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Código Logístico
I000037
Fundação Biblioteca Nacional
ISBN 978-65-5821-024-5
9 7 8 6 5 5 8 2 1 0 2 4 5
Gerenciamento de 
segurança executiva 
Claudionor Agibert
IESDE BRASIL
2021
© 2021 – IESDE BRASIL S/A. 
É proibida a reprodução, mesmo parcial, por qualquer processo, sem autorização por escrito do autor e do 
detentor dos direitos autorais.
Projeto de capa: IESDE BRASIL S/A. Imagem da capa: LightField Studios/Shutterstock
Todos os direitos reservados.
IESDE BRASIL S/A. 
Al. Dr. Carlos de Carvalho, 1.482. CEP: 80730-200 
Batel – Curitiba – PR 
0800 708 88 88 – www.iesde.com.br
CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO 
SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ
A213g
Agibert, Claudionor
Gerenciamento de segurança executiva / Claudionor Agibert. - 1. ed. - 
Curitiba [PR] : Iesde, 2021. 
 116 p. : il.
Inclui bibliografia
ISBN 978-65-5821-024-5
1. Gestão da segurança. 2. Segurança pública. 3. Serviços de seguran-
ça privada. 4. Consultores de segurança. I. Título.
21-70668 CDD: 658.47
CDU: 005.934-052
Claudionor Agibert Especialista em Administração Pública pela 
Faculdade Educacional Araucária (Facear); em Direito 
Administrativo Disciplinar pela Universidade Tuiuti do 
Paraná (UTP); em Direito Tributário e Aduaneiro pela 
Pontifícia Universidade Católica (PUC Minas). É também 
Especialista em Aperfeiçoamento de Oficiais Policiais 
Militares; em Polícia Judiciária Militar e em Instrução de 
Armas de Fogo, ambos pela Academia Policial Militar 
do Guatupê (APMG); e em Proteção de Dignitários 
pelo Instituto de Tática Defensiva ISIS. Bacharel em 
Direito pela UTP. Graduado no Curso de Formação 
de Oficiais Policiais Militares da APMG. Membro da 
Academia de Letras dos Militares Estaduais do Paraná 
(Almepar). Professor de graduação e pós-graduação 
em instituições de ensino superior. Capitão da reserva 
remunerada e instrutor de armas de fogo da Polícia 
Militar do Paraná (PMPR). Advogado, consultor e 
parecerista; além de autor de vários livros na área de 
segurança.
SUMÁRIO
Agora é possível acessar os vídeos do livro por 
meio de QR codes (códigos de barras) presentes 
no início de cada seção de capítulo.
Acesse os vídeos automaticamente, direcionando 
a câmera fotográ�ca de seu smartphone ou tablet 
para o QR code.
Em alguns dispositivos é necessário ter instalado 
um leitor de QR code, que pode ser adquirido 
gratuitamente em lojas de aplicativos.
Vídeos
em QR code!
SUMÁRIO
Agora é possível acessar os vídeos do livro por 
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1 Introdução à segurança executiva 9
1.1 Segurança executiva no mundo 9
1.2 Segurança executiva no Brasil 17
1.3 Público-alvo da segurança executiva 26
2 Serviços de segurança executiva 33
2.1 Legislação aplicada 33
2.2 Grupos públicos 42
2.3 Grupos privados 47
3 Equipe de segurança executiva 52
3.1 Estrutura logística 52
3.2 Recursos humanos 58
3.3 Treinamento e aperfeiçoamento 68
4 Procedimentos gerais na segurança executiva 74
4.1 Planejamento 74
4.2 Formações 82
4.3 Procedimentos e escoltas 90
5 Procedimentos especiais na segurança executiva 98
5.1 Contextualização 98
5.2 Inspeções e varreduras 102
5.3 Uso de tecnologia 107
6 Gabarito 114
Esta obra busca apresentar os aspectos sobre a segurança 
executiva, compreendendo notas introdutórias, os serviços 
de segurança executiva, a equipe de segurança executiva e os 
procedimentos gerais e especiais na segurança executiva. 
Nesse sentido, o Capítulo 1 trata da segurança executiva no 
mundo e no Brasil, além de promover uma discussão interessante 
sobre o respectivo público-alvo da atividade. 
No Capítulo 2 são estudados a legislação aplicada e os grupos 
públicos e privados mais relevantes no Brasil, de modo a ilustrar 
a realidade brasileira e suas balizas legais regulamentares. 
No Capítulo 3 é possível aprender sobre a estrutura logística de 
uma agência de proteção, o aspecto dos recursos humanos, bem 
com o treinamento e aperfeiçoamento do agente de proteção. 
O Capítulo 4 aborda o planejamento da proteção executiva, as 
principais formações existentes e os procedimentos específicos 
em situações diversas e nas escoltas, o que traz informações 
bastante úteis e de aplicação eminentemente prática. 
O Capítulo 5 apresenta a contextualização sobre os 
procedimentos especiais, as inspeções e varreduras e o uso de 
tecnologia, que na modernidade constitui diferencial significativo 
da excelência do serviço, tendo em vista a própria transformação 
das ameaças e das vulnerabilidades. 
Resultado de vasta pesquisa em inúmeras fontes nacionais 
e internacionais, de cunho acadêmico, mas também prático, 
complementadas pela experiência de vários anos do autor como 
Chefe da Segurança Pessoal de diversas autoridades, a obra, de 
maneira simples e objetiva, apresenta os tópicos com conteúdo 
adequado, ilustrado e didático, de fácil leitura e compreensão. 
Bons estudos!
APRESENTAÇÃO
Vídeo
Introdução à segurança executiva 9
1
Introdução à segurança 
executiva
Os serviços de proteção de autoridades e executivos 
mostram-se cada vez mais necessários e imprescindíveis, tanto na 
área pública quanto privada.
Seja pelo fenômeno da globalização – que trouxe muitos bene-
fícios, mas também muitos desafios –; seja pelo desenvolvimento 
tecnológico, utilizado por organizações criminosas e por grupos 
terroristas; seja pelas crescentes demandas de segurança pú-
blica e privada ao redor do mundo; além da própria natureza da 
atividade desempenhada (como uma autoridade pública ou um 
executivo), pode-se perceber a importância de um serviço de pro-
teção competente, preparado, treinado e com meios disponíveis e 
suficientes.
Compreender o histórico e a evolução dos serviços de proteção 
é fundamental para o entendimento adequado da atividade e sua 
consequente prestação eficiente e eficaz.
Dessa forma, serão abordadas, neste capítulo, questões referen-
tes à segurança executiva no mundo e no Brasil, além disso, será pro-
posta uma discussão sobre o respectivo público-alvo da atividade.
1.1 Segurança executiva no mundo 
Vídeo Os serviços de proteção executiva, na qualidade de atividade 
específica e profissionalmente organizada, não são muito antigos. 
Contudo, possuem algumas raízes históricas interessantes que me-
recem ser analisadas.
10 Gerenciamento de segurança executiva
Christopher Hagon (2015, tradução nossa) assim esclarece:
Por centenas de anos, figuras de alto escalão requisitaram 
proteção pessoal contra assassinos estrangeiros, insurgentes 
ou indivíduos perturbados. Reis, presidentes, papas, assim 
como aquelas pessoas ricas e poderosas, recrutaram guardas 
especiais para garantir sua segurança. No início dos tempos, 
a maioria desses guarda-costas eram soldados que foram re-
crutados de unidades de combate depois de provarem suas 
habilidades físicas. No entanto, a força física não era o único 
fator importante. Na antiguidade, a lealdade de um guarda-
-costas ao seu protegido era considerada a mais importante 
qualidade. 
Nota-se, por conseguinte, que existia desde muito tempo uma cons-
tante ameaça àquele que exercia algum tipo de poder ou de influência 
em uma dada sociedade.
Hagon (2015) ainda explica que, na Grécia Antiga, Alexandre, o 
Grande mantinha um grupo de elite especificamente para sua segu-
rança pessoal, conhecido como Somatophylakes (Figura 1), cujos inte-
grantes eram recrutados de unidades especiais de cavalaria.
Figura 1
Representação de um Somatophylakes
W
ik
im
ed
ia
Co
m
m
on
s
Similarmente, em Roma, a guarda pretoriana (Figura 2) foi concebi-
da para proteger os Generais no campo de batalha, passando, na se-
quência,a proteger o Imperador.
Introdução à segurança executiva 11
Figura 2
Guarda pretoriana na proclamação do Imperador Cláudio
M
al
us
 C
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ik
im
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ia
Co
m
m
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s
Na Inglaterra, a Yeomen of the Guard (Figura 3) foi constituída por 
Henrique VII, em 1485, e era responsável pela proteção pessoal do(a) 
monarca britânico(a).
Figura 3
Yeomen of the Guard
 J
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ik
im
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ia
Co
m
m
on
s
Atualmente a proteção pessoal da 
família real britânica é realizada 
pelo Protection Command, uma 
unidade da London’s Metropolitan 
Police Service.
Curiosidade
https://en.wikipedia.org/wiki/London
12 Gerenciamento de segurança executiva
O Papa é protegido pela Guarda Suíça (Figura 4) desde 1506. 
De acordo com a Enciclopédia Britannica (2021, tradução nossa), os no-
vos recrutas precisam ser suíços, católicos romanos, solteiros, ter entre 
19 e 30 anos e pelo menos 1,74 m de altura, no mínimo ensino médio 
concluído e, além disso, precisam ter concluído treinamento militar no 
exército suíço.
Figura 4
Guarda Suíça
As
pa
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os
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ck
Não apenas na Europa, mas na Ásia, pode-se verificar a atuação de 
elementos de proteção pessoal, como os samurais do Japão e as “tro-
pas proibidas” da China sob a dinastia Tang.
