindir o contrato, salvo se configurado ter havido subcontratação total ou parcial do objeto da obra. 
b) não pode rescindir o contrato, salvo se o atraso for decorrente de falência ou dissolução da sociedade contratada. 
c) não pode rescindir o contrato, salvo se tiver havido reiteração de faltas no cumprimento de cláusulas contratuais. 
d) pode rescindir o contrato por meio de ato unilateral e escrito da Administração. 
e) pode rescindir o contrato por meio de autorização judicial, sob pena de frustação do procedimento licitatório. 
Comentários: O atraso injustificado no início da obra constitui motivo para rescisão unilateral do contrato por 
parte da Administração (art. 78, IV c/c art. 79, I). Não há necessidade de manifestação do Poder Judiciário. 
Gabarito: alternativa “d” 
19. (FGV – MPE/RJ 2016) 
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O Poder Executivo Estadual, por meio de suas Secretarias de Obras e de Meio Ambiente, contratou, após regular 
procedimento licitatório, sociedade empresária para prestar determinados serviços na área de saneamento básico. 
Não obstante o poder público contratante ter cumprido suas obrigações legais e contratuais, a empresa contratada 
não cumpriu regular e integralmente o contrato. De acordo com a Lei nº 8.666/93, sem prejuízo das demais sanções 
previstas no ordenamento jurídico, pela inexecução parcial do contrato, a Administração Pública poderá, observado 
o princípio da proporcionalidade e garantida a prévia defesa, aplicar ao contratado algumas sanções 
administrativas, como: 
a) multa até o limite do valor do contrato, independentemente de sua previsão no instrumento convocatório ou no 
contrato; 
b) interdição das instalações físicas da sede da sociedade contratada até o integral ressarcimento ao erário; 
c) proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais, pelo prazo de até 8 (oito) 
anos; 
d) obrigação de ressarcimento integral do dano ao erário, inclusive decretando a indisponibilidade de bens até o 
limite do prejuízo material; 
e) suspensão temporária de participação em licitação e impedimento de contratar com a Administração, por prazo 
não superior a 2 (dois) anos. 
Comentários: Vamos analisar cada alternativa: 
a) ERRADA. A Lei 8.666/93 não impõe limite ao valor da multa. Ademais, a aplicação da multa depende de 
previsão no edital ou no contrato. 
b) ERRADA. A interdição das instalações físicas não é uma sanção prevista na Lei 8.666/93. 
c) ERRADA. O impedimento para contratar com a Administração não poderá ser superior a 2 anos. 
d) ERRADA. A Administração não pode decretar a indisponibilidade de bens dos contratados. 
e) CERTA, nos termos do art. 87, III da Lei 8.666/93. 
Gabarito: alternativa “e” 
20. (FGV – DPE/MT 2015) 
Em relação aos contratos administrativos, assinale a afirmativa incorreta. 
a) Os contratos referentes à prestação de serviços a serem executados de forma contínua admitem prorrogação, 
até o limite de 60 (sessenta) meses. 
b) O atraso superior a 90 (noventa) dias dos pagamentos devidos pela Administração, decorrentes de obras ou 
serviços, já recebidos ou executados, confere ao particular o direito à rescisão unilateral do contrato. 
c) O regime jurídico dos contratos administrativos confere à Administração, em relação a eles, a prerrogativa de 
modificá-los, unilateralmente, para melhor adequação às finalidades de interesse público. 
d) Os contratos administrativos poderão ser alterados unilateralmente pela Administração, quando houver 
modificação do projeto ou das especificações, para melhor adequação técnica aos seus objetivos. 
e) A rescisão unilateral do contrato pela Administração, em razão da inexecução do contrato por parte do particular, 
garante à Administração a assunção imediata do objeto do contrato. 
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Contratos 
 
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Comentários: Vamos analisar cada alternativa: 
a) CERTA, nos termos do art. 57, II: 
Art. 57. A duração dos contratos regidos por esta Lei ficará adstrita à vigência dos respectivos créditos 
orçamentários, exceto quanto aos relativos: 
(...) 
II - à prestação de serviços a serem executados de forma contínua, que poderão ter a sua duração prorrogada 
por iguais e sucessivos períodos com vistas à obtençãode preços e condições mais vantajosas para a 
administração, limitada a sessenta meses; 
b) ERRADA. De fato, nos termos do art. 78, XV, o atraso superior a 90 dias dos pagamentos devidos pela 
Administração é motivo para a rescisão do contrato, a favor do contratado. Mas não se trata de rescisão “unilateral”, 
como afirma o item, pois tal prerrogativa cabe apenas à Administração. No caso, o contratado teria que requerer a 
rescisão à Administração. 
