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ESTADO DE SANTA CATARINA Secretaria de Estado da Educação 25º Coordenadoria Regional de Educação de São Bento do Sul EEB JORGE ZIPPERER ALUNO (A): _________________________________________________3º ano médio Professora Karoliny – Geografia PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DO CAPITALISMO As fases do capitalismo O início do capitalismo ocorreu no século XIII, a partir da desestruturação do sistema feudal, que por sua vez modificou o setor produtivo e as relações de trabalho, nesse momento houve o renascimento comercial que ficou caracterizado pela transição do feudalismo para o capitalismo. O capitalismo passou a ser dominante no mundo ocidental a partir do século XVI. A transição que houve do feudalismo para o capitalismo foi bastante desigual; foi mais rápida na parte ocidental da Europa e mais lenta na parte central e oriental. A transição foi bem mais acelerada no Reino Unido, do que nos outros países. O capitalismo foi se evoluindo gradativamente, aos poucos foi se sobrepondo sobre outras formas de produção, até ter sua hegemonia, que ocorreu em sua fase industrial. Considerando seu processo de desenvolvimento, pode-se dividir o capitalismo em 3 fases: capitalismo comercial, industrial e financeiro. O Capitalismo Comercial Essa etapa do capitalismo se estendeu do século XV até XVIII. Houve uma expansão de potencias, como Espanha e Portugal, que tinham como objetivo descobrir uma nova rota para as Índias, e tirar a supremacia da Itália no comércio com o Oriente, através do Mediterrâneo. Foi uma época marcada por Grandes Navegações e descobrimentos, mas também de escravidão e genocídios de muitos nativos da América e África. Os europeus comandaram esse processo de colonização e exploração. Esse termo capitalismo comercial se deu porque o acúmulo de riquezas ocorreu por meio do comércio. A economia nesse período funcionava sob a intervenção governamental, pois promover e aumentar o poder do Estado. A riqueza e o poder de um país era medido pela quantidade de ouro, prata e pedras preciosas. Durante o capitalismo comercial tudo que pudesse ser vendido como lucro virava mercadoria na mão dos comerciantes europeus. O negócio mais lucrativo foi o tráfico de escravos negros. Neste período também se acumulava riquezas tendo uma balança comercial favorável, ou seja, mais exportar do que importar. As colônias garantiam grande lucro, visto que eram obrigadas a vender os seus produtos por preços baixos, e comprar das metrópoles coisas que necessitavam por preços altos. Essa fase foi fundamental para se desenvolver o capitalismo, pois permitiu o grande acúmulo de capitais na mão da burguesia europeia. Essa acumulação inicial de capitais criou condições, no Reino Unido e depois em outros países, para que ocorresse a Revolução Industrial. Capitalismo Industrial O capitalismo industrial foi marcado por transformações na economia, na sociedade, na política e cultura. Uma de suas características mais importantes foi a de transformar da natureza, uma quantidade bem maior de produtos aos consumidores, o que multiplicava o lucro dos produtores. Foi o período de introdução de técnicas no espaço, que levou a profundas mudanças no âmbito da geografia. A essência do sistema não era mais o comércio. O bom lucro vinha da produção de mercadorias. O mecanismos da exploração capitalista foi chamada por Karl Marx de mais valia. Mais valia: o trabalhador assalariado recebe uma remuneração por cada jornada de trabalho. Mas o trabalhador produz um valor maior do que aquele que recebe em forma de salário. Essa parte de trabalho não pago fica no bolso dos donos das fábricas, minas e etc. Assim todo produto vendido traz uma parte que não é paga aos trabalhadores, permitindo o acúmulo de capitais. Por isso que o regime assalariado é a melhor forma de trabalho no capitalismo. O trabalhador assalariado além de produzir mais, tem condições de comprar os produtos. Com isso a escravidão foi “extinta” quando o trabalhador assalariado começou a predominar. Com o aumento da produção também houve o aumento da necessidade de mão-de- obra, energia, matéria-prima e mercado para os seus produtos. A industrialização estava não só no Reino Unido, mas também se expandindo para o restante da Europa para os Estados Unidos, Canadá e até mesmo incipiente no Japão. Nessa nova fase do capitalismo a burguesia industrial, ao contrário da fase comercial passou a ser um empecilho. Consolidou- se uma nova doutrina econômica, o liberalismo. *** Importante!! Liberalismo Econômico: Adam Smith defendia o indivíduo contra o poder do Estado e acreditava que cada um, ao buscar seu próprio interesse econômico, contribuiria para o interesse coletivo de modo mais eficiente. Por isso era contrário à intervenção do