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Aplicação da ergonomia em situações de trabalho

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DESCRIÇÃO
A importância da ergonomia na compreensão de comportamentos e atitudes de trabalhadores dentro
dos seus ambientes de trabalho.
PROPÓSITO
Preparar os profissionais da área de segurança para que orientem os trabalhadores sobre as atitudes
que podem implicar danos para a saúde e deixá-los expostos a riscos de incidentes ou acidentes de
trabalhos em seus postos de trabalho.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
Identificar comportamentos e atitudes dentro de uma organização capazes de evitar danos ao
trabalhador
MÓDULO 2
Reconhecer a utilidade da ergonomia dentro de ambientes de trabalho
MÓDULO 3
Relacionar os conhecimentos em ergonomia com o aumento da segurança dentro dos ambientes de
trabalho
INTRODUÇÃO
ERGONOMIA EM AMBIENTES DE TRABALHO
MÓDULO 1
 Identificar comportamentos e atitudes dentro de uma organização capazes de evitar danos ao
trabalhador
COMPORTAMENTOS E ATITUDES DENTRO DE UMA
ORGANIZAÇÃO QUE PODEM EVITAR DANOS AO
TRABALHADOR
Neste módulo, apresentaremos as fases que ajudaram na construção do entendimento mais atual sobre
a ergonomia. Salientaremos, com isso, como certos comportamentos e atitudes devem ser adotados
para se evitar danos à saúde e à segurança aos trabalhadores.
LIGANDO OS PONTOS
Você conhece as fases que resultaram na construção do entendimento mais atual sobre ergonomia?
Sabe identificar alguns dos comportamentos ou das atitudes que expõem trabalhadores a eventos de
riscos e que podem causar danos ou afastamentos de seus ambientes laborais? Em caso de acidentes
no trabalho, conseguiria dizer qual é o procedimento?
Por meio da leitura do case denominado “Comportamentos e atitudes de risco de colaboradores dentro
de uma indústria”, poderemos construir conhecimentos que nos levem a responder tais
questionamentos.
Observe o cenário histórico a seguir:
 
Foto: Shutterstock.com
No momento em que ocorre algum tipo de incidente ou acidente de trabalho (acontecimento mais sério)
dentro de um ambiente laboral, é fato que toda uma realidade operacional sofre algum tipo de impacto.
Imagine um funcionário que presencia um dano físico de um colega no ambiente de trabalho e que não
apresenta condições para continuar executando as suas funções por um longo período. Geralmente, por
razões psicológicas, uma pessoa fica bastante impressionada com determinados acontecimentos que
implicam consequências sérias que acometem sua integridade física ou a de outro indivíduo que seja
(ou não) próximo dela.
A questão é que todos os dias são elaborados relatórios por supervisores de áreas produtivas em que
certas atitudes ou comportamentos de recursos humanos não deveriam ser tomados como exemplos.
Os mais variados possíveis, os motivos de tais ações serão registrados pelas áreas de segurança e
saúde.
Posteriormente, em caso de acidentes de trabalhos, uma série de etapas terá de ser cumprida pela
empresa. Assim, caso um colaborador sofra algum acidente, o principal procedimento a ser tomado
imediatamente pela empresa é a comunicação do acidente do trabalho à Previdência Social até o
primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência, detalhando o acidente ocorrido e o colaborador que foi
lesionado.
Caso a organização não faça essa comunicação, ela sofrerá severas autuações do Ministério do
Trabalho (MTE) conforme estipulam os artigos 286 e 336 do Decreto nº 3.048/1999. Entretanto, com o
endurecimento das leis trabalhistas, a responsabilidade passou a ser definitivamente compartilhada
entre empregador e empregados nas situações abordadas neste texto.
Evidentemente, isso não aconteceu da noite para o dia. Na verdade, houve várias fases (ou períodos)
para que o pensamento mais coerente a respeito da relevância da ergonomia fosse incorporada de vez
dentro dos sistemas de gestão das organizações produtivas.
Após a leitura do case, é hora de aplicar seus conhecimentos! Vamos ligar esses pontos?
1. AO APROFUNDAMOS OS NOSSOS ESTUDOS SOBRE ERGONOMIA,
APRENDEMOS QUE ALGUMAS FASES PERMITIRAM A CONSTRUÇÃO DO SEU
PENSAMENTO. A FASE QUE ESTIMULOU OS ESTUDOS DIRECIONADOS ÀS
ANÁLISES DA INTERAÇÃO ENTRE HUMANOS – CONSIDERANDO A CARGA
MENTAL QUE O TRABALHO EXIGE – E MÁQUINAS SE DEU POR MEIO DA
INTERFACE DO USUÁRIO. FORMADA POR SOFTWARE E HARDWARE, ELA É A
A) ergonomia tradicional.
B) ergonomia cognitiva.
C) ergonomia do meio ambiente.
D) macroergonomia.
E) microergonomia.
2. DENTRO DAS ROTINAS DAS FÁBRICAS, DEVE-SE TER MUITA PRECAUÇÃO
QUANDO SE DESEMPENHA QUALQUER TIPO DE ATIVIDADE, MESMO AQUELAS
CONSIDERADAS MAIS SIMPLES. QUALQUER DISTRAÇÃO, ATITUDE OU
COMPORTAMENTO QUE DESRESPEITE UMA NORMA, UM PROCEDIMENTO OU
UMA INSTRUÇÃO PODE CAUSAR SÉRIAS CONSEQUÊNCIAS TANTO PARA
AQUELE ENVOLVIDO NO ATO COMO PARA QUEM O CONTRATOU. ESSE
PENSAMENTO DEVERÁ ACOMPANHAR O GESTOR E OS TRABALHADORES
SEMPRE QUE FOR POSSÍVEL. ASSINALE A ÚNICA OPÇÃO QUE PODE
APONTAR UM COMPORTAMENTO DE RISCO DE UM TRABALHADOR.
A) Dominar o método de trabalho.
B) Levantar cargas leves.
C) Empregar instrumentos novos sem treinamento.
D) Possuir muito conhecimento no uso de recursos de produção.
E) Seguir as instruções de trabalho recomendadas pela sua área e não tomar decisões complexas
sozinho.
GABARITO
1. Ao aprofundamos os nossos estudos sobre ergonomia, aprendemos que algumas fases
permitiram a construção do seu pensamento. A fase que estimulou os estudos direcionados às
análises da interação entre humanos – considerando a carga mental que o trabalho exige – e
máquinas se deu por meio da interface do usuário. Formada por software e hardware, ela é a
A alternativa "B " está correta.
 
A ergonomia cognitiva ou de software avalia os processos mentais utilizados pelo indivíduo quando
realiza as suas atividades, investigando se elas causam impactos em suas interações com outros
elementos do sistema.
2. Dentro das rotinas das fábricas, deve-se ter muita precaução quando se desempenha qualquer
tipo de atividade, mesmo aquelas consideradas mais simples. Qualquer distração, atitude ou
comportamento que desrespeite uma norma, um procedimento ou uma instrução pode causar
sérias consequências tanto para aquele envolvido no ato como para quem o contratou. Esse
pensamento deverá acompanhar o gestor e os trabalhadores sempre que for possível. Assinale a
única opção que pode apontar um comportamento de risco de um trabalhador.
A alternativa "A " está correta.
 
Quando um trabalhador for realizar determinada tarefa que exija um instrumento ou qualquer outro tipo
de recurso, o ideal é que ele tenha sido treinado ou capacitado no seu manuseio – até mesmo para a
maneira de tratar os detalhes técnicos inerentes àquela tarefa.
3. O LÍDER DE UMA ÁREA DE EMBALAGEM DE UMA
FÁBRICA É COMUNICADO QUE ACABOU DE OCORRER UM
ACIDENTE COM UM DE SEUS FUNCIONÁRIOS NA LINHA DE
PRODUÇÃO. QUAL DECISÃO OU SEQUÊNCIA DE ETAPAS
ELE PRECISA ADOTAR NESSE CASO?
RESPOSTA
O aluno pode responder que o responsável pela área deve procurar decidir pelo processo que compreende
as seguintes etapas: atender imediatamente o empregado acidentado; isolar a área onde ocorreu o acidente;
comunicar internamente sobre o acidente; emitir o comunicado de acidente de trabalho (CAT); iniciar uma
análise das causas que provocaram o acidente; prestar a assistência médica conforme a necessidade do
acidentado; e cumprir os direitos previstos aos colaboradores acidentados.
A EVOLUÇÃO DA ERGONOMIA
Comportamentos e atitudes notados dentro das empresas são consequências de um processo de
amadurecimento em relação ao pensamento e às ações ergonômicas. Isso fica muito evidente quando
se estuda a evolução da ergonomia, que é traduzida pelas fases que ajudaram a compreender todos os
fatos que se sucederam nessa área ao longo do tempo.
javascript:void(0)
DENTRO DOS AMBIENTES PRODUTIVOS, A ERGONOMIA
VEM DEMONSTRANDO, HÁ MUITAS DÉCADAS, A SUA
RELEVÂNCIA EM TERMOS DE APLICAÇÃO.
Isso se deve sobretudo ao momento que ela passou a ser considerada não somente a ciência que se
preocupa em adequar os postos de trabalhos para receberos trabalhadores empenhados em realizar
suas diversas tarefas em um ambiente produtivo, mas também pelo caráter essencial de seu estudo, já
que ele é realizado com o próprio contexto organizacional, psicossocial e político do sistema.
 
Imagem: Shutterstock.com
Aplicado a partir dos anos 1980, tal entendimento foi direcionado para uma abordagem sociotécnica, a
qual, por sua vez, passou a ser incorporada nas discussões acadêmicas e – posteriormente e de forma
muito natural – nos meios corporativos. Isso acabou fortalecendo a contribuição da ergonomia sob
vários ângulos, uma vez que ela passou a ampliar as suas esferas de influência.
Essa influência sempre se deu com a finalidade de propor objetivos que se aproximassem da seguinte
necessidade:
CONTAR O TEMPO TODO COM UM INDIVÍDUO EM
CONDIÇÕES DE CONTRIBUIR, POR MEIO DE SEUS
ESFORÇOS, EM AMBIENTES LABORAIS INTEIRAMENTE
AJUSTADOS PARA RECEBÊ-LO.
Contudo, também cabe reforçar que essa fase, que antecedeu todas as demais, foi fundamental para a
evolução de atitudes e comportamentos mais preventivos, fortalecendo de vez a ciência do trabalho.
Conforme postulou Hendrick (1993) a respeito dos temas que resultaram na construção do
entendimento mais atual sobre ergonomia, podemos percorrer cada uma de suas fases, procurando
apresentar respectivamente os principais assuntos tratados por ela. Desse modo, estudaremos cada
uma delas a partir de agora.
1ª FASE: ERGONOMIA DE HARDWARE OU TRADICIONAL
Esta fase foi iniciada durante a Segunda Guerra Mundial, ou seja, nos meios militares, cujos estudos
estavam totalmente voltados para a análise das características físicas do ser humano, das suas
capacidades e das suas limitações. Era preciso tornar as aeronaves mais velozes e aprimorar radares e
quaisquer outros artefatos que pudessem conferir algum tipo de vantagem competitiva em situações de
batalhas.
Os estudos buscavam viabilizar, portanto, os processos de tomada de decisão acerca da realização de
uma tarefa por parte de seus operadores, otimizando tanto o alcance visual quanto o motor.
 RESUMINDO
Estudou-se o projeto das interfaces homem-máquina, o que incluiu uma investigação detalhada de
diversos temas de interesse das práticas militares.
Por exemplo: Projetos de painéis de comandos e controles para máquinas e equipamentos, além de
mostradores.
Outra preocupação estava relacionada ao redimensionamento de postos nos quais os colaboradores
permaneciam desempenhando os seus métodos de trabalho. Com isso, foi dada grande atenção às
questões associadas à fisiologia humana, à antropometria e à biomecânica.
 
