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1 M A TE M Á TI C A : C O N TE Ú D O S E M É TO D O S - G R U P O P R O M IN A S 2 M A TE M Á TI C A : C O N TE Ú D O S E M É TO D O S - G R U P O P R O M IN A S 3 M A TE M Á TI C A : C O N TE Ú D O S E M É TO D O S - G R U P O P R O M IN A S Núcleo de Educação a Distância GRUPO PROMINAS DE EDUCAÇÃO Diagramação: Rhanya Vitória M. R. Cupertino PRESIDENTE: Valdir Valério, Diretor Executivo: Dr. Willian Ferreira. O Grupo Educacional Prominas é uma referência no cenário educacional e com ações voltadas para a formação de profissionais capazes de se destacar no mercado de trabalho. O Grupo Prominas investe em tecnologia, inovação e conhecimento. Tudo isso é responsável por fomentar a expansão e consolidar a responsabilidade de promover a aprendizagem. 4 M A TE M Á TI C A : C O N TE Ú D O S E M É TO D O S - G R U P O P R O M IN A S Prezado(a) Pós-Graduando(a), Seja muito bem-vindo(a) ao nosso Grupo Educacional! Inicialmente, gostaríamos de agradecê-lo(a) pela confiança em nós depositada. Temos a convicção absoluta que você não irá se decepcionar pela sua escolha, pois nos comprometemos a superar as suas expectativas. A educação deve ser sempre o pilar para consolidação de uma nação soberana, democrática, crítica, reflexiva, acolhedora e integra- dora. Além disso, a educação é a maneira mais nobre de promover a ascensão social e econômica da população de um país. Durante o seu curso de graduação você teve a oportunida- de de conhecer e estudar uma grande diversidade de conteúdos. Foi um momento de consolidação e amadurecimento de suas escolhas pessoais e profissionais. Agora, na Pós-Graduação, as expectativas e objetivos são outros. É o momento de você complementar a sua formação acadêmi- ca, se atualizar, incorporar novas competências e técnicas, desenvolver um novo perfil profissional, objetivando o aprimoramento para sua atu- ação no concorrido mercado do trabalho. E, certamente, será um passo importante para quem deseja ingressar como docente no ensino supe- rior e se qualificar ainda mais para o magistério nos demais níveis de ensino. E o propósito do nosso Grupo Educacional é ajudá-lo(a) nessa jornada! Conte conosco, pois nós acreditamos em seu potencial. Vamos juntos nessa maravilhosa viagem que é a construção de novos conhecimentos. Um abraço, Grupo Prominas - Educação e Tecnologia 5 M A TE M Á TI C A : C O N TE Ú D O S E M É TO D O S - G R U P O P R O M IN A S 6 M A TE M Á TI C A : C O N TE Ú D O S E M É TO D O S - G R U P O P R O M IN A S Olá, acadêmico(a) do ensino a distância do Grupo Prominas! É um prazer tê-lo em nossa instituição! Saiba que sua escolha é sinal de prestígio e consideração. Quero lhe parabenizar pela dispo- sição ao aprendizado e autodesenvolvimento. No ensino a distância é você quem administra o tempo de estudo. Por isso, ele exige perseve- rança, disciplina e organização. Este material, bem como as outras ferramentas do curso (como as aulas em vídeo, atividades, fóruns, etc.), foi projetado visando a sua preparação nessa jornada rumo ao sucesso profissional. Todo conteúdo foi elaborado para auxiliá-lo nessa tarefa, proporcionado um estudo de qualidade e com foco nas exigências do mercado de trabalho. Estude bastante e um grande abraço! Professora: Adriana Penna 7 M A TE M Á TI C A : C O N TE Ú D O S E M É TO D O S - G R U P O P R O M IN A S O texto abaixo das tags são informações de apoio para você ao longo dos seus estudos. Cada conteúdo é preprarado focando em téc- nicas de aprendizagem que contribuem no seu processo de busca pela conhecimento. Cada uma dessas tags, é focada especificadamente em partes importantes dos materiais aqui apresentados. Lembre-se que, cada in- formação obtida atráves do seu curso, será o ponto de partida rumo ao seu sucesso profisisional. 8 M A TE M Á TI C A : C O N TE Ú D O S E M É TO D O S - G R U P O P R O M IN A S CAPÍTULO 01 O CONHECIMENTO MATEMÁTICO Apresentação do Módulo ______________________________________ 12 CAPÍTULO 02 CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE MATEMÁTICA CAPÍTULO 03 A MATEMÁTICA NO ENSINO FUNDAMENTAL O Aluno e a Matemática _____________________________________ 19 O Professor e o Saber Matemático _____________________________ 20 A Dinâmica Professor-Aluno e Aluno-Aluno ____________________ 20 CAPÍTULO 04 OBJETIVOS GERAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL CAPÍTULO 06 OBJETIVOS GERAIS DE MATEMÁTICA PARA O ENSINO FUNDAMEN- TAL CAPÍTULO 05 AVALIAÇÃO EM MATEMÁTICA 9 M A TE M Á TI C A : C O N TE Ú D O S E M É TO D O S - G R U P O P R O M IN A S Ensino e Aprendizagem de Matemática no Primeiro Ciclo _______ 32 Objetivos de Matemática para o Primeiro Ciclo ___________________ 33 Os Conteúdos de Matemática para o Primeiro Ciclo ______________ 34 CAPÍTULO 07 SELECIONANDO OS CONTEÚDOS DE MATEMÁTICA NO ENSINO FUN- DAMENTAL Números e Operações ___________________________________________ 29 Espaço e Forma _________________________________________________ 30 Grandezas e Medidas ____________________________________________ 30 Seleção de Conteúdos __________________________________________ 28 Blocos de Conteúdos ____________________________________________ 29 Organização de Conteúdos ______________________________________ 29 Tratamento de Informações _____________________________________ 31 CAPÍTULO 08 MATEMÁTICA PARA O PRIMEIRO CICLO CAPÍTULO 09 RECURSOS DE ENSINO A História da Matemática Como Recurso para o Ensino ___________ 37 As Tecnologias da Informação Como Recurso para o Ensino ______ 38 10 M A TE M Á TI C A : C O N TE Ú D O S E M É TO D O S - G R U P O P R O M IN A S Os Jogos Como Recursos de Ensino _____________________________ 38 Resolução de Problemas ________________________________________ 39 CAPÍTULO 10 CONTEÚDOS, CONCEITOS E PROCEDIMENTOS: NÚMEROS NATU- RAIS E NUMERAÇÃO DECIMAL Números Naturais e Numeração Decimal ________________________ 42 Operações com Números Naturais _______________________________ 43 Espaço e Forma _________________________________________________ 43 Grandezas e Medidas ____________________________________________ 44 Tratamento da Informação ______________________________________ 44 CAPÍTULO 11 MATEMÁTICA PARA O SEGUNDO CICLO Ensino e Aprendizagem de Matemática no Segundo Ciclo _______ 45 Objetivos de Matemática para o Segundo Ciclo __________________ 46 Conteúdos de Matemática para o Segundo Ciclo _________________ 47 CAPÍTULO 12 CONCEITOS, CONTEÚDOS E PROCEDIMENTOS: NÚMEROS NATU- RAIS, NUMERAÇÃO DECIMAL E NÚMEROS RACIONAIS Números Naturais, Numeração Decimal e Números Racionais ____ 50 11 M A TE M Á TI C A : C O N TE Ú D O S E M É TO D O S - G R U P O P R O M IN A S Operações com Números Naturais e Racionais ___________________ 51 Espaço e Forma _________________________________________________ 51 Grandezas e Medidas ____________________________________________ 52 Tratamento da Informação ______________________________________ 52 CAPÍTULO 13 AVALIAÇÃO (SEGUNDO CICLO) CAPÍTULO 14 RECOMENDAÇÕES DIDÁTICAS Números Naturais _______________________________________________ 55 Números Racionais _____________________________________________ 57 Operações com Números Naturais _______________________________ 58 Adição e Subtração ______________________________________________ 58 Multiplicação e Divisão __________________________________________ 59 Referências _____________________________________________________ 64 12 M A TE M Á TI C A : C O N TE Ú D O S E M É TO D O S - G R U P O P R O M IN A S O ensino da Matemática geralmente provoca reações antagôni- cas, tanto naqueles que a ensinam, como naqueles que a aprendem: por um lado tem-se a certeza de sua importância; por outro, a insatisfaçãodian- te dos resultados insuficientes obtidos em relação à sua aprendizagem. A importância da Matemática é vista em seu amplo papel, pois permite resolver os problemas da vida cotidiana, funciona como ele- mento fundamental na construção de conhecimentos em outras discipli- nas. Além de interferir na formação de outras capacidades intelectuais como o raciocínio dedutivo. Pode-se dizer que a Matemática é a chave de um portal para um mundo de mistérios a serem revelados. A insatisfação revela que existem desafios a serem superados, tais como a necessidade de mudar o ensino centrado em procedimen- tos mecânicos, de reformular objetivos, de rever conteúdos e de buscar metodologias mais dinâmicas, voltadas à realidade. Se a Matemática é a chave que abre o portal para um mundo de mistérios, seu ensino deve ensinar os alunos a forjarem essa chave. Cabe a cada professor enfrentar esses desafios. O presente ma- nual é um instrumento que pretende estimular a busca das soluções para o ensino dessa disciplina, para que ela se torne um instrumento aplicável na vida do aluno, despertando seu interesse por esse mundo de mistérios. Nesta apostila, abordaremos conteúdos matemáticos e méto- dos de ensino para as quatro primeiras séries do Ensino Fundamental, baseando-nos sempre no que preconizam os PCN´s (Parâmetros Cur- riculares Nacionais). Os PCN´s são os documentos norteadores do ensino no Brasil, foram editados pelo Ministério da Educação e Desporto, em 1997, e são válidos até hoje. Dentre seus objetivos, destacamos: (...) fazer com que as crianças dominem os conhecimentos de que necessi- tam para crescerem como cidadãos plenamente reconhecidos e conscientes de seu papel em nossa sociedade. (...) apontar metas de qualidade que aju- dem o aluno a enfrentar o mundo atual como cidadão participativo, reflexivo e autônomo, conhecedor de seus direitos e deveres. O documento nos lembra ainda que é um referencial flexível que permite (e recomenda) a sua adaptação à realidade de cada região brasileira, respeitando-se a pluralidade cultural de nosso país. 