Naturalmente, com o passar do tempo, houve uma estruturação, 
uma profissionalização dos serviços de proteção executiva, passando 
basicamente do único requisito de compleição física, ou seja, aquela 
pessoa com porte físico considerável para os inúmeros requisitos hoje 
necessários para o desempenho da atividade.
Dessa maneira, no passado bastava ser forte para exercer a ativida-
de de guarda-costas. No entanto, as qualidades imprescindíveis para a 
prestação do serviço de proteção executiva foram sofrendo modifica-
ções e atualizações, uma vez que o agente de proteção executiva (Figu-
ra 5) precisa dominar as mais diversas técnicas, sem contar as normas 
de etiqueta social, o manuseio de armas de fogo, a direção defensiva, 
ofensiva e evasiva, entre outras.
Introdução à segurança executiva 13
Figura 5
Situação de proteção executiva
Li
gh
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 S
tu
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hu
tte
rs
to
ck
Atualmente, no mundo, existem excelentes serviços de proteção 
executiva, tanto na esfera pública quanto na iniciativa privada. As gran-
des corporações contratam especialistas em segurança para funções 
de direção e de assessoramento.
Merecem destaque, sem sombra de dúvidas, alguns serviços es-
pecíficos de caráter público, tendo em vista seus excelentes treina-
mentos, protocolos operacionais bem definidos, recrutamento e 
seleção de agentes por meio de processo rigoroso e a instrução de ma-
nutenção periódica.
O primeiro deles que deve ser detalhado é o Serviço Secreto dos 
Estados Unidos da América, encarregado da proteção do Presidente e 
do Vice-Presidente, que possui também outras atribuições.
As responsabilidades dele encontram-se dispostas no Título 18 do 
Código Penal Federal dos EUA (1890,tradução nossa), merecendo ênfa-
se as seguintes disposições:
§ 3056. Poderes, autoridades e deveres do Serviço Secreto dos Estados Unidos 
(a) Sob o comando do Secretário de Defesa Interna, o Serviço Secreto dos Estados Uni-
dos é autorizado a proteger as seguintes pessoas: 
(1) O Presidente, o Vice-Presidente (ou outra autoridade na linha de sucessão presiden-
cial), o Presidente eleito e o Vice-Presidente eleito. 
O site do Serviço Secreto 
dos Estados Unidos da 
América fornece mais 
informações e apresenta 
boa descrição sobre as 
atividades desenvolvidas.
Disponível em: https://www.
secretservice.gov/. Acesso em: 25 
mar. 2021.
Site
(Continua)
https://www.secretservice.gov/
https://www.secretservice.gov/
14 Gerenciamento de segurança executiva
(2) Os familiares imediatos das pessoas indicadas no parágrafo (1). 
(3) Ex-Presidentes e seus cônjuges, vitaliciamente, salvo a hipótese de novo casamento 
do cônjuge. 
(4) Filhos de Ex-Presidentes que tenham menos de 16 anos de idade.
(5) Chefes de Estado estrangeiros em visita oficial. 
(6) Outros visitantes ilustres estrangeiros aos Estados Unidos ou Representantes Oficiais 
dos Estados Unidos desempenhando missões especiais no exterior quando determina-
do pelo Presidente. 
(7) Principais candidatos a Presidente e a Vice-Presidente e, desde 120 dias antes das 
eleições presidenciais, os cônjuges desses candidatos. O termo “Principais candidatos 
a Presidente e a Vice-Presidente” se refere aqueles indivíduos identificados como tal 
pelo Secretário de Defesa Interna depois de ouvido o Comitê especial composto pelo 
Presidente da Câmara Federal; o líder da minoria da Câmara; os líderes da minoria e 
da maioria do Senado; e um outro membro selecionado pelos outros membros do 
Comitê. 
(8) Ex-Vice-Presidentes, seus cônjuges e os filhos menores de 16 anos de idade, por 
um período não superior a seis depois após a substituição no cargo. O Secretário de 
Defesa Interna tem autoridade para determinar ao Serviço Secreto que proveja prote-
ção temporária para quaisquer desses indivíduos posteriormente, caso a medida seja 
recomendável. 
O Serviço Secreto dos Estados Unidos da América também possui 
competência para atuar como organização policial em nível federal, 
cumprindo mandados, realizando prisões, entre outras medidas.
Criado em 1865 para combater falsificação de moeda, a partir de 
1894, ele iniciou a proteção extraoficial do Presidente Cleveland. Em 
1901, em razão do assassinato do Presidente William McKinley, o 
Congresso requisitou que o Serviço Secreto realizasse a proteção dos 
presidentes americanos.
Em 1908, começou a prover proteção para o presidente eleito. Em 
1917, o Congresso autorizou a proteção dos familiares imediatos do 
presidente. E em 1962, autorizou a proteção do vice-presidente eleito, 
do ex vice-presidente e do ex-presidente por seis meses.
A partir de 1968, depois do assassinato do candidato à presidência 
Senador Robert Kennedy, o Congresso autorizou a proteção dos princi-
pais candidatos a presidente e a vice-presidente.
Com um histórico de quatro presidentes assassinados e inúme-
ras tentativas, o Serviço Secreto americano evoluiu e progrediu, 
melhorando o treinamento do efetivo, as técnicas utilizadas, bem 
No filme Invasão à Casa 
Branca, poderá ser 
compreendido um pouco 
mais sobre o Serviço Se-
creto dos Estados Unidos 
da América.
Direção: Antoine Fuqua. EUA: 
Millenium Films, 2013.
Filme
Introdução à segurança executiva 15
como a tecnologia empregada, chegando a patamares invejáveis e 
se constituindo em uma das agências de proteção mais qualificadas 
e eficientes do mundo.
Outro serviço de proteção extremamente capacitado é o Shin Bet 1 , 
responsável pela proteção do Primeiro-Ministro israelense. De acor-
do com o site oficial da Israeli Security Agency (2021, tradução nossa), 
em 1948:
O serviço de inteligência Haganag “Shai” foi dissolvido e se 
tornou a comunidade de inteligência incluindo “Mahatz”, 
um serviço interno de inteligência sob a liderança de Isser 
Halperin-Harel. A unidade atuava dentro de uma estrutura mi-
litarizada e era responsável pelo Primeiro-Ministro e pelo Mi-
nistro de Defesa. “Mahatz” lidava com o setor judeu, enquanto 
a responsabilidade sobre o setor árabe e pela contraespiona-
gem era assumida pela inteligência do Exército, chamada na 
época de Serviço de Inteligência. 
Em 11 de março de 1949, foi criada uma unidade militar deno-
minada Israel Security Agency (ISA) que, em 1950, foi transformada 
de uma agência militar para uma agência civil. Em 1958, depois de 
um incidente envolvendo explosivos no Parlamento e resultando em 
lesões no Primeiro-Ministro David Ben-Gurion e outros ministros, a 
ISA recebeu a incumbência de prover a proteção pessoal de autori-
dades israelenses.
Depois de todas as experiências acumuladas, incluindo o triste 
assassinato do Primeiro-Ministro Yitzhak Rabin, em 4 de novembro de 
1995, o atentado foi perpetrado por um israelense extremista, Yigal 
Amir, e tal ato era absolutamente inesperado.Com isso, a ISA se aper-
feiçoou e se desenvolveu com bastante intensidade, com ênfase no 
treinamento dos agentes e na utilização de tecnologia de ponta.
Atualmente a ISA se mostra como um dos mais modernos e efi-
cientes serviços de proteção em todo o mundo, comparável – se não 
até melhor – aos serviços consolidados, como o Serviço Secreto dos 
Estados Unidos.
Outro serviço que merece apresentação é o Presidential Security 
Service of Russia, que, criado na década de 1990, possui cerca de 9 mil 
servidores e tem a responsabilidade de proteger o Presidente 
da Rússia.
Também conhecido como 
Shabak, refere-se à Agência de 
Segurança Israelense (Israeli 
Security Agency).
1
A ISA trabalhava com a 
premissa de que um israelense 
jamais mataria outro israelen-
se, o que ocasionou a falha 
no sistema de proteção que 
contribuiu para o assassinato 
do Primeiro-Ministro Rabin.
Curiosidade
16 Gerenciamento de segurança executiva
Igualmente importante é o Groupe de sécurité de la présidence de la 
République, originado em 1983 e encarregado de proteger o Presiden-
te da França, com aproximadamente 60 servidores, integrantes mistos 
tanto da Gendarmeria Nacional quanto da Polícia Nacional.
Na China, o Central Security Bureau of the Chinese Communist Party 
tem a responsabilidade de proteger o Presidente chinês, sendo com-
posto atualmente de 4 mil servidores.
Verifica-se, portanto, que em todos os Estados soberanos existe 
uma estrutura formal para o serviço de proteção pessoal dos Chefes 
de Estado e/ou de Governo.
Seguindo essa linha de raciocínio, no Brasil existem diversas agên-
cias públicas (praticamente nos três níveis) responsáveis pela proteção 
das maiores autoridades públicas nacionais e internacionais, como 
será visto mais adiante.
Por outro lado, na iniciativa privada também existem grandes corpo-
rações voltadas exclusivamente para atividades de proteção pessoal, 
sem contar aquelas organizações multinacionais que possuem uma 
diretora de segurança, englobando a segurança pessoal, corporativa, 
patrimonial e de instalações físicas.
Um exemplo é o The World Protection Group Inc, com sede em 
Beverly Hills, Califórnia, nos Estados Unidos da América, que oferece 
serviços de proteção pessoal para executivos e celebridades, contendo 
a seguinte descrição:
O World Protection Group é uma empresa internacional de se-
gurança especializada em segurança executiva. Nossa filosofia 
e técnicas são baseadas no método do Serviço Secreto dos Es-
tados Unidos no sentido de prover uma proteção preventiva e 
proativa. O World Protection Group trabalhou com alguns dos 
indivíduos do mais alto perfil em todo o mundo. (THE WORLD 
PROTECTION GROUP, 2021, tradução nossa) 
A empresa presta serviços nos Estados Unidos, no México, no 
Canadá, no Reino Unido, na Alemanha, na França, na Europa, na China, 
no Japão, em Singapura, na Austrália, na Coreia do Sul, na América do 
Sul e na Índia.
