Fichamento - Regiao, diversidade territorial e globalizacao.

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IS525 - PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO REGIONAL
Profº. Aldenilson dos Santos Vitorino Costa
Maria Eduarda Amora Fontinele de Carvalho MATRÍCULA: 2018344271
FICHAMENTO
HAESBAERT, Rogério. Região, diversidade territorial e globalização. IN: GEOGRAPLHIA, Revista da Pós-graduação em Geografia da UFF. Niterói/RJ, UFF,199.pp. 15 -39.
O artigo de Rogério Haesbaert está embasado no tema da Geografia Regional, primeiramente no primeiro capítulo “A pertinência da questão regional” o autor 
discute e contextualiza num âmbito global a questão da regionalização a partir da problematização acerca do processo de globalização e como a mídia alimenta uma revalorização do “regional”, ainda que o autor mostre que nas últimas décadas o assunto está sendo pesquisado por diversas áreas, é de se valorizar a singularidade de cada espaço geográfico, como cita o mesmo, devemos admitir que a regionalização é um processo amplo, e que esses estudos devem abranger suas diferenciações no espaço (p.17).
O autor decide relembrar clássicos estudos “responsáveis por uma “paternidade” da região em Geografia.”(p.17), enfatizando 3 autores: Vidal de La Blache, Carl Sauer e Richard Harts Horne. 
Apesar de suas distintas perspectivas sobre o enfoque regional, o autor reúne pontos fundamentais que são em comum entre eles: A importância ao específico, ao singular, o estudo integrador, a continuidade espacial, a estabilidade regional, a relação entre uma região e uma “meso-escala” de análise. Onde o autor explica em síntese o conceito de cada um desses tópicos e a abordagem de cada autor anteriormente citados. De modo geral acredito que o autor estabelece uma grande questão ao reunir o conceito de globalização e geografia, ele tenta enfatizar que é difícil definir um conceito territorial tendo em vista que não se pode delimitar um espaço apenas pelo modo tradicional e geográfico e para isto nos contextualiza os estudos feitos por Vidal de La Blache, Carl Sauer e Richard Harts Horne.
Haesbaert discute a nova abrangência de regionalismo político e mostra através da abordagem de fortes correntes deterministas/ambientalistas como eram as óticas desta época e hoje como a singularidade de analisar a diversidade territorial a partir do reconhecimento particular-geral e singular-universal trouxe a recuperação e a inserção de uma recriação da diversidade territorial.
Fazendo uma comparação histórica entre hoje e antigamente, o autor cita “a região podia ser vista de forma contínua, como unidade espacial não fragmentada, hoje o caráter altamente seletivo e muitas vezes “pontual” da globalização faz com que tenhamos um mosaico tão fragmentado de unidades espaciais que ou a região muda de escala.”(p.31) que na minha interpretação sintetizou o que o autor veio fazendo ao longo do artigo, que é nos provar que o conceito de região ainda é ultrapassado, além da falta de estudos e compreensão da nova diversidade territorial em âmbito a globalização.
O conceito de regionalização abrange muito mais expectativas do que realizações concretas e físicas, ao meu ver o autor abordou desta forma ao contextualizar os autores mais referenciados na área e também a continuidade ao longo do texto para os dias atuais, uma grande pauta na reconstrução do conceito de região que aprendemos tradicionalmente no colégio, podendo despertar o interesse em não só estudar a geografia da maneira que sempre vimos (com delimitações físicas e territoriais) mas com um conceito mais abrangente sócio-econômico.