Art. 78. Constituem motivo para rescisão do contrato: 
(...) 
XV - o atraso superior a 90 (noventa) dias dos pagamentos devidos pela Administração decorrentes de 
obras, serviços ou fornecimento, ou parcelas destes, já recebidos ou executados, salvo em caso de calamidade 
pública, grave perturbação da ordem interna ou guerra, assegurado ao contratado o direito de optar pela 
suspensão do cumprimento de suas obrigações até que seja normalizada a situação; 
c) CERTA, nos termos do art. 58, I: 
Art. 58. O regime jurídico dos contratos administrativos instituído por esta Lei confere à Administração, em 
relação a eles, a prerrogativa de: 
(...) 
I - modificá-los, unilateralmente, para melhor adequação às finalidades de interesse público, respeitados os 
direitos do contratado; 
d) CERTA, nos termos do art. 65, I “a”: 
Art. 65. Os contratos regidos por esta Lei poderão ser alterados, com as devidas justificativas, nos seguintes 
casos: 
I - unilateralmente pela Administração: 
a) quando houver modificação do projeto ou das especificações, para melhor adequação técnica aos seus 
objetivos; 
e) CERTA, nos termos do art. 80, I: 
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Art. 80. A rescisão de que trata o inciso I do artigo anterior [rescisão unilateral] acarreta as seguintes 
consequências, sem prejuízo das sanções previstas nesta Lei: 
I - assunção imediata do objeto do contrato, no estado e local em que se encontrar, por ato próprio da 
Administração; 
Gabarito: alternativa “b” 
21. (FGV – CM/Caruaru 2015) 
O regime jurídico dos contratos administrativos estabelecido na Lei nº 8.666/93 confere algumas prerrogativas à 
Administração Pública. 
 A esse respeito, assinale a afirmativa correta. 
a) A Administração Pública não pode aplicar sanções motivadas pela inexecução total ou parcial do ajuste. 
b) Em nenhuma hipótese pode a Administração rescindir unilateralmente os contratos administrativos. 
c) Nos casos de serviços essenciais, a Administração pode ocupar provisoriamente bens vinculados ao objeto do 
contrato, na hipótese de necessidade de acautelar apuração administrativa de faltas contratuais do contratado e na 
hipótese de rescisão do contrato administrativo. 
d) A Administração Pública pode alterar cláusulas econômico-financeiras e monetárias dos contratos 
administrativos, sem prévia concordância do contratado. 
e) A fiscalização da execução dos contratos administrativos não pode ser realizada pela Administração Pública, de 
modo que é necessária a contratação de um terceiro escolhido em acordo com o contratado para o exercício da 
atividade fiscalizatória. 
Comentários: As prerrogativas da Administração decorrentes do regime jurídico dos contratos 
administrativos estão previstas, fundamentalmente, no art. 58 da Lei 8.666: 
Art. 58. O regime jurídico dos contratos administrativos instituído por esta Lei confere à Administração, em 
relação a eles, a prerrogativa de: 
I - modificá-los, unilateralmente, para melhor adequação às finalidades de interesse público, respeitados os 
direitos do contratado; 
II - rescindi-los, unilateralmente, nos casos especificados no inciso I do art. 79 desta Lei; 
III - fiscalizar-lhes a execução; 
IV - aplicar sanções motivadas pela inexecução total ou parcial do ajuste; 
V - nos casos de serviços essenciais, ocupar provisoriamente bens móveis, imóveis, pessoal e serviços vinculados 
ao objeto do contrato, na hipótese da necessidade de acautelar apuração administrativa de faltas contratuais 
pelo contratado, bem como na hipótese de rescisão do contrato administrativo. 
Com base nesse dispositivo, vamos analisar cada alternativa: 
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a) ERRADA. A Administração pode sim aplicar sanções motivadas pela inexecução total ou parcial do ajuste 
(art. 58, IV). 
b) ERRADA. Em determinadas hipóteses, a Administração pode sim rescindir unilateralmente os contratos 
administrativos (art. 58, II). 
c) CERTA, nos termos do art. 58, V da Lei 8.666/93. 
d) ERRADA. Conforme o art. 58, §1º, “as cláusulas econômico-financeiras e monetárias dos contratos 
administrativos não poderão ser alteradas sem prévia concordância do contratado”. 
e) ERRADA. A Administração pode sim fiscalizar a execução dos contratos administrativos (art. 58, III). 
