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Capitalismo e globalização - Geografia

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ESTADO DE SANTA CATARINA 
Secretaria de Estado da Educação 
25º Coordenadoria Regional de Educação de São Bento do Sul 
EEB JORGE ZIPPERER 
 
ALUNO (A): _________________________________________________3º ano médio 
Professora Karoliny – Geografia 
 
PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DO CAPITALISMO 
As fases do capitalismo 
 
O início do capitalismo ocorreu no século XIII, a partir da desestruturação do sistema 
feudal, que por sua vez modificou o setor produtivo e as relações de trabalho, nesse 
momento houve o renascimento comercial que ficou caracterizado pela transição do 
feudalismo para o capitalismo. 
O capitalismo passou a ser dominante no mundo ocidental a partir do século XVI. A 
transição que houve do feudalismo para o capitalismo foi bastante desigual; foi mais rápida 
na parte ocidental da Europa e mais lenta na parte central e oriental. A transição foi bem 
mais acelerada no Reino Unido, do que nos outros países. 
O capitalismo foi se evoluindo gradativamente, aos poucos foi se sobrepondo sobre 
outras formas de produção, até ter sua hegemonia, que ocorreu em sua fase industrial. 
Considerando seu processo de desenvolvimento, pode-se dividir o capitalismo em 3 fases: 
capitalismo comercial, industrial e financeiro. 
 
O Capitalismo Comercial 
 
Essa etapa do capitalismo se estendeu do século XV até XVIII. Houve uma expansão 
de potencias, como Espanha e Portugal, que tinham como objetivo descobrir uma nova rota 
para as Índias, e tirar a supremacia da Itália no comércio com o Oriente, através do 
Mediterrâneo. Foi uma época marcada por Grandes Navegações e descobrimentos, mas 
também de escravidão e genocídios de muitos nativos da América e África. Os europeus 
comandaram esse processo de colonização e exploração. Esse termo capitalismo comercial 
se deu porque o acúmulo de riquezas ocorreu por meio do comércio. A economia nesse 
período funcionava sob a intervenção governamental, pois promover e aumentar o poder do 
Estado. A riqueza e o poder de um país era medido pela quantidade de ouro, prata e pedras 
preciosas. Durante o capitalismo comercial tudo que pudesse ser vendido como lucro virava 
mercadoria na mão dos comerciantes europeus. O negócio mais lucrativo foi o tráfico de 
escravos negros. Neste período também se acumulava riquezas tendo uma balança 
comercial favorável, ou seja, mais exportar do que importar. As colônias garantiam grande 
lucro, visto que eram obrigadas a vender os seus produtos por preços baixos, e comprar das 
metrópoles coisas que necessitavam por preços altos. Essa fase foi fundamental para se 
desenvolver o capitalismo, pois permitiu o grande acúmulo de capitais na mão da burguesia 
europeia. Essa acumulação inicial de capitais criou condições, no Reino Unido e depois em 
outros países, para que ocorresse a Revolução Industrial. 
 
Capitalismo Industrial 
 
O capitalismo industrial foi marcado por transformações na economia, na sociedade, 
na política e cultura. Uma de suas características mais importantes foi a de transformar da 
natureza, uma quantidade bem maior de produtos aos consumidores, o que multiplicava o 
lucro dos produtores. Foi o período de introdução de técnicas no espaço, que levou a 
 
profundas mudanças no âmbito da geografia. A essência do sistema não era mais o 
comércio. O bom lucro vinha da produção de mercadorias. 
O mecanismos da exploração capitalista foi chamada por Karl Marx de mais valia. 
Mais valia: o trabalhador assalariado recebe uma remuneração por cada jornada de 
trabalho. Mas o trabalhador produz um valor maior do que aquele que recebe em forma de 
salário. Essa parte de trabalho não pago fica no bolso dos donos das fábricas, minas e etc. 
Assim todo produto vendido traz uma parte que não é paga aos trabalhadores, permitindo o 
acúmulo de capitais. 
Por isso que o regime assalariado é a melhor forma de trabalho no capitalismo. O 
trabalhador assalariado além de produzir mais, tem condições de comprar os produtos. Com 
isso a escravidão foi “extinta” quando o trabalhador assalariado começou a predominar. 
Com o aumento da produção também houve o aumento da necessidade de mão-de-
obra, energia, matéria-prima e mercado para os seus produtos. A industrialização estava não 
só no Reino Unido, mas também se expandindo para o restante da Europa para os Estados 
Unidos, Canadá e até mesmo incipiente no Japão. Nessa nova fase do capitalismo a 
burguesia industrial, ao contrário da fase comercial passou a ser um empecilho. Consolidou-
se uma nova doutrina econômica, o liberalismo. 
*** Importante!! 
Liberalismo Econômico: Adam Smith defendia o indivíduo contra o poder do Estado e 
acreditava que cada um, ao buscar seu próprio interesse econômico, contribuiria para o 
interesse coletivo de modo mais eficiente. Por isso era contrário à intervenção do Estado na 
economia e defendia a “mão invisível” do mercado, ideia que foi expressa pelas palavras 
francesas “laissez-faire, laissez-passer” (deixa fazer, deixa passar), ou seja, a eliminação 
das interferências do Estado em assuntos econômicos. 
 
