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Apuração e análise de custos Aula 1: Estudo do comportamento dos custos Apresentação Quando você entra em uma loja e vê determinado produto, faz a seguinte pergunta para saber o preço: Quanto custa esta mercadoria? Diante dessa pergunta, temos um conceito equivocado sobre custo, pois nesse caso estamos falando em chão de fábrica, ou seja, tudo que envolve o processo produtivo, tudo que está relacionado à produção dos produtos ou à prestação de um serviço. É importante entender que custo é diferente de despesa. Você deve estar se perguntando, como assim? Vamos ver alguns conceitos sobre custos e despesas e assim você compreenderá de forma clara e nunca mais terá dúvidas quanto a essa diferenciação. Objetivos Reconhecer os principais conceitos de custos e suas tipologias; Explicar o comportamento dos custos diante da classi�cação relacionada a sua alocação; Identi�car a relevância da apuração e análise de custos diante dos custos totais e unitários. Diferenças entre custo e despesa Custo Segundo Krauspenhar e Fonseca (2016), custos representam os gastos de bens e serviços utilizados na produção de mercadorias da empresa, ou seja, é tudo que envolve o processo da confecção de um produto ou da prestação de serviços. Despesas Podemos tratar as despesas como o sacrifício �nanceiro para obtenção de uma receita. Só existe despesa quando o produto sai da fábrica e vai direto para as lojas de departamentos a �m de ser vendido. Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online O resultado do confronto entre receita e despesa se dá com a �nalidade de obtenção do lucro. Leitura Agora que já vimos custos e despesas, vamos avançar para alguns importantes conceitos quanto ao estudo e comportamento dos custos javascript:void(0); Classi�cação dos custos Krauspenhar e Fonseca (2016) classi�cam os custos quanto à alocação (diretos e indiretos) e quanto à quantidade produzida (�xos e variáveis). Vamos entender melhor essas classi�cações. A alocação dos custos está diretamente relacionada ao produto, ou seja, como deverão ser alocados a determinado produto. Vejamos a produção de um bolo: você sabe que para fazer um bolo precisamos de ovos, trigo, açúcar, manteiga, fermento e outros elementos necessários para que se possa ter um bolo. Desse modo, quanto à alocação dos custos, todos os ingredientes serão considerados como custos diretos, pois todos são matéria-prima e necessários para que o bolo seja produzido. Podemos perceber que todo material utilizado em sua confecção é considerado como custo variável, ou seja, se nós precisarmos fazer mais um bolo deveremos aumentar a quantidade dos materiais. Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online Imagem de Pexels por Pixabay Classi�cação dos custos quanto à alocação Diante dos exemplos apresentados, agora você poderá compreender melhor a classi�cação dos custos quanto à alocação e quanto ao volume de produção. Quanto à alocação, os custos classi�cam-se em: Shutterstock | Por baibaz Diretos Estão ligados diretamente ao produto, são fáceis de serem identi�cados e poderão ser alocados ao produto diretamente. Exemplo: O material que utilizamos para produzir o bolo (que são considerados como matéria-prima direta, e mão de obra direta usada no processo). Shutterstock | Por Suwin Indiretos Estão ligados de forma indireta ao produto, são de difícil identi�cação e necessitam de alguma forma de rateio (divisão) para serem alocados ao produto. Exemplo: manutenção de máquinas da fábrica. Se a empresa tem um contrato de manutenção e paga mensalmente R$500,00 dessa manutenção, esse valor deverá ser alocado ao produto através da forma de rateio. Classi�cação dos custos quanto ao volume de produção Quanto ao volume de produção, os custos classi�cam-se em: Fixos Não variam de acordo com o volume produzido e são conhecidos como Custos Indiretos de Fabricação – CIF. Exemplo: aluguel da fábrica, pois mensalmente a empresa deverá pagar o aluguel independente de ter produzido ou não. Outro exemplo é o salário do supervisor da fábrica, pois caso ele tenha um salário mensal de R$2.600,00, receberá seu salário independente do volume produzido. Variáveis Variam de acordo com a quantidade produzida, ou seja, quanto mais a fábrica produzir maior será sua necessidade de aumentar seus custos de matéria prima e mão de obra direta. Exemplo: Lembra do material do bolo? Todos são considerados como custos variáveis. Diante da classi�cação apresentada, podemos compreender a classi�cação dos custos. Você está percebendo que os custos podem variar de acordo com a quantidade produzida e poderão ser alocados de acordo com sua relação com o produto. Ainda há outras classi�cações relevantes para nosso estudo: Clique nos botões para ver as informações. Custos semi�xos: são apresentados com valores constantes (�xos) até certo volume da produção. Exemplo: O contrato de manutenção de 10 máquinas da fábrica possui um valor constante e a partir do momento que a fábrica adquire mais máquinas será necessário um novo contrato para inclusão das novas máquinas. Custos semi�xos Custos semivariáveis: Têm sua variação total de acordo com o volume de quantidades produzidas e não exatamente na mesma proporção. Exemplo: Vamos imaginar um galpão que serve de estacionamento para veículos automotores e seu aluguel é cobrado de acordo com a rotatividade dos veículos estacionados, sendo assim o aluguel terá um valor �xo até um quantitativo de carros estacionados e, a partir de um número acima do valor �xo, o aluguel terá variação de preço. Custos semivariáveis Agora que você absorveu os conhecimentos sobre a classi�cação dos custos, vamos estudar sobre custo total e custo unitário. Custo unitário valor atribuído à unidade do item produzido. Resultado da divisão entre o custo total e a quantidade produzida. Custo total Soma de todos os custos que envolvem o processo produtivo desde o chão de fábrica, ou seja, os custos variáveis como matéria-prima e mão de obra direta e os CIF. Continue lendo... Leitura É válido ressaltar que, para que os custos fossem alocados aos produtos e serviços, precisaram de uma forma de custeio. O que acabamos de ver nos exemplos acima denominamos de custeio por absorção. CPV – Custo dos produtos vendidos Para calcularmos o custo dos produtos vendidos devemos considerar a quantidade vendida e não a quantidade produzida. É valido ressaltar que o CPV somente será igual ao custo total quando a quantidade vendida for igual a quantidade produzida. Para acharmos o CPV, devemos multiplicar a quantidade vendida pelo custo unitário do produto. Digamos que o preço de venda unitário do produto do exemplo anterior equivale a R$70,00. Então vamos supor que essa fábrica, das 2.000 unidades produzidas, conseguiu vender 1.500. CPV = quantidade vendida 1.500 und. X custo unitário R$49,00 (custo unitário do exemplo anterior) = R$ 73.500,00. O CPV tem a função de demonstrar o lucro bruto da empresa quando comparado com a receita de vendas. Para chegarmos a esse valor, subtraímos o CPV da receita de vendas: Receita de vendas = 1.500 und. X 70,00 (preço de venda unit.) = R$105.000,00 Receita de vendas R$105.000,00 - CPV R$73.500,00 = Lucro bruto R$31.500,00. Vamos agora desenvolver na prática os conhecimentos adquiridos nesta aula. Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online https://estacio.webaula.com.br/cursos/gon029/aula1.html javascript:void(0); Atividades 1. Diante dos principais conceitos de custos assinale a alternativa correta: a) Os custos quanto à alocação são classi�cados como �xos e variáveis. b) Os custos �xos variam de acordo com a quantidade produzida. c) Os custos quanto ao volume de produção classi�cam-se como diretos e indiretos. d) Os custos variáveis são aqueles que variam de acordo com a quantidade produzida. e) A matéria-prima adquirida é classi�cada como custo variável. 2. Quanto à terminologia dos custos, veri�que quais são as a�rmativas verdadeiras ou falsas.I. A madeira utilizada na confecção de uma mesa é considerada como custo indireto. II. O aluguel da fábrica é considerado como custo indireto. III. Todo custo indireto pode ser classi�cado como custo variável. IV. A mão de obra utilizada na produção de canetas é classi�cada como custo direto. V. Comissão de vendedores é considerada como custos diretos variáveis. A sequência correta é: a) F – V - V – V – V b) F – V – F – V – F c) V – V – F – F – V d) V – F – V – F - V 3. A fábrica de capas de celulares durante um determinado período apresentou seus gastos para a produção de 1.920 capas de celulares: MOD = R$6.000,00; Aluguel da fábrica = R$4.000,00; Comissão dos vendedores = R$2.000,00; Matéria-prima consumida = R$8.000,00; Aluguel da administração = R$3.000,00; Energia da fábrica = R$1.200,00. Diante dos dados apresentados o custo unitário corresponde a: a) R$12,60 b) R$10,00 c) R$11,04 d) R$9,80 e) R$11,56 4. Assinale a alternativa que apresenta apenas custos �xos: a) Aluguel da fábrica, publicidade e propaganda, matéria-prima. b) Salário supervisor da fábrica, comissão de vendedores, depreciação de máquinas da fábrica. c) Mão de obra direta, matéria-prima, aluguel da fábrica. d) Impostos da fábrica, aluguel da fábrica, publicidade e propaganda. e) Salário supervisor da fábrica, aluguel da fábrica, manutenção de máquinas da fábrica. 5. A Indústria de brinquedos SAPECAS apresentou seus gastos para produção de 1.000 unidades de um único brinquedo: Matéria-prima consumida = R$30.000,00; Aluguel da administração = R$2.000,00; MOD R$20.000,00; Manutenção de máquinas da fábrica = R$1.000,00; Salário supervisor da fábrica = R$2.500,00. Diante dos dados apresentados assinale a alternativa correta: a) O valor do custo total equivale a R$53.000,00. b) O custo unitário do produto equivale a R$55,50. c) O custo variável total corresponde a R$50.000,00. d) O CIF equivale a R$5.500,00. e) O total das despesas corresponde a R$3.000,00. Notas Custo total1 Soma de todos os custos que envolvem o processo produtivo desde o chão de fábrica, ou seja, os custos variáveis como matéria-prima e mão de obra direta e os CIF – Custos indiretos de Fabricação como aluguel da fábrica, salário do supervisor da fábrica, impostos, depreciação de máquinas, energia, manutenção de máquinas e equipamentos. Referências KRAUSPENHAR, A.; FONSECA, G. Apuração e análise de custos. 