Gabarito: alternativa “c” 
22. (FGV – TJ/RO 2015) 
Ao lidar com contratos administrativos públicos, realizados pela administração direta, é importante reconhecer suas 
características fundamentais, que as diferenciam dos contratos privados. Dentre elas encontra-se o reconhecimento 
da existência de cláusulas exorbitantes e a diferença de uma cláusula leonina. 
É um exemplo de cláusula leonina a: 
a) alteração unilateral de contrato pelo contratante; 
b) aplicação de penalidades por inexecução do contrato; 
c) exigência de garantia na forma de caução em dinheiro; 
d) fiscalização e o acompanhamento do contrato; 
e) rescisão unilateral do equilíbrio econômico-financeiro. 
Comentários: 
Uma cláusula leonina é uma cláusula ilícita. Diferencia-se, portanto, das cláusulas exorbitantes que, embora 
desnivelem a relação contratual em favor da Administração, são previstas em lei, ou seja, são lícitas. Das 
alternativas da questão, apenas a letra “e” constitui uma cláusula leonina, eis que a Lei 8.666/96 prevê 
expressamente que “as cláusulas econômico-financeiras e monetárias dos contratos administrativos não poderão ser 
alteradas sem prévia concordância do contratado”, ou seja, a Lei veda a rescisão unilateral do equilíbrio econômico-
financeiro. Todas as demais alternativas representam cláusulas exorbitantes previstas na Lei 8.666/93. 
Gabarito: alternativa “e” 
23. (FGV – TCM/SP 2015) 
Determinado município contratou, após regular processo licitatório, sociedade empresária para construir uma 
escola municipal. Ocorre que a contratada reiteradamente não vem cumprindo as cláusulas contratuais, 
especificações, projetos e prazos acordados. Tendo por base as normas previstas na Lei nº 8.666/93, em especial 
aquelas sobre inexecução e rescisão de contratos administrativos, a Administração Pública municipal contratante 
poderá rescindir o contrato por ato escrito e: 
a) unilateral, com a assunção imediata do objeto do contrato, no estado e local em que se encontrar, por ato próprio 
da Administração; 
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b) unilateral, com o decreto da indisponibilidade de bens da contratada (e, se preciso, de seus sócios), até o limite 
do prejuízo causado à Administração; 
c) bilateral, com a proibição de contratar com o poder público pelo prazo de 8 (oito) anos e o integral ressarcimento 
dos danos ao erário; 
d) bilateral, com o integral ressarcimento dos danos ao erário e a suspensão dos direitos políticos dos sócios 
administradores da sociedade empresária; 
e) bilateral, com a proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou 
creditícios, direta ou indiretamente, pelo prazo de 8 (oito) anos. 
Comentários: Segundo o art. 78, I da Lei 8.666/93, o não cumprimento de cláusulas contratuais, 
especificações, projetos ou prazos constitui motivo para a rescisão do contrato. Nesta hipótese, a rescisão será 
determinada por ato unilateral e escrito da Administração (art. 79,I), permitindo ainda a assunção imediata do 
objeto do contrato, no estado e local em que se encontrar, por ato próprio da Administração (art. 80, I). Correta, 
portanto, a letra “a”. 
Na alternativa “b”, o erro é que a Administração não tem poderes para decretar a indisponibilidade de bens da 
contratada e muito menos de seus sócios; se for preciso, tal medida deverá ser adotada pelo Judiciário ou pelo 
Tribunal de Contas. Nas demais opções (c, d, e), o erro é afirmar que a rescisão se dará por ato “bilateral”. 
Gabarito: alternativa “a” 
24. (FGV – CM/Caruaru 2015) 
No que diz respeito aos Contratos Administrativos, assinale a afirmativa correta. 
a) A rescisão administrativa é a extinção natural do contrato administrativo motivado pelo adimplemento de suas 
cláusulas e condições de execução prescritas em lei. 
b) A encampação é a devolução ao concessionário dos bens colocados à sua disposição pelo Poder Concedente. 
c) A denúncia de contrato administrativo é ato unilateral privativo da Administração, que desconstitui uma relação 
contratual com fundamento no interesse público. 
d) A caducidade é a modalidade de desfazimento contratual promovida pelo contratante privado, quando este 
entender que a Administração é inadimplente. 
e) O contratante-administrado, ainda que não haja previsão contratual para a renúncia, poderá liberar-se de suas 
obrigações contratuais, independentemente da anuência da Administração. 
