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Diversidade e Cultura na Escola

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Página inicial 
DIVERSIDADE 
CULTURAL NA 
ESCOLA: 
PARÂMETROS, 
DIRETRIZES E 
LEGISLAÇÃO 
Professor (a) : 
Adélia Cristina Tortoreli 
Objetivos de aprendizagem 
https://sites.google.com/fabrico.com.br/dce-unidade1/p�gina-inicial
https://getfireshot.com
https://sites.google.com/fabrico.com.br/dce-unidade1/p%C3%A1gina-inicial?authuser=0
https://sites.google.com/fabrico.com.br/dce-unidade1/p%C3%A1gina-inicial?authuser=0
• Compreender o conceito de diversidade cultural. 
• Entender como a diversidade cultural é apresentada na escola. 
• Conhecer as leis que regem a diversidade cultural. 
Plano de estudo 
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade: 
• Diversidade Cultural 
• A diversidade cultural na Escola 
• Os Parâmetros, as Diretrizes e a Legislação 
Introdução 
Olá, caro(a) aluno(a). É com muito prazer que eu apresento as considerações introdutórias deste estudo, 
intitulada “Diversidade Cultural na Escola: parâmetros, diretrizes e legislação”. Este livro é composto por 
três aulas que estão divididas na ordem, a seguir: Diversidade Cultural; A diversidade Cultural na Escola; 
Os Parâmetros, as diretrizes e a legislação. 
Para a elaboração do conteúdo escolhemos para o debate alguns teóricos que imbuídos da consciência 
democrática e igualitária têm se debruçado sobre as questões da diversidade cultural. Na sequência, 
buscamos nas diretrizes e leis legitimidade para uma cidadania plena e de igualdade. Com base no breve 
exposto, caro(a) estudante, acompanhe comigo o que será discutido em cada aula. 
https://sites.google.com/fabrico.com.br/dce-unidade1/p�gina-inicial
https://getfireshot.com
Na primeira aula, “Diversidade Cultural”, conceituaremos os termos diversidade e cultura, a fim de 
entender essas expressões separadamente para posteriormente compreendê-las dentro da 
“Multiculturalidade ou Multiculturalismo”. Por fim, o objetivo final é que você perceba que a diversidade 
de culturas deve ser entendida e articulada a partir de um processo de humanização e rejeição às culturas 
hegemônicas. 
nossas reflexões serão sobre a Diversidade Cultural na Escola. Essa instituição social desempenha um 
importante papel na construção da diversidade. Uma escola democrática e não discriminatória 
juntamente com os seus educadores precisa discutir as relações de poder que foram construídas 
historicamente, a fim de incitar o diálogo para a exclusão e a discriminação que permeia a realidade 
sociocultural dos alunos. 
Por fim, a terceira e última aula, aborda algumas leis e diretrizes em vigência em nosso país, que em 
primeira instância formaliza e legitima ações e alterações curriculares em conjunto, a fim de promover 
uma discussão acerca dos direitos individuais e coletivos de grupos étnico-raciais que foram excluídos e 
marginalizados historicamente. 
Avançar 
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UNICESUMAR | UNIVERSO EAD 
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Página inicial 
DIVERSIDADE CULTURAL 
Olá, caro(a) aluno(a)! Eu gostaria de dialogar com você sobre um tema muito importante que permeia as 
sociedades democráticas e inevitavelmente, adentra a instituição escolar configurando e alterando 
algumas práticas pedagógicas. Então, para iniciarmos o nosso diálogo, eu quero te fazer uma pergunta: 
você conhece a expressão diversidade cultural? 
Partindo da hipótese de que a sua resposta seja positiva, isso torna as nossas reflexões ainda mais 
instigantes na medida em que nessa aula, você poderá revisitar alguns conceitos. No caso de não ter uma 
aproximação com essa temática, torná-la-á objeto de estudo para um importante debate sobre a temática. 
Diante do exposto e independente da sua resposta inicial, convido você para refletir inicialmente sobre o 
conceito de “ Diversidade ”. Vamos lá? 
De acordo com o dicionário de Português online Michaelis ([2018], on-line) , o conceito de diversidade é 1 
definido como: “1. Qualidade daquele ou daquilo que é diverso. 2. Diferença, dessemelhança: Diversidade 
de interpretações. 3. Variedade”. O conceito se aproxima de diversidade, heterogeneidade e pode ser 
entendido como algo que não está assentado em um único posicionamento ou ponto de vista. 
No entanto, Costa (2008, p. 38) amplia esse conceito: 
Seria muito mais simples dizer que o substantivo diversidade significa variedade, 
diferença e multiplicidade. Mas essas três qualidades não se constroem no vazio e nem 
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se limitam a ser nomes abstractos. Elas se constroem no contexto social e, sendo assim, 
a diversidade pode ser entendida como um fenómeno que atravessa o tempo e o 
espaço e se torna uma questão cada vez mais séria quanto mais complexas vão se 
tornando as sociedades. 
Nas palavras de Costa (2008), a diversidade está assentada no entendimento de sua passagem pelo tempo 
e espaço. Quanto mais complexo o desenvolvimento das sociedades, maior será a urgência do debate para 
além das definições preliminares de alguns substantivos. 
Para Gomes (2012), a diversidade é uma construção política, cultural, histórica, a qual ganha contorno e 
significado no entorno das relações hegemônicas de poder, assim como no crescimento e agravamento 
nacional e internacional da desigualdade econômica. 
Concretamente, não se pode negar o efeito dessa desigualdade na sociedade globalizada, sobretudo nos 
construtos sociais coletivos considerados diversos e excluídos do processo democrático e inclusivo. Uma 
abordagem sobre a diversidade implica, ainda, em assumir posicionamentos contra os processos de 
dominação tais como a política, a religião e o ambiente escolar que, posteriormente será objeto de nossas 
reflexões. 
Diante do breve exposto, daremos continuidade às nossas reflexões conceituando a expressão “ Cultura ”. 
Essa explicação se faz necessária na medida em que reconhecemos a existência de uma relação entre os 
termos cultura e diversidade. 
