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TCC2 Symonne Marinho Moreira 1802304

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SYMONNE MARINHO MOREIRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O USO DE CATALISADOR DE COMBUSTÃO NA QUEIMA DE BIOMASSA EM 
CALDEIRAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BLUMENAU 
2022 
 
 
 
 
SYMONNE MARINHO MOREIRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
USO DE CATALISADOR DE COMBUSTÃO NA QUEIMA DE BIOMASSA EM CALDEIRAS 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado 
ao curso de Engenharia Mecânica do Centro 
Universitário Dante como pré-requisito para a 
obtenção do grau de bacharel, sob a 
orientação do Prof. Giovani Renato Zonta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
BLUMENAU 
2022 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
Primeiro agradeço a Deus, por ter me mantido na trilha certa durante este projeto de pesquisa 
com saúde e forças para chegar até o final. 
A minha família pelo incentivo e estímulo que me deram, mesmo distantes. 
Aos meus pais José Maria Moreira e Sônia Maria Marinho Moreira que sempre acreditaram 
no meu potencial e incentivaram durante toda a caminhada. 
Ao meu esposo e meu filho por entender todos os momentos em que estive ausente e por 
estarem sempre ao meu lado, dando-me forças para continuar. 
A minha Sogra Irene Gelinski por todo apoio fornecido. 
Aos Professores que que me acompanharam nessa jornada em especial ao meu Professor e 
Orientador Giovani Renato Zonta por toda dedicação e por sempre estar presente para indicar 
a direção correta que o trabalho deveria tomar. 
Ao Centro Universitário Dante de Blumenau pelos conhecimentos lá adquiridos. 
Dedico esta conquista a todos vocês. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O USO DE CATALISADOR DE COMBUSTÃO NA QUEIMA 
DE BIOMASSA EM CALDEIRAS 
 
Acadêmico: Symonne Marinho Moreira 
Orientador: Giovani Renato Zonta 
Centro Universitário Dante 
Curso – Engenharia Mecânica 
Data 23/03/2022 
 
 
 
 
 
RESUMO 
 
 O presente trabalho analisa os benefícios do uso do catalisador de combustão Sahara 
solid-fuel additive na queima de biomassa na caldeira flamotubular, o catalisador fará com que 
ocorra melhor a queima do cavaco proporcionando também eficiência energética e redução 
de resíduos não queimados. Como objetivo, serão apresentados os tipos de caldeiras 
existentes, o funcionamento de uma caldeira flamotubular, a definição da biomassa que é 
utilizada na caldeira. 
 Será realizado o estudo comparativo da queima da biomassa com o uso do catalisador 
de combustão e sem o uso do catalizador, o comparativo do custo da tonelada do cavaco com 
e sem o aditivo e serão apresentados os cálculos comparativos da eficiência energética. 
 
 
Palavras-chave: Caldeira; Eficiência; catalisador de combustão. 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
Figura 1 - Uma ilustração da eolípila de Heron ou Máquina Térmica de Heron .................... 11 
Figura 2 - Bomba a vapor de Thomas Savery ...................................................................... 11 
Figura 3 - Motor Atmosférico de Thomas Newcomen .......................................................... 12 
Figura 4 - Caldeira Aquatubular ........................................................................................... 13 
Figura 5 - Caldeira Flamotubular.......................................................................................... 14 
Figura 6 - Tipos de Combustível Biomassa .......................................................................... 21 
Figura 7 - Silo dosador do Aditivo ........................................................................................ 22 
Figura 8 - Cinzas da saída da caldeira ................................................................................. 23 
Figura 9 - Pedras e não queimados ..................................................................................... 23 
Figura 10 - Caldeira Mista .................................................................................................... 24 
Figura 11 - Características da Caldeira Mista ...................................................................... 25 
Figura 12 - Cinzas da saída da caldeira ............................................................................... 33 
Figura 13 - Cinzas da saída da caldeira ............................................................................... 33 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE GRÁFICOS 
 
Gráfico 1 - Consumo de cavaco sem aditivo ........................................................................ 27 
Gráfico 2 - Consumo de cavaco com aditivo ........................................................................ 27 
Gráfico 3 - Custo total sem aditivo ....................................................................................... 28 
Gráfico 4 - Custo total com aditivo ....................................................................................... 28 
Gráfico 5 - Custo da tonelada do cavaco sem e com aditivo ................................................ 29 
Gráfico 6 - Eficiência sem e com o uso do aditivo ................................................................ 32 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 9 
OBJETIVOS ........................................................................................................................ 10 
2 REVISÃO DA LITERATURA ....................................................................................... 10 
2.1 HISTÓRIA DA CALDEIRA .................................................................................... 10 
2.2 CALDEIRA FLAMOTUBULAR. ............................................................................. 14 
2.2.1 Componentes da Caldeira ............................................................................ 15 
2.2.1.1 Câmara de combustão – fornalha ............................................................. 15 
2.2.1.2 Grelhado ................................................................................................... 15 
2.2.1.3 Tambor de vapor ...................................................................................... 15 
2.2.1.4 Refratários ................................................................................................ 16 
2.2.1.5 Válvulas de segurança .............................................................................. 16 
2.2.1.6 Ventilador primário .................................................................................... 17 
2.2.1.7 Ventilador secundário ............................................................................... 17 
2.2.1.8 Exaustor de tiragem .................................................................................. 17 
2.2.1.9 Soprador de fuligem .................................................................................. 18 
2.2.1.10 Pré-aquecedor de ar ............................................................................. 18 
2.2.1.11 Filtro multiciclone .................................................................................. 18 
2.2.1.12 Silo dosador .......................................................................................... 19 
2.2.1.13 Dutos e tubulações ............................................................................... 19 
2.2.1.14 Tanque de condensado ........................................................................ 19 
2.2.1.15 Tanque de descarga de fundo .............................................................. 19 
2.2.1.16 Chaminé ............................................................................................... 20 
2.3 COMBUSTÍVEIS .................................................................................................. 20 
2.4 BIOMASSA COMO COMBUSTÍVEL .................................................................... 20 
2.5 USO DO CATALISADOR DE COMBUSTÃO NA QUEIMADA BIOMASSA ......... 22 
2.6 PROBLEMAS RELACIONADOS NA COMBUSTÃO DE BIOMASSA ................... 23 
2.7 CÁLCULO EFICIÊNCIA TÉRMICA DAS CALDEIRAS ......................................... 26 
3 METODOLOGIA (MATERIAL E MÉTODOS) .............................................................. 24 
3.1 CONSUMO DE CAVACO ..................................................................................... 26 
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ................................................................................... 29 
 
