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CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DE SÃO PAULO Curso de Graduação em Engenharia Civil RETROFIT EM DATA CENTER ALISSA SANTOS DA SILVA MAURICIO MACEIRAS SEIJAS WERNER KUSTER MARQUES São Paulo 2022 CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DE SÃO PAULO ALISSA SANTOS DA SILVA MAURICIO MACEIRAS SEIJAS WERNER KUSTER MARQUES RETROFIT EM DATA CENTER Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Engenharia Civil, do Centro Universitário Estácio de São Paulo, como requisito parcial à obtenção do título de Bacharel em Engenharia Civil. Orientador: Prof. Mestre Robson da Costa Fontes São Paulo 2022 Ficha catalográfica Quando finalizado o trabalho, deve-se contatar a Bibliotecária, Sra. Roselaine Ricardo de Bastos Novato (roselaine.novato@estacio.br) responsável pela Biblioteca da Unidade Sto. Amaro, solicitar orientação quanto ao conteúdo da FICHA CATALOGRÁFICA e enviar o FORMULÁRIO_FICHA CATALOGRÁFICA_TCC-2 . O TCC deve ter esta ficha totalmente preenchida da forma correta no ato a sua entrega à Banca Avaliadora. Sua localização é no verso da folha de rosto para versão impressa ou após a folha de rosto na versão digital. Deve ser redigida em fonte Arial, 10, com margem alinhada à esquerda e entrelinhas simples. FOLHA DE APROVAÇÃO ALISSA SANTOS DA SILVA MAURICIO MACEIRAS SEIJAS WERNER KUSTER MARQUES RETROFIT EM DATA CENTER Trabalho de Conclusão de Curso aprovado, como requisito parcial, para obtenção do grau de Bacharel em Engenharia Civil, do Centro Universitário Estácio de São Paulo. Aprovada em 15 de junho de 2022. Banca Examinadora: ___________________________________________ Prof. Me. Robson Fontes da Costa (Orientador) _____________________________________________ Prof. Dr. Antônio C. da F. Bragança Pinheiro (Examinador) ____________________________________________ Prof. Me. Alexandre César de Pinho Bandeira (Examinador) RESUMO A atividade nesse estudo foi em estabelecer critérios conceituais, técnicos e aplicações de processos que permitam as instalações atuais de data center (termo inglês que significa “Centro de Processamento de Dados”) serem alteradas e migradas para uma nova configuração de infraestrutura civil, elétrica, telecomunicações, segurança e climatização sem comprometer o funcionamento de toda estrutura atual que funciona em regime de 24 horas por dia. Nos critérios conceituais estudados destacamos a reengenharia e o conceito de retrofit, termo inglês que significa “Colocar o antigo em forma”. Neste estudo de caso, identificou a necessidade na modernização da estrutura do cabeamento lógico para receber novos equipamentos de TI, subsequente a necessidade na ampliação de novos quadros elétricos e de circuitos elétricos para a energização dos equipamentos, esse aumento como consequência gera a necessidade na ampliação do sistema de climatização para compensar o aumento de carga térmica no ambiente. Para que isso aconteça sem ter que indisponibilizar o ambiente, o estudo contemplam instalações provisórias em cada etapa do retrofit. Palavras-chave: data center; retrofit; reengenharia. ABSTRACT The activity in this study was to establish conceptual, technical and process application criteria that allow current data center facilities (English term meaning "Data Processing Center") to be changed and migrated to a new configuration of civil, electrical, telecommunications, security and air conditioning without compromising the functioning of the entire current structure that works 24 hours a day. In the conceptual criteria studied, we highlight reengineering and the concept of retrofit, an English term that means “Putting the old in shape”. In this case study, identified the need to modernize the logical cabling structure to receive new IT equipment, subsequent to the need to expand new electrical panels and electrical circuits to energize the equipment, this increase as a consequence generates the need to expand of the air conditioning system to compensate for the increased thermal load on the environment. For this to happen without having to make the environment unavailable, the study includes provisional installations at each stage of the retrofit. Key-words: data center; retrofit; reengineering. LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Fluxo de ar dentro do data center ..................................................................... 12 Figura 2 - Interferência do cabeamento no fluxo de ar .................................................... 13 Figura 3 – Central de alarme endereçável ........................................................................ 20 Figura 4 - Desenho da configuração dos equipamentos elétricos................................. 22 Figura 5 - Sistema detecção precoce de incêndio integrado ao Gás FM 200 ............. 23 Figura 6 - Detector precoce de partículas ......................................................................... 24 Figura 7 - Detector convencional ........................................................................................ 25 Figura 8 - Planta Unifilar do painel elétrico que energizará painel futuro QDiX/Y na sala das telecomunicações .................................................................................................. 26 Figura 9 - QDX/Y do painel elétrico que energizará painel futuro QdiX/Y na sala das telecomunicações .................................................................................................................. 26 Figura 10 - Planta Unifilar do painel elétrico que energizará os circuitos dos equipamentos na sala das telecomunicações com quarenta bases plugins monopolares ........................................................................................................................... 27 Figura 11 - Modelo atual de quadro elétrico de distribuição de circuito com bases plugins ..................................................................................................................................... 28 Figura 12 - Plugs e tomadas para utilização de distribuição dos circuitos elétricos que energizará a régua de tomadas para os circuitos dos equipamentos na sala das telecomunicações .................................................................................................................. 28 Figura 13 - Bases plugins para quadro elétrico de distribuição ..................................... 29 Figura 14 - Acessório adaptador plug-in par disjuntores................................................. 29 Figura 15 - Acessório Multimedidor de grandezas elétricas ........................................... 30 Figura 16 - Planta Unifilar do painel elétrico que energizará painel futuro QD1X na sala dos UPS que alimentará ar-condicionado no Data Center..................................... 