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I000037
Fundação Biblioteca Nacional
ISBN 978-65-5821-024-5
9 7 8 6 5 5 8 2 1 0 2 4 5
Gerenciamento de 
segurança executiva 
Claudionor Agibert
IESDE BRASIL
2021
© 2021 – IESDE BRASIL S/A. 
É proibida a reprodução, mesmo parcial, por qualquer processo, sem autorização por escrito do autor e do 
detentor dos direitos autorais.
Projeto de capa: IESDE BRASIL S/A. Imagem da capa: LightField Studios/Shutterstock
Todos os direitos reservados.
IESDE BRASIL S/A. 
Al. Dr. Carlos de Carvalho, 1.482. CEP: 80730-200 
Batel – Curitiba – PR 
0800 708 88 88 – www.iesde.com.br
CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO 
SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ
A213g
Agibert, Claudionor
Gerenciamento de segurança executiva / Claudionor Agibert. - 1. ed. - 
Curitiba [PR] : Iesde, 2021. 
 116 p. : il.
Inclui bibliografia
ISBN 978-65-5821-024-5
1. Gestão da segurança. 2. Segurança pública. 3. Serviços de seguran-
ça privada. 4. Consultores de segurança. I. Título.
21-70668 CDD: 658.47
CDU: 005.934-052
Claudionor Agibert Especialista em Administração Pública pela 
Faculdade Educacional Araucária (Facear); em Direito 
Administrativo Disciplinar pela Universidade Tuiuti do 
Paraná (UTP); em Direito Tributário e Aduaneiro pela 
Pontifícia Universidade Católica (PUC Minas). É também 
Especialista em Aperfeiçoamento de Oficiais Policiais 
Militares; em Polícia Judiciária Militar e em Instrução de 
Armas de Fogo, ambos pela Academia Policial Militar 
do Guatupê (APMG); e em Proteção de Dignitários 
pelo Instituto de Tática Defensiva ISIS. Bacharel em 
Direito pela UTP. Graduado no Curso de Formação 
de Oficiais Policiais Militares da APMG. Membro da 
Academia de Letras dos Militares Estaduais do Paraná 
(Almepar). Professor de graduação e pós-graduação 
em instituições de ensino superior. Capitão da reserva 
remunerada e instrutor de armas de fogo da Polícia 
Militar do Paraná (PMPR). Advogado, consultor e 
parecerista; além de autor de vários livros na área de 
segurança.
SUMÁRIO
Agora é possível acessar os vídeos do livro por 
meio de QR codes (códigos de barras) presentes 
no início de cada seção de capítulo.
Acesse os vídeos automaticamente, direcionando 
a câmera fotográ�ca de seu smartphone ou tablet 
para o QR code.
Em alguns dispositivos é necessário ter instalado 
um leitor de QR code, que pode ser adquirido 
gratuitamente em lojas de aplicativos.
Vídeos
em QR code!
SUMÁRIO
Agora é possível acessar os vídeos do livro por 
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1 Introdução à segurança executiva 9
1.1 Segurança executiva no mundo 9
1.2 Segurança executiva no Brasil 17
1.3 Público-alvo da segurança executiva 26
2 Serviços de segurança executiva 33
2.1 Legislação aplicada 33
2.2 Grupos públicos 42
2.3 Grupos privados 47
3 Equipe de segurança executiva 52
3.1 Estrutura logística 52
3.2 Recursos humanos 58
3.3 Treinamento e aperfeiçoamento 68
4 Procedimentos gerais na segurança executiva 74
4.1 Planejamento 74
4.2 Formações 82
4.3 Procedimentos e escoltas 90
5 Procedimentos especiais na segurança executiva 98
5.1 Contextualização 98
5.2 Inspeções e varreduras 102
5.3 Uso de tecnologia 107
6 Gabarito 114
Esta obra busca apresentar os aspectos sobre a segurança 
executiva, compreendendo notas introdutórias, os serviços 
de segurança executiva, a equipe de segurança executiva e os 
procedimentos gerais e especiais na segurança executiva. 
Nesse sentido, o Capítulo 1 trata da segurança executiva no 
mundo e no Brasil, além de promover uma discussão interessante 
sobre o respectivo público-alvo da atividade. 
No Capítulo 2 são estudados a legislação aplicada e os grupos 
públicos e privados mais relevantes no Brasil, de modo a ilustrar 
a realidade brasileira e suas balizas legais regulamentares. 
No Capítulo 3 é possível aprender sobre a estrutura logística de 
uma agência de proteção, o aspecto dos recursos humanos, bem 
com o treinamento e aperfeiçoamento do agente de proteção. 
O Capítulo 4 aborda o planejamento da proteção executiva, as 
principais formações existentes e os procedimentos específicos 
em situações diversas e nas escoltas, o que traz informações 
bastante úteis e de aplicação eminentemente prática. 
O Capítulo 5 apresenta a contextualização sobre os 
procedimentos especiais, as inspeções e varreduras e o uso de 
tecnologia, que na modernidade constitui diferencial significativo 
da excelência do serviço, tendo em vista a própria transformação 
das ameaças e das vulnerabilidades. 
Resultado de vasta pesquisa em inúmeras fontes nacionais 
e internacionais, de cunho acadêmico, mas também prático, 
complementadas pela experiência de vários anos do autor como 
Chefe da Segurança Pessoal de diversas autoridades, a obra, de 
maneira simples e objetiva, apresenta os tópicos com conteúdo 
adequado, ilustrado e didático, de fácil leitura e compreensão. 
Bons estudos!
APRESENTAÇÃO
Vídeo
Introdução à segurança executiva 9
1
Introdução à segurança 
executiva
Os serviços de proteção de autoridades e executivos 
mostram-se cada vez mais necessários e imprescindíveis, tanto na 
área pública quanto privada.
Seja pelo fenômeno da globalização – que trouxe muitos bene-
fícios, mas também muitos desafios –; seja pelo desenvolvimento 
tecnológico, utilizado por organizações criminosas e por grupos 
terroristas; seja pelas crescentes demandas de segurança pú-
blica e privada ao redor do mundo; além da própria natureza da 
atividade desempenhada (como uma autoridade pública ou um 
executivo), pode-se perceber a importância de um serviço de pro-
teção competente, preparado, treinado e com meios disponíveis e 
suficientes.
Compreender o histórico e a evolução dos serviços de proteção 
é fundamental para o entendimento adequado da atividade e sua 
consequente prestação eficiente e eficaz.
Dessa forma, serão abordadas, neste capítulo, questões referen-
tes à segurança executiva no mundo e no Brasil, além disso, será pro-
posta uma discussão sobre o respectivo público-alvo da atividade.
1.1 Segurança executiva no mundo 
Vídeo Os serviços de proteção executiva, na qualidade de atividade 
específica e profissionalmente organizada, não são muito antigos. 
Contudo, possuem algumas raízes históricas interessantes que me-
recem ser analisadas.
10 Gerenciamento de segurança executiva
Christopher Hagon (2015, tradução nossa) assim esclarece:
Por centenas de anos, figuras de alto escalão requisitaram 
proteção pessoal contra assassinos estrangeiros, insurgentes 
ou indivíduos perturbados. Reis, presidentes, papas, assim 
como aquelas pessoas ricas e poderosas, recrutaram guardas 
especiais para garantir sua segurança. No início dos tempos, 
a maioria desses guarda-costas eram soldados que foram re-
crutados de unidades de combate depois de provarem suas 
habilidades físicas. No entanto, a força física não era o único 
fator importante. Na antiguidade, a lealdade de um guarda-
-costas ao seu protegido era considerada a mais importante 
qualidade. 
Nota-se, por conseguinte, que existia desde muito tempo uma cons-
tante ameaça àquele que exercia algum tipo de poder ou de influência 
em uma dada sociedade.
Hagon (2015) ainda explica que, na Grécia Antiga, Alexandre, o 
Grande mantinha um grupo de elite especificamente para sua segu-
rança pessoal, conhecido como Somatophylakes (Figura 1), cujos inte-
grantes eram recrutados de unidades especiais de cavalaria.
Figura 1
Representação de um Somatophylakes
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im
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on
s
Similarmente, em Roma, a guarda pretoriana (Figura 2) foi concebi-
da para proteger os Generais no campo de batalha, passando, na se-
quência,a proteger o Imperador.
Introdução à segurança executiva 11
Figura 2
Guarda pretoriana na proclamação do Imperador Cláudio
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Na Inglaterra, a Yeomen of the Guard (Figura 3) foi constituída por 
Henrique VII, em 1485, e era responsável pela proteção pessoal do(a) 
monarca britânico(a).
Figura 3
Yeomen of the Guard
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Atualmente a proteção pessoal da 
família real britânica é realizada 
pelo Protection Command, uma 
unidade da London’s Metropolitan 
Police Service.
Curiosidade
https://en.wikipedia.org/wiki/London
12 Gerenciamento de segurança executiva
O Papa é protegido pela Guarda Suíça (Figura 4) desde 1506. 
De acordo com a Enciclopédia Britannica (2021, tradução nossa), os no-
vos recrutas precisam ser suíços, católicos romanos, solteiros, ter entre 
19 e 30 anos e pelo menos 1,74 m de altura, no mínimo ensino médio 
concluído e, além disso, precisam ter concluído treinamento militar no 
exército suíço.
Figura 4
Guarda Suíça
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Não apenas na Europa, mas na Ásia, pode-se verificar a atuação de 
elementos de proteção pessoal, como os samurais do Japão e as “tro-
pas proibidas” da China sob a dinastia Tang.
Naturalmente, com o passar do tempo, houve uma estruturação, 
uma profissionalização dos serviços de proteção executiva, passando 
basicamente do único requisito de compleição física, ou seja, aquela 
pessoa com porte físico considerável para os inúmeros requisitos hoje 
necessários para o desempenho da atividade.
Dessa maneira, no passado bastava ser forte para exercer a ativida-
de de guarda-costas. No entanto, as qualidades imprescindíveis para a 
prestação do serviço de proteção executiva foram sofrendo modifica-
ções e atualizações, uma vez que o agente de proteção executiva (Figu-
ra 5) precisa dominar as mais diversas técnicas, sem contar as normas 
de etiqueta social, o manuseio de armas de fogo, a direção defensiva, 
ofensiva e evasiva, entre outras.
Introdução à segurança executiva 13
Figura 5
Situação de proteção executiva
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ck
Atualmente, no mundo, existem excelentes serviços de proteção 
executiva, tanto na esfera pública quanto na iniciativa privada. As gran-
des corporações contratam especialistas em segurança para funções 
de direção e de assessoramento.
Merecem destaque, sem sombra de dúvidas, alguns serviços es-
pecíficos de caráter público, tendo em vista seus excelentes treina-
mentos, protocolos operacionais bem definidos, recrutamento e 
seleção de agentes por meio de processo rigoroso e a instrução de ma-
nutenção periódica.
O primeiro deles que deve ser detalhado é o Serviço Secreto dos 
Estados Unidos da América, encarregado da proteção do Presidente e 
do Vice-Presidente, que possui também outras atribuições.
As responsabilidades dele encontram-se dispostas no Título 18 do 
Código Penal Federal dos EUA (1890,tradução nossa), merecendo ênfa-
se as seguintes disposições:
§ 3056. Poderes, autoridades e deveres do Serviço Secreto dos Estados Unidos 
(a) Sob o comando do Secretário de Defesa Interna, o Serviço Secreto dos Estados Uni-
dos é autorizado a proteger as seguintes pessoas: 
(1) O Presidente, o Vice-Presidente (ou outra autoridade na linha de sucessão presiden-
cial), o Presidente eleito e o Vice-Presidente eleito. 
O site do Serviço Secreto 
dos Estados Unidos da 
América fornece mais 
informações e apresenta 
boa descrição sobre as 
atividades desenvolvidas.
Disponível em: https://www.
secretservice.gov/. Acesso em: 25 
mar. 2021.
Site
(Continua)
https://www.secretservice.gov/
https://www.secretservice.gov/
14 Gerenciamento de segurança executiva
(2) Os familiares imediatos das pessoas indicadas no parágrafo (1). 
(3) Ex-Presidentes e seus cônjuges, vitaliciamente, salvo a hipótese de novo casamento 
do cônjuge. 
(4) Filhos de Ex-Presidentes que tenham menos de 16 anos de idade.
(5) Chefes de Estado estrangeiros em visita oficial. 
(6) Outros visitantes ilustres estrangeiros aos Estados Unidos ou Representantes Oficiais 
dos Estados Unidos desempenhando missões especiais no exterior quando determina-
do pelo Presidente. 
(7) Principais candidatos a Presidente e a Vice-Presidente e, desde 120 dias antes das 
eleições presidenciais, os cônjuges desses candidatos. O termo “Principais candidatos 
a Presidente e a Vice-Presidente” se refere aqueles indivíduos identificados como tal 
pelo Secretário de Defesa Interna depois de ouvido o Comitê especial composto pelo 
Presidente da Câmara Federal; o líder da minoria da Câmara; os líderes da minoria e 
da maioria do Senado; e um outro membro selecionado pelos outros membros do 
Comitê. 
(8) Ex-Vice-Presidentes, seus cônjuges e os filhos menores de 16 anos de idade, por 
um período não superior a seis depois após a substituição no cargo. O Secretário de 
Defesa Interna tem autoridade para determinar ao Serviço Secreto que proveja prote-
ção temporária para quaisquer desses indivíduos posteriormente, caso a medida seja 
recomendável. 
O Serviço Secreto dos Estados Unidos da América também possui 
competência para atuar como organização policial em nível federal, 
cumprindo mandados, realizando prisões, entre outras medidas.
Criado em 1865 para combater falsificação de moeda, a partir de 
1894, ele iniciou a proteção extraoficial do Presidente Cleveland. Em 
1901, em razão do assassinato do Presidente William McKinley, o 
Congresso requisitou que o Serviço Secreto realizasse a proteção dos 
presidentes americanos.
Em 1908, começou a prover proteção para o presidente eleito. Em 
1917, o Congresso autorizou a proteção dos familiares imediatos do 
presidente. E em 1962, autorizou a proteção do vice-presidente eleito, 
do ex vice-presidente e do ex-presidente por seis meses.
A partir de 1968, depois do assassinato do candidato à presidência 
Senador Robert Kennedy, o Congresso autorizou a proteção dos princi-
pais candidatos a presidente e a vice-presidente.
Com um histórico de quatro presidentes assassinados e inúme-
ras tentativas, o Serviço Secreto americano evoluiu e progrediu, 
melhorando o treinamento do efetivo, as técnicas utilizadas, bem 
No filme Invasão à Casa 
Branca, poderá ser 
compreendido um pouco 
mais sobre o Serviço Se-
creto dos Estados Unidos 
da América.
Direção: Antoine Fuqua. EUA: 
Millenium Films, 2013.
Filme
Introdução à segurança executiva 15
como a tecnologia empregada, chegando a patamares invejáveis e 
se constituindo em uma das agências de proteção mais qualificadas 
e eficientes do mundo.
Outro serviço de proteção extremamente capacitado é o Shin Bet 1 , 
responsável pela proteção do Primeiro-Ministro israelense. De acor-
do com o site oficial da Israeli Security Agency (2021, tradução nossa), 
em 1948:
O serviço de inteligência Haganag “Shai” foi dissolvido e se 
tornou a comunidade de inteligência incluindo “Mahatz”, 
um serviço interno de inteligência sob a liderança de Isser 
Halperin-Harel. A unidade atuava dentro de uma estrutura mi-
litarizada e era responsável pelo Primeiro-Ministro e pelo Mi-
nistro de Defesa. “Mahatz” lidava com o setor judeu, enquanto 
a responsabilidade sobre o setor árabe e pela contraespiona-
gem era assumida pela inteligência do Exército, chamada na 
época de Serviço de Inteligência. 
Em 11 de março de 1949, foi criada uma unidade militar deno-
minada Israel Security Agency (ISA) que, em 1950, foi transformada 
de uma agência militar para uma agência civil. Em 1958, depois de 
um incidente envolvendo explosivos no Parlamento e resultando em 
lesões no Primeiro-Ministro David Ben-Gurion e outros ministros, a 
ISA recebeu a incumbência de prover a proteção pessoal de autori-
dades israelenses.
Depois de todas as experiências acumuladas, incluindo o triste 
assassinato do Primeiro-Ministro Yitzhak Rabin, em 4 de novembro de 
1995, o atentado foi perpetrado por um israelense extremista, Yigal 
Amir, e tal ato era absolutamente inesperado.Com isso, a ISA se aper-
feiçoou e se desenvolveu com bastante intensidade, com ênfase no 
treinamento dos agentes e na utilização de tecnologia de ponta.
Atualmente a ISA se mostra como um dos mais modernos e efi-
cientes serviços de proteção em todo o mundo, comparável – se não 
até melhor – aos serviços consolidados, como o Serviço Secreto dos 
Estados Unidos.
Outro serviço que merece apresentação é o Presidential Security 
Service of Russia, que, criado na década de 1990, possui cerca de 9 mil 
servidores e tem a responsabilidade de proteger o Presidente 
da Rússia.
Também conhecido como 
Shabak, refere-se à Agência de 
Segurança Israelense (Israeli 
Security Agency).
1
A ISA trabalhava com a 
premissa de que um israelense 
jamais mataria outro israelen-
se, o que ocasionou a falha 
no sistema de proteção que 
contribuiu para o assassinato 
do Primeiro-Ministro Rabin.
Curiosidade
16 Gerenciamento de segurança executiva
Igualmente importante é o Groupe de sécurité de la présidence de la 
République, originado em 1983 e encarregado de proteger o Presiden-
te da França, com aproximadamente 60 servidores, integrantes mistos 
tanto da Gendarmeria Nacional quanto da Polícia Nacional.
Na China, o Central Security Bureau of the Chinese Communist Party 
tem a responsabilidade de proteger o Presidente chinês, sendo com-
posto atualmente de 4 mil servidores.
Verifica-se, portanto, que em todos os Estados soberanos existe 
uma estrutura formal para o serviço de proteção pessoal dos Chefes 
de Estado e/ou de Governo.
Seguindo essa linha de raciocínio, no Brasil existem diversas agên-
cias públicas (praticamente nos três níveis) responsáveis pela proteção 
das maiores autoridades públicas nacionais e internacionais, como 
será visto mais adiante.
Por outro lado, na iniciativa privada também existem grandes corpo-
rações voltadas exclusivamente para atividades de proteção pessoal, 
sem contar aquelas organizações multinacionais que possuem uma 
diretora de segurança, englobando a segurança pessoal, corporativa, 
patrimonial e de instalações físicas.
Um exemplo é o The World Protection Group Inc, com sede em 
Beverly Hills, Califórnia, nos Estados Unidos da América, que oferece 
serviços de proteção pessoal para executivos e celebridades, contendo 
a seguinte descrição:
O World Protection Group é uma empresa internacional de se-
gurança especializada em segurança executiva. Nossa filosofia 
e técnicas são baseadas no método do Serviço Secreto dos Es-
tados Unidos no sentido de prover uma proteção preventiva e 
proativa. O World Protection Group trabalhou com alguns dos 
indivíduos do mais alto perfil em todo o mundo. (THE WORLD 
PROTECTION GROUP, 2021, tradução nossa) 
A empresa presta serviços nos Estados Unidos, no México, no 
Canadá, no Reino Unido, na Alemanha, na França, na Europa, na China, 
no Japão, em Singapura, na Austrália, na Coreia do Sul, na América do 
Sul e na Índia.
Com um efetivo disponível de milhares de agentes de proteção, a 
companhia tem, em seus quadros, profissionais altamente experien-
tes e devidamente qualificados para o exercício das atividades, o que 
Introdução à segurança executiva 17
demonstra certamente as decorrentes oportunidades de um mercado 
existente e em constante e franca ascensão.
Agora será importante entender o serviço de proteção no território 
brasileiro, sob a perspectiva tanto dos serviços públicos quanto da ati-
vidade privada.
1.2 Segurança executiva no Brasil 
Vídeo No Brasil, o serviço de proteção de autoridades e executivos é pres-
tado tanto no âmbito da Administração Pública quanto no espectro da 
segurança privada.
Naturalmente o histórico pouco robusto de atentados (bem-sucedidos 
ou não) no território brasileiro – seja contra autoridades, executivos ou 
pessoas com alto poder econômico – contribui para que haja uma falsa 
percepção da realidade.
Em que pese os dados estatísticos demonstrarem altos índices de 
violência e de criminalidade, com dezenas de milhares de homicídios 
anualmente, as informações podem levar a crer que atentados pro-
priamente ditos podem ser coisa apenas de filmes de ação.
No entanto, a fundamentação para a existência do serviço de prote-
ção reside na possibilidade de ocorrerem atentados contra determina-
da pessoa, que pode ser menor ou maior de acordo com uma análise 
de risco e de vulnerabilidade do interessado.
Nessa análise de risco, a variável da criminalidade e da violência in-
tegrará, sem sombra de dúvidas, a equação; todavia, outras variáveis 
também deverão ser consideradas, por exemplo:
 • Gênero.
 • Idade.
 • Cargo.
 • Espectro econômico.
 • Vida social.
 • Rotinas diárias.
 • Regimes e sistemas de deslocamento (possui carro, helicóptero, 
avião, barco, entre outros).
 • Família (casamento, filhos, idades dos filhos).
18 Gerenciamento de segurança executiva
 • Prática de esportes, hábitos e costumes (cigarro, bebidas alcoó-
licas, leitura).
O fato é que existe sim a necessidade de proteger algumas pessoas, 
tendo em vista as características de suas atividades profissionais. Auto-
ridades públicas, como presidentes, governadores, prefeitos, ministros 
e outros, pela representatividade do cargo que ocupam, precisam ser 
devidamente protegidos.
De igual forma, executivos e diretores de grandes corporações, 
além de pessoas com alto poder aquisitivo, como empresários, 
também podem ter para si a recomendação/indicação de proteção 
pessoal.
Inicialmente irá se conhecer algumas estruturas de proteção pessoal 
de autoridades públicas brasileiras. A mais significativa autoridade pú-
blica é o Chefe de Estado/Governo, o Presidente da República, e o Ga-
binete de Segurança Institucional (GSI), com status de Ministério, é o 
responsável pela proteção pessoal do presidente e do vice-presidente, 
além de outras atribuições.
A competência do GSI encontra-se estabelecida no Decreto Federal 
n. 9.668, de 2 de janeiro de 2019 (BRASIL, 2019a, grifos nossos):
O site do Gabinete de Segurança 
Institucional da Presidência 
da República apresenta, de 
maneira transparente e de fácil 
entendimento, as informações 
relevantes sobre a estrutu-
ra, composição e missões 
desempenhadas.
Disponível em: https://www.
gov.br/gsi/pt-br. Acesso em: 25 
mar. 2021.
Site
Art. 1º. Ao Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República com-
pete: I – assistir diretamente o Presidente da República no desempenho de suas 
atribuições, especialmente quanto a assuntos militares e de segurança; II – anali-
sar e acompanhar questões com potencial de risco, prevenir a ocorrência de crises 
e articular seu gerenciamento, em caso de grave e iminente ameaça à estabilidade 
institucional; III – coordenar as atividades de inteligência federal; 
IV – coordenar as atividades de segurança da informação e das comunicações; V 
– planejar, coordenar e supervisionar a atividade de segurança da informação no 
âmbito da administração pública federal, nela incluídos a segurança cibernética, a 
gestão de incidentes computacionais, a proteção de dados, o credenciamento de 
segurança e o tratamento de informações sigilosas; VI – zelar, assegurado o exer-
cício do poder de polícia, pela segurança: a) pessoal do Presidente da República e do 
Vice-Presidente da República; b) pessoal dos familiares do Presidente da República e 
do Vice-Presidente da República; c) dos palácios presidenciais e das residências do 
Presidente da República e do Vice-Presidente da República; e d) quando determinado 
pelo Presidente da República, zelar pela segurança pessoal dos titulares dos órgãos 
a seguir e, excepcionalmente, de outras autoridades federais: 1. da Casa Civil; 2. da 
Secretaria de Governo; 3. da Secretaria-Geral; 4. do Gabinete Pessoal do Presidente da 
República; e 5. do Gabinete de Segurança Institucional; VII – coordenar as atividades 
(Continua)
https://www.gov.br/gsi/pt-br
https://www.gov.br/gsi/pt-br
Introdução à segurança executiva 19
do Sistema de Proteção ao Programa Nuclear Brasileiro como seu órgão central;VIII 
– planejar e coordenar: a) os eventos no País em que haja a presença do Presidente 
da República, em articulação com o Gabinete Pessoal do Presidente da República, 
e no exterior, em articulação com o Ministério das Relações Exteriores; e b) os des-
locamentos presidenciais no País e no exterior, nesta última hipótese, em articula-
ção com o Ministério das Relações Exteriores; IX – realizar o acompanhamento de 
questões referentes ao setor espacial brasileiro; X – realizar o acompanhamento de 
assuntos pertinentes ao terrorismo e às ações destinadas à sua prevenção e à sua 
neutralização e intercambiar subsídios para a avaliação de risco de ameaça terro-
rista; e XI – realizar o acompanhamento de assuntos pertinentes às infraestruturas 
críticas, com prioridade aos que se referem à avaliação de riscos. 
Pode-se perceber, portanto, que o GSI possui inúmeras responsa-
bilidades de nível estratégico para a República Federativa do Brasil, por 
exemplo, o programa nuclear brasileiro, as ações de inteligência federal, a 
segurança de informações e de comunicações e o setor espacial brasileiro.
Naturalmente, o que mais interessa aqui é a atribuição de respon-
sável pela segurança pessoal do Presidente e do Vice-Presidente da 
República, bem como de seus familiares e, de acordo com determina-
ção específica do Presidente: 1) dos Ministros Chefes da Casa Civil, da 
Secretaria de Governo, da Secretaria-Geral, do Gabinete Pessoal do 
Presidente da República, do Gabinete de Segurança Institucional; e 2) 
excepcionalmente de outras autoridades federais.
Dentro da estrutura do GSI encontra-se a Secretaria de Seguran-
ça e Coordenação Presidencial, que possui as seguintes atribuições 
(BRASIL, 2019a, grifos nossos):
Art. 7º. À Secretaria de Segurança e Coordenação Presidencial compete: I -–planejar e 
coordenar: a) ações para execução dos eventos e das viagens presidenciais no País e no 
exterior, em articulação com os demais órgãos envolvidos; b) a execução do transporte 
aéreo de Chefes de Estado, de autoridades e de personalidades e das missões de interes-
se da Presidência da República, quando determinado pelo Presidente da República; e c) 
as atividades relacionadas ao cerimonial militar nos palácios presidenciais ou em local 
determinado pelo Presidente da República; II – coordenar a participação do Presidente 
da República em cerimônias militares, em articulação com os setores pertinentes da 
Presidência da República e com os demais órgãos envolvidos; III – zelar, assegurado 
o exercício do poder de polícia, pela: a) segurança pessoal do Presidente da República, 
(Continua)
20 Gerenciamento de segurança executiva
do Vice-Presidente da República, e de seus familiares, e, quando determinado pelo Pre-
sidente da República, dos titulares dos órgãos essenciais da Presidência da República e 
de outras autoridades ou personalidades; e b) segurança dos palácios presidenciais e 
das residências do Presidente da República e do Vice-Presidente da República; IV – ar-
ticular as ações para a segurança presidencial com os órgãos da Presidência da República 
e, quando determinado pelo Ministro de Estado, com o Ministério da Defesa, com os Co-
mandos das Forças Armadas e com outros órgãos e entidades da administração pública 
federal; e V – exercer outras atribuições determinadas pelo Ministro de Estado ou pelo 
Secretário-Executivo. 
É possível perceber que essa Secretaria supervisionará a gestão di-
reta das atividades relacionadas à segurança pessoal das autoridades 
estabelecidas.
No âmbito da Secretaria de Segurança e Coordenação Presidencial 
existe o Departamento de Segurança Presidencial, com as seguintes 
responsabilidades (BRASIL, 2019, grifos nossos):
Art. 8º. Ao Departamento de Segurança Presidencial compete: I – garantir a li-
berdade de ação do Presidente da República e do Vice-Presidente da República, 
de maneira a contribuir para o desempenho institucional da Presidência da Re-
pública; II – zelar, assegurado o poder de polícia, pela: a) segurança pessoal do 
Presidente da República, do Vice-Presidente da República, e de seus familiares; b) 
segurança pessoal dos titulares dos órgãos essenciais da Presidência da República e 
de outras autoridades ou personalidades, quando determinado pelo Presidente da 
República; e c) segurança dos palácios presidenciais e das residências do Presiden-
te da República e do Vice-Presidente da República; III – gerenciar: a) os riscos rela-
cionados à segurança do Presidente da República, do Vice-Presidente da República, 
de seus familiares e das instalações por eles utilizadas; b) os recursos humanos no 
planejamento e na realização das atividades de segurança presidencial; e c) o apoio 
logístico, administrativo e técnico ao planejamento e à execução das atividades de 
segurança presidencial; IV – elaborar e acompanhar estudos relacionados à segu-
rança presidencial; V – assegurar a capacitação e o treinamento de recursos huma-
nos para o desempenho de suas atividades finalísticas; VI – planejar e empregar 
recursos materiais e humanos nas atividades de segurança presidencial; VII – ela-
borar diretrizes, ordens, normas, regulamentos, manuais, procedimentos, planos e 
outros atos relacionados às atividades de segurança presidencial; VIII – estabelecer 
e manter os Escritórios de Representação como bases operacionais avançadas para 
a garantia da segurança do Presidente da República, do Vice-Presidente da Repúbli-
ca, e de seus familiares, asseguradas a economicidade e a efetividade das operações 
de segurança presidencial; e IX – exercer outras atribuições determinadas pelo 
Secretário de Segurança e Coordenação Presidencial. 
