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Nayara Fernanda K. Gonçalves Professor Geilton Barbosa Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI – Curso Bacharelado Fisioterapia (3097337) – Prática do Módulo I - dd/mm/aa Transporte de amostras biológicas Nayara Fernanda Kinkston Gonçalves Geilton Barbosa INTRODUÇÃO Este seminário tem como assunto a Biossegurança em saúde, a biossegurança inicia-se desde medidas mais simples como lavar as mãos até formas mais especificas de manter a saúde dos profissionais, pacientes, ambientes e materiais. Portanto, abordaremos o tema transporte de amostras biológicas, visando os principais protocolos necessários para a saída e entrega do material e suas formas de transporte dentro e fora de país, afim de que ele chegue em boas condições para a análises ou sua respectiva razão. Além de evitar riscos para pessoas e ambientes. O transporte de amostras biológicas pode ser utilizado por diversas razões, desde analise para diagnóstico, como para fins educativos em instituições e outros. Desta forma o objetivo dessa pesquisa é garantir que o aluno da saúde inicie suas atividades hospitalares com o conhecimento necessário para realizar o transporte do material biológico sem causar danos a si e a outros e mantendo a saúde da amostra coletada para diagnóstico. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA O processo para chegar na fase de transporte do material coletado, se inicia após ser coletado com sucesso e armazenado de forma correta e segura. Partindo de que, o material será levado então de um laboratório para outro, ainda no mesmo prédio ou para outro de localização próxima o acondicionamento triplo deve ser usado, com embalagens primarias e secundárias, enquanto a embalagem tradicional poderá ser substituída por uma caixa isotérmica que tenha travas de segurança. A CIBio/IOC recomenda que após o material ser preparado nas respectivas embalagens, este deve ser acondicionado em caixa isotérmica, que será usada para o transporte e identificada com a etiqueta ‘’risco biológico’’. Os espaços entre os recipientes que abrigam a embalagem secundarias e as paredes internas da caixa isotérmica devem ser preenchidas com material na temperatura ideal para manter a amostra bem preservada. Para realizar o transporte de entre municípios ou estados, seguem os protocolos citados a cima, reforçando o acondicionamento da amostra na embalagem primaria, como vedação com fita adesiva ou filme plástico. Em caso de maior quantidade de amostras dentro de um mesmo recipiente é necessário protege-los para que não haja colisão entre eles. Os materiais devem conter formulários com seus dados que devem estar embalados do lado de fora, isso para garantir que em caso de acidentes ou incidentes, possam ser identificados. Além de que todo esse material deve ser transportado no porta-malas do carro ou o mais distante possível de passageiros. É necessário que o condutor possua uma Habilitação especial (Curso de movimentação de Produtos perigosos) a partir disso, o transporte deve ser feito de forma direta e sem pausas, desde o ponto de partida até o remetente. O uso de EPI’s\ e outros materiais necessários para contenção no caso de vazamentos também não deve ser ignorado. “Perigo é uma ameaça potencial ao ser humano e ao seu bem-esta”. (Smith, 1996) 2 No Brasil quando se trata de envios nacionais, a legislação sanitária recomenda que o transporte interestadual de material biológico deve ser regularizado com base nos protocolos da ANVISA a e agencias estaduais e municipais, para a garantia da qualidade e agilidade do transporte. Os laboratórios que fornecem as amostras são responsáveis por nomear o profissional que tenha participado do Curso de transporte aéreo de produtos perigosos. Este profissional deve conhecimento dos protocolos de regulamentação e suas responsabilidades. Na realização de envios aéreos internacionais, normalmente os casos são de importação e exportação, e empresa transportadora deve ter o conhecimento dos regulamentos para embalagem e transporte do material, preconizados pela ONU, World Customs Organization, Organização Internacional para padronização e Associação Internacional de Transportes Aéreos, que possui um manual chamado de “Iata Dangerous Goods Regulations” sendo necessário que o transportador tenha conhecimento deste manual. Outra forma de envio é o Internacional é o terrestre, para ele acontecer é preciso considerar o decreto n°24.548, de 03 de julho de1934. (profilaxia, prevenção de patógenos, desinfecção de veículos, etc); o Decreto n° 5.741, de 30 de março de 2006, sobre inspeção, vigilância e controle do material biológico animal e vegetal e a instrução Normativa do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) n° 02, de 14 de Janeiro de 2004 (fiscalização de produção e comércio de material genético de animais e domésticos e produção animal). Os países membros da OMS devem responder ao Regulamento Sanitário Internacional de 2005, em especifico os artigos 24, 26, 27 e 43, e, relação ao transporte do material em veículos terrestres. Se o transporte for entre países do Mercosul, considera-se o regulamento Técnico Mercosul. As condições de biossegurança dos veículos dependem da natureza e finalidade do material transportado. Além de ser obrigatório o preenchimento do