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APG 27 - Doenças Benignas de Mama e Câncer de Mama

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APG 27: Doenças Benignas da Mama e Câncer de Mama 
DOENÇAS BENIGNAS DA MAMA: 
1. Mastalgia: 
Se caracteriza por dor na mama podendo ser uni ou bilateral, focal ou difusa. É uma queixa mais comum 
em mulheres pós-menopausa do que em mulheres jovens. Pode ser cíclica (Associada ao ciclo menstrual, 
bilateral, difusa e intensa na fase lútea) ou acíclica (constante, focal ou intermitente, podendo ser desde 
um cisto simples até câncer de mama). Apenas 2-7% das pacientes com CA de mama apresentam dor 
como primeiro sintoma. 
2. Mastite: 
Caracterizado por um processo infeccioso que ocorre no tecido mamário, pode ocorrer durante a 
gravidez e puerpério ou pode ser não puerperal. A infecção puerperal tem como agente o staphylococcus 
aureus e está associada a formação de abcessos mamários. As manifestações concomitantes podem ser 
eritema e calor difuso, sinais de infecção sistêmica (mal-estar, febre, mialgia e leucocitose. Vale ressaltar 
que a mastite não suspende amamentação. A mastite não puerperal é lenta, redicivante e pode surgir 
em surtos. O tratamento pode ser realizado com antibióticos, o mais usado é a cefalexina 500mg por 7 
dias 12/12h. 
3. Descarga Papilar: 
Queixa comum entre as mulheres, podem ser percebidas naturalmente ou por meio de expressão 
papilar. As obtidas após expressão são consideradas fisiológicas, quando a descarga é espontânea deve 
ser considerada patológica com investigação adicional. O líquido pode apresentar diversas colorações: 
leitoso, verde (associada a substâncias ligadas ao colesterol – não sugere malignidade), marrom 
(relacionado a papiloma intraductal – benigno, grande responsável pela maioria das descargas papilares. 
A galactorreia é caracterizada como descarga espontânea leitosa e pode ter como causas: gravidez e 
puerpério, uso de medicamentos, hipotireoidismo, hiperprolactinemia, processos neoplásicos em 
diversos sítios, entre outros. O tratamento definitivo diz respeito a excisão do ducto subaureolar, é 
realizado quando o tratamento específico não resolve. 
Papilomas intraductais- são tumores benignos dos tecidos epiteliais, cujas dimensões podem variar de 2 
a 5 cm. Uma porcentagem muito pequena dessas lesões terá células atípicas que podem progredir para 
câncer e a excisão é recomendada. Em geral, os papilomas são evidenciados por secreção mamilar 
sanguinolenta. O tumor pode ser palpado na região areolar. 
4. Cistos: 
Costumam ocorrer na perimenopausa, tem tamanho variável e pode ter conteúdo variável também 
(líquido/solido, amarelo-esverdeado ou sanguinolento. São classificados através de USG. São 
caracterizados em simples (margem bem definida e reforço acústico posterior), complicados 
(apresentam ecogenicidade ao USG devido a presença de resíduos) e complexos (apresentam septações 
ou massas intracisticas) 
5. Fibroadenoma: 
Tumor benigno mais comum na mama (Antes dos 30 anos), sendo responsável por metade das biopsias 
mamarias. O risco de se desenvolver em câncer de mama é de 3% Composto por tecido fibroso e 
glandular, pode ser uni ou bilateral. Nódulo móvel, bem delimitado e pode ser múltiplo. Etiologia 
desconhecida, mas a relação hormonal é provável e pode aumentar de tamanho com a gravidez ou 
terapia estrogênica. A conduta recomendada é se mulher até 35 anos, com tumor variando entre 
2,5e3cm realizar mamografia assim como PAAF. 
NEOLPASIAS MALIGNAS – CÂNCER DE MAMA: 
Epidemiologia: É a neoplasia maligna mais comum nas mulheres, ainda é a segunda causa de morte por 
câncer em mulheres, superada apenas por carcinoma de pulmão. As taxas de incidência do carcinoma in 
situ têm aumentado dramaticamente desde meados da década de 1970, por causa das recomendações 
referentes à triagem por mamografia. As taxas de mortalidade diminuíram, principalmente entre as 
mulheres com menos de 50 anos. O declínio da taxa de mortalidade por câncer de mama desde 1989 é 
atribuído ao diagnóstico mais precoce por meio dos programas de triagem e à conscientização do 
público, assim como ao aperfeiçoamento dos tratamentos do câncer. 
Fatores de Risco: sexo feminino, >50 anos, histórico pessoal ou familiar de câncer mamário ou doença 
mamaria benigna, fatores hormonais, histórico de menarca <12 anos, menopausa tardia >55 anos, uso 
de contraceptivos orais, primeira gravidez após 30 anos, nulíparas, terapia de reposição hormonal, 
obesidade, inatividade física, etilismo, tabagismo. 
Etiologia/Fisiopatologia: cerca de 5-10% dos cânceres de mama são hereditários e estão relacionados a 
mutações genéticas (80% dos carcinomas em mulheres <50 anos). Os genes envolvidos com a 
fisiopatologia são BRCA1 no cromossomo 17 e BRCA2 no cromossomo 13. Ainda relacionados a 
fisiopatologia, tem-se os receptores de hormônios estrogênio e progesterona as células normais e 
algumas células cancerígenas da mama têm receptores que se ligam ao estrogênio e à progesterona e 
dependem desses hormônios para crescer.. Além disso, pode haver casos em que o câncer de mama 
evidencia altos níveis de proteína HER-2, uma proteína na parte externa das células mamárias que 
promove o seu crescimento. Esses cânceres tendem a crescer e se disseminar mais rapidamente do que 
outros tipos de câncer de mama, mas são muito mais propensos a responder ao tratamento com 
medicamentos específicos que têm como alvo a proteína HER2. Tanto o BRCA1 e BRCA2 como a proteína 
HER-2 e os Receptores de estrogênio (ER) e progesterona (PR) estão associados a proliferação celular 
das mamas e são considerados como genes de suscetibilidade ao câncer de mama. 
Diagnóstico: por meio de diversos métodos: 
• Exame clínico: sintomatologia, queixas, anamnese. 
• Mamografia: recomendada a cada 2 anos para mulheres entre 40-59 anos de idade. 
• USG: realizado para avaliar mamas densas ou para diferencias cistos de nódulos 
• Biópsia: pode ser realizada por dois métodos: 
 
