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CURSO DE ENFERMAGEM 
UNIVERSIDADE PAULISTA-UNIP 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ITANARA GONÇALVES MACHADO LOBATO 
JOUBERT FONTENELLE SOUZA LEITE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A IMPORTÂNCIA DOS PRIMEIROS SOCORROS NO AMBIENTE ESCOLAR 
APÓS A IMPLANTAÇÃO DA LEI LUCAS: 
UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BELÉM-PA 
 2022 
ITANARA GONÇALVES MACHADO LOBATO 
JOUBERT FONTENELLE SOUZA LEITE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A IMPORTÂNCIA DOS PRIMEIROS SOCORROS NO AMBIENTE ESCOLAR 
APÓS A IMPLANTAÇÃO DA LEI LUCAS: 
UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso da Universidade 
Paulista(UNIP). Como requisito para obtenção do grau 
de Bacharel em Enfermagem. 
 
Orientadora: Profª.Msc.Nayra Nunes da Cunha 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BELÉM-PA 
 
2022 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dados Internacionais de Catalogação na 
Publicação Universidade 
Paulista-UNIP 
Sistema de Bibliotecas 
 
 
 
L777i Lobato/Leite, Itanara Gonçalves Machado/ Joubert Fontenelle Souza. 
A Importância dos Primeiros Socorros no ambiente escolar após a implantação da Lei Lucas : 
Uma Revisão Bibliográfica / Itanara Gonçalves Machado/ Joubert Fontenelle Souza Lobato/Leite. – 
2022. 
50 f. : il. color. 
 
Trabalho de Conclusão de Curso (graduação) – Universidade Paulista-UNIP. 
Curso de Enfermagem, 
Orientação: Prof. Me. Nayra Nunes da Cunha. 
 
1. Primeiros socorros. 2. Ambiente escolar. 3. Lei Lucas. 4. Enfermagem. I. Título. 
CDD 610.73 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ITANARA GONÇALVES MACHADO LOBATO 
JOUBERT FONTENELLE SOUZA LEITE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A IMPORTÂNCIA DOS PRIMEIROS SOCORROS NO AMBIENTE ESCOLAR 
APÓS A IMPLANTAÇÃO DA LEI LUCAS: 
UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso da Universidade 
Paulista (UNIP).Como requisito para obtenção do grau 
de Bacharel em Enfermagem. 
 
 
Aprovado em: ____/____/______ 
 
 
 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
 
 
 
_________________________________________________________ 
Profª Msc. Nayra Nunes da Cunha (Orientadora) 
Universidade Paulista (UNIP) 
 
 
_________________________________________________________ 
Profª Msc. Eliana Maria dos Santos 
Universidade Paulista (UNIP) 
 
 
_________________________________________________________ 
Profª Lorena Victoria de Souza Ferreira 
Universidade Paulista (UNIP) 
 
 
DEDICÁTÓRIA 
 
Dedico esse trabalho à Deus que me proporcionou o fôlego de vida e me deu forças para 
enfrentar todas as dificuldades e a certeza de que sempre esteve comigo, aumentando minha 
coragem para eu trilhar sempre em um caminho de novas possiblidades. 
 
 
 
Itanara Gonçalves Machado Lobato 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DEDICÁTÓRIA 
 
Dedico esse trabalho aos meus companheiros de vida, pela alegria de podermos 
compartilhar neste momento, onde no processo de pandemia todos nós ficamos duvidosos se 
iríamos conseguir. 
Dedico também à minha família(mãe, esposa e filhas) que sempre foram minha fonte de 
inspiração para nunca desistir 
 
Joubert Fontenelle Souza Leite 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AGRADECIMENTOS GERAIS 
 
À Deus, autor da vida, nosso companheiro de todos os momentos, que alimentou nossa 
alma com calma e esperança durante toda essa jornada nunca nos deixando desistir. 
À Professora Nayra Nunes da Cunha(orientadora), pela confiança e pelas orientações 
baseadas na crítica, na exigência e na amizade visando o crescimento e progresso do aluno. 
Aos colegas da turma, que apesar de tantas dificuldades que passamos juntos, sempre 
estivemos unidos nos momentos mais difíceis e que acreditaram neste sonho que agora é 
realidade. 
 
Itanara Gonçalves Machado Lobato 
Joubert Fontenelle Souza Leite 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
À Deus, pela vida e por me ajudar a ultrapassar todos os obstáculos encontrados ao 
longo da Graduação em Enfermagem. 
À minha Mãe que me incentivou nos momentos difíceis, que compreendeu minha 
ausência enquanto me dedicava a realização do meu sonho, à você minha eterna gratidão por 
cuidar dos meus filhos. 
Ao meu Esposo que sempre me apoiou e incentivou me encorajando nas horas mais 
difíceis em que pensei em desistir. 
A Enfermeira Dulcileni Vieira que abidicou do seu tempo precioso, para ajudar com seu 
conhecimento. 
A todos que direta e indiretamente fizeram parte da minha formação, o meu muito 
obrigado e que Deus abençõe à todos grandemente. 
 
 Itanara Gonçalves Machado Lobato 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
À Deus pelo dom da vida, pela força, perseverança,proteção e providencia que me 
concedeu na realização dos meus sonhos, principalmente pela oportunidade de agora ser um 
Bacharel em Enfermagem. 
À minha família, mãe,esposas e filhas que tanto amo, com elas compartilho a realização 
deste sonho realizado e muito aguardado por ser um dos momentos mais importantes da minha 
vida. 
A todos que participaram, direta ou indiretamente no desenvolvimento deste trabalho de 
pesquisa, enriquecendo meu processo de aprendizado. 
 
 
Joubert Fontenelle Souza Leite 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Os primeiros socorros acentuam o 
desenvolvimento e a conquista de um 
sentimento de solidariedade, a generosidade e o 
altruismo que existem em cada um de nós e dão 
outra dimensão ao espirito de cidadania e de 
comunidade” 
(Autor desconhecido) 
 
RESUMO 
 
O presente estudo se propõe a discutir “A importância dos primeiros socorros no ambiente 
escolar”, tendo como foco principal mostrar como se tornou extremamente importante o 
conhecimento das práticas dos primeiros socorros que são os cuidados temporários e imediatos 
que se prestam à pessoa que está ferida ou adoece repentinamente. Os quais são essenciais 
diante de um acidente no âmbito escolar. Por sua vez esses acidentes são vivenciados pelos 
professores e demais funcionários. Dessa maneira, há a importância dos professores e demais 
componentes que trabalham no âmbito escolar se capacitar e estar preparado para realizar os 
procedimentos de primeiros socorros caso haja necessidade. Os quais são essenciais diante de 
um acidente no âmbito escolar que muitas vezes acontecem nas aulas práticas de educação 
física e na hora da recreação dos alunos. O presente estudo teve como objetivo geral: analisar a 
importância das práticas dos primeiros socorros no ambiente escolar. Para efetivação do estudo 
foi realizada uma pesquisa bibliográfica de abordagem qualitativa, com caráter descritivo, a 
coleta de dados foi realizada através do levantamento,seleção,fichamento e arquivamento de 
informações relacionadas à pesquisa. Contudo nota-se a importância do estudo pois é crescente 
a necessidade em se incorporar o conhecimento em noções básicas em primeiros socorros a 
todos os professores e demais funcionários do ambiente escolar, trazendo como base a Lei nº 
13.722, sancionada em 2018. No entanto é necessário fazer entender todos os benefícios que 
essa prática trará para o corpo de docentes do ambiente escolar e que a incorporação dos 
mesmos vão fazer toda a diferença em situações de emergência que costumam acontecer 
diariamente em todos os ambientes educacionais, podendo assim evitar sequelas recorrentes de 
acidentes e salvar muitas vidas. 
 
Palavras-chaves: Primeiros socorros; Ambiente escolar; Lei Lucas; EnfermagemABSTRACT 
The present study proposes to discuss “The importance of first aid in the school environment”, 
with the main focus showing how extremely important knowledge of first aid practices has 
become, which are the temporary and immediate care that is provided to the person who is 
injured. or get sick suddenly. Which are essential in the face of an accident at school. In turn, 
these accidents are experienced by teachers and other employees. In this way, there is the 
importance of teachers and other components that work in the school environment to be trained 
and prepared to carry out first aid procedures if necessary. Which are essential in the face of an 
accident in the school environment that often happen in practical physical education classes and 
at the time of student recreation. The present study had the general objective: to analyze the 
importance of first aid practices in the school environment. To carry out the study, 
bibliographical research of a qualitative approach was carried out, with a descriptive character, 
the data collection was carried out through the survey, selection, filing and archiving of 
information related to the research. However, the importance of the study is noted, as there is a 
growing need to incorporate knowledge of basic notions in first aid to all teachers and other 
employees in the school environment, based on Law No. 13,722, enacted in 2018. It is necessary 
to make all the benefits that this practice will bring to the faculty of the school environment 
understood and that their incorporation will make all the difference in emergency situations that 
tend to happen daily in all educational environments, thus being able to avoid recurrent sequelae 
of accidents and save many lives. 
 