Mudanças importantes estavam ocorrendo: a produtividade e a capacidade de 
produção aumentavam rapidamente; e a produção em série crescia. Na segunda metade do 
século XIX, estava acontecendo a Segunda Revolução Industrial. Um dos aspectos 
importantes desse período foi a introdução de tecnologias e novas fontes de energia, passou 
a haver um interesse para a pesquisa cientifica com o objetivo de desenvolver novas e 
melhores técnicas de produção. 
A descoberta da eletricidade beneficiou não só as industriais como a sociedade em 
geral, melhorando a qualidade de vida. Com o desenvolvimento do motor, e utilização de 
combustíveis derivados do petróleo, foi aberta novas formas de transporte. 
Com o grande aumento da produção, houve também competição para se ganhar 
mercados consumidores e novas fontes de matérias-primas. 
Foi nessa época que ocorreu a expansão imperialista na África e Ásia. Esses 
continentes foram partilhados entre os países imperialistas. Com essa partilha consolidou-
se a divisão internacional do trabalho, em que as colônias se especializavam em fornecer 
matérias-primas com o preço bem barato aos países que estavam se industrializando. 
Nessa época surge uma potência industrial fora da Europa, os Estados Unidos. Eles 
adotaram o lema „A América para os americanos ‟. Os Estados Unidos tinham como área de 
influência econômica e política a América Latina. 
Em fins do século XIX também começou a surgir o Japão como potência. Passou a 
disputar territórios com as potencias europeias, principalmente o território da China. 
Apesar de a primeira metade do século XX ser marcada por avanços tecnológicos, foi 
também um período de instabilidade econômica e geopolítica. Houve a Primeira Guerra 
Mundial, Revolução Russa, Grande Depressão e a Segunda Guerra Mundial. Em poucas 
décadas o capitalismo passou por crises e transformações. 
 
Capitalismo Financeiro 
 
 
Com o crescimento acelerado do capitalismo passou a surgir e crescer 
rapidamente várias empresas (bancos, indústrias, corretoras de valores, casas 
comerciais, etc.) por causa do processo de concentração e centralização de capitais. 
A grande concorrência favoreceu as grandes empresas, levando a fusões e 
incorporações resultando na formação de monopólios ou oligopólios em muitos 
setores da economia. 
Muitas corporações da atualidade, foram fundadas nesta época: Coca-Cola (EUA-
1886), Fiat (Itália- 1899), IBM (EUA1911), Siemens (Alemanha- 1847) e outras. 
Uma característica marcante desta fase foi a implantação de novas tecnologias e do 
uso de novas fontes de energia no processo produtivo. As grandes empresas passaram a 
investir significativamente em produções científicas, visando desenvolver novas técnicas de 
produção. 
Ouve neste período um grande avanço da siderurgia e indústria mecânica graças ao 
aperfeiçoamento da fabricação do aço. Na indústria química e petroquímica, com a 
descobertade novos elementos e materiais. No setor automobilístico e aeronáutico, houve 
grande avanço devido aos combustíveis oriundos do petróleo, possibilitando sua expansão 
e a dinamização dos transportes. E aumento da qualidade de vida da população devido ao 
uso da eletricidade. 
Com o crescente aumento de produção e a industrialização expandindo-se para 
outros países, acirrou-se a concorrência. Havia cada vez mais a necessidade de garantir 
novos mercados consumidores, novas fontes de matéria primas e novas áreas para 
investimentos lucrativos. 
Foi neste contexto que ocorreu a expansão imperialista europeia na África e na Ásia. 
Na Conferência de Berlim (1884 – 1885) as potências europeias retalharam o continente 
africano. 
 A partilha imperialista consolidou a DIT (Divisão Internacional do Trabalho), onde as 
colônias se especializaram em fornecer matéria prima baratas para os países que se 
industrializavam. Condicionando-as a subordinação econômica. 
A expansão do mercado de capitais é uma marca do capitalismo financeiro. Nos 
Estados Unidos se consolidou um grande mercado de capitais. As empresas foram 
aumentando seus capitais através da venda de ações em bolsas de valores. Permitindo 
assim, a formação de enormes corporações. 
A política imperialista norte americana é diferenciada da política imperialista europeia. 
A europeia usava as colônias africanas como uma continuidade do território das potências 
imperialistas, levando a um controle político e militar direto. Enquanto os norte-americanos 
exerciam um controle indireto (América para os Americanos), patrocinando golpes de estado 
e apoiando a ascensão de ditadores locais favoráveis ao EUA. 
Neste momento torna-se cada vez mais difícil distinguir o capital industrial do capital 
bancário. Uma melhor denominação passa a ser então o capital financeiro. Sendo assim, os 
bancos passam a ter um papel importante como financiadores de produção. Onde banco 
incorporam indústrias, que, por sua vez, incorporam ou criam bancos para lhes dar suporte 
financeiro. 
O liberalismo permanece apenas como ideologia capitalista, pois o mercado passa a 
ser dominado por grandes corporações em substituição à livre concorrência e ao livre 
mercado, característica da fase industrial, na qual havia um predomínio de empresas 
menores. O Estado, passa a intervir na economia como agente planejador, coordenador, 
produtor ou empresário. 
 Em 1929 apesar de o capitalismo financeiro crescer houve uma grande crise, que 
levou milhares de bancos e industrias a falência, causando até 1933 quatorze milhões de 
desempregados. Essa crise se deu devido à grande produção industrial e agrícola, mas 
 
