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AO DOUTO JUIZO DA 7ª VARA DO TRABALHO DE GOIÂNIA/GO
COMÉRCIO ATACADISTA DE ALIMENTOS LTDA., qualificação e endereço completos, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, por intermédio de seu advogado diante assinado (procuração anexa), com escritório profissional no endereço completo, onde recebe intimações e notificações, com fulcro no artigo 847 da CLT, OFERECER:
CONTESTAÇÃO
à Reclamatória Trabalhista que lhe move ANDERSON SILVA, já qualificado nos autos em epígrafe, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas. 
01 - DA INÉPCIA DA PETIÇÃO INICIAL – AUSÊNCIA DE CAUSA DE PEDIR
Inicialmente, com base o art. 337, inciso IV do CPC, a inépcia da inicial deve ser tratada em preliminar de contestação. 
O promovente, postula o pagamento do 13º salário referente ao ano de 2018 na inicial, sem, contudo, apresentar qualquer causa de pedir sobre o respectivo pedido. 
Sendo assim, com base no art. o art. 330, §1º, inciso I, do CPC, a petição inicial será inepta quando faltar o pedido ou a causa de pedir, sendo, portanto, inepta nesse particular. 
Posto isso, requer a extinção do processo sem resolução do mérito, nos termos dos artigos 330, I, e art. 485, I, ambos do CPC (indeferimento da petição inicial), e, sucessivamente, nos termos do art. 485, IV, do CPC (ausência de pressupostos de constituição e de desenvolvimento válido e regular do processo). E caso não seja acolhida a preliminar de mérito, requer a análise dos demais itens a seguir expostos.
II-PREJUDICIAL DE MÉRITO
01- DA PRESCRIÇÃO QUINQUENAL
O promovente postulou em sua Reclamatória Trabalhista ajuizada, as parcelas que retroagem à data da sua admissão, que ocorreu em 03/03/2018. De acordo com o art. 7°, XXIX da CF e art. 11, I, da CLT, o direito de ação quanto a créditos resultantes das relações de trabalho prescreve em 5 anos contados da data do ajuizamento da ação (súmula 308, I, do TST).
Dessa forma, diante das parcelas postuladas anteriores aos últimos 5 anos, requer a extinção do processo com resolução do mérito nos termos do art. 487, Il do CPC, contados do ajuizamento da ação.
III – DO MÉRITO 
01-DA REINTEGRAÇÃO
O promovente postulou reintegração ao emprego, ou a equivalente indenização substitutiva, tendo em vista a suposta estabilidade que possuía na ocasião da dispensa, por ter sido nomeado para exercer o cargo de Diretor Suplente de Cooperativa criada pelos empregados da ré, ocorre que tal fato é equivocado, conforme exposto a seguir.
A OJ 253 da SDI-I do TST, o diretor suplente de cooperativa não é beneficiário da estabilidade provisória prevista no art. 55 da Lei 5.764/71, a qual é dirigida, exclusivamente, àqueles que exerçam ou ocupem cargos de direção das cooperativas, não se estendendo tal garantia aos suplentes. Sendo esse, o entendimento do Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região: 
Como base nisso, o promovente não possui direito à estabilidade provisória e também a indenização substitutiva, por exercer cargo de suplente de cooperativa criada pelos empregados.
Posto isso, requer a improcedência do pedido de reintegração e indenização substitutiva.
02 - DAS HORAS EXTRAS
O promovente postulou a condenação da empresa ré ao pagamento de 02 (duas) horas extraordinárias diárias, acrescidas do adicional de 50% por laborar de segunda a sábado das 09:00 às 20:00h e reflexos.
Ocorre que, conforme estabelece o art. 62, Ida CLT, não faz jus à percepção de horas extraordinárias os empregados que exercem atividade externa incompatível com a fixação de horário de trabalho, devendo tal condição está anotada na CTPS e no registro de empregados, requisitos que é evidenciado que ocorreu no presente caso em que o trabalho externo foi registrado na CTPS do mesmo, e ele afirma que não estava submetido a controle de jornada de trabalho.
À vista disso, requer a improcedência do pedido de 02 horas extras diárias, bem como, dos reflexos postulados.
03 – FÉRIAS EM DOBRO
O promovente postulou o pagamento em dobro das férias referentes ao período aquisitivo de 2018/2019, acrescidas de 1/3, pela não concessão a tempo e modo, nos termos do art. 137 da CLT. 
Entretanto, conforme estabelece o art. 133, IV da CLT, não terá direito à férias o empregado que no curso do período aquisitivo permanecer em gozo de licença, com percepção de prestações de acidente de trabalho ou auxílio-doença do INSS, por mais de 06 meses. Sendo assim, o promovente não tem direito às férias pleiteadas, uma vez que afirmou na inicial ter recebido auxílio-doença por 07 meses durante o respectivo período aquisitivo.
Posto isso, requer a improcedência do pedido do pagamento de férias.
04- DAS DIFERNÇAS SALARIAIS
O promovente postulou equiparação salarial, o qual alegou que foi contratado em razão da morte do Sr. Wanderley Cardoso, com salário inferior em R$1.000,00 ao que era percebido pelo paradigma, para exercer função idêntica e reflexos, o que de fato não ocorreu.
De acordo com a súmula 159, Il do TST, não são devidas diferenças salariais, pois o reclamante ocupou cargo que se tornou anteriormente vago em definitivo com o falecimento do funcionário citado. 
Não há que se falar em equiparação salarial, uma vez que não houve simultaneidade na prestação dos serviços, o que é requisito indispensável á equiparação salarial nos termos do art. 461 da CLT e súmula 6, IV do TST. Dessa forma, não poderia o promovente pleitear equiparação ao Sr. Wanderley.
Posto isso, requer a improcedência do pedido de equiparação salarial, bem como de seus reflexos.
05 – DO VALE TRANSPORTE
O promovente postulou o pagamento dos valores correspondentes aos vales-transportes não fornecidos durante todo o período contratual. Afirmou que o deslocamento de sua residência para o local de trabalho e de local de trabalho a sua residência, era realizado em transporte coletivo fretado pela Ré, não tendo recebido vale-transporte durante todo o período do contrato de trabalho.
Ora, tendo em vista que o vale-transporte é concedido para uso no deslocamento residência-trabalho e vice versa, em transporte coletivo público (art. 1º da Lei 7.418/85), de fato o reclamante não tem direito a vale-transporte, visto que o empregador fornecia transporte coletivo fretado por ele, estando, portanto, nos termos do art. 4 do Decreto 9.524/87.
Posto isso, requer a improcedência do pedido de vale transporte pelas razões expostas.
IV – REQUERIMENTOS FINAIS 
Requer a produção de todos os meios de provas em direito admitidos, em especial o depoimento pessoal do Reclamante, sob pena de confissão.
Por fim requer o acolhimento da Preliminar de Mérito para que seja determinada a extinção do processo sem resolução do mérito, nos termos dos artigos 330, I, e art. 485, I, e do art. 485, IV, ambos do CPC em relação ao pedido do pagamento do 13º salário do ano de 2008; sucessivamente o acolhimento da Prejudicial de Mérito para que seja determinada a extinção do processo com resolução do mérito nos termos do art. 487, II do CPC, quanto as parcelas postuladas anteriores aos últimos 5 anos, contados do ajuizamento da ação, e, sucessivamente no Mérito, requer a improcedência dos pedidos formulados pelo autor, condenando-o no pagamento de custas processuais.
Nestes termos,
Pede Deferimento.
Local e data.
Advogado
OAB nº

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