13 M A TE M Á TI C A : C O N TE Ú D O S E M É TO D O S - G R U P O P R O M IN A S Surgida através das necessidades do homem na Antiguidade, a Matemática transformou-se em um enorme sistema de disciplinas, tais como cálculo, geometria, probabilidade e estatística. Assim como outras ciências, reflete a realidade e as leis sociais, servindo como ins- trumento para o entendimento do mundo da natureza. São preceitos matemáticos: a abstração; a precisão; o rigor lógico; o caráter irrefutável das conclusões; além do seu extenso campo de aplicação. Abstração matemática refere-se ao tratamento das relações quantitativas, das formas espaciais e das propriedades dos objetos. É uma característica da Matemática trabalhar quase que exclusivamente com conceitos abstratos e suas interrelações. As demonstrações de- vem empregar conceitos abstratos, raciocínio lógico e cálculos. O CONHECIMENTO MATEMÁTICO M A TE M Á TI C A : C O N TE Ú D O S E M É TO D O S - G R U P O P R O M IN A S 13 14 M A TE M Á TI C A : C O N TE Ú D O S E M É TO D O S - G R U P O P R O M IN A S Embora recorra-se muito ao empirismo para chegar a certos mo- delos físico-matemáticos, o padrão científico exige o uso de linguagem formal, lógica, abstrata e universal para enunciar postulados e teoremas. Resultados matemáticos devem-se ater à precisão e o raciocí- nio deve ser desenvolvido com minuciosidade para que sejam convin- centes e incontestáveis. Embora todo esse grau de abstração seja pré-requisito do de- senvolvimento dos modelos físico-matemáticos, os resultados são apli- cáveis ao mundo real, em outras ciências e nas práticas da vida diária. Exemplos são a indústria, o comércio e a área tecnológica. A Matemática é ainda utilizada como ferramenta fundamental para o desenvolvimento das demais ciências, tais como a Física, a Quí- mica e a Astronomia. Mesmo em outras áreas do conhecimento, em- bora pareça de menor uso, a Matemática continua sendo fundamental. Exemplos são a Sociologia, a Psicologia, a Antropologia, a Medicina, a Economia Política, entre outras. Em seus primórdios, a Matemática se constituía de um conjun- to de regras isoladas, oriundas do empirismo e com ligação direta à vida cotidiana, não se tratando assim de um sistema unificado. Aritmética e Geometria foram formadas por conceitos que se relacionavam e se completavam, tendo surgido das necessidades de se contar, calcular e medir, dividir e organizar o espaço. O desenvolvimento da Geometria e da Álgebra marcaram a ruptu- ra com o sistema inicial pragmático, dando lugar à sistematização dos co- nhecimentos, originando campos como a Geometria Analítica, a Geometria Projetiva, a Álgebra Linear e outros. O conceito de função surgiu através do estudo de grandezas que eram variáveis com o tempo ou o espaço e originou um novo ramo de estudos, chamado de Análise Matemática. A Matemática tornou-se, por fim, uma ciência de estudo sobre as relações e interdependências entre grandezas, abarcando um amplo campo de teorias e modelos, além de procedimentos de análise, meto- dologias de pesquisa, de coleta e de interpretação de dados. Existem dois campos interdependentes da Matemática, a cha- mada Matemática Pura e a Matemática Aplicada. Por vezes, acontece de descobertas no ramo da Matemática Pura não terem uma aplicação imediata, porém, anos mais tarde (ou mesmo décadas) ocorre de, sur- preendentemente, notar-se a aplicabilidade de tais conhecimentos teó- ricos em situações reais. O inverso também ocorre, quando situações práticas acabam por aprofundar ou melhorar certos conhecimentos teó- ricos. Por isso dizemos que são interdependentes. O conhecimento matemático resulta de um processo que com- preende imaginação, contraexemplos, conjecturas, críticas, erros e 15 M A TE M Á TI C A : C O N TE Ú D O S E M É TO D O S - G R U P O P R O M IN A S acertos, sendo apresentado por vezes de forma descontextualizada. É apresentado dessa forma, sem ser incluído num contexto temporal e espacial, porque a preocupação dos matemáticos resume-se, na gran- de maioria das vezes, em comunicar resultados apenas, sem se impor- tar com o processo. Dessa forma, a Matemática desenvolve-se num processo conflitivo entre elementos contrastantes: concreto e abstrato, particular e geral, formal e informal, finito e infinito, discreto e contínuo. Tais conflitos acabam por ser difundidos também no âmbito do ensino, gerando dificuldades no processo de ensino-aprendizagem. 16 M A TE M Á TI C A : C O N TE Ú D O S E M É TO D O S - G R U P O P R O M IN A S Após compreender os objetivos gerais do ensino fundamental, é preciso entender as características da área da Matemática. Somente en- tendendo todos os elementos envolvidos nessa dinâmica de ensino-apren- dizagem, é que os resultados serão satisfatórios. Um enxadrista só obtém grandes vitórias quando conhece todas as peças do jogo de xadrez e seus respectivos movimentos, da mesma forma, o professor terá grandes vitó- rias se conhecer bem a Matemática e o contexto em que ela se encaixa. Seguem-se as características estudadas: - A Matemática é fator importante para o exercício da cidada- nia, considerando-se que os conhecimentos científicos e recursos tec- nológicos têm um papel cada vez maior nas dinâmicas sociais; - A Matemática precisa estar ao alcance de todos; - O exercício da Matemática na escola deve levar a construção CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE MATEMÁTICA M A TE M Á TI C A : C O N TE Ú D O S E M É TO D O S - G R U P O P R O M IN A S 16 17 M A TE M Á TI C A : C O N TE Ú D O S E M É TO D O S - G R U P O P R O M IN A S do conhecimento e a sua aplicação na realidade sociocultural de cada comunidade; - O ensino da Matemática deve usar exemplos da realidade, trazendo das páginas doslivros para o mundo real sua aplicação, deve deixar de ser teoria pura e passar a ser teoria aplicada. Exemplo disso é o uso da Matemática para planejar os gastos familiares; - A aprendizagem em Matemática está ligada à compreensão. O aluno deve interiorizar os conceitos e não apenas os decorar. Uma ferramenta importante para trabalhar essas características são as ati- vidades lúdicas, com uso de encenações, brinquedos pedagógicos, vi- sitas a estabelecimentos comerciais, museus científicos, entre outras; - A seleção e organização de conteúdos não deve ter como critério único a lógica interna da Matemática. Deve-se levar em conta sua importância social e a contribuição para a aprendizagem do aluno. Atividades em classe podem ser utilizadas para levar ao aluno a com- preender a inflação e seus impactos, bem como os tributos; - O conhecimento matemático deve ser apresentado aos alu- nos como historicamente construído e em permanente evolução. Para ressaltar esse aspecto podem ser utilizadas a ideia da evolução dos computadores ou das máquinas de calcular, trazendo para a turma ába- cos, calculadoras simples e calculadoras específicas; - Recursos didáticos como jogos, livros, vídeos, calculadoras, computadores e outros materiais têm um papel importante no processo de ensino e aprendizagem. Eles devem ser integrados em diferentes situações, como as apresentadas acima; - A avaliação é parte do processo de ensino e aprendizagem. Deve ser dinâmica e criativa, buscando avaliar todos os elementos en- volvidos no desenvolvimento intelectual e social dos alunos. 18 M A TE M Á TI C A : C O N TE Ú D O S E M É TO D O S - G R U P O P R O M IN A S A Matemática engloba um extenso campo de relações, regula- ridades e coerências que despertam a curiosidade e instigam a capa- cidade de generalizar, projetar, prever e abstrair, possibilitando a estru- turação do pensamento e o desenvolvimento do raciocínio lógico. Ela está presente em diversas situações da vida em sociedade, como nos cálculos relativos a salários, pagamentos e consumo, na organização de atividades como agricultura e pesca. Além disso, ela é essencial para diferentes áreas do conhecimento, estando relacionada em estudos das ciências da natureza, das ciências sociais e estar presente na composi- ção musical, na coreografia, na arte e nos esportes. Essa ampla gama do conhecimento matemático deve ser ex- plorada, de forma lúdica e pragmática, levando aos alunos do ensino fundamental ao real aprendizado da matemática. MATEMÁTICA NO ENSINO FUNDAMENTAL M A TE M Á TI C A : C O N TE Ú D O S E M É TO D O S - G R U P O P R O M IN A S 18 19 M A TE M Á TI C A : C O N TE Ú D O S E M É TO D O S - G R U P O P R O M IN A S Ainda utilizando a metáfora do jogo de xadrez, após conhecer as peças, o enxadrista passa a compreender as possíveis manobras. Da mesma forma, após entender os objetivos do ensino fundamental e as características da Matemática, o professor deve conhecer a relação ensino-aprendizagem, os elementos dinâmicos, as ações que devem ser tomadas para se chegar à vitória: o ensino da Matemática de forma prazerosa e com altos resultados em aprendizagem. As ações sugeridas para o professor são: - Estudar e interiorizar as principais características da Matemá- tica, de seus métodos, de suas ramificações e aplicações; - Conhecer a história de vida dos alunos, sua vivência de apren- dizagens fundamentais, seus conhecimentos informais sobre um dado assunto, suas condições sociológicas, psicológicas e culturais; - Ter autoconhecimento e reconhecer suas facilidades e dificul- dades no ensino da Matemática, uma vez que a prática em sala de aula, as escolhas pedagógicas, a definição de objetivos e conteúdos de ensino e as formas de avaliação estão intimamente ligadas a essas concepções; - Buscar auxílio com colegas e em demais fontes de suporte, para minimizar e suplantar suas dificuldades, em busca da excelência no ensino. O ALUNO E A MATEMÁTICA Além de conhecer as medidas que devem ser adotados pelo pro- fessor, é preciso compreender