1. Punção aspirativa por agulha fina (PAAF): Esse procedimento consiste na remoção de uma amostra 
de células do tecido mamário suspeito para exame. Na PAAF é usada uma agulha mais fina acoplada 
a uma seringa para aspiração do tecido. O posicionamento da agulha é comumente guiado por 
ultrassom. A coleta do material é realizada com movimentos de vai-e-vem da seringa. O 
procedimento descrito poderá ser repetido diversas vezes, até que se obtenha quantidade suficiente 
de material, que posteriormente será colocado em lâminas. 
2. Biópsia por agulha grossa (Core biopsy): A biópsia de fragmento com agulha ou core biopsy consiste 
na retirada de fragmentos de tecido, com uma agulha de calibre um pouco mais grosso que da PAAF, 
acoplada a uma pistola especial. O posicionamento da agulha de biópsia poderá ser guiado por 
ultrassom, mamografia ou ressonância magnética. O procedimento é realizado com anestesia local e 
geralmente se retiram vários fragmentos de alguns milímetros. Esse é geralmente o tipo de biópsia 
preferido se houver suspeita de câncer de mama 
Referência: 
HOFFMAN, Barbara L.; SCHORGE, John O.; HALVORSON, Lisa M.; et al. Ginecologia de Williams.Grupo A, 
2014. 9788580553116. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788580553116/. 
Acesso em: 15 jun. 2022. 
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9788580553116/pageid/361 
 
 
 
 
 
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9788580553116/pageid/361

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