 
 
4.1 EFICIÊNCIA TÉRMICA DA CALDEIRA SEM A UTILIZAÇÃO DO CATALISADOR DE 
COMBUSTÃO .................................................................................................................. 30 
4.2 EFICIÊNCIA TÉRMICA DA CALDEIRA COM A UTILIZAÇÃO DO CATALISADOR DE 
COMBUSTÃO .................................................................................................................. 31 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................................................................................... 33 
6 REFERÊNCIAS ........................................................................................................... 35 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
1 INTRODUÇÃO 
 A água é essencial para os seres vivos, e após o desenvolvimento de meios para de 
transformações de energia, foi possível realizar o aquecimento e superaquecimento deste 
recurso natural, tanto para fins residenciais no nosso dia a dia, quanto para finalidade de uso 
nas indústrias. 
 O sistema de funcionamento de uma caldeira é feito pela queima de um combustível 
(líquido, sólido ou gasoso) ou pela conversão de energia elétrica, onde ocorre o aquecimento 
da água produzindo o vapor. Dentre os combustíveis usados na caldeira podemos citar: óleo 
combustível, óleo diesel e outros derivados de petróleo, o carvão, biomassa, o gás natural, 
entre outros. Neste estudo, a combustão de biomassa em caldeiras foi enfatizada como uma 
fonte de energia renovável e com baixo custo, como uma fonte potencial de eletricidade para 
aplicações em indústrias, usando a queima da biomassa como material combustível, será 
realizado na caldeira flamotubular (mista) ICAVI modelo ICFB 04010 um comparativo do 
rendimento usando o catalisador de combustão Sahara solid-fuel aditive com a queima 
tradicional de cavaco de madeira eucalipto. 
 A biomassa é matéria proveniente de plantas vivas, incluindo caules, ramos, folhas de 
árvores, bem como resíduos da colheita agrícola e processamento de sementes ou frutos, 
que ao queimar na caldeira gera energia térmica, que seguidamente é transformado em 
energia elétrica no aquecimento de água ou formação do vapor, o que é muito utilizado por 
indústrias (CARDOSO,2012). 
 Em uma época de grande preocupação com o meio ambiente, a combustão de 
biomassa em caldeiras tem se mostrado muito eficaz na redução das emissões de dióxido de 
carbono e a pesquisa e demonstração de seus benefícios são de grande importância. Como 
o uso de fontes alternativas de energia, principalmente renováveis, é cada vez mais 
procurado, a biomassa parece fornecer uma solução importante. Portanto, através desta 
pesquisa, buscamos desenvolver mostrar as vantagens e desvantagens do uso do catalisador 
de combustão, e ao mesmo despertar a demanda por inovação neste campo. 
 
 
 
 
 
 
10 
 
OBJETIVOS 
Objetivo geral: analisar os benefícios, vantagens e desvantagens da utilização do 
catalisador de combustão Sahara solid-fuel additive na queima de biomassa na caldeira 
flamotubular. 
 
Objetivos específicos: 
➢ Apresentar o estudo comparativo da queima da biomassa com o uso do 
catalisador de combustão Sahara solid-fuel aditive e da queima da biomassa 
sem o uso do catalisador. 
➢ Avaliar a eficiência energética com o uso do catalisador; 
2 REVISÃO DA LITERATURA 
 Essa seção apresenta a revisão da literatura sobre alguns tipos de caldeiras 
existentes, o funcionamento da caldeira flamotubular mista, o uso de biomassa como 
combustível e o estudo comparativo da queima de biomassa com e sem o catalisador de 
combustão Sahara solid-fuel aditive. 
2.1 HISTÓRIA DA CALDEIRA 
 A primeira máquina a vapor rudimentar registrada foi a eolípila descrita por Heron de 
Alexandria no Egito romano do século I. Vários dispositivos movidos a vapor foram 
posteriormente experimentados ou propostos, como a turbina a vapor de Taqi al-Din, uma 
turbina a vapor no Egito otomano do século 16 e a bomba a vapor de Thomas Savery na 
Inglaterra do século XVII. O desenvolvimento destas máquinas geradoras de vapor foi 
estimulado pela necessidade de encontrar uma fonte de calor que substituísse o carvão fóssil, 
porque esse gerava muitos gazes e resíduos pela sua queima. 
 
 
 
11 
 
Figura 1 - Uma ilustração da eolípila de Heron ou Máquina Térmica de Heron 
 
Fonte: https://www.ancient-origins.net 
 
 
Figura 2 - Bomba a vapor de Thomas Savery 
 
Fonte: https://cdn.britannica.com 
 
12 
 
 Em 1712, o motor atmosférico de Thomas Newcomen se tornou o primeiro motor com 
sucesso comercial usando o princípio do pistão e do cilindro, que era o tipo fundamental de 
máquina a vapor usado até o início do século XX. A máquina a vapor foi usada para bombear 
água das minas de carvão. 
 
Figura 3 - Motor Atmosférico de Thomas Newcomen 
 
Fonte: https://c7.alamy.com/ 
 
 Durante a Revolução Industrial, os motores a vapor começaram a substituir a energia 
eólica e hídrica, e eventualmente se tornaram a fonte dominante de energia no final do século 
19 e assim permaneceram nas primeiras décadas do século 20, quando a turbina a vapor 
mais eficiente e a combustão interna motor resultou na rápida substituição dos motores a 
vapor. A turbina a vapor se tornou o método mais comum pelo qual os geradores de energia 
elétrica são acionados (WISER, 2000). 
 Foi no século XXI que as caldeiras industriais passaram a produzir mais de 10 
toneladas de vapor por hora. O processo energético que ocorre em um gerador de vapor é 
distribuir energia térmica pela queima de combustíveis sólidos, líquidos ou gasosos. A energia 
térmica distribuída na queima de combustível precisa ser transferida para a superfície de 
absorção de calor (ALFATINI, 2002). 
 A caldeira a vapor produz um processo de transferência de calor no qual um fluido que 
está inicialmente em estado líquido aquece e muda de estado. Portanto, eles incluem um 
aumento na temperatura do fluido que atinge a mudança de fase. As caldeiras a vapor podem 
 
