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Prévia do material em texto

SUMÁRIO 
1. DESENHO ARQUITETÔNICO .................................................................................... 3
2. NORMALIZAÇÃO ....................................................................................................... 6
3. ELEMENTOS DO DESENHO ..................................................................................... 8
3.1.LINHAS .................................................................................................................. 9 
3.2. CONVENÇÕES .................................................................................................. 10 
3.3. HACHURAS ........................................................................................................ 11 
3.4.FOLHAS ............................................................................................................... 11 
3.5. LEGENDAS ........................................................................................................ 12 
4. MATERIAIS DE DESENHO ...................................................................................... 14
5. O DESENHO EM CADA UMA DAS ETAPAS DE UM PROJETO ............................ 18
6. PROJETO ARQUITETÔNICO: REPRESENTAÇÃO E NOMENCLATURA ............. 21
6.1 – PLANTA ............................................................................................................ 22 
6.2 - PLANTA DO PAVIMENTO ................................................................................ 22 
6.3 - PLANTA DE LOCAÇÂO .................................................................................... 25 
6.4- ELEVAÇÃO / FACHADA .................................................................................... 26 
6.5- CORTES ............................................................................................................. 28 
6.6 - PLANTA DE SITUAÇÃO .................................................................................... 31 
6.7. COBERTURA ..................................................................................................... 31 
6.8.TITULO ................................................................................................................ 31 
6.9. PERSPECTIVA ................................................................................................... 31 
6.10. ESTATÍSTICA DO PROJETO ........................................................................... 32 
7. ESPECIFICAÇÕES DE MEDIDAS ........................................................................... 34
8. ESCALAS NUMÉRICAS E GRÁFICAS .................................................................... 37
9. COMPONENTES E ESPECIFICAÇÕES................................................................... 42
10. SÍMBOLOS GRÁFICOS .......................................................................................... 45
11. COBERTURAS ....................................................................................................... 54
12. CIRCULAÇÃO VERTICAL ...................................................................................... 69
12.1. ESCADAS ......................................................................................................... 70 
12.2. RAMPAS ........................................................................................................... 77 
12.3. ELEVADORES .................................................................................................. 79 
ROTEIRO PARA O DESENVOLVIMENTO DE UM PROJETO .................................... 88 
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ............................................................................ 101 
1 
DESENHO ARQUITETÔNICO 
HISTÓRIA 
 
 
O desenho arquitetônico é rigorosamente uma especialização do desenho técnico 
normatizado voltada à execução e a representação de projetos de Arquitetura. Em 
uma perspectiva mais ampla, porém, o desenho de arquitetura poderia ser encarado 
como todo o conjunto de registros gráficos produzidos por arquitetos ou outros 
profissionais durante ou não o processo de projeto arquitetônico. O desenho de 
arquitetura, portanto, manifesta-se como um código para uma linguagem, estabelecida 
entre o emissor (o desenhista ou projetista) e o receptor (o leitor do projeto). Dessa 
forma, seu entendimento envolve um certo nível de treinamento. Por este motivo, este 
tipo de desenho costuma ser uma disciplina importante nos primeiros períodos das 
faculdades de arquitetura. Também costuma se constituir em uma profissão própria, 
sendo os desenhistas técnicos comuns nos escritórios de projeto. 
 
 
 
 
Com a Revolução Industrial, os projetos das máquinas passaram a demandar maior 
rigor e precisão e consequentemente os diversos projetistas necessitavam agora de um 
meio comum para se comunicar e com tal eficiência que evitasse erros grosseiros de 
execução de seus produtos. Desta forma, instituíram-se a partir do século XIX as 
primeiras normas técnicas de representação gráfica de projetos, as quais incorporavam 
os estudos feitos durante o período de desenvolvimento da geometria descritiva, no 
século anterior. 
Imagem de uma prancheta de 
desenho, método de trabalho tornado 
obsoleto após a criação do CAD. 
Detalhe de um projeto produzido no século 
O desenho começou a ser usado como meio 
preferencial de representação do projeto arquitetônico a 
partir do Renascimento. Apesar disso, ainda não havia 
conhecimentos sistematizados de geometria descritiva, 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Desenho_t%C3%A9cnico
http://pt.wikipedia.org/wiki/Norma_t%C3%A9cnica
http://pt.wikipedia.org/wiki/Projeto
http://pt.wikipedia.org/wiki/Arquitectura
http://pt.wikipedia.org/wiki/Treinamento
http://pt.wikipedia.org/wiki/Disciplina
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ensino_da_arquitetura
http://pt.wikipedia.org/wiki/Imagem:Drafting_table.jpg
http://pt.wikipedia.org/wiki/Imagem:Drafting_table.jpg
http://pt.wikipedia.org/wiki/Imagem:Berlin_St_Gertraudt_Stiftung_AS_1.jpg
http://pt.wikipedia.org/wiki/Imagem:Berlin_St_Gertraudt_Stiftung_AS_1.jpg
http://pt.wikipedia.org/wiki/Revolu%C3%A7%C3%A3o_Industrial
http://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%A1quina
http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9culo_XIX
http://pt.wikipedia.org/wiki/Representa%C3%A7%C3%A3o_gr%C3%A1fica
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Prancheta&action=edit
http://pt.wikipedia.org/wiki/CAD
http://pt.wikipedia.org/wiki/Renascimento
http://pt.wikipedia.org/wiki/Geometria_descritiva
 
 
 Por este motivo, o desenho técnico (e, portanto, o desenho de arquitetura) era naquele 
momento considerado um recurso tecnológico imprescinível ao desenvolvimento 
econômico e industrial. 
A normatização hoje está mais avançada e completa, embora o desenho arquitetônico 
tenha passado a ser executado predominantemente em ambiente CAD (ou seja, de 
forma eletrônica). Por outro lado, para grande parte dos profissionais, o desenho à mão 
ainda é a génese e o principal meio para a elaboração de um projeto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://pt.wikipedia.org/wiki/CAD
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=G%C3%A9nese&action=edit
http://pt.wikipedia.org/wiki/Projeto
 
 
2 
NORMALIZAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A representação gráfica do desenho em si corresponde a uma norma internacional (sob 
a supervisão da ISO). Porém, geralmente, cada país costuma possuir suas próprias 
versões das normas, adaptadas por diversos motivos. 
 No Brasil, as normas são editadas pela ABNT, sendo a: NBR-6492 - 
Representação de projetos de arquitetura - a principal para o desenho 
arquitetonico. 
 A Norma Brasileira de Desenho Técnico é a NB 8 R , que trata de 
assuntos que serão estudados adiante como : Legendas , convenções de 
traços , sistema de representação , cotas , escalas . 
 
 
 
http://pt.wikipedia.org/wiki/ISO
http://pt.wikipedia.org/wiki/Brasil
http://pt.wikipedia.org/wiki/Associa%C3%A7%C3%A3o_Brasileira_de_Normas_T%C3%A9cnicas
 
 
3 
ELEMENTOSDO DESENHO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Para que a (futura) realidade do projeto seja bem representada, faz-se uso dos 
diversos instrumentos disponíveis no desenho tradicional, na geometria euclidiana e na 
geometria descritiva. Basicamente, o desenho arquitetônico manifesta-se 
principalmente através de linhas e superfícies preenchidas (hachuras). 
Costuma-se diferenciar no desenho duas entidades: uma é o próprio desenho (o objeto 
representado, um edifício, por exemplo) e o outro é o conjunto de símbolos, signos, 
cotas e textos que o complementam. 
As principais categorias do desenho de arquitetura são: as plantas, os cortes e seções 
e as elevações (ou alçados, eventualmente chamadas também como fachadas). 
 
3.1.LINHAS 
As linhas de um desenho normatizado devem ser regulares, legíveis (visíveis) e devem 
possuir constraste umas com as outras. 
 
I . ESPESSURA 
Linha grossa 
Linha média (metade da anterior) 
Linha fina (metade da anterior) 
 
II .TIPOS DE LINHA 
A-Linhas auxiliares (finas: cota, ladrilhos, etc.) 
B- Linhas gerais (média) 
C- Linhas principais (grossa) 
D- Partes invisíveis _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 
E- Eixos de simetria 
F- Seções ou cortes 
G- Interrupções 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Desenho
http://pt.wikipedia.org/wiki/Geometria_euclidiana
http://pt.wikipedia.org/wiki/Geometria_descritiva
http://pt.wikipedia.org/wiki/Linha
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Hachura&action=edit
http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%ADmbolo
http://pt.wikipedia.org/wiki/Signo
http://pt.wikipedia.org/wiki/Cota
http://pt.wikipedia.org/wiki/Texto
http://pt.wikipedia.org/wiki/Planta_%28geometria_descritiva%29
http://pt.wikipedia.org/wiki/Corte
http://pt.wikipedia.org/wiki/Se%C3%A7%C3%A3o
http://pt.wikipedia.org/wiki/Eleva%C3%A7%C3%A3o
http://pt.wikipedia.org/wiki/Fachada
 
 
 
Pesos e categorias de linhas 
Normalmente ocorre uma hierarquização das linhas, obtida através do diâmetro da 
pena (ou do grafite) utilizados para executá-la. Tradicionalmente usam-se quatro pesos 
de pena: 
 Linhas complementares - Pena 0,1. Usada basicamente para registrar 
elementos complementares do desenho, como linhas de cota, setas, 
linhas indicativas, linhas de projeção, etc. 
 Linha fina - Pena 0,2 (ou 0,3). Usada para representar os elementos em 
vista. 
 Linha média - Pena 0.4 (ou 0,5). Usada para representar os elementos 
que se encontram imediatamente a frente da linha de corte. 
 Linha grossa - Pena 0.6 (ou 0,7). Usada para representar elementos 
especiais, como as linhas indicativas de corte (eventualmente é usada 
para representar também elementos em corte, como a pena anterior). 
 
 
3.2. CONVENÇÕES 
 
Caracterização no projeto, das partes a conservar, a demolir e a construir: na 
representação de uma reforma é indispensável diferenciar muito bem o que existe e o 
que será demolido ou acrescentado. Estas indicações podem ser feitas usando as 
seguintes convenções: 
 
 
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Hierarquiza%C3%A7%C3%A3o&action=edit
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pena
http://pt.wikipedia.org/wiki/Grafite
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Linha_de_corte&action=edit
 
 
obs. Essa pintura deve ser feita , na cópia heliográfica , contínua e em tom suave; 
ou diretamente no desenho feito com o AUTOCAD . 
 
 
3.3. HACHURAS 
Os elementos que em um desenho projetivo estão sendo cortados aparecem com um 
peso maior no desenho. Além da linha mais grossa, esses elementos costumam estar 
preenchidos por uma determinada hachura. Cada material é representado por uma 
hachura diversa. 
 
