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Prof. Me. Rodolfo Gaboardi UNIDADE III Análise das Demonstrações Financeiras Objetivo principal Proporcionar ao aluno o conhecimento de como são “produzidas” as demonstrações financeiras e como utilizá-las como fonte de informações de natureza econômica, financeira e patrimonial. Fonte: Comitê Brasileiro de Pronunciamentos Contábeis (CPC) Orientações do Conselho Federal de Contabilidade (CFC) Apresentação Nos últimos anos, houve esforços para a harmonização contábil internacional e a padronização das normas e procedimentos. A contabilidade não apenas registra “fatos contábeis”, mas se prepara para a análise e projeções futuras (visão de futuro). Como uma organização obtém lucro em determinado país e prejuízo em outro? Por conta de normas locais? Padronizações específicas? Apresentação Você, aluno(a), é um agente de mudança nesse cenário. Escolheu uma profissão dinâmica e em constante mudança, principalmente na questão de harmonização das normas internacionais. Estamos juntos para iniciarmos nosso estudo e em equipe responsável para a evolução de nossa profissão. Apresentação Dica: como estudante de educação a distância, você é um autodidata, significa que necessita de disciplina e motivação para prosseguimento dos estudos. A contabilidade requer assiduidade e concentração. Sempre verifiquem livros, artigos e referências citadas em nossa disciplina. Concentração é fundamental (foco). Ouçam música clássica. Apresentação Observação: façam interação com seus colegas e professores nos fóruns! Assim, os estudos ficam prazerosos. A pesquisa mútua torna o aprendizado dinâmico e enriquecedor. Apresentação Apresentação do plano de ensino: Unidade I – Objetivo da Análise das Demonstrações Contábeis. Unidade II – Análise Vertical e Horizontal. Unidade III – Análise Avançada das Demonstrações Contábeis. Introdução Qual a melhor técnica de análise de balanços? Fonte: Autoria própria. Nível introdutório, segundo Marion (2005) Fonte: Adaptado de Marion (2005). Liquidez Rentabilidade Endividamento Tripé da análise Nível intermediário, segundo Marion (2005) Fonte: Marion (2005). Análise DFC Rotatividade Liquidez Lucratividade Rentabilidade Necessidade de capital de giro Nível introdutório Endividamento Produtividade e outros Modelo Du Pont Alavancagem financeira Outros índices endividamento Indicadores combinados; Análise da demonstração do valor agregado; Projeções das demonstrações contábeis e sua análise; Análise com ajustamento das demonstrações contábeis no nível geral de preços; Outros modelos de análise EVA, MVA, Balanced Scorecard etc. Nível avançado, segundo Marion (2005) Nível avançado, segundo Marion (2005) Fonte: Adaptado de Marion, (2005). Fatos ou eventos econômico-financeiros Demonstrações financeiras – dados Informações Tomada de decisão Decisões Análise Comparação com padrões Sequência do processo contábil Processo contábil Análise de balanço Escolha de indicadores Diagnósticos ou conclusões Processo de tomada de decisão Etapas 01 02 03 04 Índices Padrão elaborados pela mídia Revista Exame (Melhores e Maiores) Jornal Valor Econômico Globo Rural Isto é Dinheiro Forbes Entre outros. Elaboração de Padrões 1. Grendene -Têxteis....................................7,70% 2. Soluções Usiminas...................................5,65% 3. Arosuco.....................................................4,18% 4. Lojas Cem.................................................3,66% 5. Brazil Trading............................................3,33% … 20. Hering........................................................2,17% Elaboração de Padrões – Maiores por Liquidez Geral Fonte: Exame Maiores e Melhores 2013 Em uma análise profissional, é possível excluir a liquidez e substituir por um índice ambiental, como por exemplo, proporção de despesas ambientais pelo Patrimônio