Iniciando pelo ponto de vista de Brandão (2002, p. 29), esse estudioso entende a cultura como local e 
resultado das vivências concretas em que o homem foi socializado: 
[...] cultura é tudo que resulta da criação humana, o homem cria, transforma e é 
afectado por essas transformações. O homem ao produzir cultura produz-se a si 
mesmo, ou seja, ele se autoproduz. Logo não há cultura sem o homem, como não há 
homem sem cultura. A cultura, pois, não somente envolve o homem, mas penetra-o, 
modelando sua identidade, personalidade, maneira de ver, pensar e sentir o mundo. 
Considerando a citação supracitada, podemos inferir que a cultura não é algo externo ao homem, mas 
parte fundante de toda a sua existência e reconhecimento do mundo operante que o cerca. Podemos 
considerar, ainda, que a dinâmica social, as várias identidades criadas e recriadas de acordo com as 
mudanças da sociedade, alteram a forma como o homem vê e sente o mundo à sua volta. 
Brandão (2002, p.31) ainda firma que: 
[...] cultura existe nas diversas maneiras por meio das quais criamos e recriamos as teias 
e as (tessituras) e os tecidos sociais de símbolos e de significados que atribuímos a nós 
próprios, as nossas vidas e aos nossos mundos. Criamos os mundos sociais em que 
vivemos, e só sabemos viver nos mundos sociais que criamos. E isto, é a cultura que 
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criamos para viver e conviver. 
É importante destacar que, ao refletirmos sobre a cultura, temos a tendência de valorizá-la de acordocom 
os nossos códigos construídos socialmente e em grupos. Isso implica em reconhecer, quase sempre, como 
válida, a nossa cultura de origem ou a qual fomos criados socialmente. 
Diante do exposto, podemos dizer que a cultura é, no mínimo, um processo conflituoso, complexo e 
dinâmico. No final do século XX e início do século XXI, têm-se ocupado do debate sobre a diversidade e a 
cultura, mas ainda carece de olhares atentos, cuidadosos e constantemente permeado por um amplo 
debate teórico. 
Respaldados no reconhecimento de que a diversidade seja um elemento oriundo de um processo de 
humanização, observamos que as culturas, de modo geral, exibem uma valorização de alguns valores, 
disseminando o estranhamento e a rejeição em relação ao diferente. 
Com base no esposo, será que ainda podemos falar em “ Cultura ” no singular, ou “ Culturas ”, no plural? Essa 
pluralidade cultural pode ser conceituada como “ Multiculturalidade ou Multiculturalismo ”. Mas, o que 
será que ela expressa? Para responder essa questão traremos a contribuição de Gasparin e Tortoreli 
(2006, p. 13) que entendem o multiculturalismo como: 
[...] uma realidade social, ou seja: a presença de diferentes grupos culturais numa 
mesma sociedade. A tomada de consciência desta realidade é motivada por fatos 
concretos que explicitam diferentes interesses, discriminações e preconceitos 
presentes no tecido social. Os “outros”, os diferentes se revelam em toda sua 
concretude. Esta realidade pode provocar comportamentos e dinâmicas sociais que 
constroem “muros” de forma física, afetiva e ideológica; evita-se o contato e criam-se 
mundos próprios sem relação com os “diferentes” 
Diante desse breve exposto, gostaria de suscitar em você, caro(a) estudante, algumas reflexões sobre a 
cultura e diversidade. Para tanto, encerro o meu diálogo com algumas inferências, de modo a contribuir 
para uma interiorização do conteúdo aqui abordado, está bem? 
Podemos dizer que a cultura é, no mínimo, um processo conflituoso, complexo e dinâmico. No final do 
século XX e início do século XXI, têm-se ocupado do debate sobre a diversidade e a cultura, mas ainda 
carece de olhares atentos e cuidadosos, e é constantemente permeada por um amplo debate teórico, 
sobretudo pelos comportamentos e dinâmicas sociais, que constroem “muros” invisíveis e impede a 
concretude física, afetiva e ideológica evitando e impedindo uma relação com o diferente. 
Respaldados no reconhecimento de que a diversidade seja um elemento oriundo de um processo de 
humanização, observamos que nas culturas, de modo geral, exibem uma valorização de alguns valores, 
disseminando o estranhamento e a rejeição em relação ao diferente. Eis o nosso desafio: ampliar a 
consciência da diversidade cultural. 
Caro(a) aluno(a), espero que esta aula tenha contribuído para os conhecimentos iniciais sobre cultura e 
diversidade cultural. 
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Um abraço! 
A DIVERSIDADE CULTURAL 
NA ESCOLA 
Olá, caro(a) aluno(a)! Dialogaremos nesta aula sobre a diversidade cultural na escola. Essa instituição 
social é de suma importância para a conscientização e formação dos sujeitos para o trato com a 
diversidade negligenciando toda e qualquer forma de preconceito. 
Com base nessa primeira hipótese, gostaria de refletir junto como você e, ao mesmo tempo, elaborar duas 
questões: de que forma a escola aborda o discurso da diversidade cultural? Em que medida ela tem 
formado os cidadãos com perspectivas democráticas? 
Para sustentar as nossas reflexões e buscar respostas para as nossas indagações eu convidei para a mesa 
de discussão alguns estudiosos teóricos que se ocupam dessa temática e gostaria de apresentá-los a você: 
Vamos lá? 
A instituição escolar é um espaço em que diferentes pessoas se encontram e é também, um lugar 
apropriado para a construção da cidadania e o desenvolvimento humano em todas as suas 
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potencialidades. Todavia sempre é um desafio para essa instituição sociocultural assegurar a construção 
de uma sociedade sem discriminação e preceitos de toda ordem (GOMES 2012; FÁVERO, 2004). 
A escola tanto pode perpetuar preconceitos, mas também desconstruí-los. Dizendo de outra forma, essa 
prática escolar é uma tarefa que envolve a equipe e a gestão que tem como principal tarefa se 
comprometer com os direitos humanos e com a diversidade cultural (GOMES 2012; FÁVERO, 2004). 
