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Entamoeba histolytica (protozoário) e amebíase (doença) QUAL A IMPORTÂNCIA DE SE ESTUDAR A AMEBÍASE: • Distribuição geográfica mundial (maior prevalência nas regiões tropicais e subtropicais). • Elevada incidência (principalmente em condições sociais e sanitárias precárias). • Quadros patológicos graves, eventualmente fatais. 2 3 Ameba é um protozoário; pertence ao Reino Protista AMEBÍASE = presença do protozoário Entamoeba histolytica no organismo do hospedeiro vertebrado, com ou sem manifestação clínica. A Entamoeba histolytica é um organismo unicelular (protozoário). 4 Na maioria dos casos (90%) a amebíase intestinal (região do cólon) não é invasiva; limita-se à luz do órgão, portanto, o parasita não invade as mucosas. Nessas condições, pode ser uma parasitose assintomática ou causar constipação/disenteria, flatulência e desconforto intestinal. Nos casos da amebíase intestinal invasiva(10%), o parasita invade a mucosa intestinal (deixa a luz intestinal) e os casos são sintomáticos e graves. 5 Entamoeba histolytica: Formas encontradas Cistos: Após o desencistamento, formam-se 4 pequenas amebas de cada cisto, que crescem na luz intestinal até tornarem-se um trofozoíto. 6 7 Desencistamento Ameba Capa protetora 8 Trofozoíto: vai se incistar para deixar o organismo hospedeiro Cisto maduro Trofozoíto da ameba: Organismo unicelular, sem forma definida (organismo amorfo) Entamoeba histolytica: Biologia Forma Trofozoítica • Podem multiplicar-se indefinidamente, por divisão binária (bipartição) na luz do intestino grosso. 9 10 • Fagocitam bactérias e outras partículas nutritivas do meio. 11 Diferenças entre Fagocitose e Pinocitose Em determinado momento, os trofozoítos deixam de fagocitar e tornam-se cistos. Os cistos são expulsos do hospedeiro pelas fezes. O encistamento faz com que os parasitos possam resistir às condições adversas do meio exterior (ressecamento, enchentes, esmagamento, etc.) por alguns meses. Cistos são mais resistentes que os trofozoítos . 12 Entamoeba histolytica: Ciclo parasitário As amebas intestinais apresentam um ciclo de vida simples. A infecção começa com a ingestão de formas resistentes: os cistos, com água ou alimentos contaminados com fezes de pessoas portadoras da E. histolytica. 13 14 O suco gástrico (contendo ácido e enzimas) é capaz de destruir os cistos da Entamoeba histolytica? 15 R: Não! Apenas amolece a capa protetora do cisto, favorecendo o desencistamento! No intestino delgado, ocorre o desencistamento (estimulados pela temperatura de 37oC e meio anaeróbio). 16 17 Movimento ameboide: emissão de pseudópodos 18 O que são pseudópodos 19 Pseudópodos (‘falsos pés’) são projeções do citoplasma da célula, utilizados para locomoção e alimentação (através da fagocitose) Em determinado momento, as amebas podem invadir a mucosa intestinal, penetrar nos tecidos e colonizá-los. 20 21 A amebíase intestinal invasiva mostra gravidade e comprometimento de outros órgãos como fígado, pulmões, cérebro e pele. A manifestação mais frequente da sua forma extra-intestinal é o abcesso hepático. Diagnóstico clínico: Caracteriza-se classicamente pela tríade de dor localizada em hipocôndrio direito, febre (moderada a alta) e hepatomegalia, calafrios, mal estar geral, anorexia, emagrecimento, tosse não produtiva e inapetência. Diagnóstico laboratorial: Deve incluir ultrassonografia do abdome superior. O diagnóstico definitivo dos abcessos amebianos está na presença de trofozoítos de Entamoeba histolytica no material aspirado do fígado ou na sorologia. Tratamento: Medicamentoso. Os critérios de cura são melhora clínica e redução do volume do abcesso à ultrassonografia, que deve ser repetida semanalmente. Sintomatologia da colite amebiana aguda ou disenteria amebiana Período de incubação: de 7 a 95 dias. Os sintomas instalam-se subitamente e são semelhantes à disenteria bacteriana, com: - dor abdominal, - febre, - evacuações frequentes, - perda de peso. 22 Sintomatologia (cont.) As fezes que, a princípio, são líquidas, tornam-se compostas de muco e sangue (disenteria). 23 24 As fezes devem, então, ser observadas! A mortalidade é, geralmente, alta quando não medicada, ocorrendo dentro de 7 a 10 dias 25 Amebíase: Diagnóstico • A existência de um quadro compatível com essa parasitose. • A presença demonstrada de cistos de Entamoeba histolytica nas fezes. • A existência de um teste sorológico positivo, indicando que houve penetração do parasita nos tecidos do hospedeiro. 26 Amebíase : Tratamento • Repouso. • Dieta de consistência branda. • Líquidos em abundância. • Medicamentos que atuam na luz dos intestinos e outros que atuam na mucosa intestinal. 27 28 Amebíase : Profilaxia • Medidas de higiene pessoal e educação sanitária. - Lavar as mãos após a evacuação, antes de manipular alimentos e antes das refeições - Manter as unhas curtas e limpas. - Tratamento das redes de esgoto. 29 • Evitar a ingestão de água e de alimentos contaminados. - Fervura ou filtragem da água a ser consumida ou utilizada na lavagem de vegetais crus. - Controle das moscas, formigas e baratas. - Não usar fezes humanas como adubo nas lavouras. 30 Cuidado com alimentos manipulados diretamente com as mãos, que não serão fritos, assados ou cozidos!!! 31 O homem é o único hospedeiro da Entamoeba histolytica (não há vetores para a transmissão desse protozoário). 32 Tratamento da amebíase ✓ Todas as infecções pela ameba Entamoeba histolytica devem ser tratadas, mesmo na ausência de sintomas, devido ao potencial risco de complicações futuras e de disseminação da ameba para os membros da família. ✓ Tratamento medicamentoso. ✓ Ainda não há vacina disponível (dado de 2018). 33
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