31 Figura 17 - QD1 do painel elétrico que energizará ar-condicionado A15 futuro do Data Center ............................................................................................................................. 31 Figura 18 - Ar-condicionado de precisão S23 modelo Emerson, a direita espaço físico para máquina futura .................................................................................................... 33 Figura 19 - Desenho técnico base do ar-condicionado (evaporadora) ......................... 34 Figura 20 - Detector de líquido abaixo do piso elevado .................................................. 34 Figura 21 - Local a ser instalada a nova condensadora ................................................. 35 Figura 22 - Leiaute da condensadora com várias perspectivas ..................................... 35 Figura 23 - Leiautede instalação da linha frigorígena ..................................................... 36 Figura 24 - Câmera de vídeo 360° referência Bosch....................................................... 37 Figura 25 - Câmera de vídeo 120° referência Bosch....................................................... 37 Figura 26 - Desenho técnico de montagem dos leitos aramados ................................. 38 Figura 27 - Desenho técnico de montagem dos leitos aramados ................................. 39 Figura 28 - Desenho técnico atual do ambiente ............................................................... 39 Figura 29 - Desenho técnico de montagem dos leitos aramados de elétrica .............. 40 Figura 30 - Desenho técnico de montagem dos leitos aramados de lógica ................ 40 Figura 31 - Desenho Técnico Linha Frigorígena Nova a Ser Instalada ........................ 41 Figura 32 - Desenho técnico explicativo no emprego do Roxtec................................... 41 Figura 33 - Teste de estanqueidade na aplicação de jato d’água em alta pressão ... 42 Figura 34 - Placas de piso elevado e acessórios de montagem ................................... 42 Figura 35 - Racks compondo MDA ..................................................................................... 43 Figura 36 - Contabilização de pontos lógicos ................................................................... 43 Figura 37 - Meio físico do posicionamento dos pontos de consolidação .................... 44 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ................................................................................................... 10 1.1 Justificativa ................................................................................................ 11 1.2 Objetivos ..................................................................................................... 11 1.2.1 Geral ...................................................................................................... 11 1.2.2 Específicos ............................................................................................ 12 2. REVISÃO DE LITERATURA .............................................................................. 14 3. METODOLOGIA (MATERIAL E MÉTODOS) .................................................... 18 4. ESTUDO DE CASO............................................................................................ 19 1.3 Pontos de Atenção Durante a Execução .................................................. 19 1.3.1 Descrição do Sistema de Detecção e Alarme........................................ 20 1.3.2 Laço Cruzado ........................................................................................ 20 1.3.3 Como Atua o FM200 .............................................................................. 21 1.3.4 Mecanismos de Extinção ....................................................................... 21 1.3.5 Detector Precoce HSSD STRATOS ...................................................... 23 1.3.6 Detector Óptico de Fumaça ................................................................... 24 1.4 Sistema Elétrico ......................................................................................... 25 1.4.1 Readequação do Painel QDX/Y ............................................................ 25 1.5 Especificação dos Quadros Elétricos QDiX/Y-5 ...................................... 26 1.5.1 Painel Elétrico e Circuitos para Energização da Sala de Telecomunicações ............................................................................................. 26 1.6 Readequação do Painel QD1X .................................................................. 30 1.7 Ar-condicionado de Precisão .................................................................... 31 1.7.1 Definição de Ar-condicionado de Precisão ............................................ 32 1.7.2 Sistema de Climatização ....................................................................... 32 1.7.3 Ar-condicionado de Precisão para Sala de Data Center ....................... 32 1.8 Base para Equipamento de Ar-Condicionado ......................................... 33 1.8.1 Confecção de Base para Ar-Condicionado ............................................ 33 1.8.2 Ampliar Sistema de Detecção de Líquido .............................................. 34 1.8.3 Condensadora para o Ar-Condicionado ................................................ 35 1.8.4 Acrescentar Linha Frigorígenas para o Ar-Condicionado ...................... 36 1.9 Sistema Supervisório CFTV ...................................................................... 36 1.9.1 Acrescentar Câmeras de Vídeo 360° no Data Center ........................... 36 1.9.2 Acrescentar Câmeras de Vídeo 120° no Data Center ........................... 37 1.9.3 Acrescentar Câmeras de Vídeo 360° na Sala de UPS .......................... 37 1.9.4 Acrescentar Câmeras de Vídeo 360° no Hall de Entrada ...................... 38 1.10 Infraestrutura para Cabeamentos Lógicos e Elétricos ........................... 38 1.10.1 Acrescentar Leito Aramado e seus Acessórios para Encaminhamento da Cabos Elétricos e Lógicos .................................................................................. 38 1.10.2 Piso Elevado Placa Lisa e Perfurada com Longarinas .......................... 38 1.11 Leiaute Atual do Ambiente ........................................................................ 39 1.12 Leiaute Futuro do Leito Aramado de Elétrica do Data Center ............... 40 1.13 Leiaute de Leito Aramado de Lógica do Data Center ............................. 40 1.14 Sistema de Estanqueidade e Blindagens de Circuitos Elétricos e Lógicos ................................................................................................................ 41 1.14.1 Blindagem no Ambiente do Data Center ............................................... 41 1.15 Placas de Piso Elevado na Implantação do Novo MDA no Data Center 42 1.15.1 Restruturação do Piso Elevado ............................................................. 