Foto: Shutterstock.com
2ª FASE: ERGONOMIA DO MEIO AMBIENTE
Nesta fase, percebeu-se que uma série de interferências incidia sobre o trabalhador. Era necessário,
portanto, adequar o ambiente laboral às próprias dimensões dos recursos humanos que dedicavam uma
grande quantidade de horas realizando tarefas.
CABIA COMPREENDER MELHOR, ASSIM, COMO SE DAVA A
RELAÇÃO ENTRE O INDIVÍDUO E O AMBIENTE QUE O
CERCAVA.
 
Foto: Shutterstock.com
Nesse caso, era primordial existir um tratamento (ou isolamento) das áreas cujos fatores ambientais
artificiais e naturais provocavam impactos nos trabalhadores inseridos em seus ambientes de trabalho.
Por exemplo: Temperatura, nível de ruído, vibrações, calor, frio, vapores, gases e quantidade de
luminosidade disponível.
3ª FASE: ERGONOMIA DE SOFTWARE OU COGNITIVA
Esta fase procurou tratar do processamento de informações. Muito disso se deve ao avanço da
informatização dentro dos sistemas produtivos a partir dos anos 1980.
Seus estudos estavam voltados para as análises da interação entre humanos e máquina realizadas por
intermédio da interface do usuário, a qual, por sua vez, é formada por software e hardware.
 SAIBA MAIS
Podemos dizer que a interface entre homem e máquina é o canal de comunicação existente entre ele e
o computador.
Graças ao computador, são estabelecidas as interações que procuram alcançar um objetivo comum, ou
seja, realizar a tarefa designada com exatidão, conforto e segurança.
Prosseguindo com algumas considerações adicionais, a automatização no chão de fábrica implicou o
afastamento do colaborador em relação ao produto, que era até então manuseado por ele.
Nessa circunstância, o trabalhador assumiu a responsabilidade de operar as máquinas empregadas
dentro dos processos industriais executados e que resultavam nos produtos fabricados.
Em tal fase, as pesquisas científicas avançaram na busca da compreensão dos aspectos cognitivos,
testando os sistemas de transmissão de informações que fossem mais associados à capacidade mental
humana.
 
Foto: Shutterstock.com
A tecnologia de informação foi vista como uma extensão do cérebro; por isso, as interfaces para a
operação deviam necessariamente utilizar fatores cognitivos para facilitar o comando.
4ª FASE: MACROERGONOMIA
Abordamos, enfim, uma visão maior da ergonomia. Esta fase não mais limita o trabalhador e sua
interação com a máquina empregada, bem como sua atividade e o ambiente em que atua.
 SAIBA MAIS
A macroergonomia engloba todos os contextos (organizacional, psicossocial e político) inerentes ao
sistema de produção.
 
Foto: Shutterstock.com
O enfoque em nível macro considera todos os fatores que intervêm no posto de trabalho, assim como a
avaliação de toda a estrutura organizacional, de forma holística e participativa.
Comparativamente às outras fases já mencionadas, a finalidade da macroergonomia está em
estabelecer uma participação maior do conjunto dos trabalhadores, o que certamente engloba a
administração de recursos e a forma como as equipes de trabalho atuam, entre outros pontos.
Nesse cenário, é viável empreender intervenções ergonômicas para:
Melhorar as condições dentro do trabalho.
Maximizar a motivação.
Empregar esforços para minimizar falhas ou erros na execução de tarefas que podem provocar danos
em relação à saúde e à segurança de todos.
A vantagem da macroergonomia é que ela reconhece o grupo ou a equipe de trabalho – e não somente
um indivíduo como unidade de trabalho. Por fim, seu objetivo geral reside no alcance dos melhores
resultados possíveis para a organização.
COMPORTAMENTOS E ATITUDES 
PARA EVITAR DANOS AO TRABALHADOR
Em seus ambientes de trabalho, muitos trabalhadores são treinados ou capacitados pelas organizações
que os contrataram para exercer as suas funções. Geralmente, eles precisam seguir uma série de
normas e instruções com as orientações para desempenhar o conjunto de tarefas necessárias dentro
das atividades que compõem os processos inerentes às áreas que integram a estrutura organizacional.
Tendo em vista exatamente tal contexto, pontuaremos quais comportamentos e atitudes todos devem
adotar para que a tríade básica da ergonomia (segurança, saúde e conforto) seja a referência a fim de
evitar danos capazes de promover afastamentos temporários ou definitivos dos postos de trabalho.
 VOCÊ SABIA
Mesmo sendo possível evitá-lo em muitas circunstâncias, é comum o trabalhador ter algum
comportamento de risco dento de seu espaço laboral.
Isso pode estar associado à falta de percepção sobre o evento de risco ou de adaptação àquelas
situações de riscos que, mesmo com toda a formação recebida previamente, consideramos mais
comuns.
 SAIBA MAIS
O comportamento de risco são ações e atitudes assumidas constantemente por determinado
colaborador em momentos específicos.
Alguns comportamentos são fáceis de se perceber, mas outros não o são pela segurança e pelos
gestores.
Todavia, não podemos deixar de mencionar o outro lado, ou seja, a responsabilidade da gestão da
empresa nesse caso. Isso pode ser justificado quando não se nota medidas de controle que sejam mais
efetivas em relação à proteção em incidentes ou acidentes de trabalho.
 VOCÊ SABIA
Segundo estatísticas, a maioria dos acidentes que ocorre dentro dos locais de trabalho está relacionada
a falhas ou erros humanos.
Por assim dizer, basta que único indivíduo cometaalgum tipo de atitude para que toda a sua equipe
fique exposta aos níveis de severidade de tais consequências.
MATRIZ DE RISCO
Uma metodologia muito utilizada para avaliar os níveis de risco é a matriz de risco. Basicamente uma
ferramenta para a gestão de riscos ocupacionais, ela também pode ser chamada de matriz de
probabilidade. Sua funcionalidade consiste em exibir as chances para os eventos de risco.
 VOCÊ SABIA
Tal matriz é muito empregada para encontrar o nível de risco em acidentes de trabalho, além de possuir
outras aplicações.
Com a matriz de risco, é possível conhecer a magnitude do risco e iniciar o seu monitoramento e
controle. Isso pode ser feito utilizando gráficos que permitem o acompanhamento de processos com
seus respectivos eventos de riscos, bem como o desenvolvimento de projetos cujos objetivos são deixar
os ambientes de trabalhos mais seguros, uma vez que essa matriz nos possibilita elaborar todo um
conjunto de estratégias possíveis.
 ATENÇÃO
O ideal é que a análise preliminar de riscos seja feita por um profissional com conhecimentos teóricos e
práticos.
O propósito é o reconhecimento dos riscos, bem como da proposição de ações que permitem o controle
e a neutralização deles. Existem diferentes modelos de matriz de riscos à disposição dos especialistas
em segurança do trabalho.
 EXEMPLO
O modelo da Associação Norte-Americana de Higiene Industrial (AIHA), o BS 8800 e modelos
específicos.
Recomenda-se que esses modelos atendam às necessidades de controle dentro da empresa. Por isso,
uma matriz de risco precisa possuir três elementos essenciais com cinco gradações específicas:
SEVERIDADE
Leve, menor, moderada, maior e extrema.
EXPOSIÇÃO
Muito baixa, baixa, moderada, excessiva e muito excessiva.
PROBABILIDADE
Rara, pouco provável, possível, provável e muito provável.
Os níveis de probabilidade estão, por exemplo, relacionados à chance de um acidente ou uma lesão
ocorrer. A lógica utilizada com a matriz de risco é basicamente a de analisar o cruzamento probabilidade
versus severidade. O resultado final desse cruzamento será o nível do risco identificado.
COMPORTAMENTO DE RISCO NO TRABALHO
A respeito de certos comportamentos que podem ensejar eventos de riscos e perigos dentro do trabalho,
a comissão interna de prevenção de acidentes (CIPA) tem como atribuição sensibilizar os recursos
humanos. O ideal é que a CIPA seja estruturada sob a ótica da ergonomia e da organização do trabalho,
fomentando uma participação maior de colaboradores nos processos que ocorrem nas áreas das
organizações.
Tal medida pode contribuir diretamente para minimizar situações capazes de, entre outros efeitos,
provocar:
 
Foto: Shutterstock.com
INCIDENTES.
 
Foto: Shutterstock.com
ACIDENTES.
 
Foto: Shutterstock.com
ESGOTAMENTO FÍSICO E MENTAL.
 