13 
 
ser usadas para: aquecer água ou outros fluidos, esterilizar e gerar eletricidade. As caldeiras 
de combustível funcionam queimando combustível para produzir vapor. 
 Em termos desta classificação, os autores Leite e Militão (2008) classificam as 
caldeiras em: flamotubular e aquatubular. O primeiro tipo refere-se a caldeiras que conduzem 
gases de combustão em todo o seu interior e geralmente funcionam com combustíveis 
líquidos ou gasosos. Este tipo de caldeira funciona com combustível líquido ou gasoso, onde 
o queimador é colocado na frente da fornalha. A troca de calor é realizada principalmente por 
radiação de luz. Na parte de trás da caldeira, a troca de calor é realizada principalmente por 
radiação de gasosa e convecção. 
 Em uma caldeira flamotubular o gás quente circula dentro do tubo e a água a ser 
aquecida para produzir vapor fica localizada ao redor do tubo. Os tubos são montados como 
em um trocador de calor, com um ou mais canais. 
 A grande vantagem deste tipo de caldeira é a facilidade de construção, devido ao baixo 
valor de investimento e baixo custo, não necessita de um tratamento de água muito robusto 
e é fácil de manter e utilizar qualquer tipo de combustível. Como desvantagens apresentam 
baixa capacidade, baixa taxa de produção de vapor, circulação insuficiente de água, 
dificuldade de instalação de superaquecedores, economizadores e pré-aquecedoresde ar 
(ALBERICHI, 2013). 
 
Figura 4 - Caldeira Aquatubular 
 
Fonte: https://icavi.ind.br/ 
 
14 
 
2.2 CALDEIRA FLAMOTUBULAR. 
 Caldeiras Flamotubulares Horizontais: Abrangem vários modelos, desde as caldeiras 
Cornuália e Lancaster, de grande volume de água, até as modernas unidades compactas. 
 Nesta seção abordaremos de forma sucinta a caldeira flamotubular mista e as funções 
dos principais componentes do equipamento, seus acessórios e periféricos. 
 A caldeira flamotubular mista de concepção vertical possui circulação de água bem 
definida, com tubos de descida “downcomers”, alocados fora da área de queima, melhorando 
desta forma a circulação da água por convecção natural através da diferença de densidade 
entre a água com elevada temperatura, para a água com baixa temperatura. 
 
Figura 5 - Caldeira Flamotubular 
 
Fonte: Manual De Operação E Manutenção Caldeira Flamotubular 
 
15 
 
2.2.1 Componentes da Caldeira 
2.2.1.1 Câmara de combustão – fornalha 
 É na câmara de combustão onde acontece a queima dos voláteis, e do material em 
suspensão. Possui um transmissor de temperatura que indica a temperatura de operação. A 
câmara de combustão é o local mais quente da fornalha e deve ter limitada a temperatura 
para proteger o material refratário das paredes e evitar que as cinzas se fundam. 
2.2.1.2 Grelhado 
 O grelhado é o conjunto onde se dá a maior parte da combustão e resfriamento das 
cinzas. Sua função é transportar e revolver o combustível, através de seções fixas e seções 
móveis, de forma lenta e progressiva expondo o combustível à radiação emitida pela 
combustão. O combustível passa por três etapas sobre a grelha: 
 1ª Etapa: início do grelhado onde entra a alimentação de combustível, nessa região 
ocorre a pré-secagem do combustível; 
 2ª Etapa: região central do grelhado, nessa região ocorre a combustão; 
 3ª Etapa: nesta etapa ocorre o resfriamento da escória antes de sair no canal do 
sistema de extração de cinzas. 
2.2.1.3 Tambor de vapor 
 A caldeira flamotubular possui um único tambor, que tem como principais funções: 
➢ Acumular água e manter o nível dela para distribuição de coletores inferiores, 
que posteriormente irão para as paredes e áreas de evaporação; 
 
16 
 
➢ Acumular todo o vapor gerado nas paredes e evaporadores para liberação na 
saída principal e derivações para instrumentos e periféricos; 
➢ Fazer a purga da água, através das descargas de fundo, eliminando assim 
sólidos que decantam no fundo do tambor de vapor. Contém também uma 
descarga de superfície, para a purga dos sais que se encontram no nível da 
água; 
➢ Fazer separação de gotículas de água do vapor, através dos filtros dispostos de 
acordo com a qualidade necessária do vapor. 
 O tambor de vapor é dimensionado de forma a propiciar um volume de água e vapor 
que permita variações de carga com mínima variação de pressão na caldeira mantendo-se a 
pureza do vapor na saída dela. 
2.2.1.4 Refratários 
 Os refratários têm como finalidade manter a temperatura da fornalha, pois possuem 
um baixo coeficiente térmico, o que impede que o calor de combustão saia para o ambiente 
externo. Esse calor mantido dentro da fornalha, auxilia na queima dos combustíveis, pois seca 
a biomassa, queima toda a matéria orgânica (reduzindo a quantidade de cinzas) e eleva a 
temperatura dentro da câmara de combustão. 
2.2.1.5 Válvulas de segurança 
 As caldeiras devem ser dotadas de válvulas de segurança com pressão de abertura 
ajustada em valor igual ou inferior à PMTA (pressão máxima de trabalho admissível), 
considerando os requisitos do código de projeto relativos a aberturas escalonadas e 
tolerâncias de calibração. Constitui condição de risco grave e iminente a não instalação desse 
item de segurança. 
 