Keywords: First aid; School environment; Lucas Law; Nursing 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
1. INTRODUÇÃO………………………………………………………………………….. 1 
2. OBJETIVOS………………………………………………………………………………3 
2.1. GERAL………………...........…………………………………………………………...3 
2.2. ESPECIFICOS................................................................................................................. 3 
3. METODOLOGIA………………......……………………………………….…………....5 
4. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA……………………………………......…………..….5 
4.1. BREVE HISTORICO SOBRE PRIMEIROS SOCORROS.........................................6 
4.1.1. PRIMEIROS SOCORROS: DEFINIÇÕES E HISTÓRIAS..................................... 7 
4.2. HISTÓRICO DA FORMAÇÃO DA ESCOLA COMO UM TODO............................8 
4.3. CONHECIMENTO EM PRIMEIROS SOCORROS E O PROGRAMA SAÚDE NA 
ESCOLA..................................................................................................................................8 
4.3.1. PROGRAMA SAÚDE NA ESCOLA 
(PSE).........................................................................................................................................10 
5. DESENVOLVIMENTO.....................................................................................................10 
5.1. ACIDENTES COM CRIANÇAS NO AMBIENTE ESCOLAR...................................11 
5.2. PAPEL DA ENFERMAGEM NA PREVENÇÃO DE ACIDENTES NAS 
ESCOLAS................................................................................................................................12 
5.3. PRINCIPAIS ACIDENTES NO ÂMBITO ESCOLAR E CONDUTAS A SEREM 
TOMADAS..............................................................................................................................24 
5.4. SUJESTÃO DE KIT DE ORIMEIROS SOCORROS PADRONIZADOS PARA AS 
ESCOLAS................................................................................................................................25 
5.5. LEI LUCAS: SEGURANÇA E PRIMEIROS SOCORROS NAS ESCOLAS.............26 
5.5.1. BREVE HISTORICO SOBRE LEI LUCAS Nº 13.722..............................................26 
5.5.2. LEI LUCAS Nº 13.722...................................................................................................26 
5.6. EQUIPE ESPECIALIZADA EM PRIMEIROS SOCORROS.....................................28 
6. CONCLUSÃO.....................................................................................................................29 
7. REFERÊNCIAS..................................................................................................................30 
8. ANEXOS..............................................................................................................................32
 
1 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
Na história das idéias pedagógicas, pouco tem se falado sobre as questões relacionadasà 
prevenção de acidentes que podem ocorrer no espaço escolar. Verifica-se também que no 
processo educativo, desde a educação tradicional, até a educação crítica nacional dos conteúdos, 
não é detectado um olhar direcionado a essa problemática, apesar de ocorrerem diversos 
acidentes dentro da instituição escolar, incluindo educandos e educadores. 
Hoje, a Lei de Diretrizes Bases da Educação(LDB), nº 9.394/96, por meio dos 
Parâmetros Curriculares Nacionais(PCNs), que abordam os temas transversais como, saúde, 
educação sexual,cidadania, ética e meio ambiente, procuram enfatizar o processo 
interdisciplinar que tem como objetivo mesclar os conteúdos científicos, evitando 
consequentemente a dicotomia do ensino. 
Entretanto, a questão saúde que os temas transversais abordam deixamos para um 
segundo plano e vamos nos atentar para as questões relacionadas aos acidentes que ocorrem no 
âmbito escolar.Pois para Maia,et.al(2012) acidente é um episódio não intencional o qual pode 
causar lesões, e que podem ser evitável em qualquer âmbito, seja ele escolar ou em outros 
ambientes sociais, podendo configurar um conjunto de agravos à saúde. 
Pretende-se nesta pesquisa, direcionar um olhar para esse quadro, já que muitos 
profissionais não possuem habilidades para prestar atendimentos de primeiros socorros que são 
cuidados iniciais que devem ser prestados rapidamente a uma pessoa, vítima de acidente ou de 
mal súbito, cujo estado físico põe em perigo a sua vida, com o fim de manter as funções vitais 
e evitar o agravamento de suas condições, aplicando medidas e procedimentos até a chegada de 
assistência qualificada. 
Nesse sentido, essa pesquisa tem como situação problema a seguinte questão: Por que 
as escolas são órfãs de ambulatórios e de cursos que orientem professores e alunos a prestar os 
primeiros socorros?. E ainda questionamos a questão de poucas escolas no Brasil, 
principalmente as de ensino de Educação Infantil que é dividida em duas etapas: o maternal 
(crianças de 0 a 3 anos) e a pré-escola (crfianças de 4 a 5 anos) e as de Ensino Fundamental I 
(crianças de 6 a 10) e de Ensino Fundamental II (crianças de 11 a 14 anos) não colocarem em 
prática a Lei Lucas nº 13.722, aprovada em 2018 que torna obrigatória a capacitação em noções 
básicas de primeiros socorros de professores e funcionários de estabelecimentos de ensino 
públicos e privados de educação básica e de estabelecimentos de recreação 
infantil.(BRASIL,2018). 
 
2 
 
Este estudo é de suma importância haja vista que acidentes nas escolas são frequentes e 
também servirá para orientar professores e alunos de como agir perante um acidente escolar, 
dando-lhes um conhecimento básico para proporcionar conforto à vítima e aliviar seu 
sofrimento até a chegada do socorro especializado como exemplos: SAMU,Corpo de 
Bombeiros,etc...que realizam um atendimento qualificado seguindo os protocolos atuais de 
emergência. 
Nesta perspectiva, esta pesquisa tem por objetivo geral: Discutir a importância das 
práticas dos primeiros socorros no ambiente escolar com a implementação da Lei Lucas e os 
objetivos específicos: Descrever os acidentes mais comuns no ambiente escolar; Analisar a Lei 
Lucas e suas finalidades; Identificar os kits de primeiros socorros recomendados para o 
ambiente escolare incentivar os professores e demais funcionários quanto a importância dos 
primeiros socorros. 
O presente estudo se utilizou de uma metodologia de natureza básica, pesquisa 
biliográfica com abordagem qualitativa, foram analisados artigos de periódicos(revistas e 
jornais)publicados em língua portuguesa,livros,publicações online,revistas eletrônicas de 
enfermagem e monografias concernentes ao tema primeiros socorros. A coleta de dados deu-se 
entre os meses de setembro à novembro de 2022. 
Diante disso, afirmamos que é relevante divulgar e incentivar os professores e 
funcionários do âmbito escolar a ter crescentes visões sobre a prática de primeiro socorros nas 
escolas, contribuindo com isso para a prevenção de riscos e refletindo no desenvolvimento de 
melhores práticas para os primeiros socorros, podendo minimizar os acidentes frequentes nas 
escolas, principalmente com crianças do maternal ao ensino fundamental. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
 
2. OBJETIVOS 
 
2.1 Geral 
Discutir a importância das práticas dos primeiros socorros no ambiente escolar com a 
implementação da Lei Lucas. 
 
2.2 Específicos 
• Descrever os acidentes mais comuns no ambiente escolar; 
• Analisar a Lei Lucas e suas finalidades; 
• Identificar os kits de primeiros socorros recomendados para o ambiente escolar; 
• Incentivar os professores e demais funcionários quanto a importância dos primeiros 
socorros. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
 
 
 
3. METODOLOGIA 
 
Foi realizada uma pesquisa segundo à abordagem de método qualitativo. Segundo 
Knechtel (2014). A pesquisa qualitativa busca entender fenômenos humanos, buscando obter 
uma visão detalhada e complexa por meio de uma análise científica do pesquisador. Esse tipo 
de pesquisa se preocupa com o significado dos fenômenos e processos sociais. Com o fim de 
atingir os objetivos dessa investigação foi utilizada a pesquisa bibliográfica de caráter 
descritivo. Segundo Bastos e Ferreira (2018, p.144) “a pesquisa bibliográfica é um tipo de 
pesquisa que visa responder a um problema com a utilização de material bibliográfico, estudos 
e análises científicas que, por conseguinte passaram pelo crivo da ciência para serem 
apresentados à sociedade”. 
A seleção do material foi feita de maneira sistemática, ordenada e abrangente sendo 
selecionados: artigos de periódicos (revistas e jornais) publicados em língua portuguesa, livros, 
publicações online, revistas eletrônicas de enfermagem e monografias concernentes ao tema 
primeiros socorros. 
Para a busca do material de pesquisa utilizou-se busca avançada com os seguintes 
descritores: Primeiros socorros; Ambiente escolar; Lei Lucas; Enfermagem. Para compor a 
discussão e o embasamento teórico da pesquisa foram utilizadas as seguintes bases de dados: 
Biblioteca Virtual de Saúde (BVS); Base de Dados de Enfermagem (BDENF); Literatura Latino 
Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Scientific Electronic Library Online 
(SCIELO). 
Para dar continuidade no universo da pesquisa foram utilizados os seguintes critérios de 
inclusão: abordar a temática em estudo; constar na base de dados selecionadas; material na 
forma de livros; artigos de periódicos(revistas e jornais); monografias; ser redigidas ou 
traduzidas na língua portuguesa; ser pesquisa realizada no Brasil e ter sido publicada no período 
de..........à.............Os critérios de exclusão para o universo da pesquisa foram: artigos de 
periódicos incompletos; duplicata de artigos na base de dados; estudos incompletos sobre o 
tema e todos os assuntos pesquisados divergentes ao tema de estudo. 
 
 
 
5 
 
 
 
 
4. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
 
A fundamentação teórica consiste em embasar, por meio das ideias de outros autores, 
aspectos teóricos de sua pesquisa. De acordo com Mello (2006, p.86), “a fundamentação teórica 
apresentada deve servir de base para a análise e interpretação dos dados coletados na fase de 
elaboração do relatório final. Dessa forma, os dados apresentados devem ser interpretados à luz 
das teorias existentes”. A fundamentação teórica é, de forma geral, a revisão das pesquisas e 
das discussões de outros autores sobre o tem que será abordado em seu trabalho. Ou seja: é a 
contribuição das teorias de outros autores para a sua pesquisa. 
Nesta seção serão abordados aspectos relacionados ao tema Primeiros Socorros, os quais 
são: breve histórico, conceitos, procedimentos, situações de emergência, sua importância e 
pesquisas no âmbito escolar. 
 