formulário V do MAPA. [ Por último, o transporte internacional naval, nele existe um Código Marítimo Internacional de Mercadorias Perigosas (IMDG) é uma diretriz aceita para realizar o transporte seguro de materiais biológicos e substancias infectantes. Em caso de incidentes, como a queda no mar desses materiais é necessário que o Estado costeiro mais próximo seja comunicado. A rotulação e classificação da amostra é extremamente necessária segundo as normas da OMS e classificação se o material é poluente ou não poluente marinho. A classificação deverá ser feita pelo expedidor. Depois de conhecer os métodos de transporte usados, daremos foco para os meios de temperaturas utilizados para manter o material biológico preservado durante o processo. Alguns materiais respeitam a faixa de temperatura de 18 ºC a 25 ºC, ou de 2 ºC a 8 ºC. Já outros materiais que precisam viajar em temperatura menor a -18 ºC, durante todo o transporte, a temperatura ambiente deve permanecer na faixa indicada. Para conseguir controlar essas temperaturas existem três ferramentas. O Datalogger é instrumento mais recomendado para validações pois monitora a temperatura durante todo o transporte, alojado entre a embalagem secundária e terciária. Alguns até marcam dados como datas e horários de medições oque auxilia no resultado final. O termômetro digital também é uma ferramenta bastante utilizada, ele funciona como bulbo ficando dentro da caixa medindo a temperatura, porém não registra as medições, sendo necessário a conferencia no momento de saída e chegada ao destino. Desta forma o termômetro não pode entrar em contato direto com o material refrigerante. (gelox ou gelo seco). “Resíduo é tão somente aquele material remanescente que não possui mais qualquer utilidade ou valor agregado e, portanto, não pode ser reciclado, recuperado ou reutilizado. Aqui, surge, então, a nobre missão de gerar o mínimo possível de resíduo, principalmente no setor acadêmico, já que todo procedimento de descarte traz algum tipo de prejuízo ou agressão a natureza e a saúde pública. (ZANCANARO, J. O 2008 pp 136-139) 3 Por último, o termômetro infravermelho é a terceira opção, ele é usado apenas no momento antes do fechamento da embalagem terciaria e no momento de chegada ao destinatário. O sistema de embalagens deve manter a suaintegridade na temperatura do material refrigerante utilizado. Os materiais que formam o sistema de embalagens (plástico, papelão, metais e outros) devem ser capazes de suportar as temperaturas relacionadas. A B Figura A; Datalogger. “Todo o sistema de embalagens devem manter sua integridade na temperatura do material refrigerante utilizado. Os materiais usados para formar o sistema, independente de qual seja, devem suportar as temperaturas necessárias de seus materiais transportados.” (ANVISA, 2015) 4 Figura B; Termômetro Digital Figura C; Termômetro infravermelho. RESULTADOS E DISCUSSÕES Para o transporte seguro de amostras biológicas, é preciso saber qual é a categoria de periculosidade do material, seu destino final e por qual meio ele será enviado. As normas e protocolos devem ser seguidas restritamente, uma vez que são embasadas em recomendações internacionais A importância de um treinamento correto dos profissionais em questão pelo envio e manuseio das amostras; o uso das EPI’s, acondicionamento e cuidado com as respectivas temperaturas dos materiais, documentação e classificação, além da colaboração do profissional que recebera o material no destino. Define o risco como a “exposição de pessoas a perigos” e define o perigo como a “fonte ou situação com potencial para provocar danos”. Os riscos ocupacionais, de forma ampla, podem ser entendidos como toda e qualquer possibilidade de que algum elemento ou circunstância existente num dado processo e ambiente de trabalho possa causar danos à saúde, seja através de acidentes, doenças ou do sofrimento dos trabalhadores, ou ainda através da poluição ambiental (PORTO, 2000) REFERÊNCIAS Aires, caio augusto Martins, et al. Biossegurança em transporte de matéria biológico no âmbito nacional, um guia breve: Revista Pan – Amaz Saúde [online]. 2015, vol.6, n.2, pp.73-81. ISSN 2176- 6215.http://revista.iec.gov.br/submit/index.php/rpas/article/view/433/365 Loglife, como funciona a validação no transporte de materiais biológicos. {online} Disponível na internet via: https://loglifelogistica.com.br/sem-categoria/validacao-no- transporte-de-materiais-biologicos/#objetivo arquivo capturado em 15 de julho de 2021. Costa, Marco Antonio F. Biossegurança, perigos e riscos: reflexões conceituais. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 03, Ed. 08, Vol. 10, pp. 53-71 , Agosto de 2018. ISSN:2448-0959. {online} Disponível na internet via: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/biologia/reflexoes-conceituais https://www.youtube.com/create_channel?upsell=comment https://www.youtube.com/create_channel?upsell=comment http://revista.iec.gov.br/submit/index.php/rpas/article/view/433/365 https://loglifelogistica.com.br/sem-categoria/validacao-no-transporte-de-materiais-biologicos/#objetivo https://loglifelogistica.com.br/sem-categoria/validacao-no-transporte-de-materiais-biologicos/#objetivo https://www.nucleodoconhecimento.com.br/biologia/reflexoes-conceituais
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