a relação dos alunos com a Matemática. As situações cotidianas fazem com que os alunos desenvolvam uma inteligência essencialmente prática, que permite reconhecer proble- mas, buscar e selecionar informações e tomar decisões, logo, existe nos alunos uma ampla potencialidade para a atividade matemática. Sendo ela explorada pelo professor, são obtidos resultados satisfatórios. Entretanto, o ensino matemático tem se voltado para aspectos teóricos, conhecimentos adquiridos sem contextualização e sem apli- cações práticas. Assim, toda a potencialidade dos alunos é perdida e é gerado um desinteresse pela Matemática. É necessário compreender o potencial dos alunos para a reso- lução de problemas práticos, mesmo que razoavelmente complexos, e que eles buscam estabelecer relações entre o já conhecido e o novo, entre as disciplinas, entre o ensinado e o cotidiano. Assim, uma Mate- mática sem aplicação é para eles uma aprendizagem inútil. Quantas vezes o professor já escutou do aluno: “Por que tenho que aprender isso? ” “Para que isso serve? ” O ensino da Matemática deve responder a essas perguntas, deve ser claro para o aluno a impor- 20 M A TE M Á TI C A : C O N TE Ú D O S E M É TO D O S - G R U P O P R O M IN A S tância da disciplina no seu dia-a-dia. Esse é um desafio que o professor deve superar ao planejar suas aulas, buscando sempre as aproximar da realidade, com um conhecimento matemático aplicado. O PROFESSOR E O SABER MATEMÁTICO A história dos conceitos matemáticos precisa fazer parte da formação dos professores para que possam mostrar aos alunos a Ma- temática como ciência que não trata de verdades eternas, infalíveis e imutáveis, mas como ciência dinâmica, sempre aberta à incorporação de novos conhecimentos. Inclusive, é preciso levar o aluno a questionar as verdades que lhe são apresentadas. O professor deve buscar novos conhecimentos e aplicar em sala de aula práticas que levem a interiorização da Matemática pelos alunos. A DINÂMICA PROFESSOR-ALUNO E ALUNO-ALUNO Há até pouco tempo, o ensino da Matemática era aquele em que o professor apresentava o conteúdo oralmente, partindo de defini- ções, exemplos, demonstração de propriedades, seguidos de exercí- cios de aprendizagem, fixação e aplicação, e pressupunha que o aluno aprendia pela reprodução. Se o aluno reproduzia corretamente o ensi- nado, era evidência de que ocorrera a aprendizagem. Pelas características dos alunos, já citadas, fica claro que esse modelo é ineficiente, ele não leva a construção do conhecimento, não existe a aplicabilidade para o aprendido, levando ao esquecimento da- quilo que foi ensinado. Atualmente, o aluno é considerado protagonista na construção de sua aprendizagem, o papel do professor ganha novas dimensões. Uma das novas atribuições do professor é a de organizador da apren- dizagem e para desempenhá-la, além de conhecer os elementos socio- culturais, expectativas e competência cognitiva dos alunos, precisará escolher os instrumentos que possibilitam a construção de conceitos e procedimentos, além alimentar o processo de resolução, sempre tendo em vista os objetivos a que se propõe atingir. Além de organizar, o professor também desempenha o papel de consultor nesse processo. Ele não é aquele que expõe todo o con- teúdo aos alunos, mas aquele que fornece as informações pertinentes, que o aluno não tem condições de obter sozinho. Outra de suas funções é como mediador, ao promover a confron- 21 M A TE M Á TI C A : C O N TE Ú D O S E M É TO D O S - G R U P O P R O M IN A S tação das propostas dos alunos, ao disciplinar as condições em que cada aluno pode intervir para expor sua solução, questionar, contestar. Assim, o professor fica responsável por relacionar os procedimentos empregados e as diferenças encontradas, promover o debate sobre resultadose mé- todos, orientar as reformulações e valorizar as soluções mais adequadas. Atua como controlador ao estabelecer as condições para a re- alização das atividades e fixar prazos, sem se esquecer de dar o tempo necessário aos alunos. Realizando o trabalho de incentivo à busca pelo conhecimento. Outro fator importante no ensino é a interação entre alunos, que desempenha papel fundamental na formação das capacidades cogniti- vas e afetivas. Além de proporcionar a construção da ideia de coletivida- de e trabalhos em grupo, contribuindo para a formação cidadã do aluno. Para uma relação harmoniosa entre alunos e professores e um ensino da Matemática prazeroso e com resultados, é preciso todas as partes saibam e reconheçam seus papéis, respeitando-se mutuamente. 22 M A TE M Á TI C A : C O N TE Ú D O S E M É TO D O S - G R U P O P R O M IN A S Para um melhor entendimento do papel da Matemática na re- lação de aprendizagem, é necessário que alguns elementos do ensino fundamental sejam abordados, tais como seus objetivos gerais que de- vem proporcionar ao aluno: - Compreender o conceito de cidadania, sabendo quais são seus direitos, deveres e seu papel como cidadão, valorizando atitudes de solidariedade, cooperação e repúdio às injustiças, respeitando o ou- tro e exigindo para si o mesmo respeito; - Saber posicionar-se de maneira crítica, responsável e cons- trutiva nas diferentes situações sociais, utilizando o diálogo como forma de mediar conflitos e de tomar decisões coletivas; - Conhecer o Brasil em suas diferentes dimensões sociais, ma- teriais e culturais; OBJETIVOS GERAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL M A TE M Á TI C A : C O N TE Ú D O S E M É TO D O S - G R U P O P R O M IN A S 22 23 M A TE M Á TI C A : C O N TE Ú D O S E M É TO D O S - G R U P O P R O M IN A S - Conhecer e valorizar a diversidade sociocultural brasileira, as- sim como a de outros povos e nações, posicionando-se contra qualquer discriminação baseada em diferenças culturais, de classe social, de cren- ças, de sexo, de etnia ou outras características individuais e sociais; - Compreender o meio ambiente e o papel do ser humano como agente transformador que pode contribuir ativamente para a me- lhoria dos aspectos ecológicos; - Ter autoconhecimento, compreendendo suas capacidades afe- tivas, físicas, cognitivas, éticas, estéticas, de inter-relação pessoal e de in- serção social, para agir com perseverança na busca de conhecimento e no exercício da cidadania, sabendo administrar os sentimentos de frustração; - Conhecer e cuidar do próprio corpo, valorizando e adotando hábitos saudáveis como um dos aspectos básicos da qualidade de vida e agindo com responsabilidade em relação à sua saúde e à saúde coletiva; - Saber comunicar, utilizando as diferentes linguagens (verbal, matemática, gráfica, plástica e corporal); - Saber utilizar diferentes fontes de informação e recursos tec- nológicos para adquirir e construir conhecimentos; - Compreender a realidade, sempre buscando a resolução de problemas sociais, utilizando para isso o pensamento lógico, a criativi- dade, a intuição, a capacidade de análise crítica. 24 M A TE M Á TI C A : C O N TE Ú D O S E M É TO D O S - G R U P O P R O M IN A S Os novos objetivos para o ensino fundamental, as mudanças na relação professor-aluno e aluno-aluno, o novo enfoque dado ao ensi- no matemático com uma concepção diferente de aprendizagem, em um processo contextualizado, aproveitando as potencialidades dos alunos e sua necessidade do conhecer voltado para a prática, sempre fazendo relações entre as disciplinas e a realidade, criaram a necessidade de no- vos modelos de avaliação. Se antes a repetição sem erros pelo aluno era considerada como aprendizado, agora é necessário avaliar a construção do conhecimento, observando as peculiaridades de cada comunidade. Nesse esteio, alguns professores têm procurado elaborar ins- trumentos para registrar observações sobre os alunos Um exemplo são as fichas para o mapeamento do desenvolvimento de atitudes, que in- cluem questões como: Procura resolver problemas utilizando os meios AVALIAÇÃO EM MATEMÁTICA M A TE M Á TI C A : C O N TE Ú D O S E M É TO D O S - G R U P O P R O M IN A S 24 25 M A TE M Á TI C A : C O N TE Ú D O S E M É TO D O S - G R U P O P R O M IN A S disponíveis? Faz perguntas? É criativo ou resolver problemas? Quais as justificativas utilizadas para as respostas? Comunica suas respostas com clareza? Participa dos trabalhos em grupo? Ajuda os outros na re- solução de problemas? Contesta pontos que não compreende ou com os quais não concorda? Esses novos instrumentos de avaliação, como as fichas, devem ser utilizados juntamente com os demais, tais como os trabalhos, postura em sala e provas escritas e orais. O professor, como avaliador, tem como tarefa um contínuo exercício de interpretação de sinais, de indícios, a partir dos quais manifesta juízos de valor que lhe permitem reorganizar a atividade pedagógica. Se antes a nota de uma prova era informação suficiente para se dizer se um aluno estava ou não tendo resultados sa- tisfatórios, se o ensino estava no caminho certo; agora essa informação é mais um elemento no sistema de avaliação e de aprendizagem. Ao examinar informações sobre o desempenho dos alunos, o pro- fessor deve saber o que pretende obter e que uso fará dessas informações. Nesse sentido, a análise do erro pode ser uma pista interessante e eficaz. O erro é inerente à aprendizagem escolar e, muitas vezes, pode ser interpretado como um caminho para buscar o acerto. O erro permite ao professor identificar, mediante a observação e o diálogo, como o aluno está pensando, qual caminho ele está tomando, e, dessa forma, mostra ao docente o que mudar em seu ensino para atender às necessidades de aprendizado de cada discente. Diferentes fatores podem ser causa de um erro. Por exemplo, um aluno que erra o resultado da operação 121 – 12, pode não ter es- tabelecido uma correspondência entre os dígitos ao estruturar a conta; pode ter subtraído 1 de 2, baseando-se na ideia de que na subtração se retira o número menor do número maior; pode ter colocado qual- quer número como resposta por não ter compreendido o significado da operação; pode ter utilizado um procedimento aditivo ou contar errado; pode ter cometido erros de cálculo por falta de um repertório básico. O professor, identificando a causa do erro, pode planejar a in- tervenção adequada para auxiliar o aluno a avaliar o caminho percorrido. Para isso, ele deve considerar as características peculiares de cada indi- víduo separadamente, bem como o da turma. Deve buscar uma explica- ção que consiga esclarecer a dúvida de todos e não apenas da maioria. 