Imagem: Shutterstock.com
DOENÇAS OCUPACIONAIS.
Daremos agora alguns exemplos de comportamentos de risco identificados mais vezes dentro dos
ambientes de trabalho de empresas:
FALTA DE ATENÇÃO E AUMENTO DA CARGA DE
TRABALHO
Cada vez mais as empresas têm procurado aperfeiçoar os seus processos produtivos, redefinindo
indicadores de performance operacional, por exemplo: Produtividade, lucratividade, custos e velocidade
de entrega.
Normalmente, com o aumento do nível de exigência dentro do ambiente profissional, vem o incremento
da carga de trabalho. Isso acaba tendo um impacto maior sobre o trabalhador, principalmente quando
existem cobranças pelo alcance de metas.
Todavia, o problema não ocorre exclusivamente quando a quantidade de trabalho é aumentada, e sim
quando o trabalhador não dá a devida atenção à forma de desempenhar a sua tarefa, o que tem gerado
comportamentos de risco que causam ansiedade, fadiga, perda de concentração e falta de interesse,
entre outros problemas.
SENTIMENTO ABSOLUTO DE SEGURANÇA
Sentir-se seguro enquanto desempenha uma tarefa é perfeitamente aceitável. No entanto, tal realidade
não deve ser motivo para que normas e procedimentos de segurança sejam deixados de lado.
Além disso, o excesso de confiança sobre o uso de máquinas, equipamentos e instrumentos de trabalho
também não pode existir. Quando apenas um desses casos acontece, é comum haver o aparecimento
de cenários de riscos.
EMPREGO DE INSTRUMENTOS E/OU MATERIAIS
OBSOLETOS OU COM DEFEITOS
A firma tem a responsabilidade de disponibilizar todos os materiais que serão utilizados na realização
das tarefas. Quando isso não ocorre da forma correta, atitudes e decisões tomadas pelos trabalhadores
podem aumentar as chances da ocorrência de eventos de riscos, deixando-os mais vulneráveis.
FALTA DE CONHECIMENTO NO USO DE RECURSOS DE
PRODUÇÃO
Desde o momento que um empregado é contratado para exercer a sua função, sobretudo aquela em
que não prevalece somente o fator físico, espera-se que ele tenha conhecimentos teóricos e práticos
suficientes para alcançar as entregas esperadas. Caso contrário, evidentemente pode haver problemas
ou riscos não apenas capazes de comprometer os resultados, mas principalmente a saúde e a
segurança do próprio trabalhador.
Por conta disso, é extremamente recomendado que, antes de efetivá-lo, sejam realizados treinamentos
(caso ele não possua experiência ou desconheça o método de trabalho) ou capacitações
(aprimoramento do método de trabalho). Com isso, os gestores podem ter uma maior certeza de que o
colaborador está pronto para realizar o conjunto de tarefas que lhe será atribuído.
DISTRAÇÕES NO LOCAL DE TRABALHO
Dentro da administração, é saudável que haja dois tipos de ambiente dentro de uma firma:
Ambiente interno (mais formal).
Ambiente externo (mais informal).
Entretanto, quando se direciona o foco para a análise estrita de comportamentos e de atitudes dentro de
um ambiente interno, talvez seja desnecessário dizer que tal ambiente precisa ser encarado com
seriedade para o corpo funcional de uma firma, algo que poderia evitar a exposição aos incidentes e
acidentes de trabalho.
Contudo, é fundamental que haja limites e atenção contínua pelos trabalhadores durante a execução de
tarefas para que sejam reduzidos os comportamentos de risco.
Exemplo
Distrações como a de um operador de empilhadeira, operando-a enquanto mexe no celular, apresentam
um risco de acidente e de morte muito alto tanto para ele quanto para terceiros que trabalham no
mesmo local. Outro ponto de distração que pode causar riscos são as conversas de trabalhadores que
precisam carregar uma grande quantidade de peso. É necessário que eles tenham total atenção por
onde passam para não se acidentarem.
NÃO USAR OS EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL
(EPIS) ADEQUADOS
A utilização do equipamento de proteção individual (EPI) é uma exigência das normas regulamentadoras
(NRs) do Ministério do Trabalho e Emprego, algo que pode ser constatado na NR-06. Inclusive, a própria
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) estabelece que toda firma possui a obrigação de fornecer EPIs
adequados ao risco para todos os seus trabalhadores, sem que haja qualquer tipo de cobrança
financeira para eles, toda vez que as medidas de ordem geral não os protegerem completamente contra
os riscos de acidentes e os danos à sua saúde.
Esses EPIs, além disso, devem estar em bom estado de conservação e de funcionamento. Os
comportamentos de risco surgem quando o trabalhador opta por não os utilizar ou, quando usa,
simplesmente não faz isso de maneira correta.
Tal atitude pode aumentar a exposição a riscos de incidentes e de acidentes, além de provocar
interrupções no trabalho. Por outro lado, cabe frisar que, conforme a legislação, o funcionário é obrigado
a seguir as normas de segurança, bem como todas as instruções transmitidas pelo seu líder, podendo
incorrer em “ato faltoso” quando ele se recusa a usar os EPIs de forma injustificada.
Os ergonomistas ou gestores de segurança do trabalho devem orientar e realizar a supervisão sobre o
uso dos EPIs pelas equipes de trabalho. Sempre que possível, eles precisam realizarencontros com tais
equipes para reforçar a importância de se manter uma mentalidade mais preventiva dentro das rotinas
de trabalho.
PROCEDIMENTOS A SEREM ADOTADOS 
PELO EMPREGADOR EM CASO DE 
ACIDENTES DE TRABALHO
Caso ocorra algum acidente de trabalho, recomenda-se que o empregador assuma a responsabilidade
na condução de um processo de atendimento ao empregado. Tal processo pode compreender as
seguintes etapas:

 
Foto: Shutterstock.com
Atender imediatamente o empregado acidentado.
Isolar a área onde ocorreu o acidente.
 
Foto: Shutterstock.com


 
Foto: Shutterstock.com
Comunicar internamente sobre o acidente.
Emitir o comunicado de acidente de trabalho (CAT).
 
Foto: Shutterstock.com


 
Foto: Shutterstock.com
Iniciar uma análise das causas que provocaram o acidente.
Prestar a assistência médica conforme a necessidade do acidentado.
 
Foto: Shutterstock.com


 
Foto: Shutterstock.com
Cumprir os direitos previstos aos colaboradores acidentados.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. UM ALUNO COM A OPORTUNIDADE DE ESTUDAR ERGONOMIA APRENDEU
QUE A EXISTÊNCIA DE QUATRO FASES CULMINOU EM UM VERDADEIRO
PROCESSO DE AMADURECIMENTO DAS DISCUSSÕES SOBRE ESSA CIÊNCIA
AO LONGO DO TEMPO. EM RELAÇÃO À FASE DA ERGONOMIA TRADICIONAL,
É POSSÍVEL AFIRMAR QUE:
A) estimulava o processo de tomada de decisão pelos operadores em seus locais de trabalho.
B) pouca atenção era dada às interfaces homem-máquina.
C) a ênfase dos estudos se dava sobre as práticas presentes na sociedade civil.
D) a atenção era destinada às ciências da terra e a econômica.
E) o foco principal do conhecimento foi direcionado para o meio ambiente.
2. A ÁREA DE ERGONOMIA TEM ASSUMIDO UMA SÉRIE DE ATRIBUIÇÕES
DENTRO DAS EMPRESAS – ENTRE ELAS, A DE MONITORAR
COMPORTAMENTOS E ATITUDES INADEQUADAS DE TRABALHADORES
CAPAZES DE COLOCAR SUAS VIDAS EM RISCO. ASSINALE A ÚNICA
ALTERNATIVA QUE REPRESENTA UM DOS COMPORTAMENTOS OU DAS
ATITUDES DE RISCO QUE PODE COMETER OS TRABALHADORES:
A) Atenção maior quando existe o aumento da carga de trabalho.
B) Sentimento absoluto de segurança, observando todas as normas previstas dentro do trabalho.
C) Uso de instrumentos modernos, facilitando a tomada de decisões corretas pelos trabalhadores.
D) Perda do foco dentro do trabalho que pode implicar incidentes e acidentes de trabalho.
E) Domínio amplo do conhecimento pelo trabalhador sobre o uso de recursos de produção, tornando-o
muito capaz quanto às escolhas que devem ser feitas.
GABARITO
1. Um aluno com a oportunidade de estudar ergonomia aprendeu que a existência de quatro
fases culminou em um verdadeiro processo de amadurecimento das discussões sobre essa
ciência ao longo do tempo. Em relação à fase da ergonomia tradicional, é possível afirmar que:
A alternativa "A " está correta.
 
A fase da ergonomia tradicional ou de hardware procurou viabilizar os processos de tomada de decisão.
Muita atenção foi dada às interfaces homem-máquina. Os estudos procuravam atender às necessidades
provenientes dos meios militares. As questões abordadas na fase da ergonomia tradicional estavam
associadas à fisiologia humana, à antropometria e à biomecânica. Somente na 2ª fase a ergonomia
voltou-se para o estudo do ambiente laboral.
2. A área de ergonomia tem assumido uma série de atribuições dentro das empresas – entre elas,
a de monitorar comportamentos e atitudes inadequadas de trabalhadores capazes de colocar
suas vidas em risco. Assinale a única alternativa que representa um dos comportamentos ou das
atitudes de risco que pode cometer os trabalhadores:
A alternativa "D " está correta.
 
O aumento da carga de trabalho não representa um comportamento ou uma atitude de risco. O
problema ocorre quando não se dá a devida atenção para a realização da tarefa nessa circunstância.
Normalmente, não há nada de errado quando existe segurança enquanto se desempenha uma tarefa. O
problema surge quando há um sentimento absoluto de segurança que faz o trabalhador não seguir as
orientações previstas em normas e procedimentos. O uso de equipamentos obsoletos pode acarretar
decisões equivocadas pelos trabalhadores, deixando-os mais vulneráveis em relação ao risco. O
domínio do conhecimento no momento da utilização de um recurso de produção no trabalho torna o
colaborador ainda mais apto a realizar as suas tarefas e não representa comportamento ou atitude de
risco. Ao contrário disto: ele indica que a falta do conhecimento realmente é preocupante.
MÓDULO 2
 Reconhecer a utilidade da ergonomia dentro de ambientes de trabalho
COMO A ERGONOMIA PODE SER ÚTIL DENTRO DE
AMBIENTES DE TRABALHO
Neste módulo, falaremos sobre alguns pontos que vão permitir um melhor entendimento a respeito de
certos cuidados ergonômicos que devem estar presentes nas firmas. Para isso, abordaremos a
existência do risco ergonômico e da possibilidade de impactos dentro dos ambientes de trabalho.
LIGANDO OS PONTOS
Você sabe quais são os cuidados ergonômicos que devem existir dentro de ambientes de trabalho?
Consegue exemplificar alguns riscos ergonômicos que podem causar impactos sobre as organizações
produtivas? Após a leitura do estudo de caso “Cuidados ergonômicos: obrigação de todos os
trabalhadores”, esperamos que você reflita e obtenha as respostas corretas para tais questionamentos.
Observe o cenário histórico a seguir:
 