Com um efetivo disponível de milhares de agentes de proteção, a 
companhia tem, em seus quadros, profissionais altamente experien-
tes e devidamente qualificados para o exercício das atividades, o que 
Introdução à segurança executiva 17
demonstra certamente as decorrentes oportunidades de um mercado 
existente e em constante e franca ascensão.
Agora será importante entender o serviço de proteção no território 
brasileiro, sob a perspectiva tanto dos serviços públicos quanto da ati-
vidade privada.
1.2 Segurança executiva no Brasil 
Vídeo No Brasil, o serviço de proteção de autoridades e executivos é pres-
tado tanto no âmbito da Administração Pública quanto no espectro da 
segurança privada.
Naturalmente o histórico pouco robusto de atentados (bem-sucedidos 
ou não) no território brasileiro – seja contra autoridades, executivos ou 
pessoas com alto poder econômico – contribui para que haja uma falsa 
percepção da realidade.
Em que pese os dados estatísticos demonstrarem altos índices de 
violência e de criminalidade, com dezenas de milhares de homicídios 
anualmente, as informações podem levar a crer que atentados pro-
priamente ditos podem ser coisa apenas de filmes de ação.
No entanto, a fundamentação para a existência do serviço de prote-
ção reside na possibilidade de ocorrerem atentados contra determina-
da pessoa, que pode ser menor ou maior de acordo com uma análise 
de risco e de vulnerabilidade do interessado.
Nessa análise de risco, a variável da criminalidade e da violência in-
tegrará, sem sombra de dúvidas, a equação; todavia, outras variáveis 
também deverão ser consideradas, por exemplo:
 • Gênero.
 • Idade.
 • Cargo.
 • Espectro econômico.
 • Vida social.
 • Rotinas diárias.
 • Regimes e sistemas de deslocamento (possui carro, helicóptero, 
avião, barco, entre outros).
 • Família (casamento, filhos, idades dos filhos).
18 Gerenciamento de segurança executiva
 • Prática de esportes, hábitos e costumes (cigarro, bebidas alcoó-
licas, leitura).
O fato é que existe sim a necessidade de proteger algumas pessoas, 
tendo em vista as características de suas atividades profissionais. Auto-
ridades públicas, como presidentes, governadores, prefeitos, ministros 
e outros, pela representatividade do cargo que ocupam, precisam ser 
devidamente protegidos.
De igual forma, executivos e diretores de grandes corporações, 
além de pessoas com alto poder aquisitivo, como empresários, 
também podem ter para si a recomendação/indicação de proteção 
pessoal.
Inicialmente irá se conhecer algumas estruturas de proteção pessoal 
de autoridades públicas brasileiras. A mais significativa autoridade pú-
blica é o Chefe de Estado/Governo, o Presidente da República, e o Ga-
binete de Segurança Institucional (GSI), com status de Ministério, é o 
responsável pela proteção pessoal do presidente e do vice-presidente, 
além de outras atribuições.
A competência do GSI encontra-se estabelecida no Decreto Federal 
n. 9.668, de 2 de janeiro de 2019 (BRASIL, 2019a, grifos nossos):
O site do Gabinete de Segurança 
Institucional da Presidência 
da República apresenta, de 
maneira transparente e de fácil 
entendimento, as informações 
relevantes sobre a estrutu-
ra, composição e missões 
desempenhadas.
Disponível em: https://www.
gov.br/gsi/pt-br. Acesso em: 25 
mar. 2021.
Site
Art. 1º. Ao Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República com-
pete: I – assistir diretamente o Presidente da República no desempenho de suas 
atribuições, especialmente quanto a assuntos militares e de segurança; II – anali-
sar e acompanhar questões com potencial de risco, prevenir a ocorrência de crises 
e articular seu gerenciamento, em caso de grave e iminente ameaça à estabilidade 
institucional; III – coordenar as atividades de inteligência federal; 
IV – coordenar as atividades de segurança da informação e das comunicações; V 
– planejar, coordenar e supervisionar a atividade de segurança da informação no 
âmbito da administração pública federal, nela incluídos a segurança cibernética, a 
gestão de incidentes computacionais, a proteção de dados, o credenciamento de 
segurança e o tratamento de informações sigilosas; VI – zelar, assegurado o exer-
cício do poder de polícia, pela segurança: a) pessoal do Presidente da República e do 
Vice-Presidente da República; b) pessoal dos familiares do Presidente da República e 
do Vice-Presidente da República; c) dos palácios presidenciais e das residências do 
Presidente da República e do Vice-Presidente da República; e d) quando determinado 
pelo Presidente da República, zelar pela segurança pessoal dos titulares dos órgãos 
a seguir e, excepcionalmente, de outras autoridades federais: 1. da Casa Civil; 2. da 
Secretaria de Governo; 3. da Secretaria-Geral; 4. do Gabinete Pessoal do Presidente da 
República; e 5. do Gabinete de Segurança Institucional; VII – coordenar as atividades 
(Continua)
https://www.gov.br/gsi/pt-br
https://www.gov.br/gsi/pt-br
Introdução à segurança executiva 19
do Sistema de Proteção ao Programa Nuclear Brasileiro como seu órgão central;VIII 
– planejar e coordenar: a) os eventos no País em que haja a presença do Presidente 
da República, em articulação com o Gabinete Pessoal do Presidente da República, 
e no exterior, em articulação com o Ministério das Relações Exteriores; e b) os des-
locamentos presidenciais no País e no exterior, nesta última hipótese, em articula-
ção com o Ministério das Relações Exteriores; IX – realizar o acompanhamento de 
questões referentes ao setor espacial brasileiro; X – realizar o acompanhamento de 
assuntos pertinentes ao terrorismo e às ações destinadas à sua prevenção e à sua 
neutralização e intercambiar subsídios para a avaliação de risco de ameaça terro-
rista; e XI – realizar o acompanhamento de assuntos pertinentes às infraestruturas 
críticas, com prioridade aos que se referem à avaliação de riscos. 
Pode-se perceber, portanto, que o GSI possui inúmeras responsa-
bilidades de nível estratégico para a República Federativa do Brasil, por 
exemplo, o programa nuclear brasileiro, as ações de inteligência federal, a 
segurança de informações e de comunicações e o setor espacial brasileiro.
Naturalmente, o que mais interessa aqui é a atribuição de respon-
sável pela segurança pessoal do Presidente e do Vice-Presidente da 
República, bem como de seus familiares e, de acordo com determina-
ção específica do Presidente: 1) dos Ministros Chefes da Casa Civil, da 
Secretaria de Governo, da Secretaria-Geral, do Gabinete Pessoal do 
Presidente da República, do Gabinete de Segurança Institucional; e 2) 
excepcionalmente de outras autoridades federais.
Dentro da estrutura do GSI encontra-se a Secretaria de Seguran-
ça e Coordenação Presidencial, que possui as seguintes atribuições 
(BRASIL, 2019a, grifos nossos):
Art. 7º. À Secretaria de Segurança e Coordenação Presidencial compete: I -–planejar e 
coordenar: a) ações para execução dos eventos e das viagens presidenciais no País e no 
exterior, em articulação com os demais órgãos envolvidos; b) a execução do transporte 
aéreo de Chefes de Estado, de autoridades e de personalidades e das missões de interes-
se da Presidência da República, quando determinado pelo Presidente da República; e c) 
as atividades relacionadas ao cerimonial militar nos palácios presidenciais ou em local 
determinado pelo Presidente da República; II – coordenar a participação do Presidente 
da República em cerimônias militares, em articulação com os setores pertinentes da 
Presidência da República e com os demais órgãos envolvidos; III – zelar, assegurado 
o exercício do poder de polícia, pela: a) segurança pessoal do Presidente da República, 
(Continua)
20 Gerenciamento de segurança executiva
do Vice-Presidente da República, e de seus familiares, e, quando determinado pelo Pre-
sidente da República, dos titulares dos órgãos essenciais da Presidência da República e 
de outras autoridades ou personalidades; e b) segurança dos palácios presidenciais e 
das residências do Presidente da República e do Vice-Presidente da República; IV – ar-
ticular as ações para a segurança presidencial com os órgãos da Presidência da República 
e, quando determinado pelo Ministro de Estado, com o Ministério da Defesa, com os Co-
mandos das Forças Armadas e com outros órgãos e entidades da administração pública 
federal; e V – exercer outras atribuições determinadas pelo Ministro de Estado ou pelo 
Secretário-Executivo. 
É possível perceber que essa Secretaria supervisionará a gestão di-
reta das atividades relacionadas à segurança pessoal das autoridades 
estabelecidas.
No âmbito da Secretaria de Segurança e Coordenação Presidencial 
existe o Departamento de Segurança Presidencial, com as seguintes 
responsabilidades (BRASIL, 2019, grifos nossos):
Art. 8º. Ao Departamento de Segurança Presidencial compete: I – garantir a li-
berdade de ação do Presidente da República e do Vice-Presidente da República, 
de maneira a contribuir para o desempenho institucional da Presidência da Re-
pública; II – zelar, assegurado o poder de polícia, pela: a) segurança pessoal do 
Presidente da República, do Vice-Presidente da República, e de seus familiares; b) 
segurança pessoal dos titulares dos órgãos essenciais da Presidência da República e 
de outras autoridades ou personalidades, quando determinado pelo Presidente da 
República; e c) segurança dos palácios presidenciais e das residências do Presiden-
te da República e do Vice-Presidente da República; III – gerenciar: a) os riscos rela-
cionados à segurança do Presidente da República, do Vice-Presidente da República, 
de seus familiares e das instalações por eles utilizadas; b) os recursos humanos no 
planejamento e na realização das atividades de segurança presidencial; e c) o apoio 
logístico, administrativo e técnico ao planejamento e à execução das atividades de 
segurança presidencial; IV – elaborar e acompanhar estudos relacionados à segu-
rança presidencial; V – assegurar a capacitação e o treinamento de recursos huma-
nos para o desempenho de suas atividades finalísticas; VI – planejar e empregar 
recursos materiais e humanos nas atividades de segurança presidencial; VII – ela-
borar diretrizes, ordens, normas, regulamentos, manuais, procedimentos, planos e 
outros atos relacionados às atividades de segurança presidencial; VIII – estabelecer 
e manter os Escritórios de Representação como bases operacionais avançadas para 
a garantia da segurança do Presidente da República, do Vice-Presidente da Repúbli-
ca, e de seus familiares, asseguradas a economicidade e a efetividade das operações 
de segurança presidencial; e IX – exercer outras atribuições determinadas pelo 
Secretário de Segurança e Coordenação Presidencial. 