Introdução à segurança executiva 21
O Departamento de Segurança Presidencial, por seu turno, fará a 
gestão direta das atividades voltadas à segurança pessoal das autori-
dades estabelecidas, abrangendo o estabelecimento de normas e de 
diretrizes, o recrutamento, a seleção e o treinamento do efetivo, os as-
pectos logísticos e a realização de estudos sobre o tema.
Contando com centenas de homens das Forças Armadas, das Polí-
cias Militares e da Polícia Federal, o GSI claramente constitui uma agên-
cia especial de proteção de dignitários, referência no cenário nacional, 
e que desempenha suas atividades de maneira organizada e extrema-
mente profissional.
No que se refere aos Governadores, há um modelo praticamente idên-
tico em todos os Estados-membro, isto é, a existência de uma Secretaria 
de Estado, denominada na maioria das vezes de Casa Militar, que possui a 
missão de proteger os governadores, vice-governadores e familiares.
Para exemplificação, pode-se conhecer um pouco sobre a Casa Mi-
litar da Governadoria do Paraná, cujas atribuições estão previstas no 
Decreto Estadual n. 2.680, de 10 de setembro de 2019 (PARANÁ, 2019, 
grifos nossos):
Art. 1º. À Casa Militar, órgão essencial da Governadoria, compete: 
I – a assistência direta e imediata ao Governador no trato e apreciação de assuntos mili-
tares de natureza protocolar; II – a coordenação das relações da Chefia do Poder Executivo 
com autoridades militares; III – a recepção, estudo e triagem dos expedientes militares 
encaminhados ao Governador; IV – a transmissão e controle da execução das ordens 
dele emanadas; V – a segurança pessoal do Governador, Vice-Governador e respectivas 
famílias, dos hóspedes oficiais e demais pessoas designadas; VI – a segurança física do 
Palácio Iguaçu, pontos sensíveis e demais instalações designadas; VII – o transporte aéreo 
e o transporte terrestre desses dignitários e a produção e proteção de assuntos sigilosos de 
interesse governamental.
Dentro da estrutura da Casa Militar da Governadoria do Paraná en-
contra-se a Divisão de Operações e Segurança Aproximada, que 
possui as seguintes responsabilidades, de acordo com o mesmo De-
creto (PARANÁ, 2019, grifos nossos):
Art. 15. À Divisão de Operações e Segurança Aproximada – DOS compete: I – o pla-
nejamento, coordenação, direção e execução das atividades relativas à segurançapes-
soal do Governador, Vice-Governador, dos respectivos familiares, de hóspedes oficiais e 
demais autoridades designadas; II – o planejamento, coordenação, direção e execução 
das atividades relativas à segurança das residências do Governador, Vice-Governador 
(Continua)
22 Gerenciamento de segurança executiva
e demais autoridades designadas; III – a coordenação das medidas necessárias à 
segurança e proteção pessoal das autoridades e demais pessoas elencadas no inciso 
anterior, por ocasião de viagens, articulando – se com os organismos de segurança e 
autoridades civis envolvidas nos mais diversos eventos; IV – a integração com órgãos 
responsáveis pela segurança e proteção pessoal de visitantes oficiais ao Estado, quan-
do esta não caiba diretamente à Casa Militar; V – o planejamento, execução e con-
trole das atividades de comunicação da Casa Militar, no âmbito de suas atribuições 
de segurança aproximada; VI – a operacionalização da central de rádio – comunica-
ção da Casa Militar, no âmbito de suas atribuições de segurança aproximada; VII – a 
realização da segurança das telecomunicações no âmbito de atuação da segurança 
aproximada; VIII – o controle, fiscalização e manutenção do material, equipamento e 
armamento sob a guarda da Divisão; IX – a coordenação da execução de programas 
de treinamento de interesse restrito ao seu campo de atuação; X – a realização de 
atividades decorrentes de Ajudância de Ordens do Governador, Vice – Governador e 
Primeira Dama; XI – o gerenciamento do credenciamento dos participantes de even-
tos em que o Chefe do Poder Executivo esteja presente, exceto àqueles realizados no 
Palácio Iguaçu; XII – o subsídio aos processos de licitação, contratos e convênios, 
ligados à responsabilidade da unidade, com a prestação de informações e emissão de 
atos necessários; XIII – o desempenho de outras atividades correlatas.
Pode-se notar, então, que a Casa Militar da Governadoria do Paraná 
fará o planejamento e a execução de suas operações, além do treina-
mento, do recrutamento e da seleção do efetivo, constituído exclusiva-
mente por policiais militares.
De modo similar, o Departamento de Polícia Federal realiza ativida-
des de proteção pessoal de autoridades, notadamente do respectivo 
Diretor-Geral, bem como de outras autoridades nacionais e estrangei-
ras, de acordo com determinação específica.
Uma característica importante e presente em todos os órgãos pú-
blicos de segurança e de proteção de dignitários é o “poder de polícia”, 
que pode ser entendido, nas palavras de Maria Sylvia Zanella Di Pietro 
(2019, p. 319), como:
a atividade do Estado consistente em limitar o exercício dos direi-
tos individuais em benefício do interesse público. Esse interesse 
público diz respeito aos mais variados setores da sociedade, tais 
como segurança, moral, saúde, meio ambiente, defesa do consu-
midor, patrimônio cultural, propriedade. Daí a divisão da polícia 
administrativa em vários ramos: polícia de segurança, das flores-
tas, das águas, de trânsito, sanitária etc. 
Com certeza o poder de polícia considerado no momento é aquele 
utilizado na área de segurança, uma vez que os agentes públicos de 
proteção poderão prender pessoas, assim como adotar outras provi-
dências julgadas cabíveis.
Introdução à segurança executiva 23
Mas é possível perguntar sobre a dinâmica da iniciativa privada nas 
questões de segurança de dignitários. Importante mencionar que a ati-
vidade de segurança privada está disciplinada na Lei n. 7.102, de 20 de 
junho de 1983, regulamentada pelo Decreto Federal n. 89.056, de 24 de 
novembro de 1983. Além disso, a Portaria n. 3.322, de 12 de dezembro 
de 2012, do Departamento de Polícia Federal, normatiza questões so-
bre a segurança privada.
Dado importante consta na Lei n. 7.102, de 20 de junho de 1983 (BRA-
SIL, 1983b):
Art. 10. São considerados como segurança privada as atividades desenvolvidas em 
prestação de serviços com a finalidade de: I – proceder à vigilância patrimonial 
das instituições financeiras e de outros estabelecimentos, públicos ou privados, 
bem como a segurança de pessoas físicas; II – realizar o transporte de valores ou 
garantir o transporte de qualquer outro tipo de carga. § 1º. Os serviços de vigilân-
cia e de transporte de valores poderão ser executados por uma mesma empresa. 
§ 2º. As empresas especializadas em prestação de serviços de segurança, vigilância 
e transporte de valores, constituídas sob a forma de empresas privadas, além das 
hipóteses previstas nos incisos do caput deste artigo, poderão se prestar ao exercício 
das atividades de segurança privada a pessoas; a estabelecimentos comerciais, 
industriais, de prestação de serviços e residências; a entidades sem fins lucrativos; 
e órgãos e empresas públicas. (grifos nossos) 
 Percebe-se, portanto, a previsão legal para a atividade de 
proteção pessoal. Por seu turno, assim dispõe o Decreto Fe-
deral n. 89.056, de 24 de novembro de 1983 (BRASIL, 1983b, 
grifos nossos):
Art. 30. São considerados como segurança privada as atividades desenvolvidas em presta-
ção de serviços com a finalidade de: I – proceder à vigilância patrimonial das instituições 
financeiras e de outros estabelecimentos, públicos ou privados, e à segurança de pessoas 
físicas; II – realizar o transporte de valores ou garantir o transporte de qualquer outro 
tipo de carga. § 1º. As atividades de segurança privada desenvolvidas por empresas espe-
cializadas em prestação de serviços, com a finalidade de proceder à segurança de pessoas 
físicas e de garantir o transporte de valores ou de qualquer outro tipo de carga, serão 
consideradas, para os efeitos deste Regulamento, segurança pessoal privada e escolta 
armada, respectivamente. § 2º. As empresas especializadas em prestação de serviços 
de segurança, vigilância e transporte de valores, constituídas sob a forma de empresas 
privadas, além das hipóteses previstas nos incisos I e II deste artigo, poderão se pres-
tar: a) ao exercício das atividades de segurança privada a pessoas; b) a estabelecimentos 
(Continua)
24 Gerenciamento de segurança executiva
comerciais, indústrias, de prestação de serviços e residências; c) a entidades sem fins 
lucrativos; d) a órgãos e empresas públicas.
Igualmente relevante é o contido na Portaria n. 3.322, de 12 de 
dezembro de 2012, do Departamento de Polícia Federal, que dispõe 
sobre as normas relacionadas às atividades de Segurança Privada.
Nesse sentido, os conceitos iniciais são (BRASIL, 2012, grifos nossos):
Art. 1º. A presente Portaria disciplina as atividades de segurança privada, armada 
ou desarmada, desenvolvidas pelas empresas especializadas, pelas empresas que 
possuem serviço orgânico de segurança e pelos profissionais que nelas atuam, 
bem como regula a fiscalização dos planos de segurança dos estabelecimentos 
financeiros. § 1.º As atividades de segurança privada serão reguladas, autorizadas 
e fiscalizadas pelo Departamento de Polícia Federal - DPF e serão complementares 
às atividades de segurança pública nos termos da legislação específica. [...] § 3º. 
São consideradas atividades de segurança privada: [...] IV – segurança pessoal: 
atividade de vigilância exercida com a finalidade de garantir a incolumidade fí-
sica de pessoas, incluindo o retorno do vigilante com o respectivo armamento e 
demais equipamentos, com os pernoites estritamente necessários; [...] Art. 2º. Para 
os efeitos desta Portaria são utilizadas as seguintes terminologias: I – empresa 
especializada: pessoa jurídica de direito privado autorizada a exercer as atividades 
de vigilância patrimonial, transporte de valores, escolta armada, segurança pessoal 
e cursos de formação; II – empresa possuidora de serviço orgânico de segurança: 
pessoa jurídica de direito privado autorizada a constituir um setor próprio de vi-
gilância patrimonial ou de transporte de valores, nos termos do art. 10, § 4.º da 
Lei no 7.102, de 20 de junho de 1983; III – vigilante: profissional capacitado em 
curso de formação, empregado deempresa especializada ou empresa possuidora 
de serviço orgânico de segurança, registrado no DPF, e responsável pela execução 
de atividades de segurança privada.
Depois estão as especificações sobre a atividade de segurança 
pessoal (BRASIL, 2012, grifos nossos):
Art. 69. O exercício da atividade de segurança pessoal dependerá de autorização prévia 
do DPF, mediante o preenchimento dos seguintes requisitos: I – possuir autorização há 
pelo menos um ano na atividade de vigilância patrimonial ou transporte de valores; e 
II – contratar, e manter sob contrato, o mínimo de oito vigilantes com extensão em segu-
rança pessoal e experiência mínima de um ano nas atividades de vigilância ou transporte 
de valores. [...] Art. 70. [...] § 2º. O vigilante deverá utilizar em serviço traje adequado à 
(Continua)
Introdução à segurança executiva 25
missão, estabelecido pela empresa, não assemelhado ao uniforme das Forças Armadas, 
dos órgãos de segurança pública federais e estaduais e das guardas municipais, portan-
do todos os documentos aptos a comprovar a regularidade da execução do serviço de 
segurança pessoal contratado. 
[...] Art. 72. A execução da segurança pessoal iniciar-se-á, obrigatoriamente, no âmbito 
da unidade da federação em que a empresa possua autorização. Parágrafo único. Nas 
hipóteses em que o serviço não abranger a volta dos vigilantes juntamente com o benefi-
ciado pela segurança pessoal, inclui-se no serviço o retorno da guarnição com o respectivo 
armamento e demais equipamentos, com os pernoites estritamente necessários. Art. 73. 
As empresas que exercerem a atividade de segurança pessoal cujos vigilantes necessitarem 
transitar por outras unidades da federação, deverão comunicar a operação, previamente, 
às unidades do DPF e do DPRF, e às Secretarias de Segurança Pública respectivas. [...] 
Art. 149. O uniforme do vigilante é obrigatório e de uso exclusivo em serviço, devendo 
possuir características que garantam a sua ostensividade. [...] § 2º. O traje dos vigilantes 
empenhados na atividade de segurança pessoal não necessitará observar o caráter da 
ostensividade, aplicando-se quanto a estes o disposto no art. 70, § 2º.
Estas são algumas considerações importantes: o vigilante deverá 
possuir curso de extensão em segurança pessoal, além de ter expe-
riência prévia de pelo menos um ano nas atividades de vigilância ou 
transporte de valores, o que demonstra a preocupação com a qualifica-
ção e o preparo dos profissionais empregados.
Dessa maneira, nota-se que a atividade de segurança pessoal pode 
ser prestada por empresas especializadas, devidamente registradas e 
fiscalizadas pelo Departamento de Polícia Federal, com rigorosa obser-
vância de todas as normas legais e regulamentares sobre a matéria.
Um exemplo é o Grupo Liberdade, com sede em São Paulo - SP, que 
conta com vários profissionais habilitados e qualificados para a presta-
ção de serviços de segurança pessoal.
O serviço pode ser prestado por vigilantes armados ou não, de modo 
a servir às mais variadas demandas dos clientes. A empresa atende em 
todo o território brasileiro e representa adequadamente o segmento 
possuindo a seguinte descrição (O QUE..., 2021):
Para oferecer maior conforto aos clientes e ampliar a gestão de 
tempo, a segurança executiva do Grupo Liberdade avalia indi-
vidualmente as necessidades de cada segurado, montando e 
treinando equipes de forma personalizada. O Grupo oferece 
ainda seguro de responsabilidade civil, com escoltas monito-
radas 24h/dia por sistemas avançados de GPS, e uniformes e 
26 Gerenciamento de segurança executiva
equipamentos adequados aos locais de trabalho. Os colabora-
dores que atuam nesse segmento são avaliados trimestralmente 
e contam com viaturas de apoio na rua e central 24h que acom-
panha e atualiza os deslocamentos. 
Pode-se perceber, portanto, uma grande preocupação – extre-
mamente acertada – em personalizar o atendimento, de maneira a 
conceber soluções específicas para cada interessado, propiciando, in-
clusive, serviços complementares importantes, como seguro e monito-
ramento de escoltas.
Depois de todas essas considerações, foi possível compreender a 
dinâmica e o arcabouço jurídico envolvendo a segurança pessoal no 
território brasileiro, sendo ainda relevante algumas digressões sobre o 
público-alvo desse tipo de serviço, que serão vistas a seguir.
1.3 Público-alvo da segurança executiva 
Vídeo Naturalmente pode haver recomendações e indicações para a se-
gurança pessoal por diversos motivos. Será possível conhecê-los, bem 
como as pessoas a que se referem. A primeira razão é legal, ou seja, de-
corre da lei e, portanto, possui um viés estatal, de estrutura do próprio 
Estado e da necessária estabilidade das autoridades que conduzem os 
destinos da sociedade.
Dessa maneira, inicia-se pelo Presidente da República, a mais alta 
autoridade pública no Brasil. Por óbvio, ele exerce as funções de Chefe 
de Estado e de Chefe de Governo, representando o Brasil no exterior 
perante outros Estados soberanos, podendo celebrar tratados inter-
nacionais (bilaterais ou multilaterais) – que depois precisam ser ratifi-
cados e internalizados no ordenamento jurídico brasileiro –, integrar 
organismos internacionais, entre outros.
Igualmente, o plano interno possui diversas atribuições, como se 
pode verificar na Constituição Federal (BRASIL, 1988):
Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República: I – nomear e exonerar 
os Ministros de Estado; II – exercer, com o auxílio dos Ministros de Estado, a direção 
superior da administração federal; III – iniciar o processo legislativo, na forma e nos 
casos previstos nesta Constituição; IV – sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, 
bem como expedir decretos e regulamentos para sua fiel execução; V – vetar projetos 
(Continua)
Introdução à segurança executiva 27
de lei, total ou parcialmente; VI – dispor sobre a organização e o funcionamento da 
administração federal, na forma da lei; VI – dispor, mediante decreto, sobre: a) orga-
nização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de 
despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos; b) extinção de funções ou cargos 
públicos, quando vagos; VII – manter relações com Estados estrangeiros e acreditar seus 
representantes diplomáticos; VIII – celebrar tratados, convenções e atos internacionais, 
sujeitos a referendo do Congresso Nacional; IX – decretar o estado de defesa e o estado 
de sítio; X – decretar e executar a intervenção federal; XI – remeter mensagem e plano 
de governo ao Congresso Nacional por ocasião da abertura da sessão legislativa, expon-
do a situação do País e solicitando as providências que julgar necessárias; XII – conceder 
indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, dos órgãos instituídos em lei; 
XIII – exercer o comando supremo das Forças Armadas, promover seus oficiais-generais 
e nomeá-los para os cargos que lhes são privativos; XIII – exercer o comando supremo 
das Forças Armadas, nomear os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, 
promover seus oficiais-generais e nomeá-los para os cargos que lhes são privativos; 
XIV – nomear, após aprovação pelo Senado Federal, os Ministros do Supremo Tribunal 
Federal e dos Tribunais Superiores, os Governadores de Territórios, o Procurador-Geral 
da República, o presidente e os diretores do banco central e outros servidores, quando 
determinado em lei; XV – nomear, observado o disposto no art. 73, os Ministros do 
Tribunal de Contas da União; XVI – nomear os magistrados, nos casos previstos nesta 
Constituição, e o Advogado-Geral da União; XVII – nomear membros do Conselho da 
República, nos termos do art. 89, VII; XVIII – convocar e presidir o Conselho da República 
e o Conselho de Defesa Nacional; XIX – declarar guerra, no caso de agressão estrangeira, 
autorizado pelo Congresso Nacional ou referendado por ele, quando ocorrida no interva-
lo das sessões legislativas, e, nas mesmas condições, decretar, total ou parcialmente,a 
mobilização nacional; XX – celebrar a paz, autorizado ou com o referendo do Congresso 
Nacional; XXI – conferir condecorações e distinções honoríficas; XXII – permitir, nos 
casos previstos em lei complementar, que forças estrangeiras transitem pelo território 
nacional ou nele permaneçam temporariamente; XXIII – enviar ao Congresso Nacional 
o plano plurianual, o projeto de lei de diretrizes orçamentárias e as propostas de orça-
mento previstos nesta Constituição; XXIV – prestar, anualmente, ao Congresso Nacional, 
dentro de sessenta dias após a abertura da sessão legislativa, as contas referentes ao 
exercício anterior; XXV – prover e extinguir os cargos públicos federais, na forma da 
lei; XXVI – editar medidas provisórias com força de lei, nos termos do art. 62; XXVII – 
exercer outras atribuições previstas nesta Constituição. Parágrafo único. O Presidente da 
República poderá delegar as atribuições mencionadas nos incisos VI, XII e XXV, primeira 
parte, aos Ministros de Estado, ao Procurador-Geral da República ou ao Advogado-Geral 
da União, que observarão os limites traçados nas respectivas delegações. 
Nessa linha de raciocínio, percebe-se facilmente que uma autorida-
de com tamanha responsabilidade precisa ser devidamente protegida, 
pois o cargo que ocupa traz consigo o peso, a simbologia, a estabilidade 
e a importância da própria nação brasileira.
28 Gerenciamento de segurança executiva
Sob essa ótica, portanto, o Presidente da República, durante o exer-
cício do cargo, acaba por tomar conhecimento de assuntos de nature-
za estratégica com classificação de sigilo, como secretos e até mesmo 
como ultrassecretos, sendo, em consequência, detentor de informa-
ções muito valiosas para o Brasil.
Exatamente dentro dessa perspectiva – ainda que existam sempre 
os críticos, para os quais deve haver respeito e compreensão – é que 
inclusive os ex-presidentes também deverão ser protegidos até o dia 
de sua morte. Essa lógica é a mesma utilizada, por exemplo, para os 
ex-Presidentes dos Estados Unidos, como demonstrado alhures.
No Brasil, a previsão para tal prerrogativa encontra-se na Lei n. 7.474, 
de 8 de maio de 1986 (BRASIL, 1986), que assim dispõe:
Art. 1º. O Presidente da República, terminado o seu mandato, tem direito a utilizar os 
serviços de quatro servidores, para segurança e apoio pessoal, bem como a dois veículos 
oficiais com motoristas, custeadas as despesas com dotações próprias da Presidência 
da República. 
A referida norma ainda estabelece a necessidade de prestação de 
serviços de proteção pessoal para os candidatos à presidência em seu 
artigo 2º, determinando que o Ministério da Justiça se responsabilize 
pela segurança dos candidatos à Presidência da República, a partir da 
homologação em convenção partidária.
Ao conhecer as nuances da proteção pessoal do Presidente da 
República, de ex-presidentes e até mesmo dos candidatos à presidên-
cia, pode-se verificar que sistemática semelhante ocorre com os gover-
nadores estaduais e do Distrito Federal.
Como ilustração, veja-se as atribuições do governador do Paraná, 
consoante a respectiva Constituição Estadual (PARANÁ, 1989):
Art. 87. Compete privativamente ao Governador: I – representar o Estado nas suas re-
lações jurídicas, políticas e administrativas; II – nomear e exonerar os Secretários de 
Estado; III – exercer, com o auxílio dos Secretários de Estado, a direção superior da ad-
ministração estadual; IV – iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos previstos 
nesta Constituição; V – sancionar, promulgar e fazer publicar as leis e expedir decretos 
e regulamentos para a sua fiel execução; VI – dispor sobre a organização e o funciona-
mento da administração estadual, na forma da lei; VII – vetar projeto de lei, total ou 
parcialmente; 
(Continua)
Introdução à segurança executiva 29
VIII – solicitar a intervenção federal no Estado, nos termos da Constituição Federal; IX 
– decretar e fazer executar a intervenção estadual nos Municípios, na forma desta Cons-
tituição; X – remeter mensagem e plano de governo à Assembleia Legislativa, por oca-
sião da abertura da sessão legislativa, expondo a situação do Estado; XI – prestar contas, 
anualmente, à Assembleia Legislativa, dentro de sessenta dias após a abertura da sessão 
legislativa, relativamente ao ano anterior; XII – prestar informações solicitadas pelos 
Poderes Legislativo e Judiciário, nos casos e prazos fixados em lei; XIII – nomear agentes 
públicos, nos termos estabelecidos nesta Constituição; XIV – enviar à Assembleia Legis-
lativa o plano plurianual, o projeto de lei de diretrizes orçamentárias e as propostas de 
orçamentos previstos nesta Constituição; XV – indicar dois sétimos dos conselheiros e 
dos auditores do Tribunal de Contas; XV – indicar dois dos conselheiros, auditores e con-
troladores do Tribunal de Contas do Estado; XVI – prover e extinguir os cargos públicos 
estaduais, na forma da lei e com as restrições previstas nesta Constituição; XVII – cele-
brar ou autorizar convênios ou acordos com entidades públicas ou particulares, na forma 
desta Constituição; XVII – nomear os conselheiros, auditores e controladores do Tribunal 
de Contas do Estado, sendo cinco após aprovação da Assembleia Legislativa, obedecido 
o disposto no art. 77, § 1o. XVIII – realizar as operações de crédito previamente autoriza-
das pela Assembleia; XVIII – celebrar ou autorizar convênios ou acordos com entidades 
públicas ou particulares, na forma desta Constituição; XIX – mediante autorização da 
Assembleia Legislativa, subscrever ou adquirir ações, realizar ou aumentar capital, des-
de que haja recursos hábeis, de sociedade de economia mista ou de empresa pública, 
bem como dispor, a qualquer título, no todo ou em parte, de ações ou capital que tenha 
subscrito, adquirido, realizado ou aumentado. XIX – realizar as operações de crédito 
previamente autorizadas pela Assembleia; XX – mediante autorização da Assembleia 
Legislativa, subscrever ou adquirir ações, realizar ou aumentar capital, desde que haja 
recursos hábeis, de sociedade de economia mista ou de empresa pública, bem como 
dispor, a qualquer título, no todo ou em parte, de ações ou capital que tenha subscrito, 
adquirido, realizado ou aumentado. Parágrafo único. O Governador do Estado poderá 
delegar as atribuições mencionadas nos incisos VI e XVI primeira parte, aos Secretários 
de Estado, ao Procurador-Geral de Justiça e ao Procurador-Geral do Estado, que deverão 
observar os limites traçados nas respectivas delegações. 
De maneira similar, fica fácil perceber também a importância do 
cargo e a consequente necessidade de segurança pessoal para o titular 
e os respectivos familiares. A mesma sistemática vai ocorrer, em menor 
ou maior extensão, para prefeitos, Diretor-Geral da Polícia Federal e 
presidentes de grandes estatais, como Petrobras e Itaipu.
Na iniciativa privada, por outro lado, a recomendação/indicação 
para proteção pessoal dependerá de uma análise de risco e do per-
fil do interessado. Essa análise vai considerar inúmeras variáveis, por 
exemplo, índices de violência, histórico pessoal, situação familiar, des-
locamentos e rotina, de modo a desenvolver uma estratégia para o 
atendimento da demanda.
30 Gerenciamento de segurança executiva
Isso pode incluir a proteção pessoal propriamente dita, isto é, com 
equipes específicas, até cuidados e medidas contra possíveis vulnera-
bilidades, como escutas ambientais, hackeamento de sistemas eletrôni-
cos, invasão de privacidade, ataques a celulares e a outros dispositivos.
Naturalmente a questão/recomendação técnica deve ser tempera-
da pela personalidade do interessado, que poderá ensejar uma flexibi-
lização maior nas atividades de proteção.
Tudo isso deve ser bem ponderado pelo analista, de maneira a 
apresentar um planejamento coerente com a realidade e formatado 
com base em aspectos técnicos da atividade.
De uma forma geral, empresários de grande envergadura econô-
mica podem ter para si recomendada a atividade de proteção,mais ou 
menos intensa, dependendo das circunstâncias do caso concreto.
Nas grandes corporações multinacionais, geralmente o presidente 
ou o CEO (Chief Executive Officer), além de outros executivos, têm di-
reito a serviço orgânico de proteção, gerenciado por uma Diretoria de 
Segurança Corporativa, com atribuições outras em toda a organização, 
como segurança de instalações físicas, de colaboradores, das comuni-
cações, cibersegurança, além das atividades específicas para seguran-
ça pessoal dos altos executivos.
Portanto, o serviço de proteção pessoal se destina tanto a auto-
ridades públicas quanto a executivos de grandes empresas, além de 
empresários, artistas, atores, músicos e/ou demais interessados, estes 
dependendo de análise específica de risco e de perfil.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
As atividades de proteção pessoal sofreram inúmeras modificações ao 
longo do tempo, partindo do perfil do agente de proteção dotado exclusi-
vamente de compleição física considerável para o perfil altamente versátil 
e complexo na atualidade, sem contar o uso de tecnologia e os demais 
mecanismos na busca pela segurança – esta sempre entendida sob múl-
tiplas facetas da vida do “protegido”, passando pela integridade física, mas 
também psicológica, mental, familiar, social e eletrônica.
Na modernidade, a exposição das pessoas ganhou dimensões ex-
ponenciais, carregando consigo diversas fragilidades e vulnerabilidades, 
Recomendamos ouvir a 
entrevista Como é feita 
a segurança dos maiores 
executivos no Brasil?. 
Nela são apresentadas 
importantes considera-
ções sobre a proteção 
executiva no Brasil.
Disponível em: https://www.
quatenusonline.com.br/blog/
seguranca-de-executivos-no-
brasil/. Acesso em: 16 mar. 2021.
Áudio
https://www.quatenusonline.com.br/blog/seguranca-de-executivos-no-brasil/
https://www.quatenusonline.com.br/blog/seguranca-de-executivos-no-brasil/
https://www.quatenusonline.com.br/blog/seguranca-de-executivos-no-brasil/
https://www.quatenusonline.com.br/blog/seguranca-de-executivos-no-brasil/
Introdução à segurança executiva 31
como o computador, o laptop e os telefones celulares, entre outros dis-
positivos utilizados.
Novas plataformas e aplicativos podem resultar na apreensão de fo-
tos, vídeos, documentos e demais arquivos de conteúdo muito sensível e 
que, por esse motivo, podem ser usados por mentes criminosas para o 
cometimento dos mais variados tipos de delitos, por exemplo: extorsão, 
constrangimento ilegal, revenge porn, fraudes variadas, furtos, roubos e 
até mesmo homicídios.