4.1. Breve Histórico sobre os Primeiros Socorros 
O nome “Primeiros Socorros” surgiu no século XIX, em 1870, através do suíço Jean 
Henry Dumant. Tudo teve início em 1859, quando o administrador suíço, estava em uma 
viagem de negócios, em Solferino localizada na região da Itália, na época a região estava em 
guerra com os austríascos. Durante sua estadia na região. Dumant observava a todo momento a 
chegada de ambos os lados dos homens dos campos de batalhas, muitos feridos e sem 
assistência médica. Então, movido pelo princípio da solidariedade humana. Dumant decidiu 
ajuda-los, e para isso mobilizou a comunidade local, convidando mulheres, médicos e alguns 
soldados, criando assim o Corpo de Assistência aos Feridos. 
Todos os voluntários do Corpo de Assistência aos Feridos, foram orientados a não fazer 
distinção no atendimento aos feridos, uma vez que por se tratar de soldados de ambos os lados 
da guerra, poderia haver distinção no atendimento, devido a classificação dos soldados amigos 
e inimigos, essa orientação surge, pois Dumant proferiu que, “Todos são Irmãos”.Foi a partir 
dessa ação, que em 1863, foi criada a Cruz Vermelha, uma organização internacional que tem 
por objetivo prestar assistência médica ao redor do mundo de forma imparcial. Sendo assim 
essas ações ficaram conhecidas como” Primeiros Socorros”. No ano de 1881 Dumant recebeu 
o Prêmio Nobel da Paz e no ano de 1910 faleceu aos 82 anos, sendo sepultado em Zurick na 
 
6 
 
Suiça. (NOVAES; NOVAES,1994). 
Segundo Novaes e Novaes (1994), denomina-se Primeiros Socorros ao tratamento 
aplicado de imediato ao acidentado ou portador de mal súbito, antes da chegada do médico. 
Sendo que as urgências podem ser classificadas em quatro categorias: 1-Extrema Urgência; 2-
Primeira Urgência; 3-Segunda Urgência e 4- Sem Urgência ou Pequena Urgência. 
 
4.1.1 Primeiros Socorros: definições e histórias 
Primeiros Socorros são os cuidados prestados a uma vítima de mal súbito ou acidente, 
até que a ajuda especializada esteja disponível para fornecer assistência definitiva. Segundo o 
Ministério Público do Estado da Bahia (2018) Primeiros Socorros são as assistências ou 
cuidados iniciais prestados a uma pessoa, com o objetivo de manter seus sinais vitais 
(respiração, batimento cardíacos, temperatura e pressão arterial) e, sobretudo não agravar lesões 
existentes e não causar novas lesões, até que haja a chegada de socorro médico especializado, 
previamente acionado. 
Prestar os primeiros socorros não significa somente fazer respiração artificial, colocar 
um curativo num ferimento ou levar uma pessoa ferida para o hospital. Significa também pegar 
na mão de alguém que está ferido, tranquilizar os que estão assustados ou em pânico, dar um 
pouco de si. (CICV,2006). Em outras palavras, é o atendimento imediato sem os recursos 
básicos disponíveis para o suporte avançado à vida. 
Os Primeiros Socorros (PS) referem-se ao atendimento temporário e imediato de uma 
pessoa que está ferida ou que adoece repentinamente. Também incluem reconhecer condições 
que botem a vida do indivíduo em risco e tomar as atitudes necessárias para manter a vítima 
viva e no melhor estado possível, até que se obtenha atendimento médico (KARREN et 
al.2013). Essas intervenções são muito importantes, pois podem evitar complicações e até 
mesmo o óbito da pessoa necessitada. 
Os princípios básicos do PS são:reconhecer situações que ponha a vida em risco; aplicar 
respiração e circulação artificiais quando necessária; controlar sangramentos; tratar de outras 
condições que ponham a vida em risco; minimizar o risco de outras lesões e complicações; 
evitar infecções; deixar a vítima mais confortável possível; providenciar assistência médica e 
transporte. (HAFEN; KARREN; FRANDSEN,2002). 
 
 
 
 
7 
 
 
 
 
4.2 Histórico da Formação da Escola como um todo 
 
O processo histórico da formação do ensino-aprendizagem da escola brasileira sofreu, 
muitas modificações consequentes dos interesses e do momento histórico vivido pela 
sociedade. Sua organização inspirou-se no princípio de que a educação é direito de todos e 
dever do Estado, sendo que o direito corresponde às intenções da nova classe social que se 
consolidava no poder, a burguesia, que se preocupava em avanços tecnológicos, mas se os 
operários fossem analfabetos não poderiam acompanhar as novas mudanças de mercado. 
É neste contexto que a escola surge como uma vacina contra a ignorância, sendo o 
mestre escolar, o transmissor de todo esse conhecimento tradicional, porém, houve mudança 
neste ensino, e hoje o processo de alfabetização está modernizado. (GADOTTI; 
ANTUNES,1993). Citando Abromovich, os autores afirmam que este, contribuiu grandemente 
para a educação moderna e para defesa da saúde, criando nas escolas serviços médicos e 
dentários, com funções preventivas, educativas e formadoras de hábitos sanitários e clínicos. 
Esta modernidade trouxe para as crianças de maior idade ou séries mais elevadas, as 
ciências exatas, naturais, sociais, entre outros, assim como uma visão para um aprendizado do 
corpo humano, com a anatomia e todo o funcionamento do organismo, direcionando-o também 
ao meio-ambiente, com o cuidado do corpo em relação à água, à terra e o ar. (GADOTTI; 
ANTUNES,1993). 
Tal conhecimento como prevenção e atendimento repassado aos alunos não desprovê 
que acidentes podem ocorrer dentro dos limites da escola, assim como na própria comunidade, 
portanto é de suma importância o ensino das técnicas de primeiros socorros, uma vez que, na 
história da educação brasileira e dos parâmetros curriculares, há uma ausência de preocupação 
voltada para esta problemática. Por este ângulo, discutiremos a necessidade de tais informações 
e a importância das propostas de ação prática para trabalhar a prevenção de acidentes dentro do 
ambiente escolar. 
A prevenção de acidentes no ambiente escolar, resulta da ação dos primeiros socorros 
na escola que é um atendimento imediato e temporário a uma criança, aplicando processos 
básicos de emergência, com o objetivo de manter os sinais vitais da vítima. Com isso sendo 
necessário que os professores da educação básica possam ser capacitados para realizar os 
 
8 
 
primeiros socorros, quando houver uma situação de emergência na escola. 
4.3 Conhecimento em primeiros socorros e Programa Saúde na Escola(PSE) 
 Nos aspectos gerais, os primeiros socorros são definidos como os cuidados temporários 
e imediatos que se prestam à pessoa que está ferida ou adoece repentinamente(SANTINI,2008 
apud ALMONDES; BOTH,2013). Esses cuidados são essenciais, pois seu uso contribiu na 
diminuição do agravamento da lesão, aumentando a probabilidade de recuperação da vítima. 
 Os acidentes podem ocorrer em vários locais, mais o ambiente escolar é um dos locais 
mais propensos para acontecer, podendo ser dos menos graves até os mais graves. Na escola o 
período do recreio e as aulas de educação física devem ter maior atenção dos professores e 
funcionários pois os alunos estão em maior contato físico, que podem ter como fim um 
acidente.(ALVES et al.,2013). 
 Outro fator que acaba contribuindo para que ocorra um acidente, é o próprio ambiente 
escolar que por muitas vezes estão em condições precárias quanto a estrutura física, chegando 
as vezes a se encontrar em péssimas condições, sendo esta uma realidade das escolas públicas 
brasileiras, que oferecem risco à integridade dos alunos.(WHARLEY;WONG,1999 apud 
LEITE et al.,2013). 
 Para evitar esses acidentes no ambito escolar, é importante realizar a educação em saúde 
com os docentes, a capacitação dos professores também é muito valiosa, pois aumenta as 
chances das crianças vítimas de acidentes se recuperarem e sobreviverem após o ocorrido. Para 
Cruz et al.(2022) afirma que os professores que tiverem a capacitação necessária para realizar 
os primeiros socorros, conhecerão melhor as práticas necessárias e terão segurança para agir 
em casos de emergência ocorridos no ambiente escolar. 
 Em 1994 o Ministério da Saúde criou a Estratégia de Saúde da Família 
(ESF),originalmente sob o nome de Programa Saúde da Família (PSF), se baseando nos 
fundamentos do Sistema Único de Saúde (SUS). A ESF se constitui de uma proposta de 
mudança do modelo tradicional de assistência em saúde conhecido como modelo biomédico. 
 Desta forma, a ESF adota uma concepção mais ampla de saúde e de entendimento dos 
determinantes do processo saúde-doença. Propõe a articulação entre saberes técnicos e 
populares e a mobilização de recursos institucionais e comunitários para o enfrentamento dos 
problemas de saúde.(SORATTO et al.,2015). Sendo assim essa nova proposta gera um 
resultado assistencial diferenciado ao incorporar um novo conjunto de ações de saúde. 
 Essa nova proposta gera um resultado assistencial diferenciado ao incorporar um novo 
conjunto de ações de saúde, no âmbito individual e coletivo, incluindo promoção, proteção, 
prevenção,diagnóstico,tratamento,reabilitação,redução de danos e manutenção da saúde. 
Dentro dessa proposta de Atenção Básica encontra-se o Programa Saúde na Escola(PSE). 
 