Foto: Shutterstock.com
A partir do instante em que um candidato com um perfil compatível é selecionado por uma área de
recursos humanos para ocupar um cargo dentro de uma instituição, ele deve estar ciente de que terá de
atender a uma série de instruções de trabalho, normas regulamentadoras (NRs), procedimentos
operacionais padrão (POP), legislações trabalhistas e orientações de chefia, entre outras
recomendações, que vão nortear as suas atribuições dentro do trabalho a ser realizado.
Logo, desde muito cedo, o empregado terá de assimilar tudo aquilo que seja construído em termos de
saber, principalmente aquele relacionado aos aspectos ergonômicos, para que consiga executar
corretamente o seu conjunto de tarefas e saiba se comportar ou assumir atitudes de um profissional com
o perfil esperado para ocupar determinada vaga. Nessa relação de trabalho, a empresa deposita toda
confiança sobre ele e aguarda uma contrapartida sob a forma de resultados a serem acompanhados em
momentos de avaliação de desempenho.
A atenção será ainda maior se o ofício desempenhado envolver atividades consideradas insalubres ou
perigosas. Nesse caso, não existirá benevolência por parte do empregador no caso de hesitações ou de
um ato inseguro provocado pelo trabalhador.
O empregador, afinal, sabe que os atos inseguros são maneiras ou atitudes tomadas por pessoas que
se colocam consciente ou inconscientemente em riscos de acidentes. Portanto, todo trabalhador deverá
ter muita atenção quando estiver em seu expediente normal de trabalho.
Após a leitura do case, é hora de aplicar seus conhecimentos! Vamos ligar esses pontos?
1. EM REFERÊNCIA AO TEXTO ACIMA, ASSINALE A ÚNICA OPÇÃO QUE INDICA
COMO A ERGONOMIA PODE CONTRIBUIR COM OS CUIDADOS QUE DEVEM
EXISTIR DENTRO DE AMBIENTES DE TRABALHO.
A) Orientar as áreas jurídicas da empresa a desenvolver mecanismos de proteção no caso de pedidos
de indenizações por acidente de trabalho.
B) Sinalizar ambientes externos à fábrica no exato momento de uma ocorrência.
C) Informar aos trabalhadores sobre a necessidade de eles estarem sempre motivados em todos os
momentos dentro do trabalho.
D) Rever atitudes e comportamento adotados por trabalhadores em históricos de acidentes e adotá-los
como práticas, mesmo que não tenham sido os melhores.
E) Planejar e implementar ações para manter a integridade física do trabalhador durante o seu turno de
trabalho.
2. CONFORME O ENTENDIMENTO DO ESTUDO DE CASO E SUPONDO QUE O
CHEFE DE UMA ÁREA DE PRODUÇÃO DE UMA EMPRESA LEIA, NO SEU
INTERVALO DE DESCANSO, A SEGUINTE REPORTAGEM NA PÁGINA DO
JORNAL: 
 
“DE 2012 A 2020, FORAM REGISTRADOSAINDA 5,6 MILHÕES DE DOENÇAS E
ACIDENTES DO TRABALHO QUE VITIMARAM TRABALHADORES E
TRABALHADORAS NO BRASIL, COM UM GASTO PREVIDENCIÁRIO QUE, DESDE
2012, ULTRAPASSA OS R$100 BILHÕES SOMENTE COM DESPESAS
ACIDENTÁRIAS, IMPLICANDO A PERDA DE 430 MILHÕES DE DIAS DE
TRABALHO. O TOTAL DE AUXÍLIOS-DOENÇA POR DEPRESSÃO, ANSIEDADE,
ESTRESSE E OUTROS TRANSTORNOS MENTAIS E COMPORTAMENTAIS
(ACIDENTÁRIOS E NÃO ACIDENTÁRIOS) PASSOU DE 224 MIL EM 2019 PARA
289 MIL AFASTAMENTOS EM 2020, UM AUMENTO DE 30% NO ANO DA
PANDEMIA DA COVID-19”. 
 
FONTE: OIT BRASÍLIA. SÉRIE SMARTLAB DE TRABALHO DECENTE: GASTOS
COM DOENÇAS E ACIDENTES DO TRABALHO CHEGAM A R$100 BI DESDE
2012. PUBLICADO EM: 26 ABR. 2021. 
 
DIANTE DO TEXTO ALARMANTE E PERCEBENDO QUE OS DADOS RELATIVOS
À QUANTIDADE DE INDENIZAÇÕES PAGA AOS TRABALHADORES QUE
SOFRERAM ACIDENTES DE TRABALHO EM SUA ÁREA TÊM AUMENTADO,
QUAL DAS ALTERNATIVAS A SEGUIR PODERIA SER CONSIDERADA UMA
MEDIDA CORRETA A SER TOMADA PELO CHEFE?
A) Aumentar quando possível a repetição de movimentos entre as tarefas.
B) Eliminar os postos de trabalho com maior índice de afastamentos.
C) Investir em máquinas capazes de automatizar todos os processos produtivos.
D) Propor uma análise de distribuição de carga de trabalho dentro do ambiente de trabalho.
E) Conceder períodos maiores de descanso para os trabalhadores, aguardando até que eles recuperem
as condições ideais para o trabalho.
GABARITO
1. Em referência ao texto acima, assinale a única opção que indica como a ergonomia pode
contribuir com os cuidados que devem existir dentro de ambientes de trabalho.
A alternativa "E " está correta.
 
Os trabalhadores sentem que são valorizados pela empresa quando notam que existe a preocupação
ergonômica no que tange aos cuidados necessários dentro dos ambientes laborais. Tal ciência deve
auxiliar na elaboração de planos e de ações que visem essencialmente à manutenção da integridade
física de cada trabalhador enquanto ele permanecer à disposição da sua empresa.
2. Conforme o entendimento do estudo de caso e supondo que o chefe de uma área de produção
de uma empresa leia, no seu intervalo de descanso, a seguinte reportagem na página do jornal: 
 
“De 2012 a 2020, foram registrados ainda 5,6 milhões de doenças e acidentes do trabalho que
vitimaram trabalhadores e trabalhadoras no Brasil, com um gasto previdenciário que, desde
2012, ultrapassa os R$100 bilhões somente com despesas acidentárias, implicando a perda de
430 milhões de dias de trabalho. O total de auxílios-doença por depressão, ansiedade, estresse e
outros transtornos mentais e comportamentais (acidentários e não acidentários) passou de 224
mil em 2019 para 289 mil afastamentos em 2020, um aumento de 30% no ano da pandemia da
covid-19”. 
 
Fonte: OIT BRASÍLIA. Série SmartLab de trabalho decente: gastos com doenças e acidentes do
trabalho chegam a R$100 bi desde 2012. Publicado em: 26 abr. 2021. 
 
Diante do texto alarmante e percebendo que os dados relativos à quantidade de indenizações
paga aos trabalhadores que sofreram acidentes de trabalho em sua área têm aumentado, qual
das alternativas a seguir poderia ser considerada uma medida correta a ser tomada pelo chefe?
A alternativa "D " está correta.
 
Entre os cuidados de ergonomia que o chefe da área pode ter em relação à redução de acidentes, é
possível propor uma discussão dentro da empresa sobre como o trabalho é atualmente distribuído
dentro do ambiente laboral. Isso vai permitir que sejam identificadas as sobrecargas de trabalho em
cada área analisada que podem constituir os motivos de acidentes registrados nos tempos mais
recentes.
3. CONHECENDO UM POUCO MAIS A REALIDADE DOS
ACIDENTES QUE OCORREM DENTRO DA INDÚSTRIA EM
NOSSO PAÍS, CABE DESTACAR QUE CERCA DE 90% DOS
CASOS DE ACIDENTES SÃO CAUSADOS POR FALHAS
HUMANAS, E QUE O BRASIL ESTÁ NA QUARTA POSIÇÃO
NO RANKING MUNDIAL EM RELAÇÃO AO TEMA.
PESQUISANDO UM POUCO MAIS, O SITE DA PREVIDÊNCIA
SOCIAL TRAZ A INFORMAÇÃO DE QUE SÃO
REGISTRADOS, POR ANO, CERCA DE 700 MIL CASOS. TAIS
FATOS TÊM DEMONSTRADO QUE, QUANDO UM INCIDENTE
OCORRE, A EMPRESA PERDE O SEU COLABORADOR DE
FORMA TEMPORÁRIA OU DEFINITIVA. ENTRETANTO, ELA
AINDA TERÁ DE ARCAR COM TODAS AS INDENIZAÇÕES
LEGAIS TRABALHISTAS E MUITO PROVAVELMENTE
RESPONDER A UM PROCESSO JUDICIAL QUANDO OS
CASOS FOREM MAIS EXTREMOS. 
 
FONTE: NORTEL. [INFOGRÁFICO] AS PRINCIPAIS CAUSAS
DE ACIDENTE DE TRABALHO NO BRASIL. PUBLICADO EM:
31 JUL. 2020. 
 
SE VOCÊ TIVESSE DE TOMAR UMA DECISÃO PARA
MINIMIZAR OS RISCOS DE ACIDENTES DOS
TRABALHADORES QUE ATUAM NA SUA EMPRESA
UTILIZANDO OS CONHECIMENTOS DE ERGONOMIA, O QUE
FARIA PARA CADA UMA DESTAS SITUAÇÕES DESCRITAS A
SEGUIR? 
 
A) ILUMINAÇÃO INCORRETA NAS ÁREAS DE TRABALHO. 
B) EXCESSO DE TAREFAS REPETITIVAS.
RESPOSTA
As decisões para cada item podem ser as seguintes:
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a) Iluminação incorreta nas áreas de trabalho – a iluminação é um fator determinante para a ergonomia,
podendo gerar benefícios para os trabalhadores quando é utilizada corretamente. Logo, no interior de
qualquer ambiente de trabalho, deve-se adotar, por critério ergonômico, um nível de iluminação adequado
para aquele espaço, de forma que seja possível aos trabalhadores realizar suas tarefas com acuidade visual
e sem perturbações.
b) Excesso de tarefas repetitivas – o correto, do ponto de vista ergonômico, é acionar o responsável pela
engenharia de métodos para que seja revisto o método de trabalho, realizando um estudo de tempos e de
movimentos para eliminar a duplicidade de tarefas. Em seguida, pode-se treinar ou capacitar o trabalhador
para o domínio desse método, o que vai contribuir para que ele não seja afastado por alterações psicológicas
acompanhadas de quadros de depressão, ansiedade e de angústia.
CUIDADOS ERGONÔMICOS DENTRO 
DE AMBIENTES DE TRABALHO
A ergonomia baseia a sua análise na relação que existe entre o homem e os seus instrumentos de
trabalho. No Brasil, muitos avanços têm sido percebidos quanto à preocupação em se considerar os
aspectos ergonômicos fundamentais para quaisquer tipos de ambientes de trabalho.
 ATENÇÃO
As práticas ergonômicas estão expressas na Norma Regulamentadora nº 17 (NR-17) do MTE, devendo
ser atendidas por todas as empresas brasileiras.
É possível notar uma série de benefícios que os cuidados com a ergonomia podem trazer não somente
para os empregados, mas também para as empresas, cuja mentalidade preventiva passa a ser uma
prerrogativa imprescindível como cultura organizacional. É sempre bom destacar que a existência de
condições adequadas dentro do trabalho se reflete diretamente em melhores indicadores de
desempenho operacionais.
Devemos sempre enfatizar que a análise ergonômica do trabalho procura deixar a relação entre o
homem e a máquina muito mais harmoniosa, pois é clara a preocupação em ajustar os ambientes
produtivos (insalubres ou perigosos) para receber aquele trabalhador que dedicará uma boa parte do
seu tempo diário a cumprir a sua jornada programada.
A GESTÃO DO TRABALHO DE UMA EMPRESA DEVE
SEMPRE PENSAR EM PROTEGER A SAÚDE PSICOFÍSICA
DO RECURSO HUMANO, ESTIMULANDO MELHORIAS
DENTRO DOS POSTOS DE TRABALHO DE MANEIRA QUE
QUAISQUER PROBLEMAS PSICOLÓGICOS, FÍSICOS E
SOCIAIS SEJAM MINIMIZADOS.
Ainda assim, é perfeitamente compreensível que as empresas possuam atividades consideradas
insalubres que acabam expondo os seus empregados a agentes nocivos diversos.
Existem até mesmo aquelas mais perigosas, cuja natureza ou método de trabalho os condiciona a
manter um contato permanente com eletricidade, materiais ionizantes e inflamáveis ou substâncias
radioativas, ou seja, a atuar em condições de risco elevado. No entanto, a ideia é que a saúde do
colaborador não fosse afetada em momento algum.
 