De igual maneira, a fragilidade das comunicações implica cuidados adi-
cionais no uso de equipamentos pessoais, no acesso a redes sociais, nas 
ligações telefônicas e na realização das atividades diárias mais simples, de-
monstrando um grande cenário multifacetado, complexo e delicado, exigin-
do profissionais cada vez mais qualificados e preparados.
Aquela preocupação com atentados contra o protegido, sua integrida-
de física e sua vida ainda subsiste sem sombra de dúvidas; todavia, hoje 
se encontra acrescentada de outros riscos, gaps e pontas soltas de um 
novelo cada vez mais dinâmico, mutável e flexível.
A realidade da segurança pessoal de autoridades, executivos, empre-
sários e dignitários atualmente se apresenta como um gigante universo, 
em que muitas variáveis precisam ser consideradas ao se analisar o perfil 
deles, de maneira a ser possível traçar estratégias de curto, médio e longo 
prazos, suficientes e bastantes para o enfrentamento eficiente dos desa-
fios existentes.
ATIVIDADES 
1. Cite e descreva três exemplos de serviços/agências de proteção 
antigos.
2. Qual é a agência responsável pela segurança pessoal do Presidente 
do Brasil e em qual ordenamento encontram-se suas atribuições? 
Comente. 
3. O serviço de proteção executiva pode ser considerado apenas um luxo? 
Justifique sua resposta.
REFERÊNCIAS 
ABOUT us. The World Protection Group Inc., 2021. Disponível em: https://www.
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Vídeo
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https://www.britannica.com/topic/Swiss-Guards
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https://www.royal.uk/yeomen-guard
Serviços de segurança executiva 33
2
Serviços de segurança 
executiva
Cada Estado soberano possui uma regulamentação própria, 
tanto para o setor público quanto para o setor privado, no que 
se refere às atividades de segurança (pública ou privada). Existem, 
também, normas específicas para o setor público, além da legisla-
ção pertinente ao setor privado.
Os grupos públicos, ou seja, as agências de proteção vinculadas 
a instituições públicas, bem como os grupos privados, isto é, as 
empresas de segurança privada e segurança orgânica de grandes 
multinacionais, devem se ajustar às normas para melhor desempe-
nharem suas atribuições com eficiência.
Conhecer as principais diretrizes e agências/companhias de 
proteção executiva do Brasil será muito benéfico e enriquecedor 
para todos os profissionais da área. Sendo assim, neste capítulo, 
serão abordadas questões sobre a legislação aplicada e sobre os 
grupos públicos e privados mais relevantes no Brasil.
2.1 Legislação aplicada 
Vídeo Para as intuições públicas e privadas do Brasil, normas aplicáveis 
existem para que se realize atividades de segurança executiva. A fim de 
se compreender o funcionamento dessas instituições, algumas dessas 
normas serão apresentadas. Inicialmente, a previsão legal para o Ga-
binete de Segurança Institucional (GSI), com status de Ministério, tem 
como missão a proteção pessoal do Presidente e do Vice-Presidente da 
República, além de outras atribuições.
34 Gerenciamento de segurança executiva
A Lei Federal n. 13.844, de 18 de junho de 2019, dispõe:
O vídeo Conheça o GSI, 
publicado pelo canal TV 
BrasilGov, apresenta, de 
uma maneira bem ilus-
trativa, as atribuições do 
Gabinete de Segurança 
Institucional da Presidên-
cia da República.
Disponível em: https://
www.youtube.com/
watch?v=MDvNghXuvDk&ab_
channel=TVBrasilGov. Acesso em: 
7 abr. 2021.
Vídeo
Art. 10. Ao Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República compete: 
I - assistir diretamente o Presidente da República no desempenho de suas atribuições, 
especialmente quanto a assuntos militares e de segurança; II - analisar e acompanhar 
assuntos com potencial de risco, prevenir a ocorrência de crises e articular seu gerencia-
mento, na hipótese de grave e iminente ameaça à estabilidade institucional; III - coor-
denar as atividades de inteligência federal; IV - coordenar as atividades de segurança 
da informação e das comunicações no âmbito da administração pública federal; V - 
planejar, coordenar e supervisionar a atividade de segurança da informação no âmbito 
da administração pública federal, nela incluídos a segurança cibernética, a gestão de 
incidentes computacionais, a proteção de dados, o credenciamento de segurança e o 
tratamento de informações sigilosas; VI - zelar, assegurado o exercício do poder de po-
lícia: a) pela segurança pessoal: 1. do Presidente da República e do Vice-Presidente da 
República; 2. dos familiares do Presidente da República e do Vice-Presidente da República; 
e 3. dos titulares dos órgãos de que trata o caput do art. 2º desta Lei e, excepcionalmente, 
de outras autoridades federais, quando determinado pelo Presidente da República; e b) 
pela segurança dos palácios presidenciais e das residências do Presidente da República 
e do Vice-Presidente da República; VII - coordenar as atividades do Sistema de Proteção 
ao Programa Nuclear Brasileiro como seu órgão central; VIII - planejar e coordenar: a) 
os eventos no País em que haja a presença do Presidente da República, em articulação 
com o Gabinete Pessoal do Presidente da República, e no exterior, em articulação com 
o Ministério das Relações Exteriores; e b) os deslocamentos presidenciais no País e no 
exterior, nesta última hipótese em articulação com o Ministério das Relações Exterio-
res; IX - acompanhar questões referentes ao setor espacial brasileiro; X - acompanhar 
assuntos relativos ao terrorismo e às ações destinadas à sua prevenção e à sua neutrali-
zação e intercambiar subsídios com outros órgãos para a avaliação de risco de ameaça 
terrorista; e XI - acompanhar assuntos pertinentes às infraestruturas críticas, com prio-
ridade aos relacionados à avaliação de riscos. Parágrafo único. Os locais e adjacências 
onde o Presidente da República e o Vice-Presidente da República trabalhem, residam, 
estejam ou haja a iminência de virem a estar são considerados áreas de segurança das 
referidas autoridades, e cabe ao Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da 
República, para os fins do disposto neste artigo, adotar as medidas necessárias para sua 
proteção e coordenar a participação de outros órgãos de segurança. 
Art. 11. O Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República tem como 
estrutura básica: I - o Gabinete; II - a Secretaria Executiva; III - até 3 (três) Secretarias; e 
IV - a Agência Brasileira de Inteligência. (BRASIL, 2019b, grifos nossos) 
https://www.youtube.com/watch?v=MDvNghXuvDk&ab_channel=TVBrasilGov
https://www.youtube.com/watch?v=MDvNghXuvDk&ab_channel=TVBrasilGov
https://www.youtube.com/watch?v=MDvNghXuvDk&ab_channel=TVBrasilGov
https://www.youtube.com/watch?v=MDvNghXuvDk&ab_channel=TVBrasilGov
Serviços de segurança executiva 35
A competência do GSI está estabelecida no Decreto Federal n. 9.668, 
de 2 de janeiro de 2019.
Art. 1. Ao Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República compete: 
I - assistir diretamente o Presidente da República no desempenho de suas atribuições, 
especialmente quanto a assuntos militares e de segurança; II - analisar e acompanhar 
questões com potencial de risco, prevenir a ocorrência de crises e articular seu geren-
ciamento, em caso de grave e iminente ameaça à estabilidade institucional; III - coor-
denar as atividades de inteligência federal; IV - coordenar as atividades de segurança 
da informação e das comunicações; V - planejar, coordenar e supervisionar a atividade 
de segurança da informação no âmbito da administração pública federal, nela incluídos 
a segurança cibernética, a gestão de incidentes computacionais, a proteção de dados, 
o credenciamento de segurança e o tratamento de informações sigilosas; VI - zelar, as-
segurado o exercício do poder de polícia, pela segurança: a) pessoal do Presidente da 
República e do Vice-Presidente da República; b) pessoal dos familiares do Presidente da 
República e do Vice-Presidente da República; c) dos palácios presidenciais e das residên-
cias do Presidente da República e do Vice-Presidente da República; e d) quando determi-
nado pelo Presidente da República, zelar pela segurança pessoal dos titulares dos órgãos a 
seguir e, excepcionalmente, de outras autoridades federais: 1. da Casa Civil; 2. da Secreta-
ria de Governo; 3. da Secretaria-Geral; 4. do Gabinete Pessoal do Presidente da República; 
e 5. do Gabinete de Segurança Institucional; VII - coordenar as atividades do Sistema 
de Proteção ao Programa Nuclear Brasileiro como seu órgão central; VIII - planejar e 
coordenar: a) os eventos no País em que haja a presença do Presidente da República, 
em articulação com o Gabinete Pessoal do Presidente da República, e no exterior, em 
articulação com o Ministério das Relações Exteriores; e b) os deslocamentos presiden-
ciais no Paíse no exterior, nesta última hipótese, em articulação com o Ministério das 
Relações Exteriores; IX - realizar o acompanhamento de questões referentes ao setor 
espacial brasileiro; X - realizar o acompanhamento de assuntos pertinentes ao terroris-
mo e às ações destinadas à sua prevenção e à sua neutralização e intercambiar subsídios 
para a avaliação de risco de ameaça terrorista; e XI - realizar o acompanhamento de 
assuntos pertinentes às infraestruturas críticas, com prioridade aos que se referem à 
avaliação de riscos. (BRASIL, 2019a, grifos nossos) 
Percebe-se que é uma norma relativamente recente, considerando 
a evolução histórica do órgão, que passou por diversas denominações 
e teve diferentes responsabilidades ao longo do tempo, consolidando-
-se, por fim, como uma agência estratégica nacional de grande enver-
gadura, com vinculação a assuntos sensíveis e de interesse de Estado.
36 Gerenciamento de segurança executiva
O Departamento de Polícia Federal também realiza atividades de 
proteção executiva, e a previsão se encontra no Regimento Interno da 
Polícia Federal, aprovado pela Portaria n. 1.252, de 29 de dezembro de 
2017.
Art. 2. A Polícia Federal tem a seguinte estrutura, composta por unidades centrais 
e descentralizadas: 
[...] 
VI - Diretoria-Executiva - DIREX: 
[...] 
d) Coordenação de Proteção à Pessoa - CPP: 
Divisão de Segurança de Dignitários - DSD: 
[...]. (BRASIL, 2017)
No Art. 15, Inciso I, alíneas “c” e “d”, verifica-se que à Diretoria Execu-
tiva compete, entre outras atribuições:
dirigir, planejar, coordenar, controlar e avaliar as atividades de 
segurança institucional, de grandes eventos, de dignitário e de 
depoente especial bem como a segurança de Chefe de Missão 
Diplomática acreditado junto ao Governo brasileiro e de outros 
dignitários estrangeiros em visita ao País, por solicitação do Mi-
nistério das Relações Exteriores, com autorização do Ministro de 
Estado da Justiça e Segurança Pública. (BRASIL, 2017)
Nota-se, então, que o Departamento de Polícia Federal possui uma 
divisão específica dentro de sua estrutura organizacional, com a res-
ponsabilidade de realizar a segurança executiva de dignitários, de-
monstrando claramente a preocupação institucional com o tema.
Em nível federal, portanto, há o GSI e o Departamento de Polícia Fe-
deral, com missões específicas de segurança executiva. Naturalmente, 
o Departamento de Polícia Rodoviária Federal atua na proteção pessoal 
do respectivo diretor-geral.
Por outro lado, em nível estadual, geralmente haverá uma Secreta-
ria de Estado, muitas vezes denominada Casa Militar, responsável pela 
segurança do Governador, do Vice-Governador e de seus familiares. 
A seguir, serão apresentadas as normas que regulamentam algumas 
dessas secretarias.
Como exemplo, aspectos sobre a Casa Militar da Governadoria do 
Paraná, cujas atribuições estão previstas no Decreto Estadual n. 2.680, 
de 10 de setembro de 2019, serão apresentados.
Diginitário: pessoa que exerce 
alto cargo ou goza de um título 
proeminente. 
Glossário
Serviços de segurança executiva 37
Art. 1. À Casa Militar, órgão essencial da Governadoria, compete: 
I - a assistência direta e imediata ao Governador no trato e apreciação de assun-
tos militares de natureza protocolar; II - a coordenação das relações da Chefia 
do Poder Executivo com autoridades militares; III - a recepção, estudo e triagem 
dos expedientes militares encaminhados ao Governador; IV - a transmissão e 
controle da execução das ordens dele emanadas; V - a segurança pessoal do Go-
vernador, Vice–Governador e respectivas famílias, dos hóspedes oficiais e demais 
pessoas designadas; VI - a segurança física do Palácio Iguaçu, pontos sensíveis e 
demais instalações designadas; VII - o transporte aéreo e o transporte terrestre 
desses dignitários e a produção e proteção de assuntos sigilosos de interesse go-
vernamental. (PARANÁ, 2019, grifos nossos) 
No Paraná, a Divisão de Operações e Segurança Aproximada é a 
responsável direta pelo desempenho das atividades de proteção.
No Distrito Federal, a Casa Militar teve seu regimento interno apro-
vado pelo Decreto Estadual n. 34.258, de 3 de abril de 2013, que assim 
dispõe:
Art. 1. À Chefia da Casa Militar, órgão de apoio logístico e de segurança do Governador 
do Distrito Federal, vinculada à Governadoria do Distrito Federal, compete: I. formular 
políticas, diretrizes e coordenar ações relacionadas ao apoio logístico, segurança pessoal 
e transporte do Governador e seus familiares; II. definir diretrizes e coordenar as ações 
relacionadas à segurança de dignitários e autoridades em visita oficial ao Distrito Fede-
ral; III. estabelecer a coordenação de ações de segurança para recepção de autoridades 
em visita oficial ao Distrito Federal; IV. planejar, dirigir, executar, fiscalizar e aperfei-
çoar os serviços de telecomunicações do Palácio do Buriti e das Residências Oficiais; 
V. estabelecer diretrizes e normas relacionadas à manutenção e aos suprimentos do 
Palácio do Buriti e das Residências ocupadas pelo Governador; VI. planejar, organizar, 
dirigir e executar a segurança física do Palácio do Buriti e das Residências ocupadas pelo 
Governador; VII. coordenar a participação do Governador em cerimônias militares; VIII. 
coordenar, em articulação com outros órgãos do Governo do Distrito Federal, as viagens 
do Governador; IX. planejar a utilização do transporte aéreo e a operação das aeronaves 
executivas, vinculadas à Casa Militar, necessárias aos deslocamentos do Governador 
e da Primeira-Dama; X. planejar a utilização do transporte terrestre e a operação dos 
veículos oficiais vinculados à Casa Militar; XI. desenvolver intercâmbio de cooperação 
com entidades nacionais e internacionais; XII. assessorar o Governador nos assuntos de 
natureza militar; e XIII. dirigir, coordenar e controlar outras atividades atribuídas pelo 
Governador à Casa Militar. (DISTRITO FEDERAL, 2013, grifos nossos) 
38 Gerenciamento de segurança executiva
No Distrito Federal, a Subsecretaria de Operações de Segurança é 
encarregada da proteção pessoal do Governador e de outras autorida-
des por ele designadas.
Art. 20. À Subsecretária de Operações de Segurança, unidade orgânica de comando 
e supervisão, diretamente subordinada ao Secretário de Estado Chefe da Casa Militar, 
compete: I - planejar, coordenar e definir ações referentes à segurança pessoal do Go-
vernador e seus familiares; II - coordenar as atividades relacionadas à segurança das 
instalações do Palácio do Buriti e das Residências ocupadas pelo Governador; III - de-
senvolver apoio logístico às operações de segurança da Casa Militar; e IV - desenvolver 
outras atividades que lhe forem atribuídas na sua área de atuação. [...] 
Art. 24. À Diretoria de Segurança de Pessoal, unidade orgânica de direção, diretamente 
subordinada à Subsecretaria de Operações de Segurança, compete: I - planejar, dirigir, 
supervisionar, organizar e coordenar as atividades relacionadas à segurança pessoal do 
Governador e seus familiares; e II - desenvolver outras atividades que lhe forem atribuí-
das na sua área de atuação. 
Art. 25. À Gerência de Segurança Pessoal, unidade orgânica de gerenciamento, direta-
mente subordinada à Diretoria de Segurança Pessoal, compete: I - gerenciar, analisar, 
orientar, controlar, acompanhar, planejar, organizar e coordenar os núcleos de segurança 
pessoal de autoridades, dignitários e hóspedes oficiais do Distrito Federal, quando de-
terminado pelo Gerente de Segurança Pessoal; e II - gerenciar outras atividades que lhe 
forem atribuídas na sua área de atuação. 
Art. 26. Ao Núcleo de Segurança Pessoal, unidade orgânica de execução, diretamente 
subordinada à Gerência de Segurança Pessoal, compete: I - executar e promover a inte-
gridade física e moral do Governador e de seus familiares; e II - executar outras ativida-
des que lhe forem atribuídas na sua área de atuação. (DISTRITO FEDERAL, 2013, grifos 
nossos) 
Percebe-se, portanto, que no Distrito Federal, aCasa Militar poderá 
realizar atividades de proteção pessoal precipuamente do Governador 
e de seus familiares, mas também de outras autoridades, desde que 
haja determinação para tanto.
No Mato Grosso, a Casa Militar teve seu regimento interno aprovado 
pelo Decreto Estadual n. 709, de 28 de setembro de 2016, que dispõe:
Serviços de segurança executiva 39
Art. 2. Constituem competências da Casa Militar do Estado de Mato Grosso: I - prestar 
assistência direta e imediata ao Governador no desempenho de suas atribuições; II - 
adotar medidas preventivas de enfrentamento às ocorrências de crise que venham afetar 
a segurança do Governador; III - planejar, executar, controlar e avaliar as atividades de 
inteligência e contra inteligência de interesse governamental; IV - prestar assessora-
mento militar ao Cerimonial Oficial do Estado; V - gerir os serviços de proteção pessoal 
do Governador, seu cônjuge e seus parentes em linha reta em primeiro grau, bem como 
a segurança pessoal do Vice-Governador e, excepcionalmente, do secretariado, autorida-
des e outras pessoas, quando expressamente determinado pelo Governador; VI - gerir os 
serviços de segurança da sede do governo e residência do Governador, bem como dos 
demais locais e adjacências onde estiver presente; VII - gerir os serviços de transporte 
aéreo e viário do Governador e Vice-Governador, bem como coordenar o fretamento, a 
utilização, a fiscalização e o controle dos serviços de transporte aéreo dos demais órgãos 
do Poder Executivo; VIII - receber, orientar e acompanhar autoridades e convidados em 
visitas oficiais ao Estado, quando formalmente autorizado pelo Governador; IX - coor-
denar as atividades do Comitê Estadual de Acompanhamento de Conflitos Fundiários 
do Estado, em conformidade com a regulamentação específica. (MATO GROSSO, 2016, 
grifos nossos) 
As atividades são desenvolvidas pela Coordenadoria de Segurança, 
por meio da Gerência de Proteção de Dignitários.
Art. 15. A Coordenadoria de Segurança tem como missão assegurar a proteção do Go-
vernador do Estado e seus familiares, Vice-Governador do Estado, e, excepcionalmente, 
Secretários de Estado e demais autoridades, quando expressamente determinado pelo 
Governador, competindo-lhe: I - coordenar a elaboração dos Protocolos de Segurança 
de Proteção a Dignitários; II - planejar e gerenciar as ações de Proteção de Dignitários; 
III - auxiliar os órgãos responsáveis no planejamento dos esquemas de segurança das 
autoridades; IV - coordenar e monitorar a execução das ações de Proteção a Dignitários; 
V - manter intercâmbio de cooperação mútua com os órgãos da esfera federal, estadual 
e municipal. 
Art. 16. A Gerência de Proteção de Dignitários tem como missão executar e participar 
do planejamento e da fiscalização dos serviços de segurança dos dignitários e realizar o 
atendimento funcional da autoridade protegida, competindo-lhe: I - promover o gerencia-
mento das ações de Proteção a Dignitários; II - executar medidas de segurança de proteção 
ao Governador e demais autoridades; III - fiscalizar o cumprimento dos Protocolos de 
Segurança aprovados pelo Secretário Chefe da Casa Militar; IV - avaliar periodicamente 
e propor alterações nos Protocolos de Segurança; V - colaborar com os órgãos respon-
sáveis no planejamento e na execução dos esquemas de segurança de autoridades em 
visita ao Estado; VI - controlar a segurança das instalações físicas do Palácio e das re-
sidências oficiais em complemento às atribuições da Gerência de Áreas e Instalações; 
VII - fiscalizar o uso, a conservação e a manutenção do material, dos equipamento e 
(Continua)
40 Gerenciamento de segurança executiva
do armamento distribuído à Gerência, por meio da Seção de Material Bélico, e sugerir 
ao Secretário Chefe da Casa Militar aquisições de materiais pertinentes ao serviço; VIII 
- capacitar periodicamente os membros das equipes de proteção de dignitários. (MATO 
GROSSO, 2016, grifos nossos) 
É possível perceber que, no geral, as organizações devem planejar 
e executar todas ações e operações de segurança de dignitários, seja 
o próprio Governador, o Vice-Governador e seus familiares ou aquelas 
autoridades determinadas.
Na esfera privada, a atividade de segurança está disciplinada na Lei 
Federal n. 7.102, de 20 de junho de 1983, regulamentada pelo Decreto 
Federal n. 89.056, de 24 de novembro de 1983. Além disso, a Portaria 
n. 3.322, de 12 de dezembro de 2012, do Departamento de Polícia Fe-
deral, detalha todas as questões sobre a segurança privada.
Inicialmente, as disposições da Lei Federal n. 7.102, de 20 de junho 
de 1983, estabelecem o seguinte:
Art. 10. São consideradas como segurança privada as atividades desenvolvidas em pres-
tação de serviços, com a finalidade de: I - proceder à vigilância patrimonial das instituições 
financeiras e de outros estabelecimentos, públicos ou privados, bem como a segurança de 
pessoas físicas; II - realizar o transporte de valores ou garantir o transporte de qualquer 
outro tipo de carga. § 1º Os serviços de vigilância e de transporte de valores poderão ser 
executados por uma mesma empresa. § 2º As empresas especializadas em prestação de 
serviços de segurança, vigilância e transporte de valores, constituídas sob a forma de em-
presas privadas, além das hipóteses previstas nos incisos do caput deste artigo, poderão 
se prestar ao exercício das atividades de segurança privada a pessoas; a estabelecimentos 
comerciais, industriais, de prestação de serviços e residências; a entidades sem fins lu-
crativos; e a órgãos e empresas públicas. (BRASIL, 1983a, grifos nossos) 
Percebe-se, portanto, a previsão legal para a atividade de proteção 
pessoal. Por seu turno, assim dispõe o Decreto Federal n. 89.056, de 24 
de novembro de 1983:
Art. 30. São considerados como segurança privada as atividades desenvolvidas em presta-
ção de serviços com a finalidade de: I - proceder à vigilância patrimonial das instituições 
financeiras e de outros estabelecimentos, públicos ou privados, e à segurança de pessoas 
físicas; II - realizar o transporte de valores ou garantir o transporte de qualquer outro 
tipo de carga. § 1. As atividades de segurança privada desenvolvidas por empresas espe-
cializadas em prestação de serviços, com a finalidade de proceder à segurança de pessoas 
(Continua)
Serviços de segurança executiva 41
físicas e de garantir o transporte de valores ou de qualquer outro tipo de carga, serão 
consideradas, para os efeitos deste Regulamento, segurança pessoal privada e escolta 
armada, respectivamente. § 2. As empresas especializadas em prestação de serviços 
de segurança, vigilância e transporte de valores, constituídas sob a forma de empresas 
privadas, além das hipóteses previstas nos incisos I e II deste artigo, poderão se pres-
tar: a) ao exercício das atividades de segurança privada a pessoas; b) a estabelecimentos 
comerciais, indústrias, de prestação de serviços e residências; c) a entidades sem fins 
lucrativos; d) a órgãos e empresas públicas. (BRASIL, 1983b, grifos nossos) 
Por sua vez, a Portaria n. 3.322, de 12 de dezembro de 2012, do De-
partamento de Polícia Federal, apresenta algumas disposições muito 
relevantes, a iniciar por alguns conceitos que detalhamos a seguir.
Nesse sentido, nota-se que entre as atividades de segurança pri-
vada é incluída a segurança pessoal, que pode ser definida no art. 1, 
inciso IV, como “atividade de vigilância exercida com a finalidade de 
garantir a incolumidade física de pessoas, incluindo o retorno do vigi-
lante com o respectivo armamento e demais equipamentos, com os 
pernoites estritamente necessários” (BRASIL, 2012).
Essa atividade poderá ser prestada por empresa especializada, isto 
é, a empresa de segurança devidamente registrada e autorizada a rea-
lizar “atividades de vigilância patrimonial, transporte de valores, escolta 
armada, segurança pessoal e cursos de formação”, conforme o art. 2, 
inciso I (BRASIL, 2012).
A mesma norma ainda estabelece os requisitos para que umvigilante 
possa atuar na segurança pessoal, quais sejam, possuir curso de extensão 
em segurança pessoal e experiência mínima de um ano nas atividades de 
vigilância ou transporte de valores, conforme o art. 69, inciso II.
O serviço de proteção, em princípio, deve ser prestado na Unidade 
da Federação na qual a empresa especializada está autorizada, sendo 
necessário comunicar a todos os órgãos competentes (Departamento 
de Polícia Federal, Departamento de Polícia Rodoviária Federal e Secre-
taria de Estado da Segurança Pública), podendo os vigilantes utilizarem 
trajes não ostensivos, conforme os artigos 72, 73 e 149, parágrafo 2.
Dessa maneira, as disposições legais aplicadas à atividade de se-
gurança executiva – seja na área pública ou na iniciativa privada – 
permitem delimitar responsabilidades e competências, garantindo o 
desempenho satisfatório e a prestação do serviço com qualidade, téc-
nica e eficiência.
42 Gerenciamento de segurança executiva
2.2 Grupos públicos 
Vídeo Os grupos públicos de segurança executiva são aqueles constituí-
dos nas instituições vinculadas à Administração Pública nos níveis fe-
deral, estadual/distrital e até mesmo municipal.
A seguir, serão apresentadas algumas informações sobre esses 
grupos, de maneira a entender seu funcionamento. Inicialmente, será 
tratado do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da 
República, pela envergadura e importância no contexto nacional e in-
ternacional da segurança executiva.
Consoante as informações disponíveis no respectivo site, a estrutu-
ra atual está distribuída da seguinte maneira:
Figura 1
Benefícios do planejamento estratégico
Fonte: BRASIL, 2019c.
As principais funções são ocupadas, no ano de 2021, pelas autorida-
des apresentadas no Quadro 1.
Serviços de segurança executiva 43
Quadro 1
Cargos e autoridades
Ministro de Estado – Chefe do Gabinete de Segurança 
Institucional da Presidência da República General Augusto Heleno Ribeiro Pereira
Secretário-Executivo General de Divisão Douglas Bassoli
Secretário-Executivo Adjunto Osmar Lootens
Secretário de Segurança e Coordenação Presidencial General de Divisão Luiz Fernando Estorilho Baganha
Diretor de Segurança Presidencial Coronel Gustavo Suarez da Silva
Diretor Adjunto do Departamento de Segurança Coronel Fabiano Augusto Cunha da Silva
Coordenador-Geral de Operações de Segurança Presi-
dencial Carlos Onofre Serejo Luz Sobrinho
Fonte: Elaborado pelo autor com base em Brasil, 2020.
Naturalmente, o GSI hoje concebido foi resultado de uma sequência 
de evoluções do órgão que podem ser observadas na sequência.
Durante o governo do Presidente Getúlio Dornelles Vargas (em-
possado pela Revolução de 1930, na qualidade de Chefe do Governo 
Provisório), foi criado o Estado-Maior do Governo Provisório.
Após a eleição indireta, na forma do art. 1 das Disposições Transi-
tórias da Constituição de 16 de junho de 1934, o Governo e o Estado-
-Maior – que eram provisórios – foram efetivados.
Em 1938, foi criado o Gabinete Militar, Decreto-lei n. 920, de 1 de 
dezembro. Posteriormente, a Lei n. 6.036, de 1 de maio de 1974, deu ao 
Chefe do Gabinete Militar a condição de Ministro de Estado. O Decreto 
n. 92.614, de 2 de maio de 1986, consolidou e aprovou o Regimento dos 
Gabinetes da Presidência da República, no qual se incluiu o Gabinete 
Militar. A Lei n. 8.028, de 12 de abril de 1990, extinguiu o cargo de Minis-
tro de Estado Chefe. No art. 26, inciso II, foi criado o cargo de natureza 
especial de Chefe do Gabinete Militar.
Por meio da Medida Provisória (MP) 309, de 19 de outubro de 1992, 
convertida na Lei n. 8.490/1992 - DO, de 19 de novembro de 1992, art. 
1, passou o Gabinete Militar a chamar-se Casa Militar; no art. 23, criou-
-se o cargo de Ministro de Estado da Casa Militar da Presidência da 
República, que passou a ter status de Ministro de Estado, conforme o 
art. 14, parágrafo único.