4.3.1 Programa Saúde na Escola(PSE) 
 No Brasil em 2004 foi implementado o Projeto Saúde e Prevenção nas Escolas e em 2006 
a Política Nacional de Promoção de Saúde; ambas com conceitos da Carta de Ottawa. Mais 
 
9 
 
tarde, em 2007, por meio do Decreto nº 6.286 é aprovado o Programa Saúde na Escola(PSE) 
impondo a necessidade de uma articulação com os Ministérios da educação e o da saúde. 
 O Programa Saúde na Escola(PSE) É uma política intersetorial do Ministério da Saúde e 
da Educação, que foi instituída em 2007, na perspectiva da atenção integral 
(promoção,prevenção,diagnóstico e recuperação da saúde e formação) à saúde de crianças, 
adolescentes e jovens do ensino público básico, no âmbito das escolas e Unidades Básicas de 
Saúde(UBS), realizada pelas equipes de saúde da família e de educação de forma 
integrada(BRASIL,2012). 
 O PSE se propõe a contribuir para a construção de uma escola capaz de proporcionar o 
desenvolvimento integral dos estudantes e promover o acesso à comunidade escolar em 
programas de saúde de modo a formar cidadãos críticos e capacitados para o enfrentamento das 
vulnerabilidades que possam comprometer o desenvolvimento dos educandos.(BRASIL,2011). 
 A gestão do PSE é centrada em ações compartilhadas e corresponsáveis entre escolas e 
UBS. A articulação intersetorial das redes públicas de saúde, de educação e das demais redes 
sociais se dá por meio dos Grupos de Trabalho Intersetoriais(GTI). Desta forma, a articulação 
entre Escola e Unidade Básica de Saúde é à base do Programa Saúde na Escola. O PSE é uma 
estratégia de integração da saúde e educação, voltada às crianças, adolescentes e jovens da 
educação pública brasileira para o desenvolvimento da cidadania, promoção da saúde e 
educação integral.(BRASIL,2012). 
 Atualmente, pode-se considerar o PSE uma das principais políticas públicas voltada para 
a infância e adolescência. A avaliação clínica, nutricional, promoção da alimentação saudável, 
avaliação oftalmológica são malgumas das ações do programa. A promoção da saúde no espaço 
escolar, defendida pelo PSE, deve ser compreendidacomo um processo em constante 
desenvolvimento.(MACHADO et al.,2015). 
 Machado et al.(2015) evidenciou que a formação de profissionais para atuar no PSE é 
pouco realizada. Desta forma, é fundamental a educação permanente de profissionais de 
enfermagem para atuar nesse âmbito, bem como a capacitação dos profissionais da educação 
em temas relevantes da saúde escolar. 
 Nesta lógica, a escola passa a ser entendida como um ambiente favorável para que se 
desenvolvam ações de saúde e educação interligando a ideia de educação em saúde e sabendo 
que a criança tem direito a essa educação, a saúde e a segurança vem à tona a legislação 
aprovada no ano de 2018(A Lei Lucas nº 13.722). 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
 
 
 
5. DESENVOLVIMENTO 
5.1 Acidentes com crianças no ambiente escolar 
 
 No Brasil, os acidentes configuram um problema de saúde pública de grande magnitude 
e transcendência que tem provocado forte impacto na morbidade e na mortalidade da 
população.(BRASIL,2001). 
 Devido à relevância do problema e a sua alta morbimortalidade, que é passível de 
prevenção, torna-se de suma importância o entendimento conceitual e terminológico do termo 
“acidente”, no intuito de compreender o problema e promover ações de prevenção.(SBP,2014). 
 O Ministério da Saúde, por meio da Portaria 737/2001-Política Nacional de Redução da 
Morbimortalidade por acidentes, descreve como complexa, polissêmica e controversa, a 
definição do termo “acidente” e conceitua como: 
É entendido como evento não intencional e evitável, causador de lesões físicas e ou emocionais 
no âmbito doméstico ou nos outros ambientes sociais, como o do trabalho, do trânsito, da 
escola, de esportes e o de lazer.(BRASIL,2001,p.3). 
 Conforme os estudos não se encontra, uma definição específica para “acidente no 
ambiente escolar” e, sim apenas a definição de acidentes por causas externas. Por outro lado, 
em Portugal, há uma definição específica para esse tipo de acidente que se utiliza como um 
referencial: “Acidente escolar é todo o evento ocorrido no local e tempo da atividade escolar, 
que provoque ao aluno lesão, doença ou morte”.(PORTUGAL,1999). 
 Os acidentes com crianças no ambiente escolar, traz uma discussão extremamente 
importante, pois a criança ao ingressar no ambiente escolar amplia os seus limites de 
movimentação, ao mesmo tempo que existe uma redução da vigilância dos familiares. E devido 
as novas influências e ao aumento no seu convívio social, ela pode ter alterações em seus 
interesses e atividades. É nessa fase que os acidentes assumem características relevantes e os 
mais comuns são: as quedas; as colisões; as queimaduras; os ferimentos; os atropelamentos; as 
picadas e mordeduras; o choque elétrico; a ingestão de medicamentos; o contato com produtos 
químicos, com plantas; entre outros.(CODEPPS,2007). 
 Alguns acidentes podem culminar no afastamento da criança da escola,, o que tende a 
diminuir o seu rendimento escolar, como causar, igualmente impacto emocional. Esses eventos 
são comunmente entendidos como “normais” nesses locais. Todavia, é sabido que todo trauma 
físico é causado pela quebra do equilíbrio entre os sistemas de defesa da criança e os riscos 
representados por qualquer ambiente, afora de ser passível de diferentes graus de 
prevenção.(SBP,2014). 
 A segurança na escola envolve aspectos de desenvolvimento, de educação, de 
socialização, bem como de características individuais e de contexto escolar. É um processo 
 
11 
 
constante entre adequar as demandas e lidar com estas. Pois quanto mais tempo o 
estudante(criança) passa neste local, maior a importância das ações de prevenção que tornem 
esse ambiente seguro. 
 Devido à relevância de ações preventivas nas escolas, é necessário que os seus 
profissionais estejam aptos a compreender as estratégias de prevenção, como também prestar 
os primeiros socorros em caso de acidente. 
 O papel da escola transcede a promoção de um ambiente seguro, uma vez que é 
considerada um dos pilares da educação, da construção da cidadania, da formação de um povo 
e de uma nação. Por meio da escola, a criança se integra e inicia sua educação, a sua inclusão 
social, os seus relacionamentos e o desenvoilvimento de seus potenciais. Desse modo, a escola 
pode ser vista como um ambiente privilegiado que promove e mantém a saúde de toda a 
comunidade escolar. Sempre desempenhando um papel importante na educação de seus alunos 
com a inclusão, em seus currículos, de atividades interativas que visam promover a saúde e a 
segurança, por intermédio do desenvolvimento de competências, de habilidades e de 
atitudes.(PNPI,2014). 
 
5.2 O Papel da Enfermagem na prevenção de acidentes nas escolas 
 
 A população brasileira vivencia diferentes condições, no que tange à saúde, à segurança, 
à educação e ao acesso a recursos. Diante da complexidade desses diferentes setores, faz-se 
necessário um trabalho intersetorialk e interdisciplinar, principalmente, nas áreas de saúde e de 
educação.(FERRIANI;MIRANDA,2004). 
 Especialmente nas áreas da educação e da saúde, torna-se evidente a necessidade de ações 
interdisciplinartes, devido à complementariedade entre esses dois setores. A escola reproduz 
ações com base na sociedade em que está inseriuda, a fim de melhorá-la, visto que a transforma 
positivamente. 
 O profissional de enfermagem, como parte das equipes multidiciplinares e 
interdisciplinares, possui um papel essencial na promoção da saúde na escola. Ele pode atuar 
em diferfentes frentes com os profissionais da ewducação, como por exemplo, participar de 
programas e oferecer suporte às demandas de saúde, provenientes do ambiente escolar. Esse 
papel é desempenhado com base nos princípios fundamentais da profissão de 
enfermagem.(COFEN,2007). 
 Na educação em saúde, a atuação do enfermeiro não pode se restringir somente à 
informação, que busque promover a transformação de comportamento, mas ultrapassar esse 
padrão tradicional de educação, em que esse especialista é visto como o “detentor do saber”. 
Atualmente, com a participação popular mais efetiva nas tomadas de decisão e com o 
gerenciamento e reorganização política, outro tipo de educação se destaca: a educação popular 
em saúde, na qual o profissional é considerado como mediador da comunidade, em que está 
inserido(SILVA et al,2010). 
 Dentro desse contexto, o enfermeiro e demais profissionais da área da saúde precisam 
recorrer a reflexões teóricas e metodológicas de educação em saúde que ultrapassem as 
 
12 
 
concepções técnico-científicas de sua área, bem como compreender os saberes populares, no 
intuito de favorecer uma cidadania compartilhada. 
 
5.3 Principais acidentes no âmbito escolar e condutas a serem tomadas 
 A Portaria nº 413/99, de 8 de junho define acidente escolar como todo o evento ocorrido 
no local e tempo de atividade escolar, que provoque ao aluno lesão, doença ou morte. Inclui 
todo o acidente que ocorre durante o percurso casa-escola e inversamente e em atividades 
organizadas pela escola, mesmo as que ocorrem fora do seu espaço físico. 
 Atualmente é no ambiente escolar que crianças vêm passando maior parte do seu tempo, 
brincando, aprendendo e se desenvolvendo. As políticas públicas de saúde afirmam que a escola 
é um ambiente muito favorável para se abordar temas sobre prevenção e promoção da 
saúde.Deste modo, não se pode deixar de relacionar a temática saúde no ambiente escolar com 
ações de prevenção a acidentes(COELHO;SILVA,2011;FERREIRA et al.,2012;MACIEL et 
al.,2010). 
 O acidente é um acontecimento indesejável e inesperado, que pode levar a uma lesão. Ele 
acontece pela ação rápida e repentina de uma força externa. Esses acontecimentos são bastante 
frequentes no ambiente escolar, por se tratar deum local com grande concentração de crianças 
e adolescentes e ser o espaço onde elas passam boa parte de seu dia. A inquietude, a 
imprevisibilidade e a curiosidade natural das crianças as tornam suscetíveis a acidentes. Os 
acidentes na infância e adolescência, além de causarem prejuizos a sua vida, podem causar 
sequelas físicas ou emocionais e até mesmo o insucesso escolar. (SÃO PAULO,2007; 
GARCIA,2008). 
 Os acidentes são a causa e o aumento do índice de mortalidade e invalidez na infância e 
adolescência e importante fonte de preocupação por fazer parte do grupo predominante de 
causas de morte a partir de um ano de idade, podendo atingir percentuais acima de 70% em 
adolescentes de 10 a 14 anos decorrentes a causas externas. A cada ano no grupo com idade 
inferior a 14 anos quase 6.000 mortes e mais de 140.000 admissões hospitalares isso somente 
nas redes públicas(FRANÇOSO,2007). 
 Acidentes na infância acontecem, frequentemente, e principalmente nas escolas e creches 
onde se encontram muitas crianças em um mesmo espaço físico.Assim, faz-se necessário a 
presença de um profissional que tenha preparo para atender a estes acidentes, podendo ser um 
professor, gestor ou outro funcionário da escola e não alguém da área da saúde 
necessariamente.(NETO,et.al.2015). 
 Dessa forma, é comum a necessidade da equipe de docentes(Professores) prestarem os 
primeiros socorros aos alunos acidentados nas escolas, por se tratar do adulto mais próximo dos 
alunos e que, muitas vezes, está presente na hora do acidente, que podem ocorrer a qualquer 
momento, e por muitas vezes, pessoas presenciam estes ocorridos e tentam ajudar. Mas, é 
necessário que se tenha alguns conhecimentos acerca de primeiros socorros, já que a lacuna 
desses conhecimentos pode agravar a situação da pessoa que necessita de atendimento. 
 No ambiente escolar os acidentes são uma preocupação constante sendo de extrema 
importância que os profissionais e professores que estão diretamente ou indiretamente em 
 
13 
 
contato com os alunos saibam agir frente a esses eventos assim sabendo como evitá-los e como 
agir diante desta situação, evitando complicações por conta de procedimentos inadequados, 
podendo garantir uma melhor evolução e prognóstico nos ferimentos(FRANÇOSO,2007).
 