Para Castilho (2009, p. 15): 
[...] a diversidade cultural e o direito à diferença também devem ser observados na 
educação. Para tanto, os (as) educadores (as) devem assumir a tarefa de quebrar o 
silêncio sobre a diversidade e revelar o invisível. Em segundo lugar, devem atuar 
conforme o paradigma do pensamento complexo, único capaz de abarcar a diversidade 
humana e de permitir a adaptação às diferenças e a um mundo em constante 
transformação em todos os planos, do biofísico ao econômico, político e sociocultural. 
Com base na citação supracitada, entendemos o importante papel dos educadores e todos os agentes da 
escola frente a uma situação delicada, mas que deve ser enfrentada de forma corajosa e democrática. Esse 
comprometimento deve suprimir qualquer situação que remeta a um desequilíbrio da diversidade cultural 
ou que concorra para o desrespeito das diferentes culturas. 
Todavia, essa postura exige coragem para denunciar e expor atitudes por meio de palavras e gestos que 
indicam uma possível quebra de seguridade de direitos humanos universalmente reconhecidos e 
assegurados. 
Para Gomes (2008, p.17-18), é preciso questionar a escola sobre a discussão da diversidade: 
[...] como a educação escolar pode se manter distante da discussão da diversidade se a 
mesma se faz presente no cotidiano escolar (universo escolar) por meio da presença de 
professores/as e alunos/as dos mais diferentes pertencimentos étnico-raciais, idades e 
culturas? Qual a dimensão sócio-cultural da escola? 
A escola, assim como os educadores precisam conhecer seus alunos e refletir sobre o seu meio social e 
cultural. Essa aproximação da realidade dos estudantes enquanto sujeitos sociais permite um 
reconhecimento étnico e cultural do contexto familiar, das diferentes personalidades, assim como 
diferentes valores. 
Juntos, escola e educadores devem desenvolver propostas e atividades educativas que promovam a 
superação da desigualdade privilegiando a tolerância e os aspectos culturais de cada aluno. (GOMES, 
2012; FÁVERO, 2004; CASTILHO, 2009). 
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A problematização do espaço escolar frente à diversidade deve ser concebido como fonte de análise para 
a compreensão do mundo das crianças que adentram essa instituição. Nesse sentido, ao menos uma 
pergunta deve ser feita para refletir sobre o seu papel na construção da diversidade cultural. Quais as 
concepções de diversidade que os alunos trazem para o espaço escolar? 
Cada criança ou adolescente que chega à escola traz consigo vastas experiências que os acompanham 
desde o nascimento até o ingresso nessa instituição social. Isso implica em dizer que esses estudantes 
vivenciam práticas culturais em múltiplos espaços que vão desde a sua casa, a vizinhança, a formação 
religiosa num constante ir e vir de valores. São essas experiências que constituem a concretude dos 
alunos de forma dinâmica, ininterrupta e sempre reelaborando as suas interações do dia a dia. 
É preciso considerar que tudo o que acontece no âmbito das relações sociais dos sujeitos, adentra o 
campo escolar. A escola precisa discutir e compreender a diversidade cultural e compreendê-la dentro de 
um aspecto de ações de sujeitos sociais, problematizando práticas, buscando evidenciar as diferenças e 
excluir ahomogeneização de práticas e discussões que não privilegiam as experiências vividas pelos 
alunos em contextos extraescolares. 
A instituição escolar deve ser compreendida desde (a sala de aula) até à sociedade mais ampla do 
educando. Essa escola deve privilegiar a diversidade, mas acima de tudo contribuir para o respeito e 
propostas emancipatórias. 
Diante da breve reflexão que fizemos sobre a diversidade cultural na escola, gostaria de encerrar as 
nossas discussões, com algumas contribuições de (SILVA; PEREIRA, 2011, p.45): 
• Todo indivíduo tem a liberdade de escolher seu modo de vida, sua ideologia, sua religião, enfim, tem o 
direito de ser diferente; 
• Historicamente, muitas culturas têm sido marginalizadas devido às relações de seleção e exclusão, 
características da sociedade capitalista; 
• O processo de homogeneização das culturas é um mito, pois, ao invés de promover a igualdade de 
direitos, encobre e cristaliza a discriminação; 
• A democracia real é aquela que dá voz a todos, permitindo que assumam sua identidade e reivindiquem 
seus direitos. 
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A escola é partícipe de uma sociedade pautada na democracia, nos direitos individuais e universais, não 
podendo se eximir do reconhecimento de práticas sociais, religiosas e étnicas dos seus educandos. 
A escola por meio de suas práticas educativas precisa lutar contra toda e qualquer forma de exclusão e 
marginalização que são acirradas por uma sociedade capitalista e homogeneizadora. 
A homogeneização da cultura deve ser evitada, a qualquer modo, pois esse discurso aparente encobre e 
dificulta o reconhecimento da diferença e da discriminação. O verdadeiro reconhecimento vem por meio 
de vozes que foram historicamente silenciadas e por grupos considerados minoritários e por vezes, 
marginalizados pelo seu estilo de vida. 
Todos têm direito à diferença e a escola, como formadora das gerações atuais e ciente das 
responsabilidades da atuação desses sujeitos no futuro, deve formá-los para negligenciar toda e qualquer 
forma de discurso hegemônico. 
É preciso ir além da tolerância e do respeito aparente com o diferente. Por fim, a escola tem a 
possibilidade de discutir as relações de poder que foram construídas historicamente e intervir nas 
relações sociais de modo a não considerar com naturais práticas discriminatórias e excludentes. 
No ano de 2015 eu e o professor Silvio Paradiso, ambos professores do curso de Artes 
Visuais presencial da Unicesumar, propomos um projeto para os alunos do 1º ano de 
Artes Visuais, intitulado “Enegrecendo a arte : projeto do mês da consciência negra. 