Comentários: Vamos analisar cada alternativa: 
a) ERRADA. Rescisão é o desfazimento de um contrato válido e vigente, em decorrência de razões outras 
que não a ilegalidade (ex: inexecução do contrato, interesse público, caso fortuito e força maior, acordo entre as 
partes). 
b) ERRADA. A reversão é a devolução ao Poder Concedente dos bens utilizados pelo concessionário para a 
prestação do serviço, quando da extinção do contrato. A encampação, por sua vez, é a extinção do contrato de 
concessão por razões de interesse público. 
c) CERTA. Denúncia de contrato administrativo é um conceito doutrinário empregado para definir a rescisão 
unilateral por parte da Administração, por razões de interesse público. Se a rescisão ocorrer por acordo entre as 
partes (rescisão amigável), o nome dado é distrato. 
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d) ERRADA. A caducidade é uma modalidade de extinção de contratos de concessão, promovida pela 
Administração quando o concessionário descumpre o contrato. 
e) ERRADA. A Lei 8.666/93 não prevê a possibilidade de o contratado se liberar de suas obrigações 
independentemente da anuência da Administração. 
Gabarito: alternativa “c” 
25. (FGV – CM/Caruaru 2015) 
A Lei nº 8.666/93 dispõe sobre características dos contratos administrativos, inclusive sobre os motivos que ensejam 
a rescisão de tais contratos. 
 Acerca do tema, analise as situações descritas a seguir. 
 I. Não cumprimento de cláusulas contratuais, especificações, projetos e prazos. 
 II. Cumprimento irregular de cláusulas contratuais, especificações, projetos e prazos. 
 III. Não liberação, por parte da Administração, de área, local ou objeto para execução de obra, serviço ou 
fornecimento, nos prazos contratuais, bem como das fontes de materiais naturais especificadas no projeto. 
 Considerando o texto da Lei nº 8.666/93, assinale a opção correta acerca das situações que constituem motivo para 
rescisão do contrato administrativo. 
a) Apenas os motivos descritos nos itens I e II podem ensejar a rescisão do contrato administrativo. 
b) Apenas os motivos descritos nos itens I e III podem ensejar a rescisão do contrato administrativo. 
c) Apenas os motivos descritos nos itens II e III podem ensejar a rescisão do contrato administrativo. 
d) Todos os itens descrevem motivos que podem ensejar a rescisão do contrato administrativo. 
e) Apenas os motivos descritos no item II podem ensejar a rescisão do contrato administrativo. 
Comentários: A resposta está no art. 78 da Lei 8.666/93: 
Art. 78. Constituem motivo para rescisão do contrato: 
I - o não cumprimento de cláusulas contratuais, especificações, projetos ou prazos; [item I] 
II - o cumprimento irregular de cláusulas contratuais, especificações, projetos e prazos; [item II] 
III - a lentidão do seu cumprimento, levando a Administração a comprovar a impossibilidade da conclusão da 
obra, do serviço ou do fornecimento, nos prazos estipulados; 
IV - o atraso injustificado no início da obra, serviço ou fornecimento; 
V - a paralisação da obra, do serviço ou do fornecimento, sem justa causa e prévia comunicação à 
Administração; 
VI - a subcontratação total ou parcial do seu objeto, a associação do contratado com outrem, a cessão ou 
transferência, total ou parcial, bem como a fusão, cisão ou incorporação, não admitidas no edital e no contrato; 
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VII - o desatendimento das determinações regulares da autoridade designada para acompanhar e fiscalizar a 
sua execução, assim como as de seus superiores; 
VIII - o cometimento reiterado de faltas na sua execução, anotadas na forma do § 1 o do art. 67 desta Lei; 
IX - a decretação de falência ou a instauração de insolvência civil; 
X - a dissolução da sociedade ou o falecimento do contratado; 
XI - a alteração social ou a modificação da finalidade ou da estrutura da empresa, que prejudique a execução do 
contrato; 
XII - razões de interesse público, de alta relevância e amplo conhecimento, justificadas e determinadas pela 