 
14 
 
 Sendo assim é necessário que os professores e demais funcionários do ambiente escolar 
tenham conhecimento necessário para fazer a intervenção no momento do acidente, pois é 
notável que quando os professores e demais profissionais que atuam no ambiente escolar 
passam a adquirir treinamento de primeiros socorros, eles se tornam capacitados a fazer 
qualquer intervenção em casos de acidentes no ambito escolar e em seus entornos. 
 Foi diagnosticado no Brasil que os acidentes que mais acontecem nos ambientes escolares 
como creches, escolas de ensino infantil(maternal e ensino fundamental I e II) são: Engasgo, 
quedas, fraturas, desmaio, convulsões, queimaduras, caso de intoxicações, sangramento nasal, 
asfixia, afogamento e sufocação. Acidentes esses que podem se atendidos por qualquer pessoa 
que tenha um preparo em primeiros socorros. Sendo assim, o conhecimento sobre primeiros 
socorros pode auxiliar e garantir a melhor evolução e prognóstico diante das intercorrências do 
acidente.(LEITE,et. al.2016). 
 Os acidentes mais comuns nas escolas que acolhem as crianças conforme especificação 
acima são as quedas e o engasgo. Por isso a importância das ações educativas para a prevenção 
de acidentes infantis e na adolescência, pois o ambiente escolar é um local favorável para tais 
acidentes que põem em perigo a saúde e vida dessas crianças. Essas informações são 
provenientes da plataforma de dados do Ministério da Saúde, o Datasus(2018) “Criança 
Segura” 
 Inúmeros acidentes acontecem no ambiente escolar, que por muitas vezes tem 
consequências que podem levar a morte se não tiver a intervenção de pessoas que são treinadas 
para o atendimento de primeiros socorros.Diante de tais situações vamos descrever abaixo os 
principais acidentes que ocorrem no ambiente escolar conforme pesquisa bibliográfica que 
serviu de embasamento para o referido estudo que são: 
 1 Engasgo: Segundo o Ministério da Saúde(2017), publicado na Biblioteca Virtual em 
Saúde. O engasgo é uma manifestação do organismo para expelir alimento ou objeto que toma 
um “caminho errado”, durante a deglutição(ato de engolir). Na parte superior da laringe 
localiza-se a epiglote, uma estrutura composta de tecido cartilaginoso, localizada atrás da 
língua. Funciona como uma válvula que permanece aberta para permitir a chegada do ar aos 
pulmões e se fecha quando engolimos algo, isso para bloquear a passagem do alimento para os 
pulmões e encaminhá-lo ao estômago. 
 O engasgo é considerado uma emergência, e em casos graves, pode levar o individuo 
acometido pelo engasgo à morte por asfixia ou deixá-lo inconciente por um tempo. Por isso, é 
preciso agir rapidamente para evitar complicações. Para melhor entendimento vamos conceituar 
também Obstrução de vias aéreas por corpo estranho(OVACE). 
 Segundo Falcão(2017) o engasgo é uma manifestação do organismo para expelir o 
alimento ou objeto.Nesse sentido, caso a epiglote esteja aberta no momento da deglutição, há o 
risco do alimento obstruir as vias aéreas. Os acidentes com engasgo predominam na faixa etária 
pediátrica entre um e três anos de idade, sendo que mais de 50% das aspirações são em crianças 
menores de quatro anos e mais de 94% antes dos sete anos. Observando que a criança até três 
anos não controla a mastigação e a deglutição de alimentos, pois ainda não tem dentes molares, 
que trituram alimentos sólidos. 
 
 
15 
 
 2 Obstrução de Vias Aéreas por Corpo Estranho(OVACE): Consiste na obstrução de 
vias aéreas causada por aspiração de corpo estranho, geralmente localizado na laringe ou 
traqueia.A aspiração de corpo estranho é a quinta principal causa de mortes nos EUA, com 
riscos aumentado em pacientes idosos.(BRASIL,2016). 
 Como reconhecer uma Obstrução de Vias Aéreas por Corpo Estranho. Lembrando que 
este aprendizado é extremamente importante nos primeiros socorros. 
 Início súbito de desconforto respiratório; 
 Tosse; 
 Restrição na fala; 
 Respiração ruidosa(estridor); 
 Chiado; 
 Palidez. 
 Tipos de obstrução que podemos encontrar: total ou leve. Sendo que na obstrução total 
ou grave, o individuo acometido não consegue mais tossir, nem falar; aumento na dificuldade 
respiratória, podendo evoluir para uma parada cardiorespiratória rapidamente. Ficando atento 
para a presença do sinal universal do engasgo(levar as mãos ao pescoço).Na obstrução parcial 
ou leve, no individuo acometido ainda há passagem de ar pela epiglote; ainda consegue tossir 
com pequeno desconforto respiratório; consegue falar e pedir ajuda.(isso no caso de adulto ou 
criança que já sabe falar). 
Condutas de primeiros socorros no OVACE/ENGASGO: 
Engasgo Total em casos de bebês e crianças menores de 2 anos (Procedimentos que os 
professores ou qualquer funcionários do ambiente escolar devem ter conhecimento): 1. Ligar 
imediatamente para o SAMU(192); 2. Iniciar a manobra para desengasgo do bebê,com o bebê 
apoiado em seu braço inclinado levemente para baixo, dê 5 tapas no meio das costas do bebê(por 
entre as escápulas), em seguida, vire o bebê para sua frente e realize 5 compressões torácicas 
entre os peitos do bebê com o auxilio de seus dois dedos. Ver imagem abaixo: 
Imagem 1 –Foto Ilustrativa de desengasgo em bebês 
 
 
 
 
 
Fonte: Cartilha de Primeiros Socorros do CCTA,2021. 
 
Engasgo Total em crianças maiores de 2 anos e adultos (Procedimentos que os professores 
ou qualquer funcionários do ambiente escolar devem ter conhecimento): 1. Ligar 
imediatamentepara o SAMU(192); 2. Iniciar a manobra de desengasgo-Heimlich. Segundo 
 
 
16 
 
Brasil(2016) A Manobra de Heimlich é uma técnica de primeiros socorros utilizada em casos 
de emergência por asfixia, provocada por um pedaço de comida ou qualquer tipo de corpo 
estranho que fique entalado nas vias respiratórias, impedindo o indivíduo de respirar. 
 A manobra de heimlich é pouco divulgada no Brasil, entretanto 384 mortes foram 
registradas no ano de 2000 correspondente à 40% do total dos óbitos ocorridos por trauma em 
crianças de 0 a 10 anos. Em 2010 esse número reduzido para 252, mas ainda correspondendo à 
42% dos óbitos pelas mesmas causas(BRASIL,2016). Segundo a Revista Eletrônica UOL 
TV(2016) ainda o maior número de óbitos de crianças até um ano de idade foi ocasionada por 
sufocamento ou asfixia por obstrução de vias aéreas por corpo estranho. Por isso a grande 
importância das Escolas que atendem do maternal ao ensino fundamental capacitar seus 
professores e demais funcionários, evitando com isso essas mortes por acidentes em crianças 
que estão estudando do maternal ao ensino fundamental. 
Passo a Passo da Manobra: Fique por trás da vítima, coloque uma mão fechada um pouco 
acima da cicatriz umbilical, com a outra mão aberta, coloque por cima fechada, realize 
compressões para dentro e para cima. Repita esse movimento até a vítima expelir. OBS: Caso 
essa região seja de difícil acesso, como pode acontecer em obesos ou gestantes nas últimas 
semanas, uma opção é localizar as mãos sobre o tórax; já na pessoa desmaiada ou insconciente 
e com vias aéreas obstruídas, a manobra de Heimlich deve ser abandonada e deve-se chamar 
ajuda médica especializada como SAMU(192) e imediatamente iniciar as compressões 
torácicas que devem ser realizadas na metade inferior do esterno, com a base de uma mão ou 
duas mãos e um dedo ou dois dedos, conforme especificação do indivíduo se é bebê, criança ou 
adulto. 
 Vale salientar que encontram-se diferentes maneiras para tratar a obstrução de vias aéreas 
em lactentes,crianças e adultos. O que vai definir a melhor condição é a situação a qual levou a 
vítima à obstrução. Para crianças(acima de 2 anos) e adultos utilizamos a Manobra de 
Heimlich. Tal manobra consiste em comprimir a região abdominal da vítima com obstrução 
total ou parcial, na região média dos quadrantes superiores, com o objetivo de expelir o 
objeto(CBSC,2014). Ver imagem abaixo: 
Imagem 2 e 3 – Foto ilustrativa da Manobra de Heimlich 
 
Fonte: JPG, 2022 
 3 Quedas: são eventos não intencionais que tem como resultado a mudança da posição 
do indivíduo para um nível mais baixo do que sua postura inicial ocorre uma pertubação do 
 