O objetivo do projeto era propor a desconstrução de uma obra clássica e, em seguida, 
reconstruí-la com base nos materiais, tecidos, cores, elementos da natureza, sementes, 
flores da cultura afro. O resultado do projeto foi a criação e a releitura em painéis 
construídos por equipes e exposição realizada no Bloco 8 da Unicesumar, permitindo o 
acesso para os estudantes de outros cursos. 
Fonte: a autora 
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Figura 1 - O nascimento de Iemanjá – Liberdade e Igualdade Fonte: acervo pessoal Adélia Cristina 
Tortoreli. 
Imagem relativa ao painel construído para o projeto “ Enegrecendo a arte : projeto do mês da consciência 
negra. PAINEL: O nascimento de Iemanjá – Liberdade e Igualdade . Uma releitura da obra: O nascimento 
de Vênus, de Sandro Boticelli . 
Espero, nessa aula, ter alcançado o meu objetivo de promover uma reflexão sobre como a escola aborda o 
discurso da diversidade cultural e em que medida ela tem formado os cidadãos com perspectivas 
democráticas. 
Um abraço! 
OS PARÂMETROS, AS 
DIRETRIZES E A 
LEGISLAÇÃO 
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Olá, caro(a) aluno(a)! Nesta aula eu te convido para junto comigo refletir a diversidade cultural sob os 
aspectos legais. Para essa breve reflexão serão abordados os seguintes documentos: 
a. Constituição Federal de 1988. 
b. LDB- Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9.394/96). 
c. PCNs (Parâmetros Curriculares Nacionais), de 1997. 
d. Lei 10.639/03, que posteriormente sofreu uma alteração com a promulgação da Lei 11.645/2008. 
e. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de 
História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, de 2004. 
São cinco documentos de suma importância para um primeiro socorro conceitual acerca dos direitos 
relativos à diversidade cultural e pluralidade étnica. A partir dessa primeira organização iniciaremos as 
nossas leituras. Vamos comigo? 
O Brasil, assumindo um compromisso democrático justamente por constituir-se um Estado Democrático 
de direito, possui pilares de dignidade, igualdade e diversidade cultural. No texto da Constituição Federal 
(CF) de 1988 existe uma série de artigos que asseguram a diversidade cultural. 
O primeiro deles está no Título II, Art.5º: “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer 
natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à 
vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade [...]” (BRASIL, 1988). 
Ao promulgar esse artigo, a carta magna assume que as pessoas são livres para o exercício de suas crenças 
religiosas, de suas concepções filosóficas e para a expressão cultural e intelectual. 
No decorrer da CF 1988, especificamente no Título III, fomenta-se a diversidade cultural no art. 215. “O 
Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais e acesso às fontes da cultura nacional, e 
apoiará e incentivará a valorização e a difusão das manifestações culturais” (BRASIL, 1988) o art. 216, 
encontramos o seguinte texto: 
Constituem patrimônio cultural brasileiro os bens de natureza material e imaterial, 
tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à 
ação, à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira (BRASIL, 
1988). 
Diante do exposto, percebemos que a legislação maior de nosso país, assegura a todos a proteção 
individual e a diversidade cultural. 
No que diz respeito à LDB 9.9394/96, que estabelece as diretrizes para a Educação Nacional observamos 
uma preocupação relativa à diversidade cultural e pluralidade ética, que determina a liberdade religiosa 
no cotidiano escolar, sendo proibida qualquer forma de doutrinação ou conversão de várias pessoas ou 
grupos a uma determinada causa. Essa preocupação está expressa e prevista no Art. 33. Vamos ler 
atentamente? 
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Art. 33. O ensino religioso, de matrícula facultativa, é parte integrante da formação 
básica do cidadão e constitui disciplina dos horários normais das escolas públicas de 
ensino fundamental, assegurado o respeito à diversidade cultural religiosa do Brasil, 
vedadas quaisquer formas de proselitismo. (Redação dada pela Lei nº 9.475, de 
22.7.1997) 
§ 1º Os sistemas de ensino regulamentarão os procedimentos para a definição dos 
conteúdos do ensino religioso e estabelecerão as normas para a habilitação e admissão 
dos professores.(Incluído pela Lei nº 9.475, de 22.7.1997) 
§ 2º Os sistemas de ensino ouvirão entidade civil, constituída pelas diferentes 
denominações religiosas, para a definição dos conteúdos do ensino religioso.(Incluído 
pela Lei nº 9.475, de 22.7.1997) (BRASIL, 1996). 
Em seguida à promulgação da LDB 9.394/96, surgiram os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) 
(BRASIL, 1997), organizado pelo Ministério da Educação em 1997 que visam a estruturação e 
reestruturação dos currículos nacionais obrigatórios para a rede pública de ensino e opcionalpara as 
instituições privadas. Esse documento preconiza uma orientação para os professores na busca por novas 
metodologias e abordagens. Sinaliza, ainda, a preocupação com a diversidade cultural e a plenitude da 
cidadania para todos. Vamos ler a página 21 deste documento? 
Tratar da diversidade cultural, reconhecendo-a e valorizando-a na superação das 
discriminações é atuar sobre um dos mecanismos de exclusão, tarefa necessária ainda 
que insuficiente, para caminhar na direção de uma sociedade mais plenamente 
democrática. É um imperativo do trabalho educativo, voltado para a cidadania uma vez 
que tanto a desvalorização cultural-traço bem característico de país colonizado-quanto 
à discriminação são entraves à plenitude da cidadania para todos, portanto, para a 
própria nação (BRASIL, 1997, p. 21). 
Muito embora os PCNs legitimem o direito a uma cidadania plena e democrática, sabemos que são muitos 
os contingentes que ainda estão cristalizados na cultura e que impedem a valorização dos traços culturais 
de um país colonizado por diferentes culturas e étnicas, provocando ainda tensões, conflitos e resistência 
a quebra de paradigmas. 
Todavia, a preocupação central da escola e dos educadores deve estar assentada nos direitos individuais e 
na diversidade cultural. A escola enquanto espaço sociocultural ocupa um lugar central na transmissão de 
conhecimentos e se mantém como legítima interpretante das leis e diretrizes nacionais. 