26 M A TE M Á TI C A : C O N TE Ú D O S E M É TO D O S - G R U P O P R O M IN A S É opinião consensual de que não há caminhos predetermina- dos para se ter um ensino matemático de excelência. Entretanto, exis- tem objetivos gerais que indicam esse caminho. Os objetivos gerais de Matemática para o ensino fundamental devem levar o aluno a: - Utilizar os ensinamentos matemáticos para compreender e transformar o mundo à sua volta; - Ter interesse, curiosidade, espírito de investigação para resol- ver problemas; - Observar os sistemas, em seus aspectos quantitativos e qua- litativos, e estabelecer o maior número possível de relações entre eles, utilizando para isso o conhecimento matemático (aritmético, geométri- co, métrico, algébrico, estatístico, combinatório, probabilístico); - Selecionar, organizar e produzir informações relevantes, além OBJETIVOS GERAIS DE MATEMÁTICA PARA O ENSINO FUNDAMENTAL M A TE M Á TI C A : C O N TE Ú D O S E M É TO D O S - G R U P O P R O M IN A S 26 27 M A TE M Á TI C A : C O N TE Ú D O S E M É TO D O S - G R U P O P R O M IN A S deinterpretá-las e avaliá-las criticamente; - Resolver situações-problema, justificando estratégias e resul- tados, elaborando formas de raciocínio e processos, como dedução, indução, intuição, analogia, estimativa, e utilizando conceitos e procedi- mentos matemáticos, bem como instrumentos tecnológicos disponíveis; - Estabelecer conexões entre temas matemáticos de diferentes campos e entre esses temas e conhecimentos de outras áreas curriculares; - Ser capaz de construir o conhecimento e questionar ideias; - Trabalhar em grupo, aproveitando as sinergias da coletivida- de, além de aprender a respeitar opiniões e criar consensos. 28 M A TE M Á TI C A : C O N TE Ú D O S E M É TO D O S - G R U P O P R O M IN A S Buscando o alcance dos objetivos gerais de Matemática do en- sino fundamental, é essencial a seleção cuidadosa dos conteúdos que serão trabalhados. SELEÇÃO DE CONTEÚDOS Existe um consenso entre os estudiosos de que os currículos de Matemática para o ensino fundamental devam contemplar o estudo dos números e das operações (no campo da Aritmética e da Álgebra), o estudo do espaço e das formas (no campo da Geometria) e o estudo das grandezas e das medidas. A questão a ser enfrentada é identificar quais conhecimentos, SELECIONANDO OS CONTEÚDOS DE MATEMÁTICA NO ENSINO FUNDAMENTAL M A TE M Á TI C A : C O N TE Ú D O S E M É TO D O S - G R U P O P R O M IN A S 28 29 M A TE M Á TI C A : C O N TE Ú D O S E M É TO D O S - G R U P O P R O M IN A S competências, hábitos e valores são relevantes para a educação e em que medida contribuem para a construção e estruturação do pensamento lógi- co-matemático, da criatividade, da capacidade de análise e de crítica, que são essenciais para o desenvolvimento intelectual do aluno. Além disso, é preciso relacionar esses elementos com a construção da cidadania. BLOCOS DE CONTEÚDOS ORGANIZAÇÃO DE CONTEÚDOS Após selecionar os conteúdos para o ensino fundamental, eles devem ser organizados em ciclos e, posteriormente, em projetos que deverão ser executados por cada professor ao longo do ano letivo. Para a organização de conteúdos é preciso que se analise: - as conexões que podem ser estabelecidas entre os diferentes blocos de tal forma que o professor poderá articular múltiplos aspec- tos dos diferentes blocos, buscando a compreensão que o aluno possa atingir a respeito dos princípios e métodos básicos do corpo de conhe- cimentos matemáticos; além disso, deverá estabelecer ligações entre a Matemática, as situações cotidianas dos alunos e as outras áreas do conhecimento, visando uma teoria aplicada; - o enfoque maior ou menor que deve ser dado a cada elemen- to, ou seja, quais pontos merecem mais atenção e quais não são tão fundamentais; - os níveis de aprofundamento dos conteúdos em razão das limitações de compreensão dos alunos, ou seja, levar em conta que um mesmo assunto será abordado em diferentes momentos da aprendi- zagem, com diferentes níveis de aprofundamento, e sua consolidação ocorrerá devido às diversas relações estabelecidas. A seguir serão detalhados alguns conteúdos, que não neces- sariamente serão transpostos imediatamente para a prática da sala de aula. Muitas vezes terão que ser reinterpretados regionalmente, de acordo com os Estados e Municípios e, localmente, variando de acordo com cada unidade escolar. NÚMEROS E OPERAÇÕES Ao decorrer do ensino fundamental, os conhecimentos numéricos são construídos e interiorizados pelos alunos ao utilizá-los como instrumen- tos eficazes para resolver determinados problemas e ao considerar suas 30 M A TE M Á TI C A : C O N TE Ú D O S E M É TO D O S - G R U P O P R O M IN A S propriedades, relações e a maneira como se configuram historicamente. Durante esse processo, o aluno compreenderá que à medida que a humanidade teve que enfrentar problemas, foram criadas diferen- tes categorias numéricas: números naturais, números inteiros positivos e negativos, números racionais e números irracionais. Ao se deparar com situações-problema, envolvendo as operações numéricas, o aluno irá ampliar seu conceito de número. Em relação às operações, o trabalho a ser feito se focará no entendimento dos diferentes significados de cada uma delas, nas rela- ções existentes entre elas e no estudo do cálculo, contemplando dife- rentes tipos: exato e aproximado, mental e escrito. Inicialmente será desenvolvida uma pré-álgebra, apenas tra- balhando com conceitos e ideias gerais. Nas séries finais do ensino fundamental, os trabalhos algébricos serão ampliados, acrescentando situações-problema, nos quais o aluno reconhecerá diferentes funções da álgebra, representará problemas por meio de equações e conhecerá as regras para resolução de uma equação. ESPAÇO E FORMA Os conceitos geométricos são parte importante do currículo de Matemática no ensino fundamental, pois, através deles, o aluno compre- ende, descreve e representa, de forma organizada, o mundo em que vive. A Geometria permite se trabalhar com diversas situações-pro- blema e é um assunto pelo qual os alunos se interessaram natural- mente. O trabalho com elementos geométricos contribui para a apren- dizagem de números e medidas, pois leva a criança a observar, notar semelhanças e diferenças, identificar regularidades e irregularidades. Além disso, pode ser feito um trabalho a partir da exploração dos objetos do cotidiano, de obras de arte, pinturas, desenhos, escultu- ras e artesanato, que permitirá ao aluno estabelecer conexões entre a Matemática e outras disciplinas. GRANDEZAS E MEDIDAS No cotidiano, as grandezas e as medidas estão presentes em quase todas as atividades realizadas, por isso desempenham papel im- portante no currículo, ao mostrar claramente ao aluno a utilidade do conhecimento matemático na prática. As práticas em que as noções de grandezas e medidas são 31 M A TE M Á TI C A : C O N TE Ú D O S E M É TO D O S - G R U P O P R O M IN A S utilizadas proporcionam melhor compreensão de elementos relativos ao espaço e às formas. São ferramentas importantes para o trabalho com os significados dos números e das operações, da ideia de proporciona- lidade e escala, e para a abordagem histórica. TRATAMENTO DE INFORMAÇÕES Fazem parte deste bloco estudos relativos a noções de estatís- tica, de probabilidade e de combinatória. Com relação à estatística, a meta é fazer com que o aluno venha a conseguir coletar, organizar, comunicar e interpretar dados, utilizando tabelas, gráficos e representações que aparecem frequente- mente em situações da vida. Sobre a combinatória, o intuito é levar o aluno a trabalhar com situações-problema que englobam combinações, arranjos, permuta- ções e o princípio multiplicativo da contagem. Com relação à probabilidade, serão trabalhadas as noções de acaso e incerteza, em situações nas quais o aluno faz experimentos e observa eventos. 