 
17 
 
equilíbrio que o sistema de controle postural não consegue compensar, causando a queda do 
indivíduo(RIBEIRO et al.,2016).Considera-se queda quando o paciente é encontrado no chão 
ou quando, durante o delocamento, necessita de amparo, ainda que não chegue ao chão. 
 As quedas são apontadas como o agravo mais prevalente e a principal causa de lesões 
traumáticas cerebrais, com um risco significativo de sequelas crônicas, no ambiente escolar, 
essas quedas acontecem com muita frequência, no horário do recreio, na entrada ou saída da 
escola, e o momento que mais acontecem esses acidentes são nas aulas de educação física. 
Nesses casos é preciso atuar de maneira rápida e eficaz, pois do contrário as sequelas podem 
ser permanentes e até fatais(CARMO et al.,2017;SOUZA et al.,2020). 
 Com as quedas podem ocorrer as contusões, distensões, entorses, luxações e fraturas. 
Sendo que nas crianças em nível escolar são mais frequentes as fraturas de membros superiores 
e membros inferiores. Nas situações mais frequentes no cotidiano escolar no que se refere às 
emergências são as quedas, correspondentes a 84,6% dos acontecimentos, sendo apontadas 
como a principal lesão presente no ambiente escolar e a maior causa de traumas que 
proporcionam lesões cerebrais, com um alto risco de sequelas crônicas.(SILVA,2017). 
 De acordo com Araújo et al.,(2017), as quedas possuem grande eventualidade no 
ambiente escolar e possuem várias consequências,desde pequenas lesões até o óbito. Essa 
fatalidade acontece devido às crianças brincarem em locais mais suscetíveis a acidentes. 
 Nas frequentes quedas ocorridas nas escolas as crianças principalmente as de ensino 
fundamental I e ensino fundamental II, podem sofrer fraturas. 
 4 Fraturas: Dizemos que ocorre uma fratura quando o osso perde sua continuidade. A 
fratura pode ser exposta quando a pele é rompida e pode-se ver o osso, e fechada quando a pele 
não se rompe.Em ambos os casos, é fundamental ajuda médica profissional para que a 
recuperação do osso seja feita de maneira adequada. 
 Para Azevedo;Soler(2017) a fratura é uma lesão traumática, cuja carga de alta magnitude 
imposta ao osso acontece por meio das forças de tensão,cisalhamento,compressão,curvamento 
e torção, atuando juntas ou separadas. Quando o osso é quebrado, as estruturas adjacentes 
também são afetadas resultando em edema de tecidos moles, hemorragia para dentro dos 
músculos e articulações, luxações articulares, rompimento de tendões,laceração de nervos e 
lesão de vasos sanguíneos. 
 Os tipos de fraturas podem ser classificadas como fraturas expostas e fraturas fechadas. 
As fraturas expostas nem sempre são óbvias. Portanto ao observar-se lesão cutânea em um 
membro fraturado, devem-se seguir os princípios iniciais de tratamento dela. Quando a fratura 
é exposta com o meio externo por meio de uma lesão de partes inerentes preocupante, uma vez 
que a barreira protetora da pele do corpo é quebrada e o potencial de contaminação 
alto.(GIGLIO et al.,2014). 
 Nas fraturas fechadas pode haver pouco ou nenhum movimento ou deslocamento dos 
ossos quebrados sem penetração no tecido superficial. Ambas fraturas expostas ou fechadas 
podem ser graves se não forem tratadas adequadamente. Os sinais, sintomas e sequelas são 
deformidades, sensibilidade pontual, edema e dor durante a movimentação ativa e passiva, o 
osso cicatriza em uma posição anatômica incorreta, que pode ter implicação apenas estética ou 
até provocar a limitação ou perda da função do membro afetado.(GIGLIO et al.,2014). 
 
 
18 
 
Imagem 4 – ilustração de fratura 
 
Fonte:JPG, 2022 
Conduta: Os professores e demais profissionais que trabalham no ambito escolar devem ser 
orientados a imobilizar a região acometida para evitar a movimentação dos fragmentos dos 
ossos lesionados. Não se deve tentar colocar o osso no local, pois isso pode agravar o quadro, 
caso seja feito de maneira inadequada. Em caso de fraturas expostas, é necessário tentar 
controlar, caso esteja presente, a hemorragia com um pano limpo que deve ser colocado sobre 
o local e pressionado. 
OBS: Lembre-se que fraturas em costas e pescoço necessitam de mais atenção e a 
movimentação só deve ser feita por profissionais.(Ligue 192-SAMU). 
 Para melhor esclarecimento sobre as imobilizações de fraturas, você deve colocar o 
membro afetado na posição mais natural possível, sem causar desconforto à vítima. Imobilize 
o local da fratura e também as articulações próximas acima e abaixo da área afetada. Oriente os 
professores e os demais funcionários do ambiente escolar, para imobilizar usando talas de 
papelão, jornais dobrados, cabos de vassouras, bengalas,etc...Para melhor entendimento ver 
imagens abaixo: 
Imagem 5 – ilustração de fratura 
 
Fonte: JPG,2022 
 5.Convulsão: É caracterizada por uma atividade elétrica anormal do cérebro, a qual pode 
durar de 3 a 5 minutos. Cerca de 9% da população apresenta pelo menos uma crise ao longo da 
 
 
19 
 
vida. Crise convulsiva é um evento dramático na vida da criança e de seus familiares. Crises 
não provocadas são aquelas nas quais não há fatores deflagadoresidentificáveis, como por 
exemplo: febre, traumatismo craneoencefálico(TCE) ou distúrbio metabólico(CARVALHO; 
SOUZA,2002). 
 A convulsão pode ser um evento único ou acontecer repetidas vezes. Crises recorrentes 
caracterizam o diagnóstico de epilepsia, as crises epilépticas podem afetar um ou os dois 
hemisférios do cérebro. Os sintomas podem durar de alguns segundos a muitos minutos por 
episódios. Essas incluem: sentimentos súbitos de medo ou ansiedade, sentir-se mal do 
estômago, tontura e alterações na visão.(FISHER,2014). 
 De maneira geral, a convulsão não leva à morte. No entanto, dependendo da situação, a 
crise pode desencadear acidentes que podem levar a esse consequência. Em alguns casos, pode 
ocorrer ainda o afogamento com saliva ou vômito, daí a importância de virar a cabeça da vítima 
em crise.(FISHER,2014). 
 Para melhor esclarecimento os termos “Crise convulsiva e epilepsia” não são sinônimos. 
A crise é um evento clínico definido como alteração paroxística de função neurológica causada 
por despolarização síncrona, rítmica, de neurônios corticais, já a epilepsia é definida como uma 
desordem cerebral crônica, de várias etiologias, caracterizada por crises epilépticas recorrentes 
não provocadas(crises que aparecem sem um desencadeante óbvio), consequentes a descargas 
neuronais excessivas e síncronas. (FREIRE.,2018). 
Condutas: Os Professores e demais funcionários que trabalham no ambiente escolar devem ser 
orientados, antes de mais nada a identificar uma crise convulsiva, para assim abordar e fazer os 
primeiros socorros.A primeira conduta para identificar uma convulsão é observar o sinal mais 
comum do problema que é físico: o corpo da vítima começa a se mexer bruscamente e 
descontrolado. 
 Em seguida o socorrista(professores e demais funcionários) devem atentar para outros 
sintomas como: Perda da consciência com desmaios;aumento da produção de saliva;perda de 
controle dos esfíncteres;olhar ausente ou olhos fixos na parte superior ou lateral e apatia. 
Passo a Passo da conduta para convulsão: 
1. Antes de chamar o SAMU. Deite a vítima no chão, para evitar uma queda durante a 
crise convulsiva; 
2. Coloque a pessoa deitada de lado, para evitar que a vítima possa se engasgar com a 
própria língua ou com vômito; 
3. Dê espaço para a vítima, afastando a mesma de objetos que estejam próximos e que 
possam causar lesões, como mesas ou cadeiras; 
4. Desaperte roupas apertadas, especialmente na região do pescoço, como camisas e 
gravatas; 
5. Mantenha a calma e espere que a crise passe. 
 
 6.Parada Cardiorrespiratória(PCR): Entende-se por PCR a cessação de atividades do 
coração, da circulação e da respiração, reconhecida pela ausência de pulso ou sinais de 
circulação, estando a vítima inconsciente. É o evento final de uma série de quadros clínicos que 
 
 
20 
 
podem resultar em lesões cerebrais irreversíveis, caso não sejam tomadas as medidas 
necessárias.(SILVA;ARAÚJO;ALMEIDA,2017). 
 