Estado na economia e defendia a “mão invisível” do mercado, ideia que foi expressa pelas palavras francesas “laissez-faire, laissez-passer” (deixa fazer, deixa passar), ou seja, a eliminação das interferências do Estado em assuntos econômicos. Mudanças importantes estavam ocorrendo: a produtividade e a capacidade de produção aumentavam rapidamente; e a produção em série crescia. Na segunda metade do século XIX, estava acontecendo a Segunda Revolução Industrial. Um dos aspectos importantes desse período foi a introdução de tecnologias e novas fontes de energia, passou a haver um interesse para a pesquisa cientifica com o objetivo de desenvolver novas e melhores técnicas de produção. A descoberta da eletricidade beneficiou não só as industriais como a sociedade em geral, melhorando a qualidade de vida. Com o desenvolvimento do motor, e utilização de combustíveis derivados do petróleo, foi aberta novas formas de transporte. Com o grande aumento da produção, houve também competição para se ganhar mercados consumidores e novas fontes de matérias-primas. Foi nessa época que ocorreu a expansão imperialista na África e Ásia. Esses continentes foram partilhados entre os países imperialistas. Com essa partilha consolidou- se a divisão internacional do trabalho, em que as colônias se especializavam em fornecer matérias-primas com o preço bem barato aos países que estavam se industrializando. Nessa época surge uma potência industrial fora da Europa, os Estados Unidos. Eles adotaram o lema „A América para os americanos ‟. Os Estados Unidos tinham como área de influência econômica e política a América Latina. Em fins do século XIX também começou a surgir o Japão como potência. Passou a disputar territórios com as potencias europeias, principalmente o território da China. Apesar de a primeira metade do século XX ser marcada por avanços tecnológicos, foi também um período de instabilidade econômica e geopolítica. Houve a Primeira Guerra Mundial, Revolução Russa, Grande Depressão e a Segunda Guerra Mundial. Em poucas décadas o capitalismo passou por crises e transformações. Capitalismo Financeiro Com o crescimento acelerado do capitalismo passou a surgir e crescer rapidamente várias empresas (bancos, indústrias, corretoras de valores, casas comerciais, etc.) por causa do processo de concentração e centralização de capitais. A grande concorrência favoreceu as grandes empresas, levando a fusões e incorporações resultando na formação de monopólios ou oligopólios em muitos setores da economia. Muitas corporações da atualidade, foram fundadas nesta época: Coca-Cola (EUA- 1886), Fiat (Itália- 1899), IBM (EUA1911), Siemens (Alemanha- 1847) e outras. Uma característica marcante desta fase foi a implantação de novas tecnologias e do uso de novas fontes de energia no processo produtivo. As grandes empresas passaram a investir significativamente em produções científicas, visando desenvolver novas técnicas de produção. Ouve neste período um grande avanço da siderurgia e indústria mecânica graças ao aperfeiçoamento da fabricação do aço. Na indústria química e petroquímica, com a descobertade novos elementos e materiais. No setor automobilístico e aeronáutico, houve grande avanço devido aos combustíveis oriundos do petróleo, possibilitando sua expansão e a dinamização dos transportes. E aumento da qualidade de vida da população devido ao uso da eletricidade. Com o crescente aumento de produção e a industrialização expandindo-se para outros países, acirrou-se a concorrência. Havia cada vez mais a necessidade de garantir novos mercados consumidores, novas fontes de matéria primas e novas áreas para investimentos lucrativos. Foi neste contexto que ocorreu a expansão imperialista europeia na África e na Ásia. Na Conferência de Berlim (1884 – 1885) as potências europeias retalharam o continente africano. A partilha imperialista consolidou a DIT (Divisão Internacional do Trabalho), onde as colônias se especializaram em fornecer matéria prima baratas para os países que se industrializavam. Condicionando-as a subordinação econômica. A expansão do mercado de capitais é uma marca do capitalismo financeiro. Nos Estados Unidos se consolidou um grande mercado de capitais. As empresas foram aumentando seus capitais através da venda de ações em bolsas de valores. Permitindo assim, a formação de enormes corporações. A política imperialista norte americana é diferenciada da política imperialista europeia. A europeia usava as colônias africanas como uma continuidade do território das potências imperialistas, levando a um controle político e militar direto. Enquanto os norte-americanos exerciam um controle indireto (América para os Americanos), patrocinando golpes de estado e apoiando a ascensão de ditadores locais favoráveis ao EUA. Neste momento torna-se cada