Introdução à segurança executiva 21
O Departamento de Segurança Presidencial, por seu turno, fará a 
gestão direta das atividades voltadas à segurança pessoal das autori-
dades estabelecidas, abrangendo o estabelecimento de normas e de 
diretrizes, o recrutamento, a seleção e o treinamento do efetivo, os as-
pectos logísticos e a realização de estudos sobre o tema.
Contando com centenas de homens das Forças Armadas, das Polí-
cias Militares e da Polícia Federal, o GSI claramente constitui uma agên-
cia especial de proteção de dignitários, referência no cenário nacional, 
e que desempenha suas atividades de maneira organizada e extrema-
mente profissional.
No que se refere aos Governadores, há um modelo praticamente idên-
tico em todos os Estados-membro, isto é, a existência de uma Secretaria 
de Estado, denominada na maioria das vezes de Casa Militar, que possui a 
missão de proteger os governadores, vice-governadores e familiares.
Para exemplificação, pode-se conhecer um pouco sobre a Casa Mi-
litar da Governadoria do Paraná, cujas atribuições estão previstas no 
Decreto Estadual n. 2.680, de 10 de setembro de 2019 (PARANÁ, 2019, 
grifos nossos):
Art. 1º. À Casa Militar, órgão essencial da Governadoria, compete: 
I – a assistência direta e imediata ao Governador no trato e apreciação de assuntos mili-
tares de natureza protocolar; II – a coordenação das relações da Chefia do Poder Executivo 
com autoridades militares; III – a recepção, estudo e triagem dos expedientes militares 
encaminhados ao Governador; IV – a transmissão e controle da execução das ordens 
dele emanadas; V – a segurança pessoal do Governador, Vice-Governador e respectivas 
famílias, dos hóspedes oficiais e demais pessoas designadas; VI – a segurança física do 
Palácio Iguaçu, pontos sensíveis e demais instalações designadas; VII – o transporte aéreo 
e o transporte terrestre desses dignitários e a produção e proteção de assuntos sigilosos de 
interesse governamental.
Dentro da estrutura da Casa Militar da Governadoria do Paraná en-
contra-se a Divisão de Operações e Segurança Aproximada, que 
possui as seguintes responsabilidades, de acordo com o mesmo De-
creto (PARANÁ, 2019, grifos nossos):
Art. 15. À Divisão de Operações e Segurança Aproximada – DOS compete: I – o pla-
nejamento, coordenação, direção e execução das atividades relativas à segurançapes-
soal do Governador, Vice-Governador, dos respectivos familiares, de hóspedes oficiais e 
demais autoridades designadas; II – o planejamento, coordenação, direção e execução 
das atividades relativas à segurança das residências do Governador, Vice-Governador 
(Continua)
22 Gerenciamento de segurança executiva
e demais autoridades designadas; III – a coordenação das medidas necessárias à 
segurança e proteção pessoal das autoridades e demais pessoas elencadas no inciso 
anterior, por ocasião de viagens, articulando – se com os organismos de segurança e 
autoridades civis envolvidas nos mais diversos eventos; IV – a integração com órgãos 
responsáveis pela segurança e proteção pessoal de visitantes oficiais ao Estado, quan-
do esta não caiba diretamente à Casa Militar; V – o planejamento, execução e con-
trole das atividades de comunicação da Casa Militar, no âmbito de suas atribuições 
de segurança aproximada; VI – a operacionalização da central de rádio – comunica-
ção da Casa Militar, no âmbito de suas atribuições de segurança aproximada; VII – a 
realização da segurança das telecomunicações no âmbito de atuação da segurança 
aproximada; VIII – o controle, fiscalização e manutenção do material, equipamento e 
armamento sob a guarda da Divisão; IX – a coordenação da execução de programas 
de treinamento de interesse restrito ao seu campo de atuação; X – a realização de 
atividades decorrentes de Ajudância de Ordens do Governador, Vice – Governador e 
Primeira Dama; XI – o gerenciamento do credenciamento dos participantes de even-
tos em que o Chefe do Poder Executivo esteja presente, exceto àqueles realizados no 
Palácio Iguaçu; XII – o subsídio aos processos de licitação, contratos e convênios, 
ligados à responsabilidade da unidade, com a prestação de informações e emissão de 
atos necessários; XIII – o desempenho de outras atividades correlatas.
Pode-se notar, então, que a Casa Militar da Governadoria do Paraná 
fará o planejamento e a execução de suas operações, além do treina-
mento, do recrutamento e da seleção do efetivo, constituído exclusiva-
mente por policiais militares.
De modo similar, o Departamento de Polícia Federal realiza ativida-
des de proteção pessoal de autoridades, notadamente do respectivo 
Diretor-Geral, bem como de outras autoridades nacionais e estrangei-
ras, de acordo com determinação específica.
Uma característica importante e presente em todos os órgãos pú-
blicos de segurança e de proteção de dignitários é o “poder de polícia”, 
que pode ser entendido, nas palavras de Maria Sylvia Zanella Di Pietro 
(2019, p. 319), como:
a atividade do Estado consistente em limitar o exercício dos direi-
tos individuais em benefício do interesse público. Esse interesse 
público diz respeito aos mais variados setores da sociedade, tais 
como segurança, moral, saúde, meio ambiente, defesa do consu-
midor, patrimônio cultural, propriedade. Daí a divisão da polícia 
administrativa em vários ramos: polícia de segurança, das flores-
tas, das águas, de trânsito, sanitária etc. 
Com certeza o poder de polícia considerado no momento é aquele 
utilizado na área de segurança, uma vez que os agentes públicos de 
proteção poderão prender pessoas, assim como adotar outras provi-
dências julgadas cabíveis.
Introdução à segurança executiva 23
Mas é possível perguntar sobre a dinâmica da iniciativa privada nas 
questões de segurança de dignitários. Importante mencionar que a ati-
vidade de segurança privada está disciplinada na Lei n. 7.102, de 20 de 
junho de 1983, regulamentada pelo Decreto Federal n. 89.056, de 24 de 
novembro de 1983. Além disso, a Portaria n. 3.322, de 12 de dezembro 
de 2012, do Departamento de Polícia Federal, normatiza questões so-
bre a segurança privada.
Dado importante consta na Lei n. 7.102, de 20 de junho de 1983 (BRA-
SIL, 1983b):
Art. 10. São considerados como segurança privada as atividades desenvolvidas em 
prestação de serviços com a finalidade de: I – proceder à vigilância patrimonial 
das instituições financeiras e de outros estabelecimentos, públicos ou privados, 
bem como a segurança de pessoas físicas; II – realizar o transporte de valores ou 
garantir o transporte de qualquer outro tipo de carga. § 1º. Os serviços de vigilân-
cia e de transporte de valores poderão ser executados por uma mesma empresa. 
§ 2º. As empresas especializadas em prestação de serviços de segurança, vigilância 
e transporte de valores, constituídas sob a forma de empresas privadas, além das 
hipóteses previstas nos incisos do caput deste artigo, poderão se prestar ao exercício 
das atividades de segurança privada a pessoas; a estabelecimentos comerciais, 
industriais, de prestação de serviços e residências; a entidades sem fins lucrativos; 
e órgãos e empresas públicas. (grifos nossos) 
 Percebe-se, portanto, a previsão legal para a atividade de 
proteção pessoal. Por seu turno, assim dispõe o Decreto Fe-
deral n. 89.056, de 24 de novembro de 1983 (BRASIL, 1983b, 
grifos nossos):
Art. 30. São considerados como segurança privada as atividades desenvolvidas em presta-
ção de serviços com a finalidade de: I – proceder à vigilância patrimonial das instituições 
financeiras e de outros estabelecimentos, públicos ou privados, e à segurança de pessoas 
físicas; II – realizar o transporte de valores ou garantir o transporte de qualquer outro 
tipo de carga. § 1º. As atividades de segurança privada desenvolvidas por empresas espe-
cializadas em prestação de serviços, com a finalidade de proceder à segurança de pessoas 
físicas e de garantir o transporte de valores ou de qualquer outro tipo de carga, serão 
consideradas, para os efeitos deste Regulamento, segurança pessoal privada e escolta 
armada, respectivamente. § 2º. As empresas especializadas em prestação de serviços 
de segurança, vigilância e transporte de valores, constituídas sob a forma de empresas 
privadas, além das hipóteses previstas nos incisos I e II deste artigo, poderão se pres-
tar: a) ao exercício das atividades de segurança privada a pessoas; b) a estabelecimentos 
(Continua)
24 Gerenciamento de segurança executiva
comerciais, indústrias, de prestação de serviços e residências; c) a entidades sem fins 
lucrativos; d) a órgãos e empresas públicas.
Igualmente relevante é o contido na Portaria n. 3.322, de 12 de 
dezembro de 2012, do Departamento de Polícia Federal, que dispõe 
sobre as normas relacionadas às atividades de Segurança Privada.