44 Gerenciamento de segurança executiva
Pela Medida Provisória n. 1.911-10, de 24 de setembro de 1999, que 
altera dispositivos da Lei n. 9.649, de 27 de maio de 1998, passou a 
Casa Militar a chamar-se Gabinete de Segurança Institucional; no art. 24-
A, criou-se o cargo de Ministro-Chefe do Gabinete de Segurança Institu-
cional da Presidência da República.
Pela Medida Provisória n. 696, de 2 de outubro de 2015 (extingue e 
transforma cargos públicos e altera a Lei n. 10.683, de 28 de maio de 
2003, que dispõe sobre a organização da Presidência da República e 
dos Ministérios), passou o Gabinete de Segurança Institucional da Pre-
sidência da República a chamar-se Casa Militar. No art. 54, criou-se o 
cargo de Chefe da Casa Militar da Presidência da República.
Por fim, pela Medida Provisória n. 726, de 12 de maio de 2016, que 
altera e revoga dispositivos da Lei n. 10.683, de 28 de maio de 2003, foi 
extinta a Casa Militar da Presidência da República e criado o Gabinete 
de Segurança Institucional da Presidência da República. No art. 5, foi 
criado o Cargo de Ministro de Estado Chefe do Gabinete de Segurança 
Institucional da Presidência da República.
Atualmente, portanto, o GSI tem sob sua responsabilidade diversas 
atribuições de enorme peso estratégico para o Brasil, representando 
uma agência com alto padrão de desempenho, treinamento, preparo 
e qualificação.
Outra agência pública de segurança executiva que se pretende ilus-
trar é a Casa Militar da Governadoria do Estado do Paraná, um órgão de 
primeiro nível hierárquico, de assessoramento e apoio ao Governador. 
É regulamentada pelo Decreto Estadual n. 2.680, de 10 de setembro de 
2019, que dispõe sobre a estrutura, as atribuições e as atividades.
As principais funções são atualmente ocupadas pelas seguintes 
autoridades:
Tenente-Coronel QOPM Welby 
Pereira Sales
Chefe da Casa Militar
Cap. QOPM Rodrigo Sasso
Chefe da Divisão de Operações 
e Segurança Aproximada
Major QOPM Sérgio Vieira 
Benício
Subchefe da Casa Militar
Cap. QOPM Carlos Eduardo 
Rodrigues
Chefe da Divisão de Inteligência 
Governamental
11
33
22
44
https://www.legislacao.pr.gov.br/legislacao/listarAtosAno.do?action=exibir&codAto=226207
Serviços de segurança executiva 45
O organograma pode ser visualizado a seguir.
Figura 2
Casa Militar da Governadoria do Estado do Paraná
DIVISÃO DE OPERAÇÕES
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O
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CASA MILITARCM
SCCM
SUBCHEFE DA CASA MILITAR
NCI
NÚCLEO DE CONTROLE INTERNO
AT
ASSESSORIA TÉCNICA
GCM
GABINETE DA CASA MILITAR
CHEFE DA CASA MILITAR
DOF
FINANCEIRA
ORÇAMENTÁRIA E
DIVISÃO
DA
ADMINISTRATIVA
DIVISÃO
DIGT
GOVERNAMENTAL
INTELIGÊNCIA
DIVISÃO DE
DTT
TRANSPORTE TERRESTRE
DIVISÃO DE
DTA
DE TRANSPORTE AÉREO
DSIPS
PONTOS SENSÍVEIS
E INSTALAÇÕES E
DIVISÃO DE SEGURANÇA
DOS
APROXIMADA
E SEGURANÇA
DCRI
INTERNACIONAIS
RELAÇÕES
CERIMONIAL E
DIVISÃO DE
DIVISÃO
Fonte: PARANÁ, 2021a.
Igualmente interessante é conhecer o desenvolvimento histórico 
dessa importante instituição. De acordo com o site da Casa Militar da 
Governadoria (PARANÁ, 2021b), o Alferes Antônio Emílio Vaz Lobo, em 
1857, por concessão do 2º Vice-Presidente da Província do Paraná, 
assumiu a Sala das Ordens da Presidência, permanecendo por oito 
anos, até seguir para a Guerra do Paraguai.
Após 1989, oficiais policiais realizavam a função de Ajudante de Or-
dens do Exército, assistindo os governos estaduais. Dois anos depois, 
foi promulgada a Lei Estadual n. 409, de 29 de março de1901, pela qual 
foram designados dois Oficiais Policiais como Ajudantes de Ordens do 
Presidente do Estado.
46 Gerenciamento de segurança executiva
A Lei Estadual n. 1.951, de 25 de março de 1920, criou o serviço de 
Ordens da Presidência do Estado, sob a responsabilidade de um Capitão, 
denominado Assistente, e de um Tenente, chamado Ajudante de Ordens.
A Lei Estadual n. 2.504, de 29 de fevereiro de 1928, alterou a denomi-
nação do Serviço de Ordens, que passou a chamar-se Casa Militar, cons-tituída de um Oficial Superior, com a função de Chefe, um Capitão e um 
Primeiro Tenente, com as funções de Ajudantes de Ordens, e um Segundo 
Tenente, com a função de Comandante da Escolta Presidencial.
O Decreto Estadual n. 659, de 5 de julho de 1947, objetivando reestru-
turar a Casa Militar, instituiu uma nova organização ao órgão, mantendo o 
efetivo anteriormente previsto e prevendo que outros auxiliares poderiam 
ser requisitados à Polícia Militar, além de criar o serviço de Radiotelegrafia 
do Palácio do Governo, que permaneceu até 1985.
A Lei Estadual n. 1.130, de 9 de abril de 1953, integrou a Casa Militar à 
estrutura orgânica da Polícia Militar do Paraná, contando com a composi-
ção de um Tenente-Coronel, um Major, um Capitão, um Primeiro Tenente, 
um Segundo Tenente, um Subtenente, dois Primeiros Sargentos, um Se-
gundo sargento, um Terceiro sargento, seis Cabos e dez Soldados.
A Lei Estadual n. 6.636, de 29 de novembro de 1974, colocou a Casa 
Militar dentro da estrutura organizacional do Poder Executivo no tra-
to de assuntos militares. Além disso, por meio do Decreto Estadual n. 
4.573, de 27 de janeiro de 1978, o Chefe da Casa Militar passou ao nível 
de Direção Superior e ao Gabinete da Casa Militar – Nível de Assessora-
mento –, sendo ainda constituídas a Assessoria Militar do Vice-Gover-
nador, as Divisões de Segurança e Transporte Aéreo e Rodoviário.
A Lei Estadual n. 8.485, de 3 de junho de 1987, promoveu nova rees-
truturação da Casa Militar, de maneira a acrescentar em suas respon-
sabilidades a Coordenação Estadual de Defesa Civil.
O Decreto Estadual n. 1.132, de 11 de julho de 2007, aprovou o re-
gulamento da Casa Militar, que vigorou até 2019.
Depois da vigência da Lei Estadual n. 19.848, de 3 de maio de 2019, 
que reorganizou o Poder Executivo do Paraná, a Casa Militar adquiriu 
status de órgão essencial do Estado, vinculado à Governadoria, man-
tendo as competências previstas no Art. 11.
O Decreto Estadual n. 2.680, de 10 de setembro de 2019, aprovou 
o novo regulamento da Casa Militar, que contemplou a estrutura 
mais recente.
Serviços de segurança executiva 47
A Casa Militar da Governadoria do Paraná realiza, portanto, um 
trabalho eficiente e eficaz no desenvolvimento das missões sob sua 
responsabilidade. 
Tendo sido apresentados alguns exemplos de grupos públicos de 
segurança executiva, a seguir serão realizadas algumas referências da 
iniciativa privada.
2.3 Grupos privados 
Vídeo Na iniciativa privada, desde que observadas todas as nor-
mas existentes, ou seja, atendidas as exigências legais com 
o devido controle e registro pelo Departamento de Polícia 
Federal, consoante já demonstrado, a prestação de serviços 
de segurança executiva pode ocorrer basicamente de duas 
maneiras.
A primeira diz respeito às grandes corporações, que podem 
possuir um Departamento ou uma Diretoria de Segurança Cor-
porativa, muitas vezes responsável pela segurança cibernética, 
dos colaboradores, de instalações físicas e até mesmo do pre-
sidente e dos executivos.
Em algumas situações, como visto, a segurança se apresen-
ta como orgânica, isto é, um setor dentro da própria organiza-
ção, com o foco na segurança corporativa em uma perspectiva 
abrangente. Por esse motivo, nessa hipótese, o setor terá vá-
rias atribuições e responsabilidades, além da proteção pessoal 
de pessoas específicas na empresa, dependendo do caso.
A segunda se refere às empresas de segurança privada 
que, entre outros serviços, também oferecem aos clientes, em 
seu portfólio, a segurança executiva, de maneira a incorporar 
uma atividade de certa forma mais restrita a um grupo especí-
fico do mercado.
Uma empresa focada na segurança executiva é a GoSafe 
Brazil, cuja descrição é a seguinte:
A empresa de transporte executivo GoSafe Brazil foi 
fundada no ano de 2009 e tem como foco oferecer 
transporte, com segurança e qualidade, a executivos 
vindos de todo o Brasil e também de outros países. 
O vídeo Segurança pessoal 
no Brasil, por que é tão 
difícil?, publicado pelo 
canal Be On, mostra uma 
reflexão sobre a realida-
de cultural da segurança 
pessoal no Brasil.
Disponível em: https://
www.youtube.com/
watch?v=Vj7D0bwUDiM&ab_
channel=BeOn. Acesso em: 7 
abr. 2021.
Vídeo
https://www.youtube.com/watch?v=Vj7D0bwUDiM&ab_channel=BeOn
https://www.youtube.com/watch?v=Vj7D0bwUDiM&ab_channel=BeOn
https://www.youtube.com/watch?v=Vj7D0bwUDiM&ab_channel=BeOn
https://www.youtube.com/watch?v=Vj7D0bwUDiM&ab_channel=BeOn
48 Gerenciamento de segurança executiva
Criada por um grupo especializado de agentes de segurança, o 
corpo de motoristas e profissionais que atuam na empresa de 
transporte executivo é composto por profissionais altamente 
qualificados, com sólida experiência do mercado. Além do rigor 
na seleção dos profissionais que irão atender os clientes, nossa 
equipe recebe atualização frequente, com treinamentos minis-
trados por membros das tropas de elite da segurança pública 
brasileira, como a Polícia Civil, integrantes do Exército, além de 
participar de oficinas e programas de atualização realizados por 
especialistas em segurança das principais forças policiais. (GOSA-
FE BRAZIL, 2021a) 
Verifica-se, portanto, um exemplo de companhia que resolveu cen-
tralizar sua atuação no atendimento personalizado a executivos nacio-
nais e estrangeiros, passando, entre outras opções, pela prestação do 
serviço de segurança executiva.
A seguir, destacam-se algumas informações constantes sobre esse 
tópico em especial.
A segurança privada é um dos serviços prestados pela GoSafe 
Brazil, empresa criada em 2009 e que tem como foco de suas 
atividades a prestação de serviços a executivos brasileiros e es-
trangeiros. Para garantir aos clientes que contratem o serviço de 
segurança privada e tenham a sua disposição o melhor atendi-
mento, a GoSafe Brazil investe regularmente na capacitação de 
seus agentes de segurança. 
[...] Os integrantes do corpo de segurança privada da GoSafe Bra-
zil passam por treinamentos regulares com membros das for-
ças de elite da Polícia Civil brasileira e até mesmo integrantes do 
Exército e da Polícia Militar. Durante as aulas, realizadas em locais 
estrategicamente escolhidos, com toda a infraestrutura necessá-
ria para que os profissionais de segurança privada desenvolvam 
suas capacidades, são ministrados conteúdos teóricos abor-
dando as principais ameaças à integridade física dos executivos 
atendidos pela GoSafe Brazil. Fazem parte desses treinamentos 
técnicos: direção defensiva, evasiva e de risco, como se compor-
tar diante de abordagens que possam trazer risco à integridade 
física dos executivos transportados durante os deslocamentos e 
técnicas de defesa pessoal (Krav Magá). (GOSAFE BRAZIL, 2021b) 
Sendo assim, é possível perceber um foco muito grande no atendi-
mento ao cliente, na personalização dos serviços e no treinamento e 
http://gosafebrazil.com/servicos/
http://gosafebrazil.com/servicos/
http://gosafebrazil.com/service/seguranca-privada/
Serviços de segurança executiva 49
na qualificação dos colaboradores, o que demonstra, mais uma vez, o 
crescimento do mercado e a necessidade de maior oferta de serviços.
Na iniciativa privada, portanto, a atividade de segurança pessoal en-
contra maiores desafios e percalços, devido às rígidas exigências legais 
e regulamentares, mas, considerando a realidade atual – principalmen-
te no Brasil –, mostra-se como campo de trabalho em franca e constan-
te ascensão.
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
A dinâmica de existirem agências públicas e privadas para a prestação 
do serviço de segurança executiva é praticamente a mesma em todos os 
Estados soberanos ao redor do mundo.
Dessa maneira, as agências públicas, com missão específica de pro-
teger Chefes de Estado/Governo, Governadores e Prefeitos, além de ou-
tras autoridades públicas (nacionais ou estrangeiras), possuem poder de 
polícia, podendo realizar atividades exclusivas das forças estatais, como 
prender pessoas, conduzir investigações, entre outras medidas.Cada Estado soberano possui, é claro, suas próprias normas, princi-
palmente no que se refere à iniciativa privada, para a qual pode haver 
maiores ou menores restrições e/ou limitações.
No Brasil, a segurança privada experimenta grande controle, o que se 
presume adequado e correto, uma vez que a atividade, em seu nascedou-
ro, tornou-se necessária e até imprescindível por uma série de fatores, 
como os índices de violência e de criminalidade, bem como a insuficiência 
das corporações de segurança pública em fazer frente completa às de-
mandas existentes.
Todavia, desde a formação dos profissionais (vigilantes) e a oferta de 
cursos de extensão, porte de arma, uniforme e demais aspectos, é ne-
cessário que as empresas tenham um cadastro, bem como autorização 
e controle, disponibilizados pelo Departamento de Polícia Federal. Este 
será o responsável por verificar o cumprimento das regulamentações 
existentes.
Seja em qual segmento for – público ou privado – os profissionais pre-
cisam ser devidamente selecionados, recrutados, treinados e qualificados 
50 Gerenciamento de segurança executiva
para exercer uma missão tão importante quanto preservar a vida, a inte-
gridade física, moral e psicológica do protegido. Essa é uma tarefa que exi-
ge inúmeros requisitos e habilidades, condições que darão sustentáculo 
para o cumprimento de tal mister.
ATIVIDADES
1. O Departamento de Polícia Federal do Brasil exerce alguma atividade 
de proteção executiva? Em caso afirmativo, qual a fundamentação 
legal da atividade? Justifique.
2. O que são grupos públicos de segurança executiva? Discorra.
3. Existe plena liberdade na iniciativa privada para prestar serviço de 
segurança executiva? Comente.
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2019/Lei/L13844.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2019/Lei/L13844.htm
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http://www.pf.gov.br/institucional/acessoainformacao/institucional/regimento-interno-da-policia-federal-1
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Serviços de segurança executiva 51
DISTRITO FEDERAL. Decreto Estadual n. 34.258, de 3 de abril de 2013. Diário Oficial do 
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56a42283fcf7#:~:text=DECRETO%20N%C2%BA%20709%2C%20DE%2028,que%20lhe%20
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http://www.transparencia.mt.gov.br/documents/363605/2990427/2-+REGIMENTO+INTERNO+CASA+MILITAR+-+Decreto+709+de+28.09.2016+%281%29.pdf/e34ffc20-d69f-404d-bf30-56a42283fcf7#:~:text=DECRETO N%C2%BA 709%2C DE 28,que lhe confere o art
http://www.transparencia.mt.gov.br/documents/363605/2990427/2-+REGIMENTO+INTERNO+CASA+MILITAR+-+Decreto+709+de+28.09.2016+%281%29.pdf/e34ffc20-d69f-404d-bf30-56a42283fcf7#:~:text=DECRETO N%C2%BA 709%2C DE 28,que lhe confere o art
http://www.transparencia.mt.gov.br/documents/363605/2990427/2-+REGIMENTO+INTERNO+CASA+MILITAR+-+Decreto+709+de+28.09.2016+%281%29.pdf/e34ffc20-d69f-404d-bf30-56a42283fcf7#:~:text=DECRETO N%C2%BA 709%2C DE 28,que lhe confere o art
http://www.transparencia.mt.gov.br/documents/363605/2990427/2-+REGIMENTO+INTERNO+CASA+MILITAR+-+Decreto+709+de+28.09.2016+%281%29.pdf/e34ffc20-d69f-404d-bf30-56a42283fcf7#:~:text=DECRETO N%C2%BA 709%2C DE 28,que lhe confere o art
https://www.legislacao.pr.gov.br/legislacao/listarAtosAno.do?action=exibir&codAto=226207&indice=5&totalRegistros=324&anoSpan=2021&anoSelecionado=2019&mesSelecionado=9&isPaginado=true
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http://www.casamilitar.pr.gov.br/Pagina/Estrutura-Funcional
http://www.casamilitar.pr.gov.br/Pagina/Estrutura-Funcional
http://www.casamilitar.pr.gov.br/Pagina/Historico
http://www.casamilitar.pr.gov.br/Pagina/Historico
52 Gerenciamento de segurança executiva
3
Equipe de segurança executiva
Ao longo da história, os requisitos para se tornar um agente de 
proteção foram se modificando, além de alterações no treinamen-
to e na qualificação, a estrutura logística necessária para o cumpri-
mento eficiente da missão também se transformou.
Nesse sentido, no passado praticamente bastava ser detentor 
de compleição física considerável para ser um forte candidato à 
posição, ou seja, o condicionamento físico, a força bruta e o domí-
nio de artes marciais e de lutas com armas diversas possuíam um 
peso praticamente decisivo.
Seja por causa da própria evolução tecnológica, que disponi-
bilizou muitos instrumentos modernos na prestação do serviço 
de segurança pessoal; seja pela notória transformação cultural 
vivenciada em todo o mundo, o fato é que o agente de segurança 
pessoal atualmente precisa ser detentor de uma infinidade de ca-
racterísticas e habilidades.
Neste capítulo serão trabalhadas as questões de estrutura lo-
gística e os aspectos dos recursos humanos, além do treinamento 
e do aperfeiçoamento do agente de proteção.
3.1 Estrutura logística 
Vídeo Naturalmente a estrutura logística de uma agência de proteção de-
penderá de inúmeras variáveis, as quais incluem o tipo de agência (se 
pública ou privada), o orçamento disponível, o perfil do protegido e a 
análise de risco.
Uma agência pública de proteção geralmente possui orçamento pú-
blico vinculado para fazer frente às demandas existentes. Por óbvio, as 
verbas públicas, em regra, somente podem ser utilizadas mediante o 
devido procedimento licitatório.
Equipe de segurança executiva 53
A Lei Federal n. 8.666, de 21 de junho de 1993, estabeleceu nor-
mas para licitações e contratos da Administração Pública. Importan-
te ressaltar que essa lei está em vias de ser revogada tendo em vista 
a tramitação do Projeto de Lei n. 4.253/2020, que aguarda a sanção 
presidencial. É comum que o processo legislativo possa sofrer alguma 
demora e, portanto, a lei atualmente vigente permanecerá válida até 
que a nova a substitua.
De qualquer forma, é relevante trazer à discussão alguns disposi-
tivos pertinentes para a celebração de contratos pela Administração 
Pública nas três esferas, conforme apresentado no artigo 22 da Lei 
n. 8.666 (BRASIL, 1993):
Art. 22. São modalidades de licitação: I – concorrência; II – tomada de preços; 
III – convite; IV – concurso; V – leilão. § 1º. Concorrência é a modalidade de lici-
tação entre quaisquer interessados que, na fase inicial de habilitação preliminar, 
comprovem possuir os requisitos mínimos de qualificação exigidos no edital para 
execução de seu objeto. § 2º. Tomada de preços é a modalidade de licitação entre 
interessados devidamente cadastrados ou que atenderem a todas as condições 
exigidas para cadastramento até o terceiro dia anterior à data do recebimento das 
propostas, observada a necessária qualificação. § 3º. Convite é a modalidade de 
licitação entre interessados do ramo pertinente ao seu objeto, cadastrados ou não, 
escolhidos e convidados em número mínimo de 3 (três) pela unidade administra-
tiva, a qual afixará, em local apropriado, cópia do instrumento convocatório e o 
estenderá aos demais cadastrados na correspondente especialidade que manifes-
tarem seu interesse com antecedência de até 24 (vinte e quatro) horas da apresen-
tação das propostas. § 4º. Concurso é a modalidade de licitação entre quaisquer 
interessados para escolha de trabalho técnico, científico ou artístico, mediante a 
instituição de prêmios ou remuneração aos vencedores, conforme critérios cons-
tantes de edital publicado na imprensa oficial com antecedência mínima de 45 
(quarenta e cinco) dias. § 5º. Leilão é a modalidade de licitação entre quaisquer 
interessados para a venda de bens móveis inservíveis para a administração ou de 
produtos legalmente apreendidos ou penhorados, ou para a alienação de bens 
imóveis prevista no art. 19, a quem oferecer o maior lance, igual ou superior ao 
valor da avaliação.
Pode-se perceber as maneiras pelas quais a Administração Pública 
pode celebrar contratos diversos que dependerão de alguns critérios, 
sendo o mais importante deles o valor.
Portanto, a modalidade dependerá do valor estimado do contrato, 
de acordo com as disposições legais (BRASIL,1993):
54 Gerenciamento de segurança executiva
Art. 23. As modalidades de licitação a que se referem os incisos I a III do artigo 
anterior serão determinadas em função dos seguintes limites, tendo em vista o 
valor estimado da contratação: I – para obras e serviços de engenharia: a) con-
vite - até R$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil reais); b) tomada de preços - até 
R$ 1.500.000,00 (um milhão e quinhentos mil reais); c) concorrência: acima de 
R$ 1.500.000,00 (um milhão e quinhentos mil reais); II – para compras e serviços 
não referidos no inciso anterior: a) convite - até R$ 80.000,00 (oitenta mil reais); 
b) tomada de preços - até R$ 650.000,00 (seiscentos e cinquenta mil reais); c) 
concorrência - acima de R$ 650.000,00 (seiscentos e cinquenta mil reais).
Dessa maneira, quanto menor for o valor estimado, mais simplifica-
do será o procedimento licitatório utilizado. Todavia, há também hipó-
teses em que não se realiza a licitação, isto é, os casos de dispensa de 
licitação ou de inexigibilidade de licitação.
Na dispensa de licitação, a lei determina que não será obrigatório o 
procedimento licitatório tendo em vista algumas situações, por exem-
plo, o valor abaixo de R$ 8.000,00 (oito mil reais) nos casos de guerra 
ou grave perturbação da ordem ou nos casos de emergência ou de 
calamidade pública (art. 24, incisos II, III e IV).
Assim,o órgão público (federal, estadual/distrital e municipal) com 
missão de segurança pessoal de autoridades, para adquirir produtos, 
realizar obras e celebrar contratos diversos, deverá seguir rigorosa-
mente todos os ditames legais previstos, de modo a assegurar a efi-
ciência de suas atividades.
Por outro lado, a segurança orgânica de empresas diversas tam-
bém precisará observar algum tipo de protocolo e/ou procedimento 
para a obtenção da aprovação do Departamento Financeiro (ou equi-
valente). No mesmo sentido, empresas de segurança privada podem 
ter esse fluxo financeiro (desde a intenção até a efetiva concretização) 
menos complexo.
De qualquer forma, de acordo com a natureza dos materiais, pode-
rão ser necessários procedimentos especiais, autorizações específicas 
e cadastros em órgãos de fiscalização e controle, como o Departamento 
de Polícia Federal e o Exército Brasileiro.
Feitas essas observações iniciais, possibilita-se discutir um pouco 
mais sobre quais os itens que podem compor a estrutura logística de 
uma agência de proteção executiva.
Equipe de segurança executiva 55
Os tópicos serão apresentados de maneira abrangente podendo ou 
não, no caso concreto, ser viáveis para uma agência (pública ou priva-
da) de segurança pessoal.
Em primeiro lugar, a parte imobiliária. Sim, o imóvel utilizado tem 
uma importância muito grande. É necessário destacar que está sendo 
falado sobre o imóvel utilizado pela agência de proteção, seja ela ocu-
pada ou não pelo protegido.
A localização é uma das primeiras preocupações. Informações ne-
cessárias incluem a quantidade de vias de acesso, a distância de hospi-
tais, aeroportos, portos e demais locais de interesse, como a residência 
do protegido, o clube ou local que costuma frequentar.
Outro aspecto muito valioso é a própria estrutura física do imóvel, ou 
seja, a existência de muros, grades, portões, portarias (com ou sem cola-
borador), sistemas de controle de acesso, câmeras, saídas de emergência, 
helipontos, sistema de combate a incêndios, arborização e demais aspectos 
que possam contribuir para um maior ou menor risco para o protegido.
Se for possível, essas questões devem ser vistas antes da locação ou 
da compra do imóvel, a fim de serem providenciadas as modificações 
necessárias, tornando o imóvel viável do ponto de vista da segurança, 
lembrando que esta deve ter prioritariamente papel preventivo e ape-
nas subsidiariamente papel repressivo.
Isso significa que a prevenção deve ser o foco principal para a segu-
rança pessoal, mas obviamente a preparação adequada para respon-
der às eventuais ameaças também precisa estar presente, a fim de que, 
em casos de ameaça concreta, o agente de proteção esteja devidamen-
te treinado para responder mantendo o protegido ileso.
Além do imóvel, dependendo do caso específico, serão necessários 
automóveis e até mesmo aeronaves (helicóptero e avião), além de em-
barcações (lanchas, iates etc.).
O maior cuidado para aeronaves e embarcações, além de possível 
blindagem da estrutura, estará na seleção e no recrutamento de pro-
fissionais (desde colaboradores de limpeza, manutenção e copa, até os 
da pilotagem) dentro de critérios bastante rigorosos e com verificação 
de vida pregressa, por meio de certidões negativas e levantamento de 
informações sobre o comportamento do candidato, como buscas em 
redes sociais, entre outros.
56 Gerenciamento de segurança executiva
Tais medidas objetivam prevenir o acesso de pessoas 
mal-intencionadas (ou, mesmo que bem-intencionadas, possam ter 
sido cooptadas ou coagidas por inimigos) às instalações utilizadas pela 
autoridade/protegido.
Uma colaboradora de limpeza, por exemplo, pode implantar um 
dispositivo de monitoramento, uma câmera ou dar informações sensí-
veis e estratégicas para terceiros.
Com relação aos veículos utilizados, pode-se conceber que eles de-
vem ser blindados, o que garante, por óbvio, maior segurança para a 
autoridade/protegido.
Priscilla Yazbek (2013) apresenta as diversas modalidades de custos 
de blindagem veicular, observando ainda que, conforme o Presidente 
da Associação Brasileira de Blindagem (Abrablin), Christian Conde, uma 
blindagem com o nível de proteção mais usado pelo mercado, o nível 
III-A, dificilmente terá um custo menor do que R$ 40.000,00, vejamos os 
tipos de blindagem (YAZBEK, 2013, grifos nossos):
Blindagem de menor custo: Nesta faixa de preço, alguns carros 
comumente blindados são as picapes, como a Saveiro Cross e 
o Fiat Strada, que são buscadas por um público que quer aliar 
um menor custo a uma proteção mais discreta, diz o diretor da 
Concept. O valor para esses modelos gira em torno de 40.000 a 
41.000 reais. Blindagem de custo médio: Em um valor considerado 
médio para a blindagem se encaixam os sedãs médios, como o 
Honda Civic, o Toyota Corolla e o Volkswagen Jetta. A proteção 
desses carros custa entre de 42.000 a 45.000 reais. Blindagem de 
alto custo: As blindagens mais caras normalmente são dos carros 
mais sofisticados, que exigem maiores cuidados no serviço, e de 
grandes carros, como os utilitários esportivos SUVs. Nesta faixa, 
a blindagem supera os 48.000 reais e o céu é o limite. A blinda-
gem de um Porsche Cayenne, que é um SUV mais sofisticado, 
por exemplo, custa cerca de 75.000 reais, segundo o diretor da 
Concept Blindagens.
Percebe-se, por conseguinte, que diferentes tipos de veículos, maior 
ou menor necessidade de proteção e outros aspectos determinarão 
qual a modalidade de blindagem mais adequada. Mais à frente, será 
discutido com mais detalhes sobre a blindagem, os níveis, a proteção e 
outras especificações.
Sobre outros materiais, Claudionor Agibert (2017, p. 67) assim 
esclarece:
Equipe de segurança executiva 57
De maneira geral, por óbvio, deve haver mobiliário, telefones fixos 
e celulares, computadores, laptops, tablets, máquinas fotográfi-
cas, trituradores, impressoras, disponibilidade da rede mundial de 
computadores (internet) – fixa e móvel. Se for possível, armamen-
to, coletes balísticos, rádios comunicadores, detectores de metais, 
guarda-chuvas, capas de chuva, além de veículos – pelo menos o 
de uso da autoridade ou executivo deverá ser blindado. Em alguns 
casos, quando aplicável, deve haver uma central de comunicação 
(rádio e telefone), com agentes 24 horas por dia.