pouca expansão do mercado de consumo externo; a indústria europeia passa a importar 
menos e exportar menos dos Estados Unidos; exagerada especulação com ações na bolsa 
de valores. Porém acreditava-se, segundo os preceitos liberais, que o Estado não deveria se 
interferir na economia. 
Mas em 1933 foi elaborado e colocado em prática o New Deal, pelo presidente 
Franklin Roosevelt. Foi um plano de obras públicas, com o objetivo de acabar com o 
desemprego, sendo este plano fundamental para melhorar a economia norte-americana. 
Este é um clássico exemplo de intervenção na economia, e foi fundamental para a 
recuperação da economia norte americana. 
Esta política de intervenção estatal na economia foi conhecida como Keynesianismo. 
Nesse momento, cada setor da economia passa a ter o predomínio de alguns grandes grupos 
(trustes). Quando os trustes, ou empresas de menor porte fazem um acordo entre si 
estabelecendo um preço comum, para inviabilizar a concorrência, forma-se um cartel. 
 Keynesianismo – política de intervenção estatal numa economia oligopolizada. 
Recebeu este nome porque seu principal teórico e defensor foi John M. Keynes. 
Trustes – grandes grupos que controlam todas as etapas da produção, desde a 
retirada de matéria-prima da natureza até a distribuição das mercadorias. 
Cartel – associação entre empresas para uma atuação coordenada, 
estabelecendo um preço comum, restringindo a livre concorrência. Geralmente 
elevam o preço em comum. 
 Surgiram também através dos trustes os conglomerados. Eles são corporações que 
atuam no capitalismo monopolista. Resultantes de uma grande ampliação e diversificação 
dos negócios, visam dominar a oferta de determinados produtos e serviços no mercado. 
Um dos maiores conglomerados do mundo é o Mitsubishi Group, que fabrica desde 
alimentos, automóveis, aço, aparelhos de som, televisores, navios, aviões e etc. O Mitsubishi 
tem como financiador o banco Mitsubishi, que após a sua fusão, Tokyo-Mitsubishi, se tornou 
o maior do planeta. 
No Brasil, também há conglomerados importantes, como: A Petrobrás, a Companhia 
do Vale do Rio Doce, a Votorantim, Ambev, Gerdau, etc. 
Após a Segunda Guerra Mundial, as antigas potencias europeias foram entrando num 
processo de decadência, perdendo seus domínios coloniais na Ásia e África. Esse período 
pós-guerra, foi o início do atual processo de globalização da economia. Onde houve 
principalmente a emergência das duas superpotências: os Estados Unidos e a União 
Soviética. 
 
O Capitalismo Informacional 
 
Com o advento da terceira revolução industrial, também conhecida como meio-
técnico-científico-informacional, o capitalismo atinge sua fase informacional-global. A partir 
dos anos 1970, disseminaram-se empresas, instituições e diversas tecnologias responsáveis 
pelo crescente aumento da produtividade econômica e pela aceleração dos fluxos de 
capitais, de mercadorias, de informações, robôs, comutadores, satélites, internet e de 
pessoas. 
Nesta etapa de desenvolvimento, o capitalismo continua industrial e financeiro. 
Industrial porque novas tecnologias empregadas no processo produtivo, permitem grande 
aumento da produtividade. E financeira, por causa da desmaterialização do dinheiro, que, 
em vez de circular fisicamente, cada vez mais é transformado em bits de computador, 
circulando rapidamente pelo sistema financeiro globalizado. Porém, a característica principal 
dessa etapa de desenvolvimento capitalista é a crescente importância do conhecimento. 
As revoluções anteriores foram movidas a energia – a primeira a carvão, e a segunda 
a petróleo e eletricidade, mas a revolução em curso é movida a conhecimento. A globalização 
 