vez mais difícil distinguir o capital industrial do capital bancário. Uma melhor denominação passa a ser então o capital financeiro. Sendo assim, os bancos passam a ter um papel importante como financiadores de produção. Onde banco incorporam indústrias, que, por sua vez, incorporam ou criam bancos para lhes dar suporte financeiro. O liberalismo permanece apenas como ideologia capitalista, pois o mercado passa a ser dominado por grandes corporações em substituição à livre concorrência e ao livre mercado, característica da fase industrial, na qual havia um predomínio de empresas menores. O Estado, passa a intervir na economia como agente planejador, coordenador, produtor ou empresário. Em 1929 apesar de o capitalismo financeiro crescer houve uma grande crise, que levou milhares de bancos e industrias a falência, causando até 1933 quatorze milhões de desempregados. Essa crise se deu devido à grande produção industrial e agrícola, mas pouca expansão do mercado de consumo externo; a indústria europeia passa a importar menos e exportar menos dos Estados Unidos; exagerada especulação com ações na bolsa de valores. Porém acreditava-se, segundo os preceitos liberais, que o Estado não deveria se interferir na economia. Mas em 1933 foi elaborado e colocado em prática o New Deal, pelo presidente Franklin Roosevelt. Foi um plano de obras públicas, com o objetivo de acabar com o desemprego, sendo este plano fundamental para melhorar a economia norte-americana. Este é um clássico exemplo de intervenção na economia, e foi fundamental para a recuperação da economia norte americana. Esta política de intervenção estatal na economia foi conhecida como Keynesianismo. Nesse momento, cada setor da economia passa a ter o predomínio de alguns grandes grupos (trustes). Quando os trustes, ou empresas de menor porte fazem um acordo entre si estabelecendo um preço comum, para inviabilizar a concorrência, forma-se um cartel. Keynesianismo – política de intervenção estatal numa economia oligopolizada. Recebeu este nome porque seu principal teórico e defensor foi John M. Keynes. Trustes – grandes grupos que controlam todas as etapas da produção, desde a retirada de matéria-prima da natureza até a distribuição das mercadorias. Cartel – associação entre empresas para uma atuação coordenada, estabelecendo um preço comum, restringindo a livre concorrência. Geralmente elevam o preço em comum. Surgiram também através dos trustes os conglomerados. Eles são corporações que atuam no capitalismo monopolista. Resultantes de uma grande ampliação e diversificação dos negócios, visam dominar a oferta de determinados produtos e serviços no mercado. Um dos maiores conglomerados do mundo é o Mitsubishi Group, que fabrica desde alimentos, automóveis, aço, aparelhos de som, televisores, navios, aviões e etc. O Mitsubishi tem como financiador o banco Mitsubishi, que após a sua fusão, Tokyo-Mitsubishi, se tornou o maior do planeta. No Brasil, também há conglomerados importantes, como: A Petrobrás, a Companhia do Vale do Rio Doce, a Votorantim, Ambev, Gerdau, etc. Após a Segunda Guerra Mundial, as antigas potencias europeias foram entrando num processo de decadência, perdendo seus domínios coloniais na Ásia e África. Esse período pós-guerra, foi o início do atual processo de globalização da economia. Onde houve principalmente a emergência das duas superpotências: os Estados Unidos e a União Soviética. O Capitalismo Informacional Com o advento da terceira revolução industrial, também conhecida como meio- técnico-científico-informacional, o capitalismo atinge sua fase informacional-global. A partir dos anos 1970, disseminaram-se empresas, instituições e diversas tecnologias responsáveis pelo crescente aumento da produtividade econômica e pela aceleração dos fluxos de capitais, de mercadorias, de informações, robôs, comutadores, satélites, internet e de pessoas. Nesta etapa de desenvolvimento, o capitalismo continua industrial e financeiro. Industrial porque novas tecnologias empregadas no processo produtivo, permitem grande aumento da produtividade. E financeira, por causa da desmaterialização do dinheiro, que, em vez de circular fisicamente, cada vez mais é transformado em bits de computador, circulando rapidamente pelo sistema financeiro globalizado. Porém, a característica principal dessa etapa de desenvolvimento capitalista é a crescente importância do conhecimento. As revoluções anteriores foram movidas a energia – a primeira a carvão, e a segunda a petróleo e eletricidade, mas a revolução em curso é movida a conhecimento. A globalização é o atual momento da expansão capitalista. Pode-se afirmar que ela está para o capitalismo informacional assim como o colonialismo esteve para sua etapa comercial ou o imperialismo para o final da fase industrial e início da