Nota-se, assim, que o mobiliário precisa ser útil, funcional e con-
fortável, de maneira a permitir a utilização por várias horas (24 horas), 
bem como os telefones fixos (linha segura) e os celulares (os mais segu-
ros possíveis), além de computadores de mesa, laptops e tablets, que 
permitirão o trabalho local e remoto da autoridade/protegido.
Sobre os telefones celulares, no artigo Os celulares “mais seguros do 
mundo” usados por políticos e bilionários contra ataques hackers (2020), 
da Revista Época Negócios, pode-se verificar que esses aparelhos po-
dem custar milhares de dólares, além de altas taxas mensais para que 
o funcionamento do software seja eficaz.
Além disso, de acordo com o mesmo artigo (OS CELULARES..., 2020), 
os smartphones ultrasseguros têm um aspecto comum, no entanto, o 
que os difere são os sistemas operacionais utilizados.
Conforme a análise de risco para a autoridade/protegido, talvez haja 
recomendação para a aquisição de telefones celulares ultrasseguros, 
tendo em vista que as circunstâncias especiais e particulares possam 
indicar a necessidade.
Ainda em termos de estrutura logística, é importante mencionar a 
questão de armamento, coletes balísticos, rádios comunicadores e de-
tectores de metais, os quais devem ser usados pelos agentes de prote-
ção e, em alguns casos, até mesmo pela própria autoridade/protegido.
Para alguns casos, se aplicável, também se faz necessária a existên-
cia de uma central de comunicações com funcionamento 24 horas, o 
que dará maior agilidade e eficiência para o desenvolvimento da ativi-
dade de segurança pessoal.
Os detectores de metais poderão ser necessários para controle de 
acesso aos locais onde esteja aautoridade/protegido, conforme plane-
jamento específico para a atividade e/ou evento.
Para conhecer mais sobre 
os telefones celulares 
mais seguros do mundo, 
recomendamos a leitura 
do artigo na íntegra, dis-
ponível no link a seguir.
Disponível em: https://
epocanegocios.globo.com/
Tecnologia/noticia/2020/02/
os-celulares-mais-seguros-do-
mundo-usados-por-politicos-e-
bilionarios-contra-ataques-hackers.
html#:~:text=O%20
Aquaris%20X%20foi%20
desenvolvido,sistema%20de%20
mensagens%20chamado%20
EncroChat..Acesso em: 20 abr. 2021.
Leitura
O vídeo Conheça os 
agentes de segurança que 
arriscam a vida para pro-
teger juízes ameaçados de 
morte, do canal Câmera 
Record, demonstra a rea-
lidade dos profissionais 
de segurança no Brasil.
Disponível em: https://
www.youtube.com/
watch?v=FHH1WWnZT64&ab_
channel=C%C3%A2meraRecord. 
Acesso em: 20 abr. 2021.
Vídeo
https://epocanegocios.globo.com/Tecnologia/noticia/2020/02/os-celulares-mais-seguros-do-mundo-usados-por-politicos-e-bilionarios-contra-ataques-hackers.html#:~:text=O%20Aquaris%20X%20foi%20desenvolvido,sistema%20de%20mensagens%20chamado%20EncroChat
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https://epocanegocios.globo.com/Tecnologia/noticia/2020/02/os-celulares-mais-seguros-do-mundo-usados-por-politicos-e-bilionarios-contra-ataques-hackers.html#:~:text=O%20Aquaris%20X%20foi%20desenvolvido,sistema%20de%20mensagens%20chamado%20EncroChat
https://www.youtube.com/watch?v=FHH1WWnZT64&ab_channel=C%C3%A2meraRecord
https://www.youtube.com/watch?v=FHH1WWnZT64&ab_channel=C%C3%A2meraRecord
https://www.youtube.com/watch?v=FHH1WWnZT64&ab_channel=C%C3%A2meraRecord
https://www.youtube.com/watch?v=FHH1WWnZT64&ab_channel=C%C3%A2meraRecord
58 Gerenciamento de segurança executiva
Não se pode esquecer do conforto da autoridade/protegido, o qual 
se inclui no gênero “segurança”, para englobar guarda-chuvas, capas 
de chuva, canetas, lenços, luvas, peças e conjuntos extras de vestuário, 
agulhas, linhas, itens de higiene, como sabonetes, toalhas, pasta e es-
cova de dente, aparelho de barbear, entre outros.
Dessa forma, verifica-se que estrutura logística será fundamental no 
sentido de facilitar e otimizar a realização do serviço, constituindo uma 
variável significativa no processo de planejamento.
3.2 Recursos humanos 
Vídeo
A estrutura logística tem uma importância capital no desenvolvi-
mento da atividade de proteção pessoal; todavia, de nada adiantará se 
não existir a mais crucial variável dessa equação: o elemento humano, 
o colaborador, isto é, o agente de proteção.
Costuma-se ainda acreditar que o bom agente de proteção é aquele 
com o perfil estereotipado, o famoso “brutamontes”. Forte, alto, prati-
camente uma muralha, pois terá condições de fazer resistência física a 
ameaças físicas contra a autoridade/protegido.
Ledo engano. Atualmente são necessárias muitas outras quali-
dades para o agente de proteção, como será visto a seguir. Isso se 
dá porque, primeiro, as ameaças são de inúmeras modalidades, não 
apenas físicas, mas também, virtuais, sociais, psicológicas, sanitárias, 
alimentares e eletrônicas.
Nas ameaças virtuais e eletrônicas há a possibilidade de invasão de 
aparelhos de telefone celular, computadores de mesa, laptops, tablets 
e quaisquer outros dispositivos eletrônicos, o que pode resultar no 
acesso a fotos e vídeos comprometedores, íntimos e profissionais que 
a posteriori podem ser utilizados como instrumentos de extorsão.
Na ameaça social, verifica-se a possibilidade de repercutir algum 
comportamento, discurso ou frase da autoridade/protegido – mesmo 
que fora de contexto – de maneira a expô-la pejorativamente perante 
grupos, associações, clubes e outras agremiações coletivas das quais 
ela faça parte ou mesmo para a sociedade em geral.
Na ameaça psicológica, existe a possibilidade de alguém ter algu-
ma informação comprometedora ou mesmo até ameaçar diretamente 
Equipe de segurança executiva 59
o cônjuge ou algum parente próximo da autoridade/protegido, como 
filhos, irmãos e pais e, com isso, obrigar a autoridade/protegido a reali-
zar ou não determinada conduta.
Na ameaça sanitária tem-se a possibilidade de algum atentado/
ameaça à saúde ou até mesmo à vida da autoridade/protegido, por 
meio do envio de cartas com agentes químicos ou biológicos, artefatos 
explosivos disfarçados de presentes, entre outros.
Na ameaça alimentar há a possibilidade de tentativa de envene-
namento por produtos diversos nos alimentos servidos para a auto-
ridade/protegido, seja em sua residência, no local de trabalho ou em 
quaisquer outros locais, como restaurantes, barracas e parques.
Sobre o tema, existem muitos exemplos de autoridades, executivos 
e celebridades que se deslocam em viagens – até mesmo internacio-
nais – com seus próprios chefs de cozinha, de maneira a tentar garantir, 
entre outras medidas, a segurança alimentar e evitar envenenamento.
 Dessa forma, para poder prevenir, evitar e, se for o caso, responder 
a essa multiplicidade de ameaças, o agente de proteção precisa estar 
habilitado sob diversas perspectivas.
Para tanto, ele deve possuir um excelente condicionamento físico 
– pelas atividades extenuantes, muitas horas em pé, sem tomar água, 
sem poder ir ao toalete –, bem como o necessário conhecimento, trei-
namento e qualificação em artes marciais; armamento e tiro; direção 
defensiva, ofensiva e evasiva; primeiros socorros; legislação; técnicas 
de varredura, inspeção e evacuação; segurança de instalações físicas; 
segurança cibernética; segurança alimentar; segurança social; seguran-
ça psicológica; segurança sanitária; entre outros.
Além desse aspecto referente às ameaças a que pode estar sujeita 
a autoridade/protegido, a equipe de proteção também deve se preocu-
par com o conforto, o bem-estar e a sociabilidade dela.
Nesse sentido, o agentede proteção precisa ter conhecimentos ge-
rais sobre geografia, história, política e economia local, regional, nacio-
nal e até internacional, já que poderá eventualmente estar em algum 
evento em que precisa interagir com outras pessoas e obviamente pre-
cisar estar em condições de manter e desenvolver uma conversa de 
bom nível com qualquer pessoa.
60 Gerenciamento de segurança executiva
Ainda dentro dessa perspectiva, é fundamental o conhecimento de 
normas de comportamento, isto é, etiqueta social, o que inclui o uso 
adequado do vestuário e o comportamento à mesa, entre outras atitu-
des de cortesia e respeito.
No que se refere ao vestuário, é essencial que ele seja, primeiro, 
confortável (por causa das atividades físicas extenuantes da missão) 
e, para as mulheres, ao mesmo tempo seja adequado à ocasião, deve 
facilitar em alguma medida o porte de armas.
O vestuário deve ser de bom gosto 1 e compatível com o da autori-
dade/protegido, visto que não faz o menor sentido ela sair para uma 
atividade física – como correr ou andar de bicicleta – e o agente de pro-
teção estar de passeio completo.
Seguindo essa linha de raciocínio, serão apresentadas algumas re-
gras de etiqueta social para que os agentes de proteção estejam em 
melhores condições de bem desempenhar sua valiosa missão.
No que diz respeito ao uso de vestuário, especificamente sobre os 
masculinos, Fernando Betcher (2021) assim esclarece:
Vi
DI
 S
tu
di
o/
Sh
ut
te
rs
to
ck
Figura 1
Streetwear 1. Streetwear
O mais livre e casual dos trajes (exemplo Figura 1). 
A moda que vem da rua, sem um padrão. Street-
wear surgiu como expressão de comportamento 
dos jovens das ruas, influenciados pela música, 
pela arte popular, pelos esportes urbanos e como 
protesto político. Muitos o definem como seu es-
tilo e usam para quase todas as ocasiões, seja tra-
balho, lazer ou festas. Ocasião: (muito) informal. 
Dress code: não tem. Roupas-chave: calça jeans, 
calça de sarja, camisetas, regatas, camisas casuais, 
jaquetas, bermudas e moletom. Calçados: tênis, 
sapatos casuais, botas e coturnos. 
Fonte: Adaptado de Betcher, 2021.
Por bom gosto quer-se dizer: 
não utilizar ternos verdes, ama-
relos, roxos, vermelhos e simila-
res, ou trajes muito chamativos, 
pois são inadequados e revelam 
desconhecimento de normas de 
etiqueta social.
1
Equipe de segurança executiva 61
M
aj
da
ns
ki
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hu
tte
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to
ck
Figura 2
Ultra casual
2. Extremamente casual
Geralmente usado no verão por conta dos shorts, 
uma peça ultra casual, mas também há trajes mui-
to casuais para o frio, compostos por moletom por 
exemplo. Passeios em balneários, passeio no par-
que, churrasco, pool parties, ficar em casa, encon-
trar amigos para conversar na rua. Não confundir 
com ser desleixado (exemplo Figura 2). Ocasião: 
informal. Dress code: não é considerado um códi-
go ou uma regra. Roupas-chave: shorts, bermuda 
jeans, camisa de manga curta, camiseta, regata, 
camisa casual, calça de moletom, moletom com 
capuz, calça jeans rasgada. Calçados: sandálias, 
chinelos, alpargatas, tênis casual, dockside.
Fonte: Adaptado de Betcher, 2021.
 S
yd
a 
Pr
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ck
Figura 3
Esporte
3. Esporte – casual
Em razão de o Brasil ser um país onde a maioria 
das pessoas se vestem de forma muito casual ou 
streetwear, o traje esporte passa a ser confundido 
já com o esporte fino. Lembrando que os dois, 
mesmo que arrumadinhos, ainda são informais. 
Não há muito uma regra, desde que esteja bem 
apresentado (exemplo Figura 3). Ocasião: infor-
mal. Dress code: pode surgir tanto como esporte 
como casual em convites. Roupas-chave: calça chi-
no, camisa polo, camisa casual, blazer, jeans sem 
lavagem ou rasgos, camiseta básica, calça de sarja, 
jaqueta de couro, jaqueta bomber, casacos, sué-
ter. Calçados: tênis casuais, sapato casual, loafers, 
mocassins, sapatos de camurça, botas.
Fonte: Adaptado de Betcher, 2021.
62 Gerenciamento de segurança executiva
4. Esporte fino – passeio – smart casual
Para quem tem um estilo mais arrumado e vai a 
um evento, um encontro ou usa no dia a dia no 
trabalho. A diferença do smart casual para o ca-
sual são algumas peças-chave, como tons neutros 
ou terceira peça como casaco ou blazer (exemplo 
Figura 4). Ocasião: informal. Dress code: esporte 
fino e passeio para eventos ou smart casual para 
empresas. Apelidado também de tenue de ville 
(“roupa de cidade”, em francês). Roupas-chave: 
calça chino, camisa polo de algodão, camisa social, 
camisa social com micro estampa, blazer, paletó, 
jeans bruto, camiseta básica de cor neutra, jaque-
ta de couro, jaqueta bomber com tecido nobre, 
casacos, suéter. Calçados: tênis casuais escuros, 
sapatos derby, sapatos brogue, loafers, sapato ca-
sual de couro, botas.
Fonte: Adaptado de Betcher, 2021.
Figura 4
Esporte fino
Ire
n 
Si
st
er
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to
ck
5. Business casual
Traje que faz a transição do informal para o for-
mal. O último traje casual nessa escala. Como o 
próprio nome diz, o business casual é para quem 
trabalha com negócios, mas ainda não precisa da 
formalidade de usar terno e gravata (exemplo Fi-
gura 5). Não é porque existe o nome business que 
o traje é apenas para o trabalho. O nome do traje 
é para as empresas colocarem como dress code 
das empresas. Ocasião: informal. Dress code: busi-
ness casual para empresas. Em eventos ele ainda 
se enquadra no esporte fino ou passeio. Roupas-
-chave: costume, camisa social, calça de alfaiata-
ria, jaquetas de couro lisas, casacos mais formais. 
Calçados: sapato de couro com sola de borracha, 
sapato de couro com sola de couro, penny loafer 
de couro, botas de couro sociais.
Fonte: Adaptado de Betcher, 2021.
Figura 5
Business casual
Yu
lia
 S
ve
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lo
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to
ck
Equipe de segurança executiva 63
Figura 6
Business
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2 
Sh
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to
ck
6. Business – social
Neste traje é comum o uso da gravata (exemplo 
Figura 6). Muita gente chama de terno e gravata, 
mas o certo é o costume com gravata, indepen-
dentemente da cor do costume (claro ou escuro), 
tecidos e padronagens diferentes das tradicionais, 
mescla de cores, cortes diferenciados e de uns 
tempos para cá novas tendências como a calça 
cropped, entre outros. Lá fora também é conhe-
cido como business semi-formal. Ocasião: semi-
-formal, mas fomos acostumados a ver o costume 
com gravata como algo formal. Dress code: busi-
ness para empresas, social ou passeio completo 
para eventos. Roupas-chave: costume, camisa 
social, gravata. Calçados: sapato social de couro, 
nobuck ou camurça.
Fonte: Adaptado de Betcher, 2021.
Figura 7
Business formal
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 N
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ck
7. Business formal – social completo – passeio 
completo
O mais alto nível de formalidade, que ainda não se 
enquadra totalmente para uma festa ou evento de 
gala, pois pode ser usado também em empresas 
e reuniões de negócios. Costumes ou ternos sem 
inventar moda, com corte impecável, cores escu-
ras, camisa branca ou azul clara e sapato social de 
couro (derby ou oxford). O social ao qual estamos 
acostumados (exemplo Figura 7). Ocasião: formal. 
Dress code: business formal ou social completo. 
Para eventos também se enquadra no passeio 
completo. Roupas-chave: costume ou terno em 
cores tradicionais (tons de preto, de azul, de cin-
za por exemplo) camisa social branca, camisa so-
cial azul clara, gravata lisa ou com estampa sutil, 
meias sociais da cor da calça. Calçados: sapato so-
cial de couro derby ou oxford, preto ou marrom.
Fonte: Adaptado de Betcher, 2021.
64 Gerenciamento de segurança executiva
8. Trajes de gala – a rigor
Todos os trajes são formais para eventos de gala. Quando o evento é extrema-
mente formal e ocorre pela manhã, o dress code é o morning dress.
Fonte: Adaptado de Betcher, 2021.
Figura 8
Black tie opcional
De
an
 D
ro
bo
t/
Sh
ut
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rs
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ck
a) Black Tie opcional (Figura 8):
Peças-chave: costume com lapela 
de cetim, costume preto, smoking, 
camisa branca, gravata preta(não 
necessariamente borboleta), lenço 
para bolso, abotoadura. Calçado: 
sapato social preto, sapato 
envernizado.
b) Black Tie (Figura 9):
Peças-chave: smoking preto, 
gravata borboleta preta, lenço 
branco, faixa, camisa de smoking 
branca, abotoadura. Calçado: 
sapato social preto envernizado 
ou não.
Figura 9
Black tie
Vi
or
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 S
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Sh
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te
rs
to
ck
c) Morning dress:
Peças-chave: fraque, colete, camisa 
branca, lenço no bolso, bengala e 
cartola. Calçado: sapato social preto.
d) White tie (Figura 10):
Peças-chave: smoking, faixa branca, 
lenço branco, gravata borboleta 
branca, colete, flor na lapela (opcional). 
Calçado: sapato social preto.
Figura 10
White tie
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to
ck
Equipe de segurança executiva 65
No que diz respeito ao uso de vestuário, especificamente os femi-
ninos, segundo Deisi Remus, no website We Fashion Trends, no artigo 
Tipos de trajes femininos para festas, pode-se verificar o seguinte:
Figura 11
Esporte
De
an
 D
ro
bo
t/
Sh
ut
te
rs
to
ck
1. Esporte
É o traje para situações informais, em que não pre-
cisa de algo muito sofisticado, como vestidos cur-
tos ou na altura dos joelhos, além de saias, calças 
de tecido, jeans e bermudas, com bolsas médias 
ou grandes, de material esportivo e maquiagem 
discreta (exemplo Figura 11).
Fonte: Adaptado de Remus, 2020.
Figura 12
Passeio
ja
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in
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/S
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rs
to
ck
2. Passeio – esporte fino – tenue de ville
Aqui, a sofisticação fica no meio termo, porém, não 
permite o uso de jeans. É permitido o uso de ves-
tidos, terninhos, tailleurs, pantalonas, calças, saias, 
túnicas; batas e peças com estilo são ideais para 
o evento (exemplo Figura 12). Os tecidos pedem 
menos sofisticação e, para a noite, é permitido um 
pouco de brilho. Nos pés, salto alto ou médio com-
binado com bolsa média ou grande completam o 
visual. Para a noite, lenços e echarpes dão o toque 
final. Os cabelos devem estar bem alinhados e a 
maquiagem, suave. Os acessórios estão liberados, 
mas devem ser usados com bom senso.
Fonte: Adaptado de Remus, 2020.
66 Gerenciamento de segurança executiva
3. Social – passeio formal – passeio completo
O traje social pode ser confundido com o esporte 
fino, pois, no Brasil, é muito comum o estilo casual 
ou streetwear. Lembrando que os dois, mesmo 
que arrumadinhos, ainda são informais. Não há 
muito uma regra, desde que esteja bem apresen-
tado (exemplo Figura 13). Ocasião: informal. Dress 
code: pode surgir tanto como esporte como casual 
em convites. Roupas-chave: calça chino, camisa 
polo, camisa casual, blazer, jeans sem lavagem ou 
rasgos, camiseta básica, calça de sarja, jaqueta de 
couro, jaqueta bomber, casacos, suéter. Calçados: 
tênis casuais, sapato casual, loafers, mocassins, sa-
patos de camurça, botas.
Fonte: Adaptado de Remus, 2020.
Figura 13
Social
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ck
Figura 14
Black tie
Iro
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ck
4. A rigor – black tie – habillé – tenue de soirée
A vestimenta aqui é extremamente formal, como 
bailes de formatura. Vestidos longos são mais indi-
cados, com joias e bolsas pequenas, além de salto 
alto e maquiagem bem-feita (exemplo Figura 14).
Fonte: Adaptado de Remus, 2020.
Equipe de segurança executiva 67
Figura 15
Gala
Fa
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B/
Sh
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to
ck
5. Gala
Obrigatoriamente vestido longo, como exempli-
ficado na Figura 15.
Fonte: Adaptado de Remus, 2020.
Outra questão importante para o agente de proteção é o comporta-
mento à mesa, caso tenha que se sentar para uma refeição na compa-
nhia da autoridade/protegido.
Para tanto, o agente de proteção precisa conhecer as regras prin-
cipais de etiqueta à mesa, a fim de evitar gafes. Leda De Luca (2020) 
assim orienta:
 • Vista-se adequadamente.
 • Lave as mãos.
 • Não se sente primeiro à mesa.
 • Use guardanapo de tecido ou de papel.
 • Tenha cuidado caso tenha pão na mesa.
 • Deixe que o dono da casa se sirva primeiro.
 • Utilize talheres de fora para dentro.
 • Guarde os cotovelos.
 • Coloque pouca comida no prato.
 • Coma devagar e com a boca fechada.
 • Não fale com a boca cheia.
 • Evite alimentos com caroço.
 • Evite comidas difíceis de comer.
 • Evite dobraduras com as folhas.
 • Tenha cuidado com o macarrão.
 • Não se curve para comer.
 • Descanse os talheres após o término das refeições.
 • Não palite os dentes.
 • Não deixe nada sobre a mesa, a não ser as suas mãos.
68 Gerenciamento de segurança executiva
Além desses aspectos, é fundamental enfatizar que o agente de 
proteção precisa ser leal, honesto, extremamente discreto e não ín-
timo da autoridade/protegido, de modo a assegurar que o trabalho 
transcorra de maneira adequada e que os protocolos possam ser 
devidamente observados.
3.3 Treinamento e aperfeiçoamento 
Vídeo Naturalmente o preparo do agente de proteção deve ser constan-
te. Além de um curso de segurança de dignitário para capacitá-lo para 
o exercício da atividade, a chamada instrução de manutenção deve ser 
periódica, preferencialmente mensal.
O curso de formação precisa ser com densidade razoável, duração 
aproximada de 18 dias com 10 horas/aula por dia, resultando em 180 
horas/aula, como sugerido por Agibert (2017, p. 42):
Quadro 1
 Sugestão de grade curricular para o curso de Segurança de Dignitários
DISCIPLINA CARGA HORÁRIA
Legislação Aplicada à Atividade 5h
Planejamento Operacional 5h
Estratégia Operacional 5h
Doutrina de Segurança de Dignitários/Executivos 10h
Segurança em Operações 5h
Segurança de Dignitários/Executivos I 20h
Segurança de Dignitários/Executivos II 20h
Segurança de Instalações Físicas 5h
Tiro VIP 30h
Defesa de Terceiros 20h
Direção Operacional 20h
Varredura e Evacuação 5h
Operações 30h
TOTAL 180h
Fonte: Agibert, 2017, p. 42.
Sem dúvida podem ser adicionadas mais disciplinas, por exem-
plo, Etiqueta Social (10 horas/aula) e Educação Física (30 horas/aula). 
O curso de formação, portanto, terá como objetivo qualificar o vigi-
lante ou o policial para atuar na segurança pessoal de autoridades 
e executivos.
Equipe de segurança executiva 69
Essa capacitação destina-se ao primeiro passo no treinamento do 
agente de proteção, pois ainda será necessário um estágio operacio-
nal de 30 dias para os ajustes e as adaptações pertinentes.
Esses ajustes e adaptações se referem ao desenvolvimento da ativi-
dade na prática e à interação tanto com a autoridade/protegido quanto 
com a própria equipe, além da fundamental internalização dos proto-
colos operacionais.
Depois da integração e o estabelecimento da rotina de trabalho, 
o agente de proteção precisa estar em frequente aperfeiçoamento e 
treinamento, com duração de aproximadamente 25 horas/aula e mi-
nistrado geralmente nos finais de semana, pelo menos uma vez por mês.
A seguir, pode-se verificar um modelo de projeto pedagógico de ins-
trução de manutenção:
1. Concepção do programa
O programa objetiva capacitar os alunos em Segurança Pessoal em 
todas as disciplinas ministradas. Ao final do curso, o concludente terá 
melhores condições de desenvolver atividades de Segurança Pessoal.
2. Grade curricular
ORDEM DISCIPLINA CARGA HORÁRIA
1 Aspectos Gerais 2
2 Gestão em Proteção Executiva 4
3 Etiqueta Social 2
4 Trabalho Operacional 4
5 Procedimentos e Normas 8
6 Planos de Contingência e Tecnologias 4
TOTAL 24 horas/aula
Fonte: Elaborada pelo autor.
O vídeo 
Segurança-guarda-costas 
de Formação em 
Israel-bodyguard Training 
in Israel, do canal ISA 
Israel, apresenta uma 
perspectiva muito inte-
ressante sobre as técni-
cas de um dos melhores 
serviços de proteção do 
mundo.
Disponível em: https://
www.youtube.com/
watch?v=XipF5xQGjzg&ab_
channel=ISAIsrael. Acesso em: 20 
abr. 2021.
Vídeo
https://www.youtube.com/watch?v=XipF5xQGjzg&ab_channel=ISAIsrael
https://www.youtube.com/watch?v=XipF5xQGjzg&ab_channel=ISAIsrael
https://www.youtube.com/watch?v=XipF5xQGjzg&ab_channel=ISAIsrael
https://www.youtube.com/watch?v=XipF5xQGjzg&ab_channel=ISAIsrael
70 Gerenciamento de segurança executiva
3. Quadro de trabalhoHORÁRIO SEXTA SÁBADO DOMINGO
08h40-09h20 ASP GER TRAB OP PLAN TEC
09h20-10h00 ASP GER TRAB OP PLAN TEC
10h00-10h20 Intervalo Intervalo Intervalo
10h20-11h00 GEST PROC PLAN TEC
11h00-11h40 GEST PROC PLAN TEC
11h40-13h00 Almoço Almoço
13h00-13h40 GEST PROC
13h40-14h20 GEST PROC
14h20-14h40 Intervalo Intervalo
14h40-1520 EST PROC
15h20-16h00 EST PROC
16h00-16h20 Intervalo Intervalo
16h20-17h00 TRAB OP PROC
17h00-17h40 TRAB OP PROC
Fonte: Elaborada pelo autor. 
4. Conteúdo programático
Disciplina 1: Aspectos Gerais
Objetivo: Conhecer os aspectos gerais da proteção executiva.
Ementa: a) Histórico da proteção de dignitários;
b) Sistemas de proteção.
Carga horária: 2 h/a
Metodologia: Aula expositiva.
Disciplina 2: Gestão em Proteção Executiva
Objetivo: Conhecer os aspectos da gestão em proteção executiva.
Ementa: a) Gestão de pessoas;
b) Gestão dos recursos materiais;
c) Inteligência na proteção de autoridades e executivos;
d) Liderança e motivação;
e) Planejamento de missões de proteção.
Carga horária: 4 h/a
(Continua)
Equipe de segurança executiva 71
Metodologia: Aula expositiva.
Disciplina 3: Etiqueta Social
Objetivo: Conhecer normas de comportamento social.
Ementa: a) Jantares e recepções;
b) Confraternizações;
c) Outros eventos.
Carga horária: 2 h/a
Metodologia: Aula expositiva.
Disciplina 4: Trabalho Operacional
Objetivo: Entender o perfil do agente de proteção, bem como o vestuário, os armamentos e os equipamentos utilizados.
Ementa: a) O perfil do agente de proteção;
b) Vestuário, armamentos e equipamentos.
Carga horária: 4 h/a
Metodologia: Aula expositiva.
Disciplina 5: Procedimentos e Normas
Objetivo: Compreender e aplicar técnicas avançadas de segurança de dignitários.
Ementa:
a) Locais fixos;
b) Em deslocamento:
 1) A pé;
 2) Em veículos, aeronaves e embarcações.
c) Varreduras e inspeções:
 1) Varreduras contra escutas;
 2) Varreduras contra artefatos explosivos.
Carga horária: 8 h/a
Metodologia: Aula expositiva.
Disciplina 6: Planos de Contingência e Tecnologias
Objetivo: Conhecer os planos de contingência e as tecnologias aplicadas à proteção executiva.
Ementa: a) Planos de contingência;
b) Tecnologias aplicadas à proteção de autoridades e executivos.
Carga horária: 4 h/a
Metodologia: Aula expositiva.
Fonte: Elaborada pelo autor.
72 Gerenciamento de segurança executiva
Certamente cada instrução de manutenção terá que ser dife-
rente em alguma medida de modo a acrescentar atualizações de 
protocolos, novidades tecnológicas e modernização de técnicas e 
procedimentos.