17 
 
2.2.1.6 Ventilador primário 
 Está localizado próximo ao grelhado, e é composto por um caracol com rotor, 
construído com chapas e reforços de barras chatas, para maior segurança. O acionamento é 
feito por transmissão direta com acoplamento elástico. O ventilador primário garante a 
introdução de ar atmosférico na quantidade ideal para auxiliar a queima e secagem do 
combustível, minimizando emissões de fuligem e fumaça. A injeção do ar é feita sob a grelha, 
e a modulação do ar é controlada através de um inversor de frequência. 
2.2.1.7 Ventilador secundário 
 Está localizado próximo ao grelhado, e é composto por um caracol com rotor, 
construído com chapas e reforços de barras chatas, para maior segurança. O acionamento é 
feito por transmissão direta com acoplamento elástico. 
 O ventilador secundário injeta ar na parte superior frontal ou lateral da câmara de 
combustão, e é acionado manualmente por uma alavanca que modula o damper. O ar 
secundário auxilia na queima de particulado e gases pobres da combustão. 
2.2.1.8 Exaustor de tiragem 
 Ventilador centrífugo, projetado para executar a tiragem dos gases da caldeira. A sua 
vazão é controlada através de um inversor de frequência, e controlado através de um sensor 
de pressão da fornalha que mantém a pressão constante, conforme ajustado em seu set-point 
no start-up. 
 
18 
 
2.2.1.9 Soprador de fuligem 
 O sistema de sopragem de fuligem foi projetado para manter as superfícies de troca 
térmica permanentemente limpas. 
 O soprador de fuligem atua utilizando o vapor saturado da caldeira para realizar a 
limpeza das tubulações em que está aplicado. O uso frequente dos sopradores de fuligem 
nos tubos enquanto a caldeira está em operação, reduz significativamente o tempo gasto mais 
tarde na limpeza manual. Afinal, o isolamento provocado pelas impurezas aderidas na 
tubulação dificulta a troca térmica, fazendo com que para manutenção da vazão e pressão 
haja um consumo maior de combustível. 
2.2.1.10 Pré-aquecedor de ar 
 Conjunto de tubos verticais posicionados defasadamente, que funciona como um 
trocador de calor, onde internamente aos tubos são conduzidos os gases da combustão, e 
externamente o ar atmosférico que será injetado pelo ventilador primário sob o grelhado. 
2.2.1.11 Filtro multiciclone 
 O filtro multiciclone é responsável pela separação das partículas sólidas do gás de 
combustão, controlando a emissão de particulado na atmosfera. Os ciclones utilizados são de 
fluxo invertido com entrada axial, sendo constituído por um corpo cilíndrico e aletas inclinadas. 
A saída do gás limpo é feita pelo topo do ciclone através de um tubo cilíndrico central. 
 No movimento circular decrescente do gás, as partículas mais pesadas, devido à 
densidade ou tamanho, são retiradas contra as paredes do ciclone através de forças 
centrífugas, descendo para a base do ciclone, onde serão descartadas na rosca 
transportadora. 
 
19 
 
2.2.1.12 Silo dosador 
 A alimentação do combustível será feita através de um silo dosador com sistema de 
fundo móvel, o qual fará a retirada do combustível de dentro do silo para alimentar a caldeira. 
2.2.1.13 Dutos e tubulações 
 São tubos que direcionam os gases de combustão através dos processos que ocorrem 
na caldeira até a chaminé. 
2.2.1.14 Tanque de condensado 
 O tanque de condensado tem a função de armazenar o condensado que retorna do 
processo, além da água de reposição, para manter a caldeira abastecida adequadamente. 
2.2.1.15 Tanque de descarga de fundo 
 O tanque de descarga de fundo é responsável por fazer a eliminação dos 
contaminantes da água do equipamento. Possui uma válvula automática, que pode ser 
acionada manualmente, que faz a purga para o sistema de tratamento de água. 
 O tanque de descarga de fundo é responsável pelo recebimento e despressurização 
das descargas de todos os pontos da caldeira, mantendo estes locais limpos para que o fluxo 
da água circule corretamente. 
 
20 
 
2.2.1.16 Chaminé 
 A chaminé é cilíndrica vertical, auto estável e fixado após o lavador de gases. O 
diâmetro é calculado conforme a vazão de gases. 
 A chaminé é umaparte da caldeira sensível à operação em baixa carga, e sua vida útil 
pode ser efetivamente reduzida, quando o equipamento opera fora dos padrões de projeto. A 
condensação dos ácidos resultantes da combustão ataca a chaminé de forma agressiva, 
gerando corrosão e consequente inutilização. 
 Esse ataque ocorre, pois, o ar atmosférico resfria a parede externa da chaminé onde 
estão sendo conduzidos os gases de combustão, fazendo com que os ácidos resultantes da 
queima do combustível condensem nas paredes internas da chaminé. 
2.3 COMBUSTÍVEIS 
 Segundo BAZZO (1995), “toda substância capaz de reagir com o oxigênio e liberar 
energia térmica é identificada como combustível”. 
 Analisando essa informação quase tudo que queima pode ser feito uma triagem e 
dimensionado para consumo de uma caldeira, mas o fator mais importante é o custo-
benefício. 
 Os combustíveis podem ser classificados fisicamente em três tipos distintos: sólidos, 
líquidos e gasosos. 
 Segundo BALESTIERE (2007), “O poder calorífico de uma substância corresponde à 
quantidade de calor que se desprende na queima total de uma unidade de massa do mesmo”. 
2.4 BIOMASSA COMO COMBUSTÍVEL 
 Em termos energéticos, biomassa é toda matéria orgânica, de origem animal e vegetal, 
que pode ser utilizada para obtenção de energia. Assim como a energia hidráulica e outras 
 
21 
 
fontes renováveis de energia, biomassa vegetal é uma forma indireta de energia solar, sendo 
convertida em energia química através da fotossíntese. 
 Os benefícios da biomassa ainda são objeto de muitos debates quando comparados 
com outras fontes de energia renováveis. No entanto, a biomassa tem muitas vantagens sobre 
os combustíveis fósseis devido à redução da quantidade de emissões de carbono 
(CARDOSO, 2012), é uma fonte renovável de energia e não pode ser esgotada, pois é 
derivada principalmente de plantas, o que significa que enquanto as plantas existirem neste 
planeta, a biomassa estará disponível como fonte de energia renovável. 
 Outras fontes da biomassa são provenientes da agricultura, silvicultura, pesca, 
aquicultura, algas e resíduos. Muitos especialistas em energia concordam que quando você 
combina o caráter econômico e ambiental das fontes de energia, a biomassa está no topo da 
lista como uma das melhores fontes de energia. 
 
Figura 6 - Tipos de combustível biomassa 
 
Fonte: https://www.portal-energia.com/o-que-e-energia-biomassa/ 
 
 A biomassa ajuda a reduzir a quantidade de gás de efeito estufa que causa mais 
impacto no aquecimento global e nas mudanças climáticas, a energia da biomassa ajuda a 
limpar nosso meio ambiente. A população mundial está constantemente aumentando com um 
aumento cada vez maior de resíduos que precisam ser descartados de maneira adequada. 
Grande parte do lixo acaba nos recursos hídricos, prejudicando os ecossistemas e causando 
impacto negativo na saúde humana. Esse lixo poderia ser aproveitado para valorização e 
produção de energia, bioferilizadores e outros produtos. 
 
22 
 
2.5 USO DO CATALISADOR DE COMBUSTÃO NA QUEIMA DA BIOMASSA 
 O aditivo de combustível sólido Sahara é um catalisador de combustão de última 
geração, testado pelo IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas), em biomassas como 
cavacos de eucalipto, pinus, bagaço de cana, proporcionando uma melhor reação de 
combustão a nível qualitativo e quantitativo, aumentando a reatividade de queima em até 70%, 
gerando uma melhor reação de combustão nas biomassas, para um mesmo fim, melhorando 
a eficiência dos equipamentos, caldeiras, secadores e fornos, e alcançando economias 
consideráveis. 
 Por meio de uma combustão mais eficiente, a formação de fuligem, material 
particulado e outros poluentes é reduzida em até 85%, ocasionando maior eficiência de 
transferência de calor. Devido a melhor eficiência de queima dos combustíveis, o produto 
reduz substancialmente a porcentagem de poluentes no gás de combustão. 
 A redução do material particulado e da fuligem está diretamente relacionada à melhoria 
da combustão, ou seja, quanto maior a eficiência de combustão do combustível sólido, maior 
será a redução do material particulado / fumaça, chegando a uma redução de até 85%, 
portanto há menos poluição para o meio ambiente. O aditivo reduz consideravelmente os 
resíduos de não queimados nas cinzas leves e pesadas, como também os depósitos de 
escória, e previne nova formação. 
 Para que a dosagem de aditivo seja adicionada na medida correta, foi instalado na 
caldeira um sistema de silo dosador conforme mostra a figura 7. 
 
Figura 7 - Silo dosador do aditivo 
 
Fonte: Sahara 
 
23 
 
2.6 PROBLEMAS RELACIONADOS NA COMBUSTÃO DE BIOMASSA 
 Alguns problemas relacionados a má combustão da biomassa (cavaco de eucalipito) 
na caldeira antes do uso do “Sahara Solid-Fuel Additive 
• Depósito e sinterização de cinzas; 
• Resíduo de não queimados; 
• Corrosão a baixa e alta temperatura em caldeiras, fornos, secadores, etc; 
• Formação de pedras nas grelhas e incrustação nos tubos e super aquecedores, 
prejudicando a passagem do ar, e promovendo perda de eficiência nas caldeiras e 
corrosão nas partes metálicas; 
 
 
 
Fonte: Sahara Fonte: Sahara 
 
 
Figura 8 - Cinzas da saída da caldeira Figura 9 - Pedras e não queimados 
 
24 
 
3 METODOLOGIA (MATERIAL E MÉTODOS) 
 O presente trabalho constitui num estudo de caso e revisão da literatura, seu 
desenvolvimento foi realizado a uma análise nos dados técnicos de trabalho em uma caldeira 
flamotubular (mista) ICAVI modelo ICFB 04010 instalada na planta do cliente de Itu-SP, que 
utiliza o cavaco de eucalipto como combustível, com alta eficiência, baixas emissões e 
durabilidade extrema, com o consumo de aproximadamente 150 toneladas por dia de cavaco 
e com capacidade de produção de aproximadamente 500 toneladas de vapor por dia. 
 O catalisador Sahara Solid Fuel Additive foi aplicado no combustível (cavaco de 
eucalipto) através de equipamento de dosagem fornecido em comodato na esteira de 
alimentação da caldeira na proporção de 400 ppm ou seja, 400 gramas do catalisador para 1 
tonelada de cavaco de eucalipto. 
 
Figura 10 - Caldeira Mista do cliente de Itu/SP 
 
Fonte: Site ICAVI 
 
 
25 
 
Figura 11 - Caldeira Mista do cliente de Itu/SP 
 
Fonte: Site ICAVI 
 
Figura 12 - Características da caldeira mista 
 
Fonte: Sahara 
 
 
26 
 
3.1 CÁLCULO EFICIÊNCIA TÉRMICA DAS CALDEIRAS 
A eficiência pelo método direto é dada pelo quociente entre a energia produzida pela caldeira 
na forma de vapor e o consumo de energia do combustível. A energia do vapor pode ser 
definida pelo produto entre a vazão em massa de vapor e o ganho de entalpia observado na 
água, em sua transformação de água de alimentação em vapor. 
Como mostra a equação (1): 
 
𝜂𝑀𝐷 =
�̇�𝑣(ℎ𝑣 − ℎ𝑎)
�̇�𝑐 . 𝑃𝐶
. 100 (1) 
 
 
 
Onde: 
 