3.4.FOLHAS 
Normalmemente, as folhas mais usadas para o desenho técnico são do tipo sulfite. 
Anteriormente à popularização do CAD, normalmente desenvolvia-se os desenhos em 
papel manteiga (desenhados à grafite) e eles eram arte-finalizados em papel vegetal 
(desenhados à nanquim). 
Tamanho das folhas 
 
Tamanhos de folhas (mm) 
A4 210 X 297 
A3 297 X 420 
A2 420 X 594 
A1 594 X 841 
A0 841 X 1189 
A
A
A
A
A
A0 
 
 
Concreto 
Concreto aparente 
Madeira 
Terra 
 
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Sulfite&action=edit
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Papel_manteiga&action=edit
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Papel_vegetal&action=edit
 
 
As folhas devem seguir os mesmos padrões do desenho técnico. No Brasil, a ABNT 
adota o padrão ISO: usa-se um módulo de 1 m² (um metro quadrado) cujas dimensões 
seguem uma proporção equivalente a raiz quadrada de 2 (841 x 1189 mm). Esta é a 
chamada folha A0 (a-zero). A partir desta, obtém-se múltiplos e submúltiplos (a folha 
A1 corresponde à metade da A0, assim como a 2ª0 corresponde ao dobro daquela. 
A maioria dos escritórios utiliza predominantemente os formatos A1 e A0, devido à 
escala dos desenhos e à quantidade de informação. Os formatos menores em geral 
são destinados a desenhos ilustrativos, catálogos, etc. Apesar da normatização 
incentivas o uso das folhas padronizadas, é muito comum que os desenhistas 
considerem que o módulo básico seja a folha A4 ao invés da A0. Isto costuma se dever 
ao fato de que qualquer folha obtida a partir desde móculo pode ser dobrada e 
encaixada em uma pasta neste tamanho, normalmente exigida pelos órgãos públicos 
de aprovação de projetos. 
 
3.5. LEGENDAS 
 
A legenda ou identificação na gíria profissional chama-se Carimbo, que tem a 
finalidade de uniformizar as informações que devem acompanhar os desenhos. Os 
tamanhos e formatos dos carimbos obedecem à tabela dos formatos A. Recomenda-se 
que o carimbo seja usado junto à margem, no canto inferior direito. Esta colocação é 
necessária para que haja boa visibilidade quando os desenhos são arquivados. O 
carimbo deve possuir as seguintes informações principais, ficando, no entanto, a 
critério do escritório, o acréscimo ou a supressão de outros dados: 
a- Nome do escritório , Companhia etc. ; 
b- Título do projeto ; 
c- Nome do arquiteto ou engenheiro ; 
d- Nome do desenhista e data ; 
e- Escalas ; 
f- Número de folhas e número da folha ; 
g- Assinatura do responsável técnico pelo projeto e execução da obra ; 
h- Nome e assinatura do cliente ; 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Metro_quadrado
http://pt.wikipedia.org/wiki/Raiz_quadrada
http://pt.wikipedia.org/wiki/Escala_%28medidas%29
 
 
i- Local para nomenclatura necessária ao arquivamento do desenho; 
j- Conteúdo da prancha 
 
 
 
 
 
 
4 
MATERIAIS DE DESENHO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Com a ampla difusão do desenho auxiliado pelo computador, a lista de materiais que 
tradicionalmente se usava para executar desenhos de arquitetura tem se tornado cada 
dia mais obsoleta. Alguns desses materiais, no entanto, ainda são eventualmente 
usados para checar algum problema com os desenhos impressos, ou no processo de 
treinamento de futuros desenhistas técnicos. 
 
A execução de desenhos de arquitetura no computador em geral exige a operação 
programas gráficos do tipo CAD que normalmente demandam equipamentos potentes 
em termos de capacidade de processamento, memória e hardware em geral. Hoje, o 
principal programa para lidar com estes tipos de desenho é o AutoCad, um software 
produzido pela empresa americana Autodesk. Seu formato de arquivos, o .dwg, é 
considerado o padrão “de facto” no mercado da construção civil para troca de 
informações de projeto. Existem diversos softwares de CAD para arquitetura. Além de 
programas CAD destinados ao desenho técnico de uma forma geral, como o AutoCAD 
e o Microstation, também existem softwares designados especificamente para o 
trabalho de projeto arquitetônico, como o ArchiCAD, o Autodesk Architectural Desktop, 
entre outros. 
http://pt.wikipedia.org/wiki/CAD
http://pt.wikipedia.org/wiki/Computador
http://pt.wikipedia.org/wiki/Mem%C3%B3ria
http://pt.wikipedia.org/wiki/Hardware
http://pt.wikipedia.org/wiki/AutoCad
http://pt.wikipedia.org/wiki/Softwarehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Autodesk
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=.dwg&action=edit
http://pt.wikipedia.org/wiki/Constru%C3%A7%C3%A3o_civil
http://pt.wikipedia.org/wiki/CAD
http://pt.wikipedia.org/wiki/AutoCAD
http://pt.wikipedia.org/wiki/Microstation
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=ArchiCAD&action=edit
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Autodesk_Architectural_Desktop&action=edit
 
 
CAD 
 
Desenho gerado em um programa do tipo CAD 
 
Desenho à mão 
A seguinte lista apresenta os materiais mais tradicionais no que concerne o desenho 
instrumentado à mão. Ressalta-se, porém, que muitos destes materiais estão se 
tornando raros nos escritórios de arquitetura, dada a sua informatização. 
 Prancheta de desenho. Uma mesa, normalmente inclinável, na qual seja 
possível manter pranchas de desenho em formatos grandes (como o A0) e onde se 
possam instalar reguas T ou paralelas. 
 Regua T ou Regua paralela. Instrumentos para traçado de retas 
parelelas e perpendiculares, a serem usadas juntamente de um par de esquadros. 
 Par de esquadros. Elementos para auxiliar o traçado de retas em 
ângulos pré-desenhados, como 30º, 45º, 60º e 90º. 
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/1/1d/PLANTA_proceso.JPG
http://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%A3o
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Prancheta_de_desenho&action=edit
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Regua_T&action=edit
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Regua_paralela&action=edit
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Esquadro&action=edit
 
 
 Escalímetro. Um tipo especial de regua, normalmente com seção 
triangular, com a qual podem ser medidas diversas escalas diferentes. 
 Lapiseiras ou lápis. Adequados às espessuras desejadas. 
 canetas nanquim. Para execução do desenho final. 
 Mata-gato. Instrumento que auxilia o uso da borracha em locais 
determinados do desenho. 
 Borracha. Podendo ser a comum ou a elétrica. 
 Conjunto de normógrafo e reguas caligráficas. Auxiliam a escrita de 
blocos de texto padronizados e com caligrafia técnica. 
 Lâmina e borracha de areia. Permitem a correção de desenhos errados 
efetuados à nanquim. 
 Gabaritos. Pequenas placas plásticas que possuem elementos pré-
desenhados vazados e auxiliam seu traçado, como instalações sanitárias, 
circunferências, etc. 
 Curva francesa. Um tipo especial de gabarito composto apenas por 
curvas. 
 
 
 
 
Um par de esquadros 
 
Curvas francesas em 
tamanhos diversos 
 
Exemplos de 
gabaritos 
 
Gabaritos 
caligráficos 
 
Diversos materiais de 
traçado 
 
Exemplo de um compasso 
 
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Escal%C3%ADmetro&action=edit
http://pt.wikipedia.org/wiki/Lapiseira
http://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%A1pis
http://pt.wikipedia.org/wiki/Caneta_nanquim
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Mata-gato&action=edit
http://pt.wikipedia.org/wiki/Borracha
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Norm%C3%B3grafo&action=edit
http://pt.wikipedia.org/wiki/Caligrafia
http://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%A2mina
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Gabarito&action=edit
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Curva_francesa&action=edit
http://pt.wikipedia.org/wiki/Imagem:Geometric_triangles.jpg
http://pt.wikipedia.org/wiki/Imagem:Geometric_triangles.jpg
http://pt.wikipedia.org/wiki/Imagem:Curve_stencils.jpg
http://pt.wikipedia.org/wiki/Imagem:Curve_stencils.jpg
http://pt.wikipedia.org/wiki/Imagem:Rulers01.jpg
http://pt.wikipedia.org/wiki/Imagem:Rulers01.jpg
http://pt.wikipedia.org/wiki/Imagem:Stencils01.jpg
http://pt.wikipedia.org/wiki/Imagem:Stencils01.jpg
http://pt.wikipedia.org/wiki/Imagem:Pens_Pencils.jpg
http://pt.wikipedia.org/wiki/Imagem:Pens_Pencils.jpg
http://pt.wikipedia.org/wiki/Imagem:Compass_%28drafting%29.jpg
http://pt.wikipedia.org/wiki/Imagem:Compass_%28drafting%29.jpg
 
 
5 
O DESENHO EM CADA UMA DAS 
ETAPAS DE UM PROJETO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Normalmente a complexidade e quantidade de informações de um desenho variam de 
acordo com a etapa do projeto. Apesar de existirem etapas intermediárias de projeto, 
as apresentadas a seguir normalmente são as mais comuns, pelas quais passam 
praticamente todos os grandes projetos. 
 
. Estudo Preliminar 
Cabe ao cliente dizer os objetivos que pretende atingir com sua construção, fornecer 
um programa ou lista de necessidades, fixar o tempo que gastará para construir e o 
custo máximo para a obra. 
No diálogo cliente - engenheiro vão surgindo problemas e soluções. Ao mesmo tempo 
o engenheiro estará fazendo suas pesquisas e anotações de modo a orientar suas 
primeiras idéias (croquis). 
A partir da localização do terreno (lote, quadra e bairro), faz-se a consulta prévia na 
prefeitura, que é um documento obrigatório para aprovação de projetos. Este 
documento fornece os parâmetros mínimos recomendados pela prefeitura, como: 
recuos, altura máxima da edificação, taxa de ocupação, coeficiente de 
aproveitamento... 
Logo depois o projeto vai tomando forma em esboços. O estudo preliminar, que 
envolve a análise das várias condicionantes do projeto, normalmente materializa-se em 
uma série de croquis e esboços que não precisam necessariamente seguir as regras 
tradicionais do desenho arquitetônico. É um desenho mais livre, constituído por um 
traço sem a rigidez dos desenhos típicos das etapas posteriores. 
 
.Anteprojeto. 
Do esboço passado a limpo surge o anteprojeto. Nesta etapa, com as várias 
características do projeto já definidas, (implantação, estrutura, elementos construtivos, 
organização funcional, partido, etc), o desenho já abrange um nível maior de rigor e 
detalhamento. No entanto, não costuma ser necessário informar uma quantidade muito 
grande, nem muito trabalhada, de detalhes da construção. Em um projeto residencial, 
por exemplo, costuma-se trabalhar nas escalas 1:100 ou 1:200.Nesta etapa ainda são 
anexadas perspectivas internas e externas feitas à mão ou produzidas em ambiente 
gráfico-computacional, em cores ou preto e branco, com localização de mobílias, para 
permitir melhor compreensão do projeto. 
 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Croquis
http://pt.wikipedia.org/wiki/Esbo%C3%A7o
http://pt.wikipedia.org/wiki/Perspectiva
 
 
.Projeto legal. 
Discutido o anteprojeto junto com o cliente, e feito as modificações necessárias, parte-
se para o desenho definitivo o projeto, que corresponde ao conjunto de desenhos que 
é encaminhado aos órgãos públicos de fiscalização de edifícios. 
Por este motivo, possui algumas regras próprias de apresentação, variando de cidade 
em cidade. Costuma-se trabalhar nas mesmas escalas do anteprojeto. 
 