32 M A TE M Á TI C A : C O N TE Ú D O S E M É TO D O S - G R U P O P R O M IN A S ENSINO E APRENDIZAGEM DE MATEMÁTICA NO PRIMEIRO CICLO Os ingressantes no primeiro ciclo, tendo passado ou não pela pré-escola, possuem noções informais sobre numeração, medida, es- paço e forma, construídas em sua vivência cotidiana. Essas noções ma- temáticas serão referência para o professor na organização das formas de aprendizagem. As situações que as crianças observam, como os pais fazendo compras, a numeração das casas, os cálculos que elas próprias fazem e as conexões que conseguem estabelecer serão objetos de reflexão e de estudo em suas primeiras atividades matemáticas na escola. Assim sendo, antes de elaborar os planos de aulas, é funda- mental que o professor faça um diagnóstico do domínio que cada crian- MATEMÁTICA PARA O PRIMEIRO CICLO M A TE M Á TI C A : C O N TE Ú D O S E M É TO D O S - G R U P O P R O M IN A S 32 33 M A TE M Á TI C A : C O N TE Ú D OS E M É TO D O S - G R U P O P R O M IN A S ça tem sobre o assunto que vai trabalhar, quais são suas deficiências e quais as possibilidades e as dificuldades de cada uma para estudar os temas propostos. É importante ressaltar que ter como ponto de partida os co- nhecimentos que as crianças possuem não significa limitar-se a eles, pois é função da escola elevar o nível de aprendizado e proporcionar condições a elas de realizarem conexões entre o que já conhecem e os novos conteúdos que serão apresentados, possibilitando uma aprendi- zagem paulatinamente mais ampla. Uma característica relevante dos alunos deste ciclo é que sua participação nas atividades é, de forma geral, bastante individualista, levando-os a não observar a produção dos colegas. Dessa forma, é imprescindível que o professor busque de forma ativa socializar as es- tratégias de abordagem de um problema, ensinando a compartilhar co- nhecimentos e incentivando o trabalho em grupo e convívio social. O uso de representações tanto para interpretar o problema como para expressar sua estratégia de resolução, também é comum entre alu- nos do primeiro ciclo. Essas representações desenvolvem-se de formas pictóricas, com detalhes nem sempre pertinentes à situação, para repre- sentações simbólicas, aproximando-se cada vez mais das representações matemáticas. Esse desenvolvimento deve ser assistido pelo professor, que pode chamar a atenção para as representações, mostrar suas diferenças, as vantagens de algumas, mostrar exemplos, entre outras técnicas. Para o melhor desenvolvimento do aprendizado desses alu- nos, é recomendado o uso de recursos de apoio como materiais de con- tagem (fichas, palitos, tampinhas de garrafas, reprodução de cédulas e moedas), instrumentos de medida, calendários, embalagens, figuras tridimensionais e bidimensionais, entre outros. Entretanto, se o aluno for capaz de realizar atividades sem o auxílio dos materiais de apoio, é importante que isso seja incentivado pelo professor, pois demonstra um desenvolvimento do aprendizado. Nesse ciclo, é importante que o professor escreva textos sobre conclusões, comunique resultados, usando ao mesmo tempo elementos da língua materna e alguns símbolos matemáticos, para que a linguagem matemática não se torne um código indecifrável para os alunos. OBJETIVOS DE MATEMÁTICA PARA O PRIMEIRO CICLO Neste ciclo, o ensino de Matemática deve levar o aluno a: - Construir o entendimento do número natural a partir de seus diferentes sentidos e contexto social; 34 M A TE M Á TI C A : C O N TE Ú D O S E M É TO D O S - G R U P O P R O M IN A S - Observar e compreender situações-problema que envolvam contagens, medidas e códigos numéricos; - Entender e realizar escritas numéricas, levantando hipóteses sobre elas, com base na observação de regularidades, utilizando-se da linguagem falada, de técnicas informais e da linguagem matemática; - Solucionar situações-problema e desenvolver, a partir delas, os significados das operações fundamentais, buscando compreender que uma mesma operação está relacionada a problemas diferentes e um mesmo problema pode ser resolvido pelo uso de diferentes operações; - Desenvolver técnicas de cálculo (mental, escrito, exato, apro- ximado); - Pensar sobre a grandeza numérica, podendo utilizar a calcu- ladora como instrumento para produzir e analisar escritas; - Elaborar pontos de referência para situar-se, posicionar-se e deslocar-se no espaço, assim como para identificar relações de posição entre objetos no espaço; interpretar e fornecer instruções, usando ter- mos adequados; - Notar semelhanças e diferenças entre objetos no espaço, iden- tificando formas tridimensionais ou bidimensionais, podendo utilizar lin- guagem oral, representações pictóricas e matemáticas para se expressar; - Entender as grandezas mensuráveis, como comprimento, massa, capacidade; - Fazer uso de informações sobre tempo e temperatura; - Utilizar instrumentos de medida, usuais ou não, estimando resultados e os expressando por meio de representações nem sempre convencionais; - Compreender o uso de tabelas e gráficos para a leitura e inter- pretação de informações e elaborar maneiras pessoais de registro para comunicação. OS CONTEÚDOS DE MATEMÁTICA PARA O PRIMEIRO CICLO No primeiro ciclo, as crianças estabelecem conexões que as aproximam de alguns conceitos, elaboram procedimentos simples e de- senvolvem comportamentos diante da Matemática. Os conhecimentos das crianças não estão divididos em cam- pos (numéricos, geométricos, métricos, entre outros), mas sim interco- nectados. Essa forma de interdependência deve ser mantida no traba- lho do professor, uma vez que as crianças terão melhores condições de entender o significado dos diferentes conteúdos se forem capazes de perceber as relações deles entre si. 35 M A TE M Á TI C A : C O N TE Ú D O S E M É TO D O S - G R U P O P R O M IN A S Dessa maneira, embora o professor utilize os blocos de con- teúdo como referência para seu trabalho, ele deve ensinar aos alunos deste ciclo da forma mais integrada possível. Em função da diversidade das vivências experimentadas pelas crianças também não é possível determinar, de forma única, uma sequ- ência em que os conteúdos matemáticos serão ensinados nem mesmo o nível de aprofundamento abordado. Entretanto, o trabalho a ser desenvolvido não pode ser feito de maneira improvisada, pois existem objetivos a serem atingidos. É preci- so um plano de aula devidamente elaborado que considere as necessi- dades supervenientes durante o ensino, como por exemplo, o enfoque em algum conceito que a turma tenha mais dificuldade. Tem-se como exemplo de abordagens que podem ser realiza- das, o conceito de número, que, de forma bastante simples, pode ser definido como indicador de quantidade (aspecto cardinal). Sendo tam- bém um indicador de posição (aspecto ordinal), que permite determinar o lugar ocupado por um objeto, pessoa ou acontecimento em uma lista. Os números também podem ser trabalhados como código, por exem- plo: número de telefone e de placa de carro. Essas abordagens não precisam ser apresentadas formalmen- te, podendo ser identificadas nas várias situações do cotidiano dos alu- nos, para as quais o professor vai lhes chamar a atenção. É a partir dessas situações cotidianas que os alunos elaboram as ideias sobre o significado dos números e começam a desenvolver as escritas numéricas, de forma parecida ao que fazem em relação à língua escrita. As escritas numéricas podem ser apresentadas, sem que seja preciso entendê-las e examiná-las. Isto é, as características do sistema de numeração são observadas, em grande parte por meio de exemplos do cotidiano, que são problematizados para uma melhor inserção na Ma- temática. Essas situações-problema devem proporcionar resultados bási- cos e servem para o aprendizado de técnicas operatórias convencionais. No primeiro ciclo, serão abordados alguns dos significados das operações, tendo em destaque a adição e a subtração, por serem as mais básicas e alicerce para o entendimento das demais. Com o passar do tempo, os alunos devem ser capazes de construir os fatos básicos das operações (cálculos com dois termos, ambos menores do que dez), servindo de repertório para suporte ao cálculo mental e escrito. Da mesma maneira, a calculadora será usada como recurso, não para substituir a aprendizagem de procedimentos de cálculo pelo aluno, mas para ajudá-lo a entendê-los. Também são importantes no primeiro ciclo, as atividades geo- 36 M A TE M Á TI C A : C O N TE Ú D O S E M É TO D O S - G R U P O P R O M IN A S métricas, pois possibilitam aos alunos a capacidade de estabelecer pon- tos de referência em seu entorno, a encontrasse no espaço, deslocar-se nele, dando e recebendo instruções, compreendendo termos como es- querda, direita, distância, deslocamento, acima, abaixo, ao lado, na fren- te, atrás, perto, paradescrever a posição, elaborando itinerários. Também é importante o estudo das formas tridimensionais e bidimensionais. Esses conhecimentos permitirão ao aluno compreender o espaço à sua volta. O sistema de grandezas também é estudado nesse ciclo, no entanto, de forma indireta, ao se fazer o estudo dos números e das atividades geométricas. Uma vez que não é objetivo deste ciclo a for- malização de sistemas de medida, mas sim ensinar a compreensão do procedimento de medir, explorando para isso tanto técnicas pessoais quanto utilizando recursos de apoio, tais como balança, fita métrica e recipientes de uso frequente. Também é interessante que durante este ciclo se inicie o estudo de ideias sobre o tempo e um entendimento do significado de indicadores de temperatura. Podendo ser utilizado para isso relógios de ponteiros, relógios digitais e termômetros. Em relação ao Tratamento da Informação, será trabalhado nes- te ciclo o estímulo aos alunos para questionarem, para estabelecerem relações, para desenvolverem justificativas e o espírito de investigação. O propósito não é a de que os alunos aprendam apenas a ler e a interpretar gráficos, mas que sejam capazes de compreender sua realidade, usando conhecimentos matemáticos. Neste ciclo, é imprescindível que o professor estimule os alunos a desenvolver atitudes de organização, investigação e perseverança. Além disso, é fundamental que eles aprendam uma postura diante de seus tra- balhos que os direcione a elaboração de justificativas e validações de suas respostas e reconheçam que situações de erro são comuns, e que a partir delas também se pode aprender. Nessa dinâmica é que os elementos para o trabalho em grupo e respeito mútuo começam a se constituir. Dessa forma, pode-se dizer que as características gerais do primeiro ciclo são: o trabalho com atividades que possibilitem aos alu- nos terem noções das operações, dos números, das medidas, das for- mas e espaço e da organização de informações e a criação de vínculos com os conhecimentos com que ele chega à escola. Nesse trabalho, é fundamental que o aluno adquira confiança em sua própria capacidade para aprender Matemática. 