Nesse sentido, os conceitos iniciais são (BRASIL, 2012, grifos nossos):
Art. 1º. A presente Portaria disciplina as atividades de segurança privada, armada 
ou desarmada, desenvolvidas pelas empresas especializadas, pelas empresas que 
possuem serviço orgânico de segurança e pelos profissionais que nelas atuam, 
bem como regula a fiscalização dos planos de segurança dos estabelecimentos 
financeiros. § 1.º As atividades de segurança privada serão reguladas, autorizadas 
e fiscalizadas pelo Departamento de Polícia Federal - DPF e serão complementares 
às atividades de segurança pública nos termos da legislação específica. [...] § 3º. 
São consideradas atividades de segurança privada: [...] IV – segurança pessoal: 
atividade de vigilância exercida com a finalidade de garantir a incolumidade fí-
sica de pessoas, incluindo o retorno do vigilante com o respectivo armamento e 
demais equipamentos, com os pernoites estritamente necessários; [...] Art. 2º. Para 
os efeitos desta Portaria são utilizadas as seguintes terminologias: I – empresa 
especializada: pessoa jurídica de direito privado autorizada a exercer as atividades 
de vigilância patrimonial, transporte de valores, escolta armada, segurança pessoal 
e cursos de formação; II – empresa possuidora de serviço orgânico de segurança: 
pessoa jurídica de direito privado autorizada a constituir um setor próprio de vi-
gilância patrimonial ou de transporte de valores, nos termos do art. 10, § 4.º da 
Lei no 7.102, de 20 de junho de 1983; III – vigilante: profissional capacitado em 
curso de formação, empregado deempresa especializada ou empresa possuidora 
de serviço orgânico de segurança, registrado no DPF, e responsável pela execução 
de atividades de segurança privada.
Depois estão as especificações sobre a atividade de segurança 
pessoal (BRASIL, 2012, grifos nossos):
Art. 69. O exercício da atividade de segurança pessoal dependerá de autorização prévia 
do DPF, mediante o preenchimento dos seguintes requisitos: I – possuir autorização há 
pelo menos um ano na atividade de vigilância patrimonial ou transporte de valores; e 
II – contratar, e manter sob contrato, o mínimo de oito vigilantes com extensão em segu-
rança pessoal e experiência mínima de um ano nas atividades de vigilância ou transporte 
de valores. [...] Art. 70. [...] § 2º. O vigilante deverá utilizar em serviço traje adequado à 
(Continua)
Introdução à segurança executiva 25
missão, estabelecido pela empresa, não assemelhado ao uniforme das Forças Armadas, 
dos órgãos de segurança pública federais e estaduais e das guardas municipais, portan-
do todos os documentos aptos a comprovar a regularidade da execução do serviço de 
segurança pessoal contratado. 
[...] Art. 72. A execução da segurança pessoal iniciar-se-á, obrigatoriamente, no âmbito 
da unidade da federação em que a empresa possua autorização. Parágrafo único. Nas 
hipóteses em que o serviço não abranger a volta dos vigilantes juntamente com o benefi-
ciado pela segurança pessoal, inclui-se no serviço o retorno da guarnição com o respectivo 
armamento e demais equipamentos, com os pernoites estritamente necessários. Art. 73. 
As empresas que exercerem a atividade de segurança pessoal cujos vigilantes necessitarem 
transitar por outras unidades da federação, deverão comunicar a operação, previamente, 
às unidades do DPF e do DPRF, e às Secretarias de Segurança Pública respectivas. [...] 
Art. 149. O uniforme do vigilante é obrigatório e de uso exclusivo em serviço, devendo 
possuir características que garantam a sua ostensividade. [...] § 2º. O traje dos vigilantes 
empenhados na atividade de segurança pessoal não necessitará observar o caráter da 
ostensividade, aplicando-se quanto a estes o disposto no art. 70, § 2º.
Estas são algumas considerações importantes: o vigilante deverá 
possuir curso de extensão em segurança pessoal, além de ter expe-
riência prévia de pelo menos um ano nas atividades de vigilância ou 
transporte de valores, o que demonstra a preocupação com a qualifica-
ção e o preparo dos profissionais empregados.
Dessa maneira, nota-se que a atividade de segurança pessoal pode 
ser prestada por empresas especializadas, devidamente registradas e 
fiscalizadas pelo Departamento de Polícia Federal, com rigorosa obser-
vância de todas as normas legais e regulamentares sobre a matéria.
Um exemplo é o Grupo Liberdade, com sede em São Paulo - SP, que 
conta com vários profissionais habilitados e qualificados para a presta-
ção de serviços de segurança pessoal.
O serviço pode ser prestado por vigilantes armados ou não, de modo 
a servir às mais variadas demandas dos clientes. A empresa atende em 
todo o território brasileiro e representa adequadamente o segmento 
possuindo a seguinte descrição (O QUE..., 2021):
Para oferecer maior conforto aos clientes e ampliar a gestão de 
tempo, a segurança executiva do Grupo Liberdade avalia indi-
vidualmente as necessidades de cada segurado, montando e 
treinando equipes de forma personalizada. O Grupo oferece 
ainda seguro de responsabilidade civil, com escoltas monito-
radas 24h/dia por sistemas avançados de GPS, e uniformes e 
26 Gerenciamento de segurança executiva
equipamentos adequados aos locais de trabalho. Os colabora-
dores que atuam nesse segmento são avaliados trimestralmente 
e contam com viaturas de apoio na rua e central 24h que acom-
panha e atualiza os deslocamentos. 
Pode-se perceber, portanto, uma grande preocupação – extre-
mamente acertada – em personalizar o atendimento, de maneira a 
conceber soluções específicas para cada interessado, propiciando, in-
clusive, serviços complementares importantes, como seguro e monito-
ramento de escoltas.
Depois de todas essas considerações, foi possível compreender a 
dinâmica e o arcabouço jurídico envolvendo a segurança pessoal no 
território brasileiro, sendo ainda relevante algumas digressões sobre o 
público-alvo desse tipo de serviço, que serão vistas a seguir.
1.3 Público-alvo da segurança executiva 
Vídeo Naturalmente pode haver recomendações e indicações para a se-
gurança pessoal por diversos motivos. Será possível conhecê-los, bem 
como as pessoas a que se referem. A primeira razão é legal, ou seja, de-
corre da lei e, portanto, possui um viés estatal, de estrutura do próprio 
Estado e da necessária estabilidade das autoridades que conduzem os 
destinos da sociedade.
Dessa maneira, inicia-se pelo Presidente da República, a mais alta 
autoridade pública no Brasil. Por óbvio, ele exerce as funções de Chefe 
de Estado e de Chefe de Governo, representando o Brasil no exterior 
perante outros Estados soberanos, podendo celebrar tratados inter-
nacionais (bilaterais ou multilaterais) – que depois precisam ser ratifi-
cados e internalizados no ordenamento jurídico brasileiro –, integrar 
organismos internacionais, entre outros.
Igualmente, o plano interno possui diversas atribuições, como se 
pode verificar na Constituição Federal (BRASIL, 1988):
Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República: I – nomear e exonerar 
os Ministros de Estado; II – exercer, com o auxílio dos Ministros de Estado, a direção 
superior da administração federal; III – iniciar o processo legislativo, na forma e nos 
casos previstos nesta Constituição; IV – sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, 
bem como expedir decretos e regulamentos para sua fiel execução; V – vetar projetos 
(Continua)
Introdução à segurança executiva 27
de lei, total ou parcialmente; VI – dispor sobre a organização e o funcionamento da 
administração federal, na forma da lei; VI – dispor, mediante decreto, sobre: a) orga-
nização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de 
despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos; b) extinção de funções ou cargos 
públicos, quando vagos; VII – manter relações com Estados estrangeiros e acreditar seus 
representantes diplomáticos; VIII – celebrar tratados, convenções e atos internacionais, 
sujeitos a referendo do Congresso Nacional; IX – decretar o estado de defesa e o estado 
de sítio; X – decretar e executar a intervenção federal; XI – remeter mensagem e plano 
de governo ao Congresso Nacional por ocasião da abertura da sessão legislativa, expon-
do a situação do País e solicitando as providências que julgar necessárias; XII – conceder 
indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, dos órgãos instituídos em lei; 
XIII – exercer o comando supremo das Forças Armadas, promover seus oficiais-generais 
e nomeá-los para os cargos que lhes são privativos; XIII – exercer o comando supremo 
das Forças Armadas, nomear os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, 
promover seus oficiais-generais e nomeá-los para os cargos que lhes são privativos; 
XIV – nomear, após aprovação pelo Senado Federal, os Ministros do Supremo Tribunal 
Federal e dos Tribunais Superiores, os Governadores de Territórios, o Procurador-Geral 
da República, o presidente e os diretores do banco central e outros servidores, quando 
determinado em lei; XV – nomear, observado o disposto no art. 73, os Ministros do 
Tribunal de Contas da União; XVI – nomear os magistrados, nos casos previstos nesta 
Constituição, e o Advogado-Geral da União; XVII – nomear membros do Conselho da 
República, nos termos do art. 89, VII; XVIII – convocar e presidir o Conselho da República 
e o Conselho de Defesa Nacional; XIX – declarar guerra, no caso de agressão estrangeira, 
autorizado pelo Congresso Nacional ou referendado por ele, quando ocorrida no interva-
lo das sessões legislativas, e, nas mesmas condições, decretar, total ou parcialmente,a 
mobilização nacional; XX – celebrar a paz, autorizado ou com o referendo do Congresso 
Nacional; XXI – conferir condecorações e distinções honoríficas; XXII – permitir, nos 
casos previstos em lei complementar, que forças estrangeiras transitem pelo território 
nacional ou nele permaneçam temporariamente; XXIII – enviar ao Congresso Nacional 
o plano plurianual, o projeto de lei de diretrizes orçamentárias e as propostas de orça-
mento previstos nesta Constituição; XXIV – prestar, anualmente, ao Congresso Nacional, 
dentro de sessenta dias após a abertura da sessão legislativa, as contas referentes ao 
exercício anterior; XXV – prover e extinguir os cargos públicos federais, na forma da 
lei; XXVI – editar medidas provisórias com força de lei, nos termos do art. 62; XXVII – 
exercer outras atribuições previstas nesta Constituição. Parágrafo único. O Presidente da 
República poderá delegar as atribuições mencionadas nos incisos VI, XII e XXV, primeira 
parte, aos Ministros de Estado, ao Procurador-Geral da República ou ao Advogado-Geral 
da União, que observarão os limites traçados nas respectivas delegações. 