𝜂𝑀𝐷= 𝑒𝑓𝑖𝑐𝑖ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑝𝑒𝑙𝑜 𝑚é𝑡𝑜𝑑𝑜 𝑑𝑖𝑟𝑒𝑡𝑜 
𝑚 ̇ 𝑣= 𝑣𝑎𝑧ã𝑜 𝑚á𝑠𝑠𝑖𝑐𝑎 𝑑𝑒 𝑣𝑎𝑝𝑜𝑟 [
𝑘𝑔
𝑠
] 
ℎ𝑣 = 𝑒𝑛𝑡𝑎𝑙𝑝𝑖𝑎 𝑑𝑜 𝑣𝑎𝑝𝑜𝑟 𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑧𝑖𝑑𝑜 [
𝑘𝐽
𝑘𝑔
] 
ℎ𝑎 = 𝑒𝑛𝑡𝑎𝑙𝑝𝑖𝑎 𝑑𝑎 á𝑔𝑢𝑎 𝑑𝑒 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑎 [
𝑘𝐽
𝑘𝑔
] 
𝑚 ̇ 𝑐= 𝑣𝑎𝑧ã𝑜 𝑚á𝑠𝑠𝑖𝑐𝑎 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑚𝑏𝑢𝑠𝑡í𝑣𝑒𝑙 [
𝑘𝑔
𝑠
] 
𝑃𝐶 = 𝑝𝑜𝑑𝑒𝑟 𝑐𝑎𝑙𝑜𝑟í𝑓𝑖𝑐𝑜 𝑑𝑜 𝑐𝑜𝑚𝑏𝑢𝑠𝑡í𝑣𝑒𝑙 [
𝑘𝐽
𝑘𝑔
] 
3.2 CONSUMO DE CAVACO 
 É importante salientar que o consumo de cavaco será utilizado como um comparativo 
pare demonstrar o quanto o aditivo pode ser eficiente. Sendo assim o gráfico 1 demonstra o 
consumo de cavaco sem o uso de aditivo, dos meses de outubro/2020 a janeiro/2021. 
Somente estão listados os dados destes meses, por não haver coleta de dados no período 
anterior. 
 
 
27 
 
Gráfico 1 - Consumo de cavaco sem aditivo 
 
Fonte: Elaborado pela autora (2022) 
 
 O gráfico 2 demonstra o consumo de cavaco com o uso de aditivo, dos meses de 
fevereiro a maio/2021, há uma tendência de redução no consumo de cavaco. 
 
Gráfico 2- Consumo de cavaco com aditivo 
 
Fonte: Elaborado pela autora (2022) 
 
875,58
4.149,17 4.046,63
3.460,19
500,00
1.000,00
1.500,00
2.000,00
2.500,00
3.000,00
3.500,00
4.000,00
4.500,00
out/20 nov/20 dez/20 jan/21
to
n
el
ad
as
mês
CONSUMO DE CAVACO SEM ADITIVO
4.037,67 3.944,02
3.631,87
3.398,46
500,00
1.000,00
1.500,00
2.000,00
2.500,00
3.000,00
3.500,00
4.000,00
4.500,00
fev/21 mar/21 abr/21 mai/21
to
n
el
ad
as
mês
CONSUMO DE CAVACO COM ADITIVO
 
28 
 
 O gráfico 3 demonstra o custo mensal total do cavaco sem o uso de aditivo, dos meses 
de outubro/2020 a janeiro/2021. 
 
Gráfico 3 - Custo total sem aditivo 
 
Fonte: Elaborado pela autora (2022) 
 
O gráfico 4 demonstra o custo mensal total do cavaco com o uso de aditivo, dos meses de 
fevereiro a maio/2021. 
 
Gráfico 4 - Custo total com aditivo 
 
Fonte: Elaborado pela autora (2022) 
R$ 280.185,60
R$ 1.327.734,40 R$ 1.294.921,60
R$ 1.107.260,80
R$ 0,00
R$ 200.000,00
R$ 400.000,00
R$ 600.000,00
R$ 800.000,00
R$ 1.000.000,00
R$ 1.200.000,00
R$ 1.400.000,00
out/20 nov/20 dez/20 jan/21
Custo Total Sem Aditivo
R$ 1.317.289,84
R$ 1.286.736,53
R$ 1.184.897,59
R$ 1.108.747,58
R$ 1.000.000,00
R$ 1.050.000,00
R$ 1.100.000,00
R$ 1.150.000,00
R$ 1.200.000,00
R$ 1.250.000,00
R$ 1.300.000,00
R$ 1.350.000,00
fev/21 mar/21 abr/21 mai/21
Custo Total Com Aditivo
 
29 
 
O gráfico 5 demonstra o comparativo do custo da tonelada do cavaco sem e com o uso de 
aditivo. 
 
Gráfico 5 - Custo da tonelada do cavaco sem e com aditivo 
 
Fonte: Elaborado pela autora (2022) 
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 Todas as caldeiras são consideradas trocadores de calor, porque as caldeiras operam 
com a pressão mais alta que a atmosférica. Desta forma, devido à combustão do combustível 
utilizado, a água em seu interior é aquecida, para que a água possa obter energia, de modo 
a atingir a finalidade de geração de vapor. As caldeiras são projetadas para absorver o 
máximo de energia para máxima eficiência. O calor da combustão do combustível é 
transferido para a água por convecção, radiação e condução. 
 Para o estudo foi utilizado a caldeira flamotubular (mista) ICAVI modelo ICFB 04010 
com produção de vapor de aproximadamente 500 toneladas por dia, para os cálculos serão 
utilizados os dados fornecidos pelo cliente conforme tabela 1. 
 
R$ 320,00 R$ 326,25
R$ 0,00
R$ 50,00
R$ 100,00
R$ 150,00
R$ 200,00
R$ 250,00
R$ 300,00
R$ 350,00
Sem Aditivo Com Aditivo
Custo da Tonelada do Cavaco sem e com Aditivo
 
30 
 
Tabela 1 - Dados Apurados 
 
Fonte: Sahara 
4.1 EFICIÊNCIA TÉRMICA DA CALDEIRA SEM A UTILIZAÇÃO DO CATALISADOR DE 
COMBUSTÃO 
Para o cálculo da eficiência térmica da caldeira sem o uso do aditivo, será utilizada a equação 
1. 
𝜂𝑀𝐷 =
�̇�𝑣(ℎ𝑣 − ℎ𝑎)
�̇�𝑐 . 𝑃𝐶
. 100 (1) 
 
Dados: 
 
