Assistência de Enfermagem ao indivíduo com LESÃO Renal Aguda/ CRÔNICA TÓPICOS DA AULA FUNÇÃO RENAL INJÚRIA RENAL AGUDA (IRA): CONCEITO; CATEGORIAS ETIOLÓGICAS; FASES DA IRA; ASPECTOS CLÍNICOS; DIAGNÓSTICO; COMPLICAÇÕES; TRATAMENTO DOENÇA RENAL CRÔNICA (DRC): CONCEITO; ETIOLOGIA; ESTÁGIOS DA DRC; ASPECTOS CLÍNICOS; DIAGNÓSTICO; TRATAMENTO PLANEJAMENTO DA AULA AULA EXPOSITIVA TEXTO DE APOIO ESTUDO DE CASO VÍDEO: Fisiologia Renal / Sistema Excretor https://www.youtube.com/watch?v=Ff6QzD1dg5c TEMPO: 13 min VÍDEOS PARA CASA INJÚRIA RENAL AGUGA https://www.youtube.com/watch?v=CsdYAQDQxks TEMPO: 28 min DOENÇA RENAL CRÔNICA https://www.youtube.com/watch?v=E2y7m3OSRl4 TEMPO: 21 min FUNÇÃO URINÁRIA: REVISÃO ANATÔMICA E FISIOLÓGICA O sistema urinário compreende: Rins Ureteres Bexiga Uretra Funções: Excretoras (produtos residuais) Reguladoras (excreção de eletrólitos, ácido e água autorregula PA / ajuda eliminar Na) Secretoras (forma urina) ANATOMIA NÉFRON: UNIDADE BÁSICA DO RIM FUNÇÃO URINÁRIA: REVISÃO ANATÔMICA E FISIOLÓGICA Aorta abdominal Artéria Renal Arteríola aferente Glomérulo (leito capilar: filtração glomerular) Arteríola eferente (sangue deixa glomérulo e flui de volta pela...) Veia Cava Inferior Dividem-se vasos menores Se ramificam Origina-se da ... 8 ESTRUTURA RENAL Parte do parênquima (córtex + medula) renal Glomérulos + túbulos distais e proximais + ductos coletores = NEFRONS (1 milhão) Base voltada para superfície côncava e ápice para pelve ou hilo 8-18 pirâmides/rim 4-13 2-3 = HILO Artéria entra e veia sai QUAL O PAPEL DOS RINS? FUNÇÃO RENAL Controle de água corporal; Controle no nível de sais minerais; Controle dos ácidos (pH) no organismo; Controle da pressão arterial (SRAA); Síntese de hormônio que estimula a produção de hemácias; Controle da saúde dos ossos através da produção de vitamina D (FORMA ATIVA/ Calciferol). Na acidose (excreta H+ e retêm bicarbonato). Na alcalose (retêm os íons H+ e excreta íons bicarbonato). IRA: é a rápida perda da função renal devido à lesão dos rins. É uma síndrome clínica reversível em que existe uma perda súbita e quase completa da função renal (TFG diminuída) durante um período de horas a dias. Os rins podem parar de funcionar de maneira rápida, porém temporária. Complicações Acidose metabólica Distúrbios hidroeletrolíticos Os rins não conseguem compensar a acidose metabólica ocasionada pela IR. Injúria Renal Aguda (IRA) Não há um consenso em relação à definição para a IRA, mas comumente pode-se utilizar: Aumento da creatinina sérica (Aumento de 1,5 de creatinina basal nos últimos 7 dias ou diurese< 0,5 ml/kg/h em 6 h (RIFLE); Aumento da creatinina sérica (Aumento de 0,3 de creatinina basal nos últimos 2 dias ou diurese< 0,5 ml/kg/h em 6 h (AKIN); Piora da função renal que resulte em necessidade de diálise. DEFINIÇÃO CATEGORIAS ETIOLÓGICAS DA IRA IRA pré-renal (hipoperfusão do rim/ isquemia); IRA intra-renal (comprometimento real do tecido renal); IRA pós-renal (obstrução do fluxo da urina). CATEGORIAS DA INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA 1) IRA pré-renal (hipoperfusão do rim): Ocorre em 60 a 70% dos casos – comprometimento do fluxo sanguíneo (ISQUEMIAS), secundária a um baixo débito cardíaco; Hipoperfusão dos rins e diminuição da TFG (Taxa de filtração glomerular); Insuficiência cardíaca, infarto do miocárdio, vasodilatação (sepse, medicamentos anti-hipertensivos), HAS; DM; DESIDRATAÇÃO; QUEIMADURAS. 