42 1.16 Sistema de Cabeamento Estruturado ....................................................... 43 1.16.1 MDA – Retrofit Cabeamento Estruturado. ............................................. 43 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS OU CONCLUSÕES ............................................... 45 REFERÊNCIAS…………………………………………………………………………….46 10 1. INTRODUÇÃO Os data centers devem atender às necessidades em constante evolução. Tendências como o aumento da densidade de energia, computação em nuvem, computação de borda e análise de dados que acabam colocando demandas diferentes no data center. Isso geralmente exige que sejam feitas melhorias nas instalações existentes para permitir que a instalação atenda às novas demandas. Este processo é muitas vezes referido como “retrofit”. As possibilidades de retrofit são tão amplas quanto as necessidades em evolução do data center, mas geralmente fornecem uma opção econômica para aumentar a eficiência, a capacidade sem interromper a infraestrutura ou as operações do data center. Um retrofit pode resolver um problema agudo ou fazer parte de uma estratégia de melhoria contínua. Pode ser tão simples quanto adicionar monitoramento sem fio ou tão complexo quanto trocar os utilitários mecânicos, elétricos e hidráulicos. O data center atual foi concebido dentro de um edifício construído na década de 1970, nele foi instalado uma sala cofre em 2008. A sala cofre é uma estrutura que apresenta características físicas extremamente confiáveis e recomendadas pela norma ABNT 15247, dentre elas vale destacar a preocupação combate e detecção de incêndio, sistema de blindagem e isolamento total do ambiente externo com o ambiente interno que garante funcionamento e preservação dos dados em uma condição crítica de ocorrências, como incêndios, desabamentos, suportandolimites que não seriam alcançados na forma construtiva tradicional de construção de edificação. Foi realizado estudo do data center atual, onde o objetivo é conhecer as características atuais da construção e instalações dos sistemas especiais e garantir que qualquer intervenção que ocorrer não interrompa o funcionamento dos equipamentos que pode gerar um prejuízo incalculável. As atividades estudadas devem ser bem planejadas em detalhes para possibilitar o aumento da capacidade de instalação de novos equipamentos, hoje apresenta-se limitada, reduzir o consumo de energia elétrica refletida através da eficiência da climatização e aumentar a condição de instalação de novos equipamentos, que consumirão a energia oriunda da melhoria da eficiência climática do data center. 11 Por fim, deve ser apresentado uma solução com os respectivos impactos das medidas a serem adotadas para mitigar qualquer possibilidade de interrompimento do funcionamento da sala cofre. 1.1 Justificativa A importância do tema escolhido está em avaliar o planejamento do processo do retrofit e a justificava técnica para se alterar e readequar as instalações atuais, existe um risco muito grande na operação, devem ser levadas em conta as adaptações que devem ser feitas e a dificuldade de se utilizar a reengenharia para a realização do retrofit nas instalações e implantação desse novo cenário. Impulsionando essa tendência estão o aumento das densidades de TI, novas tecnologias, melhor gerenciamento da climatização do ar ou requisitos de capacidade não atendidos pelas instalações atuais. 1.2 Objetivos 1.2.1 Geral Projetar retrofit e planejar a gestão da solução para capacitar a infraestrutura física atual do data center para receber novos equipamentos que permitam implantar novas tecnologias. Para alcançar esse objetivo, a infraestrutura terá uma modernização e repaginação do seu ambiente. Será criada instalações provisórias do sistema de cabeamento estruturado com a finalidade de dar condições de movimentação dos racks instalados atualmente, criando assim, espaço físico para instalação da nova infraestrutura. Projeto inclui redimensionamento do sistema elétrico, lógico, climatização e automação. 12 1.2.2 Específicos Por se tratar de uma operação que envolve várias disciplinas, todas elas voltadas com o objetivo de criar condições de capacitar o data center a receber equipamentos modernos que demandará maior consumo de energia, climatização e transmissão de dados, mantendo sempre a segurança física e isolamento da sala cofre do ambiente externo. Os principais desafios serão expandir o sistema de climatização no ambiente do data center conforme Figura 1, dimensionar novos circuitos elétricos e cabeamento estruturado da Sala Cofre para novas demandas exigidas pelos novos equipamentos. Hoje estes serviços estão compartilhados com a sala Telecomunicações. Figura 1 - Fluxo de ar dentro do data center Fonte: ABDC - Associação Brasileira data center Deverá ser previsto e planejado a instalação de infraestrutura provisória, para manobrabilidade para criação de espaços, hoje totalmente ocupados vide Figura 2, para instalação da nova infraestrutura. Além disso, será necessário desenvolver a logística de migração das instalações de cabeamento estruturado, automação, climatização e elétrica para as novas necessidades. 13 Figura 2 - Interferência do cabeamento no fluxo de ar Fonte: Acervo Pessoal (Maceiras, 2022) 14 2. REVISÃO DE LITERATURA Seguindo as transcrições das normas no entendimento do processo de certificação e esclarecimento das características funcionais dos produtos e soluções. Declaração de conformidade, onde a ABNT declara que foram cumpridas as atividades programadas de manutenção na solução abaixo identificada em conformidade ao item 6 do PE- 047, podendo, portanto, manter o direito ao uso da placa de identificação da Marca de Segurança ABNT. IPT, proposta de classificação da resistência ao fogo de elementos e componentes construtivos, aprimoramento dos métodos de ensaio normalizados no Brasil a ABNT NBR 14432, procedimento; estruturais e de compartimentação – colapso, estanqueidade e isolamento: fuga, segurança para combate e minimização dos danos. A ABNT NBR 11515, Comitê Brasileiro de Computadores e Processamento de dados, esta Norma estabelece condições ambientais exigíveis para o armazenamento de dados em condições operacionais ou cópia de segurança (backup), transporte, bem como em emergência, aplica-se integramente, ou em partes, a todos os usuários e gestores dos ativos de informações, e abrange meios de armazenamento eletrônicos (memórias flash e Ram), magnéticos e microfilmagem. A ABNT NBR 10636 Paredes divisórias sem função estrutural - Determinação da resistência ao fogo; esta Norma prescreve o método de ensaio, classifica e gradua, quanto à resistência ao fogo, as paredes e divisórias sem função estrutural, não tratando, porém, da toxicidade dos gases emanados pelo corpo-de-prova durante a realização dos ensaios. A ABNT NBR 15247 Unidades de Armazenagem Segura Salas-Cofre para Hardware, Classificação e métodos de ensaio de resistência ao fogo. Esta Norma específica os requisitos para salas-cofre resistentes a incêndios, inclui um método de ensaio para determinação da capacidade de salas cofres para proteger conteúdos sensíveis á temperatura e umidade, método de ensaio para medir resistência mecânica e impactos. Também especifica os requisitos para os documentos técnicos que acompanham os corpos de prova e as amostras de matérias e acessórios físicos, a correlação dos corpos de prova com a documentação técnica e a preparação para o tipo de ensaio, assim como os procedimentos de ensaio. 