Foto: Shutterstock.com
O ergonomista deve sempre planejar e implementar ações para manter a integridade física do
trabalhador desde o momento da sua chegada até a saída do posto de trabalho. A depender do contexto
em que o profissional atua, é importanteobservar ainda se a estação de trabalho, por exemplo, possui:
Assentos ergonômicos.
Iluminação adequada.
Computadores com suportes e ajustes de tela.
Instrumentos ao alcance das mãos.
Condições sanitárias, de ventilação e de temperatura do ambiente adequadas.
Isolamento acústico.
Correta distribuição de carga de trabalho.
Todos esses aspectos mencionados representam elementos que precisam ser incorporados para reduzir
ao máximo possível a repetição de movimentos e aumentar o nível de concentração de quem está
executando determinada tarefa.
RISCOS ERGONÔMICOS E IMPACTOS 
PARA AS ORGANIZAÇÕES PRODUTIVAS
Temos estudado até aqui a importância de se ter cuidados ergonômicos dentro de ambientes de trabalho
simples ou complexos, o que se traduz em boas práticas recomendadas às organizações de negócios e
às indústrias de forma geral.
A justificativa que serve de respaldo para tal reside na existência de pontos críticos que podem
representar riscos ergonômicos. Esses riscos, por sua vez, aumentam as chances de haver incidentes e
acidentes de trabalho que resultam em afastamentos temporários ou permanentes dos trabalhadores.
Seria prudente, portanto, considerá-los dentro do nosso estudo.
 ATENÇÃO
Todos os trabalhadores devem estar informados a respeito dos riscos ergonômicos enquanto
desempenham as suas funções, assumindo, assim, a responsabilidade de comunicá-los a suas
lideranças caso tenham conhecimento deles.
Listaremos alguns desses riscos a seguir:
EXTENSAS JORNADAS DE TRABALHO
Geralmente, um empregado, em qualquer trabalho de duração normal dentro da iniciativa privada ou
pública, deve cumprir oito horas diárias de trabalho, desde que não esteja fixado expressamente outro
limite (artigo 58 da CLT).
 SAIBA MAIS
De acordo com a NR-17, a duração das jornadas de trabalho só pode ser prolongada fora do limite
previsto nos termos da lei em alguns casos, como por exemplo: realização ou conclusão de serviços
inadiáveis e por motivo de força maior.
O risco ergonômico pode surgir de diversas maneiras. Uma delas ocorre quando existem locais de
trabalho não adequados. Outra se dá quando se ultrapassa tal limite de horas pelo trabalhador, ou seja,
quando se configura uma jornada exaustiva que inclui pessoas que trabalham dentro de uma grande
quantidade de horas.
Esse cenário tende a reduzir a qualidade de vida dos funcionários e pode provocar danos à saúde física
e mental, os quais, por sua vez, são decorrentes da situação de sujeição forçada contra a vontade do
trabalhador – principalmente nos casos em que existe um ritmo excessivo de trabalho.
 VOCÊ SABIA
O fator “estresse” é considerado um dos maiores motivos de pedidos de afastamento ao INSS. Segundo
a Confederação Nacional das Instituições Financeiras, houve, nos últimos anos, um crescimento no
percentual de afastamentos, índice que superou a alta nas concessões decorrentes de problemas
classificados como osteomusculares e do sistema conjuntivo, como dores na coluna, artroses, lesão por
esforço repetitivo (LER) e gota.
EXCESSO DE TAREFAS REPETITIVAS
Desde os tempos mais remotos até os mais atuais, a repetição de tarefas sempre foi alvo de discussões
acirradas ou de questionamentos, na maioria das vezes pertinentes, entre empregados e empregadores.
O próprio método de trabalho, quando é padronizado, normalmente reúne tarefas realizadas da mesma
maneira dentro dos mesmos intervalos de tempos definidos.
Nesses cenários, o trabalhador:
Cansa-se com mais facilidade.
Perde a concentração.
Tem falta de força.
Pode desenvolver um quadro de atrofia muscular.
As atividades do cotidiano, portanto, ficam prejudicadas. Em muitos casos, surgem alterações
psicológicas acompanhadas de quadros de depressão, ansiedade e de angústia. O trabalhador, enfim,
acaba se expondo aos riscos ergonômicos.
POSTURA INADEQUADA
Especialistas são categóricos em afirmar que a postura e os movimentos corporais são muito
importantes nas rotinas diárias das pessoas independentemente de elas estarem (ou não) em ambientes
laborais. Nesse caso em particular, recomenda-se que seus movimentos sejam feitos mantendo uma
postura firme, já que, para isso, são acionados segmentos corporais, como músculos, ligamentos e
articulações.
 VOCÊ SABIA
Lamentavelmente, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e o Ministério da
Saúde (MS), mais da metade dos brasileiros procuraram algum tipo de tratamento para atenuar ou
eliminar dores na coluna, as quais, em muitos casos, são provenientes de ambientes de trabalho mal
elaborados, pois eles não são adequados para receber trabalhadores, ou das próprias exigências da
tarefa.
Contudo, quando tais condições não estão presentes, os riscos de danos à saúde do trabalhador ficam
mais elevados. Consequentemente, tal realidade provoca um número maior de lesões, fadiga e
enfraquecimento de certas regiões dos corpos dos empregados, como os pulsos, os ombros e a coluna
lombar. Nesses casos, é possível ocorrer um comprometimento do sistema osteomuscular, aumentando
as chances de distúrbio osteomuscular relacionado ao trabalho (DORT).
MONOTONIA DE ATIVIDADES
Muitos métodos de trabalhos são projetados para seguir determinado padrão, com repetições de
movimentos e programações de tempos bem rígidas. Todavia, a dificuldade surge para o recurso
humano quando:
Pausas entre as tarefas não são planejadas.
Não se promove um rodízio entre trabalhadores.
Não são consideradas condições ergonômicas capazes de promover ao menos um bem-estar maior
para eles.
Isso pode comprometer a sua saúde psicológica, causando problemas, como depressão ou ansiedade,
perda de motivação e absenteísmo, entre outros danos para a saúde. Se tal risco, porém, estiver
associado à repetição e ao ritmo intenso de trabalho, as consequências para o trabalhador poderão ser
ainda maiores.
LEVANTAMENTO DE CARGAS PESADAS
Muitas tarefas são desempenhadas pelo trabalhador por meio do levantamento manual de cargas.
Porém, quando essa movimentação não é feita de maneira correta, as chances de lesões no sistema
musculoesquelético aumentam, como a ocorrência de dores na região lombar, na coluna e nos braços,
entre outras partes do corpo humano.
Com o tempo, o trabalhador pode apresentar um quadro mais sério de comprometimento, implicando,
assim, afastamentos por tempo indeterminado ou, em último caso, em definitivo.
 ATENÇÃO
O ergonomista sempre deve orientar o recurso humano que executar um trabalho dessa natureza a
jamais levantar um peso maior que a capacidade suportada por ele ou capaz de comprometer a saúde
dele.
ILUMINAÇÃO INCORRETA
O objetivo de uma iluminação adequada é proporcionar melhores condições de visão associadas à
segurança e à orientação em qualquer espaço. Esse propósito está relacionado diretamente à
realização de atividades laborativas e produtivas.
PODEMOS AFIRMAR QUE A ILUMINAÇÃO É UM FATOR
DETERMINANTE PARA A ERGONOMIA, GERANDO
BENEFÍCIOS PARA AS PESSOAS QUANDO É UTILIZADO
CORRETAMENTE.
No interior de qualquer ambiente de trabalho, é preciso haver, por critério ergonômico, um nível de
iluminação adequado para aquele espaço a fim de que seja possível o trabalhador realizar suas tarefas
com acuidade visual e sem perturbações. Nunca é demais pontuar quão importante é saber quais são
os elementos do ambiente capazes de provocar estímulos sensoriais.
Quando observamos o impacto da iluminação incorreta sobre os trabalhadores, testemunhamos, na
maioria dos casos, a redução de eficiência e uma qualidade baixa durante a execução do trabalho.
Como consequências imediatas, sobrevêm a tensão e a fadiga ocular, as dores de cabeça, o estresse e
a irritabilidade, entre outros danos à saúde do empregado.
 
Foto: Shutterstock.com
É preciso planejar ou controlar a reflexão da luz em paredes, móveis, mesas de trabalho e piso. Em
ambientes com excesso de luminosidade, pode haver um nível de radiação ultravioleta intenso, mas os
com pouca luminosidade tendem a ser insalubres.Por conta disso, é preciso seguir os parâmetros recomendados na NR-17. De acordo com essa norma,
os locais de trabalho devem possuir iluminação:
Adequada (natural ou artificial, geral ou suplementar, além de apropriada à natureza da atividade).
Uniforme, distribuída e difusa.
Geral ou suplementar, evitando ofuscamento, reflexos que possam incomodar e, por fim, excessos de
sombra e contrastes.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. DIVERSOS FATORES DETERMINANTES PRESENTES NAS TAREFAS
REALIZADAS DIARIAMENTE PELOS TRABALHADORES EM SEUS LOCAIS DE
TRABALHO PODEM AUMENTAR OS RISCOS ERGONÔMICOS, PROVOCANDO,
ASSIM, O APARECIMENTO DE LESÕES OU A SENSAÇÃO DE INCÔMODO.
CONSIDERANDO ESSA REALIDADE MUITO COMUM DENTRO DA INDÚSTRIA,
MARQUE A ALTERNATIVA QUE SERVE DE JUSTIFICATIVA PARA O AUMENTO
DE CASOS DE TRABALHADORES COM DOENÇAS OCUPACIONAIS.
A) Postura correta em todas as tarefas realizadas.
B) Levantamento de cargas leves.
C) Execução de movimentos rápidos e repetitivos por um longo período.
D) Jornada de trabalho inferior a oito horas de trabalho com pausas para descanso.
E) Período de férias inferior a 30 dias de descanso.
2. UM ERGONOMISTA, APÓS UMA INSPEÇÃO REALIZADA EM UM POSTO DE
TRABALHO DENTRO DE UMA EMPRESA, FEZ A SEGUINTE OCORRÊNCIA:
“CASO OS TRABALHADORES PERMANEÇAM NESSA ÁREA PRODUTIVA, COM
O PASSAR DOS ANOS, A PRÁTICA DO TRABALHO OCASIONARÁ A
DIMINUIÇÃO DE SUAS CAPACIDADES VISUAIS”. DENTRO DESSE CONTEXTO E
DE ACORDO COM O QUE ESTUDAMOS ANTERIORMENTE A RESPEITO DA
ILUMINAÇÃO, ESTÁ CORRETO DIZER O SEGUINTE SOBRE A ILUMINAÇÃO:
A) Deve ser adequada e buscar as melhores condições de visão associadas à orientação em áreas
produtivas, mas não necessariamente para todas as atividades laborativas.
B) Deve haver um nível de iluminação adequado no espaço para a realização de tarefas com acuidade
visual e sem perturbações.
C) É um fator secundário para a ergonomia.
D) A ausência de luz pode causar apenas dor de cabeça, não existindo relação com estresse ou fadiga.
E) Ambientes com pouca luminosidade tendem a ser salubres.
GABARITO
1. Diversos fatores determinantes presentes nas tarefas realizadas diariamente pelos
trabalhadores em seus locais de trabalho podem aumentar os riscos ergonômicos, provocando,
assim, o aparecimento de lesões ou a sensação de incômodo. Considerando essa realidade
muito comum dentro da indústria, marque a alternativa que serve de justificativa para o aumento
de casos de trabalhadores com doenças ocupacionais.
A alternativa "C " está correta.
 