.Projeto executivo. 
Esta etapa corresponde à confecção dos desenhos que são encaminhados à obra, 
sendo, portanto, a mais trabalhada. Devem ser desenhados todos os detalhes do 
edifício, com um nível de complexidade adequado à realização da construção. O 
projeto básico costuma ser trabalhado em escalas como 1:50 ou 1:100, assim como 
seu detalhamento é elaborado em escalas como 1:20, 1:10, 1:5 e eventualmente, 1:1. 
O projeto completo deve ser acompanhado de detalhes construtivos (portas, janelas, 
balcões, armários, e outros) e de especificações de materiais ( piso , parede , forros , 
peças sanitárias , coberturas, ferragens ,etc. ) . Com estes dados preparam-se o 
orçamento de materiais, e os projetos complementares como: projetos estrutural, 
elétrico, telefônico, hidro-sanitário, prevenção contra incêndio e outros. 
 
Todos estes projetos, chamados de originais, chegam à construção sob forma de 
cópias, em geral feitas em papel heliográfico ou sulfite (AUTOCAD). O papel 
heliográfico (tipo azul ou preto) é o resultado da ação química do amoníaco em 
presença da luz ou vice-versa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
PROJETO ARQUITETÔNICO: 
REPRESENTAÇÃO E 
NOMENCLATURA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O PROJETO ARQUITETÔNICO é a soluçãode um problema de edificação, 
equacionando com arte e técnica, os elementos fixos e variáveis existentes, visando a 
obtenção do objetivo desejado, determinado por um programa estabelecido. 
Elementos fixos: terrenos / programa / verba / exigências institucionais. 
Elementos variáveis: programa / partido arquitetônico / funcionabilidade / estética / 
volumetria. 
 
De acordo com a LEI COMPLEMENTAR Nº 84 DE 06 DE JULHO DE 1993, toda 
construção, reforma, ampliação de edifícios, bem como demolição parcial ou total, 
efetuados por particulares ou entidade pública, a qualquer título, é regulada pela 
presente lei complementar, obedecidas, no que couberem, as disposições federais e 
estaduais relativas à matéria e as normas vigentes da ABNT. 
 
Um projeto arquitetônico completo é composto por 
 
6.1 – PLANTA 
É o desenho do objeto visto na sua projeção sobre o plano horizontal. 
 
 
6.2 - PLANTA DO PAVIMENTO 
 é o corte horizontal feito acima do piso, a distância variável, a fim de mostrar no 
desenho, todos os componentes do pavimento, como paredes, vãos de portas e 
janelas, equipamentos fixos e móveis (opcionais), de modo a dar uma perfeita 
compreensão das divisões, circulação, iluminação e ventilação do pavimento, na escala 
 
 
adequada, devidamente cotada, com as dimensões dos ambientes, sua destinação e 
área, além da indicação dos níveis dos pisos. 
 
Para representação da planta devemos observar os seguintes itens: 
a). Representação das paredes ( altas com traço grosso contínuo , e paredes baixas 
com traço médio continuo com a altura correspondente ) ; 
b). Colocar todas as cotas necessárias a cada pavimento, telhado, dependências a 
construir, modificar ou sofrer acréscimo. As cotas constantes dos projetos deverão 
ser escritas em caracteres claros e facilmente legíveis. Essas medidas 
prevalecerão no caso de divergência com as medidas tomadas no desenho; 
c). Indicar os destinos e as áreas correspondentes de cada compartimento em m2; 
d). Colocar o tipo de piso de cada compartimento ; 
e). Indicar as portas e janelas com suas medidas correspondentes ( base x altura X 
peitoril) de acordo com a simbologia adotada ; 
f). Representar piso cerâmico ou similar com quadrículas ( linha fina ) ; 
g). Indicar desníveis se houver ; 
h). Representar todas as peças sanitárias , tanque , pia de cozinha (obrigatório ); 
i). Com linha pontilhada , indicar o beiral ( linha invisível ); 
j). Indicar a posição de todas as divisas do lote; 
l). Indicar onde passam os cortes longitudinal e transversal ( traço e ponto com linha 
grossa ) e o sentido de observação , colocando letras ou números que correspondem 
aos cortes. 
 
Para o exercício seguinte, utilize as seguintes medidas: 
Muro e paredes internas = 0.15m 
Paredes externas = 0,20m 
Muro alinhamento = 0,30 m 
Jl = 2,00 x 1,20 X 0,90 m 
J2 = 1,50 X 1,20 X 0,90 m 
J3 = 0,60 X 0,60 X 1,50 m 
J4=1,60 X 1,00m X1,10 m 
 
 
muro h=1.60m 10.00 
m
ur
o 
h=
1.
60
m
 
 
 
20
,0
0 
m
ur
o 
h=
1.
60
m
 
 
 
20
,0
0 
 
+.20 
+.32 +.33 
 
6.00 
1.50 
J3 
proj. da cobertura 
J4 
+.33 
+.35 
 
+.30 
+.20 
muro h=1.60m 10.00 
Alinhamento 
principal 
Portão de correr 
R
am
pa
 S
ob
e 
calçada 
Planta Baixa 
 5.
00
 
5.
00
 
Jj2j2J2 
J1 
P1 5
.9
0 
 2.
50
 
 1.
20
 
 4.
55
 
2.
50
 
1.
20
 
 
2.65 
 
2.80 
 
2.80 
2.65 
1.00 
1.50 
8.
95
 
2.50 
0.50 
P2 
P2 
P3 
abrigo 
dormitório 
12.05m2 
sala 
16.52m2 
cozinha 
7.00m2 
a.serv. 
4.48m2 
banho. 
 4.48m2 
A A’ 
J3 
 
J3 
P1 
P2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
em escala 
 
 
 
6.3 - PLANTA DE LOCAÇÂO 
 
Indica a posição da construção dentro do terreno. Pode-se fazer um desenho único 
com a locação e a planta de cobertura. A planta de locação não se limita a casa ou 
construção. Para locar uma obra é necessário representar o local exato que ocupará no 
lote. Para isso necessita - se da obtenção de todos os dados que caracterizam o 
terreno, na prefeitura, suas dimensões, recuos de todos os elementos salientes, 
reentrantes, áreas e poços, além de todo elemento existente no passeio fronteiriço; Ela 
deve mostrar os muros, portões, postes, árvores existentes ou a plantar, a calçada ou 
passeio e, se necessário às construções vizinhas. 
 
a- Representa-se a projeção da obra sem contar com os beirais, do muro até a 
parede, Não seria correto indicar o afastamento entre o muro e a extremidade 
da cobertura; 
 
b- Representar todas as cotas necessárias. 
 
c- É necessário a representação da calçada ( tipo de material ) ; 
 
O nome da rua que passa na frente da obra ; 
Indicação do norte magnético ; 
locação de fossas , caixas de gordura , caixas de inspeção , ou saída 
para o esgoto publico, localização da entrada de energia elétrica e água; 
Cotas de nível (meio fio, calçada, obra...); 
Indicação da localização do lixo. 
As escalas indicadas para a planta de locação são as 1:100 ou 1:200. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6.4- ELEVAÇÃO / FACHADA 
 
É o desenho do objeto visto na sua projeção sobre um plano vertical. Um objeto pode 
ficar claramente representado por uma só vista ou projeção (ex. lâmpada 
incandescente). Outros ficarão bem mais representados por meio de 3 projeções ou 
vistas. Haverá casas ou objetos que somente serão definidos com o uso de maior 
numero de vistas. Num lote de meio de quadra é obrigatória a representação de pelo 
menos uma fachada. No caso de lote de esquina é obrigatória a representação de pelo 
menos duas fachadas com a respectiva indicação dos materiais a serem utilizados. 
Recuo lateral esquerdo Recuo lateral direito 
DIVISA DE FUNDO 
FRENTE DO LOTE 
 
D
IV
IS
A
 L
A
T
E
R
A
L 
E
S
Q
U
E
R
D
A
 
D
IV
IS
A
 L
A
T
E
R
A
L 
D
IR
E
IT
A
 
R
ec
uo
 d
o 
fu
nd
o 
R
ec
uo
 d
e 
fr
en
te
 
calçada ou passeio 
meio fio ou guia 
RUA 
PROJEÇÃO DA 
EDIFICAÇÃO 
alinhamento 
 
 
 
 
Obs.: as projeções ortogonais da Geometria Descritiva são usadas no desenho 
 
arquitetônico apenas mudando os termos técnicos. 
 
 
Para a representação da fachada é necessário observar : 
 
a. A fachada não deve constar cotas como no corte , somente em alguns casos 
excepcionais; 
b. Indicar através de setas o tipo de material a ser empregado no revestimento , pintura 
... 
c. Desenhar as paredes mais próximas ao observador com traço grosso contínuo; 
d. Desenhar as paredes ou partes mais distantes ao observador com traço médio e 
fino; 
e. Ao contrário do corte , na fachada é representada detalhes das portas e janelas com 
traço fino. 
Damos a seguir, a disposição das quatro fachadas de uma construção, relacionando-as 
com a planta. Notar a aplicação da convenção para os traços nas fachadas. As partes 
mais próximas do observador são desenhadas com traço grosso. 
 
Reduzir a espessura dos traços na medida em que eles estão mais distantes 
 
 
a. cozinha 
living dormitório 
FACHADA PRINCIPAL 
F
A
C
H
A
D
A
 L
A
T
E
R
A
L
 E
S
Q
U
E
R
D
A
 
F
A
C
H
A
D
A
 L
A
D
E
R
A
L
 D
IR
E
IT
A
 
abrigo 
para 
auto 
banho 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6.5- CORTES 
 
São obtidos por planos verticais que interceptam as paredes, janelas, portas e lajes, 
com a finalidade de permitir esclarecimentos que venham facilitar a execução da obra. 
As linhas indicando onde devem ser feitos os cortes são traçadas SEMPRE nas plantas 
do projeto. 
 
 
Se desenharmos a vista do edifício secionado em um plano vertical, teremos um 
desenho demonstrativo das diferentes alturas de peitoris, janelas, portas, vergas e das 
espessuras das lajes do piso, do forro, dos detalhes de coberturae dos alicerces. 
O corte vertical corta a edificação desde a sua fundação até a sua cobertura, como 
mostra a figura: 
 
 
 
Quase sempre uma única seção não é suficiente para demonstrar todos os detalhes do 
interior de um edifício, sendo necessários, no mínimo dois cortes. Por esse motivo, 
sempre que se apresenta um projeto, representamos duas seções: LONGITUDINAL E 
TRANSVERSAL. 
 