1. ed. Rio de Janeiro: SESES, 2016. Próxima aula Principais funções de custos; Determinação dos custos por meio de visualização grá�ca; Metodologia e regressão linear; Vantagens e desvantagens de cada método. Explore mais Sugestões de vídeo Gestão Estratégica de Custos: custos na tomada de decisão;. Custo ou despesa?. javascript:void(0); javascript:void(0); Apuração e análise de custos Aula 2: Utilização de métodos quantitativos para tratamento dos custos Apresentação A contabilidade de custos está cada vez mais próxima dos gestores das organizações, sendo vista como uma ferramenta relevante no auxílio de tomada de decisões. Vários fatores têm contribuído para uma melhor gestão de custos no chão de fábrica, visando um entendimento mais e�caz na alocação dos custos. Tais fatores avançam cada vez mais na busca de melhorias e técnicas quanto ao estudo do comportamento dos custos. Vamos entender como isso funciona? Objetivos Identi�car as principais funções dos custos por meio dos métodos quantitativos; Aplicar a metodologia dos custos quanto aos pontos altos e baixos; Explicar o método de regressão linear. Palavras iniciais As grandes indústrias estão cada vez mais em busca de melhorias diante da postura de seus concorrentes, bem como do compromisso com o meio ambiente. A tecnologia também trouxe grandes avanços quanto ao aperfeiçoamento de novos produtos e uma melhor qualidade na prestação de serviços. Atenção Você deve perceber que qualquer atividade realizada em uma indústria precisa estar alinhada aos objetivos estratégicos da organização. Segundo Krauspenhar e Fonseca (2016), a procura pela e�ciência produtiva conduz os gestores a uma melhor compreensão de como os custos empresariais se comportam nas variações dos níveis de atividades, que são denominadas de direcionadores de custos. Vamos, agora, entender como estas variações funcionam em níveis de atividades. Segundo Krauspenhar e Fonseca (2016), as funções de custos ilustram de maneira matemática a �utuação de um custo em relação a uma variável descrita, por exemplo uma variação da energia elétrica de uma fábrica cujo aumento implicaria na produção através do efeito provocado, o que poderíamos demostrar por meio de grá�cos para um melhor entendimento. O comportamento dos custos é demonstrado por uma função linear, relacionando os gastos efetuados para a produção de um produto ou serviço. Agora você pode perceber que a variação linear do custo é representada por uma reta como um único direcionador. Horngren et al. (2000 apud KRAUSPENHAR et al., 2016) consideram dois pressupostos quando da análise das funções de custo: 1 As variações nos custos totais de um objeto são explicadas pelas variações de um único direcionador 2 O comportamento do custo é adequadamente descrito por uma função linear do direcionador, dentro da faixa de interesse A função custo está relacionada aos gastos efetuados por uma empresa na produção ou aquisição de algum produto. Recordando o que aprendemos na aula 1, os custos �xos são os gastos que existem todo mês, independente das quantidades produzidas. Desse modo, podemos representar a função do custo usando a seguinte expressão: C(x) = CF + Cvu * X, sendo: 1 CF será o custo �xo 2 Cvu corresponde ao custo variável unitário; 3 X será a quantidade produzida Texto Essencial Vamos ver na prática como funciona. Clique no botão acima. Na função linear do custo teremos: Você irá considerar que b representa o custo �xo. Vamos imaginar que uma indústria ao produzir 250 unidades de um determinado produto gasta R$600,00 e quando produz 450 unidades seus gastos são de R$950,00. Podemos a�rmar que o custo �xo dessa indústria será: Vamos usar a seguinte expressão matemática: f (x) = ax + b ou C(x) = CF + Cvu *x. Diante dos dados vamos usar um sistema: 600 = 250a + b (*-1) 950 = 450a + b 350 = 200a 350/200 = a a = 1,75 (achamos o valor do a) Agora, vamos aplicar o valor do a em qualquer variável para comprovar a linha reta da função linear do comportamento dos custos: 600 = 250*1,75 + b 600 = 437,50 + b 600 – 437,50 = b 162,50 = b Você observou que, ao substituirmos a na função, tivemos um valor de b equivalente a 162,50. Vamos agora substituir a na segunda função com a �nalidade de comprovarmos a variável. 950 = 450a + b 950 = 450*1,75 + b 950 = 787,50 + b 950 – 787,50 = b 162,50 = b Nas duas substituições do b que representa o custo �xo, os valores encontrados se mantiveram �xos (162,50). Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online Métodos dos pontos altos e baixos / pontos máximos e mínimos Vamos estudar outra metodologia quanto ao comportamento dos custos. Trata-se de um método que avalia os pontos altos e baixos e máximos e mínimos, estimando a função do custo quanto à produção de um determinado produto. Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online "O método dos pontos altos e baixos é uma das maneiras utilizadas para a estimativa da função de custo e pode consistir (se o analista de custo assim desejar) em uma das etapas da Análise Quantitativa para Estimativa de Custos." - KRAUSPENHAR; FONSECA, 2016 Texto Essencial Diante dos conceitos apresentados vamos entender como este método funciona. Clique no botão acima. Vamos supor que uma fábrica de sorvetes decidiu estimar seus custos de produção, custos �xos e variáveis relacionadas com a produção durante o segundo semestre de um exercício �nanceiro. Período Horas da produção Custos totais Julho 18 1.300,00 Agosto 12 800,00 Setembro 20 1.800,00 Outubro 15 1.250,00 Novembro24 2.000,00 Dezembro 22 1.850,00 Primeiro passo Vamos selecionar os meses em que houve o ponto alto e o baixo. Neste caso, teremos os meses de novembro e agosto. Período Horas da produção Custos totais Julho 18 1.300,00 Agosto 12 800,00 Setembro 20 1.800,00 Outubro 15 1.250,00 Novembro 24 2.000,00 Dezembro 22 1.850,00 Segundo passo Agora que selecionamos os pontos alto e baixo, vamos calcular a diferença dos custos e as horas da produção referente aos meses selecionados: Meses Horas da produção Custos totais Agosto 12 800,00 Novembro 24 2.000,00 Variação 12 1.200,00 Este valor que encontramos corresponde ao valor da parcela variável. Então agora vamos calcular o custo variável unitário (Cvu). Assim, temos: Cvu = CV/quantidade produzida (vamos achar o custo variável unitário, onde dividiremos o custo variável total que encontramos na variação pelas horas de produção encontradas na variação). Cvu = 1.200/12 = 100,00 (este valor corresponde ao custo unitário); Agora vamos para o próximo passo onde iremos descobrir o valor dos custos �xos e variáveis dos meses selecionados. Para encontrarmos os custos �xos, teremos que substituir na função considerando os valores máximos e mínimos do exemplo citado. Vejamos: 2.000,00 = CF + 100,00 * 24 (esta função corresponde ao ponto máximo, mês de novembro) 2.000,00 = CF + 2.400,00 CF = 2.400,00 – 2000,00 CF = 400,00 Agora vamos usar a mesma metodologia do mês do ponto baixo, agosto: 800,00 = CF + 100,00 * 12 800,00 = CF + 1.200,00 CF = 1.200 – 800,00 CF = 400,00 Você percebeu que no método quantitativo a função do custo �xo se manteve a mesma utilizando o ponto alto e baixo, ou seja, o valor encontrado foi o mesmo nas duas funções. Métodos quantitativos para análise e tratamentos de custos Neste tópico, estudaremos como o gestor segregará seus custos para tomada de decisões, ou seja, quais conhecimentos ele deve possuir para subsidiar as decisões a serem tomadas quanto aos custos de forma separada. Sabemos que os gestores enfrentam di�culdades em separar os custos mistos, ou seja, como se estimar a parte �xa e a parte variável desses custos. Garrison e Noreen (2001 apud Krauspenhar e Fonseca, 2016), enfatizam que os métodos mais comuns de análise de custos mistos são: 1 Análise da conta cada conta em consideração é classi�cada como variável ou como �xa de acordo com a experiência anterior do analista sobre como se comporá o custo em questão; 2 Abordagem da engenharia envolve a análise detalhada de qual deve ser o comportamento do custo com base na avaliação de um engenheiro industrial. Texto Essencial O uso de métodos quantitativos é de grande relevância quanto à segregação dos custos mistos. Em relação aos métodos que podem ser usados, temos o método do mínimo quadrado, sendo mais conhecido como análise de regressão. Análise de regressão. Clique no botão acima. "Diferentemente do método dos pontos altos e baixos, a Análise de Regressão inclui todos os dados coletados na amostra, e não apenas aqueles referentes ao nível máximo e mínimo atingidos do direcionador de custo. " - KRAUSPENHAR; FONSECA, 2016 Para os autores Horngren, Datar e Foster (2004), deveremos usar todos os custos do período para análise e isto proporcionará uma visão geral dos custos envolvidos na produção, sendo possível mensurar com precisão o quanto a oscilação de uma unidade na variável dependente (eixo X) impacta na variação da independente (eixo Y) ou no custo de mão de obra, por exemplo. Diante dos benefícios apresentados pela utilização dos métodos quantitativos para estudo do comportamento dos custos a análise de regressão proporciona ao gestor os seguintes benefícios, conforme citam Krauspenhar e Fonseca (2016): Estimar vendas de produtos a partir dos gastos com propaganda (aqui vamos separar as contas que proporcionaram os resultados esperados frente aos custos e despesas estimados); Estimar salários a partir do tempo de serviço (aqui vamos ter método da conferência, onde iremos trabalhar com os custos de diversos setores); Prever comportamentos de custos, despesas e resultados (aqui vamos ter o método de engenharia industrial, onde iremos considerar todos os custos envolvidos no processo produtivo). Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online Conclusão Você veri�cou que os vários métodos quantitativos estudados até aqui nos permitem uma visão do que o tratamento dos custos dentro da organização dependerá do especialista da área de produção em apresentar discussões e chegar a um consenso quanto a melhor tomada de decisão para conduzir os custos dentro dos resultados esperados pela organização. Agora, vamos colocar em prática o aprendizado desta aula. Atividades 1. A pizzaria Sabores Diversos deseja calcular seus custos através da metodologia de custos de pontos altos e baixos e apresentou seus gastos conforme o semestre a seguir: Período Quantidade produzida Custos totais Janeiro 1.100 16.500,00 Fevereiro 1.210 18.150,00 Março 1.430 21.600,00 Abril 1.320 19.800,00 Maio 930 15.600,00 Junho 1.056 15.840,00 Calcule os custos �xos utilizando os pontos máximos e mínimos. 2. A indústria de brinquedos Só Alegria, ao produzir 300 unidades de um determinado produto, gasta R$700,00 e quando produz 500 unidades seus gastos são de R$970,00, dessa forma podemos a�rmar que o custo �xo dessa indústria será: a) R$ 290,00 b) R$ 300,00 c) R$ 270,00 d) R$ 295,00 e) R$ 305,00 3. A fábrica de bonés Sol Forte, ao produzir 420 unidades, tem seus gastos no valor de R$580,00 e quando produz 620 unidades seus gastos são de R$820,00. Diante dos dados apresentados, seu custo �xo será: a) R$ 580,00 b) R$ 420,00 c) R$ 76,00 d) R$ 240,00 e) R$ 200,00 Notas Referências HORNGREN, C. T.; DATAR, S. M.; FOSTER, G. Contabilidade de custos: uma abordagem gerencial. Tradução: Robert Brian Taylor 11 ed São Paulo: Prentice Hall 2004 Taylor. 11. ed. São Paulo: Prentice Hall, 2004. KRAUSPENHAR, A. FONSECA, G. Apuração e análise de custos. 1. ed. Rio de Janeiro: SESES, 2016. Próxima aula Custos indiretos de fabricação – rateio e posterior alocação aos produtos; Cálculo da taxa e aplicação aos produtos; Possíveis ajustes. Explore mais Pesquise na internet sites, vídeos e artigos relacionados ao conteúdo visto. Em caso de dúvidas, converse com seu professor online por meio dos recursos disponíveis no ambiente de aprendizagem. Apuração e análise de custos Aula 3: Aplicação dos custos indiretos de fabricação (CIF) Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online Apresentação Nesta aula, será possível identi�car os custos indiretos de fabricação (CIF). Utilizaremos a base de rateio dos CIF e sua alocação aos produtos. Você será capaz de calcular a taxa de aplicação dos custos indiretos e poderá aplicá-la aos produtos para que, assim, possa fazer os ajustes, caso seja necessário. Vamos entender como isso funciona? Objetivos Identi�car os CIF; Praticar a alocação dos CIF aos produtos; Aplicar as taxas dos CIF. Palavras iniciais Vamos aprender agora sobre os principais conceitos dos CIF – Custos indiretos de fabricação. Segundo Krauspenhar e Fonseca (2016), os custos �xos são aqueles que não se alteram com o aumento ou diminuição da produção. Você pode perceber que, de acordo com esse conceito apresentado pelos autores, os custos permanecem �xos independentemente das quantidades produzidas. Vamos apresentar um exemplo. Exemplo Suponha que uma fábrica tenha um aluguel no valor de R$5.000,00 do galpão onde funciona a produção e, independentemente das quantidades produzidas, durante os meses do contrato o valor do aluguel permanecerá inalterado, ou seja, o aluguel da fábrica é um custo �xo. Veri�que que mesmo que a produção oscile para mais ou para menos, o valor do aluguel não mudará. Essa é uma das características dos custos �xos. O mesmo acontece com o supervisor da fábrica. Ele terá um salário �xo mensal, pois sua função será supervisionar o processo produtivo e, mesmo que a produção variemês a mês, seu salário não oscilará. "As despesas também seguem a mesma lógica dos custos �xos, ou seja, são classi�cadas como �xas e variáveis. As despesas �xas são aquelas que ocorrem independentemente de a empresa vender ou não, enquanto as variáveis são alteradas de acordo com o volume da produção." - KRAUSPENHAR; FONSECA, 2016 Alocação dos CIF aos produtos Agora que você já conhece os conceitos sobre custos �xos, vamos a sua aplicação. Os custos �xos são também considerados como custos indiretos, pois estão ligados indiretamente aos produtos por serem de difícil identi�cação. A �m de se alocar (atribuir) os custos �xos aos produtos ou serviços, deve-se, primeiro, de�nir um critério de rateio. Krauspenhar e Fonseca (2016) levantam a questão da necessidade de se conhecer a matéria-prima direta (MPD), a mão de obra direta (MOD) e os custos indiretos de fabricação (CIF) para que se possa acompanhar o custo de cada produto. Atenção Como já estudamos em aulas anteriores, a MPD e a MOD são conhecidas como custos variáveis diretos de fabricação, variam de acordo com a quantidade produzida e são fáceis de alocar aos produtos (o couro na produção do sapato, a madeira na produção da mesa) enquanto os CIF precisam de um critério de rateio para que possam ser alocados. Krauspenhar e Fonseca (2016) classi�cam os custos indiretos em: 1 Reais Também podem ser chamados de custos indiretos de fabricação efetivos. Correspondem aos CIF que efetivamente incorreram no período. 2 Aplicados Correspondem aos CIF apropriados aos produtos fabricados, pela taxa de aplicação dos CIF. 3 Taxa de aplicação dos CIF É uma maneira de pré-calcular os custos indiretos de produção ou de serviços, quando há a necessidade de se conhecer o custo de um produto antes do encerramento do exercício. "A taxa de aplicação de custos indiretos tem por �nalidade uniformizar os custos indiretos apropriados à produção em determinado período." - MEGLIORIN, 2012 apud KRAUSPENHAR, 201 Segundo Krauspenhar e Fonseca (2016), o uso da taxa de aplicação CIF tem o objetivo de normalizar (homogeneizar) o custo dos produtos ao longo do tempo, evitando oscilações bruscas em função de variações de custos e de volumes de produção. Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online Texto Essencial Para sua melhor compreensão, vamos a um exemplo no qual calcularemos a taxa dos CIF (custos indiretos de fabricação). Taxa dos CIF (custos indiretos de fabricação). Clique no botão acima. Vamos supor que a indústria de calçados Pé no Chão, que não utiliza a departamentalização (alocação dos CIF por departamentos), deseja estimar o valor dos CIF para seu exercício em vigor. Apresentamos os dados obtidos através do centro de custos da indústria. Estimativa de produção para o exercício em vigor: Calçados tipo A = 15.000 pares; Calçados tipo B = 25.000 pares; Horas máquinas calçados tipo A = 3.000h/m; Horas máquinas calçados tipo B = 5.000h/m; Custos indiretos = R$12.000.000,00. Agora que já temos os dados completos vamos calcular a taxa do CIF. Primeiro passo Vamos dividir os custos indiretos totais pela soma de horas máquinas dos dois tipos de calçados (3.000 + 5.000= 8.000 h/m): Taxa de aplicação do CIF = 12.000.000,00/8.000 h/m (neste caso você dividirá o CIF TOTAL pelo total de horas máquinas dos dois tipos de calçados). Taxa de aplicação do CIF = R$1.500,00 por hora máquina (este resultado equivale à taxa que iremos aplicar para calcular os custos �xos). Segundo passo Agora que achamos a taxa de aplicação do CIF, faremos da mesma forma com o processo produtivo. Vamos supor que a indústria de calçados Pé no Chão produziu em um determinado mês 10.000 pares de calçados tipo A e apresentou seus gastos de produção: Matéria-prima consumida = R$8.000.000,00 MOD = R$800.000,00 Horas máquinas trabalhadas no mês: 800 horas Utilizando a taxa do CIF encontrada, vamos calcular o custo total da produção do referido mês. Encontraremos o Custo Total (CT) (neste caso teremos que somar os custos variáveis + os custos �xos). Devemos aplicar a taxa do CIF: CT = CF + CV (Observe que para estimar o CF deve-se aplicar a taxa encontrada) CF = 1.500*800 = 1.200.000,00 (este resultado é a multiplicação da taxa do CIF pelo consumo de horas máquinas utilizadas no mês para produzir o calçado tipo A). Terceiro passo Agora é só somar com os custos variáveis: MP R$8.000.000,00 + MOD R$800.000,00 = R$8.800.000,00 CT = CF + CV (equivale à soma de todos os custos utilizados na produção do calçado tipo A). CT = R$1.200.000,00 + 8.800.000,00 = R$10.000.000,00 (este é nosso custo total encontrado na produção do referido mês). Você veri�cou que basta encontrarmos a taxa do CIF e aplicá-la ao cálculo para encontrarmos o custo total. Mas esse valor encontrado é referente a apenas um período do ano, haja vista que a estimativa do custo total para o exercício em vigor ainda não foi concluída. Por isso estimamos apenas um mês de produção. Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online Este método é utilizado para que o gestor da produção possa acompanhar o processo produtivo mês a mês e fazer sua relação com a estimativa projetada de acordo com a perspectiva e assim possa tomar as decisões com segurança, pois terá uma melhor visibilidade no monitoramento. Alguns exemplos clássicos de custos indiretos de fabricação: 1 Aluguel; 2 Depreciação de máquinas; 3 Impostos; 4 Manutenção de máquinas; 5 Mão de obra indireta; 6 Material indireto; 7 Salário do supervisor; 8 Seguros. Vamos �xar melhor Os custos variáveis são de fácil identi�cação e são alocados diretamente ao produto sem precisar de nenhum critério de rateio, ao contrário dos custos �xos que são de difícil identi�cação, considerados como custos indiretos de fabricação e, para que sejam alocados aos produtos, precisam de alguma forma de critério. Atividades 1. Os custos �xos são aqueles que não variam de acordo com a quantidade produzida. Uma determinada fábrica produz parafusos e apresentou seus custos para produção em um determinado período: MP = R$10.000,00; MOD = R$6.000,00; Aluguel da fábrica = R$2.000,00; Comissão de vendedores = R$1.200,00; Manutenção de máquinas da fábrica = R$500,00; Impostos da fábrica = R$300,00. Diante dos dados apresentados, é correto a�rmar que: a) Os custos variáveis equivalem a R$18.000,00. b) Os custos fixos somam R$2.800,00. c) Comissão de vendedores são custos variáveis. d) Aluguel da fábrica é custo variável. e) Impostos da fábrica é despesa. 