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SOI LAB III Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/3º Período AULA 9 RECONHECER ALTERAÇÕES DE DPOC E ASMA NA RADIOGRAFIA E TOMOGRAFIA DE TÓRAX DPOC: Na radiografia de tórax é possível observar, na bronquite crônica (inflamação e excesso de muco): Aumento de marcação broncovascular: + vasos visíveis -> manda + sangue -> insuficiência pulmonar; Cardiomegalia, mas não é muito comum; No enfisema (os alvéolos crescem se unem e perdem a elasticidade e a força para expulsar o ar, o que dificulta a respiração): Hiperinsuflação pulmonar: mais costelas visíveis >10; Retificação do diafragma; Diâmetro AP alargado no perfil: empurra pra frente; Traqueia em bainha de sabre (estreitamento vista frontal e alargamento vista lateral). Na TC de tórax, na bronquite crônica: Espessamento da parede brônquica; Fibrose. No enfisema: Destruição do septo alveolar e aumento do espaço aéreo; Bolhas gigantes: compressão mediastinal; Ruptura de bolha subpleural: pneumotórax. ASMA: A radiografia de tórax é normal em 75% dos pacientes. Hiperinsuflação pulmonar; Espessamento da parede brônquica: manquito peribrônquico (seta): Na TC de tórax: Alterações raras e inespecíficas: Espessamento da parede brônquica. Aprisionamento de ar expiratório, atenuação pulmonar diminuída inspiratória, pequenas opacidades centrolobulares, estreitamento luminal brônquico (relação broncoarterial- diâmetro reduzida) e bronquiectasia subsegmentar. Imagem Laboratório Enfisema Normal Brônquio muito grosso SOI LAB III Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/3º Período AULA 10 COMPARAR OS ACHADOS DE DERRAME PLEURAL E PNEUMOTÓRAX NO RX E NA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DO TÓRAX DERRAME PLEURAL: O RX não diagnostica, ele é apenas complementar; No RX normal, mostrará o seio costofrênico livre, no alterado terá velamento do seio (hipotransparência), que pode sugerir derrame pleural. Incidência de Laurell: Esta incidência é indicada quando há dúvida sobre a presença ou não de derrame pleural ou na presença de imagem que pode corresponder a derrame ou espessamento pleural. Radiografias em posição de decúbito lateral com raios horizontais (Hjelm-Laurell) são capazes de detectar derrames de volumes menores (cerca de 50 ml). Quase não usa TC, mas mostra uma hiper densidade e o líquido fica pra trás pq o paciente fica deitado. PNEUMOTÓRAX: No RX mostrará uma hipertransparência (presença de ar no espaço pleural = vai ficar mais preto), não haverá trama vascular na área e o mediastino estará direcionado para o lado oposto. Na TC: AULA 11 APRENDER SOBRE A AVALIAÇÃO DOS NÓDULOS PULMONARES No RX com um nódulo pulmonar mostrará: opacidade relativamente esférica, focal, de 3 cm de diâmetro ou menor, circundada pelo parênquima pulmonar. Para nódulos pulmonares suspeitos: Pulmão SOI LAB III Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/3º Período Sinais radiológicos: Avaliar o tamanho: <1 cm = 32,5% de malignidade / entre1 e 2 cm = 50% de malignidade / >2 cm = 85% de malignidade. Velocidade de Crescimento: Duplicação do volume em menos de 100 a 400 dias (3 meses a 1 ano); Atenuação/Morfologia: a TC avalia melhor que RX Lesões benignas: calcificação no centro ou na totalidade do nódulo ou em distribuição lamelar, ou em pipoca - hamartomas. Lesões malignas: irregularidade de margem, pequenas calcificações periféricas, espiculação, opacidades lobuladas = parece com a forma em pipoca. Localização: no lobo superior, especialmente direito, tem + chance de ser maligno e na adjacência à pleura (periferia) também. Comorbidades: imunodepressão, processo infeccioso, neoplasia; Fatores de risco: tabagismo, idade avançada, exposição a substâncias carcinógenas, enfisema ou fibrose pulmonar e história familiar de CA de pulmão. Na TC, o nódulo é melhor avaliado quanto o seu tamanho, morfologia (formato) e parênquima adjacente. Espiculado: lembra uma estrela Opacidade lobulada: confunde com a calcificação em pipoca, porém ela não brilha, vai estar da mesma cor. DISCUTIR SOBRE A AVALIAÇÃO DO PACIENTE COM LINFONODOMEGALIA Estrutura do linfonodo: O exame é o US e será avaliado: Aumento de volume linfonodal por: Processos benignos: reacionais = infeccioso e/ou inflamatório. Processos malignos: neoplásicos = linfoproliferativo, metastático. Cebola Calcificação = branco Benigno O cálcio brilha Hilo: linfático eferente, veia e artéria = é + denso no US, então, mostra + branco SOI LAB III Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/3º Período Número: A presença de três ou mais linfonodos, medindo 10 mm ou mais no eixo transversal, numa determinada região deve ser considerada suspeita. Porém, não é rara a presença de múltiplos e pequenos linfonodos agrupados, de aspecto normal, principalmente na região cervical. Então, quanto +, pior (sinal de alerta), exceto em crianças ou na região do pescoço. Dimensões: Quanto maior, pior! Os linfonodos comprometidos demonstram tamanhos maiores, contudo, linfonodos de 3 a 4 cm são comumente encontrados em indivíduos normais, sobretudo em crianças. Forma: Os linfonodos benignos tendem a ser fusiformes ou alongados, e os malignos tendem a ser arredondados. Obs: os linfonodos habituais das regiões submandibular e submentoniana podem ser arredondados. Hilo: Hilo central e espessado (melhor) - 60% dos linfonodos reativos e em 9% dos malignos. Hilo estreito - 50% dos linfonodos malignos (comprometimento primário ou secundário) e em 35% dos benignos. Hilo ausente - 50% dos linfonodos malignos e em 8% dos linfonodos benignos. Córtex: Alargamento do córtex associado ao hilo estreito - 55% dos linfonodos benignos e em 90% dos linfonodos malignos. Nas doenças benignas o alargamento é global e nas malignas e focal. Normal = tem que ser hilo grosso e o córtex fino. Necrose: Forte sinal de malignidade. Anecoica (preto) = necrose cística e Hiperecoica (branco) = necrose hemorrágica. Calcificação: Microcalficações ou Calcificações grosseiras. Não é normal ter calcificações em linfonodo. Aqui, diferente do pulmão, calcificar é ruim. Disseminação extracapsular: No início: morfologia arredondada, mantendo seus limites com os planos adjacentes. Com a evolução: bordas boceladas ou espiculadas, perdendo seus limites com os tecidos ao redor. Disseminação extracapsular: avaliação dos segmentos vasculares regionais, dos planos musculares e órgãos vizinhos. Alargamento cortical irregular Hilo Espessamento cortical Estreito Necrose cística Esses estão sem hilo e arredondados Cápsula Cápsula rompendo SOI LAB III Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/3º Período Padrão de vascularização: Linfonodo reacional (inflamatório): vascularização na região central (hilar) do linfonodo. Linfonodo maligno: vascularização desorganizada, distribuída na região periférica (subcapsular), com vasos tortuosos e irregulares. AULA 12 APRENDER SOBRE O DIAGNÓSTICO POR IMAGEM NA ANEMIA FALCIFORME O diagnóstico da anemia falciforme é feito por meio de técnicas eletroforéticas, hemograma e dosagens de hemoglobina fetal O papel dos métodos de imagem na avaliação desses pacientes está relacionado, principalmente, ao diagnóstico e ao acompanhamento das complicações que podem surgir durante a vida, sobretudo aquelas