é o atual momento da expansão capitalista. Pode-se afirmar que ela está para o capitalismo 
informacional assim como o colonialismo esteve para sua etapa comercial ou o imperialismo 
para o final da fase industrial e início da financeira. Está é a razão de, como o processo de 
globalização, haver se disseminado, com base no governo norte-americano e em instituições 
por ele controladas, como FMI e Banco Mundial, o neoliberalismo, que se contrapõe ao 
Keynesianismo. 
 Por este motivo, os países em desenvolvimento têm sido pressionado, até para 
poderem obter novos empréstimos internacionais do FMI, a adotar medidas, como a redução 
do papel do Estado na produção com a privatização de empresas estatais, abertura de 
mercado a produtos importados e flexibilização da legislação trabalhista. As políticas 
neoliberais tem imposto perdas aos trabalhadores, como reformas previdenciárias e cortes 
nos gastos sociais, por exemplo. 
Na era da globalização, a expansão capitalista é silenciosa, sutil e eficaz. Trata-se de 
uma “invasão” de mercadorias, capitais, serviços, informações, pessoas. As “novas armas” 
são a agilidade e a eficiência das comunicações, dos transportes e do processamento de 
informações, graças aos satélites de comunicação, à informática, aos telefones fixos e 
celulares, aos aparelhos de fax, aos enormes e rápidos aviões, super navios petroleiros e 
graneleiros e aos trens de alta velocidade. 
 
Fluxo de capitais especulativos 
 
Outra invasão típica da globalização é a dos capitais especulativos de curto prazo 
conhecidos como Smart Money (dinheiro esperto) ou Hot Money (dinheiro quente), que, 
ávidospor lucratividade, movimenta-se com grande rapidez pelo sistema financeiro on-line. 
Exemplo. O dinheiro que pertencem a milhões de investidores de poupança ou fundo 
de pensão, para garantir sua aposentadoria, é transferida de um mercado para outro, de um 
país para outro, sempre em busca das mais altas taxas de juros ou de maior segurança. Os 
administradores desses capitais, como bancos de investimentos e corretoras, fundos de 
pensão, não estão interessados em investir em produção, pois seu retorno é demorado, eles 
realizam investimentos de curto prazo nos mercados mais rentáveis. Quando esses 
mercados se tornam inviáveis e menos atrativos aos investidores, os capitais são 
rapidamente transferidos e esses países entram em crise financeira. 
 
Fluxo de capitais produtivos 
 
A entrada de capitais produtivos é mais demoradas porquê são investimentos de 
longo prazo, por isso menos suscetíveis às oscilações repentinas do mercado. Esses capitais 
são aplicados num território em busca de lucros, que podem ser resultantes de custos 
menores de produção, baixos custos dos transportes ou dos fretes, proximidade dos 
mercados consumidores e facilidade em driblar barreiras protecionistas. Todos esses fatores 
permitem a expansão dos mercados para esses capitais, gerando, portanto, maiores lucros. 
Ver tabela página 180. 
 
A expansão das Multinacionais 
 
Superada a destruição gerada pela segunda guerra mundial, a economia voltou a 
crescer aceleradamente. As empresas dos países industrializados assumiram proporções 
ainda maiores que na época dos trustes. Tornaram-se grandes conglomerados e se 
expandiram pelo mundo, ultrapassando as fronteiras dos países em que se desenvolveram, 
nos quais estão suas matrizes. Transformaram-se em empresas multinacionais e se 
encarregaram de globalizar, gradativamente, não somente a produção, mas também o 
 
consumo. 
Paralelamente a globalização da produção e do consumo, ocorre a intensificação do 
fluxo de viajantes pelo mundo (a negócio, a turismo, a lazer ou imigrando) acompanhada de 
uma “invasão” cultural, constituída, pelo menos em sua forma hegemônica, de uma cultura 
de massas que se origina sobretudo nos Estados Unidos, a nação mais poderosa e influente 
do planeta. A “American way of life” (o “modo norte-americano de vida”) é difundido no mundo 
inteiro através da mídia. 
 
Considerações Finais: 
 
A globalização abarca o espaço geográfico mundial de forma bastante desigual, pois 
alguns países e regiões estão mais integrados que outros. Os fluxos se dão em rede, mas 
os lugares que apresentam as melhores infra-estrutura e o maior poder aquisitivo são 
privilegiados. Esses lugares estão sobretudo nas cidades globais*. 
O termo "cidade global" é usado quando fazemos uma análise qualitativa da 
cidade, referindo-nos ao seu grau de influência sobre outros centros urbanos, em 
diferentes partes do globo. Uma cidade global, portanto, caracteriza-se como uma 
metrópole, porém sua área de influência não é apenas uma região ou um país, mas 
parte considerável de nosso planeta. É por isso que as cidades globais também são 
denominadas "metrópoles mundiais". Conforme alguns estudos demonstram, para a 
cidade ser considerada "global" é fundamental levarmos em conta suas atividades 
financeiras, administrativas, científicas e no campo da informação, o que vincula tais 
centros urbanos à sua influência regional, nacional ou mundial. 
Assim, uma cidade global deve apresentar: a) sedes de grandes companhias, 
como conglomerados e multinacionais; b) bolsa de valores que possua influência na 
economia mundial; c) grau sofisticado de serviços urbanos; d) setor de 
telecomunicações amplo e tecnologicamente avançado; e) centros universitários e de 
pesquisa de alta tecnologia; f) diversidade e qualidade das redes internas de 
transporte (vias expressas, rodovias e transporte público); g) portos e aeroportos 
modernos que liguem a cidade a qualquer ponto do globo. 
Exercícios 
 