2. Uma indústria de tecidos que não utiliza a departamentalização (alocação dos CIF por departamentos) deseja estimar o valor dos CIF para seu exercício em vigor. Apresentamos os dados obtidos através do centro de custos da indústria. Estimativa de produção em metros Seda = 10.000 metros Linho = 15.000 metros Horas máquinas calçados Seda = 2.500h/m Horas máquinas calçados Linho = 1.500h/m Custos indiretos = R$20.000,00 Diante dos dados apresentados, a taxa do CIF será: a) R$6,00 b) R$4,00 c) R$5,00 d) R$10,00 e) R$8,00 3. A fábrica de velas Luz da Paz deseja estimar seu CIF e apresentou seus custos para o período atual: Velas brancas = 4.000 unidades; Velas azuis = 2.500 unidades; Horas máquinas velasrancas = 600h/m; Horas máquinas velas amarelas = 400h/m; CIF = R$12.000,00. Durante um determinado mês do exercício, apresentou seus custos variáveis para produção de velas amarelas: MP = R$2.000,00; MOD = 1.200,00; Horas máquinas trabalhadas = 50h/m. Diante dos dados apresentados, o custo total da produção do mês será: a) R$12,00 b) R$3.200,00 c) R$4.200,00 d) R$3.800,00 e) R$3.600,00 4. A indústria de guarda-chuvas Tempestade apresentou seus gastos de produção durante um determinado período: MP = R$25.000,00; Salário supervisor da fábrica = R$5.000,00; Seguro da fábrica = R$1.000,00; MOD = R$20.000,00; Aluguel da administração = R$1.500,00; Depreciação de máquinas da fábrica = R$600,00. Diante dos dados apresentados, os CIF equivalema: a) R$6.000,00 b) R$5.600,00 c) R$31.600,00 d) R$8.100,00 e) R$6.600,00 5. A fábrica de vassouras Limpa Rápido possui seu centro de custos que faz todo o controle quantos aos custos �xos e custos variáveis. Para o centro de custos dessa fábrica são considerados custos �xos: a) Matéria-prima consumida b) Mão de obra direta c) Aluguel da fábrica. d) Impostos da administração. e) Comissão de vendas. Referências KRAUSPENHAR, A. FONSECA, G. Apuração e análise de custos. 1. ed. Rio de Janeiro: SESES, 2016. Próxima aula Principais sistemas de custeamento; Sistema de custeamento por ordem; Etapas de produção por ordem de custos diante do cenário econômico; Critérios para determinação da receita em um sistema. Explore mais Explore mais Para saber mais sobre os assuntos estudados nesta aula, leia o artigo Custo Indireto de Fabricação aplicado. javascript:void(0); Apuração e análise de custos Aula 4: Sistema de custeamento por ordem de produção Apresentação O Sistema de apuração e análise de custos está relacionado ao processo produtivo. Você perceberá como as formas de apuração de custos serão registradas e transferidas internamente para o chão de fábrica. Nesse processo, veremos ainda como esse sistema poderá interferir na tomada de decisão quanto a produzir ou não um determinado produto baseando-se na medida de seus custos de produção. Objetivos Reconhecer os principais sistemas de custeamento; Aplicar as etapas de produção por ordem de custos; Exempli�car a acumulação dos custos no sistema de ordem de produção. Sistemas de acumulação de custos Segundo Leone (2012 apud Krauspenhar e Fonseca, 2016), o sistema de custos refere-se a arquivos nos quais a contabilidade objetiva registrar todas as etapas do processo produtivo, ou seja, registram-se todos os dados de uma atividade. De acordo com Krauspenhar e Fonseca (2016), um dos critérios de apuração de custos leva em consideração o processo produtivo, que ocorre quando uma indústria produz itens padronizados de maneira contínua, em série. Desse modo, o sistema de acumulação de custos será registrado na contabilidade quando a indústria produzir constantemente um determinado produto. Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online Dica Para que você tenha melhor êxito no entendimento, o custo unitário de um determinado produto referente a sua apuração estará relacionado ao custo médio da produção, isto é, a relação entre quantidade produzida e custo total da produção. Para explicar melhor, vamos a um exemplo: Exemplo Vamos supor que a empresa Floral S.A. produz fornos micro-ondas, os quais possuem especi�cações que estão de�nidas pelo fabricante, levando a produção de forma padronizada e contínua. No �nal do mês, a Floral apresentou um custo total de R$29.250,00 referente à produção total de 130 fornos. Para que você descubra o valor unitário da produção do mês, terá que dividir o custo total (R$29.250,00) pela quantidade produzida (130). Então obterá o custo unitário do forno micro-ondas equivalente a R$225,00. Esse valor será o custo médio unitário da produção. Segundo Krauspenhar e Fonseca (2016), os sistemas básicos de acumulação de custos que se destinam a custear produtos e serviços são os seguintes: 1 Sistema de custeamento por ordem ou encomenda 2 Sistema de custeamento por processo. Características A produção por ordem de serviços caracteriza-se pela produção por encomenda, de maneira descontínua e não padronizada. Os itens são produzidos de acordo com as especi�cações de cada cliente, ou seja, o produto possui características únicas. As empresas que trabalham com essa modalidade não produzem em grandes quantidades e não têm a intenção de manter grandes estoques em suas fábricas, haja vista que a produção é realizada por encomenda de acordo com a vontade de cada cliente. Desse modo, você conseguirá entender que cada ordem de serviço expedida para a produção da encomenda do cliente terá o seu custo �nalizado de acordo com os seus gastos. Vamos exempli�car para um melhor entendimento. Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online Exemplo Digamos que você queira mobilhar sua sala e deseja móveis planejados. A empresa É de Casa é especialista em produzir móveis sobre encomenda e irá confeccioná-los de acordo com suas especi�cações e medidas. Dessa forma, a empresa não fará estoques por se tratar de um produto por encomenda. Isso é o oposto da produção por processo, onde os produtos são idênticos, padronizados, com produção contínua e em série. A�nal, o que vem a ser uma OP? Vamos ao passo a passo para a execução de uma OP. Segundo Krauspenhar e Fonseca (2016): 1 Sistema integrado – Neste caso, utilizaremos um sistema através de um software integrado de gestão (ERP), que realizará automaticamente a ordem de produção, ou seja, os pedidos dos clientes por ordem de encomenda. Após isso, teremos todas as etapas do processo produtivo atualizadas, tais como preço de vendas, custos dos produtos, estoque. 2 Sistema eletrônico manual – Aqui utilizaremos planilhas eletrônicas simples, as quais serão alimentadas manualmente ao longo de todo o processo de fabricação da encomenda, bastando termos conhecimento dos insumos utilizados. Neste caso, todas as informações são atualizadas manualmente, haja vista que o sistema não está integrado aos demais sistemas de custos internos. 3 Sistema manual – O controle é feito através de anotações baseadas em lembranças anteriores de todas as fases doprocesso, de�nindo assim estimativas com especi�cações aproximadas para produção de bens Apurações dos resultados de uma produção por ordem (OP) "No custeamento por ordem, os custos serão apropriados tendo em conta o tempo de fabricação, pois uma ordem de serviço (produção) pode ser concluída em poucos dias (curto prazo) ou até em alguns anos (longo prazo)." - KRAUPENHAR; FONSECA, 2016 A OP acumulará os custos de acordo com o processo da produção, sendo encerrada somente quando ele for concluído. Desse modo, a forma de apuração do resultado poderá sofrer variações de acordo com o tempo de fabricação. Caso a encomenda seja de curto prazo, os custos durante a fabricação são acumulados em conta própria, identi�cados pelo número da OP, e transferidos para CPV (custos dos produtos vendidos) ao �nal da produção. Assim teremos uma receita igual ao valor contratado, podendo ser sofrer reajustes. Veja a seguir alguns exemplos práticos. Exemplos práticos Clique no botão acima. Exemplos práticos Vamos supor que uma encomenda seja concluída após dois anos de seu início, ou seja, uma encomenda de longo prazo. É aceitável que os preços combinados na data da contratação, bem como os custos para o processo produtivo, estejam defasados no �nal do período e precisem ser reajustados. O reconhecimento da receita no momento da entrega ao cliente será feito com seu valor atualizado. Vamos exempli�car com uma prática referente a um pedido de longo prazo. Vamos supor que uma indústria fechou um contrato para entrega de um equipamento sob encomenda cujo tempo de produção equivale a três anos. Desse modo, haverá a possibilidade de que o produto não seja concluído no primeiro ano. Você deve estar se questionando como apurar o resultado do exercício no primeiro ano e qual será o valor da receita, haja vista que o cliente ainda não foi atendido quanto à entrega do pedido. Neste caso, iremos transferir para o resultado, como CPV (custo do produto vendido), os custos acumulados no exercício em vigor. Por exemplo, uma indústria que fabrica, sob encomenda, produtos que demoram mais de dois anos para serem concluídos. É possível que, ao aceitar um pedido, não encerre nenhuma encomenda no primeiro ano, ou termine um número reduzidos delas. Nesse caso, como deverá apurar o seu resultado do exercício? Vamos demonstrar seguindo a situação hipotética acima sobre o pedido de um produto cujo prazo de fabricação é de três anos. Dados: Custo estimado do produto: R$40.000,00 Preço de venda contratual:R$58.000,00 A empresa pretende uma margem de lucro de 