15 A ABNT NBR IEC 60529 Graus de proteção para invólucros de equipamentos elétricos (código IP). Esta Norma define um sistema para a classificação dos graus de proteção providos para os invólucros dos equipamentos elétricos. O índice de proteção indica a resistência e a aplicabilidade do produto para uso interno ou externo dos ambientes, sejam eles para uso pessoal ou para uso em residências ou comércios. Como esses produtos são geralmente instalados em um lugar onde a temperatura ambiente, umidade, ruído ou vapor tóxico mudam a todo o momento, cuidados são necessários para a vida longa do produto/equipamento. E para isso, existe uma numeração de grau de proteção IP, que indica o quanto um produto pode ser exposto a essas condições ou não. O primeiro número corresponde ao grau de proteção contra objetos sólidos. O segundo número corresponde ao nível de proteção contra líquidos. Quanto maior o número, maior a resistência à entrada de objetos estranhos. A norma brasileira ABNT NBR 14565 tem como escopo especificar “um sistema de cabeamento estruturado para uso nas dependências de um único edifício ou um conjunto de edifícios comerciais em um campus, bem como para a infraestrutura de cabeamento estruturado de data centers. Ela cobre os cabeamentos metálico e óptico”. ASHRAE Data Center Standards American Society of Heating, Refrigerating and Air-Conditioning Engineers. Padrão de energia para edifícios, exceto edifícios residenciais de baixo crescimento é um padrão do American National Standards Institute (ANSI) publicado pela ASHRAE e patrocinado conjuntamente pela Illuminating Engineering Society (IES) que fornece requisitos mínimos para projetos de eficiência energética para edifícios, exceto para edifícios residenciais baixos (ou seja, casas unifamiliares, edifícios multifamiliares com menos de quatro andares, casas móveis e casas modulares) O padrão original, ASHRAE 90, foi publicado em 1975. Houve várias edições desde então. Em 1999, o Conselho de Administração da ASHRAE votou para estabelecer o padrão de manutenção contínua, com baseem mudanças rápidas na tecnologia de energia e nos preços da energia. Isso permite que ele seja atualizado várias vezes em um ano. O padrão foi renomeado ASHRAE 90.1 em 2001. [1] Desde então, ele foi atualizado em 2004, 2007, 2010, 2013, 2016 e 2019 para refletir tecnologias mais novas e mais eficientes. A Gartner, Inc é uma empresa de consultoria e pesquisa tecnológica com sede em Stamford, Connecticut, que realiza pesquisas sobre tecnologia e 16 compartilha essa pesquisa por meio de consultoria privada, bem como programas executivos e conferências. Seus clientes incluem grandes corporações, agências governamentais, empresas de tecnologia e empresas de investimento. De acordo com o Gartner, “embora o investimento contínuo em um data center mais antigo e tradicional possa parecer contraditório às tendências atuais, se feito com sabedoria, pode gerar benefícios significativos para o planejamento de curto e longo prazo”. (Gartner, 2016) Em termos mais simples, um data center é uma instalação física que as empresas usam para hospedar aplicativos e dados essenciais. O design de um data center é baseado em uma rede de recursos de computação e armazenamento que permitem a disponibilização de aplicativos e dados compartilhados. Os principais componentes do design de um data center incluem roteadores, switches, firewalls, sistemas de armazenamento, servidores e controladores de disponibilização de aplicativos. (©2022 Cisco Systems, Inc.) A reengenharia é comumente, mas incorretamente, usada em referência à engenharia reversa. Embora ambos se refiram à investigação adicional ou à engenharia de produtos acabados, os métodos de fazê-lo e os resultados desejados são muito diferentes. A engenharia reversa tenta descobrir como algo funciona, enquanto a reengenharia procura melhorar um projeto atual, investigando aspectos particulares dela. A reengenharia é a investigação e o redesenho de componentes individuais. Tornando o design atual e melhorando certos aspectos do mesmo. Os objetivos da reengenharia podem ser melhorar uma área específica de desempenho ou funcionalidade, reduzir custos operacionais ou adicionar novos elementos a um projeto atual. Engenharia reversa ao contrário da reengenharia, a engenharia reversa utiliza um produto acabado com o objetivo de descobrir como funciona a partir disso produzir novos produtos. O método básico usado na engenharia reversa começa identificando os componentes do sistema, seguido de uma investigação sobre a relação entre esses componentes. (Lewis J. Fagleman). Obras de retrofit; termo corresponde ao processo de revitalização de edifícios, no nosso estudo data center, envolvendo uma série de ações com o objetivo de modernização e adaptação das instalações. O trabalho ajuda a preservar os pontos positivos de um espaço ou construção existente, atualizando equipamentos obsoletos e aspectos ultrapassados ou deteriorados, atualizando o data center às exigências atuais e permitindo acolher novas tecnologias e maior eficiência 17 energética. Todas essas mudanças, adequações e melhorias de equipamentos e instalações, com as obras de retrofit, visam aumentar a eficiência energética e capacidade de carga do data center. Retrofit versus reforma; a reforma é um processo mais simples, sendo uma pequena intervenção que não altera por completo o espaço. Já o retrofit envolve uma atuação mais ampla na atualização e modernização do prédio ou instalações, podendo ser em um ou diversos sistemas e estruturas, como energia iluminação, detecção e combate de incêndio, capacidade térmica e capacidade elétrica. Os principais motivos para obras de retrofit são os custos de manutenção que cada vez estão mais elevados; fim da vida útil das instalações; adaptação do data center a novas tecnologias sustentáveis. Ao iniciar as obras de retrofit, os responsáveis precisam fazer um estudo detalhado do que será contemplado no projeto, diversos aspectos podem passar por esse processo de modernização do data center. Deve-se entender os elementos prioritários, assim é possível estabelecer os cuidados necessários durante o projeto para não prejudicar o funcionamento do data center. Também é necessário pesquisar os melhores materiais com bom custo- benefício e os fornecedores adequados para comprar esses novos equipamentos. Além disso, deve-se avaliar a mão de obra especializada para atuar no projeto. Por fim realizar a modernização das estruturas, com acompanhamento dos prazos, dos custos e um gerenciamento de obras eficiente até a entrega final. 