 A PCR é causada essencialmente pela doença cardíaca isquêmica, sendo considerada a 
principal causa de morte em nível mundial. A PCR Extra-Hospitalar(PCREH) foi responsável 
por 63% dos casos ocorridos nos Estados Unidos, no ano de 2013, com 9,5% de sobrevivência, 
refletindo no empenho do atendimento inicial efetuado por quem estiver no lugar.(BERNOCHE 
et al.,2019). Portanto o ensino de primeiros socorros para PCR tornou-se uma ferramenta 
indispensável nos cuidados iniciais em emergências em PCR. 
 Segundo as diretrizes da American Heart Association(AHA,2015) se a reanimação 
cardíaca pulmonar(RCP) for realizada no primeiro minuto, as chances de sucesso são de até 
98%. Porém, a partir do quinto minuto, as chances de sucesso caem para 25% e após dez 
minutos, a chance da vítima sobreviver cai para 1%. 
 A PCR pode decorrer de um evento elétrico cardíaco, podendo ser caracterizado como 
uma taquicardia ventricular sem pulso, bradicardia, fibrilação ventricular, atividade elétrica sem 
pulso ou assistolia. Ela contempla além da cessação súbita da atividade ventricular eficiente, a 
parada da respiração. Sua origem é variável, de acordo com a faixa etária. 
 Como o estudo se remete para crianças, a PCR pode ser de dois tipos: parada cardíaca 
por hipóxia ou por asfixia e parada cardíaca súbita. Em Recém-Nascidos(RN) e crianças, as 
causas cardíacas de parada cardíaca são menos comuns do que em adultos. A causa 
predominante de parada cardíaca em recém-nascidos e crianças é insuficikência respiratória 
devido a diversos distúrbios respiratórios.(ex: obstrução das vias respiratórias, afogamento, 
infecção, síndrome da morte súbita do lactente,etc...).Entretanto, a parada cardíaca 
súbita(interrupção inesperada da circulação sem nenhum alerta) em crianças e adolescentes é 
mais comumente decorrente de arritmia resultante de uma canalopatia ou anormalidade 
cardíaca estrutural subjacente.(BERNOCHE et al.,2019). 
 Em adultos, a parada cardíaca súbita resulta principalmente de cardiopatia(de todos os 
tipos, com mais de 15% das paradas cardíacas súbitas atribuídas a síndrome coronarianas 
agudas, e uma grande maioria associada a doença cardiovascular subjacente). Em uma 
porcentagem significante das vítimas, a parada cardíaca repentina é a primeira manifestação de 
doença cardíaca. Outras causas incluem choque circulatório por distúrbios não 
cardíacos(especialmente embolia pulmonar, hemorragia gastritestinal ou trauma), insuficiência 
ventilatória e distúrbio metabólico(incluindo overdoso de drogas). (BERNOCHE et al.,2019). 
6.1 Reanimação Cardiopulmonar 
 A Reanimação Cardiopulmonar(RCP) também conceituada como “ressuscitação” em di 
versos meios científicos, é definida como uma totalidade de ações cujo propósito é proporcionar 
circulação e oxigenação a vítima no decorrer de uma PCR; esta prática tem como objetivo 
preservar mo funcionamento de órgãos críticos até que a circulação espontânea seja 
restabelecida. (GÓMEZ et al.,2021). Para Silva et al.,(2020) O principal tratamento às vítimas 
de PCR é a reanimação, pois a realização de compressões executadas de forma correta por uma 
pessoa treinada ou habilitada simula a função do coração. 
 
 
21 
 
ATENÇÃO: Para identificar a PCR o socorrista(leigo) treinado deve verificar: ausência de 
respostas a estímulos ou responsividade(chamar 3 vezes); ausência de movimentos respiratórios 
ou gasping;(observar a expansão toracica); ausência de pulsos palpáveis(o socorrista leigo não 
é recomendado verificar o pulso). 
Passo à Passo da conduta do PCR( como proceder em Bebês até 1 ano) 
1. Avaliar à cena e Identificar os sinais de PCR; 
2. Na ausência dos sinais, posicionar o bebê deitado de costas sobre uma superfície 
plana e dura; 
3. E iniciar de imediato as compressões e pedindo para outra pessoa ligar para o serviço 
especializado(SAMU-192/ 193-CORPO DE BOMBEIROS); 
4. Colocar dois dedos(indicador e médio ou médio e anelar) no meio do peito do bebê, 
sobre o osso esterno, logo abaixo da linha intermamilar, e comprimir o tórax 
aproximadamente 4cm; e velocidadee de 100/120 min. 
5. Só um socorrista deve fazer 30 compressões e 2 ventilações; se tiver 02 socorristas 
15 compressões seguidas de 02 ventilações, aplique por 2 minutos ou até que o bebê 
volte a respirar, se não até o socorro especializado chegar.( as compressões devem 
ser rápidas e fortes). 
Imagem 6 – compressão torácica com uma mão 
 
Fonte: european resuscitation council guidelines for resuscitation, 2010 
Passo à Passo da conduta do PCR(como proceder em crianças apartir de 1 ano até os 
primeiros sinais de puberdade). Nos meninos, os pelos no corpo(axilas) e nas meninas, o 
início da formação das mamas). Segundo o Manual do Corpo de Bombeiros de São Paulo 
de 1 à 8 anos. 
 
1. Avaliar à cena e Identificar os sinais de PCR; 
2. Na ausência dos sinais, posicionar a criançadeitada de costas sobre uma superfície 
plana e dura; 
3. E iniciar de imediato as compressões e pedindo para outra pessoa ligar para o serviço 
especializado(SAMU-192/ 193-CORPO DE BOMBEIROS); 
 
 
22 
 
4. Colocar o “calcanhar”(região hipotenar) de uma das mãos no meio do peito, sobre o 
osso esterno ou entre as linhas do mamilo, e comprimir o tórax aproximadamente 
5cm; e velocidade de no mínimo 100/min. 
5. Só um socorrista deve fazer 30 compressões e 02 ventilações; se tiver 02 socorristas 
15 compressões seguidas de 02 ventilações, aplique por 2 minutos ou até que a 
criança, volte a respirar, se não até o socorro especializado chegar.( as compressões 
devem ser rápidas e fortes). 
Passo a passo da conduta de PCR para adulto 
1. Avaliar à cena e Identificar os sinais de PCR; 
2. Na ausência dos sinais, posicionar a vítima deitada de costas sobre uma superfície 
plana e dura; 
3. E iniciar de imediato as compressões e pedindo para outra pessoa ligar para o serviço 
especializado(SAMU-192/ 193-CORPO DE BOMBEIROS); 
4. Posicione-se ao lado da vítima e mantenha seus joelhos com certa distância um do 
outro, para que tenha melhor estabilidade; Deixar o tórax desnudo; 
5. Coloque a região hipotenar de uma mão sobre a metade inferior do esterno da vítima 
e a outra mão sobre a primeira, entrelaçando-a; 
6. Estenda os braços e os mantenha cerca de 90° acima da vítima(mãos sobre 
entrelaçadas sobre o esterno, no centro do tórax) e iniciar compressões torácicas 
contínuas; 
7. Só um socorrista deve fazer 30 compressões e 02 ventilações; se tiver 02 socorristas 
15 compressões seguidas de 02 ventilações, aplique por 2 minutos; comprima na 
frequência de 100 a 120/min e comprimir o tórax no mínimo,5cm(evitando 
compressões com profundidade maior que 6cm; permita o retorno completo do tórax 
após cada compressão, evitando apoiar-se no tórax da vítima; 
8. Se houver dois socorristas reveze a cada 2 minutos, para evitar o cansaço e 
compressões de má qualidade; fazer as compressões adequadas e só interromper 
quando a vítima se movimentar, se não continuar até o socorro especializado chegar. 
Imagem 7 – mão entrelaçadas no centro do torax / imagem 8 - posicionamento ao lado da vitima 
 
Fonte: instituto de fisioterapia de São Paulo, 2021 
 
 
23 
 
7 Hemorragia 
 É a perda de sangue por ferimentos que perfuram o corpo. Pode ser interna, quando é 
causada por uma pancada forte, acidente de carro, queda ou perfuração que atinja um órgão ou 
vaso sanguíneo, ou externa. Toda e qualquer hemorragia deve ser contida imediatamente.A 
hemorragia abundante e não controlada pode causar morte, entre 3 a 5 minutos. 
Passo à Passo conduta em criança: 
1. É necessário mater e transmitir a calma diante da situação; 
2. Coloque as luvas de procedimento; 
3. Deite a criança em posição decúbito dorsal(de barriga para cima), pois facilita a 
circulação sanguínea entre o coração e o cérebro; 
4. Aplique sobre o corte uma compressa com gaze, ou um pano limpo, fazendo uma 
pressão firme sobre o local com uma ou com duas mãos, manter a compressão até 
que a hemorragia estanque(no mínimo 10 min). Após, faça um curativo compressivo 
na região afetada; 
5. Durante todo esse processo deve-se manter a criança calma e acordada, não oferecer 
comida ou bebida e mantê-la aquecida; 
6. Em hemorragias nasais(sangramento no nariz), deve-se elevar a cabeça da criança 
com o tronco inclinado para frente, para que ela não engula sangue, comprimir a 
narina que sangra com os dedos e aplicar gelo ou compressas frias e recomenda-se 
não assuar; 
7. Caso o sangramento não cesse, deve-se colocar um tampão de algodão ou gase, de 
maneira a preencher bem a cavidade nasal. 
Imagem 9 – decúbito dorsal (de barriga para cima) 
 
Fonte: JPG,2022 
Imagens 10, 11, 12 – como agir em caso de sangramento 
 
 
24 
 
 
Fonte: Castilha de primeiros socorros Universidade Federal de Paraiba 
8 Desmaio 
 Segundo a Sociedade Brasileira de Medicina de Família e comunidade(SBMFC), o 
desmaio é a perda súbita da consciência e do tônus postural, com recuperação espontânea. É na 
verdade um sintoma de uma doença ou reflexo do nosso organismo. Pode em alguns casos ser 
precedida por avisos como mal estar, enjôo, alterações da visão, sensação de calor ou acontece 
de repente. De modo geral o desmaio ocorre devido a diminuição do fluxo de sangue para o 
cérebro. 
 O desmaio na criança pode acontecer devido ao calor, desidratação mou esforço físico, 
quando ela está em ambientes fechados, dias de calor ou quando está brincando no sol. 
Passo à Passo conduta em criança: 
1. No momento que a criança começou a desfalecer, tente segurá-la antes que caia e ajude-
a a sentar-se numa cadeira, peça que respire profundamente até que o mal estar passe; 
2. Nos casos que já se encontre insconciente, deitar a criança e levantar suas pernas, pelo 
menos 40 cm do chão; 
3. Colocar a criança de lado para ela não se engasgar, desapertar as roupas apertadas para 
que possa respirar, manter a criança aquecida. 
5.4 Sugestão de kit de primeiros socorros padronizados para as escolas 
 
 O kit de primeiros socorros são itens que vão auxiliar o socorrista a prestar um melhor 
atendimento à vítima o objetivo do kit consiste em proporcionar cuidados imediatos a alguém 
acometido de um acidente que pode ser de trabalho, doméstico ou como é o caso do estudo no 
ambito escolar. O kit deve ser preparado e deve ficar à disposição dos socorristas nas escolas. 
Ressaltando que os socorristas são os professores e demais funcionários da escola quando 
capacitados através de treinamento. 
 É necessário que a escola apresente um kit de primeiros socorros com materiais 
necessários aos atendimentos de acordo com as modalidades praticadas e os riscos de lesões 
tais como: ataduras, cobertor térmico, colar cervical, luvas, máscaras, sacos de gelos, gaze 
esterelizada, entre outros.(BRASIL,2008). 
 Nesta perspectiva é necessário saber que os Kits de primeiros socorros tem como objetivo 
proporcionar cuidados imediatos a alguém que sofreu acidente no ambiente escolar ou de 
trabalho, de forma a assegurar um atendimento básico e emergencial até que o profissional 
 
 
25 
 
competente tome o controle da situação. Para fins de melhor entendimento quanto aos kits 
vamos descrever alguns materiais e equipamentos que devem conter no kit segue abaixo: 
 Segundo o Instituto Brasileiro de APH(IBRAPH) em conformidade com a Lei Lucas 
sugere que as escolas preparem um kit de primeiros socorros com itens gerais para emergências 
clínicas sendo mochila ou maleta itens: 
 Lanternas em três versões(á pilha/solar/e de cabeça); 
 Luvas de procedimento(caixa M/G); 
 Máscaras descartáveis; 
 Óculos de proteção; 
 Tesoura ponta romba; 
 Termômetro digital ou Laser; 
 Pinças mais utilizadas(Kelly reta, Kocher,etc...). 
 