45% Qual será a receita no primeiro ano, considerando que o custo acumulado foi de R$10.000,00? A regra é transferir para o resultado, como CPV, os custos acumulados no exercício social. Qual deverá ser o valor da receita, já que nada foi entregue ao cliente? Para resolver essa questão, será necessário adotar um dos critérios, a saber: Proporcionalidade do custo total; Proporcionalidade do custo de conversão. Pelo critério da proporcionalidade do custo total Deve-se determinar a receita proporcionalmente aos custos acumulados, assim: Custo estimado............................40.000,00 Preço de venda............................58.000,00 Margem de lucro 45%..................18.000,00 Relação preço/custo.....................1,45 (este resultado você obtém dividindo o preço de venda R$58.000,00 pelo custo estimado R$40.000,00). Isso quer dizer que, para cada R$1,00 de custo apropriado à encomenda, será atribuído R$1,45 de receita. Logo: No 1º exercício social a receita será: Receita = Custo acumulado * R$1,45 Receita = R$10.000,00 * R$1,45 = R$14.500,00. Você irá multiplicar o custo acumulado no primeiro ano, que equivale a R$10.000,00, por 1,45 e o resultado será a receita do primeiro ano R$14.500,00 No 2º exercício social vamos ver o que ocorreu: 1. Revisão dos custos superior em 25% ao estimado; 2. Revisão do preço de venda em 40%; 3. Custos acumulados no 2º ano: R$20 mil; 4. Alteração da margem de lucro para 62.4 %. Custo estimado = 50.000,00 (25% sobre o custo estimado do período anterior que foi de R$40.000,00). Preço de venda = 81.200,00 (40% sobre o preço de venda do período anterior que foi de R$58.000,00). Margem de lucro 45% = 31.200,00 (diferença entre o preço de venda e o custo estimado). Relação preço/custo = 1,624 (vamos usar o mesmo método do primeiro período, dividir o preço de venda pelo custo estimado). Receita = Custo acumulado * R$1,624 Receita = R$32.480,00 No 3º exercício social, ocorre: 1. O término da ordem de produção; 2. A entrega do produto ao cliente; 3. O faturamento do produto. Agora vamos ver como �caram os valores com o término da produção do último período, no caso o terceiro ano. Como não houve alterações no custo estimado e nem no preço de vendas, mantivemos os valores. E os custos acumulados? Utilizaremos o custo total do último período R$50.000,00. Custo estimado = 50.000,00 (25% sobre o custo estimado do período anterior que foi de R$40.000,00). Preço de venda = 81.200,00 (40% sobre o preço de venda do período anterior que foi de R$58.000,00). Margem de lucro 45% = 31.200,00 (diferença entre o preço de venda e o custo estimado). Relação preço/custo = 1,624 (vamos usar o mesmo método do primeiro período, dividir o preço de venda pelo custo estimado). Agora vamos ver o valor da receita, ou seja, quanto o cliente irá pagar pelo produto: 50.000*1.624 = 81.200,00 (veja que a receita é igual ao valor do preço de venda estimado para o último período). Pelo critério do custo de conversão É utilizado quando há componentes, de terceiros, já prontos e que tenham participação no custo estimado para uma encomenda. Por estar incluída no custo total a parcela relativa a itens que não representam esforços da própria empresa, e sim valores adquiridos prontos de terceiros, prefere-se muitas vezes excluir esse item do cálculo, não se apropriando o lucro sobre eles. Aplicação prática Custos por responsabilidade Uma das caraterísticas deste sistema é a descentralização. Pode ser dentro de uma organização, um setor, um departamento, uma diretoria. O que acontece de fato por controle de atividade é a distribuição de poder, de autoridade. A competência para tomada de decisões sai da che�a e se distribui pelos demais departamentos, os custos são acumulados e distribuídos de acordo com seu centro de responsabilidade. Segundo Krauspenhar e Fonseca (2016), com a �nalidade de controle das operações e dos próprios custos, procuram-se identi�car os custos por departamento, por setor, por centro, por unidade etc. De acordo com esse pensamento, sempre haverá um responsável pela administração do objeto de custeio. Os custos serão identi�cados, direta ou indiretamente, aos departamentos ou aos centros de responsabilidade. Descentralização e responsabilidade Assim, o sistema contábil deve ser preparado de acordo com a estrutura e com os objetivos organizacionais, representando a contabilidade pela responsabilidade, uma das formas (modelos) de estruturação contábil baseada no critério de delegação da autoridade, seja ela por centro, departamento, atividade ou outras formas. Atenção Compreendendo a mecânica desse modelo contábil, é possível apontar alguns de seus objetivos: O controle das atividades/departamentos/pessoas; A descentralização da tomada de decisões; A motivação do quadro do pessoal e sua maior motivação; O planejamento de novas estratégias e projetos; A avaliação do desempenho setorial e de pessoal. Vamos agora colocar em prática o aprendizado desta aula. Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online Atividades 1. O sistema de custos refere-se a arquivos nos quais a contabilidade objetiva registrar todas as etapas do processo produtivo, ou seja, registram-se todos os dados de uma atividade. Assinale a opção em que o sistema de custo é de forma contínua e tem sua produção em série: a) Custeio por encomenda. b) Custeio por ordem de processo. c) Custeio por responsabilidade. d) Custeio por descentralização. e) Custeio por centralização. 2. A indústria Pedalando Feliz, produz bicicletas que possuem especi�cações de�nidas pelo seu setor de design, levando a produção de forma padronizada e contínua. Em determinado mês, a indústria produziu 250 bicicletas e apresentou o custo total de R$53.250,00. Diante dos dados apresentados qual o custo médio unitário da bicicleta: a) R$215,00 b) R$210,00 c) R$213,00 d) R$220,00 e) R$205,00 3. Uma das caraterísticas deste sistema é a descentralização, é a distribuição de poder, de autoridade, você tira a tomada de decisão da che�a e distribui pelos demais departamentos, de acordo com a contextualização. Assinale a opção correta quanto ao modelo de gestão a que o texto faz referência: a) Distribuição b) Etapas c) Quantidades d) Responsabilidade e) Ordem de produção 4. Uma indústria recebeu um pedido para a produção de um determinado produto cujo processo produtivo ocorrerá em dois anos e apresentou ao seu cliente os dados para o processo produtivo: Custo estimado = R$30.000,00; Preço de venda = R$46.500,00; Lucro estimado = 55%; Custo acumulado no primeiro ano = 14.000,00. Diante dos dados apresentados qual o valor da receita para o primeiro ano: a) R$23.250,00 b) R$21.700,00 c) R$25.575,00 d) R$22.500,00 e) R$23.500,00 5. Uma indústria de engenharia recebeu um pedido cuja fabricação do produto será realizada em quatro anos. E apresentou seus dados para a produção referente ao período: Custo estimado = R$60.000,00; Preço de venda = R$78.000,00; Lucro estimado = 30%; Custo acumulado no primeiro ano = 15.000,00. No segundo ano, ocorreu o seguinte: I. Revisão dos custos estimados em 25% superior ao estimado; II. Revisão do preço de venda em 35%; III. Custos acumulados no 2º ano: R$18 mil; IV. Alteração da margem de lucro para 40.4%. Diante dos dados apresentados, a receita do segundo período equivale a: a) R$19.500,00 b) R$23.400,00 c) R$21.000,00 d) R$25.200,00 e) R$22.200,00 Referências KRAUSPENHAR, A. FONSECA, G. Apuração e análise de custos. 1. ed. Rio de Janeiro: SESES, 2016. Próxima aula Sistema de custeamento por processo; Principais métodos de apuração de estoques. Explore mais Para saber mais sobre os assuntos estudados nesta aula, faça a leitura do artigo: Acumulação de custos por processo - uma proposta em uma siderúrgica. . javascript:void(0); Apuração e análise de custos Aula 5: Custeamento por processo Apresentação Na aula anterior, vimos o sistema de custeamento pelo processocontínuo, onde a produção é feita em série e a indústria forma estoque. Conhecemos também o processo por encomenda cuja produção é especí�ca de acordo com a vontade do cliente e a fábrica não vê a necessidade de manter estoques desses pedidos. Nesta aula, vamos continuar com nossos estudos onde faremos uma abordagem sobre o custeamento por processo, focando suas principais características. Objetivo Explicar o custeamento por processo; Analisar as diferenças entre o grau de acabamento e os componentes do custo (MP, MOD e CIF); Exempli�car a acumulação dos custos na ordem de produção. Palavras iniciais Como já estudamos em aulas anteriores, os custos são inicialmente identi�cados por seus tipos de gastos (diretos e indiretos) e posteriormente alocados aos produtos através de formas de rateios. Isso nos leva a re�etir que tais processos são conduzidos de forma especí�ca, criando-se os centros de custos. As quantidades produzidas são sempre transferidas para uma próxima fase, ou seja, para os próximos centros de custos. O modelo de produção contínua estabelece que os itens sejam produzidos em massa, com características iguais e destinados para a venda. Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online Diante desse contexto surge a seguinte dúvida: como obter o resultado do exercício do estoque na produção contínua? Para responder a esse questionamento, utilizaremos a equivalência de produção. Equivalência de produção Segundo Krauspenhar e Fonseca (2016), equivalência de produção signi�ca o número de unidades que seriam totalmente iniciadas e acabadas se todo um certo custo fosse aplicado só a elas, ao invés de ter sido usado para começar e terminar algumas e apenas elaborar parcialmente outras. Para que a equivalência de produção ocorra, precisamos conhecer sobre o grau de acabamento (GA). Isso signi�ca o quanto de custo uma fábrica recebeu para iniciar e �nalizar a produção no seu total. Nesse caso, o GA seria 100%, haja vista que a carga de custo aplicada foi totalmente concluída. "O grau de acabamento não deve ser visto apenas como o signi�cado físico (o quanto se possui de custos para produzir), mas sim de forma econômica, ou seja, o resultado em termos monetários." KRAUSPENHAR; FONSECA, 2016 Exemplo Desse modo, vamos exempli�car para que você possa ter uma melhor compreensão. Produção equivalente com diferentes graus de acabamento javascript:void(0); Veremos agora como avaliar os estoques quando há diferentes graus de acabamento de um produto por item de custo. Para isso, vamos utilizar um exemplo no qual serão utilizados os critérios de avaliação de estoques PEPS e Custo Médio. Exemplo A Cia. Platiada iniciou suas atividades ano passado, terminando o exercício com um estoque de 500 unidades em elaboração. Seus custos em estoques foram: Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online ITEM GRAU ACABAMENTO UND EM ELABORAÇÃO CUSTO ESTOQUE MD 100 % 500 R$ 50.000,00 MOD 70 % 500 R$ 29.000,00 CI 70 % 500 R$ 48.000,00 TOTAL DE PRODUTOS EM ELABORAÇÃO R$ 127.000,00 Observa-se que haverá 30% dos produtos para acabar no exercício seguinte. (apenas 70% da MOD e dos CI foram concluídos). No exercício atual, são completadas as 500 unidades do exercício anterior e iniciadas outras 900 unidades, das quais 750 foram acabadas. Os graus de acabamento por item de custos referentes às 150 unidades em elaboração e o valor total de gasto em cada item no período são: ITEM GRAU ACABAMENTO GASTOS INCORRIDOS MD 100 % R$70.000,00 MOD 50 % R$50.00,00 CI 50 % R$90.000,00 Nesse quadro você pode observar o grau de acabamento de cada item do custo. O MD foi totalmente utilizado na produção, enquanto apenas 50% da MOD e dos CI foram utilizados. Baseados nessas informações, calcularemos os custos utilizando o PEPS. Utilização do critério primeiro que entra, primeiro que sai (PEPS) Por este critério, o custo total de produção do 2º período foi utilizado para: 01 Concluir primeiramente os 30% da produção do exercício anterior (lembre-se que ainda restaram 150 unidades das500 em elaboração); 02 Em seguida, iniciar e concluir as 750 unidades do exercício atual (estas unidades referem-se às 900 que foraminiciadas e somente 750 acabadas, �cando assim 150 em elaboração); 03 Finalmente, iniciar as 150 unidades que não foram concluídas (são as unidades que �caram em elaboração). Veja como �cará a produção equivalente do exercício atual: Das 500 unidades que �caram em andamento do ano anterior (30%) = 150 unidades; Das 750 unidades que foram iniciadas e concluídas (100%) = 750 unidades; Das 150 unidades que foram iniciadas e não concluídas (50%) = 75 unidades; Quantidade da produção equivalente = 975 unidades. Calcularemos agora o custo unitário da produção equivalente, dividindo o custo total apresentado na tabela abaixo pela produção equivalente de cada item do custo. Os custos atribuídos no 2º período serão: Item Prod. Equivalente Custo Total Custo Unitário MD 750 + 150 = 900 70.000 77,78 MOD 975 50.000 51,28 CI 975 90.000 92,31 O estoque �nal de produtos em elaboração será: Agora que encontramos o custo unitário de cada item, multiplicaremos pela produção equivalente. Observe que O MD foi utilizado 100%, enquanto a MOD corresponde a 50% dos produtos em elaboração e os CI também correspondem a 50% dos produtos em elaboração. ITEM Prod. Equivalente Custo Unitário Custo Total MD 150 77,78 R$ 11.667,50 MOD 150 x 50% = 75 51,28 R$ 3.846,00 CI 150 x 50% = 75 92,31 R$ 6.923,25 Total dos produtos em elaboração 22.436,75 O estoque �nal de produtos acabados será: Custo do período anterior = R$127.000,00 (+) Custo do período atual MD = 750 x 77,78 = R$58.335,00 MOD = (500 x 30% = 150) x 51,28 = R$6.792,00 750 x 51,28 = R$38.460,00 CI = (500 x 30% = 150) x 92,31 = R$ 13.846,50 750 x 92,31 = R$ 69.232,50 Total de produtos acabados = R$ 313.666,00 Utilização do critério pelo custo médio O critério parte da premissa de que o custo de material direto do período anterior deve ser somado ao custo do período atual, uma vez que esse item foi totalmente aplicado no processo produtivo. Também devem ser consideradas as unidades em elaboração. Dessa forma, a produção equivalente do material direto será de 1.400 unidades (500 + 750 + 150), sendo as 500 unidades do período anterior, as 750 concluídas do período atual e as 150 que �caram em elaboração. Em relação à MOD e ao Custo Indireto, a produção equivalente será de 1.325 unidades, ou seja, 500 unidades do período anterior, 750 acabadas no período atual e mais 150 unidades, das quais foram concluídas apenas 50% (75 unidades). Assim, baseando-se nos dados do exemplo da Cia. Platinada, teremos a seguinte atribuição de custos: Item Prod. Equivalente Custo Período Anterior Custo Período Atual Custo Total MD 1.400 50.000 70.000 130.000 MOD 1.325 29.000 50.000 79.000 CI 1.325 48.000 90.000 138.000 Item custo unitário Para que você encontre o custo unitário de cada item, basta dividir o custo total pela quantidade da produção equivalente. Veja abaixo (vamos sempre considerar duas casas após a vírgulas com os devidos arredondamentos quando necessário). MD. 92,86 MOD. 59,62 CI. 104,15 TOTAL.256,63 Agora você multiplica o custo médio unitário pela produção equivalente. ITEM Prod. Equivalente Custo Unitário Custo Total MD 150 92,96 13.944,00 MOD 75 59,62 4.471,50 CI 75 104,15 7.811,25 Total dos produtos em elaboração 26.226,75 Já o estoque �nal de produtos acabados será: 1.250und x R$256,63 = R$320.787,50. Agora, vamos colocar em prática o aprendizado desta aula. Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online Atividades 1. A fábrica de canetas Escrita Certa apresentou seus custos referentes à produção de um único tipo de caneta: Matéria-prima = 25.000,00; MOD = R$15.000,00; CIF = R$8.000,00; Produção acabada = 3.000 unidades; Produtos em elaboração = zero. Diante dos dados apresentados, o custo unitário da produção acabada será: a) R$ 13,33. b) R$ 15,00. c)R$ 16,00. d) R$ 20,00. e) R$ 14,00. 2. A fábrica de vassouras Limpa Tudo durante um determinado período apresentou seus custos para a produção um único tipo de vassouras: MP = R$7.500,00; MOD = R$5.000,00; CIF = R$3.500,00; Produtos Acabados (PA) = 2.200 unidades; Produtos em Elaboração (PE) = 300 unidades; Grau de Acabamento (GA) = 60%. Diante dos dados apresentados, o custo unitário da produção é equivalente a: a) R$ 6,40 b) R$ 7,27 c) R$ 5,00 d) R$ 6,72 e) R$ 7,61 3. A indústria Tudo para o Lar que produz garrafas térmicas, durante um determinado período iniciou sua produção de 800 garrafas térmicas e no �m deste determinado período nenhuma quantidade de garrafas foi concluída. As informações colhidas do centro de custo foram as seguintes: 100% do material direto foi utilizado na produção; Na MOD os produtos estão 70% acabados; Nos custos indiretos os produtos estão 40% acabados. De acordo com os dados apresentados, as quantidades equivalentes de MD, MOD e custos indiretos são, respectivamente: a) 560, 320, 800 b) 800, 560, 320 c) 320, 560, 800 d) 800, 320, 560 e) 560, 800, 320 4. A grá�ca Primeira Impressão apresentou seus custos para a produção de 2.000 cartazes da campanha Verão Saudável, com prazo para entrega no segundo bimestre do exercício. Referente ao primeiro bimestre de 2018, sabe-se que nenhum cartaz foi concluído, mas que o material direto foi 100% utilizado no início da produção, que na MOD os cartazes estão 60% acabados e os custos indiretos estão 70% acabados. E seus custos para a produção dos cartazes foram os seguintes: Materiais diretos = R$2.500,00; MOD = R$1.500,00; Custos indiretos = R$1.000,00. Total dos custos = R$5.000,00 Diante das informações apresentadas, o custo total dos produtos acabados equivale a: a) R$2.500,00 b) R$4.100,00 c) R$5.000,00 d) R$4.000,00 e) R$3.500,00 5. A fábrica de capas de chuva Tempestade utiliza o sistema de custeamento por processo. Em um determinado mês, iniciou sua produção inicial de 500 capas de chuva. Sabe-se que não havia estoque inicial e que 400 capas foram concluídas no período. Diante das informações apresentadas, o total de custos de produção e o grau de acabamento das 100 unidades remanescentes em elaboração, por componente de custo são: De acordo com os dados apresentados o saldo da conta produtos em elaboração será: Tipo de Custo Custos Incorridos Grau De Acabamento Matéria-prima R$ 4.000,00 100% MOD R$ 2.530,00 60% CI R$ 1.880,00 70% a) R$ 1.410,00 b) R$ 6.834,00 c) R$ 8.410,00 d) R$ 1.630,00 e) R$ 2.130,00 Notas Referências KRAUSPENHAR, A. FONSECA, G. Apuração e análise de custos. 1. ed. Rio de Janeiro: SESES, 2016. Próxima aula Principais conceitos do custo-padrão; Elaboração do planejamento para o processo produtivo; Exemplos de principais ferramentas do custo-padrão. Explore mais Para saber mais sobre os assuntos estudados nesta aula, leia o artigo: Grau de acabamento e unidades equivalentes de produção - uma abordagem conceitual e empírica <//www.scielo.br/pdf/cest/n24/n24a01.pdf> . https://www.scielo.br/pdf/cest/n24/n24a01.pdf Apuração e análise de custos Aula 6: Custo-padrão Apresentação O planejamento é uma ferramenta de grande relevância para as organizações dos diversos setores. Os gestores planejam suas ações com foco em resultados e�cientes e efetivos na busca da excelência organizacional. A contabilidade de custo não poderia �car de fora da arte de planejar. Nesta aula, será possível de�nir as noções básicas aplicadas ao custo-padrão, elaborar o seu planejamento para que as empresas possam utilizá-lo com segurança no processo produtivo, além de apresentar suas principais ferramentas. Objetivos De�nir os conceitos do custo-padrão; Explicar o planejamento do custo-padrão no processo produtivo; Identi�car o custo-padrão como ferramenta de controle. Palavras iniciais Os grandes centros de custos dentro das organizações buscam aperfeiçoar o planejamento na produção de suas diversas linhas de produtos a �m de evitar desperdícios de materiais, mão de obra ociosa, horas-máquina com tempo extrapolado e outros imprevistos que possam surgir durante o processo produtivo. Diante da busca por esse aperfeiçoamento, surgiu o custo-padrão . As indústrias buscam custos planejados que sejam calculados antes do início da produção contínua de determinado produto. 