Um outro item essencial para o agente de proteção é o condicio-
namento físico, uma vez que dele é exigido esforço considerável: são 
inúmeras horas contínuas em pé, andando ou correndo, muitas vezes 
sem condições de ir ao toalete e, não raras vezes, com pouco tempo 
para se alimentar.
Nesse sentido, não apenas realizar atividades físicas de acordo com 
um planejamento, mas principalmente submeter todos os integrantes 
do grupo de segurança pessoal a testes de aptidão física pelo menos 
uma vez por bimestre com índice mínimo de desempenho.
É muito importante para os profissionais a questão da saúde men-
tal. Os gestores do grupo de segurança pessoal devem fazer ativida-
des e diagnósticos periódicos e frequentes a fim de evitar problemas 
graves, como depressão, pensamentos suicidas e agressividade.
O agente de proteção é exigido do ponto de vista psicológico e men-
tal quase à exaustão e, portanto, sempre deve estar com a saúde men-
tal em boas condições.
Verifica-se, dessa maneira, que tanto a formação quanto o constan-
te treinamento e aperfeiçoamento são cruciais para que a atividade 
de proteção seja eficiente, eficaz, suficiente e atinja todos os objetivos 
estabelecidos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Conforme visto, uma agência de segurança pessoal, pública ou priva-
da, deve ser dotada de adequada estrutura logística e de recursos huma-
nos para poder desenvolver suas atividades de maneira satisfatória.
Para as agências públicas existem mais dispositivos legais que, de cer-
ta forma, podem restringir ou limitar a atuação, principalmente no que 
diz respeito à aquisição de materiais; no entanto, não parece também ser 
nenhum obstáculo intransponível, uma vez que, obedecidas as normas 
vigentes, quaisquer materiais podem ser adquiridos.
Por outro lado, as agências privadas têm uma liberdade maior no que 
diz respeito à seleção de fornecedores, todavia nem todos os materiais 
estarão permitidos para aquisição e para aqueles permitidos podem inci-
Equipe de segurança executiva 73
dir regras que impõem fiscalização e controle, seja pelo Departamento de 
Polícia Federal ou mesmo pelo Exército Brasileiro.
Dessa maneira, tanto as agências públicas quanto as privadas apre-
sentam uma ou outra dificuldade, mas nada que impeça uma prestação 
de serviços com o grau de excelência esperado.
O mais importante é ter a consciência de que, ainda que a estrutu-
ra logística seja deveras relevante, os recursos humanos têm um valor 
inestimável e, portanto, buscar recrutar pessoas qualificadas pode fazer 
uma grande diferença.
ATIVIDADES
1. Quais são as modalidades de licitação, de acordo com a legislação 
aplicável?
2. Cite algumas habilidades fundamentais do agente de proteção.
3. O treinamento constante é importante para o agente de proteção? 
Justifique.
REFERÊNCIAS
AGIBERT, C. Segurança executiva e de autoridades. Curitiba: Intersaberes, 2017.
BETCHER, F. Trajes masculinos – entendendo dress code e o que pede a ocasião. Guia 
Estilo Masculino, 2021. Disponível em: https://guiaestilomasculino.com/trajes-masculinos-
entendendo-dress-code-e-o-que-pede-a-ocasiao/. Acesso em: 20 abr. 2021.
BRASIL. Lei n. 8.666, de 21 de junho de 1993. Diário Oficial da União, Poder Legislativo, 
Brasília, DF, 22 jun. 2014. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/
l8666cons.htm. Acesso em: 20 abr. 2021.
DE LUCA, L. 20 regras de etiqueta para não errar na mesa. Ares do Mundo, 26 dez. 2020. 
Disponível em: https://aresdomundo.com/regras-de-etiqueta/. Acesso em: 20 abr. 2021.
OS CELULARES “mais seguros do mundo” usados por políticos e bilionários contra ataques 
hackers. Época Negócios, 4 fev. 2020. Disponível em: https://epocanegocios.globo.com/
Tecnologia/noticia/2020/02/os-celulares-mais-seguros-do-mundo-usados-por-politicos-e-
bilionarios-contra-ataques-hackers.html. Acesso em: 20 abr. 2021.
REMUS, D. Tipos de trajes femininos para festas. We Fashion Trends, 10 jan. 2020. 
Disponível em: https://www.wefashiontrends.com/tipos-de-trajes-femininos-para-festas/. 
Acesso em: 20 abr. 2021.
YAZBEK, P. O que você precisa saber antes de blindar seu carro - Entenda os custos e o 
processo de blindagem de um carro. Quatro Rodas, 11 jan. 2013. Disponível em: https://
quatrorodas.abril.com.br/noticias/o-que-voce-precisa-saber-antes-de-blindar-seu-carro/. 
Acesso em: 20 abr. 2021.
Vídeo
https://guiaestilomasculino.com/trajes-masculinos-entendendo-dress-code-e-o-que-pede-a-ocasiao/
https://guiaestilomasculino.com/trajes-masculinos-entendendo-dress-code-e-o-que-pede-a-ocasiao/
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8666cons.htm
https://aresdomundo.com/regras-de-etiqueta/
https://epocanegocios.globo.com/Tecnologia/noticia/2020/02/os-celulares-mais-seguros-do-mundo-usados-por-politicos-e-bilionarios-contra-ataques-hackers.html
https://epocanegocios.globo.com/Tecnologia/noticia/2020/02/os-celulares-mais-seguros-do-mundo-usados-por-politicos-e-bilionarios-contra-ataques-hackers.html
https://epocanegocios.globo.com/Tecnologia/noticia/2020/02/os-celulares-mais-seguros-do-mundo-usados-por-politicos-e-bilionarios-contra-ataques-hackers.html
https://www.wefashiontrends.com/tipos-de-trajes-femininos-para-festas/
https://quatrorodas.abril.com.br/noticias/o-que-voce-precisa-saber-antes-de-blindar-seu-carro/
https://quatrorodas.abril.com.br/noticias/o-que-voce-precisa-saber-antes-de-blindar-seu-carro/
74 Procedimentos geraisna segurança executiva
4
Procedimentos gerais na 
segurança executiva
A atividade operacional de segurança pessoal envolve uma 
série de combinações e estudos, bem como de análises de risco 
e estabelecimento de protocolos e procedimentos de segurança. 
Esses fatores fazem com que ela seja extremamente dinâmica e 
variável, além de ser necessariamente personalizada, de acordo 
com uma avaliação das vulnerabilidades da autoridade/protegido.
Dessa maneira, após o estudo dos riscos existentes, deve ser 
desenvolvido um planejamento geral para a atividade de proteção, 
composto, por sua vez, de planejamentos menos complexos e 
específicos para uma certa operação.
Assim, o planejamento precisa ser flexível o suficiente para per-
mitir alterações resultantes de fatos imprevisíveis. Todavia, deve ser 
objetivo e determinado para que seja possível o estabelecimento 
de procedimentos e protocolos, os quais são a grande fórmula de 
sucesso na atividade de proteção executiva, sendo imprescindível 
a observância rigorosa deles tanto pela equipe de proteção quanto 
pela autoridade/protegido. 
Logo, neste capítulo, serão abordadas as questões sobre o plane-
jamento da proteção executiva, as principais formações existentes e 
os procedimentos específicos em situações diversas e nas escoltas. 
4.1 Planejamento 
Vídeo Um bom planejamento – tanto o geral quanto os específicos – no 
campo da segurança pessoal faz uma grande diferença na eficiência 
da prestação do serviço, pois contempla inúmeras variáveis que são 
fundamentais para o cumprimento da missão.
Procedimentos gerais na segurança executiva 75
Antes de se falar sobre o planejamento propriamente dito, é rele-
vante que sejam realizadas algumas discussões com relação à análise 
de risco, a qual é uma avaliação preliminar e imprescindível para um 
bom planejamento e para a personalização dos serviços, consideran-
do-se as características e peculiaridades da autoridade/protegido.
Preliminarmente, alguns conceitos são importantes e necessá-
rios para a compreensão adequada do tema. Nesse sentido, leciona 
Marcondes (2020) que risco é o “resultado da possibilidade de uma 
ameaça explorar uma vulnerabilidade existente e causar danos ou per-
das para um ativo da organização”.
Percebe-se, aqui, que os vetores são uma ameaça, uma vulne-
rabilidade e os resultados possíveis. Dessa maneira, deve-se com-
preender as ameaças e as vulnerabilidades existentes bem como 
seu impacto, que, nesse caso, pode ser, no pior cenário, a morte da 
autoridade/protegido.
Seguindo essa linha, Marcondes (2021a) apresenta a classificação 
dos riscos organizacionais da seguinte forma:
 • riscos intencionais; 
 • riscos de incêndio e explosão;
 • riscos operacionais;
 • riscos sociais;
 • riscos naturais;
 • riscos ambientais;
 • riscos de espionagem;
 • riscos de conformidade;
 • riscos financeiros;
 • riscos estratégicos.
Quando se verifica a questão da segurança pessoal, essa 
classificação fica limitada, já que os aspectos mais importantes a serem 
considerados são a vida e a integridade física, moral, psicológica e so-
cial da autoridade/protegido.
Sobre os riscos intencionais, Marcondes (2020) esclarece que eles 
equivalem “às ameaças que estejam direcionadas tanto para os ativos 
quanto para os componentes pessoais da empresa, e que exista a in-
tenção premeditada”, incluindo-se os seguintes eventos: 
O texto Planejamento 
da Segurança Pessoal 
Privada, escrito por Jorge 
Manhães, apresenta con-
siderações muito valiosas 
sobre a importância do 
planejamento para o 
sucesso das operações 
de proteção pessoal. 
Disponível em: https://www.defesa.
tv.br/planejamento-da-seguranca-
pessoal-privada. Acesso em: 16 
abr. 2021.
Leitura
https://www.defesa.tv.br/planejamento-da-seguranca-pessoal-privada
https://www.defesa.tv.br/planejamento-da-seguranca-pessoal-privada
https://www.defesa.tv.br/planejamento-da-seguranca-pessoal-privada
76 Procedimentos gerais na segurança executiva
 • fraude;
 • furto;
 • vandalismo;
 • sabotagem;
 • explosão ou incêndio premeditado; 
 • agressão; 
 • estupro;
 • roubo;
 • extorsão;
 • sequestro;
 • latrocínio; 
 • homicídio.
Chega-se, então, ao processo de gestão do risco (Figura 1), que vai 
auxiliar na tomada de decisões e no estabelecimento de protocolos e 
procedimentos. 
1 Identificação do risco
3 Avaliação de Riscos
5 Monitoramento do risco
2 Análise do risco
4 Tratamento do Risco
Este é um processo de busca, reconhecimento, e des-
crição de riscos. É nesta fase que será gerada uma 
lista abrangente de riscos relacionados a possíveis 
eventos que possam criar, aumentar, reduzir, acelerar 
ou atrasar a realização dos objetivos organizacionais. 
Envolve a apreciação das causas e as fontes de risco, 
suas consequências positivas e negativas, e a proba-
bilidade de que essas consequências possam ocorrer, 
ou seja, a análise visa entender a probabilidade daqui-
lo acontecer e o impacto que isso trará, se acontecer. 
Refere-se a faze de agir, de implementar medidas vi-
sando modicar o estado do risco. O que você decidiu 
na avaliação de riscos, aqui é o momento de agir, de-
finitivamente. É o processo que você usará para mo-
dicar o risco. Envolve estratégias como por exemplo: 
mitigar, prevenir, eliminar ou transferir o risco. 
A avaliação é para auxiliar na tomada de decisão com 
base nos resultados da análise. Se a análise do risco 
trouxe como resultado que o risco tem probabilidade 
de 90% de acontecer em um impacto muito alto, a 
criticidade dele é alta, requer ações imediatas. Nesta 
fase é onde se busca responder: Quais riscos preci-
sam de tratamento? Qual a prioridade? Quais são as 
possíveis ações que posso tomar? 
É um processo contínuo de verificação, supervisão e 
observação das medidas de tratamento implementa-
das e de seus resultados. O monitoramento deve ser 
contínuo, assim como, a adoção de medidas de corre-
ções e adequações quando necessárias.
Fonte: Adaptada de Marcondes, 2020.
Figura 1
Fases do processo de gestão de risco
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Procedimentos gerais na segurança executiva 77
Portanto, dentro desse enfoque, a agência faz uma análise e avalia-
ção completa da situação da autoridade/protegido, a fim de estabele-
cer as diretrizes para o desenvolvimento da missão.
Por último, ainda na questão da avaliação do risco da 
autoridade/protegido, podem ser utilizados alguns sistemas, como o 
Mosler e o Willian T. Fine (Figura 2). Sobre esses métodos, Marcondes 
(2021b) faz os seguintes esclarecimentos:
Figura 2
Métodos de risco
Método 
de Mosler
Método 
Willian T. 
Fine
Baseado em grades de probabilidades e avaliações subjetivas, e deverá ser 
utilizado quando a empresa não tem registros confiáveis sobre a materiali-
zação de seus riscos. Tem como objetivo final a determinação de diferentes 
níveis para cada risco estudado, avalia a evolução dos riscos sob os pontos de 
vista quantitativo e qualitativo, enfocando as variadas atividades da empresa. 
Deve ser empregado para cada tipo de risco, tendo como referência a interfe-
rência na atividade que se está avaliando. 
É utilizado como padrão pela Associação Americana de Gerenciamento de 
Riscos, sendo de importância fundamental no momento de justificar os in-
vestimentos, perante a alta gestão das empresas. Este método tem como ob-
jetivo principal estabelecer prioridades, determinando quais os riscos mais 
críticos e os menos críticos. Permite o departamento de segurança definir um 
cronograma para a implementação das medidas de segurança juntamente 
com a previsão de investimentos.
Fonte: Adaptada de Marcondes, 2021b.
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Sendo assim, será estudado, superficialmente, o Método Wilian T. 
Fine. De acordo com Marcondes (2021b), esse método “é uma ferra-
menta de análise de riscos que tem como objetivo estabelecer priorida-
de de ação sobre os riscos identificados, equacionando o grau de risco 
com a disponibilidade econômica”, levando em consideração o graude 
criticidade dos riscos. 
Quanto mais crítico for um risco, mais justificada será a adoção de 
medidas saneadoras, incluindo os investimentos. O método, consoante 
ensina Marcondes (2021b), funciona da seguinte maneira:
o Método William. T. Fine [...] é baseado em variáveis de proba-
bilidade. O cálculo terá como base dados avaliações subjetivas. 
Existem duas fórmulas a serem utilizadas no processo de avalia-
ção: Uma para avaliar e estimar o grau de criticidade e outra para 
avaliar e justificar o investimento no controle do risco: 
GRAU DE CRITICIDADE – GC
78 Procedimentos gerais na segurança executiva
JUSTIFICATIVA DE INVESTIMENTO – JI
Fórmula para avaliação do Grau de Criticidade – GC
A fórmula para o cálculo do grau de criticidade leva em consi-
deração três fatores: Consequência, Exposição e Probabilidade: 
Consequência – C – são os impactos mais prováveis caso o risco 
venha a se concretizar. Exposição ao risco – E – é a frequência 
que este risco costuma manifestar-se na organização ou ativida-
de avaliada. Probabilidade – P – é a real chance do risco vir a 
acontecer, dentro de uma escala de possibilidades.
É interessante notar que William T. Fine atribuiu valores a esses fa-
tores, como pode ser visto na Tabela 1.
Tabela 1
Fatores do grau de criticidade 
FATORES CARACTERÍSTICAS DO RISCO PONTOS
CONSEQUÊNCIA (C)
a) Quebra da atividade, fim da empresa, dano superior a US$ 1 milhão 100
b) Dano entre US$ 500 mil e US$ 1 milhão 50
c) Dano entre US$ 100 mil e US$ 500 mil 25
d) Dano entre US$ 1 mil e US$ 100 mil 15
e) Dano abaixo de US$ 1 mil 5
f) Pequenos danos 1
EXPOSIÇÃO (E)
a) Várias vezes ao dia 5
b) Uma vez ao dia 4
c) Uma vez por semana ou mês – ocasionalmente 3
d) Uma vez ao mês ou ao ano – irregularmente 2
e) Raramente – sabe-se que ocorre, mas não com qual frequência 1
f) Remotamente possível, não se sabe se já ocorreu 0,5
PROBABILIDADE (P)
a) Espera-se que aconteça 10
b) Completamente possível – 50% de chances 6
c) Coincidência se acontecer 3
d) Coincidência remota – sabe-se que já ocorreu 1
e) Extremamente remota, porém possível 0,5
f) Praticamente impossível de ocorrer, uma chance em um milhão 0,1
Fonte: Adaptada de Marcondes, 2020,. 
A fórmula do grau de criticidade fica da seguinte maneira:
Procedimentos gerais na segurança executiva 79
Grau de criticidade = Consequência x Exposição x Probabilidade
 (GC = C x E x P)
De acordo com o resultado do grau de criticidade, haverá maior ou 
menor prioridade para adoção de medidas (Tabela 2).
Tabela 2
Grau de criticidade e medidas cabíveis
GRAU DE CRITICIDADE PRIORIDADE 
GC > ou = 200 Correção imediata
GC < 200 e > ou = 85 Correção urgente 
GC < 85 Risco deve ser eliminado
Fonte: Adaptada de Marcondes, 2020. 
Um outro aspecto que pode ser importante no método é que ele 
oferece, também, uma fórmula para justificativa de investimento (JI), 
o que pode ser muito útil na argumentação sobre a necessidade de 
adquirir materiais ou contratar serviços. 
JI = GC 
 Fator de custo x Grau de correção
Em seguida, pode-se verificar a tabela do fator de custo:
Tabela 3
Fator de custo
CLASSIFICAÇÃO VALOR 
> US$ 50 mil 10
Entre US$ 25 e 50 mil 6
Entre US$ 10 e 25 mil 4
Entre US$ 1 e 10 mil 3
Entre US$ 100 e 1 mil 2
Entre US$ 25 e 100 1
< US$ 25 0,5
Fonte: Adaptada de Marcondes, 2020. 
Ainda, a seguir, apresenta-se a tabela do grau de correção:
80 Procedimentos gerais na segurança executiva
Tabela 4
Grau de correção
CLASSIFICAÇÃO VALOR 
Risco eliminado – 100% 1
Risco reduzido – 75% 2
Risco reduzido entre 50% e 75% 3
Risco reduzido entre 25% e 50% 4
Risco reduzido menor que 25% 6
Fonte: Adaptada de Marcondes, 2020. 
Assim, ao calcular os valores, será possível chegar ao índice da justi-
ficativa de investimento (JI), conforme demonstra a Tabela 5.
Tabela 5
Índice de justificativa de investimento (JI)
ÍNDICE DE JUSTIFICAÇÃO DESCRIÇÃO
< 10 Investimento duvidoso
Entre 10 e 20 Investimento normalmente justificado
> 20 Investimento plenamente justificado
Fonte: Adaptada de Marcondes, 2020. 
Com essas informações, é possível apresentar uma avaliação de 
riscos para a autoridade/protegido, de maneira personalizada e cienti-
ficamente elaborada, dando subsídios importantes para o planejamen-
to das operações e das ações de segurança pessoal. 
Antes de continuar, entretanto, torna-se pertinente verificar as li-
ções de Silva (2012, p. 34-35) sobre planejamento, quando diz que “o 
ato de planejar é, fundamentalmente, a organização dos fatores para 
alcançar determinada meta futura”, tendo como resultado os planos. 
Primeiro, é importante destacar que deve existir um planejamen-
to denominado geral, o qual estabelece as diretrizes abrangentes bem 
como os protocolos e procedimentos a serem efetivados pelos agentes 
de proteção no desempenho da atividade. 
Esse planejamento geral será revisto periodicamente, de modo a 
atualizar ou fazer as adaptações necessárias. Assim, ele constitui um ro-
Procedimentos gerais na segurança executiva 81
teiro fundamental para a minimização dos riscos e a adoção das condu-
tas pertinentes nos casos de atentados contra a autoridade/protegido.
Além disso, é preciso enfatizar que a autoridade ou protegido deve 
ter conhecimento dos protocolos e procedimentos operacionais e, ain-
da, de como ela deve ser sensibilizada para cumpri-los rigorosamente, 
pois esse é um dos grandes desafios do chefe ou do responsável pelo 
serviço de proteção – isto é, fazer com que a autoridade/protegido en-
tenda a importância dos protocolos e de seu cumprimento.
Além desse planejamento geral, que estabelece basicamente as 
rotinas diárias, dentro de um espectro mais amplo, é imprescindível 
que seja elaborado, para cada operação, um planejamento detalhado 
específico. No entanto, algumas fases são críticas para a elaboração 
de um planejamento adequado e eficiente. Dessa forma, as pesquisas 
prévias, as reuniões preparatórias e a produção de inteligência são 
determinantes para o levantamento das informações relevantes para 
a atividade e/ou evento. 
Assim, para o planejamento específico, é fundamental seguir uma 
ordem cronológica adequada, qual seja: a coleta de informações (reu-
niões prévias, entre outras medidas); a elaboração do planejamento; a 
validação; o treinamento; a execução; e, por fim, o debriefing.
Na elaboração do planejamento, todas as informações produzidas 
na fase anterior são transcritas e consideradas como variáveis deter-
minantes – por exemplo, na situação em que poderá haver uma ma-
nifestação com opositores violentos da autoridade/protegido, pode-se 
recomendar, devido a esse acontecimento, a não passagem pelo local 
ou, até mesmo, o cancelamento da atividade/evento.
Isso significa que é necessário realizar, também, uma perspectiva 
ampla do evento, procurando visualizar as possíveis ameaças e os ris-
cos à autoridade/protegido, bem como as respectivas formas de reso-
lução, enfrentamento ou fuga. Nessa etapa, deve-se incluir, ainda, as 
informações sobre os hospitais (como a sua capacidade, as especiali-
dades, a distância, entre outros), os aeroportos, os helipontos, as rotas 
alternativas e quaisquer outros dados relevantes. 
Depois de elaborado, o planejamento deve passar por validação 
de pelo menos duas pessoas na cadeia hierárquica da agência de pro-
teção e, em seguida, devem ser “briefados 1 ” tanto a equipe quanto 
a autoridade/protegido.
Debriefing: análise e discussão 
posterior. com a finalidade de 
comparar a execução com o 
planejamento.
Glossário
Termo que se pronuncia 
“brifados”, derivado de uma 
palavra inglesa (to brief), a 
qual foi aportuguesada, com o 
sentido de repassar o conteúdo 
do planejamento para alguém.
1
82 Procedimentos gerais na segurança executiva
O briefing será crítico para a preparação de todos os envolvidos na-
quele evento, de modo a capacitar cada ator para seu papel no cenário 
real, em que pequenas falhas ou descuidos podem trazer resultadosextremamente complicados.
Realizada a atividade (execução), deve haver um novo estudo e 
uma discussão (debriefing) para comparar o planejamento com o que 
foi de fato executado, no sentido de analisar a correspondência en-
tre ambos, registrar novos aprendizados e fazer a releitura de tudo, 
preparando-se ainda mais para as atividades e missões futuras.
Como visto, a atividade de planejamento envolve diversas etapas e, 
portanto, requer pessoas qualificadas, tanto em termos de capacitação 
técnica quanto em experiência profissional, o que será muito impor-
tante para que o plano esteja o mais completo e realista possível, sem 
perder a flexibilidade e garantindo com maior eficiência a segurança 
pessoal da autoridade/protegido.
 
4.2 Formações 
Vídeo Muito se questiona sobre as diversas configurações das equipes de 
proteção, desde aquelas compostas por apenas um agente até as cons-
tituídas de inúmeros operadores. Nesse sentido, esta seção focará o 
estudo das formações básicas utilizadas para deslocamentos a pé da 
autoridade, seguindo os modelos apresentados por Agibert (2017).
 Nas diversas formações existentes, o agente que fica bem próximo 
da autoridade/protegido é denominado mosca, sendo ele o responsá-
vel pela retirada imediata do dignitário e, também, o primeiro “escudo 
humano” de proteção – sem, é claro, desconsiderar a mesma atribuição 
aos demais agentes de proteção. 
A formação mais simples e básica é aquela realizada por apenas 
um agente de proteção, que deve ser efetivada somente em situa-
ções excepcionais, tendo em vista sua óbvia fragilidade operacional. 
Nessa formação, o agente deve ficar um passo atrás e à direita da 
autoridade/protegido, como demonstra a figura a seguir.
Procedimentos gerais na segurança executiva 83
Figura 3
Formação com um agente 
Outra possibilidade é a formação com dois agentes, na qual ambos 
ficam um passo atrás da autoridade/protegido, com um de cada lado, 
havendo uma maior capacidade de resposta operacional:
Figura 4
Formação com dois agentes 
Com a formação composta de três agentes, eles podem ser 
dispostos em diversos formatos, o que dará o respectivo nome daque-
la formação. Essa configuração permite, sem sombra de dúvidas, uma 
maior eficiência, uma vez que, com ela, as tarefas podem ser melhor 
distribuídas entre os agentes. 
As formações possíveis com três agentes são as seguintes: em dia-
mante (Figura 5); em diamante modificada 01 (Figura 6); em diamante 
modificada 02 (Figura 7); em V (Figura 8); em cunha (Figura 9); em L 
(Figura 10); e em L modificada (Figura 11). 
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84 Procedimentos gerais na segurança executiva
Figura 5
Formação diamante
Figura 6
Formação diamante modificada 01
Figura 7
Formação diamante modificada 02 
 
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Procedimentos gerais na segurança executiva 85
Figura 8
Formação V
Figura 9
Formação em cunha 
Figura 10
Formação L
Figura 11 
Formação L modificada
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86 Procedimentos gerais na segurança executiva
Igualmente, as formações com quatro agentes também pode-
rão variar muito. Assim, elas devem ser consideradas, como ensina 
Agibert (2017), de acordo com o risco operacional e o grau de ameaça. 
As formações possíveis com quatro agentes são: quadrado (Figura 12); 
losango (Figura 13); triângulo (Figura 14); linha frontal (Figura 15); 
linha retaguarda (Figura 16); L (Figura 17); L modificada (Figura 18); 
V (Figura 19); e cunha (Figura 20). 
Figura 12
Formação quadrado
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Figura 13
Formação losango 
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Procedimentos gerais na segurança executiva 87
Figura 14
Formação triângulo
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Figura 15
Formação linha frontal 
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88 Procedimentos gerais na segurança executiva
Figura 16
Formação linha retaguarda
Figura 17
Formação L 
Figura 18
Formação L modificada
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Procedimentos gerais na segurança executiva 89
Figura 19
Formação V 
Figura 20
Formação em cunha
Não se pode esquecer que cada tipo de formação pode sofrer al-
gum tipo de variação para ser ajustada no caso concreto, já que, às 
vezes, certas configurações podem se tornar inexequíveis. 
Logo, na sequência, serão detalhados os procedimentos e protoco-
los em outros contextos, de modo a fornecer uma visão mais abran-
gente e completa das atividades. 
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90 Procedimentos gerais na segurança executiva
4.3 Procedimentos e escoltas 
Vídeo O estabelecimento de protocolos e procedimentos é fundamental 
para assegurar a eficiência da atividade de proteção. Nesse sentido, 
definir todos os comportamentos – ou a maioria deles – facilitará em 
muito esse trabalho.
Há basicamente dois grupos que trabalham na segurança pessoal de 
autoridades: o de preparação e o de execução, cada um constituído por 
um certo número de equipes. No que se refere ao grupo de preparação, 
Agibert (2017, p. 88) esclarece que ele é constituído por três equipes:
Planejamento: coordena os trabalhos juntamente com outros ór-
gãos, fiscaliza os locais e o trajeto por onde vai passar a pessoa que 
está sendo protegida, pesquisa a vida de pessoas que estarão em 
contato com ele (garçons, camareiras etc.) e define a respeito de ou-
tros profissionais estarem envolvidos na operação, bem como de 
materiais e equipamentos.
Precursora: por meio de policiais, vai aos locais onde serão rea-
lizados os eventos e também onde a autoridade se hospedará 
a fim de contribuir para o melhor planejamento da segurança; 
essa etapa antecede a visita do dignitário.
Vistoria: por meio de policiais, se desloca com tempo variável 
à frente da autoridade, executivo ou pessoa importante e faz a 
varredura do trajeto que ela vai fazer, bem como dos locais do 
evento e de hospedagem; o objetivo é descobrir, neutralizar ou 
eliminar dispositivos que ameacem a segurança.
Pode-se notar, portanto, a importância e o destaque desse gru-
po, uma vez que ele atua em um momento anterior à chegada da 
autoridade/protegido ao(s) local(is) definidos, procurando se certificar de 
que o planejamento realizado está de acordo ou se precisará de ajustes.
Outra questão é sobre a equipe de vistoria, já que, para a iniciativa 
privada, ela não será constituída necessariamente por policiais, mas 
sim por vigilantes, que poderão realizar as atividades. 
Por outro lado, o grupo de execução é composto por quatro equi-
pes, detalhadas por Agibert (2017, p. 89) como:
1. Aproximada: cuida da proteção imediata da autoridade e é 
responsável pela retirada dele do local quando houver alguma 
emergência. É dividida em:
 Fixa: permanece no local onde ocorre o evento e onde a autorida-
de se hospeda; cuida também de manter preservados tais locais
Procedimentos gerais na segurança executiva 91
 Móvel: movimenta-se constantemente com a autoridade, agindo 
de forma a assegurar a integridade física dela.
