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06/04/2022 1 1 2 06/04/2022 2 TRANSTORNOS ALIMENTARES Profa Dra. Maria Aparecida Conti SÃO PAULO – 2022 Objetivos 1- Conceituar os Transtornos Alimentares (TAs) 2- Importância clínica, epidemiológica e social 3- Possíveis relações com o tema – MORTE 4- Futuros desafios 3 4 06/04/2022 3 PONTO DE PARTIDA 1- Transtornos Alimentares – Alto grau de MORBILDADE e MORTALIDADE 2- Corpo – “Morada do Ser” – Sentidos e Significados 3- Controle – Comportamentos Impulsivos e Compulsivos 4- Alimentação – Comida (aspecto cultural) X Alimento (função nutricional) Diagnósticos • Código Internacional de Doenças - CID 10 (OMS, 1993) • Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders – DSM-V- Americam Psychiatry Association - (APA, 2005) 5 6 06/04/2022 4 CID-10 – F50: Transtornos da Alimentação • Anorexia nervosa • Anorexia nervosa atípica • Bulimia nervosa • Bulimia nervosa atípica • Hiperfagia associada a outros distúrbios psicológicos • Vômitos associados a outros distúrbios psicológicos • Outros transtornos da alimentação • Transtornos de alimentação, não especificado Crianças: Feeding disorders - Transtorno emocional de recusa alimentar - Comer seletivo - Comer restritivo - Recusa alimentar (food refusal) - Disfagia funcional (medo de engolir, engasgar) - Recusa abrangente (persuasive refusal) - Perda de apetite secundária a depressão 7 8 06/04/2022 5 TRANSTORNOS ALIMENTARES 1- PICA 2- TRANSTORNO DE RUMINAÇÃO 3- TRANSTORNAO ALIMENTAR RESTRITIVOS / EVITATIVO 4- ANOREXIA NERVOSA 5- BULIMIA NERVOSA 6- TRANSTORNO DE COMPULSÃO ALIMENTAR 7- OUTRO TRANSTORNO ALIMENTAR ESPECIFICADO 8- TRANSTORNO ALIMENTAR NÃO ESPECIFICADO 9 10 06/04/2022 6 11 12 06/04/2022 7 13 14 06/04/2022 8 15 16 06/04/2022 9 17 18 06/04/2022 10 TRANSTORNOS ALIMENTARES “Alteração persistente do comportamento alimentar e/ou dos comportamentos voltados para o controle de peso, que acarreta em prejuízos à saúde física ou ao funcionamento psicossocial. Esta alteração não deve ser secundária a outra desordem geral (por ex., tumores) ou psiquiátrica (por ex., depressão)” (FAIRBURN & WALSH, 2002) 19 20 06/04/2022 11 Diagnóstico diferencial: Equipe multidisciplinar Critério: DSM – V ou CID -10 • 1- PICA • 2- TRANSTORNO DE RUMINAÇÃO • 3- TRANSTORNAO ALIMENTAR RESTRITIVOS / EVITATIVO • 4- ANOREXIA NERVOSA • 5- BULIMIA NERVOSA • 6- TRANSTORNO DE COMPULSÃO ALIMENTAR • 7- OUTRO TRANSTORNO ALIMENTAR ESPECIFICADO • 8- TRANSTORNO ALIMENTAR NÃO ESPECIFICADO (APA, 2005) Etiologia - Sexo feminino - História familiar - TA - Comorbidade psiquiátrica - Baixa autoestima - Perfeccionismo - Dificuldade em expressar emoções - Valores culturais - Dietas - Separação e perda - Alterações na dinâmica familiar - Expectativas irreais na escola/ trabalho/ vida pessoal - Proximidade da menarca - Relações Sociais - Alterações neuroendócrinas - Distorção da imagem corporal - Distorções cognitivas - Práticas Purgativas - Aceitação social Fatores mantenedores TA Fatores predisponentes Fatores precipitantes 21 22 06/04/2022 12 ANOREXIA NERVOSA Histórico da AN • Do grego: “an-orexis” (sem apetite) • 895 dC: jovem Friderada (Habermas) • Séc XIII: “Santas Anoréxicas”: Santa Catarina de Siena • 1694: Richard Morton – primeiro relato médico de anorexia nervosa • 1873: Charles Laségue – “anorexie histérique” • 1874: William Gull – “apepsia histérica” • 1903: Janet: caso Nadia; magreza como protelação da maturidade sexual • 1960: Biswanger: caso Ellen West • O termo “anorexia” não é o mais adequado, pois a sua tradução é “perda de apetite” e não é isto que encontramos na maioria destes pacientes • Ocorre negação da fome ou a fobia alimentar (sitiofobia) e a busca completa do controle alimentar visando a perda de peso • O termo alemão pubertätmagersucht é mais preciso do ponto de vista psicopatológico (Cordás, 