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Contudo, um ano depois, opondo-se à vontade de sua família, Laban resolveu seguir suas inclinações artísticas, indo estudar pintura, escultura e arquitetura, em vez de dança e teatro – pelo fato daquelas artes serem mais bem conceituadas. Em 1900, após um breve período de estudos em Munique, foi para Paris, onde estudou arquitetura na Escola de Belas Artes, casou-se com uma artista plástica (Martha Fricke), trabalhou como ilustrador, chegando a possuir um ateliê em Montparnasse. Durante estes sete anos que viveu em Paris, ainda teve a oportunidade de absorver a atmosfera cultural desta cidade, assistindo a muitos espetáculos e envolvendo-se com muitos atores, dançarinos e diretores de teatro, e de estudar os princípios de Delsarte, enveredando-se gradativamente para a área da dança e do teatro. De acordo com Scheper, o sonho de Laban era formar indivíduos em uma sociedade que dançasse, renovando desta maneira a civilização corrompida. Assim, ao criar a escola de artes do Monte Veritá, como podemos ver inclusive nos folhetos de propaganda do curso, Laban pretendia montar muito mais que uma escola, queria formar uma espécie de comunidade artística: A escola será dirigida de acordo com os princípios modernos de ensino que Rudolf Laban- Varalja vem adotando em seus cursos, tendo por meta a regeneração vital das artes. (...) Em todas as áreas de atividade e de expressão ele procurará com o auxílio de seus colegas e professores, achar as novas formas da vida simples e harmônica (...) Serão despertados a compreensão e o gosto pelo trabalho artístico e cheio de vida, sem que o aluno sofra o risco de realizar uma série de produtos artísticos inúteis e sem valor, tristes resultantes de uma educação artística especializada. Os exercícios e os trabalhos serão feitos, na medida do possível ao ar livre e nas oficinas no Monte Veritá. A escola deverá promover a união dos participantes na vida artística. Em virtude destes objetivos, Laban, durante os verões de 1913 e 1914, promoveria um curso no Monte Veritá que buscaria integrar os diversos meios de expressão para que o dançarino pudesse conhecer e desenvolver todo o potencial de seu corpo e expressar-se de maneira mais completa. Assim, o currículo foi dividido em quatro áreas: 1) a arte do movimento; 2) a arte da palavra; 3) a arte do som; 4) a arte da forma. No verão de 1914, ele montou com seus alunos no Monte Veritá A Viagem ao Inferno de Istar, inspirado num conto da antiga Babilônia. Outras celebrações como esta continuaram a ser realizadas, mesmo durante a Primeira Guerra Mundial, sendo que, de acordo com o relato de alguns historiadores, a mais célebre foi a sua Canção ao Sol, baseada num poema de Otto Borngraebers, encenada ao ar livre, prolongando-se por mais de 24 horas. Com a eclosão da Primeira Guerra Mundial, Laban foi obrigado a encerrar essa sua iniciativa no Monte Veritá, por causa das dificuldades financeiras de manter o empreendimento. Contudo, o sucesso dos empreendimentos despertou o interesse dos nazistas pelo trabalho de Laban – sobretudo porque reunia uma grande massa humana, servindo como instrumento de propaganda da força e do poderio do III Reich Convidado para coreografar a Abertura do Jogos Olímpicos de Berlim (1936), o primeiro ensaio da coreografia Vom Tauwind und der neuen Freude , onde Laban reuniu pela primeira vez 60 grupos corais vindos de toda parte da Alemanha, dançando perfeitamente em conjunto a partir do estudo de uma partitura coreográfica, causou um grande impacto e despertou desconfiança dos nazistas. De acordo com Claude Perrotet, obrigado a residir sob vigilância em Staffelberg, Laban saiu da Alemanha refugiando-se, primeiramente, em Paris e, em 1938, em Devon, na Inglaterra, onde Kurt Jooss juntamente com Sigurd Leeder haviam estabelecido a Escola de Dança de Dartington Hall, o argumento usado pelos nazistas contra Laban teria sido o fato dele ter entre seus alunos alguns judeus. http://cms.estudiolabandedanca.webnode.com.br/servers/editor/?InstanceName=WSWeditor_news.text&Toolbar=Basic#_ftn21 TÉCNICA – maneira de se mover MÉTODO LABAN – formas de ensinar dança TEMAS DE MOVIMENTO 1- Consciência do corpo 2- Consciência do peso e tempo 3- Consciência do espaço 4- Consciência da Fluência 5- Adaptação a parceiros 6- Uso instrumental do corpo 7- Consciência das 8 ações de esforço básica 8- Ritmos ocupacionais SISTEMA LABAN Conceitos e propostas para a sala de aula durante o desenvolvimento do processo de aprender a dançar. LABANOTATION 2 BLOCOS DE ESTUDO: COREUTICA (Estudo do corpo e espaço) EUCINÉTICA (Estudo da expressividade do movimento – Qualidades) TEMPO : RÁPIDO / LENTO ESPAÇO: DIRETO / INDIRETO PESO: PESADO / LEVE FLUXO: CONTROLADO / LIVRE Ex: Lançar (ação) = rápido, direto, leve, livre Lançar = rápido Lançar = rápido e direto Lançar = rápido, direto, leve Etc...... EUCINÉTICA FATOR DO MOVIMENTO – QUALIDADE – DINÂMICAS FATOR: expressividade do movimento 4 formas de explorar o movimento (4 fatores do movimento) TEMPO – ESPAÇO – PESO – FLUXO QUALIDADE: possibilidades de variação do movimento Cada fator carrega 2 qualidades opostas e infinitas possibilidades de movimento DINÂMICAS: Combinação das qualidades FATOR DO MOVIMENTO – TEMPO 2 QUALIDADES: RÁPIDO --------------------------------------- LENTO Nuances (muito – pouco – normal) ACELERAR --------------------- DESACELERAR SÚBITO ----------------------------- SUSTENTADO (REPENTINA) (PROLONGADO) Laban sugere o estudo de conceitos básicos da música FATOR DO MOVIMENTO – PESO 2 QUALIDADES: PESADO --------------------------------------- LEVE FORTE --------------------------------------- FRACO Relação com a GRAVIDADE (para baixo) Relação com o TÔNUS MUSCULAR (acionamento + ou -) FATOR DO MOVIMENTO – ESPAÇO (Eucinética) 2 QUALIDADES: DIRETO --------------------------------------- INDIRETO (FLEXÍVEL) FATOR DO MOVIMENTO – FLUXO 2 QUALIDADES: CONTROLADO --------------------------------------- LIBERADO (LIVRE) Abstratro Articulação = livre / Musculatura = controlado Tônus muscular Ação: MANTER a continuidade / ESTANCAR (dar pausa) / ALTERAR (mudança) TEMPO Lento - Rápido PESO Firme - Leve ESPAÇO Direto - Indireto Lento Firme Direto Lento Firme Indireto Rápido Firme Indireto Rápido Firme Direto Lento Leve Indireto Lento Leve Direto Rápido Leve Indireto Rápido Leve Direto EMPURRAR TORCER CHICOTEAR SOCAR FLUTUAR DESLIZAR SACUDIR PONTUAR NÍVEL (espacial) ALTO MÉDIO BAIXO PLANO SAGITAL (Plano roda) HORIZONTAL (Plano mesa) FRONTAL (Plano porta) DIREÇÕES (27 direções) SÓLIDOS GEOMÉTRICOS OCTAEDRO CUBO ICOSAEDRO DIREÇÕES PRIMÁRIAS (6 direções) Eixo com 2 pontos opostos relacionadas às 3 DIMENSÕES FRENTE – TRÁS LADO (direito) – LADO (esquerdo) EM CIMA – EM BAIXO PROFUNDIDADE LARGURA COMPRIMENTO OCTAEDRO DIREÇÕES DIAGONAIS (8 direções) 4 altas 4 baixas CUBO LABANIANO 1- Frente – alta – direita 2- Frente – alta – esquerda 3- Atrás – alta – direita 4 Atrás – alta – esquerda 5- Frente – baixa – direita 6 – Frente – baixa – esquerda 7 – Atrás – baixa – direita 8 – Atrás – baixa - esquerda ICOSAEDRO 12 PONTAS Direita-frente Esquerda-frente Direita-atrás Esquerda-atrás Lado direito-alto Lado direito-baixo Lado esquerdo-alto Lado-esquerdo-baixo Frente-alta Frente-baixa Trás-alta Trás-baixa 27 direções Octaedro = 6 direções primárias Cubo = 8 direções diagonais Icosaedro = 12 pontas A 27ª direção = O CENTRO DO CORPO No qual todas as 26 direções são o seu oposto PROGRESSÃO ESPACIAL = EVOLUÇÃO – Deslocamento do corpo no espaço RETILÍNEO - CURVILÍNEO ESPAÇO da Corêutica = Corpo em movimento no Espaço FATOR ESPAÇO da Eucinética = Corpo parado em Movimento PROJEÇÃO ESPACIAL Lançar o corpo ou alguma parte em um ponto distante no espaço sem chegar Ex: Levantar o cotovelo Projetaro cotovelo Projetar o cotovelo e olhar TENSÃO ESPACIAL Tensionamento do espaço CENTRAL – PERIFÉRICO - TRANSVERSO MOVIMENTO ISOLADO – MOVIMENTO CONGRUENTE AÇÃO CORPORAL + 1 NÍVEL + 1 DIREÇÃO + 1 AÇÃO DE ESFORÇO (DINÂMICA) + 1 KINESFERA + RITMO + PROGRESSÃO + TENSÃO + PROJEÇÃO Descreva a sequência de (mínimo) 1 minuto
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