1- À medida que avança a globalização da economia internacional, o mundo se 
torna cada vez mais competitivo, demonstrando o interesse das potências no 
enriquecimento e a exploração ampla sobre os países periféricos. Com base no 
sistema capitalista e suas características gerais, responda as características abaixo: 
a) Explique o que vem a ser mobilidade social. 
b) Determine o que vem ser livre iniciativa e dê exemplos. 
2- A primeira grande fase do sistema capitalista foi o capitalismo comercial, que se 
desenvolveu nos séculos XVI e XVII. Essa fase foi marcada geopoliticamente (estratégia 
espacial) pelo Pacto Colonial e o Mercantilismo. -Explique como ocorria o Pacto Colonial e 
quais foram as regiões beneficiadas e prejudicadas por esse acordo. 
3- Sobre o sistema capitalista, analise as alternativas abaixo, destacando a 
alternativa correta: 
a) A propriedade pertence ao Estado. 
b) Só existe um partido- monopartidarismo. 
c) Só existe uma classe social, onde todos ganham em média os mesmos 
salários. 
d) Fechado para a participação política, ou seja, ninguém possui o direito a 
votar. 
e) Visa ao lucro e a propriedade é privada, pertence a uma pessoa ou grupo de 
 
pessoas. 
04- Se considerarmos o processo de desenvolvimento do capitalismo, podemos dizer 
que ele foi respectivamente: 
a) industrial, financeiro e comercial 
b) comercial, industrial e financeiro 
c) liberal, industrial e comercial 
d) financeiro, imperialista e comercial 
05- No capitalismo financeiro o mercado passa a ser: 
a) liberal 
b) imperialista 
c) oligopolizado 
d) colonial 
Some as alternativas corretas e dê o resultado indicando quais as corretas: 
06- (UEM – Inverno 2008) É correto afirmar que acompanham ou são consequências 
da atual fase de internacionalização da economia os seguintes fenômenos: 
01) a reestruturação produtiva, que se refere ao conjunto das transformações que 
ocorreu nas tecnologias e nas relações de produção, causando, entre outros, o 
desaparecimento de algumas profissões e o desemprego estrutural. 
02) o acirramento da competição tecnológica, que tem reordenado o padrão de 
acumulação capitalista e gerado grandes corporações globais, por meio de fusões de 
empresas que operam em um determinado setor econômico. 
04) a alta rotatividade da mão-de-obra e formas mais flexíveis e precárias de contrato 
entre empregadores e empregados. 
08) o fortalecimento das organizações sindicais, que têm assumido papel decisivo no 
conteúdo das mudanças em curso no mundo do trabalho. 
16) o afrouxamento das leis contra imigração, já que os países mais ricos necessitam 
da mão-de-obra originária dos países que estão em uma posição econômica subordinada. 
07- (UEM – Inverno 2008) Sobre as relações produtivas desenvolvidas por 
diferentes grupos sociais ao longo da história, assinale o que for correto. 
01) Nas sociedades tribais, o trabalho humano está relacionado apenas à 
satisfação das necessidades básicas do homem, como, por exemplo, garantir a 
alimentação e o abrigo. Por isso, nesses casos, os processos de trabalho não geram 
relações propriamente sociais. 
02) Segundo muitos autores, para alcançar a sua subsistência, nem todos os 
grupos humanos viveram de atividades produtivas, como ocorreu historicamente nas 
sociedades de pescadores, de coletores e de caçadores. 
04) Alguns antropólogos afirmam que grupos indígenas, como os ianomâmis, 
podem ser considerados “sociedades de abundância”, pois dedicam poucas horas 
diárias às atividades produtivas, mas, apesar disso, têm suas necessidades materiais 
satisfeitas. Tais necessidades não são crescentes, como ocorre nas sociedades 
capitalistas. 
08) Na sociedade feudal, a terra era o principal meio de produção, porém os 
direitos sobre ela pertenciam aos senhores. Os camponeses e os servos nunca 
podiam decidir o que produzir, para quem e quando trocar o fruto do seu trabalho. 
16) O modo de produção escravista colonial que ocorreu no Brasil tinha as 
seguintes características principais:economia voltada para o mercado externo 
baseada no latifúndio, troca de matérias-primas por produtos manufaturados da 
metrópole e fraco controle da colônia sobre a comercialização. 
08- (UEM – Inverno 2008) Considerando que a produção e a circulação de bens e de 
serviços são o resultado da combinação de trabalho, matéria-prima e instrumentos de 
produção, assinale o que for correto. 
 