37 M A TE M Á TI C A : C O N TE Ú D O S E M É TO D O S - G R U P O P R O M IN A S O ensino da Matemática exige a contextualização, a compara- ção entre as disciplinas, o enfoque nos aspectos práticos da disciplina, demonstrando ao aluno as aplicações no cotidiano, levando-o a cons- truir o conhecimento. O ensino da Matemática no ensino fundamental tem deter- minados objetivos gerais, como os explicados acima, que devem ser alcançados. Para tanto, são empregados diversos recursos, sendo al- guns deles explicados a seguir. A HISTÓRIA DA MATEMÁTICA COMO RECURSO PARA O ENSINO Ao utilizar esse recurso, o professor pode mostrar a Matemáti- RECURSOS DE ENSINO M A TE M Á TI C A : C O N TE Ú D O S E M É TO D O S - G R U P O P R O M IN A S 37 38 M A TE M Á TI C A : C O N TE Ú D O S E M É TO D O S - G R U P O P R O M IN A S ca como uma criação humana, explicando as necessidades e preocupa- ções de diferentes culturas, em diferentes momentos históricos. Pode ser mostrada a evolução dos algarismos, dos sistemas de medidas, a influência da Matemática nas artes e na própria formação cultural do país. AS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO COMO RECURSO PARA O ENSINO As tecnologias da informação estão cada vez mais presentes no cotidiano das pessoas e dessa forma devem ser trazidas para a sala de aula como recursos para o ensino e aprendizagem. Apesar da resistência por muitos educadores, estudos e expe- riências evidenciam que a calculadora é um elemento que pode con- tribuir para a melhoria do ensino da Matemática, pois pode ser usada como um instrumento motivador na realização de tarefas exploratórias e de investigação. Soma-se a isso a possibilidade de novas dinâmicas educativas, como a de levar o aluno a perceber a importância do uso dos meios tecnológicos disponíveis na sociedade contemporânea. Como exemplo de uma situação exploratória e de investigação que se tornaria imprópria sem o uso de calculadora, poder-se-ia imaginar um aluno sendo desafiado a descobrir e a interpretar os resultados que ob- tém quando divide um número sucessivamente por dois (se começar pelo 2, obterá 1; 0,5; 0,25; 0,125; 0,0625; 0,03125; 0,015625). Somente usando a calculadora, ele terá condições de prestar atenção no que está aconte- cendo com os resultados e de construir o significado desses números. Os computadores também podem ser utilizados como recursos para o ensino da Matemática, embora ainda não estejam amplamente disponíveis para a maioria das escolas, eles podem integrar muitas ex- periências educacionais. O computador pode ser usado como instrumento de apoio para o ensino (banco de dados, elementos visuais), mas também como fonte de aprendizagem e como ferramenta para o desenvolvimento de habili- dades. Exemplo são os softwares educacionais que podem ser utilizados para trabalhos dirigidos no intuito de testar conhecimentos e para levar o aluno a interagir com o programa de forma a construir conhecimento. OS JOGOS COMO RECURSOS DE ENSINO Os jogos são ferramentas lúdicas que mediante a articulação 39 M A TE M Á TI C A : C O N TE Ú D O S E M É TO D O S - G R U P O P R O M IN A S entre o conhecido e o imaginado, auxiliam o autoconhecimento e o co- nhecimento dos outros, além de auxiliarem no entendimento de concei- tos matemáticos. Existem diversos tipos de jogos que podem ser utilizados para o ensino. Os jogos em que as ações são repetidas sistematicamente (jogos de exercício) possibilitam compreensão, geram satisfação, for- mam hábitos que se estruturam num sistema, fixando conceitos apren- didos com a teoria. São voltados para crianças menores. Os jogos em que as crianças aprendem a lidar com símbolos e a pensar por analogia (jogos simbólicos), possibilitam que os signi- ficados das coisas passam a ser imaginados por elas. Assim, elas se tornam produtoras de linguagens, criadoras de convenções, capacitan- do-se para se submeterem a regras e dar explicações. Os jogos nos quais as crianças aprendem a lidar com situa- ções mais complexas (jogos com regras), lhes possibilitam passar a compreender que as regras podem ser combinações que os jogadores definem; percebem também que só podem jogar em função da jogada do outro (ou da jogada anterior, se o jogo for solitário). Os jogos com regras são importantes, pois neles o fazer e o compreender constituem faces de uma mesma moeda. Os jogos trazem em sim um desafio genuíno, que gera interesse e prazer para os alunos. Além disso, também possibilitam o trabalho em gru- po e o desenvolvimento da inteligência emocional, ao ensinar a enfrentar a frustração. Por isso, é importante que os jogos façam parte das práticas escolares, cabendo ao docente analisar e avaliar os potenciais de educa- ção dos diferentes jogos e o aspecto curricular que se deseja desenvolver. RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS Ao longo dos últimos anos, esta vem sendo uma técnica am- plamente proposta e discutida. Historicamente, a Matemática foi construída para dar respos- tas a perguntas oriundas de diferentes contextos e problemas de ordem prática, tais como divisão de terras, cálculo de juros, entre outros. Mui- tos destes problemas têm origem em outras ciências (Química, Biolo- gia, Física, Astronomia). Outros têm sua origem em problemas de inves- tigação internos à própria Matemática. O que se observa hoje nas escolas é que os problemas tem sua funcionalidade educacionl subestimada. São muitas vezes utiliza- dos apenas como ferramenta para fixação de conteúdo previamente ensinado, ao invés de serem utilizados como uma forma de instigar e 40 M A TE M Á TI C A : C O N TE Ú D O S E M É TO D O S - G R U P O P R O M IN A S induzir à construção do conhecimento, despertando a curiosidade e a participaçãodos alunos. Frequentemente, observa-se nas salas de aula a prática de en- sinar um conceito para depois apresentar um problema e então avaliar a capacidade dos alunos de resolvê-lo. Para os alunos submetidos a esse método, resolver tais problemas não passa de “fazer contas com os números do enunciado”, causando desinteresse entre os mesmos. Agindo dessa forma, o professor não está explorando a fundo o problema matemático, mas sim, transferindo o foco para os resultados. Consequentemente, a matemática não é apresentada ao aluno como um sistema de conceitos e ferramentas que permitem resolver proble- mas, mas sim como um desgastante discurso simbólico e abstrato, por vezes incompreensível. O professor que atua nessa linha de trabalho está agindo de maneira tradicionalista, colocando o foco apenas nos resultados e limi- tando o aprendizado do aluno à repetição e reprodução, ao invés da criatividade e do raciocínio. É um enfoque minimalista que reduz os alu- nos a meros operadores de cálculos, sem despertar neles a verdadeira essência da matemática que é o raciocínio lógico e ordenado. Diferentemente, o professor que atua colocando o foco no proble- ma atua de acordo com conceitos modernos, humanistas e construtivistas. Esse professor coloca sempre o ponto de partida da atividade no problema, e não na definição. No processo de ensino e aprendizagem, deve-se priori- zar o desenvolvimento da criatividade através da criação de estratégias de solução de problemas, tornando assim o aluno apto a lidar com situações do cotidiano e com situações futuras que encontrará ao longo de sua car- reira profissional, não o transformando em um mero operador de contas. Só há efetivamente um problema se o aluno for levado a inter- pretar enunciados e desenvolver estratégias de resolução. Caso contrá- rio, estaremos levando o aluno a trabalhar de forma mecânica, subesti- mando suas potencialidades. Uma forma interessante de se chegar ao resultado desejado é utilizar de aproximações sucessivas. Começa-se a introduzir um con- teúdo de forma mais experimental e, progressivamente, vai-se estimu- lando o aluno a formalizar os resultados obtidos até que se chegue ao conceito ou teorema que se pretendia ministrar. Os conceitos matemáticos são construídos articulados com ou- tros conceitos, através de uma série de generalizações e de retifi- cações. Interessante notar que, dessa forma, o aluno não apenas es- tará construindo um conceito para responder a um problema, mas sim, construindo conjuntos de conceitos que passam a fazer sentido para ele 41 M A TE M Á TI C A : C O N TE Ú D O S E M É TO D O S - G R U P O P R O M IN A S quando confrontado com vários problemas. O método da resolução de problemas não deve ser encarado como uma atividade paralela à aprendizagem ou como aplicação da mes- ma, mas sim, como um meio de se atingir o objetivo (aprendizagem). Os problemas matemáticos são situações que demandam reali- zação de uma série de ações e operações para atingir um resultado. A so- lução não se encontra disponível inicialmente, mas é possível construí-la. Na maioria das vezes, os problemas apresentados não consti- tuem problemas de verdade, porque não existe o real desafio, apenas o aluno está sendo solicitado a utilizar dados do enunciado e manipular uma fórmula já fornecida. Para que seja realmente considerado um problema, pressu- põe-se que o aluno elabore um ou mais métodos de resolução, como por exemplo, simulações, tentativas, hipóteses, entre outros. É neces- sário que o aluno compare seus resultados com o dos colegas, discutin- do-os. É necessário ainda que ele valide os procedimentos que utilizou, através de provas ou demonstrações. Um ponto interessante a ser observado é que, mesmo que o alu- no tenha compreendido a proposição e que consiga dar respostas corretas, aplicando os procedimentos adequados, isso pode ainda não configurar que o aluno saiba resolver problemas. O aluno pode apenas estar agindo de forma mecânica, por ter sido assim treinado e decorado fórmulas ou métodos de resolução prontos que a ele foram oferecidos. Muito além dis- so, resolver problemas requer a apropriação do conhecimento. Requer que o aluno seja capaz de desenvolver seus próprios métodos ou estratégias de resolução, mesmo que inicialmente falhos, mas que possam conduzi-lo progressivamente a uma aproximação da resposta mais adequada. Além disso, é desejável que o aluno desenvolva habilidades que o permitam testar e por à prova os resultados obtidos. Também é desejável que ele consiga testar os efeitos daquele caminho de reso- lução que escolheu e que possa comparar diferentes caminhos, enten- dendo que não existe uma maneira única de se resolver problemas. Trabalhando dessa forma, o valor correto da resposta cede lugar ao valor do procedimento de resolução. De acordo com os PCN´s: O fato de o aluno ser estimulado a questionar sua própria resposta, a questionar o problema, a transformar um dado problema numa fonte de novos problemas, evidencia uma concepção de ensino e aprendizagem não pela mera reprodução de conhecimentos, mas pela via da ação refletida que constrói conhecimentos. 