Deve-se sempre passar um dos cortes por um dos compartimentos ladrilhados, cujas 
paredes sejam revestidas por azulejos. Indicamos as seções nas plantas por traços 
grossos interrompidos por pontos e terminados por setas que indicam a situação do 
 
 
observador em relação ao plano da seção. Assinalamos os cortes por letras 
maiúsculas. As paredes secionadas devem ser representadas tal como aparecem nas 
plantas. 
 
 
 
 
 
 
Para a representação do corte é necessário observar os seguintes itens : 
a. Representação das paredes em que o plano vertical está cortando com traço 
grosso ; 
b. Representação das paredes em que o plano vertical não corta , com traço fino; 
c. Representação de portas e janelas conforme a simbologia adotada , com as 
devidas medidas ( altura ); 
d. Indicação somente das cotas verticais , indicando alturas de peitoris , janelas, 
portas , pé direito , forro ... 
e. Representação da cobertura (esquemática ); 
f. Representação e indicação do forro . Se for laje a espessura é de 10 cm; 
g. Representação esquemática da fundação com o lastro de 10 cm; 
h. Indicação de desníveis se houver ( verificar simbologia ); 
i. Indicar revestimento ( azulejos ) com a altura correspondente; 
j. Indicar os compartimentos que o plano vertical está cortando ( geralmente indica-
se um pouco acima do piso ); 
k. Indicar o desvio do corte , quando houver ,através de traço e ponto com linha 
média; 
l. Indicar o beiral , platibandas , marquises , rufos e calhas se houver necessidade; 
m. Indicar o tipo de telha e a inclinação correspondente 
 
VISTA EM CORTE PERSPECTIVADO 
DA RESIDÊNCIA (sem escala) 
CO
COA.S
 
 
 
 
6.6 - PLANTA DE SITUAÇÃO 
 
É a representação do lote dentro da quadra. 
a- É necessário indicar e numerar todos os lotes da quadra, ressaltando-se o lote em 
questão, assim como o seu numero e o numero da quadra. 
b- Colocar os nomes de todas as ruas que circundam a quadra, 
c- Indicar também o norte magnético. 
obs. É cotado somente o lote em questão . 
 
 
6.7. COBERTURA 
 
A planta de cobertura é uma vista superior da obra necessitando assim a 
representação de todos os detalhes relativos à coberta, como: 
a - tipo de telha; 
b - inclinação correspondente ao tipo de telha, 
c - se houver, indicar beiral, platibanda, rufos, marquises... 
d - Determinar as cotas parciais e totais da edificação. 
 
 
6.8.TITULO 
 
O título do projeto geralmente é a finalidade da obra, ou seja, se a construção é para 
fins residenciais, comerciais, assistências, religiosos..., seguido da localização da 
obra (lote / quadra / bairro / cidade /estado). 
Ex.: Projeto destinado a construção de uma residência em alvenaria, situado sobre 
o lote X, quadra Y, bairro W, Cidade/Estado. 
 
6.9. PERSPECTIVA 
 
 
 
É o desenho do objeto visto bi-dimensionalmente, isto é, em projeções sobre dois 
planos verticais ortogonais. No mínimo representa-se 2 cortes , passando 
principalmente onde proporcione maiores detalhes ao executor da obra ou dos projetos 
complementares. 
 
 
6.10. ESTATÍSTICA DO PROJETO 
 
 Segundo a LEI COMPLEMENTAR Nº 387 DE 13 DE ABRIL DE 2.000 a ocupação do 
solo fica condicionada a índices urbanísticos definidos a partir do estabelecimento 
de: 
 
I. lote mínimo (Área do lote em m2) para efeito de parcelamento;a metragem 
quadrada do terreno, constante do título de propriedade, deve ser verificada com 
levantamento topográfico que mostrará a geometria do lote. 
II. Taxa de ocupação máxima do lote, representada pelo percentual da área do 
lote que pode receber edificação ( área da construção térrea : área do lote ) x 
100 % 
III. coeficiente de aproveitamento máximo do lote representado pelo número de 
vezes que sua área pode ser reproduzida em área construída (área da 
construção total : área do lote) 
IV. recuos mínimos que a edificação deve obedecer em relação aos limites do lote 
e entre edificações no mesmo lote. 
 
Obs.: Caso haja construções existentes, indicar também a área correspondente com o 
respectivo número do protocolo de aprovação. 
Além de constar estes índices, a legenda deve informar também: 
- Área da construção (térreo, superiores..., todos em separado) em m2; 
- Área total da construção em m2 
 
Orientações para o projeto: 
PÉ-DIREITO: é a altura livre entre o piso e o teto de um compartimento. 
ALINHAMENTO: é a linha projetada, marcada ou indicada pela Prefeitura Municipal, 
para fixar o limite do lote do terreno em relação ao logradouro público. 
 
 
RECUO: é a distância da construção a divisa considerada (recuo de frente, recuo de 
fundo e recuos laterais direito e esquerdo ou como costuma ser denominado 
“afastamento lateral direito ou esquerdo”). 
NIVEL: o sinal gráfico da indicação de nível pode ser: 
 
 
 
 um círculo dividido em quatro setores iguais (quadrantes), com cheios e vazios 
alternados, comumente usado em plantas 
 
 
 um triângulo com um vértice apontando a indicação do nível de referência 
escolhido, comumente usado em cortes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
0.0
0.0
 
 
7 
 ESPECIFICAÇÕES DE MEDIDAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
COTAS: Representam sempre dimensões reais do objeto e não dependem, 
portanto, da escala em que o desenho está executado. São os números que 
correspondem às medidas. 
Obs. As cotas devem ser escritas na posição horizontal, de modo que sejam lidas 
com o desenho em posição normal, colocando-se o leitor do lado direito da prancha. 
Para localizar exatamente uma cota e indicar qual a parte ou elemento do objeto a 
que ela se refere é necessário recorrer a dois tipos de linhas que são: 
a) linhas de chamada (ou de extensão ou, ainda linha de referencia) 
b) linhas de cota (ou de medida). 
 
As setas podem ser substituídas por: 
 
 
PRINCÍPIOS GERAIS: 
1. Tanto as linhas de chamada como as linhas de cota se desenham com traço 
contínuo fino. As linhas de chamada devem, em princípio, ser perpendiculares ao 
elemento a cotar, mas em casos excepcionais, pode haver conveniências em que 
sejam desenhadas obliquamente, preferindo-se nesses casos inclinações de 60 
ou 75; 
2. As linhas de cota não devem ser escritas muito próximas das linhas de contorno, 
dependendo a distancia a que se colocam as dimensões do desenho e do 
tamanho do algarismo das cotas. 
3. Os ângulos serão medidos em graus, exceto em coberturas e rampas que se 
indicam em porcentagem (%). 
4. As linhas de cota paralelas devem ser espaçadas igualmente. 
5. Colocar as linhas de referencia de preferência fora da figura. 
 
 
6. Evitar repetições de cota. 
7. Todas as cotas necessárias serão indicadas. 
8. Não traçar linha de cota como continuação de linha da figura. 
9. As cotas prevalecem sobre as medidas calculadas no desenho. 
10. As cotas de um desenho devem ser expressas na mesma unidade. 
11. A altura dos algarismos é uniforme dentro do mesmo desenho. Em geral usa-se 
2.5 a 3mm . 
12. No caso de divergência entre cotas de desenhos diferentes, prevalece a cota do 
desenho feito na escala maior . 
13. As linhas de cota são desenhadas paralelas à direção de medida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 ESCALAS NUMÉRICAS E 
GRÁFICAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESCALA: é a relação entre cada medida do desenho e a sua dimensão real no 
objeto. 
 A escala é uma razão: ____Medida do desenho___Medida real correspondente 
 
A necessidade do emprego de uma escala na representação gráfica, surgiu da 
impossibilidade de representarmos, em muitos casos, em verdadeira grandeza; certos 
objetos cujas dimensões não permitem o uso dos tamanhos de papel recomendados 
pelas Normas Técnicas. Nesses casos empregamos escalas de redução; quando 
necessitamos obter representações gráficas maiores que os objetos utilizamos escalas 
de ampliação. 
No desenho de arquitetura geralmente só se usam escalas de redução, a não ser em 
detalhes, onde aparece algumas vezes a escala real. 
A escolha de uma escala deve ter em vista: 
1. O tamanho do objeto a representar 
2. As dimensões do papel 
3. A clareza do desenho 
As escalas devem ser lidas 1:50 (um por cinqüenta), 1:10 (um por dez), 1:25 (um por 
vinte e cinco), 10:1 (dez por um), etc. 
 
ESCALA GRÁFICA: é a representação da escala numérica. A escala gráfica 
correspondente a 1:50 é representada por segmentos iguais a 2 cm, pois 1 metro 
dividido por 50 é igual a 0,02 m. Escalas utilizadas para desenhos arquitetônicos: 
 1:200 ou 1:100 = rascunhos / estudos (papel manteiga) 
 1:100 = anteprojeto – plantas, fachadas, cortes perspectivas 
 1:100 = projeto legal - plantas, fachadas, cortes, perspectivas 
 1:50 = projeto executivo (desenhos bem cotados), fundações, estrutura, 
instalações, etc 
 1:10, 1:20 e 1:25 = detalhes 
 1:200/ 1:500 = planta de Localização 
 1:1000 e 1:2000 = planta de Situação 
obs: A escala não dispensará a indicação de cotas . 
 
 
Para solucionarmos problemas de escalas, as medidas devem estar na mesma 
unidade. Transforme-as, se necessário! 
 
Exp.: Um canteiro de 2 metros foi desenhado com 4 cm. Qual é a escala do desenho? 
Transforme: 2 m = 200 cm 
Efetue a operação: 4 cm = 1 / 4x = 200 / x = 50 / 
 200 cm x 
A escala do desenho é de = 1: 50. 
 
 
EXERCÍCIOS 
ATENÇÃO 
1 – exercício que não apresente cálculo, quando solicitado, não será considerado. 
2 – exercícios iguais, ambos terão nota ZERO. 
3 – projeto final igual (mesmo de outro semestre, pois temos os projetos 
catalogados), os alunos envolvidos serão reprovados. 
 