1 Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online A�nal, existem vantagens em usar o custo-padrão? Clique no botão acima. A�nal, existem vantagens em usar o custo-padrão? Ao analisarmos o custo-padrão, perceberemos que esse ele proporciona benefícios para a organização no sentido de controlar e aperfeiçoar custos à medida que se tem um planejamento que envolve gastos e quantidades a serem produzidas, possibilitando a simpli�cação quanto aos processos de custos de tal forma que se possa remover o que não agrega e medir a e�ciência do sistema produtivo. Segundo Krauspenhar e Fonseca (2016), outro fator relevante quanto ao ponto de vista gerencial se condiciona ao gestor poder fazer comparações entre o custo-padrão ideal, ou seja, aquele custo que foi planejado antes do início do processo produtivo, e o custo real, o custo que foi utilizado no processo de fabricação dos produtos da organização. Desse modo, será possível avaliar inventários de desempenho dos custos, identi�car variações e elaborar estratégias de melhorias para que se possa alcançar bons resultados e assim a organização possa �xar sem margens de erro o seu preço de venda. Krauspenhar e Fonseca (2016) enfatizam que o custo-padrão é utilizado como arma de controle dentro das organizações, sendo ideal para que se possa ter uma melhor visão na utilização dos custos diretos e indiretos no processo produtivo. Nesse sentido, o custo-padrão é uma ferramenta auxiliar para a contabilidade de custos, podendo ser utilizado como informação gerencial à medida que serve como parâmetros de confronto com os custos reais, não havendo necessidade de ser contabilizada, sendo visto apenas como controle. Diante da contextualização do custo-padrão apresentado para você, vamos agora estudar a terminologia desses custos. O custo-padrão seria o custo ideal para as empresas, haja vista a grande necessidade em se alcançar um excelente desempenho diante das estratégias criadas para poder atingir as metas planejadas, mas que nem sempre serão alcançadas. Não queremos dizer que elas não sejam alcançáveis, mas o fato é que, durante o processo produtivo, os insumos necessários na fase da produção sofrem oscilações e precisam de uma análise criteriosa para que possam ser ajustados. Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online Terminologia https://estacio.webaula.com.br/cursos/gon029/aula6.html Vamos conhecer as diversas de�nições dos conceitos apresentados do custo-padrão. Existem três conceitos utilizados pelos autores Krauspenhar e Fonseca (2016), os quais são: Clique nos botões para ver as informações. Trata-se do custo ideal para a organização, o que não signi�ca que não possa ser alcançado. Podemos entender que o custo-padrão real seria o custo da produção utilizado com o máximo de esforços para o alcance dos resultados desejados. Este custo tem como características: A utilização da matéria-prima sem que haja desperdício; Utilização de máquinas na máxima potência; Mão de obra ociosa dentro do chão de fábrica. Essas características possibilitam ao gestor um melhor controle sobre todas as fases do processo produtivo. Custo-padrão real É considerado como um custo ideal adaptado, permitindo o seu alcance, sendo um valor que a empresa considera difícil de ser alcançado, mas não impossível, levando em consideração as di�culdades enfrentadas no dia a dia da empresa em um processo produtivo que leva em consideração os recursos que a empresa tem disponíveis para serem utilizados. Baseia-se ainda em experiências vividas frente às possíveis falhas encontradas nos processos produtivos e trabalhando- as estrategicamente paraas produções futuras. O custo-padrão corrente utiliza os dados físicos e monetários, sendo determinados com bases racionais, considerando ainda as perdas e as sobras normais de materiais, a ine�ciência ou ganho de produtividade da mão de obra. A meta estabelecida do custo-padrão corrente é de curto e médio prazo, onde os montantes são �xados para que a organização busque os resultados a serem alcançados. Custo-padrão corrente É um custo que possui metas fáceis de serem alcançadas, haja vista que sua meta é baseada na média de determinado período passado e caso apresente algumas falhas, haverá necessidade de pequenos ajustes para correções. A sua principal vantagem é que sempre será estabelecido com bases de períodos anteriores, criando assim expectativas para possíveis ajustes caso apresente falhas nos períodos analisados. Diante dos conceitos apresentados você percebeu que cada tipo de custo-padrão tem suas características próprias e assim podemos fazer algumas comparações entre eles. No custo-padrão ideal podemos observar que existe o esforço para que todos os insumos sejam usados sem desperdícios, evitando assim a perda dos recursos disponíveis. Lógico que seria o ideal, mas este tipo de custo não está no dia a dia da empresa, ou seja não é um custo usual dentro do processo produtivo, servindo apenas para fazer comparações entre períodos para que assim se possa analisar a evolução da empresa quanto a fabricação dos produtos. Já o custo-padrão corrente e um custo que trabalha em cima das falhas e desperdícios para que se possa fazer os ajustes necessários frente às di�culdades enfrentadas pela empresa em todas as fases do processo produtivo. Para que você tenha um melhor entendimento quanto ao custo-padrão corrente, vamos supor que uma fábrica de tecidos possui máquinas que precisam de manutenção constante e que a ausência da manutenção pode ocasionar danos ao processo produtivo. Podemos também citar a aquisição de matéria-prima de baixa qualidade, que poderá resultar em peças com falhas. Nesse caso, o custo-padrão corrente irá trabalhar essas di�culdades enfrentadas pela fábrica de tecidos, procurando corrigi-las e estabelecendo metas diante das de�ciências da fábrica. Custo-padrão estimado Utilização Agora que você já conhece a terminologia do custo-padrão, vamos conhecer sua aplicação dentro do processo produtivo. O custo-padrão faz parte do planejamento da organização e serve como orçamento dos custos com a �nalidade de controle dos custos empresariais. No aspecto gerencial, o controle do custo-padrão possibilita ao gestor fazer comparações entre o planejado e o que realmente aconteceu no processo produtivo dentro do período analisado, permitindo correções e ajustes caso sejam detectadas no processo possíveis falhas, variações negativas etc. Diante de tais dados, os gestores poderão tomar decisões compartilhadas com o departamento da contabilidade de custos para realizarem as devidas correções dentro da perspectiva da organização. Dica O custo-padrão também serve como ferramenta motivacional dentro das organizações, atuando como incentivo aos funcionários quanto ao desempenho para o alcance das metas estabelecidas. Outro fator importante do custo-padrão é que ele também é direcionado para a formação do preço de venda. O custo-padrão pode ser utilizado na formação de preços de venda, pois exerce in�uência sobre eles à medida que os produtos e serviços são colocados à disposição do consumidor. Dessa forma, o custo é apresentado com uma variável que possui valores relevantes, podendo afetar o preço de venda no mercado. Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online Esse método tem como principal função auxiliar o controle de custos da empresa, conferindo um padrão de conduta de custos. Desse modo, o custo-padrão visa obter um grau de desempenho satisfatório no alcance de seus resultados alcançados. Fixação entre o custo-padrão e o custo real Clique no botão acima. Fixação entre o custo-padrão e o custo real A tarefa de �xar o custo-padrão e o custo variável é bem simples, basta que você veri�que o que foi planejado e o que realmente aconteceu no chão de fábrica. Esta análise nos permite avaliar onde aconteceram divergências entre o custo real e o planejado, e nos dará parâmetros para as devidas correções. Para melhor entendimento, vamos supor que você planejou uma viagem turística e que o valor orçado da viagem incluindo hospedagem, alimentação, transporte e lazer fosse de R$3.500,00 e que no �nal da viagem você, ao fazer as contas de todos os gastos, descobriu que o valor somou R$4.000,00. Neste caso, você teve uma variação desfavorável de R$500,00, ou seja, gastou R$500,00 a mais do que o planejado e para uma próxima viagem deverá rever os custos orçados para que situações como essa não ocorram. A análise das diferenças entre o custo real e o custo-padrão nos permite identi�car as causas das divergências. Denominaremos de variação a diferença entre o custo real e o custo-padrão. Vejamos: Real > padrão – resultado desfavorável – quando o custo real for maior que o padrão. Exemplo: Uma fábrica planejou R$2.000,00 de custos e realizou R$2.600,00. Neste caso, o custo real foi maior que o planejado em R$600,00. Chamaremos essa diferença de variação desfavorável; Real < padrão – resultado favorável – quando o custo real for menor que o padrão. Exemplo: Uma fábrica planejou R$3.200,00 de custos e realizou R$2.900,00 – Neste caso, o custo real foi menor que o custo-padrão em R$300,00. Chamaremos essa diferença de variação favorável. Agora você irá testar seu aprendizado. Atividades 1. Uma indústria de calçados identi�cou falhas no processo produtivo, pois o desperdício de material estava ocasionando prejuízos. Após uma análise minuciosa pela engenharia de produção, ao identi�car as causas entre o custo-padrão e o custo real, foi percebido que a mão de obra utilizada no processo não estava quali�cada para atuar no setor. Diante da hipótese apresentada, a indústria deverá adotar estratégias para sanar as possíveis falhas. Nesse contexto, assinale a alternativa correta: a) A indústria deverá demitir os operários e contratar novos com experiência. b) A indústria deverá remanejar os operários para outro setor. c) Indústria deverá realizar treinamento de capacitação com os operários da produção. d) A indústria deverá aplicar advertência escrita para cada operário do setor da produção. e) O setor de engenharia de produção não considera relevante a informação detectada. 