Outubro 2020 Novembro 2020 Dezembro 2020 Janeiro 2021 
𝜂𝑀𝐷= 𝑒𝑓𝑖𝑐𝑖ê𝑛𝑐𝑖𝑎 
𝑚 ̇ 𝑣= 3.831,17 [
𝑘𝑔
𝑠
] 
ℎ𝑣 = 2.792,56 [
𝑘𝐽
𝑘𝑔
] 
ℎ𝑎 = 439,95 [
𝑘𝐽
𝑘𝑔
] 
𝑚 ̇ 𝑐= 875,58 [
𝑘𝑔
𝑠
] 
𝑃𝐶 = 2.700,00 [
𝑘𝐽
𝑘𝑔
] 
𝜂𝑀𝐷= 𝑒𝑓𝑖𝑐𝑖ê𝑛𝑐𝑖𝑎 
𝑚 ̇ 𝑣= 17.755,47 [
𝑘𝑔
𝑠
] 
ℎ𝑣 = 2.792,56 [
𝑘𝐽
𝑘𝑔
] 
ℎ𝑎 = 439,95 [
𝑘𝐽
𝑘𝑔
] 
𝑚 ̇ 𝑐= 4.149,17 [
𝑘𝑔
𝑠
] 
𝑃𝐶 = 2.350,00 [
𝑘𝐽
𝑘𝑔
] 
𝜂𝑀𝐷= 𝑒𝑓𝑖𝑐𝑖ê𝑛𝑐𝑖𝑎 
𝑚 ̇ 𝑣= 16.124,94 [
𝑘𝑔
𝑠
] 
ℎ𝑣 = 2.792,56 [
𝑘𝐽
𝑘𝑔
] 
ℎ𝑎 = 439,95 [
𝑘𝐽
𝑘𝑔
] 
𝑚 ̇ 𝑐= 4.046,63 [
𝑘𝑔
𝑠
] 
𝑃𝐶 = 2.392,00 [
𝑘𝐽
𝑘𝑔
] 
𝜂𝑀𝐷= 𝑒𝑓𝑖𝑐𝑖ê𝑛𝑐𝑖𝑎 
𝑚 ̇ 𝑣= 15.560,19 [
𝑘𝑔
𝑠
] 
ℎ𝑣 = 2.792,56 [
𝑘𝐽
𝑘𝑔
] 
ℎ𝑎 = 439,95 [
𝑘𝐽
𝑘𝑔
] 
𝑚 ̇ 𝑐=3.460,19 [
𝑘𝑔
𝑠
] 
𝑃𝐶 = 2.245,00 [
𝑘𝐽
𝑘𝑔
] 
 
 
31 
 
Calculando: 
 
Outubro 2020 Novembro 2020 
𝜂𝑀𝐷 =
3.831,17(2.792,56 − 439,95)
875,58 . 2.700,00
. 100 𝜂𝑀𝐷 =
17.755,47(2.792,56 − 439,95)
4.149,17 . 2.350,00
. 100 
𝜂𝑀𝐷 = 91,1% 𝜂𝑀𝐷 = 102,3% 
 
 
Dezembro 2020 Janeiro 2021 
𝜂𝑀𝐷 =
16.124,94(2.792,56 − 439,95)
4.046,63 . 2.392,00
. 100 𝜂𝑀𝐷 =
15.560,19 (2.792,56 − 439,95)
3.460,19 . 2.245,00
. 100 
𝜂𝑀𝐷 = 93,6% 𝜂𝑀𝐷 = 112,6% 
4.2 EFICIÊNCIA TÉRMICA DA CALDEIRA COM A UTILIZAÇÃO DO CATALISADOR DE 
COMBUSTÃO 
Para o cálculo da eficiência térmica da caldeira com o uso do aditivo, será utilizada a equação 
1. 
𝜂𝑀𝐷 =
�̇�𝑣(ℎ𝑣 − ℎ𝑎)
�̇�𝑐 . 𝑃𝐶
. 100 (1) 
 
Dados: 
 
Fevereiro 2021 Março 2021 Abril 2021 Maio 2021 
𝜂𝑀𝐷= 𝑒𝑓𝑖𝑐𝑖ê𝑛𝑐𝑖𝑎 
𝑚 ̇ 𝑣= 16.831,21 [
𝑘𝑔
𝑠
] 
ℎ𝑣 = 2.792,56 [
𝑘𝐽
𝑘𝑔
] 
ℎ𝑎 = 439,95 [
𝑘𝐽
𝑘𝑔
] 
𝑚 ̇ 𝑐= 4.037,67 [
𝑘𝑔
𝑠
] 
𝜂𝑀𝐷= 𝑒𝑓𝑖𝑐𝑖ê𝑛𝑐𝑖𝑎 
𝑚 ̇ 𝑣= 15.936,20 [
𝑘𝑔
𝑠
] 
ℎ𝑣 = 2.792,56 [
𝑘𝐽
𝑘𝑔
] 
ℎ𝑎 = 439,95 [
𝑘𝐽
𝑘𝑔
] 
𝑚 ̇ 𝑐= 3.944,02 [
𝑘𝑔
𝑠
] 
𝜂𝑀𝐷= 𝑒𝑓𝑖𝑐𝑖ê𝑛𝑐𝑖𝑎 
𝑚 ̇ 𝑣= 14.381,80 [
𝑘𝑔
𝑠
] 
ℎ𝑣 = 2.792,56 [
𝑘𝐽
𝑘𝑔
] 
ℎ𝑎 = 439,95 [
𝑘𝐽
𝑘𝑔
] 
𝑚 ̇ 𝑐= 3.631,87 [
𝑘𝑔
𝑠
] 
𝜂𝑀𝐷= 𝑒𝑓𝑖𝑐𝑖ê𝑛𝑐𝑖𝑎 
𝑚 ̇ 𝑣= 14.062,14 [
𝑘𝑔
𝑠
] 
ℎ𝑣 = 2.792,56 [
𝑘𝐽
𝑘𝑔
] 
ℎ𝑎 = 439,95 [
𝑘𝐽
𝑘𝑔
] 
𝑚 ̇ 𝑐=3.398,46 [
𝑘𝑔
𝑠
] 
 
32 
 
𝑃𝐶 = 2.245,00 [
𝑘𝐽
𝑘𝑔
] 𝑃𝐶 = 2.073,00 [
𝑘𝐽
𝑘𝑔
] 𝑃𝐶 = 2.175,00 [
𝑘𝐽
𝑘𝑔
] 𝑃𝐶 = 2.315,00 [
𝑘𝐽
𝑘𝑔
] 
Calculando: 
 
Fevereiro 2021 Março 2021 
𝜂𝑀𝐷 =
16.831,21(2.792,56 − 439,95)
4.037,67 . 2.245,00
. 100 𝜂𝑀𝐷 =
15.936,20(2.792,56 − 439,95)
3.944,02 . 2.073,00
. 100 
𝜂𝑀𝐷 = 104,3% 𝜂𝑀𝐷 = 109,5% 
 
