Assistência de Enfermagem ao indivíduo com Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) PROPOSTA DA AULA Expositiva; VÍDEO EXIBIR: https://www.youtube.com/watch?v=MZDFdLSL6cA; Atividades com exames solicitados (Avaliação clínica, laboratorial e estratificação de risco)/ formar 5 grupos + escore de Framingham; Estudo dirigido. DIRETRIZES BRASILEIRAS DE HAS 2020: http://departamentos.cardiol.br/sbc-dha/profissional/pdf/Diretriz-HAS-2020.pdf TÓPICOS DA AULA CONCEITO EPIDEMIOLOGIA FATORES DE RISCO ÓRGÃOS ALVOS MARCADORES DE LESÃO EM ÓRGÃOS ALVOS CLASSIFICAÇÃO ETIOLÓGICA FISIOPATOLOGIA / MECANISMOS COMPLEXOS QUADRO CLÍNICO (ASSINTOMÁTICO) CLASSIFICAÇÃO DA PA DE ACORDO COM A MEDIDA CASUAL NO CONSULTÓRIO DIAGNÓSTICO AVALIAÇÃO CLÍNICA, LABORATORIAL E ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO TRATAMENTO O escore de Framingham é uma ferramenta útil de fácil aplicação no cotidiano. Estima o risco de doença cardiovascular num período de 10 anos de acordo com a presença ou não de certos fatores de risco. https://vittacor.com.br/escore-de-framingham/ O que é a pressão arterial?? É uma grandeza física. É a pressão que o sangue exerce sobre a parede das grandes artérias. VAMOS PENSAR... TODO PACIENTE COM PA ELEVADA É HIPERTENSO? A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é multifatorial caracterizada por níveis elevados e sustentados de pressão arterial (PA). É um dos mais importantes fatores de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, cerebrovasculares e renais. INTRODUÇÃO EPIDEMIOLOGIA No Brasil, HAS atinge 32,5% (36 milhões) de indivíduos adultos, mais de 60% dos idosos, contribuindo direta ou indiretamente para 50% das mortes por doença cardiovascular (DCV). Junto com DM, suas complicações (cardíacas, renais e AVE) têm impacto elevado na perda da produtividade do trabalho e da renda familiar. Estima-se que apenas metade dos portadores de hipertensão estejam cientes da condição. Fatores de risco para a hipertensão arterial sistêmica Idade (acima de 60 anos a prevalência ultrapassa 60%) Gênero (mais elevada em homens até 50 anos, invertendo-se a seguir) Sobrepeso e obesidade Ingestão de sal Ingestão de álcool Sedentarismo Baixo consumo de cálcio e potássio Fatores socioeconômicos* Genética Hipertensão arterial pode ser - Um sinal - Um fator de risco - Uma doença ÓRGÃOS ALVOS Coração (hipertrofia ventricular esquerda) Rins (Doença renal crônica) Cérebro (AVE) Olhos (RETINOPATIAS/ lesão dos vasos) Outros alvos: vasos sanguíneos por conta da Arteriosclerose VÍDEO EXIBIR: https://www.youtube.com/watch?v=MZDFdLSL6cA MARCADORES PRECOCES DAS LESÕES DE ÓRGÃOS ALVOS MICROALBUMINÚRIA/ CREATININA PARÂMETROS ECOCARDIOGRÁFICOS USG VASCULAR (análise das carótidas) ITB (insuficiência arterial periférica) Condições clínicas associadas à hipertensão Doença cerebrovascular (AVE, AVEI, AVEH, alteração da função cognitiva) Doença cardíaca (infarto, angina, revascularização coronária, insuficiência cardíaca) Doença renal Retinopatia avançada: hemorragias ou exsudatos, Doença arterial periférica REFLEXÃO... A HAS é uma doença assintomática na grande maioria das vezes, ou fazemos o diagnóstico por rastreamento na população, aferindo a PA em toda consulta de enfermagem, ou fazemos tardiamente após a lesão do órgão-alvo. CLASSIFICAÇÃO ETIOLÓGICA Hipertensão primária: (Idiopática) Surge em resposta a um débito cardíaco aumentado ou a uma elevação da resistência periférica; Entre fatores genéticos (ou seja a disfunção de um ou mais genes); Representa aproximadamente 90 a 95% dos casos de HAS. PRESSÃO ARTERIAL = Débito cardíaco x Resistência vascular periférica Hipertensão secundária: - Descreve os 5 a 10% dos casos para os quais uma causa pode ser identificada (Hipertensão arterial pulmonar (HAP) , doenças endócrinas e doenças renais). Mecanismos fisiológicos para manutenção da Pressão arterial TEORIA NEUROGÊNICA X TEORIA RENAL MECANISMOS