financeira. Está é a razão de, como o processo de globalização, haver se disseminado, com base no governo norte-americano e em instituições por ele controladas, como FMI e Banco Mundial, o neoliberalismo, que se contrapõe ao Keynesianismo. Por este motivo, os países em desenvolvimento têm sido pressionado, até para poderem obter novos empréstimos internacionais do FMI, a adotar medidas, como a redução do papel do Estado na produção com a privatização de empresas estatais, abertura de mercado a produtos importados e flexibilização da legislação trabalhista. As políticas neoliberais tem imposto perdas aos trabalhadores, como reformas previdenciárias e cortes nos gastos sociais, por exemplo. Na era da globalização, a expansão capitalista é silenciosa, sutil e eficaz. Trata-se de uma “invasão” de mercadorias, capitais, serviços, informações, pessoas. As “novas armas” são a agilidade e a eficiência das comunicações, dos transportes e do processamento de informações, graças aos satélites de comunicação, à informática, aos telefones fixos e celulares, aos aparelhos de fax, aos enormes e rápidos aviões, super navios petroleiros e graneleiros e aos trens de alta velocidade. Fluxo de capitais especulativos Outra invasão típica da globalização é a dos capitais especulativos de curto prazo conhecidos como Smart Money (dinheiro esperto) ou Hot Money (dinheiro quente), que, ávidospor lucratividade, movimenta-se com grande rapidez pelo sistema financeiro on-line. Exemplo. O dinheiro que pertencem a milhões de investidores de poupança ou fundo de pensão, para garantir sua aposentadoria, é transferida de um mercado para outro, de um país para outro, sempre em busca das mais altas taxas de juros ou de maior segurança. Os administradores desses capitais, como bancos de investimentos e corretoras, fundos de pensão, não estão interessados em investir em produção, pois seu retorno é demorado, eles realizam investimentos de curto prazo nos mercados mais rentáveis. Quando esses mercados se tornam inviáveis e menos atrativos aos investidores, os capitais são rapidamente transferidos e esses países entram em crise financeira. Fluxo de capitais produtivos A entrada de capitais produtivos é mais demoradas porquê são investimentos de longo prazo, por isso menos suscetíveis às oscilações repentinas do mercado. Esses capitais são aplicados num território em busca de lucros, que podem ser resultantes de custos menores de produção, baixos custos dos transportes ou dos fretes, proximidade dos mercados consumidores e facilidade em driblar barreiras protecionistas. Todos esses fatores permitem a expansão dos mercados para esses capitais, gerando, portanto, maiores lucros. Ver tabela página 180. A expansão das Multinacionais Superada a destruição gerada pela segunda guerra mundial, a economia voltou a crescer aceleradamente. As empresas dos países industrializados assumiram proporções ainda maiores que na época dos trustes. Tornaram-se grandes conglomerados e se expandiram pelo mundo, ultrapassando as fronteiras dos países em que se desenvolveram, nos quais estão suas matrizes. Transformaram-se em empresas multinacionais e se encarregaram de globalizar, gradativamente, não somente a produção, mas também o consumo. Paralelamente a globalização da produção e do consumo, ocorre a intensificação do fluxo de viajantes pelo mundo (a negócio, a turismo, a lazer ou imigrando) acompanhada de uma “invasão” cultural, constituída, pelo menos em sua forma hegemônica, de uma cultura de massas que se origina sobretudo nos Estados Unidos, a nação mais poderosa e influente do planeta. A “American way of life” (o “modo norte-americano de vida”) é difundido no mundo inteiro através da mídia. Considerações Finais: A globalização abarca o espaço geográfico mundial de forma bastante desigual, pois alguns países e regiões estão mais integrados que outros. Os fluxos se dão em rede, mas os lugares que apresentam as melhores infra-estrutura e o maior poder aquisitivo são privilegiados. Esses lugares estão sobretudo nas cidades globais*. O termo "cidade global" é usado quando fazemos uma análise qualitativa da cidade, referindo-nos ao seu grau de influência sobre outros centros urbanos, em diferentes partes do globo. Uma cidade global, portanto, caracteriza-se como uma metrópole, porém sua área de influência não é apenas uma região ou um país, mas parte considerável de nosso planeta. É por isso que as cidades globais também são denominadas "metrópoles mundiais". Conforme alguns estudos demonstram, para a cidade ser considerada "global" é fundamental levarmos em conta suas atividades financeiras, administrativas, científicas e no campo da informação, o que vincula tais centros urbanos à sua influência regional, nacional ou mundial. Assim, uma cidade global deve apresentar: a) sedes de