Líquido? a) Sim, aliás seu uso é exigido pelo Ministério do Meio Ambiente. b) Não, porque ainda não é um índice que tem padrão. c) Sim, perfeitamente, é um índice aceitável. d) Sim, mas apenas para empresas do setor de serviços. e) Não, esse índice é aplicável apenas ao setor industrial. Interatividade Em uma análise profissional, é possível excluir a liquidez e substituir por um índice ambiental, como por exemplo, proporção de despesas ambientais pelo Patrimônio Líquido? a) Sim, aliás seu uso é exigido pelo Ministério do Meio Ambiente. b) Não, porque ainda não é um índice que tem padrão. c) Sim, perfeitamente, é um índice aceitável. d) Sim, mas apenas para empresas do setor de serviços. e) Não, esse índice é aplicável apenas ao setor industrial. Resposta Fonte: Autoria própria. Nível Intermediário (Marion) indicadores combinados; análise da demonstração do valor agregado; projeções das demonstrações contábeis e sua análise; análise com ajustamento das demonstrações contábeis no nível geral de preços; outros modelos de análise EVA, MVA, Balanced Scorecard etc. Nível Intermediário (Marion) Nível Intermediário (Marion) Fonte: Marion (2005). Sequência do processo contábil Processo contábil balanço Análise de Processo de tomada de decisão Etapas 01 02 03 04 Fatos ou eventos econômico – financeiro Demonstrações financeiras – dados Informações Tomada de decisão Decisões Diagnóstico ou conclusões Comparação com padrões Escolha de indicadores Análise Objetivo: Mensurar o retorno do capital investido e identificar os fatores que conduziram a essa rentabilidade. É considerado normalmente o índice mais importante da análise financeira. Análise profunda de rentabilidade Segundo Padoveze e Benedicto (2004): “A abordagem principal de rentabilidade tem como referência os donos das empresas (os sócios, se limitadas, os acionistas, se sociedades anônimas). O valor do investimento dos proprietários é denominado em finanças de capital próprio e é representado no Balanço Patrimonial pela figura do Patrimônio Líquido.” Análise profunda de rentabilidade Análise profunda de rentabilidade Fonte: Marion (2005). Rentabilidade do Patrimônio Líquido Rentabilidade Operacional Rentabilidade do Financiamento Método Du Pont Anúncio da Du Pont 1949 Revista Life Magazine Fonte: https://www.etsy.com/listing/95761499/vintage-du-pont-nylon-ad-1949-life Princípio da análise: A utilização dos dados do Balanço Patrimonial e das Demonstrações de Resultado de Exercícios. Método Du Pont Método Du Pont Técnica de busca para localizar as áreas responsáveis pelo desempenho financeiro da empresa. Funde a Demonstração do Resultado e o Balanço Patrimonial em duas medidas-sínteses da lucratividade: - Taxas de Retorno sobre o Ativo Total e - Taxas sobre Retorno do Patrimônio Líquido. Método Du Pont Primeiro Passo da análise: Reúne-se a margem líquida, a qual mede a lucratividade sobre as vendas, com o giro do Ativo Total, que indica a eficiência da empresa na utilização dos seus ativos para geração de vendas. O produto desses dois índices resulta na Taxa de Retorno sobre o Ativo Total. Segundo Passo da análise: Relaciona-se a Taxa de Retorno sobre o Ativo Total à Taxa de Retorno sobre o Patrimônio Líquido. Que é obtida multiplicando-se a Taxa de Retorno sobre o Ativo Total pelo multiplicador de alavancagem financeira, que representa o Índice de Endividamento Geral da empresa. Método Du Pont Método Du Pont Rentabilidade do Acionista ou Rentabilidade do Capital Próprio ou Retorno s/ Patrimônio Líquido Rentabilidade Operacional ou Rentabilidade s/ o Ativo Rentabilidade de Financiamento ou Custo do Capital de Terceiros Lucro Operacional Ativo Operacional Desp. Financeiras Líquidas Capital de terceiros Fonte: Marion (2005). Interatividade O que a análise de rentabilidade nos mostra? a) O giro dosestoques e a reposição de mercadorias. b) O ponto de equilíbrio financeiro. c) O