Passados seis anos após a promulgação da LDB 9.394/96, a Lei 10.639, de 09 de Janeiro de 2003, altera a 
LDB incluindo, no seu art. 26A, a obrigatoriedade do estudo da história e Cultura Afro Brasileira. Além de 
incluir o estudo da História da África e dos africanos, a cultura negra e formação na sociedade brasileira, 
resgatando a contribuição do povo negro nas áreas econômicas, sociais e políticas. (LDB 9.396/96). 
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Em 2008, a Lei 10.639/2003, sofreu uma alteração com a promulgação da Lei 11.645/2008, ao incluir a 
história e a cultura indígena. Nesse sentido, o art. 26 A ficou com a seguinte redação: “Nos 
estabelecimentos de ensino fundamental e de ensino médio, públicos e privados, torna-se obrigatório o 
estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena”. Com base nesse artigo, vamos conhecer os 
parágrafos 1º e 2º? 
1º O conteúdo programático a que se refere este artigo incluirá diversos aspectos da 
história e da cultura que caracterizam a formação da população brasileira, a partir 
desses dois grupos étnicos, tais como o estudo da história da África e dos africanos, a 
luta dos negros e dos povos indígenas no Brasil, a cultura negra e indígena brasileira e o 
negro e o índio na formação da sociedade nacional, resgatando as suas contribuições 
nas áreas social, econômica e política, pertinentes à história do Brasil. (Redação dada 
pela Lei nº 11.645, de 2008). 
§ 2º Os conteúdos referentes à história e cultura afro-brasileira e dos povos indígenas 
brasileiros serão ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em especial nas 
áreas de educação artística e de literatura e história brasileiras. (Redação dada pela Lei 
nº 11.645, de 2008). (BRASIL, 2003). 
Os dois parágrafos indicam a preocupação com as questões históricas e culturais dos africanos e dos 
povos indígenas. É importante destacar que esses conteúdos deverão ser ministrados em todo o currículo 
escolar nos níveis da Educação Básica e Ensino Superior. 
Voltando ao ano de 2004, verificamos que o Conselho Nacional de Educação, institui as Diretrizes 
Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura 
Afro-Brasileira e Africana. 
Vamos fazer alguns recortes dos objetivos dessas diretrizes, está bem? Acompanhe a leituracomigo. 
Conjunto de medidas e ações com o objetivo de corrigir injustiças, eliminar 
discriminações e promover a inclusão social e a cidadania para todos no sistema 
educacional brasileiro. 
[...] o fortalecimento de políticas e a criação de instrumentos de gestão para a afirmação 
cidadã tornaram-se prioridades, valorizando a riqueza de nossa diversidade étnico- 
racial e cultural. 
[...] Esta estrutura permite a articulação de programas de combate à discriminação 
racial e sexual com projetos de valorização da diversidade étnica. 
[...] 
Mais do que uma reunião de programas, a tarefa da nova secretaria é articular as 
competências e experiências desenvolvidas, tanto pelos sistemas formais de ensino 
como pelas práticas de organizações sociais, em instrumentos de promoção da 
cidadania, da valorização da diversidade e de apoio às populações que vivem em 
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situações de vulnerabilidade social. (BRASIL, 2004, p. 5). 
Dessas diretrizes podemos verificar uma preocupação latente para a correção de injustiças, 
fortalecimento da inclusão social e democracia, valorização da diversidade ético-racial e programas de 
combate à discriminação racial e sexual. 
Diante do breve exposto, caro(a) aluno(a), quero que você perceba a importância das Leis e Diretrizes 
para a reflexão da diversidade cultural. É imperativo destacar que esses documentos são constituídos de 
um importante avanço e sua aplicabilidade nas escolas é uma exigência do ponto de vista de uma 
formação cidadão e democrática. 
Todavia, as leis por si só não conseguirão alterar a situação de discriminação e exclusão, pois essas ações e 
comportamentos são decorrentes de um estrato social mais amplo. Nesse sentido, é importante que a 
escola se ocupe da transformação das pessoas, para que essas, retornando para a sociedade, contribuam 
para novos pensamentos e atitudes com relação àqueles que foram alvos de injustiças construídas 
historicamente. 
Uma pesquisa realizada em 2009 pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas 
(Fipe) com 501 escolas públicas do país, apontou as formas de preconceito no ambiente 
escolar brasileiro. Das 18,5 mil pessoas entrevistadas, entre alunos, educadores, 
funcionários e pais, 99,3% demonstram algum tipo de preconceito: étnico-racial, 
socioeconômico, de gênero, geração, orientação sexual ou territorial ou em relação a 
pessoas com algum tipo de necessidade especial. 
A discriminação relacionada aos portadores de deficiências especiais são as mais 
frequentes (96,5% dos entrevistados), seguido pelo preconceito étnico-racial (94,2%), 
de gênero (93,5%), de geração (91%), socioeconômico (87,5%), com relação à 
orientação sexual (87,3%) e 75,95% têm preconceito territorial. 
Os números são preocupantes e trazem um desafio para a escola.Algumas medidas 
tentam enfrentar o problema como a Lei 10.369, de 2003, que torna obrigatório o 
ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira nos estabelecimentos de ensino 
fundamental e médio, oficiais e particulares. Fonte: Pré-Univesp (2015, on-line)2. 
Foi muito bom contar com a sua participação na trajetória desse estudo. Obrigada pela leitura atenta! 
Um abraço! 
Avançar 
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ATIVIDADES 
1. Com relação aos conceitos de diversidade, cultura e multiculturalismo, leia as assertivas a seguir, e 
analise (V) para Verdadeiro e (F) para Falso. 
( ) A diversidade é uma construção cultural, política e histórica. 
( ) Diversidade pode ser entendida como diferença, heterogeneidade ou algo que não está assentado em 
um único posicionamento. 
( ) A cultura é resultado da criação humana, portanto não existe homem sem cultura. 
( )A cultura mais importante é dos negros e dos indígenas. 
