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Aspectos psicológicos do atendimento odontopediátrico

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Aspectos psicológicos do atendimento 
odontopediátrico 
“A criança não é uma boca que anda” 
É necessário oferecer um conforto à criança e 
aos pais antes, durante e após o procedimento. 
É necessário compreender as questões que 
permeiam o atendimento odontológico infantil, 
através do entendimento do processo de 
desenvolvimento emocional da criança 
 
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➔ Não focar só no tratamento 
preventivo/restaurador 
➔ Aspectos sobre o desenvolvimento 
psicológico 
➔ Abordagem dos pais/acompanhantes 
➔ Preparo da equipe e do ambiente 
odontológico 
➔ Técnicas de manejo 
➔ Paciência e persistência. 
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Medo objetivo: experiencias vividas 
diretamente pela criança. 
Esse medo objetivo poder ser de 2 tipos: 
• Direto → experiencia ruim no dentista 
• Indireto → experiencia ruim com algo 
associado a saúde que a remete ao 
consultório odontológico 
Medo subjetivo: relatos de experiencias 
desagradáveis. Expressões faciais de temor. 
Ansiedade 
• Perguntas: “o que você vai fazer agora?” 
“o que tem ali dentro?” “o que é tal 
coisa?” 
Para crianças ansiosas, devemos mostrar tudo 
que vamos fazer, introduzir essa criança ao 
procedimento. 
Agressividade 
• Bater 
• Chute 
• Cuspe 
• Beliscão 
Birra 
Choro: é uma reação comum da criança. O choro 
tem origem do medo, dor, cansaço, birra... 
É a nossa primeira forma de comunicação, 
portanto, quando não sabe explicar/explanar 
seus sentimentos. 
Devemos tranquilizar, certificar-se do 
procedimento anestésico, distrair criança e em 
casos de birra – fazer controle de voz. 
Devemos iniciar os cuidados preventivos, 
devemos introduzir a criança a clínica, para que 
ela possa se familiarizar com o ambiente, 
fazendo com que o momento seja menos 
“doloroso” emocionalmente. 
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➔ Primeira infância (0 a 3 anos) 
No 1° ano, totalmente dependente de seus pais 
ou cuidadores primários. 
No 2° ano, o bebe observa adultos e tenta imita-
los. 
A partir dos 3° ano de vida é mais fácil de 
interagir com a criança, porque ela já 
compreende, questiona e é capaz de responder 
o que lhe é perguntado. 
➔ Segunda infância (4 a 9 anos) 
No 4° ano a criança já tem um maior 
entendimento, portanto, tem muita 
curiosidade, e devemos usar isso ao nosso favor 
no tratamento. 
A partir do 5 e 6° ano criança já começa a 
cooperar mais e tem mais capacidade de 
perceber quando as pessoas são sinceras. 
A partir dos 7° ano a criança já aceita melhor 
seus deveres e nesta fase é mais fácil a 
adaptação ao seu raciocínio e compreensão 
• Do 5 ao 7° ano, “comprar” a criança com 
presente. Recompensar pela sua “ajuda” 
Dos 8 aos 9 anos, a criança está ansiosa por 
acabar o tratamento logo, então coopera mais 
➔ Terceira infância (dos 10 anos aos 12 
anos) 
Nesse período não devemos tratar o paciente 
como criança mais. Eles querem ser tratados 
como adultos. Portanto, explicamos para eles o 
procedimento de maneira mais simplista. 
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Facilita a conduta clinica 
Pais: depositar confiança no dentista 
Criança: respeitar 
 