 
1º. A seção transversal recomendada para o leito carroçável de uma Via Principal é 
de 10,50 m. Qual a sua dimensão num projeto que foi desenhado na escala 1:50? 
RESP.:_______ 
 
2º. Num projeto de execução foi desenhado o detalhe de uma janela de correr na 
escala 1:20, cuja altura mede 9,0 cm e largura 14,0 cm . Qual a verdadeira medida 
da janela?RESP.: __________ 
 
3º. Um objeto foi desenhado no formato A3 (420 mm x 297 mm) em escala 1:50. Foi 
reduzido proporcionalmente para o formato A4 (210 mm x 297 mm) 
 Qual a nova escala do desenho? 
RESP.: __________ 
 
 
 
 
 Qual o comprimento do objeto no novo formato se mede 8,40 m em sua verdadeira 
grandeza? 
RESP.: __________ 
 
4º. A largura recomendável de um banheiro é de 1,20 m. Num desenho feito na 
escala 1:25, qual será essa medida? RESP.: __________________ 
 
5º. Um edifício de 50m de altura por 15 m de largura foi desenhado com as 
seguintes medidas: 12,5 cm de altura e 3,75 cm de largura. Qual é a escala do 
desenho? 
 
6º. A prancha de uma carteira escolar é um retângulo que mede 70 cm por 50 cm. 
Desenhe-a na escala 1:25: 
 
7º. Uma geladeira que mede 1,50 m de altura por 0,60 m de largura foi desenhada 
com 15 cm e 10 cm respectivamente. 
Qual foi a escala utilizada no desenho?_______________. 
O que ocorreu?__________________________________. 
Qual a conseqüência disso?________________________. 
Agora, desenhe corretamente a geladeira na escala 1:50. 
 
8º. A planta acima, pg. 13, foi desenhada SEM ESCALA, copiar TODOS os detalhes da 
planta na escala 1:50. Depois representar a planta de locação, o CORTE AA’ e a 
elevação principal, na mesma escala. 
 
 
 
 
 
 
 
9º. Representar as perspectivas correspondentes dos seguintes dados: 
PLANTA PLANTA PLANTA PLANTA PLANTA PLANTA 
EL.FRONTAL EL.FRONTAL EL.FRONTAL EL.FRONTAL EL.FRONTAL EL.FRONTAL 
EXEMPLO DE RESPOSTA PARA: 
EL.FRONTAL EL.FRONTAL EL.FRONTAL 
a. ou 
 
 a. b. c. d. e. f. 
g. 
 
 
 
9 
COMPONENTES E ESPECIFICAÇÕES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LEVANTAMENTO: topográfico / planialtimétrico 
FUNDAÇÕES: exame do terreno / sondagem 
Diretas: sapatas / baldrame 
corrido 
Concreto armado, bloco armado pedra 
Indiretas ou profundas: estacas 
Madeira, mista, concreto armado, concreto 
centrifugado, perfis de aço, Strauss, Franki, tubulões 
 
ESTRUTURAS 
Rígidas Concreto armado, aço 
Semi-rígidas 
Elevações, blocos armados, pré-moldados, alvenaria auto 
portante, tijolos, blocos 
COBERTURAS 
Estrutura Madeira, aço, alumínio, concreto armado pré-moldado 
Telhados 
Telha cerâmica: francesa, colonial, escama, esmaltada, mista, 
plan ou capa canal 
Fibrocimento, alumínio, concreto pré-moldado, pvc, translúcida, 
ardósia 
IMPERMEABILIZAÇÃO 
Fria Líquida, polímeros, películas, mantas 
Quente Asfáltica, mantas 
FORROS 
Madeira, lambris, treliça, gesso, estuque, alumínio, chapa, pvc 
VEDOS 
Alvenarias estruturais 
Pedras, tijolos cozidos, bloco de concreto, adobes, 
taipas, pau à pique 
Alvenarias auto-portantes: 
divisórias / painéis 
Madeira, metal, concreto, papel, fibrocimento, vidro, 
tecidos, plásticos, blocos 
PISOS 
Frios 
Ladrilho cerâmico, mosaico, cimentado, polímeros, granitine, 
cerâmica esmaltada, borracha, plástico, fórmica, pedras naturais, 
mármore, granito, arenito, ardósia, basalto 
Quentes 
Tacos (acabamento para madeira: raspagem, calafetar, cera, 
sinteko), assoalhos, carpetes, forrações, carpete de madeira 
 
REVESTIMENTOS / MAMPOSTERIA 
 
 
Chapisco, emboço (massa grossa), reboco (massa fina), massa corrida (acabamento) 
Cozida, esmaltada, vitrificada, azulejos (lisos ou decorados) – com junta à prumo ou 
amarrada 
Naturais, mármore, granito, ardósia, basalto 
Madeira, compensado, laminados, fórmica, fibrocimento, chapa metálica, alumínio, 
vidro, fibra 
Caiação, látex, acrílica, pva, especiais, resinas, vernizes 
Tecidos / Vidros / Carpetes / Forrações 
INSTALAÇÕES 
Hidráulicas 
Água fria: pvc marrom, galvanizado, ferro 
Água quente: cobre, pvc especial 
Esgoto: pvc branco, ferro 
Proteção contra incêndio: tubo galvanizado, hidrantes, detectores de 
fumaça, splinkers 
Água pluvial: pvc branco, ferro, fibrocimento, chapa galvanizada 
Elétricas 
Iluminação / Tomadas / Ar condicionado / chuveiro elétrico 
Telefonia / Intercomunicadores / Lógica / Som / Vídeo / Rádio / Pára-
raios 
ESQUADRIAS DE MADEIRA 
Batentes 
Portas Maciças, almofadadas, relhadas, lisas, folhadas, revestidas, especiais 
Janelas Vidro, veneziana, persiana 
CAIXILHOS METÁLICOS 
Contramarcos / Alumínio 
Portas e 
Janelas 
Alumínio anodizado, ferro e chapa galvanizada, vidro / veneziana, 
persiana / metálica 
Sistema de 
abertura 
De abrir, de correr, basculante, guilhotina, max-ar, pivotante, 
sanfonada, pantográfica, de enrolar 
PINTURA 
Caiação, látex, pva, acrílico, óleo, têmpera, epoxi, borracha clorada 
VIDROS 
Lisos, pontilhados, comuns, cristais, temperados, laminados (acabamento: incolor ou 
transparente, colorido, espelhado) 
LIMPEZA GERAL DA OBRA / PAISAGISMO 
Jardim, jardineira, vasos, floreiras 
 
 
 
 
10 
SÍMBOLOS GRÁFICOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O desenho arquitetônico, por ser feito em escala reduzida e por abranger áreas 
relativamente grandes, é obrigado a recorrer a símbolos gráficos. Assim utilizaremosas simbologias para definir, como por exemplo, as paredes, portas, janelas, louças 
sanitárias, telhas, concreto... 
 
I . PAREDES 
Normalmente as paredes internas são representadas com espessura de 15 cm, mesmo 
que na realidade a parede tenha 14 cm ou até menos. Nas paredes externas o uso de 
paredes de 20 cm de espessura é o recomendado, mas não obrigatório. É, no entanto 
obrigatório o uso de paredes de 20 cm de espessura quando esta se situa entre dois 
vizinhos (de apartamento, salas comerciais...). 
Convenciona-se para paredes altas (que vão do piso ao teto) traço grosso contínuo, e 
para paredes a meia altura, com traço médio contínuo, indicando a altura 
correspondente. 
 
II. PORTAS 
 
II.1. Porta interna - Geralmente a comunicação entre dois ambientes não há 
diferença de nível, ou seja, estão no mesmo plano, ou ainda, possuem a 
mesma cota. 
 
 
 
 
 
 
 
II.2. Porta externa - A comunicação entre os dois ambientes ( externo e 
interno ) possuem cotas diferentes , ou seja o piso externo é mais baixo . 
Nos banheiros a água alcança a parte inferior da porta ou passa para o ambiente 
vizinho; os dois inconvenientes são evitados quando há uma diferença de cota nos 
pisos de 1 a 2 cm pelo menos . Por esta razão as portas de sanitários desenham se 
como as externas . 
 
II.3.Outros tipos de porta : 
- De correr ou corrediça 
 
 
 
 
 
 
- Porta pantográfica 
 
 
 
 
- Porta pivotante 
 
 
 
- Porta basculante 
 
 
 
 
 
 
 
- Porta de enrolar 
 
 
 
 
 
III . JANELAS 
O plano horizontal da planta corta as janelas com altura do peitoril até 1.50m , sendo 
estas representadas conforme a figura abaixo , sempre tendo como a primeira 
dimensão a largura da janela pela sua altura e peitoril correspondente . Para janelas 
em que o plano horizontal não o corta , a representação é feita com linhas invisíveis. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
V. MÓVEIS - SALA/QUARTO/COZINHA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
VI. NA ÁREA DE SERVIÇO 
 
 
 
 
 
 
11 
COBERTURAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A proteção zenital é detalhe importante num projeto. A escolha de solução para a 
cobertura, determina o equilíbrio no conjunto, economia de material e de mão-de-obra. 
Quanto ao sistema construtivo classifica-se em: 
1. cobertura por elementos apoiados – telhas e similares; 
2. cobertura por elementos estruturados – laje (convenientemente impermeabilizado) 
 
Quanto a forma as coberturas podem possuir: 
1. um só declividade (uma água ou pano), dois, três, quatro (a mais comum); 
2. forma poligonal; 
3. forma especial. 
TELHADOS USUAIS 
 
TIPO DA TELHA 
 
N.º / m² 
 
PESO COM 
MADEIRAMENTO (kg / m²) 
 
INCLINAÇÃO 
(graus) 
 
DECLIVIDADE 
(%) 
 
Francesa 
 
13 a 15 
 
40 / 50 
 
16 a 25 
 
30 a 45 
 
Colonial 
 
18 a 25 
 
50 / 70 
 
13 a 16 
 
25 a 30 
 
Ondulada 
(fibrocimento) 
 
07 a 10 
 
13 a 16 
 
 
Em telhados de duas declividades, de igual comprimento, o cálculo da porcentagem 
da mesma deve ser feito considerando a metade do vão total. 
Exemplo : p = h / m 
 
 30% = h/ 700 
 
 h = 2.10 m 
 
 
 
h 
m 
 
 
 
 
 
Maiores informações quanto às coberturas, devem ser obtidas nos catálogos dos 
fabricantes. 
Os elementos de cobertura (telhas) se apóiam em estruturas de madeira (as mais 
usuais), de ferro, de alumínio ou de concreto. 
As tesouras comuns são as peças principais das estruturas de madeira e que irão 
suportar o peso dos elementos da cobertura (telhas) que serão fixados nas ripas, e 
estas nos caibros que se apóiam nas terças que por sua vez são apoiadas nas pernas 
(ou empenas) da tesoura. 
 