 Para emergências de trauma seguintes itens: 
 Ataduras de crepom; 
 Bandagens elásticas específicas para hemorragia; 
 Bolsa de Gelo(em Gel); 
 Curativos específicos para queimaduras; 
 Clorexidina aquosa(antisséptico tópico); 
 Esparadrapos comuns e micropore; 
 Gases estéreis; 
 Manta aluminizada de emergência; 
 Talas aramadas e Talas de papelão(para imobilizar); 
 Solução fisiológica de cloreto de sódio 0,9%; 
 Kit de imobilização ortopédica. 
OBS: à escola deve ter cadeiras de roda para melhor atender a vítima até a chegada do serviço 
especializado. 
ATENÇÃO: Todos os kits devem ser verificados regularmente para garantir que estejam 
prontos para uso. As verificações regulares dos itens o ajudarão a descobrir o que precisa ser 
descartado ou substituido; os itens como ataduras,gazes,luvas, soro fisiológico e antisséptico 
podem enfraquecer ou perder sua esterilidade.E deve haver sinalização clara direcionando as 
pessoas para onde elas podem acessar um kit de primeiros socorros.Isso também deve fazer 
parte do treinamento da equipe. 
 
 
26 
 
 
 
5.5 Lei Lucas: Segurança e Primeiros Socorros nas Escolas 
5.5.1 Breve Histórico sobre a Lei Lucas nº 13.722 
 Essa Lei teve sua origem com um acontecimento de caso verídico, no fatídico dia 27 de 
setembro de 2017, o menino Lucas Begalli Zamorra de Souza, 10 anos participava de um 
passeio promovido pela escola Cordeirópolis(SP), ele morava em Campinas no interior de São 
Paulo, que se engasgou com um pedaço de salsicha do cachorro quente que serviram no lanche. 
O mesmo por algum motivo fez uma asfixia mecânica em questão de minutos. 
 O menino Lucas foi atendido por uma equipe de socorristas deslocada até o local, mais 
faleceu dois dias depois em um hospital de Limeira, após sete paradas cardíacas. A equipe levou 
oito minutos para chegar ao local, depois de acionada, mas a falta de uma pessoa capacitada 
para prestar os primeiros socorros de imediato resultou em sua morte em 29 de setembro de 
2017. 
 Com isso se questiona Por que será que não foi feito no Lucas o socorro imediato?Seria 
por falta de capacitação em primeiros socorros, pois se reflete se o socorro ao menino Lucas 
fosse feitro de forma rápida e adequada (técnica recomendada neste caso conhecida como 
manobra de Heimlich ou de desengasgo). 
 A mãe de Lucas Alessandra Begalli Zamora, resolveu passar pelo luto do filho único, 
liderando uma mobilização, que ganhou âmbito nacional para que professores e profissionais 
que trabalham com crianças recebam treinamento para prestar primeiros socorros. Com em 
novembro de 2018, criou a Lei Lucas que estabelece a capacitação em primeiros socorros para 
profissionais de educação de escolas públicas e privadas de ensino infantil e básico em todo o 
Brasil, que vai dar suporte a estudantes em situações de emergência. 
 A Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei de número 9468/2018, que teve como 
objetivo instituir a obrigatoriedade de estabelecimentos públicos e privados voltados ao ensino 
ou recreação infantil e fundamental a capacitarem seu corpo docente e funcional em noções 
básicas de primeiros socorros. Lei que ficou conhecida como “Lei Lucas”. 
 A tragédia levou a família a uma reflexão sobre o quanto as crianças estão realmente 
seguras nos locais que frequentam, principalmente a escola, e o Deputado Carlos Cezar que foi 
o autor da Lei Estadual 15.661/2015, que instituiu o programa “Lições de Primeiros Socorros 
na educação básica da rede escolar do Estado de São Paulo”. Reforçou a necessidade da Lei 
Lucas o mesmo se posicionou falando: “É inadmissível o que aconteceu com o menino Lucas. 
Pois as Escolas precisam estar preparadas para atender seus alunos e com isso evitando novas 
tragédias”. 
 
5.6 LEI LUCAS Nº 13.722 
 A Lei Lucas foi sancionada e publicada dia 04 de outubro de 2018, entrando em vigor 
após decorridos 180(cento e oitenta) dias de sua publicação oficial. Ela torna obrigatória a 
 
 
27 
 
capacitação em noções básicas de primeiros socorros de professores e profissionais das escolas 
públicas e privadas da educação infantil e básica. Vem com o objetivo de ensinar aos 
professores a realizar o curso em atendimento inicial de emergência até que um atendimento 
especializado chegue, melhorando o prognóstico de uma vítima, evitando dano, lesão ou morte; 
capacitar professores e funcionários a terem reconhecimento da urgência, atendimento rápido, 
e como chamar a ajuda, além de iniciar o pronto atendimento básico de urgência e emergência 
a criança. 
 Essa lei tem por objetivo primordial proteger as crianças do ensino infantil e básico de 
acidentes comuns que podem ocorrer em ambientes escolares. A criação dessa lei visa 
proporcionar e oferecer aos pais e mães de todo o país, um panorama de maior conforto e 
segurança, para que seus filhos não estejam expostos aos riscos de acidentes no âmbito 
educacional e recreativo. 
 Assim torna-se necessário que a equipe escolar esteja preparada para lidar com eventuais 
situações que podem ocorrer dentro das escolas, e também estar preparadas para evitar possíveis 
eventos. O que fica claro no Art. 2º que esses cursos serão oferecidos por pessoas capacitadas 
das entidades municipais e estaduais com o objetivo de saber agir na prevenção de situações de 
urgência e emergência e saber agir durante o tempo em que o suporte especializado se torne 
possível. 
 
Art. 2º Os cursos de capacitação em primeiros socorros serão ministrados por 
entidades municipais ou estaduais, especializadas em práticas de auxílio imediato e 
emergencial à população tais como Corpo de Bombeiros, Serviços de Atendimento 
Móvel de Urgência, Defesa civil, Forças Policiais, Secretarias de Saúde, Cruz 
Vermelha brasileira ou serviços assemelhados, tendo como objetivo: 
 I - Identificar e agir preventivamente em situações de emergências e urgências 
médicas; 
II - Intervir no socorro imediato do(s) acidentado(s) até que o suporte médico 
especializado, local ou remoto, torne-se possível. (BRASIL,2018). 
 
 Compreende-se que cabe aos profissionais que atuam com crianças, adolescentes e 
jovens em instituições públicas e privadas, o mínimo de capacitação prática para eventuais 
ocorrências. Portanto, a prática dos conhecimentos em primeiros socorros torna-se essencial 
quando há o convívio com crianças, adolescentes e jovens no âmbito escolar e recreacional. 
 5.6 Equipe especializada no treinamento em primeiros socorros 
 
 De acordo com a Lei nº 13.722/2018, conhecida como Lei Lucas, que torna obrigatória 
a capacitação em noções básicas de primeiros socorros de professores e funcionários de 
estabelecimentos de ensinos públicos e privados, de educação básica e de estabelecimentos de 
recreação infantil. 
 
 
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 Quem deve fazer o treinamento de Primeiros Socorros são todas as empresas, públicas e 
privadas, independente do ramo de atuação devem realizar o treinamento, certificando como 
socorrista pelo menos um dos seus colaboradores. O treinamento deverá ser ofertado 
anualmente para capacitação ou reciclagem de parte dos professores e funcionários dos 
estabelecimentos de ensino e recreação. 
 Além do treinamento a empresa deverá equipar-se com kit de primeiros socorros, com 
material necessário mà prestação dos primeiros atendimentos e manter esse m,aterial guardado 
mem local adequado e de fácil acesso. 
 O objetivo da equipe especializada de treinamento é preparar e capacitar os professores 
e demais funcionários para se capacitar e agir da forma correta em situações de emergência 
dentro do ambiente escolar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
29 
 
 
 
6 CONCLUSÃO 
 Levando-se em conta o que foi estudado, percebeu-se que o ambiente escolar é um local 
onde passamos boa parte das nossas vidas quando crianças, também não descartando nossa fase 
jovem e adulta. Todos estamos vulneráveis a acidente por mais cautelosa que sejamos. Qualquer 
pessoa poderá ser surpreendida por situações de urgência ou emergência daí a importância de 
conhecimento em primeiros socorros, pois a prestação de socorro além de um dever moral é um 
dever legal e sua recusa constitui crime de omissão de socorro previsto no artigo 135 do Código 
Penal Brasileiro. Este estudo nos possibilitou como acadêmicos de Enfermagem dar nossa 
contribuição levando o conhecimento de primeiros socorros para professores e demais 
funcionários do ambiente escolar, fazendo valer o cumprimento da Lei Lucas. 
 Entretanto verificou-se que as escolas de maneira geral não estão cumprindo a Lei, 
principalmente as escolas públicas do Brasil, principalmente escolas em Belém-Pará município

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