Nessa linha de raciocínio, percebe-se facilmente que uma autorida-
de com tamanha responsabilidade precisa ser devidamente protegida, 
pois o cargo que ocupa traz consigo o peso, a simbologia, a estabilidade 
e a importância da própria nação brasileira.
28 Gerenciamento de segurança executiva
Sob essa ótica, portanto, o Presidente da República, durante o exer-
cício do cargo, acaba por tomar conhecimento de assuntos de nature-
za estratégica com classificação de sigilo, como secretos e até mesmo 
como ultrassecretos, sendo, em consequência, detentor de informa-
ções muito valiosas para o Brasil.
Exatamente dentro dessa perspectiva – ainda que existam sempre 
os críticos, para os quais deve haver respeito e compreensão – é que 
inclusive os ex-presidentes também deverão ser protegidos até o dia 
de sua morte. Essa lógica é a mesma utilizada, por exemplo, para os 
ex-Presidentes dos Estados Unidos, como demonstrado alhures.
No Brasil, a previsão para tal prerrogativa encontra-se na Lei n. 7.474, 
de 8 de maio de 1986 (BRASIL, 1986), que assim dispõe:
Art. 1º. O Presidente da República, terminado o seu mandato, tem direito a utilizar os 
serviços de quatro servidores, para segurança e apoio pessoal, bem como a dois veículos 
oficiais com motoristas, custeadas as despesas com dotações próprias da Presidência 
da República. 
A referida norma ainda estabelece a necessidade de prestação de 
serviços de proteção pessoal para os candidatos à presidência em seu 
artigo 2º, determinando que o Ministério da Justiça se responsabilize 
pela segurança dos candidatos à Presidência da República, a partir da 
homologação em convenção partidária.
Ao conhecer as nuances da proteção pessoal do Presidente da 
República, de ex-presidentes e até mesmo dos candidatos à presidên-
cia, pode-se verificar que sistemática semelhante ocorre com os gover-
nadores estaduais e do Distrito Federal.
Como ilustração, veja-se as atribuições do governador do Paraná, 
consoante a respectiva Constituição Estadual (PARANÁ, 1989):
Art. 87. Compete privativamente ao Governador: I – representar o Estado nas suas re-
lações jurídicas, políticas e administrativas; II – nomear e exonerar os Secretários de 
Estado; III – exercer, com o auxílio dos Secretários de Estado, a direção superior da ad-
ministração estadual; IV – iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos previstos 
nesta Constituição; V – sancionar, promulgar e fazer publicar as leis e expedir decretos 
e regulamentos para a sua fiel execução; VI – dispor sobre a organização e o funciona-
mento da administração estadual, na forma da lei; VII – vetar projeto de lei, total ou 
parcialmente; 
(Continua)
Introdução à segurança executiva 29
VIII – solicitar a intervenção federal no Estado, nos termos da Constituição Federal; IX 
– decretar e fazer executar a intervenção estadual nos Municípios, na forma desta Cons-
tituição; X – remeter mensagem e plano de governo à Assembleia Legislativa, por oca-
sião da abertura da sessão legislativa, expondo a situação do Estado; XI – prestar contas, 
anualmente, à Assembleia Legislativa, dentro de sessenta dias após a abertura da sessão 
legislativa, relativamente ao ano anterior; XII – prestar informações solicitadas pelos 
Poderes Legislativo e Judiciário, nos casos e prazos fixados em lei; XIII – nomear agentes 
públicos, nos termos estabelecidos nesta Constituição; XIV – enviar à Assembleia Legis-
lativa o plano plurianual, o projeto de lei de diretrizes orçamentárias e as propostas de 
orçamentos previstos nesta Constituição; XV – indicar dois sétimos dos conselheiros e 
dos auditores do Tribunal de Contas; XV – indicar dois dos conselheiros, auditores e con-
troladores do Tribunal de Contas do Estado; XVI – prover e extinguir os cargos públicos 
estaduais, na forma da lei e com as restrições previstas nesta Constituição; XVII – cele-
brar ou autorizar convênios ou acordos com entidades públicas ou particulares, na forma 
desta Constituição; XVII – nomear os conselheiros, auditores e controladores do Tribunal 
de Contas do Estado, sendo cinco após aprovação da Assembleia Legislativa, obedecido 
o disposto no art. 77, § 1o. XVIII – realizar as operações de crédito previamente autoriza-
das pela Assembleia; XVIII – celebrar ou autorizar convênios ou acordos com entidades 
públicas ou particulares, na forma desta Constituição; XIX – mediante autorização da 
Assembleia Legislativa, subscrever ou adquirir ações, realizar ou aumentar capital, des-
de que haja recursos hábeis, de sociedade de economia mista ou de empresa pública, 
bem como dispor, a qualquer título, no todo ou em parte, de ações ou capital que tenha 
subscrito, adquirido, realizado ou aumentado. XIX – realizar as operações de crédito 
previamente autorizadas pela Assembleia; XX – mediante autorização da Assembleia 
Legislativa, subscrever ou adquirir ações, realizar ou aumentar capital, desde que haja 
recursos hábeis, de sociedade de economia mista ou de empresa pública, bem como 
dispor, a qualquer título, no todo ou em parte, de ações ou capital que tenha subscrito, 
adquirido, realizado ou aumentado. Parágrafo único. O Governador do Estado poderá 
delegar as atribuições mencionadas nos incisos VI e XVI primeira parte, aos Secretários 
de Estado, ao Procurador-Geral de Justiça e ao Procurador-Geral do Estado, que deverão 
observar os limites traçados nas respectivas delegações. 
De maneira similar, fica fácil perceber também a importância do 
cargo e a consequente necessidade de segurança pessoal para o titular 
e os respectivos familiares. A mesma sistemática vai ocorrer, em menor 
ou maior extensão, para prefeitos, Diretor-Geral da Polícia Federal e 
presidentes de grandes estatais, como Petrobras e Itaipu.
Na iniciativa privada, por outro lado, a recomendação/indicação 
para proteção pessoal dependerá de uma análise de risco e do per-
fil do interessado. Essa análise vai considerar inúmeras variáveis, por 
exemplo, índices de violência, histórico pessoal, situação familiar, des-
locamentos e rotina, de modo a desenvolver uma estratégia para o 
atendimento da demanda.
30 Gerenciamento de segurança executiva
Isso pode incluir a proteção pessoal propriamente dita, isto é, com 
equipes específicas, até cuidados e medidas contra possíveis vulnera-
bilidades, como escutas ambientais, hackeamento de sistemas eletrôni-
cos, invasão de privacidade, ataques a celulares e a outros dispositivos.
Naturalmente a questão/recomendação técnica deve ser tempera-
da pela personalidade do interessado, que poderá ensejar uma flexibi-
lização maior nas atividades de proteção.
Tudo isso deve ser bem ponderado pelo analista, de maneira a 
apresentar um planejamento coerente com a realidade e formatado 
com base em aspectos técnicos da atividade.
De uma forma geral, empresários de grande envergadura econô-
mica podem ter para si recomendada a atividade de proteção,mais ou 
menos intensa, dependendo das circunstâncias do caso concreto.
Nas grandes corporações multinacionais, geralmente o presidente 
ou o CEO (Chief Executive Officer), além de outros executivos, têm di-
reito a serviço orgânico de proteção, gerenciado por uma Diretoria de 
Segurança Corporativa, com atribuições outras em toda a organização, 
como segurança de instalações físicas, de colaboradores, das comuni-
cações, cibersegurança, além das atividades específicas para seguran-
ça pessoal dos altos executivos.
Portanto, o serviço de proteção pessoal se destina tanto a auto-
ridades públicas quanto a executivos de grandes empresas, além de 
empresários, artistas, atores, músicos e/ou demais interessados, estes 
dependendo de análise específica de risco e de perfil.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
As atividades de proteção pessoal sofreram inúmeras modificações ao 
longo do tempo, partindo do perfil do agente de proteção dotado exclusi-
vamente de compleição física considerável para o perfil altamente versátil 
e complexo na atualidade, sem contar o uso de tecnologia e os demais 
mecanismos na busca pela segurança – esta sempre entendida sob múl-
tiplas facetas da vida do “protegido”, passando pela integridade física, mas 
também psicológica, mental, familiar, social e eletrônica.
Na modernidade, a exposição das pessoas ganhou dimensões ex-
ponenciais, carregando consigo diversas fragilidades e vulnerabilidades, 
Recomendamos ouvir a 
entrevista Como é feita 
a segurança dos maiores 
executivos no Brasil?. 
Nela são apresentadas 
importantes considera-
ções sobre a proteção 
executiva no Brasil.
Disponível em: https://www.
quatenusonline.com.br/blog/
seguranca-de-executivos-no-
brasil/. Acesso em: 16 mar. 2021.
Áudio
https://www.quatenusonline.com.br/blog/seguranca-de-executivos-no-brasil/
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https://www.quatenusonline.com.br/blog/seguranca-de-executivos-no-brasil/
Introdução à segurança executiva 31
como o computador, o laptop e os telefones celulares, entre outros dis-
positivos utilizados.
Novas plataformas e aplicativos podem resultar na apreensão de fo-
tos, vídeos, documentos e demais arquivos de conteúdo muito sensível e 
que, por esse motivo, podem ser usados por mentes criminosas para o 
cometimento dos mais variados tipos de delitos, por exemplo: extorsão, 
constrangimento ilegal, revenge porn, fraudes variadas, furtos, roubos e 
até mesmo homicídios.