 
Abril 2021 Maio 2021 
𝜂𝑀𝐷 =
14.381,80(2.792,56 − 439,95)
3.631,87 . 2.175,00
. 100 𝜂𝑀𝐷 =
14.062,14 (2.792,56 − 439,95)
3.398,46 . 2.315,00
. 100 
𝜂𝑀𝐷 = 102,3% 𝜂𝑀𝐷 = 100,4% 
 
 
 
Gráfico 6 - Eficiência sem e com o uso do aditivo 
 
 
 
Fonte: Elaborado pela autora (2022) 
 
91,1
102,3
93,6
112,6
104,3
109,5
102,3
100,4
80,0
85,0
90,0
95,0
100,0
105,0
110,0
115,0
out/20 nov/20 dez/20 jan/21 fev/21 mar/21 abr/21 mai/21
EFICIÊNCIA
 
33 
 
 Analisando o gráfico, tem-se a média da eficiência sem o aditivo no período de 
outubro/20 a janeiro/21 de 98,5%, e a média do rendimento com o aditivo no período de 
fevereiro/21 a maio/21 de 105,3% conseguindo uma melhora na eficiência em 6,8% e uma 
economia no consumo de cavaco de 6,4%. 
 É notório o resultado da queima do cavaco com o aditivo, pois alguns dos problemas 
encontrados antes do uso, eram a formação de pedras nas grelhas e os resíduos de não 
queimados, com o uso do aditivo tem-se uma queima total, conforme figuras 12 e 13. 
 
Fonte: Sahara Fonte: Sahara 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 Após as análises das variáveis dos resultados apurados constatou-se a boa atuação 
do catalisador de combustão “Sahara Solid-Fuel Additive” ressaltando as condições e 
alteração no período anterior e durante a aplicação do aditivo. 
 Analisando os gráficos 3 e 4 do custo total do cavaco sem e com aditivo percebe-se 
que a tendência com o passar dos meses é a redução do custo, pois há uma redução do 
consumo do cavaco. 
Figura 13 - Cinzas da saída da caldeira Figura 14 - Cinzas da saída da caldeira 
 
34 
 
 Os números no gráfico 6 comprovam uma ação direta do aditivo na melhoria da 
combustão, com resultado direto na economia do cavaco (biomassa) de 6,4% e ganho na 
eficiência de 6,8%, considerando ainda a redução de resíduos de não queimados, formação 
de pedras na grelha, fornalha e incrustação no tubulão, pré ar e super aquecedor, se o tubo 
está incrustado precisa-se de mais energia para aquecer esse tubo, ou seja, mais consumo 
de cavaco, como o aditivo elimina essas incrustações, necessitamos de menos energia, ou 
seja, menor consumo de cavaco, através de uma evaporação mais rápida na umidade 
presente na biomassa, proporcionando um melhor aproveitamento do poder calorífico 
(PCI/kg) do cavaco ( combustível sólido) 
 Quando consegue reduzir os resíduos de não queimados, formação de pedras na 
grelha, fornalha e incrustação no tubulão, pré ar e super aquecedor com o passar do tempo 
reduz-se a necessidade de paradas para manutenção.Para as análises referentes a redução de manutenção, corrosão dos equipamentos e 
só poderão ser analisadas e mensuradas em um período maior e constante do uso do 
catalisador “Sahara Solid-Fuel Additive”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
35 
 
6 REFERÊNCIAS 
ALTAFINI, C. R. Caldeiras. Curso de engenharia mecânica. Universidade de Caxias 
do Sul, 2002. 
 
ALBERICHI, M. Estudo das instalações e operações de caldeiras de uma 
indústria de produtos químicos do estado do Paraná, sob ótica da NR-13 e NR-
28. Monografia do curso de especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho. 
Universidade Tecnológica Federal do Paraná, 2009. 
 
BALESTIERI, J. A. P. Máquinas térmicas. Curso de Engenharia Mecânica. 
Faculdade de Engenharia de Guaratinguetá – UNESP – FEG, 2007. 
 
BAZZO, Edson. Geração de Vapor. Trabalho de conclusão de curso em Engenharia 
Ambiental. Editora da UFSC. Florianópolis, 1995. 
 
BOMBA A VAPOR. Disponível em: < https://cdn.britannica.com/14/133014-050-
D2175859/Thomas-Savery-steam-pump-engraving.jpg >. Acesso em: 13 ago. 2021. 
 
CALDEIRA FLAMOTUBULAR: Disponível em: < 
https://icavi.ind.br/pt/produtos/caldeira-aquatubular-ica/>. Acesso em: 13 ago. 2021. 
 
CARDOSO, B.M. Uso da Biomassa como Alternativa Energética. Rio de Janeiro: 
UFRJ/ Escola Politécnica, 2012 
 
EOLÍPILA. Disponível em: < https://www.ancient-origins.net/ancient-
technology/ancient-invention-steam-engine-hero-alexandria-001467>. Acesso em: 13 
ago. 2021. 
 
 
36 
 
FORÇA A VAPOR. Disponível em: < https://www.civilopedia.net/pt-BR/rise-and-
fall/technologies/tech_steam_power>. Acesso em: 13 ago. 2021 
LEITE, N. R.; MILITÃO, R. de A. Tipos e aplicações de caldeiras. PROMINP – 
ENGENHEIRO DE SUPRIMENTOS. Escola Politécnica, Departamento de 
Engenharia Mecânica. 2008 
 
SAHARA SOLID FUEL ADDITIVE®. Disponível em: < 
https://www.saharabr.com.br/pt-br/sahara-solid-fuel-additive.asp >. Acesso em: 13 
ago. 2021. 
 
TAFNER, Elisabeth Penzlien; DA SILVA, Everaldo. Metodologia do Trabalho 
Acadêmico. Indaial: ASSELVI, 2008. 
 
WISER, Wendell H. Recursos energéticos: ocorrência, produção, conversão, 
uso. Birkhäuser. (2000). 
 
HEGELE, Jonas H. Manual de Operação e Manutenção Caldeira Flamotubular. 
Pouso Redondo: ICAVI.

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