2. Velada: por meio de policiais do serviço de inteligência, mistura-
-se entre a população no trajeto por onde a autoridade vai passar 
e no local do evento a fim de identificar qualquer atitude hostil.
3. Avançada: chega ao local de eventos antes do dignitário – em 
torno de 30 minutos – e verifica o comportamento do público 
e as condições da área; no caso de situações desfavoráveis ou 
anormalidades, deve informar o chefe da equipe.
4. Ostensiva: formada por pessoas com prática em trabalhos os-
tensivos, dá suporte e favorece os deslocamentos do dignitário, 
seja para eliminar ou inibir ações de hostilidade, seja para evitar 
acidentes.
Nesse grupo, pode ser notado que a atuação se dá, praticamente, 
de maneira concomitante com a presença da autoridade/protegido, 
com exceção da equipe avançada, que chega ao localuns 30 minutos 
antes, assegurando-se de que está tudo tranquilo ou de que não existe 
algum problema mais sério.
Assim, a equipe aproximada móvel é aquela que efetivamente se 
desloca com a autoridade/protegido e, então, é distribuída de acordo 
com as formações anteriormente vistas. 
Nos deslocamentos, algumas recomendações apresentadas por 
Agibert (2017, p. 91) são bem importantes, vejamos: 
estejam em alerta permanentemente, mesmo que a tarefa seja 
simples; preparem-se para ficar entre o dignitário e a ameaça; 
não se descuidem da tarefa principal de proteger a autoridade 
e estejam atentos a qualquer situação que lhes pareça suspeita; 
certifiquem-se das ameaças que pode haver à pessoa que está 
sob os cuidados deles; busquem limitar o acesso a dados e in-
formações da autoridade, repassando-os apenas às pessoas que 
precisam; respeitem a privacidade dela; e orientem a pessoa sob 
proteção a evitar rotinas que a tornem um alvo fácil.
Essas observações demonstram claramente o quão tenso e dinâmi-
co pode ser o trabalho de agente de proteção. Esse profissional deve 
sempre estar em estado de alerta máximo, sem se descuidar dos meno-
res detalhes durante a missão, uma vez que basta uma desatenção para 
que alguma coisa aconteça, podendo trazer consequências desastrosas. 
Outro aspecto fundamental e que merece grande atenção é o deslo-
camento da autoridade/protegido em embarcações, aeronaves e veícu-
92 Procedimentos gerais na segurança executiva
los. Para as embarcações e aeronaves, o foco deve estar, obviamente, 
nas verificações das pessoas empregadas, como pilotos, funcionários 
de limpeza e manutenção, garçons, entre outros, que podem – por uma 
ou outra razão – trazer algum tipo de risco ou representar uma ameaça. 
Aspectos de manutenção também devem ser um objeto de cuidado 
durante o planejamento da atividade, além dos planos de voos e ma-
pas de navegação, que devem ser discutidos e avaliados, com foco na 
segurança, de maneira a minimizar riscos e eventuais danos. 
Agora, talvez o mais comum seja o deslocamento terrestre, em que 
são utilizados veículos, podendo ou não compor comboio numeroso. 
Em qualquer hipótese, é importante mencionar que todos os agentes 
de proteção da equipe aproximada móvel precisam ser habilitados, 
treinados e qualificados em direção defensiva, ofensiva e evasiva.
A seguir, há algumas ilustrações de comboios, bem como dos proce-
dimentos para embarque e desembarque. 
VIP Líder
VIP
Segurança
Segurança
Yu
ri 
Sc
hm
id
t/
Sh
ut
te
rs
to
ck
Yu
ri 
Sc
hm
id
t/
Sh
ut
te
rs
to
ck
Figura 21
Formação com dois veículos
Figura 22
Formação com três veículos
Fonte: Adaptada de Agibert, 2017, p. 113. Fonte: Adaptada de Agibert, 2017, p. 111.
O texto Como funciona o 
comboio do Presidente dos 
Estados Unidos, escrito 
por Dalmo Hernandes, 
aborda de maneira didáti-
ca o veículo utilizado pelo 
Presidente dos Estados 
Unidos, bem como a 
composição do respecti-
vo comboio.
Disponível em: https://flatout.com.
br/como-funciona-o-comboio-do-
presidente-dos-estados-unidos/. 
Acesso em: 16 abr. 2021.
Leitura
https://flatout.com.br/como-funciona-o-comboio-do-presidente-dos-estados-unidos/
https://flatout.com.br/como-funciona-o-comboio-do-presidente-dos-estados-unidos/
https://flatout.com.br/como-funciona-o-comboio-do-presidente-dos-estados-unidos/
Procedimentos gerais na segurança executiva 93
Líder
VIP
Segurança
Yu
ri 
Sc
hm
id
t/
Sh
ut
te
rs
to
ck
Fonte: Adaptada de Agibert, 2017, p. 112.
Figura 23
Formação modificada com três veículos
E, agora, observe uma ilustração de um comboio completo, geral-
mente utilizado por grandes autoridades, como presidentes e monarcas: 
D – dignitário
S1, S2 e S3 – segurança
GT – grupo tático
CR – carro reserva
Com – comitiva
B B B
B
B B B
FC A CR Com CerGT S3 S1S2 D Var AC
Var – varredura
B – batedores
AC – chefes de polícia
A – abertura do comboio 
FC – fechamento do comboio
Figura 24
Comboio completo
Fonte: Adaptada de Agibert, 2017, p. 114.
Sobre os procedimentos de embarque e desembarque, 
Cavalcante (2016), citado por Agibert (2017, p. 114-115), faz as se-
guintes considerações:
sempre que possível, procurar embarcar e desembarcar em áreas 
abrigadas, minimizando o risco de ataque a partir de posições 
elevadas como janelas, sacadas e terraços. [...] No EMBARQUE, o 
94 Procedimentos gerais na segurança executiva
veículo do dignitário estará posicionado para recebê-lo. Ele será 
embarcado no assento traseiro e seu veículo sairá em baixa velo-
cidade. Os agentes permanecerão em suas posições e o segundo 
carro tomará a posição do veículo do dignitário. Os agentes rapida-
mente embarcarão e o veículo da escolta seguirá o carro principal. 
[...] No DESEMBARQUE, o veículo que conduz a escolta desembarca 
os agentes os quais se posicionam para receber o carro com o digni-
tário. Quando o carro com dignitário parar, os agentes ajustam seu 
posicionamento junto às portas traseiras em ambos os lados do veí-
culo e, estando tudo certo, abrem a porta para a saída do dignitário.
Na Figura 23, é possível observar ilustrações que demonstram 
os procedimentos.
S1 S2
1
1 2
 3
1 2
 3
5 C
 6
4 D
4 D
3
5
6
6
C
2C
4 D 5
Primeira fase:
os AS 3 e 6 guarnecem o comboio;
o AS 1 se desloca para SI;
o AS 4 abre a porta para D e o AS 2 se desloca para S1.
Segunda fase:
o D embarca;
o AS 4 embarca;
os AS 5, C e 6 guarnecem as portas.
Terceira fase:
o comboio parte;
os AS 5, C e 6 aguardam nas posições e embarcam quando passa o S2.
Legenda:
D – dignitário C – chefe de equipe AS – agente de segurança 
Figura 25
Embarque
Fonte: Adaptada de Agibert, 2017, p. 116.
Procedimentos gerais na segurança executiva 95
Legenda:
D – dignitário
C – chefe de equipe
AS – agente de segurança 
Segunda fase:
os AS 1, 2 e 3 desembarcam, guarnecendo as portas.
1
1
1
D
3
5
C
5
5
4
4
2
2
2
6
4
C
C
D
D
M 3
3
6
6
Primeira fase:
Terceira fase:
o AS 1 avança e o AS 2 desloca-se para a direita;
o AS 4 desembarca e abre a porta do D;
os AS 1, 2, 4 e 5 tomam as posições em torno do D;
os AS 3 e 6 permanecem guarnecendo o comboio.
Figura 26
Desembarque
Fonte: Adaptada de Agibert, 2017, p. 117.
Como visto, o estabelecimento e a adoção de procedimentos ope-
racionais padronizados – que devem ser conhecidos em detalhes tanto 
pelos agentes de proteção quanto pela autoridade/protegido – minimi-
zam substancialmente os possíveis problemas e desafios, contribuindo 
para a melhor eficiência dos serviços prestados. 
96 Procedimentos gerais na segurança executiva
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A atuação dos profissionais de segurança pessoal deve ser suportada 
por uma estrutura organizacional constituída de elementos suficientes 
para o efetivo cumprimento da missão.
Entre esses elementos, incluem-se a parte logística e a de recursos 
humanos, mas sobretudo a dinâmica institucional, que deve estar consoli-
dada por meio de um planejamento adequado bem como pela existência 
de protocolos e procedimentos padronizados.
Um planejamento geral e abrangente serve como norteador das ativi-
dades desenvolvidas, uma vez que fundamenta os tão necessários proto-
colos e procedimentos padronizados.
Por outro lado, a execução de cada operação deve ser antecedida do 
imprescindível planejamento específico que, com a coleta de informações 
e produção de inteligência, consegue especificar os detalhes de cada 
missão, procurando contemplar uma maior gama de possibilidades. 
As técnicas de formação da equipe aproximada e do comboio sem-
pre podem ser aperfeiçoadas e sofrer modificações e atualizações ao lon-
go do tempo. No entanto, elas servem como um importante balizador e 
norteador dos procedimentos há muito tempo empregados por diversas 
agências de proteção ao redor do mundo.
ATIVIDADES
1. Quais são as características de um bom planejamento de 
segurança pessoal?
2. Apresente os vetores extraídos do conceito de risco. 
3. Qual é a importância do estabelecimento de procedimentosoperacionais padronizados no serviço de segurança pessoal? 
REFERÊNCIAS
AGIBERT, C. Segurança executiva e de autoridades. Curitiba: Intersaberes, 2017. 
MARCONDES, J. S. Identificação, Análise e Avaliação de Riscos na Segurança Patrimonial. 
Blog Gestão de Segurança Privada, 2021a. Disponível em: https://gestaodesegurancaprivada.
com.br/iidentificacao-analise-e-avaliacao-de-riscos/. Acesso em: 16 abr. 2021. 
MARCONDES, J. S. Método William T. Fine para identificação e avaliação de riscos. Blog 
Gestão de Segurança Privada, 2021b. Disponível em: https://gestaodesegurancaprivada.
com.br/metodo-william-t-fine-identificacao-avaliacao-riscos/. Acesso em: 16 abr. 2021. 
Vídeo
https://gestaodesegurancaprivada.com.br/iidentificacao-analise-e-avaliacao-de-riscos/
https://gestaodesegurancaprivada.com.br/iidentificacao-analise-e-avaliacao-de-riscos/
Procedimentos gerais na segurança executiva 97
MARCONDES, J. S. Risco: O que é? Definições e conceitos, classificação e tipos de riscos. Blog 
Gestão de Segurança Privada, 8 jun. 2020. Disponível em: https://gestaodesegurancaprivada.
com.br/risco-o-que-e-definicoes-e-conceitos/. Acesso em: 16 abr. 2021. 
SILVA, J. Planejamento estratégico de segurança e proteção de dignitários da governadoria 
do Paraná. 2012. Monografia (Curso de Aperfeiçoamento de Oficiais) – Academia Policial 
Militar do Guatupê, São José dos Pinhais.
https://gestaodesegurancaprivada.com.br/risco-o-que-e-definicoes-e-conceitos/
https://gestaodesegurancaprivada.com.br/risco-o-que-e-definicoes-e-conceitos/
98 Gerenciamento de segurança executiva
5
Procedimentos especiais 
na segurança executiva
A segurança pessoal, além da proteção física desenvolvida 
pela equipe de segurança aproximada – fixa ou móvel –, envolve 
diversas atividades e procedimentos.
Nesse sentido, o agente de proteção precisa estar devidamente 
preparado para executar alguns procedimentos especiais – ainda 
que não muito especializados, como operações cibernéticas com-
plexas – que demandam conhecimento, treinamento e qualificação.
Entre esses procedimentos especiais, pode-se citar as inspe-
ções e varreduras, que têm por objetivo buscar elementos que 
caracterizam ameaças à autoridade e/ou ao protegido.
Além disso, conhecer as tecnologias disponíveis para a segu-
rança pessoal pode fazer a diferença e incrementar a eficiência na 
prestação do serviço, trazendo maiores e melhores resultados.
Neste capítulo, são contextualizadas questões no que diz res-
peito aos procedimentos especiais, às inspeções e varreduras e ao 
uso de tecnologia.
5.1 Contextualização 
Vídeo A prestação do serviço de segurança pessoal comporta inúmeras 
atividades, como coordenação geral, gestão logística, planejamento, 
setor de análise e grupos de preparação e execução.
Todos os envolvidos têm um papel fundamental nessa grande en-
grenagem e, para tanto, precisam estar treinados e qualificados sufi-
ciente e satisfatoriamente.
Procedimentos especiais na segurança executiva 99
Atualmente as demandas apresentam-se cada vez mais intensas, 
dinâmicas e urgentes, exigindo um nível de planejamento, preparo e 
desempenho mais objetivo, pontual e eficiente.
Nesse sentido, existem procedimentos gerais, aqueles voltados 
ao planejamento e à execução específicos da atividade de segurança 
pessoal, entre os quais cita-se a realização do levantamento de infor-
mações e a própria proteção aproximada, com os agentes acompa-
nhando todos os passos da autoridade e/ou protegido.
Além disso, também pode-se mencionar os procedimentos espe-
ciais, isto é, aqueles que apresentam algumas particularidades ou pe-
culiaridades que demandam um estudo individualizado.
A possibilidade de se instalar escutas telefônicas e ambientais, câ-
meras secretas e explosivos não é apenas fruto de uma imaginação 
fértil e paranoica, mas uma situação concreta e real, que pode ser men-
surada e aprimorada quando da análise de risco personalizada.
Com o objetivo de ilustrar com exemplos relativamente recentes, 
pode-se citar o envio de artefatos explosivos ao ex-Presidente ame-
ricano Barack Obama, a Hillary Clinton e ao ex-Diretor da CIA, John 
Brennan. Além disso, em 2013 ocorreu uma tentativa de envio de carta 
contendo ricina, um veneno de origem vegetal, a Barack Obama, Presi-
dente dos Estados Unidos na época.
Pode-se verificar, portanto, que atentados com explosivos, 
cartas-bomba e/ou cartas com agentes tóxicos, químicos ou biológicos 
constituem uma possibilidade real e que deve ser seriamente conside-
rada pela equipe de proteção.
No que se refere às interceptações telefônicas, Hamann (2016) es-
clarece que os telefones fixos podem ser grampeados de diversos mo-
dos. De maneira geral, os métodos envolvem a inserção de cabos que 
dividem o sinal do telefone, um sinal é para que ele seja gravado, e 
outro para permitir que o sinal chegue ao interlocutor. O grampo pode 
ser realizado também em caixas externas, quando não se tem acesso 
à residência. 
Quando a justiça autoriza a aplicação de grampos, agentes espe-
cializados conseguem acessar cabos de transmissão para modificar a 
rede fisicamente ou, em caso de grampo para telefone celular, solicitar 
o acesso às operadoras de telefonia.
A matéria Pacotes com 
explosivos foram enviados 
para Obama e Hillary 
Clinton, publicada na 
revista Veja, em 2018, 
mostra como o proce-
dimento de triagem do 
Serviço Secreto evitou um 
acidente.
Disponível em: https://veja.abril.
com.br/mundo/pacotes-com-
explosivos-foram-enviados-para-
obama-e-hillary-clinton/. Acesso 
em: 20 abr. 2021.
Leitura
A matéria Carta com subs-
tância letal ricina é enviada 
a Obama, diz FBI, publi-
cada no G1 – o portal de 
notícias da Globo –, em 
2013, apresenta detalhes 
de como ocorreu o envio 
dessa carta e de como 
o serviço de segurança 
evitou uma tragédia.
Disponível em: http://g1.globo.
com/mundo/noticia/2013/04/
carta-com-substancia-suspeita-e-
enviada-obama-diz-servico-secreto.
html. Acesso em: 20 abr. 2021.
Leitura
Em 2018, além de 
autoridades, algumas 
pessoas públicas recebe-
ram cartas com antraz. 
Para saber mais sobre 
o ocorrido, indica-se a 
leitura da matéria De onde 
vem o medo das cartas 
com pó branco nos EUA, 
publicada no Portal R7.
Disponível em: https://noticias.
r7.com/internacional/de-onde-
vem-o-medo-das-cartas-com-po-
branco-nos-eua-12022018. Acesso 
em: 20 abr. 2021.
Saiba mais
https://veja.abril.com.br/mundo/pacotes-com-explosivos-foram-enviados-para-obama-e-hillary-clinton/
https://veja.abril.com.br/mundo/pacotes-com-explosivos-foram-enviados-para-obama-e-hillary-clinton/
https://veja.abril.com.br/mundo/pacotes-com-explosivos-foram-enviados-para-obama-e-hillary-clinton/
https://veja.abril.com.br/mundo/pacotes-com-explosivos-foram-enviados-para-obama-e-hillary-clinton/
http://g1.globo.com/mundo/noticia/2013/04/carta-com-substancia-suspeita-e-enviada-obama-diz-servico-secreto.html
http://g1.globo.com/mundo/noticia/2013/04/carta-com-substancia-suspeita-e-enviada-obama-diz-servico-secreto.html
http://g1.globo.com/mundo/noticia/2013/04/carta-com-substancia-suspeita-e-enviada-obama-diz-servico-secreto.html
http://g1.globo.com/mundo/noticia/2013/04/carta-com-substancia-suspeita-e-enviada-obama-diz-servico-secreto.html
http://g1.globo.com/mundo/noticia/2013/04/carta-com-substancia-suspeita-e-enviada-obama-diz-servico-secreto.html
https://noticias.r7.com/internacional/de-onde-vem-o-medo-das-cartas-com-po-branco-nos-eua-1202201
https://noticias.r7.com/internacional/de-onde-vem-o-medo-das-cartas-com-po-branco-nos-eua-1202201
https://noticias.r7.com/internacional/de-onde-vem-o-medo-das-cartas-com-po-branco-nos-eua-1202201
https://noticias.r7.com/internacional/de-onde-vem-o-medo-das-cartas-com-po-branco-nos-eua-1202201
100 Gerenciamento de segurança executiva
A interceptação telefônica ou telemática no Brasil depende de au-
torização judicial, nos termos da Lei Federal n. 9.296, de 24 de julho de 
1996, que estabelece:
Art. 1º. A interceptação de comunicações telefônicas, de qualquer natureza, para provaem investigação criminal e em instrução processual penal, observará o disposto nesta 
Lei e dependerá de ordem do juiz competente da ação principal, sob segredo de justiça. 
Parágrafo único. O disposto nesta Lei aplica-se à interceptação do fluxo de comunica-
ções em sistemas de informática e telemática. 
Art. 2°. Não será admitida a interceptação de comunicações telefônicas quando ocorrer 
qualquer das seguintes hipóteses:
 I – não houver indícios razoáveis da autoria ou participação em infração penal; 
II – a prova puder ser feita por outros meios disponíveis; 
III – o fato investigado constituir infração penal punida, no máximo, com pena de de-
tenção. Parágrafo único. Em qualquer hipótese deve ser descrita com clareza a situação 
objeto da investigação, inclusive com a indicação e qualificação dos investigados, salvo 
impossibilidade manifesta, devidamente justificada. 
Art. 3°. A interceptação das comunicações telefônicas poderá ser determinada pelo juiz, 
de ofício ou a requerimento: 
I – da autoridade policial, na investigação criminal;
II – do representante do Ministério Público, na investigação criminal e na instrução 
processual penal. [...] 
Art. 5°. A decisão será fundamentada, sob pena de nulidade, indicando também a for-
ma de execução da diligência, que não poderá exceder o prazo de quinze dias, renovável 
por igual tempo uma vez comprovada a indispensabilidade do meio de prova. [...] 
Art. 8º-A. Para investigação ou instrução criminal, poderá ser autorizada pelo juiz, a 
requerimento da autoridade policial ou do Ministério Público, a captação ambiental de 
sinais eletromagnéticos, ópticos ou acústicos, quando 
I – a prova não puder ser feita por outros meios disponíveis e igualmente eficazes; 
II – houver elementos probatórios razoáveis de autoria e participação em infrações cri-
minais cujas penas máximas sejam superiores a 4 (quatro) anos ou em infrações penais 
conexas.
§ 1º. O requerimento deverá descrever circunstanciadamente o local e a forma de ins-
talação do dispositivo de captação ambiental. 
§ 3º. A captação ambiental não poderá exceder o prazo de 15 (quinze) dias, renovável 
por decisão judicial por iguais períodos, se comprovada a indispensabilidade do meio 
de prova e quando presente atividade criminal permanente, habitual ou continuada. 
(BRASIL, 1996)
Procedimentos especiais na segurança executiva 101
Verifica-se, dessa forma, que a medida tanto de interceptação tele-
fônica/telemática quanto de captação ambiental pode durar no máxi-
mo 15 dias e deve seguir orientação legal extremamente rígida, o que 
serve para demonstrar a excepcionalidade da providência.
A equipe de proteção, no entanto, precisa estar preparada principal-
mente para detectar as interceptações ou captações ambientais ilegais 
realizadas por pessoas com interesses escusos, criminosos e ilícitos.
Nesse sentido, Hamann (2016) ensina que nos aparelhos celulares 
“o grampo ilegal geralmente envolve softwares ilegais”, fazendo muitas 
vezes com que as baterias superaqueçam por causa do esforço “dobra-
do” para funcionar.
Dessa maneira, a instalação de programas antivírus eficientes é 
extremamente recomendada, assim como o cuidado exagerado com 
o aparelho, verificando onde ele é deixado, com quem e por quanto 
tempo, uma vez que a esmagadora maioria – senão a totalidade – dos 
softwares espiões precisam ser instalados no aparelho, ou seja, o crimi-
noso precisa ter acesso a ele.
No que diz respeito às captações ambiental, de áudio e de vídeo, 
destacam-se as câmeras ocultas, isso porque elas podem estar pratica-
mente em qualquer coisa.
Não precisa ir muito longe. Uma pesquisa básica por “câmera escon-
dida” no website da Amazon, por exemplo, retorna resultados incluin-
do relógios despertadores, carregadores de celular, óculos, canetas, 
ganchos de roupa, lâmpadas, e assim por diante.
Naturalmente, o pessoal especializado dispõe de conhecimentos 
técnicos mais aprofundados que permitem uma varredura/inspeção 
completa de modo a garantir a segurança da autoridade/protegido, ou 
pelo menos minimizar os riscos existentes.
A seção a seguir apresenta mais detalhes sobre as inspeções e var-
reduras e o uso de tecnologias na segurança pessoal.
O artigo Como identifi-
car câmeras escondidas 
em qualquer lugar, de 
Thamyris Fernandes, 
apresenta mais infor-
mações sobre o uso das 
câmeras escondidas 
e como identificá-las. 
Essas dicas são bastante 
interessantes porque 
apresentam procedimen-
tos relativamente simples 
que podem ser adotados 
por qualquer pessoa.
Disponível em: https://
segredosdomundo.r7.com/como-
identificar-cameras-escondidas-
em-qualquer-lugar/. Acesso em: 
20 abr. 2021.
Leitura
https://segredosdomundo.r7.com/author/renata/
https://segredosdomundo.r7.com/como-identificar-cameras-escondidas-em-qualquer-lugar/
https://segredosdomundo.r7.com/como-identificar-cameras-escondidas-em-qualquer-lugar/
https://segredosdomundo.r7.com/como-identificar-cameras-escondidas-em-qualquer-lugar/
https://segredosdomundo.r7.com/como-identificar-cameras-escondidas-em-qualquer-lugar/
102 Gerenciamento de segurança executiva
5.2 Inspeções e varreduras 
Vídeo A atividade de inspeção/varredura geralmente é realizada pela equi-
pe precursora, integrante do grupo de preparação, e deve incluir todos 
os lugares onde a autoridade estará – fixos ou móveis –, como veículos, 
aeronaves, embarcações, salas, salão de eventos, dormitórios, suítes 
de hotel, entre outros.
Cavalcante (2016), citado por Agibert (2017, p. 120), faz as seguintes 
considerações:
numa varredura busca-se identificar previamente qualquer peri-
go potencial, armadilhas, artefatos explosivos ou equipamentos 
de vigilância clandestina (escuta/câmeras), sendo necessário que 
os profissionais responsáveis por sua execução detenham os co-
nhecimentos técnicos necessários para tanto. As áreas ou com-
partimentos devem ser divididos por equipes de dois agentes e 
minuciosamente vistoriados, em diferentes alturas.
Pode-se perceber, portanto, que as inspeções e varreduras buscam 
encontrar, de maneira especial, equipamentos clandestinos, como câ-
meras escondidas e dispositivos interceptadores de comunicações te-
lefônicas, além de artefatos explosivos.
Isso significa que, dentro desse primeiro tópico, a preocupação da 
equipe de segurança pessoal é com a privacidade e o sigilo das comu-
nicações da autoridade/protegido.
Os telefones sempre foram um ponto de vulnerabilidade para 
qualquer pessoa. Mesmo modernamente, até os celulares mais novos 
continuam sendo frágeis do ponto de vista da segurança, ainda que 
algumas modificações tenham sido realizadas.
Ilustrando algumas dessas modificações, pode-se citar a questão do 
acesso ao aparelho, com senhas de destravamento, passando por sím-
bolos até impressões digitais e íris.
Por outro lado, há o problema dos aplicativos instalados – até mes-
mo os de troca de mensagens – que podem ou não se comunicar entre 
si, acessando dados, fotos e vídeos do aparelho.
Consequentemente, por uma perspectiva existe o risco natural dos 
aplicativos instalados voluntariamente no aparelho, sem contar com o 
risco de uma invasão e a instalação forçada de aplicativos maliciosos, 
O vídeo Como saber se seu 
celular está sendo espio-
nado ou grampeado, do 
canal LuizFLB, apresenta 
de uma forma bastante 
simples procedimentos 
fáceis para verificação do 
aparelho celular.
Disponível em: https://youtu.
be/iErwkqPkUsM. Acesso em: 20 
abr. 2021.
Vídeo
https://youtu.be/iErwkqPkUsM
https://youtu.be/iErwkqPkUsM
Procedimentos especiais na segurança executiva 103
chamados de espiões, que podem copiar e rastrear todas as atividades, 
desde acesso a e-mails até troca de mensagens e transações bancárias.
Com relação aos aplicativos de mensagens, recentemente houve 
discussão sobre a segurança do aplicativo WhatsApp, que acabou cain-
do no gosto popular, mas apresenta algumas fragilidades.
À guisa de discussão, o aplicativo Telegram tem alguns recursos 
interessantes, como o chat secreto, quepermite estabelecer um tem-
porizador para autodestruição das mensagens enviadas, além de invia-
bilizar o print da tela.
De qualquer maneira, há algumas possibilidades de que haja inclu-
sive gravações ambientais mesmo com o aparelho celular desligado. 
Portanto pode-se verificar que, seja por uma perspectiva, seja por ou-
tra, o aparelho celular não é dos mais seguros.
Desse modo, tem-se basicamente duas vertentes, aparelhos de te-
lefonia fixa e aparelhos de telefonia celular que podem ser intercepta-
dos, causando muitos prejuízos à autoridade ou ao protegido.
Cavalcante (2016 apud AGIBERT, 2017, p. 121) elucida que os tele-
fones fixos podem ser “‘grampeados’ a partir de transmissores eletrô-
nicos miniaturizados, instalados no próprio aparelho, na tomada da 
parede ou conectados em algum ponto da linha telefônica, caixas de 
controle ou centrais telefônicas”. O autor ainda considera que talvez a 
forma mais segura de se tratar de assuntos sigilosos seja pessoalmente 
em local já vistoriado e inspecionado, sem escutas ambientais.
O procedimento de inspeção contra escutas pode ocorrer de 
duas formas: inspeção física e inspeção eletrônica. Esta é realizada 
por meio da utilização de equipamentos rastreadores de frequên-
cias, que podem detectar a existência de dispositivos eletrônicos no 
ambiente.
Na inspeção física
podem ser percebidos indícios de que uma escuta foi instalada 
num determinado ambiente ou objeto, tais como: uma pintu-
ra visivelmente recente; diferença de tonalidade entre pinturas 
de uma mesma cor, denunciando que a mesma possa ter sido 
retocada mais recentemente num único ponto; emboço recen-
te numa parede; danos na pintura de acabamento de móveis e 
utensílios, os quais possam denunciar desmontagem e posterior 
Depois de uma manifes-
tação pública do bilioná-
rio Elon Musk, o aplicativo 
Signal teve uma explosão 
de downloads. Por isso 
indica-se a leitura do arti-
go Tweet de Elon Musk faz 
acesso ao Signal viralizar, 
de Jorge Marin, publicado 
no site TecMundo.