grandes companhias, como conglomerados e multinacionais; b) bolsa de valores que possua influência na economia mundial; c) grau sofisticado de serviços urbanos; d) setor de telecomunicações amplo e tecnologicamente avançado; e) centros universitários e de pesquisa de alta tecnologia; f) diversidade e qualidade das redes internas de transporte (vias expressas, rodovias e transporte público); g) portos e aeroportos modernos que liguem a cidade a qualquer ponto do globo. Exercícios 1- À medida que avança a globalização da economia internacional, o mundo se torna cada vez mais competitivo, demonstrando o interesse das potências no enriquecimento e a exploração ampla sobre os países periféricos. Com base no sistema capitalista e suas características gerais, responda as características abaixo: a) Explique o que vem a ser mobilidade social. b) Determine o que vem ser livre iniciativa e dê exemplos. 2- A primeira grande fase do sistema capitalista foi o capitalismo comercial, que se desenvolveu nos séculos XVI e XVII. Essa fase foi marcada geopoliticamente (estratégia espacial) pelo Pacto Colonial e o Mercantilismo. -Explique como ocorria o Pacto Colonial e quais foram as regiões beneficiadas e prejudicadas por esse acordo. 3- Sobre o sistema capitalista, analise as alternativas abaixo, destacando a alternativa correta: a) A propriedade pertence ao Estado. b) Só existe um partido- monopartidarismo. c) Só existe uma classe social, onde todos ganham em média os mesmos salários. d) Fechado para a participação política, ou seja, ninguém possui o direito a votar. e) Visa ao lucro e a propriedade é privada, pertence a uma pessoa ou grupo de pessoas. 04- Se considerarmos o processo de desenvolvimento do capitalismo, podemos dizer que ele foi respectivamente: a) industrial, financeiro e comercial b) comercial, industrial e financeiro c) liberal, industrial e comercial d) financeiro, imperialista e comercial 05- No capitalismo financeiro o mercado passa a ser: a) liberal b) imperialista c) oligopolizado d) colonial Some as alternativas corretas e dê o resultado indicando quais as corretas: 06- (UEM – Inverno 2008) É correto afirmar que acompanham ou são consequências da atual fase de internacionalização da economia os seguintes fenômenos: 01) a reestruturação produtiva, que se refere ao conjunto das transformações que ocorreu nas tecnologias e nas relações de produção, causando, entre outros, o desaparecimento de algumas profissões e o desemprego estrutural. 02) o acirramento da competição tecnológica, que tem reordenado o padrão de acumulação capitalista e gerado grandes corporações globais, por meio de fusões de empresas que operam em um determinado setor econômico. 04) a alta rotatividade da mão-de-obra e formas mais flexíveis e precárias de contrato entre empregadores e empregados. 08) o fortalecimento das organizações sindicais, que têm assumido papel decisivo no conteúdo das mudanças em curso no mundo do trabalho. 16) o afrouxamento das leis contra imigração, já que os países mais ricos necessitam da mão-de-obra originária dos países que estão em uma posição econômica subordinada. 07- (UEM – Inverno 2008) Sobre as relações produtivas desenvolvidas por diferentes grupos sociais ao longo da história, assinale o que for correto. 01) Nas sociedades tribais, o trabalho humano está relacionado apenas à satisfação das necessidades básicas do homem, como, por exemplo, garantir a alimentação e o abrigo. Por isso, nesses casos, os processos de trabalho não geram relações propriamente sociais. 02) Segundo muitos autores, para alcançar a sua subsistência, nem todos os grupos humanos viveram de atividades produtivas, como ocorreu historicamente nas sociedades de pescadores, de coletores e de caçadores. 04) Alguns antropólogos afirmam que grupos indígenas, como os ianomâmis, podem ser considerados “sociedades de abundância”, pois dedicam poucas horas diárias às atividades produtivas, mas, apesar disso, têm suas necessidades materiais satisfeitas. Tais necessidades não são crescentes, como ocorre nas sociedades capitalistas. 08) Na sociedade feudal, a terra era o principal meio de produção, porém os direitos sobre ela pertenciam aos senhores. Os camponeses e os servos nunca podiam decidir o que produzir, para quem e quando trocar o fruto do seu trabalho. 16) O modo de produção escravista colonial que ocorreu no Brasil tinha as seguintes características principais:economia voltada para o mercado externo baseada no latifúndio, troca de matérias-primas por produtos manufaturados da metrópole e fraco controle da colônia sobre a comercialização. 08- (UEM – Inverno 2008) Considerando que a produção e a circulação de bens e de serviços são o resultado da combinação de trabalho, matéria-prima e instrumentos de produção, assinale o que for correto. 