Abordagem do responsável: 
No primeiro contato devemos transmitir 
segurança para os pais e ou acompanhamentos. 
Dar todas a informações sobre o tratamento e 
esclarecer quaisquer dúvidas. 
Neste caso, avaliamos as condições emocionais 
e verificar a presença dos pais na consulta é 
necessária ou possível. 
Preparo do ambiente 
A sala de espera deve ser um ambiente 
aconchegante com atrativo (não transformar em 
playground) 
O consultório deve ser limpo, organizado e 
adequado às crianças, podendo ter decoração 
infantil. 
• Não deixar muitos instrumentais a vista. 
Atitudes do dentista 
Acolhimento dos pacientes 
• Olhar nos olhos 
• Dar as mãos 
• Dizer o nome 
• Dar diretrizes respeitosas as limitações 
da criança 
• Preparar a criança 
A abordagem deve ser individualizada 
respeitando algumas características 
• Idade 
• Nível cognitivo 
• Personalidade 
• Situações de vida 
• Presença de medo e/ou ansiedade 
• Experiencia odontológica previa 
• Ansiedade dos pais ou responsáveis. 
Causas do comportamento não colaborador 
• Atraso no desenvolvimento físico ou 
mental 
• Reflexo de doenças crônicas 
• Medo transmitido pelos pais 
• Experiencia desagradável de tratamento 
anterior 
• Primeira consulta ruim 
é
Requerem conhecimento, comunicação empatia 
e treinamento 
• Dividem-se em não aversivas/não 
restritivas e aversivas/restritivas. 
Técnica não aversiva ou não restritiva 
• Falar-mostra-fazer 
É a desensibilização da criança. Tem como 
objetivo lidar com o medo e modelar suas 
respostas por meio da desensibilização 
Demonstração tátil, visual, auditiva, olfatória 
dos procedimentos 
Treinar erguer a mão esquerda. 
Não deixar visualizar o sangue. 
Estimulo a participação da criança 
• Controle e voz 
Mudança súbita do volume e tom de voz. 
Chamara tenção da criança que está evitando o 
tratamento e atrair a sua colaboração. 
Indicar para criança a partir de 3 anos. 
É utilizada para tirar a criança do transe da 
birra, do desespero e choro, chama atenção e 
atrai para colaboração. 
• Comunicação não verbal 
É nossa postura, expressão facial. Quando 
estamos nervosos/ansiosos a criança sente. 
Reforço as orientações de comportamento pelo 
contato, postura, expressão facial e linguagem 
corporal adequada. 
• Reforço positivo 
Recompensar e estimular comportamentos e 
atitudes desejáveis motivando a sua repetição 
Elogio, sorriso, demonstração de interesse e 
contato físico. 
• Distração 
Desviar a atenção do paciente durante a 
realização dos procedimentos (não parar de 
falar) 
• Modelagem 
Aprendizado pela observação, em que a criança 
apreensiva, assiste outra criança já 
condicionada sendo tratada pelo profissional. 
Novos padrões de comportamento podem ser 
adquiridos ou reduzir os indesejáveis como o 
medo e a ansiedade 
• Presença ou ausência de pais 
A presença ou ausência dos pais no gabinete 
odontológico é uma técnica usada para obter 
colaboração do paciente para o tratamento 
odontológico 
Até 3 anos a presença é necessária. 
Técnicas aversivas ou restritivas 
É indicada para quando não se tem resultado 
através de crianças psicológicas 
• Contenção física 
Tem como objetivo proteger o próprio paciente 
durante o tratamento, cirurgião dentista e 
equipe. 
Utilizar o esforço positivo ao menor sinal de 
colaboração da criança. 
Precisa ter autorização dos pais para fazer a 
contenção física. 
 
Utilizada em pacientes com deficiência física ou 
não resultado pelas técnicas não-aversivas. Ou 
quando há riscos para o profissional ou para o 
paciente. 
• Mão sobre a boca. 
Último recurso. Ganhar a atenção do paciente 
para estabelecer uma comunicação e obter sua 
cooperação. 
Esclarecimento prévio dos pais 
Assinatura do termo de consentimento 
Em desuso. 
Não aplicar em menores de 3 anos ou pacientes 
com deficiência.

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