O risco ergonômico ocorre quando, entre outros fatores, se ultrapassa o limite pelo trabalhador. No caso,
a questão apresenta apenas um exemplo de risco do tipo: quando há uma repetição de movimentos
dentro do trabalho. A postura correta, o levantamento de cargas consideradas leves, as jornadas de
trabalho inferiores a oito horas com intervalos de descanso e o período de férias inferior a 30 dias não
representam necessariamente riscos ergonômicos que podem trazer impactos para os trabalhadores.
2. Um ergonomista, após uma inspeção realizada em um posto de trabalho dentro de uma
empresa, fez a seguinte ocorrência: “Caso os trabalhadores permaneçam nessa área produtiva,
com o passar dos anos, a prática do trabalho ocasionará a diminuição de suas capacidades
visuais”. Dentro desse contexto e de acordo com o que estudamos anteriormente a respeito da
iluminação, está correto dizer o seguinte sobre a iluminação:
A alternativa "B " está correta.
 
Qualquer espaço deve ter um nível de iluminação para que o trabalhador execute suas tarefas sem que
haja danos à sua saúde. A iluminação deve ser adequada e proporcionar as melhores condições de
visão associadas à segurança e à orientação em qualquer espaço, inclusive contribuindo diretamente
para a realização de atividades laborativas e produtivas. A iluminação é um fator determinante para a
ergonomia. A ausência de luz pode causar uma série de danos à saúde de um colaborador, como dores
de cabeça, estresse e fadiga. Geralmente, ambientes que possuem pouca luminosidade tendem a ser
insalubres.
MÓDULO 3
 Relacionar os conhecimentos em ergonomia com o aumento da segurança dentro dos
ambientes de trabalho
CONHECIMENTOS EM ERGONOMIA COM O AUMENTO DA
SEGURANÇA DENTRO DOS AMBIENTES DE TRABALHO
Ao longo deste módulo, destacaremos algumas ações relacionadas às boas práticas de ergonomia que
as organizações podem adotar com o propósito de tornar os ambientes de trabalho mais seguros. Além
disso, forneceremos algumas orientações para que as lesões dos trabalhadores sejam evitadas – ou
minimizadas.
LIGANDO OS PONTOS
Você sabe quais são as boas práticas de ergonomia que auxiliam no aumento da segurança dentro do
trabalho? Conhece algum tipo de orientação que pode evitar lesões enquanto realiza alguma atividade
produtiva? Essas perguntas consideram alguns pontos importantes abordados na disciplina. Além disso,
o case intitulado “Boas práticas em ergonomia e os benefícios para o trabalho em uma área de
manutenção”, que será apresentado a seguir, pode ser útil para aumentar a sua aprendizagem.
Observe o cenário histórico a seguir:
 
Foto: Shutterstock.com
Certa vez, um especialista em engenharia de segurança do trabalho precisou planejar e implementar um
programa de ergonomia na sua empresa. Um dos fatos a motivar tal atitude foi que a área de
manutenção dela havia sido relacionada em uma lista como “crítica”.
Durante duas semanas seguidas, metade da equipe de trabalho daquela área foi afastada, sendo que o
número de queixas de dores no pescoço foi muito alto. Cabe destacar que uma área de manutenção é
muito importante para a garantia da qualidade e o controle de custos de uma empresa.
Recursos produtivos sem as condições normais de operação podem causar uma instabilidade e
interromper parcial ou completamente determinada produção. Adicionalmente, máquinas com mau
funcionamento ou sem acompanhamentos periódicos podem constituir um processo oneroso para
muitas empresas.
Voltando ao problema inicial, o cenário ficou ainda pior quando esse especialista foi informado que dois
terços da equipe de trabalho afastada foi acometida pelo agravamento dos danos anteriores relatados.
Intrigado com mais essa notícia, o profissional se apressou em elaborar um conjunto de práticas
ergonômicas que foi incorporado no programa de ergonomia, estando em consonância com as regras
estabelecidas pela NR-17.
O interesse, nesse caso, está voltado para o alcance da melhoria da qualidade de vida dos
trabalhadores ao mesmo tempo que busca reverter ou ao menos causar a diminuição significativa das
doenças provocadas pelo trabalho. Por isso, o especialista teve o entendimento de que um ambiente
controlado também pode influenciar positivamente na execução das tarefas dos empregados.
Dessa maneira, ele introduziu várias modificações na área de manutenção. Daremos alguns exemplos
adiante:
Abrir canais de comunicação de eventos de riscos que podem causar danos aos trabalhadores.
Adotar uma rotina de capacitação permanente das equipes de trabalho sobre os principais
assuntos de interesse da ergonomia.
Monitorar e controlar qualquer evento considerado de risco ao trabalhador.
Estimular o uso de equipamentos de proteção de segurança no momento de realização das
atividades.
Monitorar as condições ambientais que podem interferir na realização de atividades.
Com todas essas práticas aplicadas, o número de ocorrências envolvendo trabalhadores foi reduzido
consideravelmente no período seguinte, algo que fortaleceu a concepção de uma cultura ainda mais
preventiva e que acabou sendo disseminado para todas as demais áreas da empresa.
Após a leitura do case, é hora de aplicar seus conhecimentos! Vamos ligar esses pontos?
1. ATUALMENTE, O ENTENDIMENTO DE MUITOS GESTORES RESPONSÁVEIS
PELO TRABALHO, COMO É EXATAMENTE O CASO DO ESPECIALISTA NO
ESTUDO DE CASO, É DE QUE AS BOAS PRÁTICAS DE ERGONOMIA AGREGAM
BASTANTE VALOR PARA AS MELHORIAS DAS CONDIÇÕES DE TRABALHO,
UMA VEZQUE MUITOS EVENTOS DE RISCOS POTENCIALMENTE
CAUSADORES DE DANOS À SAÚDE E À SEGURANÇA PODEM SER
NEUTRALIZADOS OU REDUZIDOS. 
 
ASSINALE O ITEM CUJO EXEMPLO DE PRÁTICA COM A SUA RESPECTIVA
JUSTIFICATIVA PODE SER RECOMENDADO PARA COMPOR UM PROGRAMA DE
ERGONOMIA DENTRO DE UMA ORGANIZAÇÃO PRODUTIVA.
A) Controlar riscos que causam problemas de doenças ocupacionais e monitorar aqueles que afastam
os trabalhadores temporariamente de suas atividades.
B) Avaliar o processo, procurando aumentar os custos a cada novo período de aquisição de
equipamentos.
C) Registrar as soluções que os colaboradores trazem para resolver dificuldades surgidas na realização
de atividades.
D) Advertir os trabalhadores que expõem outros colegas a riscos ergonômicos.
E) Avaliar o contexto de trabalho para promover ajustes em pontos considerados críticos nos ambientes
laborais.
2. O ESPECIALISTA DE ENGENHARIA DE SEGURANÇA COMPREENDEU QUE A
ERGONOMIA, COM TODAS AS SUAS PRÁTICAS, TEM A PREOCUPAÇÃO DE
FAZER COM O QUE O PROJETO DO PRODUTO, DOS EQUIPAMENTOS E DOS
SISTEMAS COMPLEMENTE AS FORÇAS E AS COMPETÊNCIAS INERENTES AOS
TRABALHADORES EM SUAS ROTINAS PROFISSIONAIS. ELE TAMBÉM
OBSERVOU QUE A ERGONOMIA NÃO ATUA PARA FORÇAR O TRABALHO A SE
ADAPTAR AO SEU TRABALHO, OCORRENDO JUSTAMENTE O INVERSO DISSO.
ELA TEM COMO OBJETIVO, NA VERDADE, ESTABELECER MELHORIAS EM
ASPECTOS QUE CARACTERIZAM O AMBIENTE QUE REÚNE RECURSOS
HUMANOS, TRAZENDO ATÉ ELES AS MELHORES CONDIÇÕES POSSÍVEIS OU
BENEFÍCIOS PARA QUE O TRABALHO CUMPRA A SUA FINALIDADE. 
 
ANALISE CADA OPÇÃO A SEGUIR E MARQUE A ÚNICA QUE PODE SER
CONSIDERADA UM BENEFÍCIO ALCANÇADO PELA PRÁTICA DE ERGONOMIA.
A) Trabalhadores sempre motivados para cumprir horas além das programadas para o turno.
B) Diminuição da quantidade de atendimentos médicos por motivo de lesões corporais.
C) Aumento de premiação por meta cumprida mesmo sem o conhecimento do método de trabalho.
D) Aumento de pedidos por indenizações feitos na justiça pelos trabalhadores que se envolveram em
incidentes, mesmo que eles tenham usado equipamentos de proteção individual.
E) Diminuição dos pedidos de férias para os trabalhadores permanecerem mais tempo produzindo
dentro do seu trabalho.
GABARITO
1. Atualmente, o entendimento de muitos gestores responsáveis pelo trabalho, como é
exatamente o caso do especialista no estudo de caso, é de que as boas práticas de ergonomia
agregam bastante valor para as melhorias das condições de trabalho, uma vez que muitos
eventos de riscos potencialmente causadores de danos à saúde e à segurança podem ser
neutralizados ou reduzidos. 
 
Assinale o item cujo exemplo de prática com a sua respectiva justificativa pode ser recomendado
para compor um programa de ergonomia dentro de uma organização produtiva.
A alternativa "E " está correta.
 
Das muitas práticas que podem ser utilizadas pelos gestores, pode-se destacar que a avaliação do
contexto de trabalho abre o caminho para ajustes em pontos críticos inseridos nos ambientes em que os
trabalhadores desempenham as suas atividades.
2. O especialista de engenharia de segurança compreendeu que a ergonomia, com todas as suas
práticas, tem a preocupação de fazer com o que o projeto do produto, dos equipamentos e dos
sistemas complemente as forças e as competências inerentes aos trabalhadores em suas rotinas
profissionais. Ele também observou que a ergonomia não atua para forçar o trabalho a se adaptar
ao seu trabalho, ocorrendo justamente o inverso disso. Ela tem como objetivo, na verdade,
estabelecer melhorias em aspectos que caracterizam o ambiente que reúne recursos humanos,
trazendo até eles as melhores condições possíveis ou benefícios para que o trabalho cumpra a
sua finalidade. 
 