18 3. METODOLOGIA (MATERIAL E MÉTODOS) Há muitas coisas críticas a serem consideradas ao atualizar as instalações existentes em um data center. A complexidade das instalações que envolve um data center em operação é uma tarefa muito mais difícil e complexa do que projetar um novo e exigira um investimento muito maior. No estudo da viabilidade do retrofit deve ser considerado se há espaço físico para os novos equipamentos, se há acesso para trazer os novos equipamentos para a retirada do antigo e verificar se o novo equipamento pode ser montado no lugar. A localização do novo equipamento permite uma fácil interligação com o sistema existente. O sistema existente tem capacidade suficiente para permitir que os componentes existentes sejam desenergizados e novos componentes colocados em serviço. Prever na nova instalação para que não afete o sistema existente e os componentes de infraestrutura ligações temporárias. Assegurar que os serviços de utilidade antes para colocar novos componentes on-line. Assegurar que os dispositivos de isolamento são adequados, para permitir a interconexão do novo sistema com o existente. Assegurar um método de procedimento provisório para viabilizar as novas instalações. Verificar necessidade de realizar instalações com equipamentos energizados (elas devem ser evitadas o máximo possível). Fundamental comissionar a instalação após a implementação das atualizações. Verificar a necessidade de sistemas temporários e equipamentos para suportar as cargas dos sistemas a serem substituídos. Os equipamentos temporários devem ser comissionados. Minimizar o trabalho em sistemas elétricos energizados e de água pressurizada. Verificar sequências de controle sem interromper as operações críticas. Por último o equipamento desatualizado pode ser removido com segurança para reduzir o risco às operações no final do projeto. 19 4. ESTUDO DE CASO O projeto foi idealizado em um data center construído em 2008 e está em operação desde então, sem alterações em sua infraestrutura, defasado com as necessidades atuais. A modernização dos sistemas para alcançar os objetivos do retrofit do data center foi dividido por disciplinas listados abaixo. 1.3 Pontos de Atenção Durante a Eexecução Os sistemas automáticos de detecção e alarme de incêndio avisam o ser humano do perigo de um incêndio e permitem a sua intervenção quando o perigo é, geralmente, ainda insignificante. Servem, portanto, para proteger a vida humana e salvaguardar os bens materiais e culturais. Este objetivo representa uma grande responsabilidade para os especialistas, encarregados de estabelecer os projetos de tais sistemas, porque na óptica de detecção de incêndios, cada edifício, ou cada área, apresenta problemas diferentes no surgimento e desenvolvimento dos incêndios. As instalações de detecção de incêndios devem ser concebidas distintamente, segundo o tipo de edifício, construção e utilização, de tal modo que juntamente com as medidas arquitetônicas de proteção preventiva, os sistemas possam reduzir ao mínimo os prejuízos causados pelo sinistro. A constituição de sistemas de detecção de incêndios não se limita a aspectos importantes da técnica de aplicação, tais como a escolha do detector, de sua sensibilidade e de sua localização. Talinstalação deve também dispor de uma organização de alarme adaptada a cada local. A escolha do material, dos métodos de montagem, assim como a conservação, desempenha um papel importante na confiabilidade do sistema. Deve-se atender a estes diferentes fatores na concepção global de detecção de incêndios. 20 1.3.1 Descrição do Sistema de Detecção e Alarme O sistema de detecção e alarme, conjugado com o sistema de supressão por FM- 200 deste projeto utiliza o modo de atuação por laço cruzado. 1.3.2 Laço Cruzado É utilizado em áreas onde se deseja ter uma maior garantia de que está ocorrendo um incêndio antes da ordem para a atuação do sistema de combate. Este sistema de atuação é constituído por zonas de detectores independentes, onde é necessária a atuação de dois detectores configurados em diferentes zonas, para iniciar o processo de disparo de gás. Existem dois tipos de alarmes distintos na área, ou seja, o pré-alarme e o abandono de área. Ao ocorrer detecção de fumaça em uma das zonas é acionado o pré-alarme. Neste momento a sirene do ambiente começa a tocar. Caso um detector do segundo laço atue, é iniciado um tempo de atraso (30 segundos) no disparo e acionado imediatamente a sirene informando que haverá descarga de agente extintor na área. Neste momento o toque da sirene muda, indicando que ocorreu um evento de incêndio. A Figura 3 é um modelo de uma central inteligente do fabricante NOTIFIER com o seu funcionamento comentado acima. Figura 3 – Central de alarme endereçável Fonte: Central de alarme NFS-320 NOTIFIER 21 1.3.3 Como Atua o FM200 O FM 200 (HFC 227) com a designação de Heptafluorpropano é um gás químico fabricado pela Dupond e pela Great Lakes. Pelo fato de não conter os compostos de bromo nem de cloro os efeitos sobre a camada de ozônio são nulos sendo uns dos gases permitidos após o protocolo de Montreal. O nível de toxidade é baixo sendo a concentração necessária para a extinção do incêndio de 7% e inferior á concentração mínima considerada perigosa de 9% por NOAEL 2001-26. 1.3.4 Mecanismos de Extinção O FM-200 extingue o incêndio por mecanismos ativos. Inicialmente age resfriando fisicamente a chama no nível molecular. Por ser um excelente condutor térmico, o FM-200 literalmente remove energia térmica do incêndio, a tal ponto que a reação de combustão não consegue se sustentar. Simultaneamente, a ação química do FM-200, através dos radicais livres agindo sobre o fogo, definitivamente inibe a reação em cadeia entre combustível, comburente e calor, interrompendo a combustão. Tendo em vista a Figura 4, a configuração do sistema de combate a incêndio integrado com a central de alarme com seus respectivos equipamentos mecânicos e elétricos. 22 Figura 4 - Desenho da configuração dos equipamentos elétricos Fonte: Acervo Pessoal (Maceiras, 2022) O agente FM-200, a exemplo da Figura 5, é armazenado como líquido, minimizando o espaço de armazenagem, porém é descarregado em estado gasoso, com o auxílio do agente propelente nitrogênio, alcançando todos os espaços da instalação protegida. É um agente não-condutor de eletricidade, não deixa resíduos nos equipamentos mais sensíveis e não precisa de limpeza. Isso permite uma rápida retomada das atividades. Os sistemas FM-200 são desenvolvidos para descarregar o agente supressor em, no máximo, 10 segundos após o comando de disparo, eliminando, imediatamente, os riscos de maiores danos. É a opção mais recomendada para suprimir o fogo em ambientes com equipamentos elétricos. (KIDDE, 2016). 