01) Para Karl Marx, no capitalismo, os trabalhadores encontram-se alienados pelo fato de não se apropriarem dos resultados do seu trabalho nem controlarem o processo produtivo. 02) Na produção capitalista contemporânea, a ciência e a tecnologia tornaram-se forças produtivas e agentes de acumulação do capital. 04) As atividades relacionadas às artes e à atividade intelectual não podem ser consideradas trabalho, pois não produzem riqueza material. 08) No modo de produção asiático, os escravos e os camponeses entregavam a sua produção ao Estado, porém o excedente da produção era dividido igualmente por toda a população. 16) A partir das mudanças ocorridas em seu processo de produção, o sistema feudal entrou em declínio, assim, os países europeus predominantemente agrários lentamente se transformaram em urbano-industriais. 09- (UEM – verão 2008) A respeito da organização do processo produtivo na economia capitalista no período pós Segunda Guerra Mundial, assinale o que for correto. 01) A concentração espacial das distintas etapas do processo produtivo, o forte controle sobre elas e a acentuada hierarquização das funções constituem características do denominado modelo fordista. 02) Pode-se dizer que o toyotismo foi uma resposta à crise da economia capitalista mundial manifesta na década de 1970. Ele se caracterizou, entre outros fatores, pela exigência de maior versatilidade dos trabalhadores para o desempenho das funções. 04) O período em que vigorou hegemonicamente o modelo fordista foi acompanhado pela expansão dos serviços públicos. Nos países de capitalismo central, essa expansão produziu o denominado Estado de bem estar social. 08) O fordismo caracterizou-se por métodos que procuraram fazer que os próprios operários internalizassem a disciplina de trabalho necessária para a acumulação capitalista. Assim, dispensou a necessidade de várias funções intermediárias do processo produtivo. 16) Embora distintos, o fordismo e o toyotismo coincidiram, igualmente, com períodos de enfraquecimento das organizações sindicais dos trabalhadores. 10- (UEL – 2004) “No tempo em que os sindicatos eram fortes, os trabalhadores podiam se queixar do excesso de velocidade na linha de produção e do índice de acidentes sem medo de serem despedidos. Agora, apenas um terço dos funcionários da IBP [empresa alimentícia norte-americana] pertence a algum sindicato. A maioria dos não sindicalizados é imigrante recente; vários estão no país ilegalmente; e no geral podem ser despedidos sem aviso prévio por seja qual for o motivo. Não é um arranjo que encoraje ninguém a fazer queixa. [...] A velocidade das linhas de produção e o baixo custo trabalhista das fábricas não sindicalizadas da IBP são agora o padrão de toda indústria.” (SCHLOSSER, Eric. País Fast- Food. São Paulo: Ática, 2002. p. 221.) No texto, o autor aborda a universalização, no campo industrial, dos empregos do tipo Mcjobs “McEmprego”, comuns em empresas Fast-Food. Assinale a alternativa que apresenta somente características desse tipo de emprego. a) Alta remuneração da força-de-trabalho adequada à especialização exigida pelo processo de produção automatizado. b) Alta informalidade relacionada a um ambiente de estabilidade e solidariedade no espaço da empresa. c) Baixa automatização num sistema de grande responsabilidade e de pequena divisão do trabalho. d) Altas taxas de sindicalização entre os trabalhadores aliadas a grandes oportunidades de avanço na carreira. Globalização Globalização é um conjunto de transformações na ordem política e econômica mundial visíveis desde o final do século XX. Trata-se de um fenômeno que criou pontos em comum na vertente econômica, social, cultural e política, e que consequentemente tornou o mundo interligado. O processo de globalização é a forma como os mercados de diferentes países interagem e aproximam pessoas e mercadorias. A quebra de fronteiras gerou uma expansão capitalista onde foi possível realizar transações financeiras e expandir os negócios - até então restritos ao mercado interno - para mercados distantes e com as inovações nas áreas das telecomunicações e da informática (especialmente com a Internet) as distâncias se tornaram relativas e a construção de uma “aldeia global” foi se tornando uma realidade. O surgimento dos blocos econômicos e o enfraquecimento do poder de alguns governos nacionais foi resultado desse processo de integração que aumenta a competitividade e reduz a soberania dos Estados. O impacto exercido pela globalização no mercado de trabalho, no comércio internacional, na liberdade de movimentação e na qualidade de vida da população varia a intensidade de acordo com o nível de desenvolvimento das nações. Existem duas faces do processo de globalização: uma cultural, que impõe um modo de vida baseado em hábitos e costumes