42 M A TE M Á TI C A : C O N TE Ú D O S E M É TO D O S - G R U P O P R O M IN A S NÚMEROS NATURAIS E NUMERAÇÃO DECIMAL É desejável nesse tópico que o professor saiba desenvolver no aluno diversas capacidades, tais como a de reconhecer números em seu dia a dia; utilizar diferentes estratégias de quantificação de elementos que estejam agrupados em uma coleção, tais como a contagem, o pareamen- to, a estimativa e a correspondência de agrupamentos; utilizar diferentes estratégias de identificação de números em situações de contagem ou me- dição; comparar e ordenar coleções por quantidade de elementos, além de ordenar grandezas por aspecto da medida; formular hipóteses sobre grandezas numéricas, seja pela identificação da quantidade dos algaris- mos ou da posição por eles ocupada na escrita numérica; ler, escrever, CONTEÚDOS, CONCEITOS E PROCEDIMENTOS: NUMEROS NA- TURAIS E NUMERAÇÃO DECIMAL M A TE M Á TI C A : C O N TE Ú D O S E M É TO D O S - G R U P O P R O M IN A S 42 43 M A TE M Á TI C A : C O N TE Ú D O S E M É TO D O S - G R U P O P R O M IN A S comparar e ordenar números familiares ou frequentes; observar critérios de classificação de números (maior que, menor que, entre a e b), além de e de regras de seriação (mais 1, menos 1, dobro, metade, etc); realizar contagens ascendentes e descendentes, seja de um em um, seja de dois em dois, de cinco em cinco e outros, a partir de um número dado; identificar a regularidade de séries numéricas; utilizar calculadora para produção e comparação de escritas numéricas; organizar subagrupamentos para faci- litar contagem e comparação entre coleções maiores; ler, escrever, compa- rar e ordenar notações numéricas para compreender as características do sistema de numeração decimal, a base, o valor posicional. OPERAÇÕES COM NÚMEROS NATURAIS É desejável neste tópico que o professor saiba desenvolver no aluno diversas capacidades, tais como a de analisar, interpretar, resolver e formular situações-problema, compreendendo o significado das opera- ções, em especial adição e subtração; reconhecer que diferentes proble- mas podem ser resolvidos pela mesma operação e que diferentes opera- ções resolvem um mesmo problema; utilizar sinais convencionais {+, -, x, :, =} para escrever as operações; construir fatos básicos das operações através de problemas; organizar os fatos básicos das operações através de suas propriedades; utilizar decomposição de escritas numéricas para realizar cálculo mental; calcular adição e subtração seja por meio de es- tratégias pessoais ou das técnicas convencionais; calcular multiplicação e divisão através de estratégias pessoais; utilizar estimativas para avaliar resultados; usar calculadora para verificação e controle de cálculos.ESPAÇO E FORMA É desejável neste tópico que o professor saiba desenvolver no aluno diversas capacidades, tais como a de localizar pessoas e objetos no espaço, tendo por base diferentes pontos de referência; analisar o movimento de pessoas e objetos no espaço, baseando-se em diferentes pontos de referência; descrever a localização e o movimento de pessoas e objetos usando sua própria terminologia; dimensionar espaços, analisar relações de tamanho e de forma; interpretar e representar a posição e a movimentação no espaço com maquetes, mapas, esboços, croquis ou itinerários; observar formas geométricas em elementos naturais e obje- tos criados pelo homem, apontando suas características: arredondado ou não, simétrico ou não, entre outros; estabelecer comparação entre obje- 44 M A TE M Á TI C A : C O N TE Ú D O S E M É TO D O S - G R U P O P R O M IN A S tos reais e geométricos: redondos ou esféricos, cilindros, cones, cubos, pirâmides, prismas, sem usar obrigatoriamente a nomenclatura; perceber semelhanças e diferenças entre cubo e quadrado, paralelepípedo e re- tângulo, pirâmide e triângulo, esfera e círculo; construir e representar. GRANDEZAS E MEDIDAS É desejável neste tópico que o professor saiba desenvolver no aluno diversas capacidades, tais como a de comparar grandezas através de estratégias pessoais ou de instrumentos de medida: fita mé- trica, balanças, medidores de volume, entre outros; identificar unidades de tempo: dias, semanas, meses, bimestre, semestre, ano, utilizar ca- lendários; reconhecer cédulas e moedas brasileiras e seus respectivos valores e possibilidades de troca; representar os elementos necessários para se escrever e informar resultados de medidas (unidades de medi- das); saber ler as horas, comparar relógios digitais e analógicos. TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO É desejável neste tópico que o professor saiba desenvolver no aluno diversas capacidades, tais como a de ler e interpretar infor- mações de imagens; coletar e organizar informações; criar registros para comunicar informações coletadas; explorar a função dos números como sendo códigos de organização de informações (telefones, placas de carro, documentos de identidade, numeração de roupas e calçados); interpretar e elaborar listas, tabelas e gráficos para comunicar informa- ções obtidas; produzir textos a partir de gráficos e tabelas. 45 M A TE M Á TI C A : C O N TE Ú D O S E M É TO D O S - G R U P O P R O M IN A S ENSINO E APRENDIZAGEM DE MATEMÁTICA NO SEGUNDO CICLO Diversos aspectos envolvendo o processo de ensino e apren- dizagem, tratados no item referente ao primeiro ciclo, também necessi- tam ser considerados pelos professores do segundo ciclo. Entre esses aspectos, destaca-se a importância do conhecimento prévio do aluno como ponto de início para a aprendizagem, do trabalho com diversas teorias e representações que as crianças elaboram, da interconexão a ser estabelecida entre a linguagem matemática e a língua materna e do uso de recursos didáticos de suporte. Somando-se a esses aspectos, existem outros a serem con- siderados, uma vez que as capacidades cognitivas dos alunos sofrem MATEMÁTICA PARA O SEGUNDO CICLO M A TE M Á TI C A : C O N TE Ú D O S E M É TO D O S - G R U P O P R O M IN A S 45 46 M A TE M Á TI C A : C O N TE Ú D O S E M É TO D O S - G R U P O P R O M IN A S avanços significativos. Eles começam a estabelecer relações de cau- salidade, o que os incita a procuraras explicações das coisas e suas finalidades. O raciocínio ganha maior flexibilidade, o que lhes permite perceber transformações. A reversibilidade do pensamento possibilita a observação de que algumas características dos objetos e das situações permanecem e outras se modificam. Desse modo, passam a perceber regularidades e propriedades numéricas, geométricas e métricas. Tam- bém se amplia a possibilidade de compreensão de alguns significados das operações e das relações entre elas. São capazes de perceber que algumas regras, propriedades, padrões, que identificam nos números que lhes são mais familiares, também valem para outros números. É importante salientar que, apesar desses avanços, as gene- ralizações são ainda bastante simples e estão ligadas à capacidade de observar, experimentar, lidar com representações, sem chegar, no entanto, a conceitos formais. Em comparação ao ciclo anterior, os alunos deste ciclo têm possibilidades de maior concentração e capacidade verbal para expri- mirem com mais clareza suas ideias e pontos de vista. Também são ca- pazes de fazerem representações matemáticas, utilizando-as com mais frequência que as representações pictóricas. Nesse período é que os laços sociais são mais estreitados, com intercâmbio de ideias entre os alunos e maiores possibilidades de trabalhos em grupos. OBJETIVOS DE MATEMÁTICA PARA O SEGUNDO CICLO Neste ciclo, o ensino de Matemática deve levar o aluno a: - Aumentar sua compreensão do número natural pelo seu uso em situações problema e pelo reconhecimento de relações e regularidades; - Elaborar o significado do número racional e de suas represen- tações, com a inclusão de frações e números decimais, a partir de seus diversos usos no contexto social; - Entender e construir escritas numéricas, tendo em vista as regras do sistema de numeração decimal e estendendo-as para a repre- sentação dos números racionais na forma decimal; - Resolver problemas, interiorizando alguns significados das operações fundamentais e elaborando novos, em situações que englo- bam números naturais e, em determinados casos, racionais; - Aumentar os procedimentos de cálculo pelo conhecimento de regularidades dos fatos fundamentais, de propriedades das operações e pela antecipação e verificação de resultados; 47 M A TE M Á TI C A : C O N TE Ú D O S E M É TO D O S - G R U P O P R O M IN A S - Pensar sobre procedimentos de cálculo que determinem à ampliação do significado do número e das operações, fazendo uso da calculadora como ferramenta de