01) Para Karl Marx, no capitalismo, os trabalhadores encontram-se alienados pelo fato 
de não se apropriarem dos resultados do seu trabalho nem controlarem o processo produtivo. 
 02) Na produção capitalista contemporânea, a ciência e a tecnologia tornaram-se 
forças produtivas e agentes de acumulação do capital. 
04) As atividades relacionadas às artes e à atividade intelectual não podem ser 
consideradas trabalho, pois não produzem riqueza material. 
08) No modo de produção asiático, os escravos e os camponeses entregavam a sua 
produção ao Estado, porém o excedente da produção era dividido igualmente por toda a 
população. 
16) A partir das mudanças ocorridas em seu processo de produção, o sistema feudal 
entrou em declínio, assim, os países europeus predominantemente agrários lentamente se 
transformaram em urbano-industriais. 
09- (UEM – verão 2008) A respeito da organização do processo produtivo na 
economia capitalista no período pós Segunda Guerra Mundial, assinale o que for 
correto. 
 01) A concentração espacial das distintas etapas do processo produtivo, o forte 
controle sobre elas e a acentuada hierarquização das funções constituem 
características do denominado modelo fordista. 
02) Pode-se dizer que o toyotismo foi uma resposta à crise da economia 
capitalista mundial manifesta na década de 1970. Ele se caracterizou, entre outros 
fatores, pela exigência de maior versatilidade dos trabalhadores para o desempenho 
das funções. 
04) O período em que vigorou hegemonicamente o modelo fordista foi 
acompanhado pela expansão dos serviços públicos. Nos países de capitalismo 
central, essa expansão produziu o denominado Estado de bem estar social. 
08) O fordismo caracterizou-se por métodos que procuraram fazer que os 
próprios operários internalizassem a disciplina de trabalho necessária para a 
acumulação capitalista. Assim, dispensou a necessidade de várias funções 
intermediárias do processo produtivo. 
16) Embora distintos, o fordismo e o toyotismo coincidiram, igualmente, com 
períodos de enfraquecimento das organizações sindicais dos trabalhadores. 
10- (UEL – 2004) “No tempo em que os sindicatos eram fortes, os trabalhadores 
podiam se queixar do excesso de velocidade na linha de produção e do índice de acidentes 
sem medo de serem despedidos. Agora, apenas um terço dos funcionários da IBP [empresa 
alimentícia norte-americana] pertence a algum sindicato. A maioria dos não sindicalizados é 
imigrante recente; vários estão no país ilegalmente; e no geral podem ser despedidos sem 
aviso prévio por seja qual for o motivo. Não é um arranjo que encoraje ninguém a fazer 
queixa. [...] A velocidade das linhas de produção e o baixo custo trabalhista das fábricas não 
sindicalizadas da IBP são agora o padrão de toda indústria.” (SCHLOSSER, Eric. País Fast-
Food. São Paulo: Ática, 2002. p. 221.) No texto, o autor aborda a universalização, no campo 
industrial, dos empregos do tipo Mcjobs “McEmprego”, comuns em empresas Fast-Food. 
Assinale a alternativa que apresenta somente características desse tipo de emprego. 
a) Alta remuneração da força-de-trabalho adequada à especialização exigida pelo 
processo de produção automatizado. 
b) Alta informalidade relacionada a um ambiente de estabilidade e solidariedade no 
espaço da empresa. 
c) Baixa automatização num sistema de grande responsabilidade e de pequena 
divisão do trabalho. 
d) Altas taxas de sindicalização entre os trabalhadores aliadas a grandes 
oportunidades de avanço na carreira. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Globalização 
Globalização é um conjunto de transformações na ordem política e 
econômica mundial visíveis desde o final do século 
XX. Trata-se de um fenômeno que criou pontos em comum na vertente 
econômica, social, cultural e política, e que consequentemente tornou o 
mundo interligado. 
O processo de globalização é a forma como os mercados de diferentes
 países interagem e aproximam pessoas e mercadorias. 
A quebra de fronteiras gerou uma expansão capitalista onde foi possível 
realizar transações financeiras e expandir os negócios - até então restritos 
ao mercado interno 
- para mercados distantes e com as inovações nas áreas das 
telecomunicações e da informática (especialmente com a Internet) as 
distâncias se tornaram relativas e a construção de uma “aldeia global” foi se 
tornando uma realidade. 
O surgimento dos blocos econômicos e o enfraquecimento do poder de 
alguns governos nacionais foi resultado desse processo de integração 
que aumenta a competitividade e reduz a soberania dos Estados. O 
impacto exercido pela 
globalização no mercado de trabalho, no comércio internacional, na liberdade de movimentação 
e na qualidade de vida da população varia a intensidade de acordo com o nível de desenvolvimento 
das nações. 
 