ocidentais, ou o chamado “american way of life” (modo de vida norte-americano), o qual é a base da sociedade capitalista ou sociedade de consumo e tende tornar o hábito de comprar em uma necessidade social, tornando mais fácil a massificação a outra face do processo, a econômica. Inserção desigual dos países na economia mundial Os países não se inserem na economia mundial da mesma maneira. O atraso econômico de muitos países é resultado de um processo histórico. O crescimento econômico das nações nos últimos séculos se confunde com a própria história do desenvolvimento do capitalismo, que desde o século XVI estabeleceu uma divisão internacional do trabalho. Os países dominantes ficavam com a maior parte da riqueza produzida, enquanto as colônias tinham a função de contribuir para a acumulação de capital nas metrópoles. A economia capitalista se desenvolveu concentrando riqueza e poder nas mãos das elites, principalmente das potências dominantes, criando em contrapartida regiões pouco desenvolvidas economicamente e pouco industrializadas, chamadas a partir da segunda metade do século XX de subdesenvolvidas. Esse termo tem sido questionado, pois a maior parte dos países chamados de subdesenvolvidos esteve durante muito tempo na condição de colônia, e a exploração de seus recursos naturais e humanos impediu o seu crescimento econômico e seu desenvolvimento social. Ou seja, dentro de um mesmo processo, o crescimento econômico de uns foi conseguido em detrimento de outros. Podemos dizer que as desigualdades econômicas e sociais dividem o mundo em dois grandes grupos: o dos países ricos, mais industrializados, desenvolvidos, com menores problemas sociais, e o dos países pobres, menos industrializados, que contam com inúmeros problemas sociais, incluindo enorme quantidade de pessoas que vivem em precárias condições de vida. Esses grupos não são homogêneos, apresentando grandes diferenças. Grandes conjuntos de países Muitos países subdesenvolvidos, após a Segunda Guerra Mundial, passaram a investir na indústria, ficando conhecidos como países em desenvolvimento. Como a Primeira Revolução Industrial ocorreu no século XVIII e a Segunda Revolução Industrial no século XIX, esse processo é considerado industrialização tardia ou retardatária. É o caso do Brasil, México, Argentina e Tigres Asiáticos (Coreia do Sul, Taiwan, Cingapura e Hong Kong, na China). Os países ricos e pobres já receberam diversas denominações. Uma delas, a partir da década de 1980, refere-se à localizaçãogeográfica. Os mais desenvolvidos passaram a ser chamados de países do Norte, pois na sua maior parte encontram- se no hemisfério norte. Os subdesenvolvidos, localizados majoritariamente no hemisfério sul, ficaram conhecidos como países do Sul. Mais recentemente, com a expansão e a internacionalização dos mercados, os países foram divididos em países centrais, mercados emergentes (ou semiperiféricos) e países periféricos. Em parte dos países subdesenvolvidos (Brasil, México e Argentina), o processo de industrialização apoiou-se no modelo de substituição de importações, que incluía a proteção do mercado interno, a proibição da entrada de manufaturados estrangeiros e o fortalecimento de indústrias locais (nacionais e transnacionais). Outros países, como os Tigres Asiáticos, industrializaram- se a partir do modelo de plataformas de exportação, no qual empresas transnacionais se instalam no país e passam a exportar sua produção para outros países, onde o produto final é montado. Exercícios 1. (UESC) A análise da charge e os conhecimentos sobre o Estado-Nação, na contemporaneidade, permitem afirmar: a) A globalização tirou dos Estados-Nação a capacidade de controlar os instrumentos de economia política, tendo como suporte o neoliberalismo. b) O Estado-Nação, na contemporaneidade, impede a concorrência de qualquer outra esfera de poder dentro dos limites da sua sociedade. c) Os limites territoriais dos Estados-Nação estão perdendo importância, devido ao processo de globalização econômica, às correntes migratórias entre continentes e ao desenvolvimento das tecnologias de informação e comunicação. d) Os conflitos armados, nos países de regime totalitário e ditatorial, projetam-se como solução, diante da concreta dissolução dos Estados-Nação. e) A inserção dos Estados nacionais emergentes na nova ordem multipolar está sendo dificultada, em razão da baixa competitividade na atual fase da transnacionalização do capitalismo planetário. 