máxima autoridade da esfera administrativa a que está subordinado o contratante e exaradas no processo 
administrativo a que se refere o contrato; 
XIII - a supressão, por parte da Administração, de obras, serviços ou compras, acarretando modificação do valor 
inicial do contrato além do limite permitido no § 1 o do art. 65 desta Lei; 
XIV - a suspensão de sua execução, por ordem escrita da Administração, por prazo superior a 120 (cento e vinte) 
dias, salvo em caso de calamidade pública, grave perturbação da ordem interna ou guerra, ou ainda por 
repetidas suspensões que totalizem o mesmo prazo, independentemente do pagamento obrigatório de 
indenizações pelas sucessivas e contratualmente imprevistas desmobilizações e mobilizações e outras previstas, 
assegurado ao contratado, nesses casos, o direito de optar pela suspensão do cumprimento das obrigações 
assumidas até que seja normalizada a situação; 
XV - o atraso superior a 90 (noventa) dias dos pagamentos devidos pela Administração decorrentes de obras, 
serviços ou fornecimento, ou parcelas destes, já recebidos ou executados, salvo em caso de calamidade pública, 
grave perturbação da ordem interna ou guerra, assegurado ao contratado o direito de optar pela suspensão do 
cumprimento de suas obrigações até que seja normalizada a situação; 
XVI - a não liberação, por parte da Administração, de área, local ou objeto para execução de obra, serviço ou 
fornecimento, nos prazos contratuais, bem como das fontes de materiais naturais especificadas no projeto; 
[item III] 
XVII - a ocorrência de caso fortuito ou de força maior, regularmente comprovada, impeditiva da execução do 
contrato. Parágrafo único. Os casos de rescisão contratual serão formalmente motivados nos autos do 
processo, assegurado o contraditório e a ampla defesa. 
XVIII – descumprimento do disposto no inciso V do art. 27, sem prejuízo das sanções penais cabíveis 
Como se pode observar, todos os itens descrevem motivos que podem ensejar a rescisão do contrato 
administrativo. 
Gabarito: alternativa “d” 
26. (FGV – TJ/RO 2015) 
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A regra é que contratos administrativos podem ter prazos de vigência limitados ao exercício em que foram iniciados, 
ou seja, nosrespectivos créditos orçamentários. Entretanto, há situações em que o prazo pode ser alterado, 
EXCETO a situação em que: 
a) o projeto ou suas especificações passem por alterações realizadas pela administração; 
b) a prestação de serviços for executada de forma contínua e for prorrogada por iguais e sucessivos períodos, 
limitado a 60 meses; 
c) o aluguel de equipamentos tenha a duração de até 48 meses após o início da vigência do contrato; 
d) o contrato seja celebrado por prazo indeterminado devido à necessidade premente, imprevisível e sem 
justificativas; 
e) o projeto esteja contemplado no plano plurianual e a prorrogação esteja prevista no ato convocatório. 
Comentários: A resposta está no art. 57 da Lei 8.666/93: 
Art. 57. A duração dos contratos regidos por esta Lei ficará adstrita à vigência dos respectivos créditos 
orçamentários, exceto quanto aos relativos: 
I - aos projetos cujos produtos estejam contemplados nas metas estabelecidas no Plano Plurianual, os quais 
poderão ser prorrogados se houver interesse da Administração e desde que isso tenha sido previsto no ato 
convocatório [alternativa “e”] 
II - à prestação de serviços a serem executados de forma contínua, que poderão ter a sua duração prorrogada 
por iguais e sucessivos períodos com vistas à obtenção de preços e condições mais vantajosas para a 
administração, limitada a sessenta meses; [alternativa “b”] 
IV - ao aluguel de equipamentos e à utilização de programas de informática, podendo a duração estender-se 
pelo prazo de até 48 (quarenta e oito) meses após o início da vigência do contrato. [alternativa “c”] 
V - às hipóteses previstas nos incisos IX, XIX, XXVIII e XXXI do art. 24, cujos contratos poderão ter vigência por 
até 120 (cento e vinte) meses, caso haja interesse da administração. 