de natureza vasooclusiva. Entre as manifestações NÃO relacionadasao sistema musculoesquelético, podem-se citar como principais: Síndrome pulmonar aguda; Necrose papilar; Insuficiência renal; Infarto ou sequestro esplênico; Complicações cerebrovasculares. O envolvimento do sistema osteoarticular é um dos mais comuns nos pacientes com anemia falciforme e inclui: Hiperplasia medular reativa: Em indivíduos sadios, a medula óssea vermelha se converte em medula gordurosa durante a infância, iniciando-se nas regiões distais do esqueleto apendicular e caminhando para as regiões proximais. Na anemia falciforme, o espaço medular tende a preservar a medula vermelha, podendo sofrer expansão devida ao aumento da demanda hematopoética causado pela anemia A expansão da medular óssea pode ser evidente no crânio por espessamento da díploe. À radiografia simples, um aspecto de múltiplas estriações perpendiculares pode ser observado (aspecto de “cabelo arrrepiado”). O predomínio da medula óssea vermelha apresenta- se à ressonância magnética como um hipossinal (escuro = medula vermelha) difuso da medular óssea nas sequências ponderadas em T1 (tempo1), onde se esperaria um hipersinal (+ claro = gordura) Infartos ósseos: na coluna vertebral mostrará infarto da porção central do platô vertebral com crescimento adjacente = “vértebra em H” (no meio perde tecido, fica + estreito e na periferia fica mais espessa). As áreas de infarto aparecem com alto sinal nas imagens ponderadas em T2 ou STIR (sequências sensíveis a líquido) e não apresentam realce após injeção endovenosa do meio de contraste (não fica brilhante). Cabelo arrepiado Normal SOI LAB III Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/3º Período Dactilite: Em crianças com menos de 4 anos de idade (particularmente entre 1 e 2 anos), as crises vasooclusivas, frequentemente, ocorrem nos pequenos ossos das mãos e dos pés (síndrome mão-pé). As radiografias iniciais são frequentemente normais. Em aproximadamente 10 dias, periostite com neoformação óssea subperiosteal é tipicamente evidente. Há também afilamento cortical e uma aparência moteada da medular óssea Osteomielite: A susceptibilidade aumentada a infecções dos pacientes com anemia falciforme, incluindo a osteomielite, está relacionada a vários mecanismos (hipoesplenismo, alteração do sistema complemento e áreas de necrose óssea). A osteomielite é mais comum na região diafisária dos ossos longos, em particular do fêmur, da tíbia e do úmero. À ressonância magnética, a osteomielite apresenta alto sinal nas imagens ponderadas em T2 e STIR. A sequência mais sensível e específica é a ponderada em T1 com saturação de gordura e após injeção endovenosa de meio de contraste (gadolíneo), em que essas áreas quase sempre sofrem realce. APRENDER SOBRE OS MÉTODOS DE IMAGEM QUE AVALIAM A HEPATOESPLENOMEGALIA Hepatoesplenomegalia: Aumento de fígado e baço além de seu tamanho normal. Causas: Hepatite aguda (viral, medicamentosa, alcoólica); Distúrbios de fluxo venoso (ICC direita); Cirrose hepática; Trombose de veia porta, hepática ou esplênica; Doenças colestáticas; Distúrbios de depósito ou infiltrativos; Anemia hemolítica; Neoplasias. Hepatomegalia - IMAGEM: A avaliação volumétrica, traçado manual do contorno, segmentação do fígado e aplicação de algoritmos matemáticos para determinar o volume. Técnicas automatizadas que reduzem a necessidade de entrada manual e, portanto, o tempo necessário para calcular o volume. As técnicas automatizadas parecem correlacionar-se bem com o traçado de contorno manual para determinação de volume. A USG é suficiente para avaliação de tamanho e