 
 
Existem duas faces do processo de 
globalização: uma cultural, que 
impõe um modo de vida baseado 
em hábitos e costumes ocidentais, 
ou o chamado “american way of life” 
(modo de vida norte-americano), 
o qual é a base da sociedade capitalista 
ou sociedade de consumo e tende tornar o hábito 
de comprar em uma necessidade social, tornando 
mais fácil a massificação a outra face do processo, 
 a econômica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Inserção desigual dos países na economia mundial 
Os países não se inserem na economia mundial da mesma maneira. O atraso 
econômico de muitos países é resultado de um processo histórico. O crescimento 
econômico das nações nos últimos séculos se confunde com a própria história do 
desenvolvimento do capitalismo, que desde o século XVI estabeleceu uma divisão 
internacional do trabalho. Os países dominantes ficavam com a maior parte da 
riqueza produzida, enquanto as colônias tinham a função de contribuir para a 
acumulação de capital nas metrópoles. 
A economia capitalista se desenvolveu concentrando riqueza e poder nas mãos 
das elites, principalmente das potências dominantes, criando em contrapartida 
regiões pouco desenvolvidas economicamente e pouco industrializadas, 
chamadas a partir da segunda metade do século XX de subdesenvolvidas. 
Esse termo tem sido questionado, pois a maior parte dos países chamados de 
subdesenvolvidos esteve durante muito tempo na condição de colônia, e a 
exploração de seus recursos naturais e humanos impediu o seu crescimento 
econômico e seu desenvolvimento social. Ou seja, dentro de um mesmo processo, 
o crescimento econômico de uns foi conseguido em detrimento de outros. 
Podemos dizer que as desigualdades econômicas e sociais dividem o mundo em 
dois grandes grupos: o dos países ricos, mais industrializados, desenvolvidos, com 
menores problemas sociais, e o dos países pobres, menos industrializados, que 
contam com inúmeros problemas sociais, incluindo enorme quantidade de 
pessoas que vivem em precárias condições de vida. Esses grupos não são 
homogêneos, apresentando grandes diferenças. 
 
 
Grandes conjuntos de países 
Muitos países subdesenvolvidos, após a 
Segunda Guerra Mundial, passaram a 
investir na indústria, ficando conhecidos 
como países em desenvolvimento. 
Como a Primeira Revolução Industrial 
ocorreu no século XVIII e a Segunda 
Revolução Industrial no século XIX, 
esse processo é considerado 
industrialização tardia ou retardatária. É 
o caso do Brasil, México, Argentina e 
Tigres Asiáticos (Coreia do Sul, Taiwan, 
Cingapura e Hong Kong, na China). 
Os países ricos e pobres já receberam diversas denominações. Uma delas, a partir 
da década de 1980, refere-se à localizaçãogeográfica. Os mais desenvolvidos 
passaram a ser chamados de países do Norte, pois na sua maior parte encontram- 
se no hemisfério norte. Os subdesenvolvidos, localizados majoritariamente no 
hemisfério sul, ficaram conhecidos como países do Sul. 
Mais recentemente, com a expansão e a internacionalização dos mercados, os 
países foram divididos em países centrais, mercados emergentes (ou 
semiperiféricos) e países periféricos. 
Em parte dos países subdesenvolvidos (Brasil, México e Argentina), o processo de 
industrialização apoiou-se no modelo de substituição de importações, que incluía 
a proteção do mercado interno, a proibição da entrada de manufaturados 
estrangeiros e o fortalecimento de indústrias locais (nacionais e transnacionais). 
Outros países, como os Tigres Asiáticos, industrializaram- se a partir do modelo 
de plataformas de exportação, no qual empresas transnacionais se instalam no 
país e passam a exportar sua produção para outros países, onde o produto final é 
montado. 
 
 
Exercícios 
1. (UESC) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A análise da charge e os conhecimentos sobre o Estado-Nação, na 
contemporaneidade, permitem afirmar: 
a) A globalização tirou dos Estados-Nação a capacidade de controlar os 
instrumentos de economia política, tendo como suporte o neoliberalismo. 
b) O Estado-Nação, na contemporaneidade, impede a concorrência de qualquer 
outra esfera de poder dentro dos limites da sua sociedade. 
c) Os limites territoriais dos Estados-Nação estão perdendo importância, devido 
ao processo de globalização econômica, às correntes migratórias entre 
continentes e ao desenvolvimento das tecnologias de informação e 
comunicação. 
d) Os conflitos armados, nos países de regime totalitário e ditatorial, projetam-se 
como solução, diante da concreta dissolução dos Estados-Nação. 
e) A inserção dos Estados nacionais emergentes na nova ordem multipolar está 
sendo dificultada, em razão da baixa competitividade na atual fase da 
transnacionalização do capitalismo planetário. 
 
2. (PUCSP) “Quatro grandes desafios da 'regionalização' [MERCOSUL, p. ex.]: 1. 
Limitar a erosão a que está sendo submetido o Estado, mediante a recuperação da 
capacidade de regulação; 2. Recuperar o papel da acumulação capitalista nacional 
(privada e estatal), em relação à acumulação mundializada (corporações 
transnacionais) [...] para o desenvolvimento nacional; 3. Fortalecer o papel do 
setor privado nacional, com o propósito de que este se converta no ator 
modernizador, dinâmico e transformador [...]; 4. Reverter as condições estruturais de 
subdesenvolvimento e enfrentar as tendências objetivas negativas da 
globalização.” 
(Raúl BERNAL-MEZA. America del Sur en el sistema mundial hacia el siglo XXI 
[América do Sul no sistema mundial, no século XXI]. In: LIMA, Marcos Costa. O 
lugar da América do Sul na nova ordem mundial. São Paulo: Cortez Editora, 2001.) 
 