23 Figura 5 - Sistema detecção precoce de incêndio integrado ao Gás FM 200 Fonte: Acervo Pessoal (Maceiras, 2022) 1.3.5 Detector Precoce HSSD STRATOS A Figura 6 representa a última tecnologia em detecção precoce de fumaça, pois permite a detecção segura do princípio de incêndio em seu estágio incipiente, antes mesmo do aparecimento de fumaça visível, chama ou calor intenso. Possui uma sensibilidade até 1.000 vezes superior à dos detectores de fumaça pontuais ou inteligentes, podendo detectar princípios de incêndio com muita antecedência de forma confiável, graças ao emprego de laser com software de discriminação de diâmetro das partículas, denominado ClassiFire.Unidade desenhada para detecção de fumaça em sua fase inicial, ideal para proteção de risco com um alto valor e onde precise de uma detecção ultrarrápida. Unidade dotada de câmara de análise com tecnologia laser de 3ª geração. O detector precoce é tão eficaz, que pode detectar e alarmar situações de princípio de incêndio, com dias de antecedência, evitando prejuízos e paradas desnecessárias em um centro de informática. 24 Figura 6 - Detector precoce de partículas Fonte: https://www.digisensor.com.br/wp-content/uploads/2020/12/Stratos- Micra-25.pdf 1.3.6 Detector Óptico de Fumaça Este equipamento é instalado em áreas internas, localizando focos de incêndio na fase em que a fumaça seja um indício do princípio de incêndio. O detector óptico de fumaça, vide Figura 7, utiliza o efeito tyndall, (O efeito tyndall ocorre quando há a dispersão da luz pelas partículas coloidais. Neste caso, é possível visualizar o trajeto que a luz faz, pois, estas partículas dispersam os raios luminosos) detectando a fumaça que penetra numa câmara escura. Uma fonte emissora de luz (LED), com radiação infravermelha pulsante, ilumina uma reduzida zona desta câmara escura em forma de labirinto. Com a entrada de fumaça nessa câmara escura a luz se dispersa, de forma difusa, incidindo sobre um fotorreceptor, na realidade, um semicondutor fotossensível. Este é ligado a uma memória eletrônica e um disparador de alarme. O fundo contém os contatos de ligação na base e os componentes eletrônicos protegidos contra umidade por encapsulamento total. O transmissor de luz e o fotorreceptor estão montados de forma sobressalente em uma blindagem óptica e elétrica. 25 Figura 7 - Detector convencional Fonte: https://www.digisensor.com.br/produtos/detecção-de-incêndio/ 1.4 Sistema Elétrico 1.4.1 Readequação do Painel QDX/Y Readequar internamente os barramentos elétricos para colocação de um disjuntor adicional ABB (3P 200 A 15KA 38KW 220V), para tal será necessário adequar a posição dos TVSS 15KA (protetor contra surto elétrico) para acomodar o novo disjuntor que será denominado de QDiX/Y 5, vide Figura 8 e 9. A sua readequação deverá ocorrer com o painel desenergizado, para tal foi programada uma data conforme o cronograma de obras vigente, com isso mitigamos menos impactos no ambiente com relação aos serviços do Estado de São Paulo, caso ocorra algum incidente não programado. 26 Figura 8 - Planta Unifilar do painel elétrico que energizará painel futuro QDiX/Y na sala das telecomunicações Fonte: ELE-SEFAZSP-F02-R01-QDX_QDY.dwg. Figura 9 - QDX/Y do painel elétrico que energizará painel futuro QdiX/Y na sala das telecomunicações Fonte: Acervo Pessoal (Maceiras, 2022) 1.5 Especificação dos Quadros Elétricos QDiX/Y-5 1.5.1 Painel Elétrico e Circuitos para Energização da Sala de Telecomunicações Painel elétrico, vide Figura 10, denominado QDiX/Y, com suas especificações de disjuntor de alimentação geral em caixa moldada e de distribuição de circuitos elétricos ABB como mostra as Figuras 11, 12 e 13 (caixa moldada 3P 200 A 15KA 44KVA 220V; circuitos de distribuição 2P 32 A 10KA com bases plug-ins) onde será denominado de QDiX/Y-5. 27 Disjuntores para quarenta circuitos elétricos no total, sendo vinte circuitos bifásicos para linha X e outros vinte circuitos bifásicos para linha Y. Os circuitos são compostos de cabo de alimentação com isolação de 1KV tipo antichama, seção 4mm², encapsulado no formatoUTP com três vias, nas cores verde, preto, azul, montado em um plug 2P+T – 32 A, linha ABB código 232C6W, com tomada 2P+T – 32 A, linha ABB código 232P6W, para acabamento das conexões utilizar terminais ilhós nas conexões e identificação do uso de tiquetas industrializadas, marcando a posição do cabo com referência ao disjuntor de alimentação. A sua instalação deverá ocorrer com o painel desenergizado, para tal foi programada uma data conforme o cronograma de obras vigente, com isso mitigamos menos impactos no ambiente com relação aos serviços do Estado de São Paulo, caso ocorra algum incidente não programado. Figura 10 - Planta Unifilar do painel elétrico que energizará os circuitos dos equipamentos na sala das telecomunicações com quarenta bases plugins monopolares Fonte: ELE-SEFAZSP-F03-R02-QDIX_QDiY.dwg 28 Figura 11 - Modelo atual de quadro elétrico de distribuição de circuito com bases plugins Fonte: Acervo Pessoal (Maceiras, 2022) Figura 12 - Plugs e tomadas para utilização de distribuição dos circuitos elétricos que energizará a régua de tomadas para os circuitos dos equipamentos na sala das telecomunicações Fonte: https://new.abb.com/products/2CMA166584R1000/232c6w 29 Figura 13 - Bases plugins para quadro elétrico de distribuição Fonte: Acervo Pessoal (Maceiras, 2022) A Conexão de disjuntores, com base plug-in possibilita a substituição com o sistema energizado com o uso de adaptadores conforme Figura 14, para disjuntores mono, bi e tripolar até 63A, com largura de 18mm por polo. Figura 14 - Acessório adaptador plug-in par disjuntores Fonte: https://www.se.com/br/pt/search/base+plugin Todos os quadros elétricos, circuitos de alimentação deverá apresentar identificação de suas distribuições e local de origem, com etiquetas de fabricação comercial, em base de acrílica para quadros elétricos e em pvc para cabos de circuitos de alimentação. Os quadros elétricos devem conter Multimedidor, vide Figura 15, modelo Schneider Power Logic PM210 30 Figura 15 - Acessório Multimedidor de grandezas elétricas Fonte: Acervo Pessoal (Maceiras, 2022) 1.6 Readequação do Painel QD1X Readequar internamente os barramentos elétricos conforme Figuras 16 e 17 para colocação de um disjuntor adicional ABB (3P 50 A 15KA 19KVA 380V), para alimentação de máquina de clima (ar-condicionado de precisão) denominada A15, conforme os padrões de projeto. A sua readequação deverá ocorrer com o painel desenergizado, para tal foi programada uma data conforme o cronograma de obras vigente, com isso mitigamos menos impactos no ambiente com relação aos serviços do Estado de São Paulo, caso ocorra algum incidente não programado. 