diagnóstico etiológico. A técnica transaxial fornece uma medida quantitativa de amplitude. TC e RM: tamanho e volume do fígado e segmentos como parte da avaliação pré-operatória para ressecção hepática. Esplenomegalia - IMAGEM: Ultrassom: com uma medida padronizada da maior dimensão em um eixo crânio-caudal oblíquo. Ajustes baseados no sexo e na altura podem reduzir avaliações desnecessárias e a ansiedade do paciente. Geralmente, uma variação de 10 a 20% não é considerada significativa, a menos que haja uma tendência ao longo do tempo. T1 T2 infarto ou infecção? Infecção = + brilhante em comparação com T1 SOI LAB III Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/3º Período AULA 13 DISCUTIR SOBRE AS CARACTERÍSTICAS DAS LESÕES CUTÂNEAS ENCONTRADAS NA LEISHMANIOSE E HANSENÍASE Conceitos básicos: Pápula: toda lesão menor que 1 cm com alteração de relevo; Placa: >1 cm com alteração de relevo; Bolha: >1 cm, com conteúdo líquido (sangue, pus, etc); Vesícula: é uma bolha <1 cm; Crosta: é tecido morto (ex.: impetigo tem muita crosta); Mácula/mancha: alteração de cor, sem alteração de relevo. Na leishmaniose tem-se as seguintes variabilidades clínicas: Cutânea localizada: inicialmente vai ter uma pápula e depois uma úlcera bem delimitada, infiltrada, eritematosa (vermelho) = onde o vetor faz a picada; Mucosa: enantema (vermelho na mucosa); Cutânea difusa (anérgica): não tem resposta imune, nem Th1 nem Th2, não tem ulceração, vão ser nódulos cheios de parasitas. = pápulas e máculas disseminadas. Disseminada: resposta imune Th1 não deu conta de segurar o parasita, haverá resposta inflamatória. Aqui terá ulceras. Padrão Th2. Hanseníase: Paucibacilar = até 5 lesões; Indeterminada = fase inicial; Tuberculoide = lesão localizada; Multibacilar = mais de 5 lesões; Dimorfa = meio-termo entre as duas; Virchowiana = forma mais disseminada da doença. Com centro limpo Fundo granulomatoso Mácula/macha hipocrômica Lesão ativa, mácula com borda elevada, eritematosa, sem sensibilidade (dormência) Sem ulceração, somente nódulos. Fácies leonina SOI LAB III Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/3º Período APRENDER SOBRE A UTILIZAÇÃO DA LÂMPADA DE WOOD NAS DOENÇAS DERMATOLÓGICAS Luz Wood - comprimento de onda baixo, entre 340-400nm. Luz visível - comprimento de onda entre 400-700nm. A reflexão da luz visível é muito maior do que a por fluorescência (Wood) = a olho nú a luz visível se sobrepõe. Ambiente totalmente escuro e sem luz visível = reflexão da Luz de Wood. Não precisa decorar essa tabela: Tinea Capitis: é uma dermatofitose que acomete o couro cabeludo, sobrancelhas e cílios, afetando, principalmente as crianças. Esses processos são ocasionados, basicamente, por espécies de fungos antropofílicos, ou seja, que parasitam, preferencialmente, a queratina dos seres humanos. Eritrasma: Causado pelo Corynebacterium minutissimum, o eritrasma é uma infecção cutânea superficial, crônica e benigna, que afeta preferencialmente os espaços interdigitais e as áreas intertriginosas úmidas, como a axila e a virilha, provocando placas vermelho-acastanhadas levemente descamativas e pruriginosas. Vitiligo: é uma doença caracterizada pela perda da coloração da pele. As lesões formam-se devido à diminuição ou ausência de melanócitos (as células responsáveis pela formação da melanina, pigmento que dá cor à pele) nos locais afetados. Melasma: Melasma é uma condição que se caracteriza pelo surgimento de manchas escuras na pele, mais comumente na face, mas também pode ser de ocorrência extrafacial, com acometimento dos braços, pescoço e colo.
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