2010) 23 24 06/04/2022 13 Critérios A- O peso corporal 15% abaixo do esperado, ou o IMC < 17,5 kg/m2; B- A perda de peso é induzida por abstenção de alimentos que engordam, vômitos autoinduzidos, uso de laxantes e diuréticos, atividade física excessiva e uso de anorexígenos; C- Distorção da imagem corporal; E- A sequência de eventos da puberdade é demorada ou suspensa (se o início é prepuberal). Subtipos: Restritivo e Purgativo Subtipos da AN - DSM-V • Subtipo restritivo: durante o episódio atual de AN o indivíduo não apresenta compulsões alimentares e nem comportamentos purgativos (pode fazer atividade física em excesso ou não) • Subtipo purgativo: durante o episódio de AN, o indivíduo apresenta regularmente compulsões alimentares e/ou comportamentos purgativos como indução de vômito, uso de laxantes ou diuréticos ou enemas. (obs.: pode fazer atividade física em excesso ou não) 25 26 06/04/2022 14 CRITÉRIO DIAGNÓSTICO : ANOREXIA NERVOSA Gravidade • Leve : IMC ≥17 Kg/m² • Moderada : IMC 16 -16,99Kg/m² • Grave : IMC 15- 15,99 Kg/m² • Extrema : IMC < 15Kg/m² CRITÉRIO DIAGNÓSTICO: ANOREXIA NERVOSA Diagnóstico Diferencial ➢ Condições médicas (p.ex: doença gastrintestinal,hipertireoidimo, AIDS) ➢ Transtorno depressivo maior ➢ Esquizofrenia ➢ Transtorno por uso de substância ➢ Transtorno de ansiedade social, transtorno obsessivo compulsivo e transtorno dismórfico corporal ➢ Bulimia Nervosa ➢ Transtorno alimentar restritivo/evitativo 27 28 06/04/2022 15 CRITÉRIO DIAGNÓSTICO: ANOREXIA NERVOSA Comorbidade Ø Transtorno Bipolar Ø Transtornos Depressivos Ø Transtornos de Ansiedade Ø Transtorno Obsessivo Compulsivo (Anorexia restritiva ) Ø Abuso de álcool e drogas ( anorexia tipo compulsão alimentar purgativa ) Distorção da Imagem Corporal 29 30 06/04/2022 16 Preocupação com a forma e o peso corporal Dieta restritiva Perda de peso Baixa autoestima Déficits interpessoais Sinais de jejum (fome, fissura por comida, preocupação com o alimento Modelo cognitivo de manutenção de sintomas de AN (adaptada de Kleifield, 1996) CICLO DE MANUTENÇÃO Evolução • Mortalidade estimada entre 5 a 20% • Dentre os sobreviventes: 50% evoluem para recuperação completa 30% apresentam melhora global com períodos de recidiva (melhora parcial). 20% cursam com cronificação ou refratariedade, geralmente com complicações físicas e psicológicas do TA (Keel et al., 2003) 31 32 06/04/2022 17 ANOREXIA NERVOSA Características Psicológicas: • Baixa autoestima • Sentimento pronunciado de desesperança • Desenvolvimento empobrecido da identidade • Tendência a buscar aprovação externa • Extrema sensibilidade às críticas • Falta de assertividade • Falta de autonomia e independência 33 Bulimia Nervosa 33 34 06/04/2022 18 • Grego: “bous-limos” • Hipócrates: “boulimos” – fome doentia • Egito antigo: Papiro de Éber • Romanos: “vomitorium” • 1743: “true boulimus” – “caninus apetities”, com ataques compulsivos seguidos de vômitos e desmaios em seqüência • 1967: Crisp – episódios bulímicos e vômitos auto-induzidos em anoréxicos • 1979: Gerald Russel – descrição da Bulimia Nervosa Histórico BULIMIA NERVOSA Bulimia Nervosa “O termo Bulimia Nervosa vem do grego bous que significa “boi” ou bou que significa “grande quantidade”, e limos que significa “fome”, ou seja uma fome muito intensa ou suficiente para devorar um boi” (Cordás, 2008) 35 36 06/04/2022 19 EPISÓDIO BULÍMICO ou DE COMER COMPULSIVO Exemplo de compulsão: 400g de mortadela 2 pacotes de bolacha recheada 1 pacote de bolacha de maisena 1 banana 1 l i t ro de lei te ½ kg de açúcar 2 pães franceses 6 fat ias de pão de forma ½ kg de f . de mi lho + ½ kg açúcar 5 pedaços de bolo Diagnóstico 1 - Episódios recorrentes de consumo alimentar compulsivo (Episódios Bulímicos) a - Ingestão de uma grande quantidade de alimentos b - Em um pequeno intervalo de tempo (aprox. 