Tendo como referência o texto e a relação do processo de integração regional 
com o processo de globalização pode ser dito que 
a) não existe incompatibilidade entre os dois processos, e que, embora haja por 
vezes alguma contradição, os dois processos são, na essência, complementares. 
b) o caminho para a superação do subdesenvolvimento é o da associação de 
capitais nacionais, com capitais de escala global, no âmbito dos mercados 
regionais integrados. 
c) a globalização enfraquece os Estados nacionais e submete os capitais nacionais 
a regimes competitivos difíceis, o que pode ser combatido com mercados 
regionais regulamentados. 
d) a regulamentação imposta pela globalização tem sido positiva para os Estados 
nacionais, pois estes estavam se enfraquecendo como gestores econômicos e 
como referências políticas. 
e) a regionalização é uma ação antiglobalização, que termina sendo uma ação 
antiacumulação do capital, a favor da presença dominante do Estado no 
processo produtivo. 
 
3. (UFSM) Em seu livro Jihad vs. McWorld, 
Benjamin Barber foi incrivelmente 
profético ao descrever nosso mundo 
complicado, em que dois cenários 
aparentemente contraditórios 
desenrolam-se simultaneamente: um, onde 
'cultura é lançada contra cultura,pessoas 
contra pessoas, tribos contra tribos' e 
outro, onde 'ímpeto de forças econômicas, 
tecnológicas e ecológicas (...) exigem 
integração e uniformidade e (...) hipnotizam as pessoas em todo o planeta com o 
universo fast de música, computador, comida (...), um McMundo unido pela 
comunicação, informação, entretenimento, comércio'.'' 
 
WORLDWATCH INSTITUTE. Estado do mundo. 2004. Salvador: 
Uma, 2004. p. 179. 
 
O texto e a figura compõem um quadro que aponta para uma das contradições 
socioeconômicas mais marcantes da globalização. São elementos constituintes 
dessa contradição: 
a) Intensa homogeneização do espaço - eliminação de culturas tradicionais. 
b) Democracia nos países ricos - autoritarismo e desorganização da sociedade 
civil nas nações subdesenvolvidas. 
c) Incentivo à integração econômica - fragmentação política pelo nacionalismo. 
d) Poder das empresas globais - popularização dos sistemas de transportes 
em massa. 
e) Universalização de produtos e facilidade de circulação de riqueza - 
diferenciação de ritmo e intensidade dos países e das populações na globalização. 
 
4. (UFSM) Observe a figura. 
 
 
A análise da charge permite inferir: 
a) Para alguns povos, a revolução técnico-científica trouxe poucos benefícios e 
aprofundou as diferenças entre as classes sociais. 
b) A incorporação rápida da alta tecnologia e a integração de diferentes culturas 
em tempo real permitem padrões culturais e hábitos de consumo globalizados. 
c) A agricultura dos países subdesenvolvidos ainda se caracteriza pelas formas 
mais rudimentares de produção sem implantação de técnicas mais avançadas, 
causando escassez de alimentos no mundo. 
d) A globalização tende a romper fronteiras de todo tipo, universalizando e 
democratizando o consumo, alterando costumes e integrando os povos. 
 
 
e) Com os avanços tecnológicos, a produção deixa de ser local para ser mundial, o que 
também ocorre com o consumo, uma vez que os produtos são oferecidos à venda nos mais 
diversos recantos do planeta. 
 
5. (UFSM) Considerando a Sociedade de Consumo, assinale verdadeira (V) ou falsa (F) 
nas afirmativas a seguir. 
( ) As diferenças nas condições de vida da população se expressam no território, pois 
apesar da expansão e diversificação dos consumos materiais e imateriais, o acesso aos 
bens é desigual. 
( ) A expansão do consumo, devido à emergência de necessidades criadas pelas novas 
tecnologias, se efetivou a despeito da ampliação das formas de crédito e do sistema 
financeiro em geral. 
( ) Os hábitos de consumo são criados a partir de uma ideologia da modernidade, 
estimulada pela propaganda e pelos meios de comunicação, que impõem racionalidades e 
também fabrica um imaginário. 
( ) Paralelamente à expansão de consumo de bens tecnológicos e informacionais, retraem-
se as formas tradicionais representadas pelo consumo de viagem, turismo e lazer, saúde e 
educação, além dos consumos culturais e religiosos. 
A sequência correta é 
a) V - F - V - F. b) V - V - V - F. c) F - F - F - V. 
d) F - F - V - V. e) V - V - F - V.

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