31 Figura 16 - Planta Unifilar do painel elétrico que energizará painel futuro QD1X na sala dos UPS que alimentará ar-condicionado no Data Center Fonte: ELE-SEFAZSP-F04-R04-QD1_QD2.dwg Figura 17 - QD1 do painel elétrico que energizará ar-condicionado A15 futuro do Data Center Fonte: Acervo Pessoal (Maceiras, 2022) 1.7 Ar-condicionado de Prescisão 32 1.7.1 Definição de Ar-condicionado de Precisão Ar-condicionado de precisão deve manter a temperatura apropriada e controlar a umidade relativa em ambientes de alta tecnologia. Ele funciona como um ar- condicionado para salas que abrigam tecnológicos equipamentos responsáveis pelo armazenamento de importantes informações de diversos setores. Manter o ar em uma temperatura precisa e é essencial para que os bancos de dados funcionem com excelência. Composto por uma unidade externa, que costuma ficar posicionada fora dos edifícios e construções, e por uma unidade interna, de acordo com o dimensionamento de projetos, simplificadamente é um ar-condicionado de precisão para data centers. 1.7.2 Sistema de Climatização Um dos modos mais convencionais e eficientes para climatização em data centers é o insuflamento sob o piso elevado com o sistema de corredores quente e frio. Aproximadamente cem por cento da energia elétrica utilizada no data center é convertida em calor que precisa ser retirada do ambiente. Há várias técnicas disponíveis atualmente que podem ser utilizadas pelos projetistas e operadores para que seja feito de maneira eficiente. (MARIN, 2011, p.131) Utilizando racks enfileirados, um de frente para o outro, o ar frio entra pela frente dos racks através de placas perfuradas de piso elevado e é atraído pelos coolers dos servidores e ejetado pela parte traseira onde está o corredor quente. Por esse corredor o ar volta a unidade de ar condicionado, onde é refrigerado e o ciclo é repetido. (VERAS, 2009). 1.7.3 Ar-condicionado de Precisão para Sala de Data Center 33 Acrescentar uma máquina de ar-condicionado de 23KW como mostra a Figura 18, (6,5 Tonelada de refrigeração hora, modelo EMERSON S23UA251V300020MX05126611, 380V/3PH/60HZ+NPE, GÁS R407C, controle de umidade e reservatório de água para umidificação do ambiente). Interligação com o sistema de automação vigente no local (Monitoramento atraves do Software Elipse), acoplar ao sistema de detecção precoce de incêndio (Stratos), integrar ao sistema de detecção de líquidos. Figura 18 - Ar-condicionado de precisão S23 modelo Emerson, a direita espaço físico para máquina futura Fonte: Acervo Pessoal (Maceiras, 2022) 1.8 Base para Equipamento de Ar-Condicionado 1.8.1 Confecção de Base para Ar-Condicionado Base para ar-condicionado, vide Figura 19, do sistema de evaporação conforme características técnicas atuais bases existentes no ambiente data center. 34 Figura 19 - Desenho técnico base do ar-condicionado (evaporadora) Fonte: https://www.vertiv.com/pt-latam/products-catalog/thermal-management/room- cooling/liebert-ds-direct-expansion-cooling-system/ 1.8.2 Ampliar Sistema de Detecção de Líquido Sensor de vazamento/detector de líquido, vide Figura 20, é usado para detectar presença de líquidos condutores (água, por exemplo). Ele é projetado para a detecção precoce de vazamentos de água para proteger equipamentos elétricos e eletrônicos sensíveis à umidade. O detector de entrada de água consiste em um sistema de monitoração eletrônico e um eletrodo correspondente, que pode ser estendido pelo usuário (rosqueando-se os extensores, ou conectando-se a um fio de cobre nu para circundar perímetros de salas, por exemplo). Figura 20 - Detector de líquido abaixo do piso elevado Fonte: Acervo Pessoal (Maceiras, 2022) 35 1.8.3 Condensadora para o Ar-Condicionado Acrescentar uma condensadora conforme Figura 21 e 22 para integrar a máquina de ar-condicionado, conforme as existentes instaladas no local, manter o leiaute devido ao espaço físico do local. Figura 21 - Local a ser instalada a nova condensadora Fonte: Acervo Pessoal (Maceiras, 2022) Figura 22 - Leiaute da condensadora com várias perspectivas Fonte: Mecalor solução - 010 - Montagem no Prédio 36 1.8.4 Acrescentar Linha Frigorígenas para o Ar-Condicionado Fornecimento e instalação da linha frigorígena conforme Figura 23 para atender ar-condicionado futuro, interligando a evaporadora a ser instalada no data center e a condensadora localizada no corredor técnico (sala das condensadoras) Figura 23 - Leiaute de instalação da linha frigorígena Fonte: CLI-SEFAZSP-F02-R00-DETALHES 1.9 Sistema Supervisório CFTV 1.9.1 Acrescentar Câmeras de Vídeo 360° no Data Center Câmeras da linha profissional compatível ao sistema de supervisão Digifort, câmera com abertura 360°, vide Figura 24, grande angular com infravermelho (visão noturna), referência Bosch-AUTODOME IP STALIGHT 7000 HD-PTZ 2MP HDR 30X CLEAR IP66 PENDANT – VG5-7230 – EPC5. 37 Figura 24 - Câmera de vídeo 360° referênciaBosch Fonte: https://www.boschsecurity.com/xl/pt/solucoes/sistemas-de-video/cameras-ip/ 1.9.2 Acrescentar Câmeras de Vídeo 120° no Data Center Câmeras da linha profissional compatível ao sistema de supervisão Digifort, câmera com abertura 120°, conforme Figura 25, referência Bosch-DINION IP BULLET 5000 HD -NTI-50022-A3S. Figura 25 - Câmera de vídeo 120° referência Bosch Fonte: https://www.boschsecurity.com/xl/pt/solucoes/sistemas-de-video/cameras-ip/ 1.9.3 Acrescentar Câmeras de Vídeo 360° na Sala de UPS Câmera da linha profissional compatível ao sistema de supervisão Digifort, câmera com abertura 360° grande angular com infravermelho (visão noturna), referência Bosch-AUTODOME IP STALIGHT 7000 HD-PTZ 2MP HDR 30X CLEAR IP66 PENDANT – VG5-7230 – EPC5. 38 1.9.4 Acrescentar Câmeras de Vídeo 360° no Hall de Entrada Câmera da linha profissional compatível ao sistema de supervisão Digifort, câmera com abertura 360° grande angular com infravermelho (visão noturna), referência Bosch-AUTODOME IP STALIGHT 7000 H. 1.10 Infraestrutura para Cabeamentos Lógicos e Elétricos 1.10.1 Acrescentar Leito Aramado e seus Acessórios para Encaminhamento de Cabos Elétricos e Lógicos Leito aramado nas medidas 500mmL x 200mmH, 400mmL x 200H, 300mmLx200mmH, tendo em vista Figura 26. Figura 26 - Desenho técnico de montagem dos leitos aramados Fonte: CLI-SEFAZSP-F03-R00-DETALHES 1.10.2 Piso Elevado Placa Lisa e Perfurada com Longarinas 39 Placas de piso elevado conforme as características técnicas existentes, vide Figura 27, placas de piso elevado lisas, placas perfuradas com reforço de longarinas para readequar novo leiaute do ambiente do data center. Figura 27 - Desenho técnico de montagem dos leitos aramados Fonte: CLI-SEFAZSP-F03-R02-DETALHES 1.11 Leiaute Atual do Ambiente Figura 28 - Desenho técnico atual do ambiente Fonte: CIV-SEFAZSP-F03-R00-LAYOUT 40 1.12 Leiaute Futuro do Leito Aramado de Elétrica do Data Center Figura 29 - Desenho técnico de