2 horas);c - Sensação de perda de controle durante os episódios. 37 38 06/04/2022 20 2 - Comportamentos compensatórios inapropriados - prevenir o ganho de peso - Vômitos autoinduzidos, abuso de laxantes, diuréticos, inibidores de apetite ou outras drogas, dieta restritiva ou jejum, ou ainda exercícios vigorosos Estes dois comportamentos devem ocorrer, em média, 2 vezes por semana, por pelo menos 3 meses 3 - A autoavaliação é indevidamente influenciada pela forma e pelo peso corporais (APA, 2005) CRITÉRIO DIAGNÓSTICO BULIMIA NERVOSA Gravidade ❖ Leve: Média de 1 a 3 episódios de comportamentos compensatórios inapropriados por semana ❖ Moderada: Média de 4 a 7 episódios de comportamentos compensatórios inapropriados por semana ❖ Grave: Média de 8 a 13 episódios de comportamentos compensatórios inapropriados por semana ❖ Extrema: Média de 14 ou mais comportamentos compensatórios inapropriados por semana 39 40 06/04/2022 21 Características associadas que apoiam o diagnóstico ➢ Indivíduos com Bulimia estão geralmente dentro da faixa normal ou com sobrepeso (IMC ≥ 18,5Kg/m² e < 30 em adultos ) ➢ Tendem restringir seu consumo calórico e optam por alimentos dietéticos ➢ Irregularidades menstruais ou amenorréia ocorrem com frequência ➢ Distúrbios hidroeletrolíticos decorrentes do comportamento purgativo ➢ Complicações raras, porém fatais , incluem lacerações esofágicas, ruptura gástrica e arritmias cardíacas CRITÉRIO DIAGNÓSTICO BULIMIA NERVOSA Critérios Diagnósticos Bulimia Nervosa Diagnóstico Diferencial ➢ Anorexia Nervosa, tipo compulsão alimentar purgativa ➢Transtorno de Compulsão Alimentar ➢Síndrome de Kleine – Levin – comportamento de comer conturbado ➢Transtorno Depressivo Maior, com aspectos atípicos - hiperfagia ➢Transtorno de Personalidade Borderline – compulsão alimentar 41 42 06/04/2022 22 Critérios Diagnóstico Bulimia Nervosa Comorbidade ➢ Transtornos depressivos ➢Transtornos bipolares ➢Transtornos de Ansiedade ➢ Uso de álcool ou estimulantes Restrição Compulsão Purgação Ciclo da Bulimia Nervosa 43 44 06/04/2022 23 Preocupação excessiva com forma e peso corporal Prática de dietas Binge-eatingComportamento purgativo Baixa auto-estima Modelo cognitivo de manutenção de sintomas de BN (Fairbun – 1985) • Apresentam altas taxas de mortalidade Bulimia nervosa: 0,3 a 3% Anorexia nervosa: 5 a 20% • Maior taxa de complicações clínicas entre os transtornos psiquiátricos 45 46 06/04/2022 24 ANOREXIA NERVOSA BULIMIA NERVOSA Perda de peso grave Menor perda de peso, e um peso normal ou acima do normal Grave distorção da imagem corporal Quando existe é menos acentuada Maior incidência aos 16 anos Maior incidência aos 20 anos Negam fome Referem fome Mais introvertidas Mais extrovertidas O comportamento alimentar é considerado normal pela paciente e o desejo de controlar o peso é justo e adequado O comportamento é motivo de vergonha, culpa, e há desejo de ocultá-lo PRINCIPAIS DIFERENÇAS CLÍNICAS PRINCIPAIS DIFERENÇAS CLÍNICAS ANOREXIA NERVOSA BULIMIA NERVOSA Sexualmente inativas Mais ativas sexualmente Amenorréia Menstruação varia de irregular a normal Traços obsessivos de personalidade podem estar presentes Traços histriônicos e borderline podem estar presentes Comorbidades com doenças afetivas e quadros ansiosos Comorbidades com doenças afetivas e abuso de álcool e drogas, impulsividade 47 48 06/04/2022 25 ANOREXIA NERVOSA • Restrição autoimposta, com um padrão alimentar “bizarro” e acentuada perda de peso • Início jejum progressivo → alimentos calóricos, estendendo-se a outros tipos de alimentos. BULIMIA NERVOSA – Grande variação de peso – Compulsão X Restrição Alimentar – Hábito de fazer dietas – Dificuldades → escolha e consumo – Classificação: proibidos e permitidos – Alta ingestão de alimentos – Período limitado de tempo – Métodos compensatórios Características Alimentares 50 TRATAMENTO 49 