Analise cada opção a seguir e marque a única que pode ser considerada um benefício alcançado
pela prática de ergonomia.
A alternativa "B " está correta.
 
O especialista em engenharia de segurança do trabalho considerou que, quando fossem aplicadas em
situações de trabalho, as boas práticas ergonômicas poderiam ser de grande utilidade para a prevenção
de enfermidades. Dessa maneira, a área de medicina ocupacional de uma empresa poderá
experimentar uma redução no número de consultas médicas feitas por colaboradores quando eles
sofrerem algum tipo de lesão durante a realização de suas tarefas.
3. COMO PÔDE SER VISTO NO ESTUDO DE CASO, O
RELATO DO SURGIMENTO DE DORES NO PESCOÇO FOI O
PRINCIPAL MOTIVO PARA O REGISTRO DOS
AFASTAMENTOS DE TRABALHADORES. COM ESSA
INFORMAÇÃO, QUAL DECISÃO O ESPECIALISTA TOMOU
DENTRO DA EMPRESA?
RESPOSTA
O especialista decidiu elaborar um conjunto de práticas ergonômicas que foi incorporado no programa de
ergonomia, estando em consonância com as regras estabelecidas pela NR-17.
BOAS PRÁTICAS DE ERGONOMIA E AUMENTO 
DA SEGURANÇA EM AMBIENTES DE
TRABALHO
Os ambientes de trabalho podem ser ótimas oportunidades para intervenções ergonômicas. Essas
intervenções serão justificadas pela identificação dos pontos considerados críticos que exigem um
tratamento muito particular a fim de evitar impactos sobre a saúde e a segurança de trabalhadores.
Considerando uma postura mais preventiva que apenas corretiva, é importante que os profissionais que
lidam com a gestão do trabalho adotem as regras estabelecidas pela NR-17. Por outro lado, tal missão
não deve partir apenas dos líderes, mas também dos próprios trabalhadores, que precisam estar cientes
de suas obrigações e responsabilidades enquanto realizam as suas tarefas.
INDEPENDENTEMENTE DO SEU TAMANHO, UMA FIRMA
TEM DE COMPREENDER QUÃO FUNDAMENTAL É
CONSIDERAR OS CONHECIMENTOS ERGONÔMICOS PARA
QUE TODOS OS SEUS EMPREGADOS POSSAM REALIZAR
AS SUAS TAREFAS COM SEGURANÇA, EFICIÊNCIA E
CONFORTO.
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Todavia, não é nada trivial identificar todos os problemas existentes em cada posto de trabalho e muito
menos ainda empregar as ações necessárias para resolvê-los em um horizonte de tempo curto.
Do lado dos trabalhadores, é razoável crer que eles possuem o direito de cobrar da empresa melhores
condições de trabalho que visem a seu bem-estar, incorporando, com isso, os conhecimentos de
ergonomia que podem ser úteis para evitar que os eventos de riscos causem danos ou os prejudiquem
em algum momento durante o trabalho.
Apesar disso, um conjunto de boas práticas ergonômicas pode ser de grande utilidade para a prevenção
de enfermidades, bem como para o alcance de níveis de produtividade maiores, entre outros indicadores
de performance, dentro das operações a serem realizadas no cotidiano das empresas.
 RESUMINDO
A ergonomia configura uma preocupação geral de todos os setores profissionais e deve ser tratada
como prioridade por parte dos gestores.
Salientaremos a seguir algumas das boas práticas que são recomendadas em qualquer programa de
ergonomia dentro uma organização produtiva e que podem contribuir para:
 
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Maximizar a segurança em ambientes de trabalho.
 
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Proporcionar a otimização da tarefa.
 
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Atenuar repercussões musculoesqueléticas.
 
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Aumentar a satisfação de colaboradores.
IDENTIFICAR PROBLEMAS OU IMPACTOS 
QUE ACOMETEM OS TRABALHADORES
Quando se almeja melhorar uma atividade em um posto de trabalho, uma das ações a ser realizada é a
identificação de problemas vinculados à aplicação parcial ou total dos conhecimentos de ergonomia. A
estratégia que pode ser utilizada diz respeito à localização dos eventos de riscos em cada área da
empresa, propondo, na sequência, um conjunto de soluções viáveis (ou mesmo simples) em um
primeiro momento para evitar a possibilidade de lesões sobre o trabalhador.
Quando se fala em lesões causadas sobre os recursos humanos, primeiramente cabe citar alguns dos
fatores responsáveis por isso e que são observados com frequência nas rotinas de trabalho:
 
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Postura errada.
 
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Repetição de movimentos.
 
Foto: Shutterstock.comVibrações mecânicas no momento de execução de tarefas.
A postura incorreta surge como uma das principais causas de problemas sobre os indivíduos,
provocando dores no pescoço, na coluna, nos ombros e nos punhos. Já a combinação de força e
movimentos com repetição afeta mais os cotovelos, os punhos e as mãos do trabalhador.
ENVOLVER OS FUNCIONÁRIOS NO PROCESSO E
CONCEDER TREINAMENTO E CAPACITAÇÕES
Muitas organizações têm entendido que é preciso cuidar do bem-estar de seus funcionários, porque eles
são, na verdade, o principal ativo delas. No entanto, de nada valerá alocar recursos para melhorar sua
qualidade de vida se eles não pensarem em colaborar.
LOGICAMENTE, PARA QUE SE APLIQUE A ERGONOMIA,
DEVE HAVER O ATENDIMENTO DE NORMAS QUE PODEM
SER APRENDIDAS E DISCUTIDAS EM TREINAMENTOS OU
CAPACITAÇÕES.
Esses momentos são excelentes oportunidades para que os funcionários sejam estimulados a
reconhecer a sua parcela de responsabilidade perante as decisões tomadas e a caminhar no sentido de
internalizar uma cultura mais voltada para a prevenção.
INCENTIVAR O REPORTE DE RISCOS ERGONÔMICOS
O gerenciamento ergonômico é parte integrante de procedimentos que possuem relação com a
segurança do trabalhador. Daí a necessidade das empresas de procurar cumprir a NR-17, norma cuja
orientação tem o propósito de diminuir os riscos comuns em atividades ou até mesmo neutralizá-los,
podendo causar uma sensação maior de proteção para o profissional que executa algum tipo de tarefa.
Clientes, fornecedores e acionistas normalmente não interferem em decisões a respeito de medidas
ergonômicas dentro das empresas. No entanto, é imprescindível que os níveis hierárquicos superiores
ou estratégicos delas estejam, de fato, comprometidos com esse tipo de postura orientada pela gestão
de riscos, o que pode ficar muito evidente quando se tem um número menor de casos de afastamentos
de trabalhadores implicados por motivos distintos.
É FUNDAMENTAL QUE A ALTA GESTÃO DAS FIRMAS
ASSUMA INTEIRAMENTE A RESPONSABILIDADE PELA
IMPLANTAÇÃO E PELA IMPLEMENTAÇÃO DE PLANOS
ALINHADOS COM OS PRINCÍPIOS ERGONÔMICOS,
PROVENDO UMA SENSAÇÃO MAIOR DE BEM-ESTAR
ENTRE OS COLABORADORES E, COM ISSO,
PROSPECTANDO MELHORES ÍNDICES DE DESEMPENHO,
COMPETITIVIDADE E PRODUTIVIDADE DA EMPRESA.
Ainda considerando como a gestão em ergonomia pode ser um diferencial para fortalecer a sensação de
segurança dentro de uma empresa, podemos dizer que ela possui um olhar multidisciplinar. Em outras
palavras, a gestão é capaz de promover o envolvimento entre áreas e departamentos de:
Segurança e saúde no trabalho.
Recursos humanos.
Jurídico.
Representantes dos trabalhadores.
IMPLEMENTAR SOLUÇÕES PARA O CONTROLE DOS
RISCOS
Nunca é demais ressaltar que eventos de riscos podem aumentar as chances de trazer algum tipo de
impacto para o colaborador. Quando se tem a consciência de que se deve ter um cuidado com a
ergonomia no ambiente de trabalho, existe uma tendência de diminuir as ausências registradas por
motivos de saúde, bem como de incidentes e acidentes entre colaboradores.
O fato é que, quando uma empresa tem uma postura mais despreocupada ou não atenta às questões
ergonômicas, uma ocorrência que implique um dano mais sério envolvendo algum trabalhador pode
levá-la a sofrer algum tipo de penalização legal e que seja acionada para possíveis indenizações. O
outro lado; isto é, o trabalhador, também tem uma responsabilidade solidária quanto a isso.
 ATENÇÃO
O colaborador deve ter responsabilidade e cumprir normas quando está realizando suas tarefas dentro
do ambiente laboral. Caso contrário, ele pode sofrer algum tipo de advertência ou, em último caso, ser
demitido da empresa.
Atualmente, as empresas têm adotado as boas práticas de ergonomia para preservar a saúde do
trabalhador em todas as situações possíveis, monitorando e controlando os riscos que podem afetá-lo.
Para que isso seja possível, entre outras medidas necessárias, cabe:
 
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Balancear a carga de trabalho.
 
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Investir em produtos ergonômicos (exemplo: cadeiras com assento mais confortáveis).
 
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Recomendar pausas entre as tarefas.
 
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Adequar a iluminação local ao espaço utilizado.
 
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Ajustar as telas de computadores.
 
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Minimizar a quantidade de movimentos repetidos dentro das tarefas.
 
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Sinalizar os postos de trabalho.
 
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Eliminar sons ou ruídos que atrapalhem a concentração para a realização da tarefa.
 