 
 
cumeeira 
pendural 
escora tirante terça 
empena 
caibro 5 x 16 cm 
ripa 1 x 5 cm 
frechal linha ou tensor 
estribo 
 
 
C/8 
C/4 C/4 
C/4 
1 
2 
3 
4 
1/4 1/4 1/4 1/4 
 Ripas...............................peças de madeira pregadas sobre os caibros, atuando 
como apoios das telhas de cerâmica; 
 
 Caibros............................peças de madeira, apoiadas sobre as terças atuando por 
sua vez como suporte das ripas; 
 
 Terças.............................peças de madeira, apoiadas sobre as tesouras, sobre 
pontaletes ou ainda sobre paredes, funcionando como sustentação dos caibros; 
 
 Frechal............................viga de madeira colocada no topo das paredes, com a 
função de distribuir as cargas concentradas provenientes de tesouras, vigas 
principais ou outras peças de madeira da estrutura; costuma-se chamar também de 
frechal a terça da extremidade inferior do telhado; 
 Terça de cumeeira.........terça da parte mais alta do telhado; 
 
 Pontaletes......................peças de madeira dispostas verticalmente, constituindo 
pilares curtos sobre os quais apoiam-se as vigas principais ou as terças; 
 
 Tesoura.........................treliça de madeira que ser de apoio para a trama. 
 
 
 
ESFORÇOS QUE ATUAM NOS ELEMENTOS DE UMA TESOURA DE MADEIRA 
Esquematicamente a figura abaixo mostra esses esforços. Sendo as peças: 
 
 
1. Empena 
2. Escora 
3. Linha ou tensor 
4. Pendural 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Temos que as peças 1 e 2 (empena e escora) trabalham em compressão (flexo-
pressão) e que as peças 3 e 4 (tensor e pendural) trabalham em tração. 
Os esforços que atuam em cada peça de uma tesoura, podem ser determinados com o 
uso do Diagrama de Cremona (da Grafostática) e da fórmula de Euler. 
A pressão do vento, considerando-se a direção do mesmo inclinada de 10 º em relação 
a horizontal, pode ser admitida como carga adicional a carga permanente, o que é 
permitido para pequenas inclinações e uma vez que as águas do telhado, nos casos 
das telhas francesas e coloniais, têm pequenas inclinações. 
 
 
 Peso Próprio Vento Água da Chuva Total 
Telhas Francesas 
 = 25 (inclinação) e p 
= 45% (declividade) 
 
45 kg / m² 
 
62 kg / m² 
 
13 kg / m² 
 
120 kg / m² 
Telhas Coloniais 
 = 15 (inclinação) e 
p = 25% (declividade) 
 
90 kg / m² 
 
45 kg / m² 
 
15 kg / m² 
 
150 kg / m² 
 
 
 
TRAÇADO USUAL DOS TELHADOS 
 
As águas, panos, sendo de igual inclinação, a solução baseia-se no seguinte 
teorema: 
“A interseção de dois planos de igual inclinação é a bissetriz do ângulo formado 
pelas horizontais de mesma cota dos planos”. 
 
 
 
FORMAS USUAIS DOS TELHADOS 
 
As linhas principais de um telhado são: 
 
 
 
 
 Água:...............................................superfície plana inclinada de um telhado; 
 Beiral:..............................................projeção do telhado para fora do alinhamento da 
parede; 
 Cumeeira.........................................aresta horizontal delimitada pelo encontro entre 
duas águas, geralmente localizada na parte mais alta do telhado, divisor da água 
horizontal; 
 Espigão............................................aresta inclinada delimitada pelo encontro entre 
duas águas que formam um ângulo saliente, isto é, o espigão é um divisor de águas 
inclinado; 
 Água-furtada (ou rincão)..................aresta inclinada delimitada pelo encontro entre 
duas águas que formam um ângulo reentrante, isto é, o rincão é um captador de 
águas; 
 Rufo....................peça complementar de arremate entre o telhado e uma parede. 
 
 
 
 
 
 
 
O telhado de duas águas tem duas empenas ou oitões, isto é, a superfície de apoio 
(que faz a vez da tesoura) no final da cobertura e formando parte da fachada. 
cumeeira 
cumeeira 
água-furtada 
espigão 
espigão 
 
 
 
 
 
 
Ao projetarmos um telhado devemos nos lembrar de algumas regras práticas: 
1. As águas-furtadas (ou rincões) formam ângulos de 45º com as projeções das 
paredes e saem dos cantos internos. São o encontro de dois planos (águas); 
2. Os espigões formam ângulos de 45º com as projeções das paredes e saem doscantos externos; 
3. As cumeeiras são linhas paralelas a uma direção das paredes e perpendiculares 
a outra direção; 
 
Tendo em atenção as 3 regras práticas a, pode-se traçar qualquer projeto de telhado 
por mais recortado e complicado que seja. 
A seguir, vários exemplos de traçados (a seta indica o sentido do caimento da água). 
 
 
 
 
 
oitão 
OITÃO 
caimento 
Telhado com 3 
ELEVAÇÃO 1 
E
L
E
V
A
Ç
Ã
O
 2
 
ELEVAÇÃO 3 
ELEVAÇÃO 1 ELEVAÇÃO 2 ELEVAÇÃO 3 
PLANTA 
 
 
 
 
COBERTURA DE SUPERFÍCIES TRIANGULARES 
As três bissetrizes indicadas na figura abaixo são as interseções, denominadas 
“espigões”, dos planos, com igual declividade e contendo os lados horizontais AB, BC e 
CA do triângulo ABC. 
Analogicamente, na figura abaixo temos uma cobertura irregular onde as bissetrizes 
dos ângulos das horizontais são os cinco espigões do telhado. 
 
 
 
 
 
 
 
COBERTURA DE SUPERFÍCIES QUADRADAS 
Para cobertura dessas superfícies com telhado clássico, há quatro soluções para 
uma certa declividade: tipo duas águas, tipo quatro espigões ou as outras duas 
indicadas abaixo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUPERFÍCIE COM PÁTIO INTERNO OU JARDINS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
pátio 
interno 
 
 
 
 
PEÇAS COMPLEMENTARES 
 
TIPO DESCRIÇÃO FUNÇÃO 
Beiral 
É a distância entre a parte 
externa da parede e a 
extremidade do telhado 
Evita o excesso de umidade 
nas paredes 
Platibanda 
Parede de pouca altura e 
acima da cobertura 
Destinada a encobrir o 
telhado 
Rufo 
Peça de arremate entre as 
telhas ou calhas e a parede 
Vedação, evitar infiltração de 
água 
Calha 
Cano que lembra um sulco 
 
 
Recebe as águas pluviais, 
especialmente as do telhado 
Condutor 
Cano que sai da calha até o 
solo 
Escoar as águas pluviais 
que vêm do telhado 
 
 
platibanda 
rufo 
calha pluvial 
CORTE ESQUEMÁTICO 
DETALHE B 
telha 
platiband
calha pluvial 
PLANTA DO TELHADO COM 
PLATIBANDA 
DET.B 
A seguir são apresentados exemplos ilustrados dessas peças para melhor 
compreensão. 
CORTE ESQUEMÁTICO DETALHE A 
calha pluvial 
cachorro 
condutor 
pluvial 
beiral 
telha 
Beiral 
PLANTA DO TELHADO COM 
BEIRAL 
proj. edif. 
DET. A 
 
 
EXEMPLO DE FECHAMENTO DE TELHADO 
 
 
EXERCÍCIOS 
Resolver a planta dos telhados abaixo e representar suas 4 elevações. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
CIRCULAÇÃO VERTICAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Escadas / Rampas / Elevadores 
A concentração das construções nas grandes cidades criou exigências de 
aproveitamento cada vez maior dos terrenos. Assim expandiu-se a construção de 
edifícios com pavimentos superpostos servidos por uma circulação vertical. 
 
 
12.1 - ESCADAS 
 
1. Piso é a parte horizontal do degrau (p) 
2. Espelho é a parte vertical do degrau, perpendicular ao piso (h) 
3. Bocel é a saliência (balanço) do piso sobre o espelho (b) 
4. Banzo é a peça ou viga lateral de uma escada. 
 
 
 
 
Dados experimentais fizeram concluir que: 
 A altura recomendável para o espelho de uma escada deve ser no máximo de 
0,18 m (dezoito centímetros). 
 A profundidade recomendável deve ser no mínimo de 0,25 m (vinte e cinco 
centímetros). 
 
 
 
Blondell, arquiteto francês, estabeleceu uma fórmula empírica que permite calcular a 
largura do piso em função da altura do espelho e vice-versa. Esta fórmula é a seguinte: 
 
2h + p = 0,64 m 
 
Onde: 
h = espelho P = piso a ser determinado 0,64 = constante 
 
 
CÁLCULO DE UMA ESCADA 
 
Deve-se considerar: 
 
 Altura do pé-direito; 
 Espessura do piso superior (laje). 
 
 Soma-se a altura do pé-direito + a espessura da laje do piso superior = pé-
esquerdo 
 
 Divide-se o resultado encontrado por 0,18 m (altura máxima permitida para espelho) 
 
Por exemplo, considerando: 
 Altura do pé-direito = 2,70 m 
 Espessura da laje do piso superior = 0,15 m 
 
 Temos: 2,70 m + 0,15 m = 2,85 m (pé-esquerdo) 
2,85 m : 0,18 m (máximo permitido para h) = 15,83 (arredondar SEMPRE para mais) = 
16 degraus 
 
 Logo: 
2,85 m (pé-esquerdo) : 16 degraus = 0,178m (NUNCA arredondar esse valor) = h 
(altura do espelho) 
 
 
 
Isto é, o número de degraus é igual a altura do pé-direito mais a espessura do piso 
superior, dividido pela altura do espelho. 
 
 Assim: 
 
2,85 m : 0,178 m = 16 degraus 
 
 Calcula-se em seguida, pela fórmula de Blondell, a largura do piso do degrau (p). 
 2h (altura do espelho) + p (piso do degrau) = 0,64 (constante) 
 
2 x 0,178 m + p = 0,64 0,356 m + p = 0,64 p = 0,64 – 0,356 m p = 
0,284 m 
 
Finalizando temos uma escada com: 
16 degraus, espelho (h) =0,178 m e piso (p) = 0,284 m 
 
 
Para completar o cálculo da escada devemos determinar a distância em projeção 
horizontal, entre o primeiro e o último degrau. 
Ora, uma escada de n degraus possui n – 1 pisos; logo a distância d será igual ao 
produto da largura do piso encontrado pelo número de degraus menos 1. 
 
 
Segundo a LEI COMPLEMENTAR Nº 387 DE 13 DE ABRIL DE 2.000 das normas 
técnicas das edificações em geral, fica estabelecido que: 
piso 7 
piso 
d 
4 
3 
2 
1 
6 
5 
Tem-se: d = (n - 1)p 
 
 
 
 
 As escadas ou rampas devem ter largura mínima de 90 cm (noventa centímetros) e 
passagem com altura mínima nunca inferior a 2,00 m (dois metros), salvo 
disposição contrária existente em norma técnica. 
 As escadas e rampas de uso comum ou coletivo e as escadas de incêndio devem 
ser dotadas de corrimão e obedecer às exigências contidas na NBR 9077. 
 Em caso de uso secundário ou eventual, será permitida a redução de sua largura 
até o mínimo de 60 cm (sessenta centímetros). 
 A instalação de elevador em uma edificação não dispensa a construção de escada 
ou rampa. 
 