50 06/04/2022 26 51 Tratamento Regime Hospitalar Tratamento Equipe Multiprofissional • Médico Psiquiatra • Psicólogo • Nutricionista • Educador Físico • Enfermeiro • Terapeuta Ocupacional • Acompanhante Terapêutico ESTRATÉGIAS PARA O TRATAMENTO DA ANOREXIA NERVOSA 52 1. Diminuição da restrição alimentar 2. Diminuição da frequência da atividade física 3. Abordagem do distúrbio da imagem corporal a) precisão da percepção do tamanho corporal b) O grau de ansiedade associada a aparência c) O comportamento de evitação de exposição corporal 4. Modificação do sistema de crenças 5. Avaliação de eficácia – técnicas de prevenção de recaída 51 52 06/04/2022 27 TRATAMENTO PSICOLÓGICO Abordagem Cognitivo- Comportamental Cognição “..conjunto dos processos pelos quais uma pessoa adquire informação sobre si própria e seu meio, assimilando-a para pautar seu comportamento” (Hardy, 1986) ESQUEMA Representação organizada por conhecimentos anteriores que orienta o tratamento da informação atual Funciona de forma automática Acionado pelo estresse conduz as distorções cognitivas 53 54 06/04/2022 28 Distorções Cognitivas ERROS LÓGICOS 1- Tirar conclusões sem provas 2- Centrar-se em um detalhe e não perceber a significação global 3- Supergeneralização: aplicar em todas as situações os elementos de uma situação isolada 4- Atribuir um maior valor ao fracasso 5- Superestimação das relações com os acontecimentos negativos 6- pensamento absoluto, dicotômico: tudo ou nada (IONESCU, 1996) Equipe Multidisciplinar TERAPEUTA NUTRICIONAL Propor modificações do consumo, padrão e atitudes alimentares com o objetivo de adequar a ingestão de energia e nutrientes, estabelecer um estado nutricional saudável e melhorar a relação com o alimento e com o corpo (APA, 2006; ADA, 2006) Tratamento Nutricional 55 56 06/04/2022 29 Psiquiatra • Confirmação do diagnóstico do TA, passando pelo seus diferenciais e pelas possíveis comorbidades • Prescrição de medicação psicotrópica • Encaminhamentos para os demais profissionais • Articulação entre as orientações da equipe, do paciente e da família • Ponte entre o tratamento ambulatorial e a possível internação 57 Psicólogo • Auxiliar o paciente a ressignificar a sua visão de mundo, seus esquemas cognitivos e crenças • Refletir sobre o viver sem a doença • Restabelecimento de planos e metas de vida 58 57 58 06/04/2022 30 Nutricionista • Orientação nutricional • Desmistificação de crenças, • Apontamento das inadequações alimentares (restrição alimentar) 59 Psicoterapeuta familiar • Refletir com as famílias, através das narrativas de suas histórias, os padrões comportamentais que comprometem o funcionamento do sistema familiar; • Compartilhar as crenças familiares através das redes afetivas que se formam no grupo; • Validar as competências de cada um para lidar com as questões do TA e outros aspectos – cognitivos e emocionais • informar e orientar quanto às dúvidas que persistem nessas famílias 60 59 60 06/04/2022 31 Internação Internação completa em enfermaria ■ ANOREXIA NERVOSA ▪ Peso inferior a 75% do peso mínimo esperado ▪ Índice de massa corporal inferior a 13Kg/m² ▪ Alterações hemodinâmicas , hidroeletrolíticas e metabólicas importantes ▪ Alterações físicas indicativas de ameaça imediata a sobrevivência do paciente Internação completa em enfermaria ■ BULIMIA NERVOSA ▪ Excessivas e persistentes práticas purgativas se evidenciarem em alterações hemodinâmicas , convulsões e hipocalemia 62 • Ambulatorial • Hospitalização 61 62 06/04/2022 32 64 ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS 63 64 06/04/2022 33 Imagem corporal saudável Meninas se sentem “gordas” Meninas começam a se preocupar com alimentação peso Dieta, jejum, compulsão, purgação e exercício físico Início do TA Complicações médicas Risco devida PREVENÇÃO INTERVENÇÃO TRATAMENTO HOSPITALIZAÇÃO (Friedman, 