§ 1o Os prazos de início de etapas de execução, de conclusão e de entrega admitem prorrogação, mantidas as 
demais cláusulas do contrato e assegurada a manutenção de seu equilíbrio econômico-financeiro, desde que 
ocorra algum dos seguintes motivos, devidamente autuados em processo: 
I - alteração do projeto ou especificações, pela Administração; [alternativa “a”] 
II - superveniência de fato excepcional ou imprevisível, estranho à vontade das partes, que altere 
fundamentalmente as condições de execução do contrato; 
III - interrupção da execução do contrato ou diminuição do ritmo de trabalho por ordem e no interesse da 
Administração; 
IV - aumento das quantidades inicialmente previstas no contrato, nos limites permitidos por esta Lei; 
V - impedimento de execução do contrato por fato ou ato de terceiro reconhecido pela Administração em 
documento contemporâneo à sua ocorrência; 
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VI - omissão ou atraso de providências a cargo da Administração, inclusive quanto aos pagamentos previstos de 
que resulte, diretamente, impedimento ou retardamento na execução do contrato, sem prejuízo das sanções 
legais aplicáveis aos responsáveis. 
Portanto, somente a alternativa “d” não consta entre as hipóteses de prorrogação previstas na Lei 8.666/93. 
Na verdade, a lei veda expressamente a celebração de contratos com prazo de vigência indeterminado (art. 57, §3º). 
Gabarito: alternativa “d” 
27. (FGV – OAB 2010) 
Uma das características dos contratos administrativos é a “instabilidade” quanto ao seu objeto que decorre 
(A) do poder conferido à Administração Pública de alterar, unilateralmente, algumas cláusulas do contrato, no curso 
de sua execução, na forma do artigo 58, inciso I da Lei n. 8.666/93, a fim de adequar o objeto do contrato às 
finalidades de interesse público, respeitados os direitos do contratado. 
(B) da possibilidade do contratado (particular) alterar, unilateralmente, a qualquer tempo, algumas cláusulas do 
contrato, no curso de sua execução, de forma a atender aos seus próprios interesses em face das prerrogativas da 
Administração Pública. 
(C) do poder conferido à Administração Pública de alterar, unilateralmente, algumas cláusulas do contrato, no curso 
de sua execução, na forma do artigo 58, inciso I da Lei n. 8.666/93, a fim de adequar o objeto do contrato aos 
interesses do contratado (particular) em face das prerrogativas da Administração Pública. 
(D) de não haver qualquer possibilidade de alteração do objeto do contrato administrativo, quer pela Administração 
Pública, quer pelo contratado (particular), tendo em vista o princípio da vinculação ao edital licitatório, do qual o 
contrato e seu objeto fazem parte integrante; e o princípio da juridicidade, do qual aquele primeiro decorre. 
Comentários: 
a) CERTA. O regime jurídico dos contratos administrativos confere à Administração a prerrogativa de 
modificá-los, em ajuste unilateral para melhor adequação às finalidades de interesse público, respeitados os 
direitos do contratado. A alteração unilateral do contrato é uma das chamadas cláusulas exorbitantes, que colocam 
a Administração em posição de supremacia em relação ao contratado, e está prevista no art. 58, I, da Lei 8.666/93: 
Art. 58. O regime jurídico dos contratos administrativos instituído por esta Lei confere à Administração, em 
relação a eles, a prerrogativa de: 
I - modificá-los, unilateralmente, para melhor adequação às finalidades de interesse público, respeitados os 
direitos do contratado; 
b) ERRADA. Não existe a possibilidade de que o particular contratado altere unilateralmente as cláusulas do 
contrato. As cláusulas exorbitantes, que distinguem os contratos administrativos dos contratos privados, favorecem 
a Administração, com vistas ao melhor atendimento do interesse público. 
c) ERRADA. Como visto no art. 58, I acima transcrito, a possibilidade de alteração unilateral do contrato por 
parte da Administração tem como objetivo a “melhor adequação às finalidades de interesse público”, e não atender 
aos interesses do contratado. 
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d) ERRADA. A Lei 8.666/93 permite que o objeto do contrato, dentro de certos limites, seja modificado tanto 
de forma unilateral pela Administração, hipótese em que seria uma cláusula exorbitante, como em decorrência de 
comum acordo entre as partes. 
Gabarito: alternativa “a” 
28. (FGV – OAB 2013) 
Determinada construtora sagra-se vencedora numa licitação para a reforma do hall de acesso de uma autarquia 
estadual. O contrato foi assinado no dia 30 de abril, com duração até 30 de outubro daquele mesmo ano. Iniciada a 
execução do contrato, a Administração constata a necessidade de alteração no projeto original, a fim de incluir uma 
rampa de acesso para deficientes físicos. Com base na hipótese sugerida, assinale a afirmativa correta. 
A) A alteração do projeto, pela Administração, autoriza a recomposição do equilíbrio econômico-financeiro, mas 
não a prorrogação do prazo de entrega da obra. 
