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Demonstração do Valor Adicionado (DVA)

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Demonstração do Valor Adicionado 
DVA 
 Valor adicionado é a riqueza gerada pela entidade, que, em regra, representa a diferença entre 
o valor das vendas, incluindo os tributos incidentes sobre a venda como ICMS, por exemplo, e os 
insumos adquiridos de terceiros. Pode incluir também o valor adicionado recebido em transferência, 
ou seja, produzido por terceiros e transferido para a companhia, conforme veremos ao longo do post. 
A Demonstração do Valor Adicionado é a demonstração contábil que apura o valor da riqueza gerada 
pela companhia, bem como a sua distribuição entre os agentes responsáveis pela geração dessa 
riqueza, como empregados, acionistas, governo, dentre outros. A parcela da riqueza não distribuída 
também é evidenciada pela DVA. 
 As normas referentes à DVA estão regulamentadas pelo CPC 09 do Comitê de Pronunciamentos 
Contábeis, o PRONUNCIAMENTO TÉCNICO CPC 09 – DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO. Essa 
Demonstração tornou-se obrigatória pela Lei brasileira (Lei nº 11.638/07) apenas para as companhias 
abertas a partir do exercício de 2008. A DVA é bastante utilizada para fins fiscais, pois através dela o 
governo tem acesso a toda a riqueza produzida, distribuída ou transferida para as entidades. O CPC 
(Comitê de Pronunciamentos Contábeis) considera a utilidade das informações fornecidas pela DVA 
de extrema importância para os usuários das demonstrações contábeis. Por isso, o CPC encoraja as 
demais companhias a elaborá-la, mesmo não sendo obrigatório por Lei para a maioria dessas 
empresas. O CPC 09 estabelece critérios para elaboração e apresentação da Demonstração do Valor 
Adicionado (DVA), um dos elementos do Balanço Social, com o objetivo de demonstrar a riqueza 
gerada pela entidade e a sua devida distribuição em um certo período. A maior parte dessa informação 
é obtida através de uma outra demonstração contábil: A DRE (Demonstração do Resultado do 
Exercício). A elaboração da DVA, portanto, deve observar as regras do Pronunciamento Conceitual 
Básico do CPC, conhecido por Estrutura Conceitual Básica para a Elaboração e Apresentação das 
Demonstrações Contábeis. 
 A DVA é obrigatória apenas para companhias de capital aberto, conforme podemos verificar 
através da leitura do art. 176, inciso V da Lei 6.404/76: Art. 176. Ao fim de cada exercício social, a 
diretoria fará elaborar, com base na escrituração mercantil da companhia, as seguintes demonstrações 
financeiras, que deverão exprimir com clareza a situação do patrimônio da companhia e as mutações 
ocorridas no exercício: 
I – balanço patrimonial; 
II – demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados; 
III – demonstração do resultado do exercício; e 
IV – demonstração dos fluxos de caixa; e (Redação dada pela Lei no 11.638,de 2007) 
V – se companhia aberta, demonstração do valor adicionado. (Incluído pela Lei no 11.638, de 2007) 
 A DVA é baseada em conceitos macroeconômicos e tem por objetivo apresentar a parcela de 
contribuição que a entidade tem na formação do Produto Interno Bruto (PIB), eliminando a dupla 
contagem. No cálculo do PIB, a economia se baseia na produção de bens e serviços, enquanto a 
contabilidade utiliza o regime de competência da realização da receita. Dessa forma, os momentos de 
realização da produção e das vendas são diferentes, pois os valores calculados para o PIB por meio dos 
métodos da Economia e da Contabilidade são fundamentalmente, diversos. A DVA apresenta o quanto 
a entidade agrega de valor aos insumos adquiridos de terceiros, que são vendidos ou consumidos no 
transcorrer de determinado período.

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