retorno do capital investido e identifica os fatores que conduziram a essa rentabilidade. d) A evolução do valor das ações da empresa. e) O fluxo de caixa e a capacidade dos gerentes de aumentar as vendas. Resposta O que a análise de rentabilidade nos mostra? a) O giro dos estoques e a reposição de mercadorias. b) O ponto de equilíbrio financeiro. c) O retorno do capital investido e identifica os fatores que conduziram a essa rentabilidade. d) A evolução do valor das ações da empresa. e) O fluxo de caixa e a capacidade dos gerentes de aumentar as vendas. Análise de Capital de Giro Segundo Matarazzo (2008) “A necessidade de capital de giro é a chave para a administração financeira de uma empresa.” Decisões de compra e venda tomadas pela empresa, assim como suas atividades operacionais e financeiras. Análise de Capital de Giro Garantir a adequada consecução da política de estocagem, compra de materiais, produção, venda de produtos e mercadorias e prazo de recebimento. O valor total dos recursos demandados pela empresa para financiar seu ciclo operacional. Análise de Capital de Giro Combinações dos seguintes índices: PMP = Prazo Médio de Pagamento. PMR = Prazo Médio de Recebimento. PME = Prazo Médio de Estoque. PMV = Prazo Médio de Vendas. Ciclo Operacional, Econômico e Financeiro Ciclo Operacional Total = PME + PMP + PMV + PMR (Fases operacionais da empresa) Ciclo Operacional, Econômico e Financeiro Ciclo Operacional, Econômico e Financeiro Ciclo Econômico= PME + PMP + PMV (Base de produção da empresa) Ciclo Financeiro = PME + PMR - PMP (Necessidade de Recursos Financeiros da Empresa) Ciclo Operacional, Econômico e Financeiro Capital Circulante Líquido Capital Circulante Líquido ou Capital de Giro = Ativo Circulante - Passivo Circulante Entende-se que é preferível que seja positivo, mas sua explicação está no adequado entendimento das contas no não circulante. Necessidade de Capital de Giro Em períodos de grandes investimentos no Ativo Permanente, a empresa deve: racionalizando ao máximo a administração do ciclo operacional e ciclo de caixa; eventualmente contendo a expansão de vendas; e, em certas situações externas, até reduzindo as vendas. Necessidade de Capital de Giro Monitoramento constante do Capital de Giro, baseado no ciclo operacional. Análise Avançada de Gestão do Lucro EBITDA O potencial de geração genuinamente operacional de caixa que o ativo operacional de uma empresa é capaz de produzir, antes inclusive de considerar o custo de qualquer capital tomado emprestado. Não corresponde ao efetivo fluxo de caixa físico já ocorrido no período porque parte das vendas pode não estar recebida e parte das despesas pode não estar paga. EBITDA Assim que recebidas todas as receitas e pagas todas as despesas, esse é o valor de caixa produzido pelos ativos, antes de computadas as receitas e as despesas financeiras (juros), impostos (sobre o lucro), a depreciação, a amortização e a exaustão. Análise Avançada de Gestão do Lucro Análise Avançada de Gestão do Lucro Fonte: Marion (2005). Oferecer um prazo de pagamento muito longo ao cliente é benéfico aos negócios da empresa? a) Sim, mas apenas em épocas de crise. b) Não, essa decisão é muito arriscada. c) Não, principalmente se essa decisão for de ordem emocional, acompanhando o ritmo da concorrência. d) Sim, porém facilitam o acesso ao crédito empresarial. e) Sim, porque os impostos precisam ser pagos antecipadamente. Interatividade Oferecer um prazo de pagamento muito longo ao cliente é benéfico aos negócios da empresa? a) Sim, mas apenas em épocas de crise. b) Não, essa decisão é muito arriscada. c) Não, principalmente se essa decisão for de ordem emocional, acompanhando o ritmo da concorrência. d) Sim, porém facilitam o acesso ao crédito empresarial. e) Sim, porque os impostos precisam ser pagos antecipadamente. Resposta EVA Para muitos, a: “Verdadeira