2. (PUCSP) “Quatro grandes desafios da 'regionalização' [MERCOSUL, p. ex.]: 1. Limitar a erosão a que está sendo submetido o Estado, mediante a recuperação da capacidade de regulação; 2. Recuperar o papel da acumulação capitalista nacional (privada e estatal), em relação à acumulação mundializada (corporações transnacionais) [...] para o desenvolvimento nacional; 3. Fortalecer o papel do setor privado nacional, com o propósito de que este se converta no ator modernizador, dinâmico e transformador [...]; 4. Reverter as condições estruturais de subdesenvolvimento e enfrentar as tendências objetivas negativas da globalização.” (Raúl BERNAL-MEZA. America del Sur en el sistema mundial hacia el siglo XXI [América do Sul no sistema mundial, no século XXI]. In: LIMA, Marcos Costa. O lugar da América do Sul na nova ordem mundial. São Paulo: Cortez Editora, 2001.) Tendo como referência o texto e a relação do processo de integração regional com o processo de globalização pode ser dito que a) não existe incompatibilidade entre os dois processos, e que, embora haja por vezes alguma contradição, os dois processos são, na essência, complementares. b) o caminho para a superação do subdesenvolvimento é o da associação de capitais nacionais, com capitais de escala global, no âmbito dos mercados regionais integrados. c) a globalização enfraquece os Estados nacionais e submete os capitais nacionais a regimes competitivos difíceis, o que pode ser combatido com mercados regionais regulamentados. d) a regulamentação imposta pela globalização tem sido positiva para os Estados nacionais, pois estes estavam se enfraquecendo como gestores econômicos e como referências políticas. e) a regionalização é uma ação antiglobalização, que termina sendo uma ação antiacumulação do capital, a favor da presença dominante do Estado no processo produtivo. 3. (UFSM) Em seu livro Jihad vs. McWorld, Benjamin Barber foi incrivelmente profético ao descrever nosso mundo complicado, em que dois cenários aparentemente contraditórios desenrolam-se simultaneamente: um, onde 'cultura é lançada contra cultura,pessoas contra pessoas, tribos contra tribos' e outro, onde 'ímpeto de forças econômicas, tecnológicas e ecológicas (...) exigem integração e uniformidade e (...) hipnotizam as pessoas em todo o planeta com o universo fast de música, computador, comida (...), um McMundo unido pela comunicação, informação, entretenimento, comércio'.'' WORLDWATCH INSTITUTE. Estado do mundo. 2004. Salvador: Uma, 2004. p. 179. O texto e a figura compõem um quadro que aponta para uma das contradições socioeconômicas mais marcantes da globalização. São elementos constituintes dessa contradição: a) Intensa homogeneização do espaço - eliminação de culturas tradicionais. b) Democracia nos países ricos - autoritarismo e desorganização da sociedade civil nas nações subdesenvolvidas. c) Incentivo à integração econômica - fragmentação política pelo nacionalismo. d) Poder das empresas globais - popularização dos sistemas de transportes em massa. e) Universalização de produtos e facilidade de circulação de riqueza - diferenciação de ritmo e intensidade dos países e das populações na globalização. 4. (UFSM) Observe a figura. A análise da charge permite inferir: a) Para alguns povos, a revolução técnico-científica trouxe poucos benefícios e aprofundou as diferenças entre as classes sociais. b) A incorporação rápida da alta tecnologia e a integração de diferentes culturas em tempo real permitem padrões culturais e hábitos de consumo globalizados. c) A agricultura dos países subdesenvolvidos ainda se caracteriza pelas formas mais rudimentares de produção sem implantação de técnicas mais avançadas, causando escassez de alimentos no mundo. d) A globalização tende a romper fronteiras de todo tipo, universalizando e democratizando o consumo, alterando costumes e integrando os povos. e) Com os avanços tecnológicos, a produção deixa de ser local para ser mundial, o que também ocorre com o consumo, uma vez que os produtos são oferecidos à venda nos mais diversos recantos do planeta. 5. (UFSM) Considerando a Sociedade de Consumo, assinale verdadeira (V) ou falsa (F) nas afirmativas a seguir. ( ) As diferenças nas condições de vida da população se expressam no território, pois apesar da expansão e diversificação dos consumos materiais e imateriais, o acesso aos bens é desigual. ( ) A expansão do consumo, devido à emergência de necessidades criadas pelas novas tecnologias, se efetivou a despeito da ampliação das formas de crédito e do sistema financeiro em geral. ( ) Os hábitos de consumo são criados a partir de uma ideologia da modernidade, estimulada pela propaganda e pelos meios de comunicação, que impõem racionalidades e também fabrica um imaginário. ( ) Paralelamente à expansão de consumo de bens tecnológicos e informacionais, retraem- se as formas tradicionais representadas pelo consumo de viagem, turismo e lazer, saúde e educação, além dos consumos culturais e religiosos. A sequência correta é a) V - F - V - F. b) V - V - V - F. c) F - F - F - V. d) F - F - V - V. e) V - V - F - V.
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