Algumas recomendações: 
 
 nas escadas com mais de 19 (dezenove) degraus, será obrigatório intercalar um 
patamar, com a profundidade mínima igual a largura da escada. 
 
 as escadas deverão ter as seguintes larguras mínimas úteis: 
 0,90 m em edifícios residenciais unifamiliares 
 1,20 m em edifícios residenciais com até três pavimentos 
 1,50 m em edifícios de mais de três pavimentos, destinados a locais de reunião com 
capacidade de até 150 (cento e cinqüenta) pessoas 
 
 as escadas deverão ter as seguintes alturas de espelho: 
 0,18 m em escadas internas 
 0,15 m em escadas externas 
 
 
Obs.: consultar o Código de Edificações e de Posturas do Município de Montes 
Claros. 
 
 
ALTURA LIVRE 
 
 
Nos projetos de escada é necessário examinar a altura livre de passagem. Trata-se 
da distância, medida na vertical, entre o piso do degrau e o teto. Ou seja, a laje 
intermediária entre um pavimento e o outro. Esta Altura nunca deve ser inferior a 2,00 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAIXA DE ESCADA 
É o compartimento em que a escada é colocada. As suas dimensões dependem do 
desenvolvimento da escada e, por conseguinte, do pé-direito do edifício. Deve ser 
amplamente iluminada com luz direta do exterior através de janelas em plano vertical. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Piso superior 
Piso 
2,
20
 
Planta 
sob
 
 
 
REPRESENTAÇÃO 
As escadas são obrigatoriamente representadas nos cortes e na planta de cada um 
dos pavimentos. Indicar sempre na planta com uma seta a direção de subida da 
escada. Representar também, na planta do pavimento de onde parte a escada, apenas 
quatro ou cinco degraus com traço cheio, pois se obtém a planta por uma seção feita a 
mais ou menos um metro do piso. Os degraus acima da seção devem ser tracejados. 
 
 
TIPOS DE ESCADA 
A seguir, algumas plantas de escadas de tipos diferentes. 
LINHA DE CORTE PARA A PLANTA DO PAVIMENTO SUPERIOR 
LINHA DE CORTE PARA A 
PLANTA DO PAVIMENTO 
TÉRREO 
1 
2 
34 
5 
6 
7 
8 
9 
10 
11 
12 
13 
14 
15 
16 
DESCE 
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 
PAVIMENTO SUPERIOR 
CORREMÃO 
SOBE 
PAVIMENTO TÉRREO 
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 
CORTE ESQUEMÁTICO DE ESCADA 
 
 
ESCADAS ENCLAUSURADAS OU DE SEGURANÇA 
 
Essas escadas devem ser projetadas em edifícios residenciais e comerciais que 
tenham mais de 5 andares, respeitando o Código de Obras de cada município e devem 
ser aprovadas pelo Corpo de Bombeiros previamente. 
À seguir, dois exemplos de escada enclausurada: 
 
ESCADA COM ILUMINAÇÃO NATURAL
0,15 
1,20 
 
1,20 
 8 
7 
 6 
 5 
4 
 3 
 2 
 1 
 9 
10 
 11 
 12 
13 
 14 
 15 
 16 
p
 
p
 
1,
20
 
1,
20
 
1,20 
 
1,20 
 
circulação 
elevador elevador 
sem escala 
S D 
 
 
ESCADA INTERNA 
B
lo
nd
el
: 2
h+
p=
0,
64
 
p
 
p
 
1,
20
 
1,
20
 
0,15 
1,20 
 
1,20 
 8 
 7 
 6 
 5 
4 
 3 
 2 
 
1 
 9 
 
1,
80
 
1,20 
 1,20 
 
1,
20
 
ante 
câmara 
Hall de serviço 
elevador 
S D 
sem escala 
10 
 11 
 12 
13 
 
15 
 
16 
14 
 
 
 
12.2. RAMPAS 
 
Declive. Superfície inclinada que constitui, dentro ou fora dos edifícios, elemento de 
circulação vertical. Substituindo a escada tradicional, exige, no entanto, muito maior 
espaço para seu desenvolvimento. Para pedestres, sua inclinação máxima tolerável é 
de 15%. Inclinações maiores são possíveis nos acessos a garagens. 
Segundo a LEI COMPLEMENTAR Nº 387 DE 13 DE ABRIL DE 2.000 das normas 
técnicas das edificações em geral, fica estabelecido que: 
 
 As escadas ou rampas devem ter largura mínima de 90 cm (noventa 
centímetros) e passagem com altura mínima nunca inferior a 2,00 m (dois 
metros), salvo disposição contrária existente em norma técnica. 
 As escadas e rampas de uso comum ou coletivo e as escadas de incêndio 
devem ser dotadas de corrimão e obedecer às exigências contidas na NBR 
9077. 
 Em caso de uso secundário ou eventual, será permitida a redução de sua 
largura até o mínimo de 60 cm (sessenta centímetros). 
 O elevador em uma edificação não dispensa a construção de escada ou rampa. 
 O piso das rampas deve ser revestido com material antiderrapante e obedecer 
às seguintes declividades máximas: 
 I - 12% (doze por cento) se o uso for destinado a pedestres; 
 II - 25% (vinte e cinco por cento) se o uso for exclusivo de veículos automotores. 
 
As rampas de acordo com a sua inclinação, classificam-se em: 
1. Rampas de pouca inclinação, de até 6º, que não requerem um pavimento 
especial contra o deslizamento; 
2. Rampas de média inclinação, de 6º a 12º, que requerem um pavimento rugoso 
que evita o deslizamento; 
3. Rampas inclinadas, de 12º a 25º, que exigem um pavimento com ressaltos 
transversais ou a subdivisão do plano da rampa em largos degraus de pouca 
inclinação. A separação entre os ressaltos transversais deve ser constante ao longo 
da rampa e igual ao comprimento do passo normal. 
 
 
 
EXEMPLO: ao calcularmos uma rampa para automóveis, a declividade aconselhada é 
de 20%, se precisarmos vencer uma altura de + 1,40 m tendo como referência o nível 
0,00 da rua: 
 
 Teoricamente: Sen  = B onde Sen 12º = 1,40 0,20 = 1,40 
 A A A 
 
 
 
 
 
 Na prática: 
 
 
 
 
Regra de 3: 1,40m = 20% x = 14,00m : 20% x = 7,00m 
 x 100% 
 
Temos ainda: 100% : 20% = 5 multiplicar esse valor pela altura a 
ser vencida, ou seja: 1,40 m x 5 = 7,00 m 
 
 
 
 
12.3. ELEVADORES 
 
Segundo a LEI COMPLEMENTAR Nº 387 DE 13 DE ABRIL DE 2.000 das normas 
técnicas das edificações em geral, fica estabelecido que: 
 
 É obrigatória a instalação de, no mínimo, um elevador nas edificações de mais de 
três pavimentos acima do térreo, e de, no mínimo, dois elevadores, no caso de 
mais de sete pavimentos acima do térreo. 
 
0.00 
+ 1.40 m 
7,00 m 
A 
B = 1,40 
 = 12º 
A = 7,00 m 
 
 
 Na contagem do número de pavimentos não é computado o último, quando de uso 
exclusivo do penúltimo, ou destinado a dependências de uso comum do condomínio 
ou, ainda, dependências de zelador. 
 
 Os espaços de acesso ou circulação fronteiriços às portas dos elevadores devem 
ter dimensão não inferior a 1,50 m (um metro e cinqüenta centímetros). 
 
 Além destas exigências deve ser apresentado projeto de instalação e cálculo de 
tráfego, compatíveis com as normas da ABNT. 
 
Para o projeto da caixa de elevadores e das casas de máquinas é necessário antes 
de tudo, definir a capacidade (lotação da cabina) e a velocidade dos elevadores. 
 Esse cálculo de tráfego deve obedecer a Norma NB-596 da ABNT (Associação 
Brasileira de Normas Técnicas). 
 
Devem ser consultadas também as empresas fornecedoras dos elevadores. 
 
Dimensões mínimas para caixa de elevador para um edifício residencial: 
 
1,
70
 
0,80 
1,70 
0,
23
 
PLANTA DO POÇO DO ELEVADOR 
Escala 1:25 
 
 
Dimensões mínimas para casa de máquinas referente a um elevador para edifício 
residencial 
 
PLANTA DA CASA DE MÁQUINAS PARA 01 ELEVADOR 
Escala 1:50 
 
 
Dimensões mínimas para casa de máquinas referente a dois elevadores para edifício 
residencial. 
PLANTA DA CASA DE MÁQUINAS PARA 02 ELEVADORES 
Escala 1:50 
1,50 
P 
0,80m x 2,10m 
0,
90
 
1,00m 
1,00m 
1,00m 
1,00m 
proj. do poço do elevador 
1,50 
P 
0,80m x 2,10m 
1,
50
m
 
1,00m 
1,00m 
1,00m 
1,00m 
proj. do poço do elevador 
 
 
Exemplos de dimensões mínimas verticais para o poço do elevador e casa de 
máquinas 
 
 
 
VELOCIDADE 
 
MIN. 
 
MIN. 
 
MIN. 
 
m / min. 
 
m / s 
 
P (mm) 
 
Q (mm) 
 
H (mm) 
 
60 
 
1,00 
 
1.500 
 
4.500 
 
2.500 
 
75 
 
1,25 
 
1.500 
 
4.500 
 
2.500 
 
90 
 
1,50 
 
1.500 
 
4.500 
 
2.500 
 
105 
 
1,75 
 
1.900 
 
4.500 
 
2.500 
 
120 
 
2,00 
 
1.900 
 
4.500 
 
2.500 
 
 
PÉ DIREITO MÍNIMO: 
Espaço Técnico = 1,50 m 
Casa de Máquinas = 2,50 m 
ÚLTIMA PARADA 
Casa de 
Máquinas 
Q
 (d
o 
pi
so
 d
a 
úl
tim
a 
pa
ra
da
 a
o 
pi
so
 d
a 
ca
sa
 d
e 
m
áq
ui
na
s 
m
ín
.=
 
2,
10
m
 
T
 =
 p
er
cu
rs
o 
P
 
Espaço 
Técnico 
H
 (p
d 
m
ín
im
o 
2,
50
 m
) 
Para informações detalhadas, projetos 
definitivos ou cálculos de tráfego é 
necessário consultar técnicos de 
 
 
DESENHO ESQUEMÁTICO DAS PLANTAS DO ÁTICO (sem escala) 
 11 
 9 
 5 
 10 
 14 
 6 
circulação 
casa de máquinas 
A A’ 
caixa d’água 
Capacidade 
 = _______ 
Ático – pav. superior 
sem escala 
 d 
 1 
 2 
 3 
 4 
 7 
 8 
 15 
 13 
 12 
 16 
barrilete espaço técnico 
s A A’ 
circulação 
Ático – pav. inferior 
sem escala 
 8 
 7 
 6 
 2 
 4 
 1 
 3 
 5 
 10 
 15 
 13 
 12 
 9 
 11 
 16 
 14 
 
 
DESENHO ESQUEMÁTICO DO CORTE DO ÁTICO (sem escala) 
Primeira parada do elevador 
P
o
ço
 d
o
 e
le
va
d
o
r 
barrilete espaço técnico circ. 
casa de máquinas Caixa d’água 
telhado telhado 
 circulação 
Corte AA’ 
sem escala 
ÚLTIMA PARADA DO 
ELEVADOR 
1,
50
 
 
 
EXERCÍCIOS 
 
APRESENTAR OS CÁLCULOS EM TODAS AS QUESTÕES 
1º. Calcular a extensão das seguintes rampas: 
 
a. Para acesso de deficiente físico ao piso do pavimento térreo que está no 
nível +1.20m em relação a rua (0.00 m) com inclinação de 10%. 
 