B) A alteração do projeto, pela Administração, autoriza a recomposição do equilíbrio econômico-financeiro e 
também a prorrogação do prazo de entrega da obra. 
C) Os concorrentes que perderam a licitação podem questionar a validade da alteração, exigindo a realização de 
novo procedimento licitatório para a totalidade da obra. 
D) Os concorrentes que perderam a licitação podem questionar a validade da alteração, exigindo a realização de 
novo procedimento licitatório para a construção da rampa de acesso para deficientes físicos. 
Comentários: Vamos analisar cada alternativa: 
a) ERRADA. A Administração poderia tanto alterar o prazo de entrega da obra, para adequação do projeto, 
como também poderia promover a revisão das cláusulas econômico-financeiras do ajuste para que se mantenha o 
equilíbrio contratual. 
Art. 65. Os contratos regidos por esta Lei poderão ser alterados, com as devidas justificativas, nos seguintes 
casos: 
I - unilateralmente pela Administração:a) quando houver modificação do projeto ou das especificações, para melhor adequação técnica aos seus 
objetivos; 
b) quando necessária a modificação do valor contratual em decorrência de acréscimo ou diminuição 
quantitativa de seu objeto, nos limites permitidos por esta Lei; 
b) CERTA. Conforme comentado no item anterior. 
c) ERRADA. A possibilidade de alteração do objeto do contrato, dentro de certos limites, está prevista no art. 
58, I e 65, I da Lei 8.666/93, de modo que não haveria razão para se questionar a validade da alteração narrada no 
comando da questão, exceto se tal alteração ultrapassasse o limite de acréscimo de 25% previsto na Lei 8.666, 
informação que não é dada pela banca. 
d) ERRADA. Caso a alteração do projeto para construção da rampa estiver dentro do limite de 25% previsto 
na Lei 8.666/93, não haverá necessidade de nova licitação, bastando fazer um aditamento ao contrato original. 
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 Gabarito: alternativa “b” 
29. (FGV – OAB 2015) 
O Município C está elaborando edital de licitação para a contratação de serviço de limpeza predial. A respeito do 
prazo de duração desse contrato, assinale a afirmativa correta. 
A) O prazo de duração do contrato está adstrito à vigência do respectivo crédito orçamentário, sem possibilidade 
de prorrogação. 
B) O contrato de prestação de serviços pode ser celebrado pelo prazo de até 48 meses. 
C) O contrato pode ser celebrado por prazo indeterminado, mantendo-se vigente enquanto não houver melhor 
preço do que o da proposta vencedora da licitação. 
D) O contrato poderá ter a sua duração prorrogada por iguais e sucessivos períodos com vistas à obtenção de preços 
e condições mais vantajosas para a administração, limitada a sessenta meses. 
Comentários: Vamos analisar cada alternativa: 
a) ERRADA. O serviço de limpeza predial é um serviço de prestação continuada. Segundo o art. 57, II da Lei 
8.666/93, os contratos de prestação de serviços a serem executados de forma contínua poderão ter a sua duração 
prorrogada por iguais e sucessivos períodos com vistas à obtenção de preços e condições mais vantajosas para a 
administração, limitada a 60 meses. 
b) ERRADA. Como afirmado acima, o contrato poderá ser prorrogado por até 60 meses, em regra. Esse prazo, 
em caráter excepcional, poderá ser prorrogado por mais 12 meses (quando atinge o total de 72 meses), devendo 
essa prorrogação adicional ser devidamente justificada, sendo exigida, ainda, autorização da autoridade superior 
(Lei 8.666/93, art. 57, §4º). 
c) ERRADA. A Lei 8.666/1993 veda a celebração de contratos por prazo indeterminado (art.57, §3º). 
d) CERTA. Nos termos do art. 57, II da Lei 8.666/93. 
Gabarito: alternativa “d” 
30. (FGV – OAB 2011) 
Sendo o contrato administrativo nulo, é correto afirmar que 
(A) a declaração de nulidade não opera retroativamente, obrigando o contratado a indenizar a Administração pelos 
danos por esta sofridos. 
(B) seu reconhecimento não exonera a Administração do dever de indenizar o contratado de boa-fé, por tudo o que 
este houver executado e por outros prejuízos comprovados. 
(C) a declaração não opera retroativamente, respeitando o direito adquirido ao término do contrato, caso tenha o 
contratado iniciado sua execução. 