chave para a criação da riqueza” Análise Avançada de Gestão do Lucro Análise Avançada de Gestão do Lucro EVA O capital é tanto o empréstimo de terceiros quanto o dinheiro investido pelos acionistas da empresa. O custo da dívida é o que está cobrando a instituição financeira para emprestar o dinheiro. Já o custo do capital investido pelo acionista envolve a avaliação dos ativos da companhia. Análise Avançada de Gestão do Lucro EVA Não é suficiente ter lucro líquido positivo ou certo nível de lucro por ação. Ao contrário, a empresa precisa ganhar o suficiente para cobrir o custo do Capital de Terceiros e o custo de oportunidade do Capital Próprio antes que ela comece a criar valor. Análise Avançada de Gestão do Lucro EVA O EVA é utilizado quando há: diminuição dos resultados; aumento dos custos; perda da margem na produção e/ou na comercialização dos produtos e serviços; perda de mercado; obsolescência dos produtos e serviços. Análise Avançada de Gestão do Lucro EVA Fórmula EVA = LO - Custo do Capital Análise Avançada de Gestão do Lucro Fonte: Autoria própria. MVA Criado para que os administradores pudessem tomar decisões estratégicas por meio de uma medida de análise que examinasse o valor futuro de suas empresas. Análise Avançada de Gestão do Lucro MVA Enquanto o EVA analisa o passado, o que já ocorreu, o MVA é um auxiliar para planejar o futuro. Análise Avançada de Gestão do Lucro Análise Avançada de Gestão do Lucro MVA O MVA é a diferença entre: quanto o empresário obteria para vender todas as ações (valor de mercado) e o capital investido pelos acionistas-proprietários. Se o resultado do MVA for positivo, pode-se dizer que a empresa realmente criou valor para quem tiver suas ações. MVA Formas de criar eficiência do EVA e do MVA: 1. Cortar custos e reduzir impostos para aumentar o Lucro Operacional Líquido, deduzido o Imposto de Renda sem crescer capital. 2. Empreender todos os investimentos nos quais o aumento do L.O.L. será maior do que o aumento de encargos de capital. Análise Avançada de Gestão do Lucro Análise Avançada de Gestão do Lucro MVA Formas de criar eficiência do EVA e do MVA: 3. Retirar capital das operações quando as economias decorrentes da redução dos encargos de capital excedam qualquer redução do L.O.L. 4. Estruturar as finanças da empresa de forma tal que minimizem o custo de capital. Linguagem inteligível; Não inserir opiniões pessoais; Atentar para o tamanho; Exibir o desempenho ao longo dos períodos bem como as tendências para o futuro; Causas que proporcionaram o grau de endividamento, liquidez e rentabilidade; Comparação dos indicadores com os padrões do ramo de negócio; Atentar para a qualidade gráfica, indicadores apurados acompanhados em planilhas. Relatório de Análise (recomendações) Interatividade Linguagem adequada significa excluir termos técnicos e jargões? a) Sim, as análises devem evitar qualquer tipo de termo técnico e jargões. b) Sim, a linguagem deve ser jornalística. c) Nunca expor dados mais complexos. d) Omitir dados complexos porque certamente vão criar mais confusão do que benefício. e) Usar uma linguagem acessível, sem excessos ou exageros, mas não omitir termos técnicos e jargões. Resposta Linguagem adequada significa excluir termos técnicos e jargões? a) Sim, as análises devem evitar qualquer tipo de termo técnico e jargões. b) Sim, a linguagem deve ser jornalística. c) Nunca expor dados mais complexos. d) Omitir dados complexos porque certamente vão criar mais confusão do que benefício. e) Usar uma linguagem acessível, sem excessos ou exageros, mas não omitir termos técnicos e jargões. MATARAZZO, Dante C. Análise financeira de balanços. São Paulo: Atlas, 2008. PADOVEZE, Clóvis Luís; BENEDICTO, Gideon Cavalho de. Análise das demonstrações financeiras.São Paulo: Thomson, 2004. Referências ATÉ A PRÓXIMA!
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