Disponível em: https://www.
tecmundo.com.br/internet/209107-
tweet-elon-musk-acesso-signal-
viralizar.htm#:~:text=Depois%20
de%20ultrapassar%20Jeff%20
Bezos,o%20aplicativo%20de%20
mensagens%20Signal. Acesso em: 
20 abr. 2021.
Leitura
https://www.tecmundo.com.br/internet/209107-tweet-elon-musk-acesso-signal-viralizar.htm#:~:text=Depois%20de%20ultrapassar%20Jeff%20Bezos,o%20aplicativo%20de%20mensagens%20Signal
https://www.tecmundo.com.br/internet/209107-tweet-elon-musk-acesso-signal-viralizar.htm#:~:text=Depois%20de%20ultrapassar%20Jeff%20Bezos,o%20aplicativo%20de%20mensagens%20Signal
https://www.tecmundo.com.br/internet/209107-tweet-elon-musk-acesso-signal-viralizar.htm#:~:text=Depois%20de%20ultrapassar%20Jeff%20Bezos,o%20aplicativo%20de%20mensagens%20Signal
https://www.tecmundo.com.br/internet/209107-tweet-elon-musk-acesso-signal-viralizar.htm#:~:text=Depois%20de%20ultrapassar%20Jeff%20Bezos,o%20aplicativo%20de%20mensagens%20Signal
https://www.tecmundo.com.br/internet/209107-tweet-elon-musk-acesso-signal-viralizar.htm#:~:text=Depois%20de%20ultrapassar%20Jeff%20Bezos,o%20aplicativo%20de%20mensagens%20Signal
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104 Gerenciamento de segurança executiva
montagem; sujeira, riscos ou marcas de mão em locais de acesso 
inusitado; pequenos fragmentos de fios, plásticos, fita crepe ou 
fita isolante; emprego de tecidos novos nos revestimentos de 
fundo de mobiliários; pregos novos, grampos, colagem e costu-
ras recentes; itens de acabamento mais novos do que os demais 
materiais originais; objetos de estilo não compatível com a deco-
ração do ambiente; marcas deixadas pela poeira, que indiquem 
ter havido modificação no ‘lay-out do ambiente’. Luzes do tipo ul-
tra-violeta ou azul-forense são altamente indicadas para visuali-
zação de marcas de reformas recentes em paredes ou coberturas 
de gesso, praticamente imperceptíveis a olho nu. Em casos extre-
mos, equipamentos de raio-X portáteis podem ser empregados 
para permitir a visualização através de paredes ou anteparos. Va-
riando em face do grau de risco do segurado, uma inspeção física 
pode compreender até a virtual ‘desmontagem’ de aparelhos a 
fim de detectar ‘bugs’ infiltrados nos seus componentes eletrô-
nicos. (CAVALCANTE, 2016 apud AGIBERT, 2017, p. 122-123)
A equipe de proteção encarregada da inspeção deve estar, 
portanto, atenta e deve procurar dispositivos, não apenas osten-
sivamente aparentes, mas também aqueles que podem estar es-
condidos em objetos decorativos, quadros, luminárias, canetas etc., 
às vezes até mesmo instalados por colaboradores como garçons, 
copeiras ou de manutenção.
Exemplos de alguns desses dispositivos:
 • extensões clandestinas, transmissores de rádio (normalmente 
FM) ou gravadores acoplados à linha telefônica, todos generica-
mente conhecidos por ‘GRAMPOS’;
 • microfones acoplados a ventosas para serem afixados em pare-
des, divisórias e vidros, os quais podem ser rapidamente insta-
lados por alguém do staff do dignitário devidamente aliciado ou 
por garçons, faxineiros ou prestadores de serviço;
 • microfones/transmissores dissimulados (escondidos sob a roupa 
ou sob a forma de objetos como canetas, ‘mouses’ de computa-
dor, cartões de crédito, calculadoras ou maços de cigarro) ou mo-
nitorando compartimentos (“ESCUTAS”) disfarçados no interior 
de tomadas, interruptores, por trás de quadros, sob mesas, em 
‘fundos falsos’ de itens de decoração ou mobília;
 • amplificadores de sons ou microfones parabólicos;
 • cabos especiais que permitem gravação de toques do teclado do 
microcomputador;
 • projetores de raios laser que registram a vibração sonora em su-
perfícies e as convertem em som audível;
Procedimentos especiais na segurança executiva 105
 • microcâmeras de foto e vídeo, normalmente dissimuladas em 
roupas, chapéus, bolsas, valises ou em objetos de decoração ou 
mobiliário;
 • câmeras de foto e vídeo que permitem grande aproximação 
de foco (‘zoom’), mesmo em condições de iluminação precária. 
(CAVALCANTE, 2016 apud AGIBERT, 2017, p. 123-124)
Nota-se, assim, que a inspeção física exige grande perspicácia, cria-
tividade, inteligência e habilidade, visto que as mentes criminosas não 
têm qualquer limite e utilizam de todos os meios possíveis para atingir 
seus nefastos objetivos.
Outra finalidade das inspeções e varreduras é a busca por artefatos 
explosivos. Aqui a preocupação é com a integridade física e com a vida 
da autoridade/protegido.
Nessa questão é importante mencionar que dificilmente um atenta-
do à bomba contra uma autoridade/protegido ocorrerá pela utilização 
de explosivos típicos, como bananas de dinamite. Todavia, recente-
mente, foi noticiado um atentado a explosivos contra o Presidente elei-
to da Bolívia, Luis Arce, em novembro de 2020.
Nesse caso, verifica-se que não houve feridos, mas que, pelas infor-
mações disponíveis, houve uma falha da equipe de segurança pessoal. 
Outro aspecto importante nesse exemplo é que o ataque ocorreu de 
maneira atual, simultânea.
Uma das possibilidades que justifica a inspeção e a varredura é que 
o ataque seja planejado e preparado para que ocorra posteriormente, 
em um momento específico.
Sob essa linha de raciocínio, é possível que inimigos instalem um ar-
tefato explosivo nos veículos da autoridade/protegido, ou que enviem 
um artefato explosivo mascarado em presentes, como vasos, maletas, 
caixas de bombom e até mesmo cartas-bomba.
Atualmente existem diversos tipos de explosivos, mas os plásticos 
são bastante utilizados para atentados, devido à sua maleabilidade e 
estabilidade.
Os explosivos plásticos além de serem extremamente potentes, 
possuem qualidades invejáveis aos demais:estabilidade, malea-
bilidade e resistência ao calor. Os explosivos plásticos podem 
ser moldados e aquecidos sem perigo de uma detonação inde-
sejada. O explosivo plástico moldável, composto por produtos 
O vídeo Luis Arce, Presi-
dente eleito da Bolívia, é 
alvo de tentativa de ataque 
com dinamite, do canal 
Jornalismo TV Cultura, 
apresenta detalhes do 
atentado a Arce.
Disponível em: https://
www.youtube.com/
watch?v=aEeqP3kGxKA&ab_
channel=JornalismoTVCultura. 
Acesso em: 20 abr. 2021.
Vídeo
https://www.youtube.com/watch?v=aEeqP3kGxKA&ab_channel=JornalismoTVCultura
https://www.youtube.com/watch?v=aEeqP3kGxKA&ab_channel=JornalismoTVCultura
https://www.youtube.com/watch?v=aEeqP3kGxKA&ab_channel=JornalismoTVCultura
https://www.youtube.com/watch?v=aEeqP3kGxKA&ab_channel=JornalismoTVCultura
106 Gerenciamento de segurança executiva
nitrados (altos explosivos), plastificantes e estabilizantes. Aplica-
do em demolições, moldagem e endurecimento superficial de 
metais e, em soldagem de placas metálicas. (MARCONDES, 2021)
O Quadro 1 apresenta exemplos de explosivos plásticos:
Quadro 1
Explosivos plásticos
C4 Semtex H Semtex A Semtex 10 Folha detonadora
Cor branca ou cinza laranja vermelha preta
branca, cinza, verde 
azeitona, rosa, ver-
melha ou azul
Textura pasta elástica pasta elástica pasta elástica pasta elástica folha elástica
Densidade 1,48g/cm3 1,48g/cm3 1,44g/cm3 1,43g/cm3 1,40g/cm3
Fonte: Adaptado de Explosivos..., 2021.
Nota-se facilmente que os explosivos plásticos (Figura 1) podem 
apresentar colorações diferentes e texturas diversas possuindo, inclu-
sive, densidades muito similares, o que os torna bastante versáteis.
Figura 1
Explosivos plásticos
Fi
le
 U
pl
oa
d 
Bo
t (
M
ag
nu
s 
M
an
sk
e)
/W
ik
im
ed
ia
 C
om
m
on
s
Ha
ra
ld
 H
an
se
n/
W
ik
im
ed
ia
 C
om
m
on
s
A B
Explosivos plásticos Sentex H (A) e C4 (B).
Dessa maneira, devido à versatilidade dos explosivos plásticos, de-
ve-se ter cuidado triplicado ao fazer as verificações de “encomendas” 
enviadas à autoridade ou ao executivo, como cartas e demais corres-
pondências, uma vez que elas podem esconder explosivos plásticos em 
seu interior.
Um outro tópico relevante é que quando o agente de proteção de-
tecta um artefato, ele deve isolar o local e, se for o caso, evacuar a estru-
tura e acionar os órgãos competentes para a verificação e destruição.
O vídeo Grupo anarquista 
grego teria enviado carta-
-bomba ao FMI, do canal 
Euronews, apresenta 
uma notícia interessante 
sobre um atentado com 
carta-bomba ao FMI.
Disponível em: https://youtu.
be/oqzkpzXFIjQ. Acesso em: 20 
abr. 2021.
Vídeo
https://youtu.be/oqzkpzXFIjQ
https://youtu.be/oqzkpzXFIjQ
Procedimentos especiais na segurança executiva 107
Como visto, as inspeções e varreduras são extremamente impor-
tantes no contexto da segurança pessoal, pois procuram preservar e 
proteger os locais nos quais estará a autoridade/protegido, tanto de 
ameaças à sua vida ou integridade física, à sua privacidade e ao sigilo 
de comunicações.
5.3 Uso de tecnologia 
Vídeo Pessoas mais desatualizadas podem pensar o uso de tecnologia da 
segurança pessoal como algo totalmente desnecessário. Ledo engano, 
pois cada vez mais a tecnologia tem sido fundamental para o desempe-
nho da atividade de proteção. Entre as tecnologias disponíveis cita-se o 
uso de veículos blindados, satélites, detectores de metal, armas bioló-
gicas, químicas e radioativas etc.
Um dos mais comuns usos para a segurança pessoal de autorida-
des é a blindagem veicular, que, apesar de não ser invencível, garante 
melhor proteção.
Inicialmente deve-se entender que a blindagem deixa o veículo mais 
pesado (em torno de uns 10 a 15% a mais) e exige alguns cuidados 
adicionais com a manutenção e conservação – evitar abrir as janelas 
repetidas vezes, por exemplo.
A blindagem também não é barata, chegando facilmente na casa 
dos R$ 50 mil reais, pode ser um pouco abaixo ou acima, dependendo 
do veículo, conforme já demonstrado.
A atividade de blindagem balística é sujeita ao controle e à fiscali-
zação do Exército Brasileiro. Nesse sentido, destaca-se a seguir as dis-
posições do Decreto Federal n. 10.030, que aprovou o Regulamento de 
Produtos Controlados.
Art. 15 [...]
§ 2º. São produtos controlados de uso restrito:
V – os veículos automotores com blindagem às munições de uso restrito, conforme estabelecido em norma 
editada pelo Comando do Exército; [...] 
Art. 39. A prestação de serviço compreende o transporte, a armazenagem, a manutenção, a reparação, a 
aplicação de blindagem balística, a capacitação para utilização de PCE, a detonação, a destruição de PCE, 
a locação, os serviços de correios, a representação comercial autônoma e o serviço de procurador legal de 
pessoas que exerçam atividade com PCE. [...] 
§ 7º. O processo de blindagem compreende a aplicação de PCE em veículos automotores, embarcações e 
aeronaves ou em estruturas arquitetônicas. (BRASIL, 2019, grifos nossos)
108 Gerenciamento de segurança executiva
A Portaria n. 94-COLOG – Comando Logístico do Exército Brasileiro – 
dispõe sobre veículos blindados e blindagens balísticas e o Sistema de Con-
trole de Veículos Automotores Blindados e Blindagens Balísticas (SICOVAB).
Observe as disposições mais relevantes:
Art. 6º. Os níveis de proteção balística são os constantes da 
norma ABNT NBR 15000 - Blindagens para impactos balísticos - 
Classificação e critérios de avaliação. Parágrafo único. Os níveis 
de proteção balística III e IV são considerados de uso restrito.
Art. 7º. O serviço de blindagem em veículos automotores deve 
ser precedido de autorização da Região Militar (RM) de vincula-
ção da blindadora, por intermédio do SICOVAB. Parágrafo único. 
Não será autorizada a blindagem de veículos automotores com 
nível de proteção balística IV. (BRASIL, 2019)
Dessa maneira, um outro aspecto bastante importante é compreender 
qual tipo de proteção é propiciado pela blindagem. Para tanto, deve-se veri-
ficar quais os níveis de proteção balística existentes, ressaltando-se que os 
níveis I e II são de uso permitido e que os níveis III e IV são de uso restrito.
A norma NBR 15000, da Associação Brasileira de Normas Técnicas 
(ABNT), estabelece:
Tabela 1
Nível de proteção do sistema de blindagem quanto ao impacto balístico
Nível Munição
Massa do projétil
g
Vo m/s Número de impactos
I
.22 LRHV Chumbo 2,6 ± 0,1 320 ± 10 5
.38 Special RN Chumbo 10,2 ± 0,1 254 ± 15 5
II-A
9 FMJ 8,0 ± 0,1 332 ± 12 5
357 Magnum JSP 10,2 ± 0,1 381 ± 12 5
II
9 FMJ 8,0 ± 0,1 358 ± 15 5
357 Magnum JSP 10,2 ± 0,1 425 ± 15 5
III-A
9 FMJ 8,0 ± 0,1 426 ± 15 5
.44 Magnun SWC GC 15,6 ± 0,1 426 ± 15 5
III
7,62 x 51FMJ
(.308 – Winchester)
9,8 ± 0,1 838 ± 15 5
IV .30 – 06AP 10,8 ± 0,1 868 ± 15 1
LRHV – Long Rile High Velocity RN – Round Nose
FMJ – Full Metal Jacketed JSP – Joint Soft Point
SW GC – Semi WadCutter Gas Check AP – Armor Piercing
Fonte: Adaptada de ABNT, 2005.
Procedimentos especiais na segurança executiva 109
Verifica-se, portanto, que, de acordo com as normas existentes, a 
blindagem de veículos pode ser realizada apenas até o nível III, ou seja, 
é eficiente para proteger contra a maioria dos cartuchos.
Isso significa que é possível realizar uma blindagem veicular den-
tro da legalidade e que atenda às especificações de segurança para a 
autoridade/protegido estabelecidas em análise de risco personalizada.
A seguir pode-se verificar uma ilustração da blindagem veicular.
Figura 2
Blindagem veicular
Blindagem total 
do tetoVidros 
dianteiros 
móveis Moldura em 
aço para 
para-brisa e 
vigia
Sistema 
de alerta 
eletrônico 
Dispositivo de 
rastreamento 
veicular
Sirene com 
viva-voz
Colunas em 
aço balístico 
Blindagem do 
porta-malas
Blindagem das 
caixas de rodas 
Proteção “box” 
das maçanetas
Blindagem interna dos 
espelhos retrovisores
Blindagem do 
assoalho 
Blindagem do tanque
Blindagem do 
motor
Proteção da 
parte interna do 
motor
Cintas 
protetoras 
para rodas 
Proteção do 
tetosolar Dispositivo de 
emergência para 
abertura do 
porta-malas 
Fonte: Adaptada de Carneiro, 2021.
No processo de blindagem a área a ser blindada classifica-se em 
duas partes:
uma delas é a opaca, na qual utilizam-se chapas de aço ou mantas 
de aramida, material sintético também conhecido como Kevlar e 
cuja principal característica é que absorve a energia do impacto. 
A outra é a região transparente, e nesse caso os vidros precisam 
ao mesmo tempo assegurar a segurança contra o projétil e a vi-
sibilidade necessária ao conforto e à dirigibilidade. [...] Devido 
à baixa resistência intrínseca dos vidros, a solução consiste em 
construir placas com camadas intercaladas de vidro e policarbo-
nato, formando assim ‘sanduíches’ que são capazes de resistir 
O vídeo Conheça o passo a 
passo da blindagem auto-
motiva, do canal Protecta 
Defesa e Segurança, 
apresenta a dinâmica e 
os procedimentos para a 
blindagem veicular.
Disponível em: https://youtu.be/
LmB9ZfVAmNs. Acesso em: 20 
abr. 2021.
Vídeo
https://youtu.be/LmB9ZfVAmNs
https://youtu.be/LmB9ZfVAmNs
110 Gerenciamento de segurança executiva
aos projéteis. No processo de blindagem, trocam-se todos os vi-
dros originais por vidros laminados, fabricados especialmente 
para resistir a impactos balísticos. O nível de contenção balística 
admissível depende do projeto do vidro blindado em questão. É 
preciso levar em consideração qual a quantidade de energia que 
ele deverá suportar, bem como o tipo e a frequência do projétil 
que será o vetor dessa energia. Praticamente não há limite para o 
nível de contenção balística de um vidro blindado, considerando-
-se apenas que quanto mais resistente tenderá sempre a tornar-
-se mais espesso. O para-brisa de um automóvel de passeio deve 
poder conter projéteis de armas de mão até fuzis de alto calibre; 
dependendo da tecnologia e do projeto do vidro. Assim como o 
peso, a espessura do vidro balístico varia de acordo com o nível 
de resistência balística e da tecnologia empregada na fabricação 
do mesmo. Atualmente, os vidros de maior nível tecnológico 
apresentam espessuras que variam entre 15 e 25mm, podendo 
chegar a 50mm no caso das mais sofisticadas ‘limousines’ gover-
namentais. (CAVALCANTE, 2016 apud AGIBERT, 2017, p. 141)
Os vidros recebem uma configuração própria para a blindagem, 
como pode-se verificar na ilustração a seguir:
Figura 3
Blindagem dos vidros
Vidro
Aço
Polivinilbutiral
Vidro
Polivinilbutiral
Vidro
Poliuretano
Policarbonato
Pintura cerâmica
Composição do vidro blindado
Fonte: Composição..., 2016.
Importante mencionar que os veículos blindados servem basica-
mente para dar mais tempo para que a autoridade/protegido seja re-
tirada do local o quanto antes, não são, portanto, escudos infalíveis.
Procedimentos especiais na segurança executiva 111
Outros dispositivos tecnológicos incluem acompanhamento da 
autoridade/protegido 24 horas por dia via satélite, detectores de ar-
mas diversas, como químicas, biológicas e radiológicas e os chamados 
scramblers, que protegem por criptografia linhas telefônicas fixas con-
tra interceptações.
Como exemplo, cita-se o Dispositivo Encrypt Telefone Scrambler de 
Chamadas com Criptografia, dispositivo criptografador de dados que 
funciona em telefone. A tecnologia utilizada é a mesma que os militares 
utilizam para manter as chamadas seguras e protegidas. Além disso, 
fornece maior segurança para as chamadas com métodos de cripto-
grafia que usam 1 milhão de códigos programáveis diferentes para 
fornecer a máxima segurança de chamadas telefônicas. Para que isso 
ocorra, ele é posicionado entre o telefone e sua linha, e deve-se utilizar 
apenas um chamador.
Nota-se, então, que cada vez mais existem inúmeras opções de 
recursos tecnológicos – de acordo com a capacidade orçamentária 
da agência de proteção – que podem ser utilizados para melhorar o 
aparato protetivo da autoridade/protegido em todas as suas nuan-
ces e perspectivas.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os agentes de proteção precisam estar devidamente treinados e habili-
tados para exercerem diversos papéis na segurança pessoal, uma vez que 
as demandas do serviço podem fazer com que eles sejam empregados 
em uma atividade em determinado momento e em outra posteriormente.
Dessa maneira, um integrante da equipe aproximada pode ser desig-
nado para a equipe precursora e, nessa hipótese, precisa conhecer a 
missão e sua forma de execução.
Assim, o conhecimento é distribuído de maneira uniforme e homo-
gênea entre os agentes de proteção, de tal sorte que todos possam ser 
eventuais substitutos dos demais.
Consequentemente, o domínio dos procedimentos padronizados e 
dos protocolos é fundamental para o correto desempenho das atribui-
ções. Nesse sentido, os agentes de proteção poderão ter que realizar ins-
peções, varreduras e utilizar corretamente as tecnologias disponíveis para 
garantir a segurança da autoridade/protegido.
112 Gerenciamento de segurança executiva
A busca por dispositivos de interceptação ambiental, de comunicação 
telefônica e/ou telemática e de artefatos explosivos pode ser um dife-
rencial e evitar uma tragédia, não apenas do ponto de vista da vida e da 
integridade física da autoridade e/ou do protegido, mas sob outras pers-
pectivas que também dizem respeito à sua intimidade e privacidade.
Dessa maneira, a autoridade/protegido estará blindada – na medida 
do possível – contra ataques ou ameaças concretas, podendo realizar 
suas atividades profissionais e pessoais com tranquilidade e serenidade, 
graças ao trabalho eficiente e eficaz de cada um dos componentes da 
agência de proteção.
ATIVIDADES
1. No Brasil, a interceptação ambiental, telefônica e/ou telemática pode 
ser realizada, desde que o Delegado de Polícia (Civil ou Federal) 
autorize? Justifique sua resposta.
2. O que é a atividade de inspeção/varredura e quem a realiza?
3. O uso de tecnologia é importante na segurança pessoal? Caso sim, cite 
alguns exemplos.
REFERÊNCIAS
ABNT. NBR ISO 15000. Blindagens para impactos balísticos: classificação e critérios de 
avaliação. Rio de janeiro, 2005.
AGIBERT, C. Segurança executiva e de autoridades. Intersaberes, Curitiba: 2017.
BRASIL. Decreto n. 10.030, de 30 de setembro de 2019. Diário Oficial da União, Poder 
Executivo, Brasília, DF, 1º out. 2019. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_
Ato2019-2022/2019/Decreto/D10030.htm#art6. Acesso em: 20 abr. 2021.
BRASIL. Lei n. 9.296, de 24 de julho de 1996. Diário Oficial da União, Poder Executivo, 
Brasília, DF, 25 jul. 1996. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9296.
htm. Acesso em: 20 abr. 2021.
BRASIL. Ministério da Defesa. Comando do Exército; Comando Logístico; Diretoria 
de Fiscalização de Produtos Controlados. Portaria n. 94-COLOG, de 16 de agosto de 
2019. EB 64447037703/2019-45. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 20 ago. 2019. 
Disponível em: https://www.in.gov.br/web/dou/-/portaria-n-94-colog-de-16-de-agosto-
de-2019-211442500. Acesso em: 20 abr. 2021.
CARNEIRO, M. Blindagem: a proteção não é cara e sim valiosa. MecanicaWeb, 2021. 
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Vídeo
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Decreto/D10030.htm#art6
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9296.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9296.htm
http://g1.globo.com/mundo/noticia/2013/04/carta-com-substancia-suspeita-e-enviada-obama-diz-servico-
http://g1.globo.com/mundo/noticia/2013/04/carta-com-substancia-suspeita-e-enviada-obama-diz-servico-https://www.vertcoblindagens.com.br/saiba-as-varias-categorias-de-blindagem
https://www.vertcoblindagens.com.br/saiba-as-varias-categorias-de-blindagem
Procedimentos especiais na segurança executiva 113
DISPOSITIVO Encrypt Telefone Scrambler de Chamadas com Criptografia. Mercado Espião 
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http://www.pt.renful.com/?products=plastic-explosives
http://www.pt.renful.com/?products=plastic-explosives
https://gestaodesegurancaprivada.com.br/explosivo-o-que-sao-quais-os-tipos/
https://gestaodesegurancaprivada.com.br/explosivo-o-que-sao-quais-os-tipos/
114 Gerenciamento de segurança executiva
GABARITO 
1 Introdução à segurança executiva
1. Similarmente, em Roma, a Guarda pretoriana foi concebida para 
proteger os Generais no campo de batalha, passando, na sequência, 
a proteger o Imperador. Na Inglaterra, a Yeomen of the Guard foi 
constituída por Henrique VII, em 1485, e era responsável pela proteção 
pessoal do(a) monarca britânico(a). O Papa é protegido pela Guarda 
Suíça, desde 1506.
2. O Gabinete de Segurança Institucional (GSI), com status de Ministério, 
é o responsável pela proteção pessoal do Presidente e do Vice-
Presidente, além de outras atribuições. A competência do GSI encontra-
-se estabelecida no Decreto Federal n. 9.668, de 2 de janeiro de 2019.
3. Não. Os serviços de proteção de autoridades e executivos cada 
vez mais mostram-se necessários e imprescindíveis, tanto na área 
pública quanto na privada. Seja pelo fenômeno da globalização – que 
trouxe muitos benefícios, mas também muitos desafios; seja pelo 
desenvolvimento tecnológico utilizado por organizações criminosas 
e por grupos terroristas; seja pelas crescentes demandas de 
segurança pública e privada ao redor do mundo; além da própria 
natureza da atividade desempenhada (como uma autoridade pública 
ou um executivo), pode-se perceber a importância de um serviço de 
proteção competente, preparado, treinado e com meios disponíveis 
e suficientes.
2 Serviços de segurança executiva
1. O Departamento de Polícia Federal também realiza atividades de 
proteção executiva. A previsão encontra-se no Regimento Interno da 
Polícia Federal, aprovado pela Portaria n.º 1.252, de 29 de dezembro 
de 2017. 
2. Os grupos públicos de segurança executiva são aqueles constituídos 
nas instituições vinculadas à Administração Pública nos níveis federal, 
estadual/distrital e até mesmo municipal.
3. Não, uma vez que é necessário o atendimento de vários requisitos 
legais e regulamentares, tendo as empresas que prestam o serviço de 
Gabarito 115
segurança executiva o registro, a autorização e a fiscalização devidos, 
disponibilizados pelo Departamento de Polícia Federal.
3 Equipe de segurança executiva
1. De acordo com o artigo 22 da Lei Federal n. 8.666, de 21 de junho de 
1993, são modalidades de licitação: I – concorrência; II – tomada de 
preços; III – convite; IV – concurso; e V – leilão.
2. Dentre as habilidades fundamentais, o agente deve possuir excelente 
condicionamento físico; capacitação em artes marciais, armamento e 
tiro, direção defensiva, ofensiva e evasiva, primeiros socorros, legislação, 
técnicas de varredura, inspeção e evacuação, segurança de instalações 
físicas, segurança cibernética, segurança alimentar, segurança social, 
segurança psicológica, segurança sanitária; ter conhecimentos gerais 
sobre geografia, história, política e economia local, regional, nacional 
e até internacional; conhecer normas de comportamento, isto é, de 
etiqueta social; e ser leal, honesto, extremamente discreto e não 
íntimo da autoridade/protegido.
3. Sim, pois a formação inicial associada a uma instrução de manutenção 
periódica será fundamental na consolidação dos conhecimentos 
adquiridos e para seu aperfeiçoamento, por meio da atualização das 
informações e das técnicas, além do aprimoramento e da modernização 
dos protocolos.
4 Procedimentos gerais na segurança executiva
1. Um bom planejamento deve ser flexível o suficiente para permitir 
alterações resultantes de fatos imprevisíveis. Todavia, ele deve ser 
objetivo e determinado para que seja possível o estabelecimento de 
procedimentos e protocolos.
2. Uma ameaça, uma vulnerabilidade e os resultados possíveis.
3. O estabelecimento e a adoção de procedimentos operacionais 
padronizados – que devem ser conhecidos em detalhes tanto pelos 
agentes de proteção quanto pela autoridade/protegido – minimizam 
substancialmente os possíveis problemas e desafios, contribuindo 
para a melhor eficiência dos serviços prestados.
116 Gerenciamento de segurança executiva
5 Procedimentos especiais na segurança executiva
1. Não, visto que no Brasil a interceptação ambiental, telefônica e/ou 
telemática só pode ser realizada mediante autorização judicial, nos 
termos da Lei Federal n. 9.296, de 24 de julho de 1996.
2. A atividade de inspeção/varredura geralmente é realizada pela equipe 
precursora, integrante do grupo de preparação, e deve incluir todos os 
lugares onde a autoridade estará – fixos ou móveis –, como veículos, 
aeronaves, embarcações, salas, salão de eventos, dormitórios, suítes 
de hotel, entre outros. A atividade de inspeção/varredura busca 
identificar previamente qualquer perigo potencial.
3. Sim, o uso de tecnologia na segurança pessoal é importante e até 
necessário. Podemos citar como exemplos o uso de veículos blindados, 
satélites, detectores de metal, armas biológicas, químicas e radioativas.
Código Logístico
I000037
Fundação Biblioteca Nacional
ISBN 978-65-5821-024-5
9 7 8 6 5 5 8 2 1 0 2 4 5
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