De igual maneira, a fragilidade das comunicações implica cuidados adi-
cionais no uso de equipamentos pessoais, no acesso a redes sociais, nas 
ligações telefônicas e na realização das atividades diárias mais simples, de-
monstrando um grande cenário multifacetado, complexo e delicado, exigin-
do profissionais cada vez mais qualificados e preparados.
Aquela preocupação com atentados contra o protegido, sua integrida-
de física e sua vida ainda subsiste sem sombra de dúvidas; todavia, hoje 
se encontra acrescentada de outros riscos, gaps e pontas soltas de um 
novelo cada vez mais dinâmico, mutável e flexível.
A realidade da segurança pessoal de autoridades, executivos, empre-
sários e dignitários atualmente se apresenta como um gigante universo, 
em que muitas variáveis precisam ser consideradas ao se analisar o perfil 
deles, de maneira a ser possível traçar estratégias de curto, médio e longo 
prazos, suficientes e bastantes para o enfrentamento eficiente dos desa-
fios existentes.
ATIVIDADES 
1. Cite e descreva três exemplos de serviços/agências de proteção 
antigos.
2. Qual é a agência responsável pela segurança pessoal do Presidente 
do Brasil e em qual ordenamento encontram-se suas atribuições? 
Comente. 
3. O serviço de proteção executiva pode ser considerado apenas um luxo? 
Justifique sua resposta.
REFERÊNCIAS 
ABOUT us. The World Protection Group Inc., 2021. Disponível em: https://www.
worldprotectiongroup.com/about-us/. Acesso em: 6 fev. 2021.
Vídeo
https://www.worldprotectiongroup.com/about-us/
https://www.worldprotectiongroup.com/about-us/
32 Gerenciamento de segurança executiva
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out. 1988. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.
htm. Acesso em: 24 mar. 2021.
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Brasília, DF, 2 jan. 2019. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-
2022/2019/decreto/d9668.htm. Acesso em: 24 mar. 2021.
BRASIL. Decreto n. 89.056, de 24 de novembro de 1983. Diário Oficial da União, Poder 
Executivo, Brasília, DF, 24 nov. 1983. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/
decreto/antigos/d89056.htm. Acesso em: 24 mar. 2021.
BRASIL. Lei n. 7.102, de 20 de junho de 1983. Diário Oficial da União, Poder Legislativo, 
Brasília, DF, 21 jun. 1983. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L7102.
htm. Acesso em: 24 mar. 2021.
BRASIL. Lei n. 7.474, de 8 de maio de 1986. Diário Oficial da União, Poder Legislativo, 
Brasília, DF, 9 mai. 1986. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l7474.
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BRASIL. Ministério da Justiça. Departamento de Polícia Federal. Portaria n. 3.322, de 12 de 
dezembro de 2012. Dispõe sobre as normas relacionadas às atividades de Segurança 
Privada. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 10 dez. 2012. Disponível em: http://www.pf.
gov.br/servicos-pf/seguranca-privada/legislacao-normas-e-orientacoes/portarias/porta-
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DI PIETRO, M. S. Z. Direito administrativo. 32. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2019.
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Curitiba, PR, 10 set. 2019. Disponível em: https://www.legislacao.pr.gov.br/legislacao/exibirAto.
do?action=iniciarProcesso&codAto=226301&codItemAto=1406485#:~:text=Decreto%20
2680%20%2D%2010%20de%20Setembro%20de%202019&text=S%C3%BAmula%3A%20Ap-
rova%20o%20Regulamento%20da%20Casa%20Militar%20e%20adota%20outras%20
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https://www.secretservice.gov/about/overview
https://www.secretservice.gov/about/overview
https://www.legislacao.pr.gov.br/legislacao/exibirAto.do?action=iniciarProcesso&codAto=9779&codItemAto=97592
https://www.legislacao.pr.gov.br/legislacao/exibirAto.do?action=iniciarProcesso&codAto=9779&codItemAto=97592
https://www.britannica.com/topic/Swiss-Guards
https://www.britannica.com/topic/Swiss-Guards
https://www.royal.uk/yeomen-guard
Serviços de segurança executiva 33
2
Serviços de segurança 
executiva
Cada Estado soberano possui uma regulamentação própria, 
tanto para o setor público quanto para o setor privado, no que 
se refere às atividades de segurança (pública ou privada). Existem, 
também, normas específicas para o setor público, além da legisla-
ção pertinente ao setor privado.
Os grupos públicos, ou seja, as agências de proteção vinculadas 
a instituições públicas, bem como os grupos privados, isto é, as 
empresas de segurança privada e segurança orgânica de grandes 
multinacionais, devem se ajustar às normas para melhor desempe-
nharem suas atribuições com eficiência.
Conhecer as principais diretrizes e agências/companhias de 
proteção executiva do Brasil será muito benéfico e enriquecedor 
para todos os profissionais da área. Sendo assim, neste capítulo, 
serão abordadas questões sobre a legislação aplicada e sobre os 
grupos públicos e privados mais relevantes no Brasil.
2.1 Legislação aplicada 
Vídeo Para as intuições públicas e privadas do Brasil, normas aplicáveis 
existem para que se realize atividades de segurança executiva. A fim de 
se compreender o funcionamento dessas instituições, algumas dessas 
normas serão apresentadas. Inicialmente, a previsão legal para o Ga-
binete de Segurança Institucional (GSI), com status de Ministério, tem 
como missão a proteção pessoal do Presidente e do Vice-Presidente da 
República, além de outras atribuições.
34 Gerenciamento de segurança executiva
A Lei Federal n. 13.844, de 18 de junho de 2019, dispõe:
O vídeo Conheça o GSI, 
publicado pelo canal TV 
BrasilGov, apresenta, de 
uma maneira bem ilus-
trativa, as atribuições do 
Gabinete de Segurança 
Institucional da Presidên-
cia da República.
Disponível em: https://
www.youtube.com/
watch?v=MDvNghXuvDk&ab_
channel=TVBrasilGov. Acesso em: 
7 abr. 2021.
Vídeo
Art. 10. Ao Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República compete: 
I - assistir diretamente o Presidente da República no desempenho de suas atribuições, 
especialmente quanto a assuntos militares e de segurança; II - analisar e acompanhar 
assuntos com potencial de risco, prevenir a ocorrência de crises e articular seu gerencia-
mento, na hipótese de grave e iminente ameaça à estabilidade institucional; III - coor-
denar as atividades de inteligência federal; IV - coordenar as atividades de segurança 
da informação e das comunicações no âmbito da administração pública federal; V - 
planejar, coordenar e supervisionar a atividade de segurança da informação no âmbito 
da administração pública federal, nela incluídos a segurança cibernética, a gestão de 
incidentes computacionais, a proteção de dados, o credenciamento de segurança e o 
tratamento de informações sigilosas; VI - zelar, assegurado o exercício do poder de po-
lícia: a) pela segurança pessoal: 1. do Presidente da República e do Vice-Presidente da 
República; 2. dos familiares do Presidente da República e do Vice-Presidente da República; 
e 3. dos titulares dos órgãos de que trata o caput do art. 2º desta Lei e, excepcionalmente, 
de outras autoridades federais, quando determinado pelo Presidente da República; e b) 
pela segurança dos palácios presidenciais e das residências do Presidente da República 
e do Vice-Presidente da República; VII - coordenar as atividades do Sistema de Proteção 
ao Programa Nuclear Brasileiro como seu órgão central; VIII - planejar e coordenar: a) 
os eventos no País em que haja a presença do Presidente da República, em articulação 
com o Gabinete Pessoal do Presidente da República, e no exterior, em articulação com 
o Ministério das Relações Exteriores; e b) os deslocamentos presidenciais no País e no 
exterior, nesta última hipótese em articulação com o Ministério das Relações Exterio-
res; IX - acompanhar questões referentes ao setor espacial brasileiro; X - acompanhar 
assuntos relativos ao terrorismo e às ações destinadas à sua prevenção e à sua neutrali-
zação e intercambiar subsídios com outros órgãos para a avaliação de risco de ameaça 
terrorista; e XI - acompanhar assuntos pertinentes às infraestruturas críticas, com prio-
ridade aos relacionados à avaliação de riscos. Parágrafo único. Os locais e adjacências 
onde o Presidente da República e o Vice-Presidente da República trabalhem, residam, 
estejam ou haja a iminência de virem a estar são considerados áreas de segurança das 
referidas autoridades, e cabe ao Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da 
República, para os fins do disposto neste artigo, adotar as medidas necessárias para sua 
proteção e coordenar a participação de outros órgãos de segurança. 
Art. 11. O Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República tem como 
estrutura básica: I - o Gabinete; II - a Secretaria Executiva; III - até 3 (três) Secretarias; e 
IV - a Agência Brasileira de Inteligência. (BRASIL, 2019b, grifos nossos) 
https://www.youtube.com/watch?v=MDvNghXuvDk&ab_channel=TVBrasilGov
https://www.youtube.com/watch?v=MDvNghXuvDk&ab_channel=TVBrasilGov
https://www.youtube.com/watch?v=MDvNghXuvDk&ab_channel=TVBrasilGov
https://www.youtube.com/watch?v=MDvNghXuvDk&ab_channel=TVBrasilGov
Serviços de segurança executiva 35
A competência do GSI está estabelecida no Decreto Federal n. 9.668, 
de 2 de janeiro de 2019.