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Controlar as condições de temperatura e umidade.
AVALIAR O CONTEXTO DE TRABALHO
O esforço ergonômico feito por iniciativa da gestão da empresa compreende inicialmente o atendimento
das condições de trabalho nas quais os colaboradores estão inseridos e exercem continuamente as
suas tarefas, devendo, para isso, estar saudáveis e protegidos. Assim, quando uma condição do tipo
(colaborador cansado ou sem motivação por algum motivo) não é atendida por um aspecto ergonômico,
muito provavelmente isso pode ter uma implicação na realização do próprio trabalho.
Como consequência provável, os indicadores de desempenho (produtividade, qualidade e custo são
alguns deles) têm chance de sofrer algum tipo de desvio que acaba repercutindo na entrega final do
resultado (produto ou serviço) para o cliente (interno ou externo à organização).
COM ISSO, AS CORREÇÕES PROPOSTAS PELA
ERGONOMIA, ALÉM DE TRAZER BENEFÍCIOS À SAÚDE E À
SEGURANÇA DO TRABALHADOR, PODEM RESULTAR EM
GANHOS SUBSTANCIAIS PARA A OPERAÇÃO, QUE
ACABAM REFLETINDO-SE NOS RESULTADOS
FINANCEIROS AO TÉRMINO DE CADA PERÍODO CONTÁBIL.
Vem daí a justificativa para se avaliar o contexto de trabalho. Contudo, não basta apenas implementar
as práticas ergonômicas. É fundamental que se monitore e controle cada elemento que pode interferir na
realização do trabalho para saber se o programa de ergonomia realmente vai alcançar os objetivos e as
metas planejados.
Na literatura, encontramos três tipos de controle que podem auxiliar aqueles gestores preocupados em
melhorar os ambientes de trabalho:
CONTROLES DE ENGENHARIA
Consideram a implementação de mudanças físicas no local de trabalho, minimizando os riscos durante a
realização de tarefas.
PRÁTICAS DE GESTÃO
Envolvem o estabelecimento de processos mais ajustados com a natureza da atividade e o perfil do
trabalhador envolvido em sua execução. Um exemplo disso é a exigência para o levantamento de
cargas pesadas por apenas dois indivíduos.
EPI
Sua utilidade está voltada para reduzir a exposição aos riscos de incidentes e acidentes.
ORIENTAÇÕES PARA EVITAR LESÕES
Um profissional de segurança do trabalho tem conhecimento para poder orientar a respeito de medidas
necessárias para diminuir ou neutralizar os riscos ergonômicos encontrados na empresa que podem ser
os potenciais causadores de danos ao trabalhador. Entretanto, de forma geral, algumas orientações
podem ser seguidas pelos que desempenham tarefas em suas estações de trabalho a fim de que sejam
evitadas lesões ou outros danos.
Algumas dessas orientações podem ser consultadas a seguir:
NO QUE SE REFERE À POSTURA
Muitos empregados precisam trabalhar sentados na frente de máquinas ou de equipamentos. Por isso,
eles devem procurar manter o quadril e os joelhos em um ângulo de 90 graus, tendo suas costas bem
acomodadas.
Recomenda-se também que os pés estejam firmados no piso. Isso permite que a postura seja correta.
Caso eles estejam diante de computadores, o que, atualmente, representa um grande quantitativo de
trabalhadores nessa condição, além do que já foi dito anteriormente, os braços também precisam estar
em um ângulo de 90 graus em relação à mesa.
Já a tela de computador deve estar na altura dos olhos para evitar fadiga visual. Os objetos, por sua vez,
têm de estar ao alcance dos braços, enquanto os punhos precisam ser protegidos para evitar tendinites.NO QUE SE REFERE AO ALONGAMENTO
Antes do início da jornada de trabalho e durante a realização de tarefas, o ideal é que o empregado
realize um alongamento assistido por um profissional de saúde. Exercícios físicos também são
recomendados para que ele tenha um melhor condicionamento.
Cabe salientar que, com a prática regular do alongamento, os músculos tendem a suportar melhor as
tensões diárias. Portanto, quando um trabalhador fica em determinada posição durante muito tempo, os
seus músculos estabilizadores estão trabalhando. Com a prática do alongamento, eles podem
apresentar mais elasticidade, suportando melhor a tensão.
Evidentemente, tudo aquilo mencionado acima deve ser feito de forma assistida e de acordo com um
bom planejamento de gestão. Uma vez implementada, uma rotina de alongamentos nos ambientes de
trabalho possivelmente acarretará com o tempo menos trabalhadores com doenças ocupacionais.
EFEITOS DA PRÁTICA ERGONÔMICA 
DENTRO DO TRABALHO
Em um horizonte de curto a médio prazo no qual as práticas ergonômicas são realmente concebidas
pelas firmas, além de contemplar todas as respectivas estruturas funcionais, é interessante levantar as
informações a respeito desse tópico.
Afinal, a prática ergonômica pode trazer benefícios para todos os trabalhadores. Elencaremos alguns
deles a seguir:
Mais trabalhadores vão estar motivados para cumprir as horas de trabalho, mesmo estando à frente de
tarefas que exigem mais esforços mentais ou físicos.
O índice de absenteísmo no trabalho tende a ser reduzido.
A quantidade de atendimentos médicos por motivo de lesões corporais pode ser diminuída com o tempo.
Há uma tendência de queda em pedidos por indenizações feitos na Justiça a serem pagos pela empresa
por causa de incidentes ou acidentes.
As reclamações de trabalhadores relacionadas com desconfortos físicos tendem a ser reduzidas.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. EM MOMENTOS NOS QUAIS SÃO EXIGIDAS PROVIDÊNCIAS PARA ADEQUAR
OS AMBIENTES DE TRABALHO, MINIMIZANDO OS RISCOS INERENTES ÀS
ATIVIDADES E CONFERINDO UMA MAIOR SEGURANÇA PARA TODOS OS
PROFISSIONAIS, É FUNDAMENTAL QUE
A) o nível operacional tome as decisões sobre os aspectos preventivos a serem considerados dentro do
trabalho.
B) a tomada de decisão parta da alta gestão, como a implantação de planos que considerem princípios
ergonômicos.
C) os clientes indiquem quais devem ser as suas necessidades ergonômicas para que elas sejam
atendidas pelas empresas.
D) os acionistas aprovem os planos ergonômicos a serem implementados pelas empresas.
E) os fornecedores determinem como a ergonomia deve ser aplicada dentro das empresas.
2. AS AÇÕES ERGONÔMICAS SÃO CONDUZIDAS COM O OBJETIVO DE
ENCONTRAR PROBLEMAS (OU PONTOS PASSÍVEIS DE INTERVENÇÕES) EM
ESTAÇÕES DE TRABALHO QUE REÚNAM PROCESSOS JÁ PADRONIZADOS,
AINDA QUE PORVENTURA POSSAM ESTAR OBSOLETOS OU GERAR NÃO
CONFORMIDADES QUE ACABEM CONFERINDO UMA VULNERABILIDADE
MAIOR AO TRABALHADOR DENTRO DO SEU TRABALHO. DESSE MODO, A
PREOCUPAÇÃO COM A ERGONOMIA TAMBÉM DESPERTA A NECESSIDADE DE
MELHORAR CONTINUAMENTE OS PROCESSOS PRODUTIVOS PARA QUE
SEJAM REDUZIDAS AS LESÕES SOBRE AQUELES QUE DEDICAM GRANDE
PARTE DE SUAS VIDAS A PRESTAR SERVIÇOS OU FABRICAR PRODUTOS EM
AMBIENTES MUITAS VEZES NÃO SAUDÁVEIS. 
 
SUPONDO UM TRABALHO COM DOIS TURNOS, INDIQUE NAS ALTERNATIVAS A
SEGUIR DUAS ORIENTAÇÕES PARA QUE AS LESÕES SEJAM EVITADAS PELOS
TRABALHADORES:
A) 1ª orientação - ter cuidado frequente com a postura; 2ª orientação - adotar uma prática de
alongamento em períodos programados.
B) 1ª orientação - chegar mais cedo ao trabalho; 2ª orientação - descansar na parte da tarde quando
não houver tarefas a serem realizadas.
C) 1ª orientação - conversar com a liderança da área para que a quantidade de tarefas seja reduzida de
forma gradual ao longo do período semanal; 2ª orientação - solicitar na semana seguinte o aumento da
carga de trabalho para compensar o que deixou de ser feito.
D) 1ª orientação - atingir a meta estabelecida o mais rápido possível; 2ª orientação - aproveitar o tempo
livre para atividades informais dentro da empresa.
E) 1ª orientação - realizar exercícios físicos sempre no primeiro turno de trabalho; 2ª orientação - sair
mais tarde no último turno somente após o término da última tarefa realizada.
GABARITO
1. Em momentos nos quais são exigidas providências para adequar os ambientes de trabalho,
minimizando os riscos inerentes às atividades e conferindo uma maior segurança para todos os
profissionais, é fundamental que
A alternativa "B " está correta.
 
É fundamental que alta gestão esteja comprometida com a ergonomia. Aliás, deve partir dela a
responsabilidade de implantação e implementação de ações ou de medidas para corrigir postos de
trabalho que estejam mais seguros para os trabalhadores. O nível operacional tem de seguir as
orientações que vêm do nível estratégico. Clientes, acionistas e fornecedores normalmente não
interferem em decisões a respeito de ergonomia dentro das empresas.
2. As ações ergonômicas são conduzidas com o objetivo de encontrar problemas (ou pontos
passíveis de intervenções) em estações de trabalho que reúnam processos já padronizados,
ainda que porventura possam estar obsoletos ou gerar não conformidades que acabem
conferindo uma vulnerabilidade maior ao trabalhador dentro do seu trabalho. Desse modo, a
preocupação com a ergonomia também desperta a necessidade de melhorar continuamente os
processos produtivos para que sejam reduzidas as lesões sobre aqueles que dedicam grande
parte de suas vidas a prestar serviços ou fabricar produtos em ambientes muitas vezes não
saudáveis. 
 
Supondo um trabalho com dois turnos, indique nas alternativas a seguir duas orientações para
que as lesões sejam evitadas pelos trabalhadores:
A alternativa "A " está correta.
 
É bastante recomendado que todo trabalhador tenha muita atenção com a sua postura enquanto realiza
as atribuições dele em sua estação de trabalho. A empresa deve atuar de forma colaborativa, orientando
sempre sobre a maneira mais correta de se realizar cada tarefa necessária dentro do trabalho. De nada
adiantará para a saúde do trabalhador chegar mais cedo ao trabalho e descansar em seguida se não
forem tomados os devidos cuidados ergonômicos. Dificilmente, um líder de área de empresa vai permitir
a redução gradual da quantidade de tarefas em uma semana e decidir aumentá-la na subsequente, pois
é preciso balancear sempre a carga de trabalho conforme o perfil do trabalhador. Novamente por conta
dessa carga, acelerar o trabalho para atingir metas mais rapidamente não parece ser uma estratégia
correta, pois cada tarefa exige um conjunto de métodos de trabalho que compreende tempo e
movimentos padronizados. É razoável que um gestor de trabalho, seguindo as orientações de
ergonomia, promova um equilíbrio entre trabalho e qualidade de vida, o que serve de contraponto para
que, em uma jornada de dois turnos, um deles seja dedicado a atividades físicas e o outro, somente à
atividade laboral com tempo indeterminado para ser finalizada.
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Como estudamos ao longo de cada módulo deste conteúdo, toda empresa deve procurar identificar os
riscos ergonômicos que podem expor de alguma forma os seus trabalhadores a lesões enquanto eles
realizam um conjunto de tarefas dentro de suas jornadas de trabalho. Frisamos, portanto, que é
necessário dar atenção ao mapeamento de riscos e à analise tanto da severidade quanto dos impactos
potencialmente causados por eles.
Pontuamos ainda que toda empresa, independentemente do seu tamanho, tem que adotar as boas
práticas em ergonomia para que os seus empregados se sintam mais seguros, atentos, confortados e
motivados em seus postos de trabalho. Salientamos inclusive que, em tais condições de trabalho, os
afastamentos dos colaboradores possivelmente serão reduzidos, enquanto melhorias poderão ser
alcançadas em indicadores de desempenho operacional.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
BRASIL.

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