verificação de resultados; - Construir pontos de referência para interpretar e demonstrar a localização e movimentação de pessoas ou objetos, empregando ter- mos adequados para descrever posições; - Identificar os elementos das figuras geométricas, reconhe- cendo semelhanças e diferenças entre elas, por meio de composição e decomposição, simetrias, ampliações e reduções; - Obter dados e informações, construir formas para organizá- -los e expressá-los; - Interpretar dados apresentados sob forma de tabelas e gráfi- cos e utilizar essa linguagem como forma de comunicação; - Identificar os elementos de acontecimentos que podem ser previstos ou não, a partir de situações-problema, utilizando ferramentas estatísticas e probabilísticas; - Desenvolver o significado das medidas, a partir de situações do cotidiano; - Fazer uso de procedimentos e instrumentos de medida usu- ais ou não, identificando o mais adequado para a resolução da situação- -problema em questão; - Fazer representações de resultados de medições, utilizando os termos convencionais para as unidades mais comuns dos sistemas de medida, comparar com estimativas prévias e realizar conexões entre diferentes unidades de medida; - Desenvolver interesse para investigar, explorar e interpretar, em diferentes situações do cotidiano e de outras áreas do conhecimen- to, os elementos matemáticos abordados no ciclo; - Resolver problemas, percebendo que para resolvê-los é pre- ciso compreender, propor e executar um plano de solução, verificar e comunicar a resposta. CONTEÚDOS DE MATEMÁTICA PARA O SEGUNDO CICLO No segundo ciclo, os alunos ampliam conceitos já estudados no ciclo anterior, estabelecem conexões que os aproximam de novos conceitos, aprimoram procedimentos conhecidos e constroem novos. Se no primeiro ciclo, o trabalho do professor é centrado na análise das hipóteses construídas pelos alunos e na exploraçãodos mecanismos que desenvolvem para resolver situações-problema, neste ciclo, ele pode seguir no sentido de levar seus alunos a entenderem enunciados, termi- 48 M A TE M Á TI C A : C O N TE Ú D O S E M É TO D O S - G R U P O P R O M IN A S nologias e técnicas convencionais sem, no entanto, deixar de dar valor e estimular suas hipóteses pessoais e mecanismos criados individualmente. Em relação aos números naturais, os alunos podem ampliar ideias e instrumentos relativos à contagem, comparação, ordenação, estimativa e operações que os envolvem. Através da análise das regras de funcionamento do sistema de numeração decimal, os alunos podem entender e elaborar qualquer escrita numérica, inclusive a dos números racionais na forma decimal. Neste ciclo, são trazidas aos alunos situações-problema cujas resoluções não se encontram no campo dos números naturais, permi- tindo que eles se aproximem da noção de número racional, pela com- preensão de alguns de seus elementos (quociente, parte-todo, razão) e de suas representações, fracionária e decimal. Em relação às operações, os elementos já trabalhados no ciclo anterior são consolidados e novas situações são propostas no intuito de ampliar o conceito de cada uma dessas operações. Os recursos de cálculo são aumentados neste ciclo, como con- sequênciada compreensão mais ampla do sistema de numeração de- cimal pelo aluno, além da existência de um pensamento mais flexível para construção dos cálculos mentais. Também são aprimorados nesse ciclo os mecanismos de va- lidação de estratégias e de resultados obtidos na resolução de proble- mas. Nessa situação, a calculadora pode ser utilizada como um recurso de apoio, tanto para que o aluno revise resultados que lhe são apresen- tados, como para controlar e corrigir sua própria produção. O trabalho com espaço e forma ainda é centrado nas ativida- des exploratórias do espaço. O aprendizado ocorre através do estudo do deslocamento no espaço e da observação do deslocamento de ou- tras pessoas, da observação e da manipulação de formas, da percep- ção das relações entre os objetos no espaço. Também são realizados trabalhos com malhas e diagramas, guias e mapas que podem consti- tuir um recurso para a representação do espaço. Em relação às grandezas e medidas, os alunos deste ciclo po- dem entender melhor como se realiza uma dada medição e que aspectos do processo de medição são sempre válidos. Nesse processo, percebem que, dependendo da unidade escolhida, o resultado da medição muda e há unidades mais adequadas que outras, em razão do que se pretende medir. Relações mais comuns, como o metro, o centímetro, o grama e o quilogra- ma, são exploradas, sem exageros, no trabalho com conversões sem sig- nificado prático, como, por exemplo, converter quilômetro para milímetro. O trabalho com medidas deixa claras as relações entre siste- mas decimais de medida, sistema monetário e sistema de numeração 49 M A TE M Á TI C A : C O N TE Ú D O S E M É TO D O S - G R U P O P R O M IN A S decimal. Também neste ciclo serão ampliadas as noções referentes a tempo e temperatura. Sobre o tratamento da informação, o trabalho a ser realiza- do a partir da coleta, organização e descrição de dados possibilita aos alunos entenderem as funções de tabelas e gráficos, utilizados para comunicar esses dados. Lendo e compreendendo os dados apresentados em tabelas e gráficos, os alunos notam que eles permitem o estabelecimento de relações entre acontecimentos e, em determinados casos, fazer pre- visões. Além disso, ao observarem a frequência de ocorrência de um acontecimento, ao longo de um grande número de eventos, elaboram suas primeiras noções de probabilidade. A elaboração de redações a partir da interpretação de gráficos e tabelas, e a construção de gráficos e tabelas, com base em informa- ções observadas em textos jornalísticos e científicos, constituem um elemento importante a que o professor deve dar atenção. O segundo ciclo tem como objetivo geral o trabalho com ativi- dades que permitem ao aluno desenvolver a construção de conceitos e procedimentos matemáticos. Entretanto, esse ciclo não constitui um marco de finalização do aprendizado desses conteúdos. O trabalho com números naturais e racionais, operações, medidas, espaço e forma e o tratamento da informação deverá ter continuidade, para que o aluno alcance novos níveis de conhecimento. Nesse ciclo, é fundamental que a confiança do aluno em si pró- prio diante da resolução de problemas seja trabalhada, que haja valori- zação das estratégias pessoais e também das que são historicamente utilizadas pela Matemática. 50 M A TE M Á TI C A : C O N TE Ú D O S E M É TO D O S - G R U P O P R O M IN A S NÚMEROS NATURAIS, NUMERAÇÃO DECIMAL E NÚMEROS RA- CIONAIS É desejável neste tópico que o professor saiba desenvolver no aluno diversas capacidades, tais como a de reconhecer números natu- rais e racionais em seu contexto diário; compreender e utilizar regras de numeração decimal para ler, escrever, comparar e ordenar naturais e racionais; formular hipóteses sobre grandezas numéricas, observando a posição dos algarismos decimais de um número racional; estender regras do sistema de numeração decimal para facilitar sua leitura e representa- ção, tanto em forma racional como decimal; comparar e ordenar números racionais na forma decimal; localizar na reta numérica números racionais CONCEITOS, CONTEÚDOS E PROCEDIMENTOS: NÚMEROS NATURAIS, NU- MERAÇÃO DECIMAL E NÚMEROS RACIONAIS M A TE M Á TI C A : C O N TE Ú D O S E M É TO D O S - G R U P O P R O M IN A S 50 51 M A TE M Á TI C A : C O N TE Ú D O S E M É TO D O S - G R U P O P R O M IN A S escritos na forma decimal; ler, escrever, comparar e ordenar represen- tações fracionárias frequentes como 1/2, 1/3, 1/4, 2/3, 3/4, 1/10, entre outros, reconhecer que os racionais admitem infinitas representações na sua forma fracionária, exemplo: 1/2 = 2/4 = 3/6 = 20/40 (...), entre outros; identificar frações equivalentes pela observação gráfica; explorar diferen- tes significados de frações em problemas como parte-todo, quociente e razão; reconhecer o uso da porcentagem no uso diário. OPERAÇÕES COM NÚMEROS NATURAIS E RACIONAIS É desejável neste tópico que o professor saiba desenvolver no aluno diversas capacidades, tais como a de analisar, interpretar, formular e resolver situações-problema, compreender os diferentes significados das operações que envolvem números naturais e racionais; reconhecer que diferentes problemas podem ser resolvidos por uma única operação, ou que diferentes operações também podem resolver um mesmo proble- ma; resolver operações por meio de estratégias pessoais e de técnicas convencionais; ampliar o repertório das operações com números natu- rais e desenvolver o cálculo mental e escrito; calcular adição e subtração de racionais na forma decimal; desenvolver estratégias de verificação de resultados usando cálculo mental e calculadora; decidir sobre o uso do cálculo mental exato ou aproximado ou da técnica operatória de acordo com o problema; calcular operações simples de porcentagem. ESPAÇO E FORMA É desejável neste tópico que o professor saiba desenvolver no aluno diversas capacidades, tais como a de descrever, interpretar e representar a posição de pessoas ou objetos no espaço, em diferentes pontos de vista; utilizar malhas para representar a posição de uma pes- soa ou um objeto; descrever, interpretar e representar a movimentação de pessoas ou objetos no espaço, construir itinerários; representar o espaço por meio de maquetes; reconhecer semelhanças e diferenças em corpos redondos (esfera, cone, cilindro e outros); reconhecer se- melhanças e diferenças entre prismas, pirâmides e outros; identificar elementos geométricos como faces, vértices e arestas; compor e de- compor figuras tridimensionais; identificar simetria; explorar planifica-
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