2) IRA intra-renal(comprometimento do tecido renal): Lesão parenquimatosa efetiva dos glomérulos – necrose tubular aguda (25% a 35%) - O dano tubular tem geralmente origem isquêmica ou tóxica; Essa necrose resulta em diminuição da TFG, azotemia progressiva e desequilíbrio hidroeletrolítico; Diabetes, a insuficiência cardíaca, a hipertensão e a cirrose podem levar a necrose, agentes nefrotóxico, processo infeccioso (ESTREPTOCOCOS, HIV, SÍFILIS, HEPATITES B e C); doenças auto imune (LÚPUS); câncer; Pielonefrite aguda; Glomerulonefrite aguda. 3) IRA pós-renal(obstrução do fluxo da urina): Responsável por apenas 5% dos casos de IRA; É o resultado de uma obstrução distal ao rim; A pressão eleva-se nos túbulos renais e, mais adiante, a TFG diminui. Cálculos, tumores, coágulos e estenoses. RECAPITULANDO... A HIPERTENSÃO E A HIPOTENSÃO PODEM LEVAR À IR? POR QUÊ? (ENADE) Os pacientes com queimaduras de grande extensão, ou grandes queimados, podem desenvolver complicações sistêmicas severas, entre elas a insuficiência renal aguda (IRA) do tipo pré-renal, com a consequente redução do fluxo plasmático renal e do ritmo de filtração glomerular devido à hipovolemia. Nesse caso, é importante que o enfermeiro conheça essa patologia, no que diz respeito aos parâmetros clínicos e laboratoriais, a fim de intervir precocemente na melhoria do prognóstico, que apresenta mortalidade ao redor de 50%. Considerando as informações apresentadas, entre os parâmetros clínicos e laboratoriais que devem ser monitorados nesses pacientes, incluem-se I. controle rigoroso de diurese e nível do clearence de creatinina. II. controle hidroeletrolítico e dosagem de ureia plasmática. III. controle de drogas vasoativas e enzimas hepáticas. IV. controle da volemia e avaliação de osmolalidade e sedimento urinário. V. parâmetros hemodinâmicos e dosagens de eletrólitos. É correto apenas o que se afirma em A I e III. B IV e V. C II, III e V. D I, II, III e IV. E. I, II, IV e V. FASES DA INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA Existem quatro fases da IRA: início, oligúria, diurese e recuperação Início: agressão inicial e termina quando se desenvolve a oligúria. Período de oligúria: aumento da concentração séria de substância excretadas pelos rins (ureia, creatinina, ácido úrico, ácidos orgânicos e cátions – potássio e magnésio). Volume urinário menor que 400 a 600 ml/24 h. - Período de diurese: aumento gradual do débito urinário, indicando que a filtração glomerular começou a se recuperar - Período de recuperação: sinaliza a melhora da função renal e pode levar 3 a 12 meses (comum redução permanente de 1 a 3% na TFG) Ureia: Os sintomas clássicos da uremia são náuseas, mal estar, vômito, fraqueza, cefaleia. Os sintomas mais graves são torpor (alto nível de sonolência súbita), distúrbios na coagulação sanguínea e pode levar até ao estado de coma. Sua concentração varia de acordo com diferentes fatores tais como o conteúdo de proteínas da dieta e a hidratação. (Valores de referências: 10,0 a 50,0 mg/dL) Creatinina: A creatina converte-se em creatinina de forma contínua, sendo que, cerca de 2% da creatina total é convertida em creatinina a cada 24 horas. Seus níveis sanguíneos aumentam à medida que ocorre a diminuição da filtração do sangue pelos rins . (Valores de referências: 0,6 a 1,3 mg/dL) Ácido úrico (hiperuricemia): formam-se pequenos cristais de urato de sódio que se depositam em vários locais do corpo (GOTA). Hiperuricemia pode levar a calcificação das artérias do coração aumentando os riscos para IAM. Aumento do potássio: Uma concentração superior a 5,5 mEq por litro de sangue começa por afetar o sistema de condução elétrica do coração. Se o nível no sangue continuar a aumentar, o ritmo cardíaco torna-se anormal e parada cardíaca. Aumento do magnésio: