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Propedeutica Mamas ANATOMIA: A mama feminina é composta por: - Lobos: glândulas produtoras de leite - Ductos: pequenos tubos que transportam o leite dos lobos ao mamilo - Estroma (tecido adiposo e tecido conjuntivo): que envolve os ductos e lobos, vasos sanguíneos e vasos linfáticos · 15-25 lobos · 5-25 ductos galactóforos · Lobo é dividido em lóbulos ANAMNESE: Dividida em etapas: · Identificação · Queixa e duração · História da moléstia atual · ISDA · Antecedentes · Hábitos e estilo de vida QD: Motivo da consulta História da moléstia atual: Direcionar o diagnóstico segundo informações colhidas: · Presença de nódulos · Mastalgia, mastites · Fluxo papilar · Adenopatias regionais · Achados radiológicos suspeitos Hábitos e estilo de vida · tabagismo, etilismo · qualidade de vida em seu ambiente doméstico, familiar, profissional e social. · hábito de esportes, lazer · nível de stress Antecedentes: 1- Anteceden:tes Pessoais: HAS, DM, tabagismo, Ca prévios, medicações 2-Antecedentes Ginecológicos: - menarca, menopausa, ciclos menstruais, uso de TRH. 3-Antecedentes Obstétricos: - número de gestações, tipos de parto, idade do 1o. Parto, aleitamento (quanto tempo). 4- Antecedentes Familiares: história familiar para Ca de mama DETECÇÃO PRECOCE DO CÂNCER DE MAMA A estratégia de diagnóstico precoce contribui para a redução do estágio de apresentação do câncer, sendo conhecida algumas vezes como down-staging . Nessa estratégia, destaca-se a importância da educação da mulher e dos profissionais de saúde para o reconhecimento dos sinais e sintomas do câncer de mama, bem como do acesso rápido e facilitado aos serviços de saúde. · realização de mamografia regularmente · Exame físico das mamas · hábito da realização do auto exame EXAME FISICO: INSPEÇÃO ESTÁTICA: · Sentada com os braços estendidos ao lado do corpo. · Simetria, aspecto da pele, presença da rede venosa. · Pigmentação da papilas, tamanho, contornos · Presença de abaulamentos ou retrações Agenesia: · Agenesia completa (amastia) · Agenesia incomepleta · Amasia: sem tecido mamário + com aréola e papila · Atelia: sem papila e;ou aréola + com tecido mamário Hipomastia: Desenvolvimento incompleto de 1 ou 2 glandulas mamarias. Congênita ou adquirida. Deficiência estrogênica. Hipermastia: Polimastia: Mama acessória Falha na regressão do tecido mamário existente no período embrionário: · pode se atrofiar e não apresentar qualquer sinal de existência ou soma-se a essa falha de regressão o ganho de peso, o excesso de hormônios e prolactina, que contribuem para o desenvolvimento da mama acessória. Politelia: Pelo menos 1 papila supra numérica. Mamilos assessórios = mais comum no tórax, abaixo da linha inframamária Ginecomastia: Desenvolvimento exagerado da glândula mamaria no homem. Fatores: metabólicos, hormonais, tumorais e iatrogênicos. Vascularização: Areola e Papila: Abaulamento e retrações: Ulcerações: Infecções: Fluxos papilares: INSPEÇÃO DINÂMICA: · elevação lateral dos braços · compressão manual da cintura e contração do músculo peitoral maior · inclinação do corpo para frente para que as mamas fiquem pendentes. PALPAÇÃO DAS MAMAS: · manobra pinça digital · manobra de dedilhamento · compressão do tecido mamário PALPAÇÃO DAS AXILAS · Mão esquerda do examinador palpa axila direita, repousando-se o braço direito da paciente sobre o braço direito do examinador FOSSAS SUPRA E INFRA-CLAVICULARES: Fossa supra clavicular e região infraclavicular são palpadas com o examinador de frente para a paciente com movimentos de dedilhamento. 2o TEMPO – PACIENTE DEITADA: Palpação das mamas: · paciente deitada com as mãos sob a cabeça · Manobra de Bloodgood - dedilhamento que se inicia na papila e inclui toda mama com movimentos circulares concêntricos. · Manobra de deslizamento com solução gelatinosa. comprimindo-se entre os dedos indicador e polegar o complexo aréolo-papilar, observa-se a saída de material pelos orifícios. · através da palpação digital deve-se procurar o “ponto de gatilho, ou local a ser pressionado para se conseguir provocar a descarga papilar. Localização dos achados mamográficos 1 = Quadrantes superiores 3 = Quadrantes laterais 2 = Quadrantes inferiores 4 = Quadrantes mediais Mamografia BIRADS 0: necessário imagens complementares BIRADS 1: mamografia negativa – Normal – exame anual BIRADS 2: mamografia com achados benignos – exame anual BIRADS 3: mamografia provavelmente benigna – risco de malignidade de 2% - 6 meses BIRADS 4: mamografia suspeita – necessita de biópsia BIRADS 5: mamografia altamente suspeita (+95%) – biópsia BIRADS 6: lesões já biopsiadas com resultado + para CA MAMA Classificação de BIRADS Mamografia: Principais lesões: · Nódulos: é toda tumoração presente na glândula mamária, podendo apresentar conteúdo cístico ou sólido. · Calcificações: são pequenos cristais de cálcio que se depositam em várias partes do corpo, inclusive na mama. Visíveis apenas na MG - Macrocalcificações – tem vários milímetros de diâmetro, com forma irregular (parecem com uma pipoca) e não estão usualmente relacionadas com um câncer. - Microcalcificações – são vistas como pequenos pontos brancos na mamografia, medindo cerca de 1 milímetro. · isoladas : visualizadas em uma ou várias regiões da mama · grupamentos: com poucas até várias dezenas de pontos calcificados. Mamografia – BIRADS 0: Mamografia – BIRADS 3: · ovóide · margens circunscritas · contornos regulares ou lobulados · linfonodos axilares de aspecto habitual Mamografia – BIRADS 4: · esferóide · margens indefinidas · contorno lobulados e espiculados · linfonodos axilares não habituais Mamografia – BIRADS 5: Usg de mamas: complementa a mamografia em alguns casos Objetivo do exame: diagnóstico não invasivo, complementar em paciente que apresentam anormalidade no exame de mamografia Indicações: mamas densas e jovens anormalidades palpáveis anormalidades na mamografia diferenciação entre lesões sólidas e císticas acompnhamento de lesões já conhecidas ao usg de mamas mastalgia, secreções estudo de mamas masculinas extensão tumoral guiar procedimentos em lesões não palpáveis O que encontramos: Nódulos: · Forma; · Regular · Irregular · Redondo · Orientação: · Parelela a pele · Não parelelo a pele · Margens: · Circunscritas · Não circunscritas · Indistintas · Microlobulares · Anguladas · Espiculadas · Padrão de ecogenicicidade: · Anecoide · Hipoecogênico · Hiperecogenico · Isoecogenico · Complexo · Fenômeno acústico: · Nenhum · Reforço Ressonância Magnética -Técnica do Exame: funciona como um grande Imã, determinado um campo magnético conhecido. -Os vários tecidos do organismo são compostos de quantidades diferentes de água e por isso são estimulados de maneira diferente pelo campo magnético. -As imagens são resultantes da interação das ondas eletromagnéticas com o átomo de hidrogênio da molécula de água. -A diferença da quantidade de água nos tecidos e o tempo que cada um leva para voltar ao seu estado após ter sido exposto ao campo magnético fazem os tecidos apresentarem sinais diferentes na imagem da RM -Os tumores malignos liberam fatores angiogênicos (fator de crescimento endotelial vascular) que estimulam o aumento de capilares pré-existentes e a formação de novos vasos sem células endoteliais. Esse processo, conhecido como angiogênese ou neoangiogênese, determina um aumento da permeabilidade vascular e aparecimento de shunts arterio-venosos. -Os tumores malignos concentram uma maior quantidade de contraste, que é eliminado rapidamente pela grande permeabilidade vascular e pela presença desses shunts arterio-venosos. Esse processoé conhecido como wash-out. · Atualmente é parte de cenário da propedêutica mamária, e as vezes imprescindível. · Padronizações das descrições segue a classificação BIRADS · Realce Funcional: realce de fundo característico da estimulação hormonal do parênquima mamário e independe da densidade mamária · A forma e as margens seguem a mamografia e usg de mamas · As lesões não massa, não nodulares, identificadas inicialmente na RM são descritas como padrão de realce interno Na avaliação cinética do realce, o nódulo pode apresentar três tipos de curva baseados na concentração e eliminação do contraste. Tipo 1: Quando a captação e eliminação ocorre lentamente e determina uma curva ascendente. Tipo 2: Quando a lesão exibe uma curva em platô. Tipo 3: Quando o contraste é eliminado rapidamente, caracterizando uma curva com wash-out, é de tipo 3. Indicações: atualmente já existem protocolos bem estabelecidos para a indicação desse exame. · Rastreamento de pacientes de alto risco: segundo a American Cancer Society: deve ser utilizada anualmente em adição a MG em pacientes com mutação nos genes BRCA1 e BRCA2 · Mamas extremamente densas a MG · Utilizadas em achados inclonclusivos na MG e USG de mamas · Ca oculto de mama · Suspeita de recidiva: diferença entre cicatriz e recidiva ( neovascularização). No caso de neovascularização acontece um realce precoce no contraste já no primeiro minuto. · Extensão tumoral no caso de cirurgia conservadora Conclusão: Conforme foi exposto, a ressonância magnética é um exame especializado e suas indicações são específicas e complexas, mais afeitas à atuação do mastologista. Muitas vezes trata-se de pacientes aguardando tratamento para câncer de mama ou de altíssimo risco para câncer de mama. Seu resultado pode ser difícil de interpretar e de conduzir clinicamente. Infelizmente, a ressonância magnética tem sido muito usada em nosso meio de forma inadequada, em função da sua aura de exame caro e tecnológico. Usá-la fora das indicações poderá levar a um descrédito do método, que tem sim muito valor quando bem indicada. Biópsia nódulos: Palpável sentimos no EF Não palpável não sentimos EF Diagnostico: · Core biopsy · Biopsia de nódulo palpável · Biopsia por agulha grossa · direcionar o diagnóstico segundo informações colhidas
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