1994) Linha do tempo - TA ANOREXIA • Incidência 8 / 100.000 mulheres 0,5 / 100.000 homens • Prevalência 0,5 a 3,7 % (90%♀) • Crianças e adolescentes (pico aos 16 anos, 85% dos casos entre os 13 e 20 anos), áreas industrializadas de todas as classes sociais BULIMIA • Incidência: 13 / 100.000 mulheres 0,5 / 100.000 homens • Prevalência: 1 a 4% (90%♀) • Adolescentes e adultos jovens (pico aos 20 anos), áreas industrializadas de todas as classes sociais, 20% a 30% tinham AN prévia 65 66 06/04/2022 34 Dados Nacionais SP – Bulimia Mulher – 2,4% Homem – 0,3 % (Andrade, 2002) Experiência Clínica Aumento da procura - Idades precoces - Homens (Moya & Fleitlich-Bilyk, 2003) FATORES DE RISCO 67 68 06/04/2022 35 ANOREXIA e BULIMIA • Profissões: atletas, modelos, bailarinos e profissionais de moda e saúde apresentam maior risco Nosso jovem está cada vez mais insatisfeito com seu corpo 69 70 06/04/2022 36 Nos países desenvolvidos: Meninas: 40-70% insatisfeitas com mais de 50% aspirando a magreza Meninos as aspirações dividem-se entre o emagrecimento e o aumento da massa muscular (Levine & Smolak, 2005) Brasil: Meninas mais insatisfeitas em relação aos meninos (Conti et al., 2005, Pinheiro e Giugliani, 2007 ) Crianças e adolescentes - 59% estavam infelizes com a aparência (Vilela et al., 2004) Alguns dados INSATISFAÇÃO Fator de risco – TA Práticas alimentares inadequadas Autoestima Relacionamento afetivos Rendimento escolar 71 72 06/04/2022 37 FATORES • Mito da Beleza • Responsabilização do jovem pela PLASTICIDADE de seu corpo (Villaça & Goes, 1998) FATORES • Mídia • O ambiente cultural e a moda são determinantes na patogênese dos TA • Os padrões de beleza e de saúde são vinculados à magreza (Klein & Walsh, 2004) 73 74 06/04/2022 38 • Aprendizado social da mulher: equiparar aparência física com autoestima • A mídia apaga a fronteira entre a ficção glamourizada e a realidade • Internalização do padrão de beleza favorece o aparecimento do TA MORTE e TA 75 76 06/04/2022 39 MORTE Evento inexorável, faz parte do desenvolvimento humano Religião, Filosofia, Ciência – Compreendê-la Sociedade Contemporânea – TENTATIVAS para detê-la (Kovács, 2008) Juventude eterna com seus prazeres, força, beleza (Kovács, 2008) 77 78 06/04/2022 40 TA Indivíduos em SOFRIMENTO PSÍQUICO Organização, Dinâmica e Estrutura psíquica comprometida Comportamento Autodestrutivo Baixa autoestima Dificuldade para vivenciar prazeres Sentimento de culpa DESAFIOS Possíveis saídas PROMOÇÃO DA SAÚDE PROFISSIONAIS HABILITADOS – diagnóstico precoce 79 80 06/04/2022 41 Profissionais Saúde RESPONSABILIDADE SOCIAL • Conhecer e divulgar esses dados • Dividir essas informações com nossos jovens • Construir novas e saudáveis formas de relações • Programas educacionais de intervenção REFERÊNCIAS • CANESQUI, A. M.; GARCIA, R. W. D. Antropologia e Nutricao: Um Diálogo Possível. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2005 • Assumpção CL, Cabral MD. Complicações clínicas da anorexia nervosa e bulimia nervosa. Rev Bras Psiquiatr 2002;24(Supl III):29-33. • Alvarenga M, Larino MA. Terapia nutricional na anorexia e bulimia nervosas. Rev Bras Psiquiatr 2002;24(Supl III):39-43. • Arantagy, Eduardo Wagner; Buonfliglio, Helena Bonadia Como lidar com os Transtornos Alimentares: guia prático para familiares e pacientes . Hogrefe ,2017 • APA (American Psychiatric Association). Treatment of Patients With Eating Disorders. 2006 • Azevedo, A.P.; dos Santos, C.C.; da Fonseca, D.C. Transtorno da compulsão alimentar periódica. Rev. Psiq. Clin. 31 (4); 170-172, 2004. • Appolinario JC, Bacaltchuk J Tratamento farmacológico dos transtornos alimentares. Rev Bras Psiquiatr 2002;24(Supl III):54-9. • Claudino AM, BorgeAppolinario JC, Bacaltchuk J Tratamento farmacológico dos transtornos alimentares. 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