Cálculo 
 
 
b. Para acesso de automóvel ao piso do subsolo que está no nível -1.40m 
em relação a rua (0.00 m) com inclinação de 20 %. 
 
 
Cálculo 
 
 
 
2º. Calcular as escadas de uma loja comercial de três pavimentos, 
considerando: 
 
 espessura da laje = 0,18 m 
 
 
 
 
 
* pé-direito do segundo pavimento 
Resposta 
RespostaCálculo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Resposta: 
 
Do térreo ao 1º pavimento 
Nº de 
degraus: 
 
Espelho do 
degrau (e): 
 
Piso do 
degrau (p): 
 
 
Do 1º ao 2º pavimento 
Nº de 
degraus: 
 
Espelho do 
degrau (e): 
 
Piso do 
degrau (p): 
 
 
 
3º. Abaixo estão representadas as plantas dos pavimentos térreo e superior de uma 
residência unifamiliar, projetar uma escada na sala e fazer o que se pede: 
a. Calcular a escada considerando: 
 Pé-direito = 2,85 m 
 Espessura da laje = 0.15 m 
 
Cálculo 
 
 
 
7.36 
4.18 
0.00 * pé-direito do primeiro pavimento 
 
 
 
 
Resposta: 
Nº de 
degraus: 
 
Espelho do 
degrau (e): 
 
Piso do 
degrau (p): 
 
 
b. Projetar a escada no lugar onde você considera o ideal representando-a no 
pavimento térreo e no pavimento superior na escala 1:100. 
Elementos mínimos da escada: degraus, corrimão, sentido de subida e descida, 
numeração dos degraus, cotas, indicação de corte horiz. (térreo), guarda corpo 
(superior). 
c. Traçar uma linha de corte (AA’) passando somente pela escada em ambas as 
plantas. 
d. Desenhar a nova planta e o corte AA’ em outra folha de papel na escala 1:50. 
PAVIMENTO TÉRREO PAVIMENTO SUPERIOR 
4,
45
 
 
 
13 
ROTEIRO PARA O 
DESENVOLVIMENTO DE UM 
PROJETO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LEIA ATENTAMENTE ESTE ROTEIRO ANTES DE INICIAR SEU PROJETO 
 
CÁLCULO DA ÁREA DO TERRENO (m2) 
Divida seu terreno em formas que facilitem o cálculo da metragem quadrada 
 ou = lado x lado 
 
 
 
 = base x altura 
 2 
 = base maior + base menor x h 
 2 
1. DEFINIR OS RECUOS MÍNIMOS PERMITIDOS 
 
Depois de escolher o número de pavimentos do seu projeto, ver os recuos 
mínimos permitidos por lei. 
Marcando esses recuos no lote, você estará definindo a LÂMINA do seu projeto. 
Ou seja o espaço onde será projetado o pavimento tipo. 
 
 
 
 
2. TAXA DE OCUPAÇÃO MÁXIMA DO LOTE 
 
 
Ou seja: a área calculada do seu lote x a porcentagem de ocupação máxima permitida 
de acordo com a zona onde o lote está situado = o máximo permitido a ocupar do lote. 
ATENÇÃO: esse valor de ocupação máxima do lote deve ser igual ou menor que a 
LAMINA definida anteriormente. 
 
Área do lote x % permitida = ocupação máxima permitida do lote 
 
 
 
 
 
 
 
3. COEDICIENTE DE APROVEITAMENTO MÁXIMO DO LOTE 
 
Ou seja: a área calculada do seu lote x o coeficiente de aproveitamento máximo 
permitido de acordo com a zona onde o lote está situado = o máximo permitido de 
área total construída 
ATENÇÃO: esse valor de aproveitamento máximo do lote deve ser igual ou menor a 
LAMINA definida anteriormente (itens 2 e 3) multiplicada pelo número de andares do 
seu projeto 
 
 
4. PAVIMENTO TIPO 
 
 unidade(s) habitacionais; 
 hall social com elevador social e corredor a sua frente de no mínimo 1,50 m 
 hall de serviço com elevador de serviço e corredor a sua frente de no mínimo 
1,50m, compartimento para lixo e caixa de escada (enclausurada ou não, de 
acordo com o partido do projeto) 
 
Estando definida a LÂMINA do seu projeto, é necessário marcar a área de circulação 
vertical (escada e elevador). 
 Agora determine quantos apartamentos serão por andar e projete-os. 
 
 
CONDIÇÕES MÍNIMAS DOS COMPARTIMENTOS 
 
 
Iluminação Ventilação 
Pé 
direito 
 
Inscrição de 
círculo 
 
Área mínima 
 
Área total do lote x índice de ocupação = total de área construída permitida 
 
 
 
UTILIZAÇÃO 
PROLONGADA 
dormitórios e 
salas em geral 
 
Voltada para 
o exterior 
Voltada para 
o exterior 
2,70 m 2,00 m 
sala + dormitório, 
quando juntos ou 
separados 
20,00 m2 
 
UTILIZAÇÃO 
TRANSITÓRIA 
vestíbulos 
corredores 
caixas de escada 
salas de espera 
gabinetes sanitários 
áreas de serviço e 
cozinhas 
 natural 2,50 m 
 Cozinhas 1,60 m2 
 Demais 0,90 m2 
ou 1,40 m2 
quando utilizado 
por deficiente 
físico 
Cozinha 4,00 m2 
Área de serviço 2,50 m2 
Bacia 1,20 m2 
Lavatório, chuveiro e 
mictório 
0,81 m2 
por peça 
Bacia e lavatório 1,50 m2 
Bacia, lavatório e 
chuveiro 
2,00 m2 
Bacia p/ uso de 
deficiente físico 
2,24 m2 
 
UTILIZAÇÃO 
ESPECIAL 
Adegas 
Câmaras escuras 
 Caixas fortes 
câmaras frigoríficas, 
saunas, garagens e 
congêneres. 
Devem obedecer às normas técnicas vigentes, especificamente, para o uso pretendido 
 
ATENÇÃO: SEMPRE consultar o Plano Diretor Físico, Código de Edificações, 
Código de Posturas do Município de Montes Claros. 
 
 
5. PAVIMENTO TÉRREO 
 hall social com elevador social e corredor a sua frente de no mínimo 1,50 m; 
 hall de serviço com elevador de serviço e corredor a sua frente de no mínimo 
1,50m, caixa de escada (enclausurada ou não, de acordo com o partido do 
projeto); 
 entrada social do prédio (guarita, acessos, jardim, etc.); 
 
 
 rampa de acesso ao térreo para deficiente físico com inclinação de 10% e largura 
mínima = 1,20 m ; 
 rampa de acesso ao térreo e subsolo para automóveis com inclinação de 20% e 
largura mínima de 3,00 m ; 
 apartamento para zelador com aproximadamente 40 m2 composto no mínimo de 
sala, quarto, cozinha e banheiro (pode ser projetado também no mezanino ou junto 
com o ático – conforme partido arquitetônico); 
 depósito de lixo (mínimo 4 m2 ); 
 centro de medições distante do recuo frontal até 15 m (mínimo 6,00 m²); 
 depósito para material de limpeza (mínimo 2,00 m²); 
 vestiário/sanitário para funcionários (mínimo 6,00 m²); 
 abrigo para botijões de gás com abertura frontal FORA da projeção do edifício 
(min3,00 m²) (pode ser locado no recuo frontal); 
 salão(ões) de festas e jogos (opcional); 
 play-ground / área de lazer de 2,00 m2 por unidade habitacional 
 01 vaga de automóvel por apartamento (mínimo) = 2,50 m por 4,80); 
 projeção no recuo frontal da caixa d’água subterrânea . 
 
6. SUBSOLO 
 Subsolo poderá ocupar o espaço total do terreno com exceção do recuo frontal 
(no caso do terreno ser de esquina, é necessário respeitar os dois recuos) 
 elevador social e corredor a sua frente de no mínimo 1,50 m (OPCIONAL); 
 elevador de serviço e corredor a sua frente de no mínimo 1,50m; 
 caixa de escada; 
 01 vaga de automóvel por apartamento (mínimo) = 2,50 m por 4,80 m ; 
 caixa d’água inferior. 
 
7. MEZANINO (opcional) 
 hall social com elevador social e corredor a sua frente de no mínimo 1,50 m 
 hall de serviço com elevador de serviço e corredor a sua frente de no mínimo 
1,50m, caixa de escada ; 
 rampa de acesso vindo do térreo para automóveis com inclinação de 20% e 
largura mínima de 3,00 m ; 
 
 
 01 vaga de automóvel por apartamento (mínimo) = 2,50 m por 4,80 m 
 apartamento para zelador com aproximadamente 40 m2 composto no mínimo de 
sala, quarto, cozinha e banheiro (pode ser projetado na cobertura ou junto com 
o ático – conforme partido arquitetônico); 
 salão(ões) de festas e jogos (opcional); 
 play-ground/área de lazer de 2,00 m2 por unidade habitacional. 
 
8. ÁTICO 
É a parte técnica do edifício composta de: 
1º pavimento com: 
 caixa de escada (enclausurada ou não); 
 cobertura social particular ou coletiva (OPCIONAL); 
 apartamento para zelador com aproximadamente 40 m2 composto no mínimo de 
sala, quarto, cozinha e banheiro (OPCIONAL); 
 espaço técnico - local imediatamente abaixo da casa de máquinas onde o 
técnico faz a manutenção do(s) carro(s) do elevador(es); 
 barrilete - local imediatamente abaixo da caixa d’água onde existe o 
encanamento de distribuição da água para as unidades habitacionais; 
 fechamento do telhado do último pavimento tipo. 
 
2º pavimento com: 
 caixa de escada (enclausurada ou não, de acordo com o partido do projeto) 
 casa de máquinas - local onde fica o motor e guincho de sustentação do(s)

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