2. A indústria fabril que produz confecções diversas utiliza o custo-padrão como forma de planejamento de seus custos. O engenheiro de produção da indústria solicitou ao centro de custos os relatórios de desempenhos de períodos anteriores para elaborar o planejamento do processo produtivo para o próximo período. Desse modo, o engenheiro poderá fazer ajustes em função de expectativas de ocorrências futuras. Diante do contexto, a indústria está utilizando o custo-padrão: a) Real b) Corrente c) Estimado d) ABC e) Desejado 3. A fábrica de biscoitos Que Delícias utiliza o custo-padrão para �ns gerenciais e durante determinado período planejou seu custo no valor de R$18.750,00. No �nal do período, foi detectado que o custo realizado foi de R$15.000,00. Diante dos dados apresentados, é correto a�rmar que: a) Houve uma variação desfavorável de R$3.750,00. b) A fábrica conseguiu economizar 25% de custos. c) O custo-padrão foi menor que o custo real. d) Houve uma variação favorável de R$3.750,00. e) O custo real foi maior que o custo-padrão. Notas Mas o que vem a ser o custo-padrão?1 Quando falamos em custo-padrão percebemos que esse tipo de custo está relacionado com o planejamento da organização, ou seja, de que forma ela irá controlar os custos de produção para que assim possa corrigir possíveis falhas e realizar os ajustes quando necessários. Desse modo, o custo-padrão está voltado para as metas que a organização pretende atingir não somente em termos de quantidades produzidas,mas também considerando seus gastos gerais de fabricação. Nesse sentido, Krauspenhar e Fonseca (2016) citam que o controle desses gastos proporciona à organização informações relevantes, existindo a possibilidade de o gestor comparar o custo planejado com o custo realizado e assim tomar decisões quanto ao processo produtivo. Para que haja um bom planejamento para os custos-padrão, deverá haver uma sintonia entre os setores da organização indo desde setor de contabilidade de custos até o setor de engenharia da produção. Isso proporcionará um controle preciso da produção e levará a estudos rigorosos quanto a futuras falhas em determinado momento do processo produtivo. Você agora consegue entender que o custo-padrão é um custo planejado antes de ocorrer a produção do produto. O uso desse custo está voltado para as organizações que trabalham com produção contínua, ou seja, grandes quantidades de produtos. Referências KRAUSPENHAR, A. FONSECA, G. Apuração e análise de custos. 1. ed. Rio de Janeiro: SESES, 2016. Próxima aula Cálculo das principais variações entre custo-padrão e custo real; Comparações entre as variações favoráveis e desfavoráveis; Causas e efeitos dessas variações no processo produtivo. Explore mais Pesquise na internet sites, vídeos e artigos relacionados ao conteúdo visto. Em caso de dúvidas, converse com seu professor online por meio dos recursos disponíveis no ambiente de aprendizagem. Apuração e análise de custos Aula 7: Análise das variações do custo-padrão Apresentação Na aula anterior, vimos os principais tipos de custo-padrão: ideal, corrente e estimado, bem como suas aplicações, vantagens e desvantagens dentro da organização. Agora veremos como a utilização do custo-padrão poderá sofrer variações. Nesta aula, calcularemos as principais variantes entre custo-padrão e custo real. Dessa forma, faremos comparações entre as variações favoráveis e desfavoráveis para que possamos investigar suas causas e assim diagnosticarmos seus efeitos no processo produtivo. Objetivo Reconhecer as variações entre o custo-padrão e real; Distinguir as variações de quantidade, preço e mista; Calcular o custo indireto �xo e o variável. Custo real comparado ao custo-padrão Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online Faremos as comparações entre o custo real e o custo-padrão: Custo-padrão É o custo planejado e acontece antes da produção, ou seja, ainda não o conhecemos de fato, haja vista que a produção ainda não foi iniciada; Custo real Também chamado de custo histórico, é o que realmente ocorreu no processo produtivo, assim podemos conhecer todos os insumos utilizados na produção. Para que possamos compreender tal variação, ela deverá ser feita nos três componentes do custo: Material direto; Mão de obra direta; Custos indiretos (�xos e variáveis). Você entenderá agora o procedimento de cada item desses componentes. Clique no botão acima. Material direto Segundo Krauspenhar e Fonseca (2016), a �xação dos padrões físicos cabe à engenharia de produção, no entanto a contabilidade de custos deverá trabalhar na tradução monetária desses padrões físicos. Na visão dos autores, muitos produtos, principalmente os que são elaborados por processo contínuo, utilizando certas matérias-primas, têm determinado grau de perda ou refugo que, dentro de condições técnicas ou cientí�cas, deve ser incorporado ao padrão de qualidade, o qual exige estudos minuciosos para que sejam evitados desperdícios diversos. O preço-padrão dos materiais diretos deve ser obtido em condições normais de negociação de compra. A ele devem ser incorporadas as eventuais despesas atinentes ao custo unitário dos materiais. O preço-padrão dos materiais, e demais insumos industriais, deve ser sempre calculado na condição de compra com pagamento à vista. Isso permitirá uma melhor alocação dos custos ao produto com todos os encargos incidentes da transação. Ou seja, os materiais necessários, com suas respectivas quantidades, para produzir determinado produto, são evidenciados pela estrutura do produto. Com isso será possível a adoção de um custo-padrão numa data-base, e sua atualização pela in�ação interna da empresa. Mão de obra direta Este componente do custo direto é considerado variável, assim como o material direto utilizado na elaboração do produto. A MOD padrão será sempre determinada através de quantidades especi�cas de horas necessárias do pessoal que estará envolvido no processo produtivo, ou mesmo no quantitativo dos operários envolvidos em toda a fase da produção. Na concepção de Krauspenhar e Fonseca (2016), todas as atividades e processos necessários para fazer o produto requerem operários para manuseio dos materiais ou dos equipamentos. As estimativas ou padrões de necessidade de mão de obra direta podem ser cienti�camente calculados quando se trabalha em ambientes de alta tecnologia de produção, gerenciados computacionalmente. Em outros casos, podem se fazer estudos de tempo por meio de operações simuladas antecipadamente em ambientes reais. Em todos os casos, deve haver um estudo para quebras, refugos, retrabalhos, manutenção e necessidades do pessoal. Custos indiretos �xos e variáveis Você já entendeu através das aulas anteriores que o CIF se mantém �xo de acordo com a quantidade produzida, entretanto poderá variar caso seja estabelecido um custo �xo unitário. Exemplo: Custo �xo unitário R$2,00 e quantidade produzida 400 unidades. Nesse caso, o custo �xo irá variar com a multiplicação 400*2,00 = R$800,00. Teremos aqui um custo �xo variável. De acordo com Krauspenhar e Fonseca (2016), os custos indiretos de fabricação são mais difíceis de serem controlados que os custos diretos de materiais e de mão de obra. O motivo é que a relação entre os custos indiretos e o volume de produção não é de difícil determinação. "A base para a valorização dos custos de mão de obra direta deve incluir toda a remuneração dos trabalhadores, mais os encargos sociais de caráter genérico." (Krauspenhar e Fonseca, 2016) Agora vamos demonstrar como ocorre a variação entre o custo-padrão e o custo real: Será favorável quando o custo real for menor que o custo-padrão; Será desfavorável quando o custo real for maior que o custo-padrão. Vamos exempli�car agora utilizando os três itens de custo Nesse exemplo acima, você pode perceber que houve variação desfavorável no material direto e na MOD, porém essas variações ainda não poderão nos ajudar quanto à análise, haja vista que não foi informado o uso dos custos diretos por departamentos, por isso ainda não temos parâmetros para um diagnóstico preciso quanto à variação de 40,00 desfavorável. Então vamos demonstrar o detalhamento do material direto Vamos supor que o material direto será composto pela matéria-prima verde, azul e pela embalagem conforme abaixo. Valores custo-padrão: Veja agora os custos realmente incorridos no material direto: Custos diretos Padrão Real Variação Materiais diretos 250,00 275,00 25,00 desfavorável MOD 150,00 165,00 15,00 desfavorável Total 400,00 440,00 40,00 desfavorável Materiais diretos Quantidade Padrão Preço Padrão Total custo-padrão MP verde 20 kg 5,50 110,00 MP azul 7 kg 12,00 84,00 Embalagem 70 0,80 56,00 Total 250,00 Materiais diretos Quantidade real Preço real Total custo real MP verde 23 kg 6,00 138,00 MP azul 5 kg 17,65 88,25 Embalagem 65 0,75 48,75 Total 275,00 Variação da quantidade x variação de preço Agora vamos veri�car a variação do custo-padrão e custo real em relação aos materiais diretos. Materiais Variação Variação MP verde 28,00 Desfavorável MP azul 4,25 Desfavorável Embalagem 7,25 Favorável Total 25,00 Desfavorável De acordo com o quadro apresentado, podemos perceber que a variação de R$25,00 desfavorável teve como fator relevante a MP verde que variou R$28,00. Diante desse fato, surge a seguinte dúvida: essa variação refere-se à variação de preço ou quantidade? Variação da quantidade Para que essa análise seja feita, vamos supor que houve variação
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