montagem dos leitos aramados de elétrica Fonte: Acervo Pessoal (Maceiras, 2022) 1.13 Leiaute de Leito Aramado de Lógica do Data Center Figura 30 - Desenho técnico de montagem dos leitos aramados de lógica Fonte: Acervo Pessoal (Maceiras, 2022) 41 Figura 31 - Desenho Técnico Linha Frigorígena Nova a Ser Instalada Fonte: CLI-SEFAZSP-F01-R00-ENCAMINHAMENTO 1.14 Sistema de Estanqueidade e Blindagens de Circuitos Elétricos e Lógicos 1.14.1 Blindagem no Ambiente do Data Center Para manter as características técnicas da vedação do ambiente (estanqueidade, umidade, temperatura), readequar a blindagem após a remoção do cabeamento elétrico e lógico após a instalação do quadro elétrico QDiX/Y5 na sala de telecomunicações. Seguir as especificações atuais para manter a estanqueidade da sala cofre no uso de Roxtec, vide Figura 32 e 33, (baseada em vedação modular com camadas de borracha removíveis), conforme projeto construtivo da sala cofre. Figura 32 - Desenho técnico explicativo no emprego do Roxtec Fonte: https://www.roxtec.com/br/ 42 Figura 33 - Teste de estanqueidade na aplicação de jato d’água em alta pressão Fonte: https://www.roxtec.com/br/ 1.15 Placas de Piso Elevado na Implantação do Novo MDA no Data Center 1.15.1 Restruturação do Piso Elevado Repaginação do piso elevado para nova demanda de placas lisas e perfuradas conforme características atuais do ambiente, como mostra Figura 34, promovendo uma melhor rota de corredores quente e frio no espaço. Instalação de longarinas para reforço estrutural no enquadramento das placas do piso elevado e seus acessórios. Figura 34 - Placas de piso elevado e acessórios de montagem Fonte: Portifólio de produtos TATE 43 1.16 Sistema de Cabeamento Estruturado 1.16.1 MDA – Retrofit Cabeamento Estruturado. Restruturação de infraestrutura de cabeamento lógico, elétrica e racks como mostra as Figuras 35, 36 e 37 para montagem do sistema de conexões MDA (Main Distribution Area). Figura 35 - Racks compondo MDA Fonte: Acervo Pessoal (Maceiras, 2022) Figura 36 - Contabilização de pontos lógicos Fonte: Acervo Pessoal (Maceiras, 2022) 44 Figura 37 - Meio físico do posicionamento dos pontos de consolidação Fonte: https://www.furukawalatam.com/pt-br/pesquisa- resultado?q=ponto%20de%20consolida%C3%A7%C3%A3o 45 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS OU CONCLUSÕES Ao implementar um retrofit em fases, pode se obter um crescimento significativo em suas instalações existentes, reduzindo os requisitos de refrigeração e liberando energia para cargas de trabalho de TI adicional. Essa atividade não é isenta de riscos, porque qualquer movimentação de equipamentos físicos dentro de um data center de produção ao vivo é arriscada. Do ponto de vista do orçamento, também é mais fácil de implementar, porque os requisitos de capital são distribuídos por vários trimestres, em comparação com um projeto de construção de data center tradicional. Além disso, os custos totais serão significativamente menores do que uma nova construção, com muitos dos mesmos benefícios. O espaço físico do data center pode ser subutilizado devido a cargas de trabalho reduzidas. No entanto, ele pode precisar ser otimizado para reduzir os requisitos de espaço em rack, energia e refrigeração, liberando espaço para reduzir custos operacionais, bem como lidar com cargas de trabalho de alta densidade. Os requisitos de computação continuam a crescer, mas o uso do espaço existente é ineficiente. A TI deve reprojetar o espaço em branco do data center para dar suporte ao crescimento projetado. Cargas de trabalho novas (ou existentes) estão gerando a necessidade de maiores densidades de energia e resfriamento, e as instalações atuais podem não as suportar. Se mover cargas de trabalho para outro lugar não for uma opção, soluções alternativas devem ser avaliadas. 46 REFERÊNCIAS ABNT NBR 6118, 03/2004 - Projeto de estruturas de concreto - Procedimento ABNT NBR 14432, 11/2001 - Exigências de resistência ao fogo de elementos construtivos de edificações – Procedimento ABNT NBR11515, 12/2007 - Guia de práticas para segurança física relativas ao armazenamento de dados ABNT NBR 10636, 03/1989 - Paredes divisórias sem função estrutural - Determinação da resistência ao fogo ABNT – PE – 047.07, 11/2019 - Certificação de Salas-Cofre e Cofres para Hardware ABNT NBR 15247, 01/2005 – Unidades de armazenagem segura – Salas-cofre e cofres para hardware – Classificação e métodos de ensaio de resistência ao fogo ABNT NBR IEC 60529, 04/2017 – Graus de proteção providos por invólucros (Código IP) ABNT NBR 14565, 06/2000 - Procedimento básico para elaboração de projetos de cabeamento de telecomunicações para rede interna estruturada ASHRAE Data Center Standards American Society of Heating, - ANSI/ASHRAE 90.4-2019, Norma de Energia para Data Centers CARUSO, C. A. A; STEFFEN, F. D. Segurança em Informática e de Informações. 3ª Ed. Ver e ampl. São Paulo: Senac, 2006. COMMSCOPE. Data Center Infrastructure Management (DCIM). Disponível em: <http://pt.commscope.com/Solutions/Data-Center-Infrastructure-Management- (DCIM)/>. Acesso em: 10 abr. 2022. https://www.cisco.com/c/pt_br/solutions/data-center-virtualization/what-is-a-data- center.html KIDDE. Catálogo de produtos, sistemas e serviços. Disponível em: <http://www.kidde.com.br/ProductsSystemsAndServices/pages/fm200gas.aspx>. Acesso em: 11 abr. 2022. MARIN, P. S. Data Centers: Desvendando cada passo: conceitos, projetos, infraestrutura física e eficiência energética. 1ª Ed. São Paulo: Érica, 2011. OLIVEIRA, D. Infraestrutura e Data Center são prioridades dos CIOs na América Latina. Disponível em: <http://www.itforum365.com.br/noticias/detalhe/119252/infraestrutura-e-data-center-sao-prioridades-dos-cios-na-america- latina>. Acesso em: 20 maio. 2022. 47 STARTUPI. Gartner anuncia principais tendências para Data Center, Infraestrutura e Operações. Disponível em: http://startupi.com.br/2016/04/gartner-anuncia-principais- tendencias-para-data-center-infraestrutura-e-operacoes>. Acesso em: 21 maio. 2022. SCHNEIDER ELETRIC. Gestão da Infraestrutura de Data Centers. Disponível em: <http://www.schneider-electric.com.br/pt/work/solutions/system/s4/data-center-and- network-systems-dcim/>. Acesso em: 12 abr. 2022. TELECO. Data Center I: Classificações e Normas de Data Centers. Disponível em: <http://www.teleco.com.br/tutoriais/tutorialdcseg1/default.asp>. Acesso em: 4 mar. 2022. TELECO. Redes de Computadores I: Segurança Física. Disponível em: <http://www.teleco.com.br/tutoriais/tutorialitil/default.asp>. Acesso em: 4 mar. 2022. UPTIME INSTITUTE. Consultoria de DCIM – Programa de TI eficiente. Disponível em: <https://pt.uptimeinstitute.com/consulting-certification/efficient- it/dcim-consulting>. Acesso em: 30 abr. 2022. VERAS, M. Datacenter: Componente Central da Infraestrutura de TI. Rio de Janeiro: Brasport, 2009.
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