Art. 1. Ao Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República compete: 
I - assistir diretamente o Presidente da República no desempenho de suas atribuições, 
especialmente quanto a assuntos militares e de segurança; II - analisar e acompanhar 
questões com potencial de risco, prevenir a ocorrência de crises e articular seu geren-
ciamento, em caso de grave e iminente ameaça à estabilidade institucional; III - coor-
denar as atividades de inteligência federal; IV - coordenar as atividades de segurança 
da informação e das comunicações; V - planejar, coordenar e supervisionar a atividade 
de segurança da informação no âmbito da administração pública federal, nela incluídos 
a segurança cibernética, a gestão de incidentes computacionais, a proteção de dados, 
o credenciamento de segurança e o tratamento de informações sigilosas; VI - zelar, as-
segurado o exercício do poder de polícia, pela segurança: a) pessoal do Presidente da 
República e do Vice-Presidente da República; b) pessoal dos familiares do Presidente da 
República e do Vice-Presidente da República; c) dos palácios presidenciais e das residên-
cias do Presidente da República e do Vice-Presidente da República; e d) quando determi-
nado pelo Presidente da República, zelar pela segurança pessoal dos titulares dos órgãos a 
seguir e, excepcionalmente, de outras autoridades federais: 1. da Casa Civil; 2. da Secreta-
ria de Governo; 3. da Secretaria-Geral; 4. do Gabinete Pessoal do Presidente da República; 
e 5. do Gabinete de Segurança Institucional; VII - coordenar as atividades do Sistema 
de Proteção ao Programa Nuclear Brasileiro como seu órgão central; VIII - planejar e 
coordenar: a) os eventos no País em que haja a presença do Presidente da República, 
em articulação com o Gabinete Pessoal do Presidente da República, e no exterior, em 
articulação com o Ministério das Relações Exteriores; e b) os deslocamentos presiden-
ciais no Paíse no exterior, nesta última hipótese, em articulação com o Ministério das 
Relações Exteriores; IX - realizar o acompanhamento de questões referentes ao setor 
espacial brasileiro; X - realizar o acompanhamento de assuntos pertinentes ao terroris-
mo e às ações destinadas à sua prevenção e à sua neutralização e intercambiar subsídios 
para a avaliação de risco de ameaça terrorista; e XI - realizar o acompanhamento de 
assuntos pertinentes às infraestruturas críticas, com prioridade aos que se referem à 
avaliação de riscos. (BRASIL, 2019a, grifos nossos) 
Percebe-se que é uma norma relativamente recente, considerando 
a evolução histórica do órgão, que passou por diversas denominações 
e teve diferentes responsabilidades ao longo do tempo, consolidando-
-se, por fim, como uma agência estratégica nacional de grande enver-
gadura, com vinculação a assuntos sensíveis e de interesse de Estado.
36 Gerenciamento de segurança executiva
O Departamento de Polícia Federal também realiza atividades de 
proteção executiva, e a previsão se encontra no Regimento Interno da 
Polícia Federal, aprovado pela Portaria n. 1.252, de 29 de dezembro de 
2017.
Art. 2. A Polícia Federal tem a seguinte estrutura, composta por unidades centrais 
e descentralizadas: 
[...] 
VI - Diretoria-Executiva - DIREX: 
[...] 
d) Coordenação de Proteção à Pessoa - CPP: 
Divisão de Segurança de Dignitários - DSD: 
[...]. (BRASIL, 2017)
No Art. 15, Inciso I, alíneas “c” e “d”, verifica-se que à Diretoria Execu-
tiva compete, entre outras atribuições:
dirigir, planejar, coordenar, controlar e avaliar as atividades de 
segurança institucional, de grandes eventos, de dignitário e de 
depoente especial bem como a segurança de Chefe de Missão 
Diplomática acreditado junto ao Governo brasileiro e de outros 
dignitários estrangeiros em visita ao País, por solicitação do Mi-
nistério das Relações Exteriores, com autorização do Ministro de 
Estado da Justiça e Segurança Pública. (BRASIL, 2017)
Nota-se, então, que o Departamento de Polícia Federal possui uma 
divisão específica dentro de sua estrutura organizacional, com a res-
ponsabilidade de realizar a segurança executiva de dignitários, de-
monstrando claramente a preocupação institucional com o tema.
Em nível federal, portanto, há o GSI e o Departamento de Polícia Fe-
deral, com missões específicas de segurança executiva. Naturalmente, 
o Departamento de Polícia Rodoviária Federal atua na proteção pessoal 
do respectivo diretor-geral.
Por outro lado, em nível estadual, geralmente haverá uma Secreta-
ria de Estado, muitas vezes denominada Casa Militar, responsável pela 
segurança do Governador, do Vice-Governador e de seus familiares. 
A seguir, serão apresentadas as normas que regulamentam algumas 
dessas secretarias.
Como exemplo, aspectos sobre a Casa Militar da Governadoria do 
Paraná, cujas atribuições estão previstas no Decreto Estadual n. 2.680, 
de 10 de setembro de 2019, serão apresentados.
Diginitário: pessoa que exerce 
alto cargo ou goza de um título 
proeminente. 
Glossário
Serviços de segurança executiva 37
Art. 1. À Casa Militar, órgão essencial da Governadoria, compete: 
I - a assistência direta e imediata ao Governador no trato e apreciação de assun-
tos militares de natureza protocolar; II - a coordenação das relações da Chefia 
do Poder Executivo com autoridades militares; III - a recepção, estudo e triagem 
dos expedientes militares encaminhados ao Governador; IV - a transmissão e 
controle da execução das ordens dele emanadas; V - a segurança pessoal do Go-
vernador, Vice–Governador e respectivas famílias, dos hóspedes oficiais e demais 
pessoas designadas; VI - a segurança física do Palácio Iguaçu, pontos sensíveis e 
demais instalações designadas; VII - o transporte aéreo e o transporte terrestre 
desses dignitários e a produção e proteção de assuntos sigilosos de interesse go-
vernamental. (PARANÁ, 2019, grifos nossos) 
No Paraná, a Divisão de Operações e Segurança Aproximada é a 
responsável direta pelo desempenho das atividades de proteção.
No Distrito Federal, a Casa Militar teve seu regimento interno apro-
vado pelo Decreto Estadual n. 34.258, de 3 de abril de 2013, que assim 
dispõe:
Art. 1. À Chefia da Casa Militar, órgão de apoio logístico e de segurança do Governador 
do Distrito Federal, vinculada à Governadoria do Distrito Federal, compete: I. formular 
políticas, diretrizes e coordenar ações relacionadas ao apoio logístico, segurança pessoal 
e transporte do Governador e seus familiares; II. definir diretrizes e coordenar as ações 
relacionadas à segurança de dignitários e autoridades em visita oficial ao Distrito Fede-
ral; III. estabelecer a coordenação de ações de segurança para recepção de autoridades 
em visita oficial ao Distrito Federal; IV. planejar, dirigir, executar, fiscalizar e aperfei-
çoar os serviços de telecomunicações do Palácio do Buriti e das Residências Oficiais; 
V. estabelecer diretrizes e normas relacionadas à manutenção e aos suprimentos do 
Palácio do Buriti e das Residências ocupadas pelo Governador; VI. planejar, organizar, 
dirigir e executar a segurança física do Palácio do Buriti e das Residências ocupadas pelo 
Governador; VII. coordenar a participação do Governador em cerimônias militares; VIII. 
coordenar, em articulação com outros órgãos do Governo do Distrito Federal, as viagens 
do Governador; IX. planejar a utilização do transporte aéreo e a operação das aeronaves 
executivas, vinculadas à Casa Militar, necessárias aos deslocamentos do Governador 
e da Primeira-Dama; X. planejar a utilização do transporte terrestre e a operação dos 
veículos oficiais vinculados à Casa Militar; XI. desenvolver intercâmbio de cooperação 
com entidades nacionais e internacionais; XII. assessorar o Governador nos assuntos de 
natureza militar; e XIII. dirigir, coordenar e controlar outras atividades atribuídas pelo 
Governador à Casa Militar. (DISTRITO FEDERAL, 2013, grifos nossos) 
38 Gerenciamento de segurança executiva
No Distrito Federal, a Subsecretaria de Operações de Segurança é 
encarregada da proteção pessoal do Governador e de outras autorida-
des por ele designadas.
Art. 20. À Subsecretária de Operações de Segurança, unidade orgânica de comando 
e supervisão, diretamente subordinada ao Secretário de Estado Chefe da Casa Militar, 
compete: I - planejar, coordenar e definir ações referentes à segurança pessoal do Go-
vernador e seus familiares; II - coordenar as atividades relacionadas à segurança das 
instalações do Palácio do Buriti e das Residências ocupadas pelo Governador; III - de-
senvolver apoio logístico às operações de segurança da Casa Militar; e IV - desenvolver 
outras atividades que lhe forem atribuídas na sua área de atuação. [...] 
Art. 24. À Diretoria de Segurança de Pessoal, unidade orgânica de direção, diretamente 
subordinada à Subsecretaria de Operações de Segurança, compete: I - planejar, dirigir, 
supervisionar, organizar e coordenar as atividades relacionadas à segurança pessoal do 
Governador e seus familiares; e II - desenvolver outras atividades que lhe forem atribuí-
das na sua área de atuação. 
Art. 25. À Gerência de Segurança Pessoal, unidade orgânica de gerenciamento, direta-
mente subordinada à Diretoria de Segurança Pessoal, compete: I - gerenciar, analisar, 
orientar, controlar, acompanhar, planejar, organizar e coordenar os núcleos de segurança 
pessoal de autoridades, dignitários e hóspedes oficiais do Distrito Federal, quando de-
terminado pelo Gerente de Segurança Pessoal; e II - gerenciar outras atividades que lhe 
forem atribuídas na sua área de atuação. 
Art. 26. Ao Núcleo de Segurança Pessoal, unidade orgânica de execução, diretamente 
subordinada à Gerência de Segurança Pessoal, compete: I - executar e promover a inte-
gridade física e moral do Governador e de seus familiares; e II - executar outras ativida-
des que lhe forem atribuídas na sua área de atuação. (DISTRITO FEDERAL, 2013, grifos 
nossos) 
Percebe-se, portanto, que no Distrito Federal, a

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