COMPLEXOS 1. Barorreceptores arteriais; 2. Regulação do volume hídrico corporal (ADH); 3. Sistema renina-angiotensina-aldosterona (SRAA); 4. Auto regulação vascular. RIM Assim os rins podem está envolvidos com a etiologia da HAS, mas também ser órgão-alvo da mesma. Fisiopatologia PRESSÃO ARTERIAL = Débito cardíaco x Resistência vascular periférica (hipertensão) contratilidade aumentada RP aumentada Fisiopatologia da hipertensão arterial (TEORIA NEUROGÊNICA E RENAL) A hipertensão é o resultado de: atividade aumentada do sistema nervoso reabsorção renal de sódio, cloreto e água atividade aumentada do sistema renina-angiotensina-aldosterona vasodilatação diminuída das arteríolas ligada a disfunção do endotélio vascular resistência à ação da insulina Manifestações clínicas da Hipertensão Arterial Podem estar assintomáticas Alterações na retina Angina e/ou infarto do miocárdio Hipertrofia ventricular esquerda Nictúria Acidente Vascular Encefálico RECAPITULANDO... 1) DEFINA HAS. 2) POR QUE A HAS É CONSIDERADA: UM SINAL; UM FATOR DE RISCO OU UMA DOENÇA? 3) CLASSIFIQUE A HAS NO TOCANTE À ETIOLOGIA. 4) QUAIS OS PRINCIPAIS ÓRGÃOS-ALVOS DA HAS? DIAGNÓSTICO Nova diretriz da AHA muda definição de HAS SETEMBRO DE 2017 DIRETRIZES BRASILEIRAS DE HAS 2020: http://departamentos.cardiol.br/sbc-dha/profissional/pdf/Diretriz-HAS-2020.pdf SOCIEDADE AMERICANA DE CARDIOLOGIA Diagnóstico e classificação Passa a ser considerada hipertensão arterial sistêmica a presença de PAS ≥ 130 mmHg e/ou PAD ≥ 80 mmHg (AHA, 2017). O diagnóstico deverá ser sempre validado por medidas repetidas, em condições ideais, em pelo menos três ocasiões. ORIENTAÇÕES PARA VERIFICAÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL Explicar o procedimento ao paciente e deixá-lo em repouso por 5 minutos em ambiente calmo. Deve ser instruído a não conversar durante a medição. Certificar-se de que o paciente NÃO: • está com a bexiga cheia • praticou exercícios físicos há pelo menos 60 minutos • ingeriu bebidas alcoólicas, café ou alimentos • fumou nos 30 minutos anteriores Posicionamento do paciente: Deve estar na posição sentada, pernas descruzadas, pés apoiados no chão Em braços com circunferência superior a 50 cm, onde não há manguito disponível, pode-se fazer a medida no antebraço e o pulso auscultado deve ser o radial. QUADRO: MANUAL DE DIRETRIZES 2020/2021 Classificação da pressão arterial de acordo com a medida casual no consultório (> 18 anos) / (AHA) CLASSIFICAÇÃO PRESSÃO SISTÓLICA (mmHg) PRESSÃO DIASTÓLICA (mmHg) Normal < 120 E <80 Elevada 120-129 E < 80 Hipertensão estágio 1 130-139 e/ou 80-89 Hipertensão estágio 2 ≥ 140 e/ou ≥ 90 Quando a PAS e a PAD situam-se em categorias diferentes, a maior deve ser utilizada para classificação da PA. DIRETRIZES BRASILEIRAS DE HAS 2020: Diagnóstico e classificação Passa a ser considerada hipertensão arterial sistêmica a presença de PAS ≥ 140 mmHg e/ou PAD ≥ 90 mmHg. O diagnóstico deverá ser sempre validado por medidas repetidas, em condições ideais, em pelo menos três ocasiões. DIRETRIZES BRASILEIRAS DE HAS 2020: Classificação da pressão arterial de acordo com a medida casual no consultório (> 18 anos) CLASSIFICAÇÃO PRESSÃO SISTÓLICA (mmHg) PRESSÃO DIASTÓLICA (mmHg) Ótima < 120 e <80 Normal 120-129 e/ou 80-84 Pré-hipertensão 130-139 e/ou 85-89 Hipertensão estágio 1 140-159 e/ou 90-99 Hipertensão estágio 2 160-179 e/ou 100-109 Hipertensão estágio 3 ≥ 180 e/ou ≥ 110 Quando a PAS e a PAD situam-se em categorias diferentes, a maior deve ser utilizada para classificação da PA. Efeito do avental Branco O efeito do avental branco (EAB) é a diferença de pressão obtida entre a medida registrada no consultório e fora dele. Com base em estudos de MRPA, diferenças iguais ou superiores a 15 mmHg na PAS e/ou 9 mmHg na PAD indicam EAB significativa (DIRETRIZES DE HAS, página 26). Hipertensão mascarada É caracterizada por valores normais da PA no consultório, porém com PA