(D) que essa nulidade só produzirá efeitos se o contrato for de valor superior a 100 (cem) salários mínimos, caso o 
contratado tenha iniciado a sua execução. 
Comentários: Vamos analisar cada alternativa: 
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a) ERRADA. É justamente o contrário: a declaração de nulidade produz efeitos retroativos e obriga a 
Administração a indenizar o contratado pelos danos por ele sofridos, contanto que não lhe seja imputável (Lei 
8.666/93, art. 59). 
b) CERTA, nos termos do art. 59, parágrafo único da Lei 8.666/93: 
Art. 59. A declaração de nulidade do contrato administrativo opera retroativamente impedindo os efeitos 
jurídicos que ele, ordinariamente, deveria produzir, além de desconstituir os já produzidos. 
Parágrafo único. A nulidade não exonera a Administração do dever de indenizar o contratado pelo que este 
houver executado até a data em que ela for declarada e por outros prejuízos regularmente comprovados, 
contanto que não lhe seja imputável, promovendo-se a responsabilidade de quem lhe deu causa. 
c) ERRADA. Como visto, a nulidade do contrato produz efeitos retroativos, impedindo os efeitos jurídicos que 
ele, ordinariamente, deveria produzir, além de desconstituir os já produzidos. 
d) ERRADA. A nulidade pode ser declarada em contratos de qualquer valor. 
Gabarito: alternativa “b” 
 
 
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Lista de questões 
1. (FGV – AL/RO 2018) 
Sobre as ações e atos afetos à formalização e à alteração de contratos a ser firmado com a Administração, 
assinale a afirmativa correta. 
a) O edital de licitação não requer, obrigatoriamente, a minuta do contrato relativo ao certame. 
b) A formalização via contrato não é obrigatória nos casos de dispensas e de inexigibilidades, para quaisquer 
valores, podendo ser substituída por nota de empenho de despesa. 
c) O contrato deve conter o nome das partes e de seus representantes, o objeto licitado, o ato que autorizou 
sua lavratura, dentre outros itens, não havendo previsão legal que o dispense. 
d) O interessado vencedor da licitação não se manifestando após decurso do prazo fixado no edital, é facultada 
à Administração convocar os licitantes remanescentes para eventual contratação. 
e) As garantias previstas no instrumento convocatório serão apresentadas pelo contratado até a formalização 
referente ao primeiro pagamento devido pela administração. 
2. (FGV – TJ/SC 2018) 
Após o processo da licitação por concorrência ou tomada de preços, a administração convocará regularmente 
o interessado para assinar o termo de contrato, dentro do prazo e condições estabelecidos. 
O licitante interessado fica liberado dos compromissos assumidos, se a convocação para contratação ocorrer, 
após a data de entrega das propostas, em um prazo superior a: 
a) 30 dias; 
b) 45 dias; 
c) 60 dias; 
d) 75 dias; 
e) 90 dias. 
3. (FGV – TJ/SC 2018) 
Quanto ao contrato administrativo, é correto afirmar que: 
a) tem obrigatoriamente em uma das partes a presença da Administração Pública; 
b) em nenhuma situação levam-se em conta as características pessoais do contratado; 
c) na execução do contrato, não poderá subcontratar partes da obra ou serviços; 
d) suas regras são semelhantes aos dos contratos particulares, em que o regramento específico é dispensado; 
e) estabelece discussão das cláusulas contratuais junto aos contratados. 
4. (FGV – MPE/AL 2018) 
Os contratos administrativos se diferenciam dos contratos de direito privado por propiciarem alguns tipos de 
prerrogativas para o poder público. Essas prerrogativas são chamadas de 
a) tratados desiguais. 
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b) acordos Impróprios. 
c) fato do príncipe. 
d) onerosidade exclusiva. 
e) cláusulas exorbitantes. 
5. (FGV – Câmara de Salvador - BA 2018) 
De acordo com a Lei nº 8.666/93, a duração dos contratos administrativos, como regra, fica adstrita à vigência 
dos respectivos créditos orçamentários, isto é, tem prazo máximo de 1 (um) ano, como é o caso de contratação para: 
a) projetos cujos produtos estejam contemplados nas metas estabelecidas no Plano Plurianual; 
b) prestação de serviços a serem executados pelo contratado de forma contínua; 
c) aluguel de equipamentos e utilização de programas de informática; 
d) fornecimento de bens e serviços, que envolvam, cumulativamente, alta

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