( ) O Multiculturalismo pode ser entendido como a presença de diferentes grupos econômicos numa 
mesma sociedade. 
Assinale a alternativa correta: 
a) V, V, F, F, F. 
b) V, V, V, F, F. 
c) F, F, V, V, F. 
d) F, V, V, V, F. 
e) F, V, F, V, F. 
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2. Sobre a diversidade Cultural na escola, o papel dos professores e gestores, leia as assertivas a seguir. 
A. A escola é espaço apropriado para a discussão da cidadania e o desenvolvimento humano. 
B. A escola pode perpetuar preconceitos e desconstruí-los. Essa tarefa envolve toda a equipe escolar. 
C. Os professores devem assumir o papel de quebrar o silêncio sobre a diversidade. 
D. O papel dos educadores e gestores frente as diferenças deve ser enfrentada de forma democrática e 
corajosa. 
E. A escola e os educadores precisam conhecer os seus alunos e refletir sobre o seu meio cultural e 
social. 
Com base no exposto, assinale a alternativa correta. 
a) Somente as alternativa A e B estão corretas. 
b) Somente as alternativas B e C estão corretas. 
c) Somente as alternativas C, D e E estão corretas. 
d) Todas as assertivas estão corretas. 
e) Nenhuma das anteriores. 
3. Com relação aos arts. 5º e 215 da Constituição Federal de 1988, leia as assertivas seguir, e analise (V) 
para Verdadeiro e (F) para falso. 
( ) O art. 5º da Constituição Federal diz que todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer 
natureza. 
( ) O art. 5º da Constituição Federal diz que todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer 
natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à 
vida. 
( ) O Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais e acesso às fontes da cultura 
nacional, e apoiará e incentivará a valorização e a difusão das manifestações culturais. 
( ) O Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos sociais acesso às fontes da cultura nacional, e 
apoiará e incentivará a valorização e a difusão das manifestações culturais. 
Assinale a alternativa correta: 
a) F, F, V, F. 
b) F, V, F, V. 
c) V, V, V, F. 
d) F, F, F, V. 
e) V, F, V, F. 
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Resolução das atividades 
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RESUMO 
Olá, caro(a) aluno(a)! 
Na primeira aula, o nosso objetivo foi o de conceituar diversidade cultural e compreender o significado 
dessa expressão para além de um substantivo. O desdobramento de tal termo deve ser compreendido 
como um fenômeno que atravessa o tempo e o espaço. À medida que a sociedade se torna cada vez mais 
complexa, essa temática atinge níveis de igual complexidade. O fenômeno da diversidade cultural deve ser 
entendido enquanto uma conscientização coletiva para a valorização da diversidade cultural e humana. 
Na segunda aula abordamos a diversidade cultural na escola. Para tanto elegemos duas questões: Em que 
medida a escola aborda o discurso da diversidade cultural? Como essa instituição social tem formado os 
cidadãos com perspectivas democráticas? Os autores com os quais dialogamos procuraram evidenciar o 
importante papel da escola e dos professores para o reconhecimento das diferentes realidades dos alunos 
e seus contextos socioculturais. Esse reconhecimento permite ações conjuntas entre escola e professores 
para a exclusão do preconceito na escola. 
Na última aula comentamos sobre algumas leis e diretrizes que indicam a obrigatoriedade do Estado em 
legitimar direitos constitucionais e legais que preservem o direito de liberdade, de expressão, de opção 
religiosa e sexual. Esses documentos, em seu conjunto, no seu conjunto evidenciam uma conquista para o 
trato com a diversidade cultural e a voz para grupos minoritários excluídos e marginalizados 
historicamente. 
Espero que as considerações finais seja um ponto de chegada abstrato para novas pesquisas sobre a 
temática. Muito embora tenhamos legislações que garantam a diversidade, ainda existe um longo 
caminho a percorrer para a implementação e conscientização desses direitos. 
Um abraço. 
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Material Complementar 
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Conheça mais sobre a diversidade cultural brasileira e seus 
aspectos. 
Acesse 
Na Web 
Olá caro(a) aluno(a)! É muito importante abordar a 
Diversidade Cultural em sala de aula, assim como 
esclarecer o conceito de cultura. Para conhecer mais sobre 
o tema, acesse o link a seguir. 
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http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fmundoeducacao.bol.uol.com.br%2Fgeografia%2Fdiversidade-cultural-no-brasil.htm&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNF8JL_8sBzSLhl7fd4qtVEWYOLsNQ
http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Feducador.brasilescola.uol.com.br%2Festrategias-ensino%2Fa-diversidade-cultural-brasilei-ra-sala-aula.htm&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNF1CKJZ_1fNeCyBavFCLCtIsOF5fQ
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REFERÊNCIAS 
BRANDÃO, Carlos Rodrigues. A Educação como Cultura . Campinas: Mercado das Letras, 2002. 
BRASIL.Constituição(1988). Constituição da República Federativa do Brasil . Brasília, DF. Disponível em: 
< http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm >. Acesso em: 16 abril 2018. 
______. Ministério da Educação. Secretaria de Educação fundamental. Parâmetros curriculares nacionais, 
apresentação dos temas transversais e ética. V. O8, Brasília, DF: MEC/SEF, 1997. 
______. Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos. Lei nº 9.394, de 20 de 
dezembro de 1996 . Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Disponível em: 
< http://www.planalto.gov.br/Ccivil_03/leis/L9394.htm >. Acesso em: 16 abril 2018. 
______. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de 
História e Cultura Afro-Brasileira e Africana , 2004. Disponível em: < http:// 
www.acaoeducativa.org.br/fdh/wp-content/uploads/2012/10/DCN-s-Educacao-das-Relacoes-Etnico- 
Raciais.pdf >. Acesso em: 16 abril 2018. 
______. Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos. Lei no 10.639, de 9 de 
janeiro de 2003 . Altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases 
da educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática 
“História e Cultura Afro-Brasileira”, e dá outras providências. Disponível: 
< http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/l10.639.htm >. Acesso em: 16 abril 2018. 
______. Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos. Lei nº 11.645, de 10 março 
de 2008 . Altera a Lei no9.394, de 20 de dezembro de 1996,modificada pela Lei no10.639, de 9 de janeiro 
de 2003, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da 
rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”. Disponível 
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http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.planalto.gov.br%2Fccivil_03%2FConstituicao%2FConstituicao.htm&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNHFgrcotjOYbTk5nyRg62LWWqW95Q
http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.planalto.gov.br%2FCcivil_03%2Fleis%2FL9394.htm&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNEQgxJLCttFpnn13_FB7CAHGScYMQ
http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.acaoeducativa.org.br%2Ffdh%2Fwp-content%2Fuploads%2F2012%2F10%2FDCN-s-Educacao-das-Relacoes-Etnico-Raciais.pdf&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNEDMY6t1F3mkCdQ2i0xyljz03yVjA
http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.acaoeducativa.org.br%2Ffdh%2Fwp-content%2Fuploads%2F2012%2F10%2FDCN-s-Educacao-das-Relacoes-Etnico-Raciais.pdf&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNEDMY6t1F3mkCdQ2i0xyljz03yVjA
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http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.acaoeducativa.org.br%2Ffdh%2Fwp-content%2Fuploads%2F2012%2F10%2FDCN-s-Educacao-das-Relacoes-Etnico-Raciais.pdf&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNEDMY6t1F3mkCdQ2i0xyljz03yVjA
http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.planalto.gov.br%2Fccivil_03%2Fleis%2F2003%2Fl10.639.htm&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNG_NsxKAC8Yr6Gwn6qcWe5j7fibNQ
http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.planalto.gov.br%2Fccivil_03%2F_ato2007-2010%2F2008%2F&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNEKiSXOl2oFilUU3j5ys_dXI0PclQ
em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/ lei/l11645.htm >. Acesso em: 16 abril 
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CASTILHO, EWV. O papel da escola para a educação inclusiva. In : LIVIANU, R., cood. Justiça, cidadania e 
democracia [online]. Rio de Janeiro: Centro Edelstein de Pesquisa Social, 2009. p.108-119. Disponível em: 
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COSTA, M. V. Currículo e pedagogia em tempo de proliferação da diferença : Trajetórias e processos de 
ensinar e aprender. Porto Alegre: Edipucrs, 2008. 
FÁVERO, E. A.G. Direitos das pessoas com deficiência : garantia de igualdade na diversidade. Rio de 
Janeiro: WVA, 2004. 
GASPARIN, J. L. G.; TORTORELI, A. C. Multiculturalismo e Educação : um desafio histórico para a escola. 
2006. Disponível em: 
< http://www.histedbr.fe.unicamp.br/acer_histedbr/seminario/seminario7/TRABALHOS/A/Adelia%20Cri 
stina%20T.%20Morante.pdf >. Acesso em: 16 abril 2018. 
GOMES, L. S. Desigualdades e diversidades na educação . Educ. Soc., Campinas, v. 33, n. 120, p. 687-693, 
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GOMES, N. L. Indagações sobre Currículo . Diversidade e Currículo. Brasília: Ministério da Educação, 
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REFERÊNCIAS ON-LINE 
1 Em: < http://michaelis.uol.com.br/moderno/portugues/index.php?lingua=portugues- 
portugues&palavra=diversidade >. Acesso em: 16 abril 2018. 
2 Em: < http://pre.univesp.br/preconceito-na-escola#.VzESFPkrLIU >. Acesso em: 16 abril 2018. 
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http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fpre.univesp.br%2Fpreconceito-na-escola%23.VzESFPkrLIU&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNE_9wXnDdzVO04JxVP5RAcLb8rohw
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APROFUNDANDO 
Caro(a) aluno(a). No decorrer deste estudo abordamos o art.5ª da Constituição Federal de 1988, que traz 
o seguinte texto: “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos 
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à 
igualdade, à segurança e à propriedade” (BRASIL, 1988). 
Com base no art. 5ª leia a matéria publicada em 21.01.2015, no Portal Brasil, sobre a Intolerância 
Religiosa. Entretanto antes de você iniciar a sua leitura gostaria que você fizesse uma reflexão: será que 
os direitos constitucionais do art. 5º da CF de 1988 estão sendo cumpridos? 
Em outubro de 1999, um jornal religioso estampou em sua capa uma foto da iyalorixá Gildásia dos Santos 
e Santos, a Mãe Gilda, em publicação com o título “Macumbeiros charlatões lesam o bolso e a vida dos 
clientes”. A casa da Mãe Gilda foi invadida, seu marido foi agredido verbal e fisicamente e seu terreiro, 
depredado por integrantes de outro segmento religioso. Mãe Gilda morreu em 21 de janeiro de 2000, 
vítima de um infarto. Para combater atitudes discriminatórias (sic) e prestar homenagem a Mãe Gilda, foi 
instituído, em 27 de dezembro de 2007, pela Lei 11.635, o Dia Nacional de Combate à Intolerância 
Religiosa, celebrado nesta quarta-feira (21). Casos como o de Mãe Gilda não são isolados. Em 2014, o 
Disque 100 registrou 149 denúncias de discriminação religiosa no País. Mais de um quarto (26,17%) 
ocorreu no estado do Rio de Janeiro e 19,46%, em São Paulo. 
“No ano passado, tivemos diferentes ações contra a intolerância religiosa, como manifestações, 
publicação de vídeos. Não acho que diminuiu imediatamente, mas os grupos têm reagido. Não quer dizer 
que tivemos menos invasões de casas e agressão pela não permissão do uso de indumentárias (sic) em 
espaços públicos”, analisa a coordenadora da organização não governamental (ONG) Criola, Lúcia Xavier. 
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REFERÊNCIAS 
BRASIL. Intolerância religiosa: líderes alertam sobre discriminação. 2014. Disponível em: 
< http://www.brasil.gov.br/cidadania-e-justica/2015/01/intolerencia-religiosa-lideres-alertam-sobre- 
discriminacao >. Acesso em: 16 abril 2018. 
______. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília,DF. Disponível em: 
< http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm >. Acesso em: 16 abril 2018. 
_____. Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos. Lei no 11.645, de 10 março 
de 2008. Altera a Lei no 9.394,de 20 de dezembro de 1996, modificada pela Lei no 10.639, de 9 de janeiro 
de 2003, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da 
rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”. Disponível 
em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/lei/l11645.htm >. Acesso em: 16 abril 
2018. 
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Distância; TORTORELI, Adélia Cristina. 
Diversidade e Cultura na escola. Adélia Cristina Tortoreli. 
Maringá-Pr.: UniCesumar, 2017. 
29 p. 
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A DIVERSIDADE 
ÉTNICO-RACIAL 
NA ESCOLA 
Professor (a) : 
Adélia Cristina Tortoreli 
Objetivos de aprendizagem 
• Compreender o racismo no ambiente escolar. 
• Compreender de que forma os livros didáticos abordam o racismo e criam os estereótipos. 
• Identificar as formas de superar o racismo e os preconceitos nas escolas. 
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Plano de estudo 
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade: 
• O racismo no cotidiano da escola 
• O racismo e os estereótipos na escola por meio dos livros didáticos 
• Superando o racismo e o preconceito nas escolas 
Introdução 
Olá, caro (a) aluno(a)! Neste estudo, abordaremos a diversidade étnico-racial na escola. Para tanto, 
elegemos três aulas que permitem, ainda que introdutoriamente, uma reflexão sobre esta temática. 
Na Aula 1, intitulada o racismo no cotidiano da escola, procuramos compreender de que forma o racismo 
está cristalizado nas escolas e nas práticas pedagógicas. Para o esclarecimento dessa temática, trouxemos 
os conceitos de racismo e etnia, que são indispensáveis para a compreensão do debate. Em seguida, nos 
interrogamos de que forma o racismo está inserido no contexto escolar. Para o esclarecimento desta 
inquietação, o diálogo com os autores indica que esta prática é recorrente no âmbito escolar e, em 
algumas situações, o professor tem um papel neste processo. 
Na Aula 2, o racismo e os estereótipos na escola por meio dos livros didáticos, fizemos uma discussão 
acerca dos livros didáticos e da forma como eles contribuem para o discurso do racismo e dos 
estereótipos. No primeiro momento, nos ocupamos com o entendimento da obrigatoriedade desse livro 
nas escolas como recurso auxiliar do professor para compor a sua aula e as suas práticas pedagógicas. 
Na Aula 3, superando o racismo e o preconceito nas escolas, convidamos para o debate a contribuição de 
Ana Célia da Silva (2004) e Maria José Lopes da Silva (2005) com os seus respectivos livros e artigos “A 
Discriminação do Negro no Livro Didático” e “As Artes e a Diversidade Étnico-Cultural na Escola Básica”. 
Nesses artigos, as autoras trazem objetivos e atividades no teatro, nas artes visuais e na música, que 
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colaboram para a superação do racismo e do preconceito nas escolas. O trabalho docente e as atividades 
pedagógicas têm um papel importante na condução desses objetivos e atividades, uma vez que eles 
possibilitam a participação dos próprios alunos. 
Aguardo você para as nossas aulas! 
Avançar 
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O RACISMO NO COTIDIANO 
DA ESCOLA 
Olá, caro(a) aluno(a)! A escola é uma instituição social criada historicamente para a socialização dos 
conhecimentos, muito embora ela não seja a única nesse processo. Enquanto instituição, ela é parte 
fundamental no processo de formação humana e deve não somente ser uma educação voltada para o 
trabalho, mas alicerçada na formação de valores que são aceitos pela maioria dos cidadãos de um Estado 
de Direito e em pleno exercício de direito e deveres. 
Neste sentido, o assunto que agora discutiremos é de suma importância e não partirá de uma pergunta ou 
de uma dúvida, mas de uma afirmação: o racismo está no cotidiano das escolas! 
Essa afirmação parece ser muito contundente, mas está acompanhada e sustentada por estudiosos e 
pesquisadores que confirmam a presença do racismo no contexto escolar. Neste sentido, faz-se 
necessária a construção de um olhar para as questões étnico-raciais neste ambiente, assim como uma 
investigação teórica, ainda que inicial, sobre essa temática. 
Qual será o ponto de partida, para fundamentar a nossa afirmação e, ao mesmo tempo, providenciar 
justificativas para reflexões presentes e futuras? Vamos começar pelo conceito de racismo? Mas, antes 
desta definição, é necessário o entendimento de que o racismo tem origem mítica, passou pela sociedade 
antiga, medieval e moderna, é entendido como um caractere biológico, entre outros, e o seu conceito foi 
criado por volta de 1920 (MUNANGA, 2002). 
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https://sites.google.com/fabrico.com.br/dce-unidade2/p%C3%A1gina-inicial?authuser=0Então, se considerarmos, hipoteticamente, que as palavras são conceitos e estes são históricos, podemos 
admitir que eles já foram objetos de várias leituras e interpretações. Assim, que tal tratarmos da definição 
de racismo circunstanciada no século XXI? 
[...] o racismo é uma crença na existência das raças naturalmente hierarquizadas pela 
relação intrínseca entre o físico e o moral, o físico e o intelecto, o físico e o cultural. O 
racista cria a raça no sentido sociológico, ou seja, a raça no imaginário do racista não é 
exclusivamente um grupo definido pelos traços físicos (MUNANGA, 2002, p.15). 
A partir da configuração do autor, é possível estabelecer o raciocínio de que o racismo é um tipo de 
preconceito baseado numa ideologia de superioridade que é alimentada por racistas. Esta ideia não está 
circunstanciada somente nos traços físicos, morais, culturais e intelectuais, ela abrange pensamentos, 
opiniões, crenças que transcendem as gerações, portanto, ela faz parte de um processo e de uma 
construção sócio-histórica. A hierarquização e o estabelecimento de uma escala de valores foram 
decretados, coletivamente, pela raça “branca”, sobrepondo-se às etnias negras, pardas, indígenas, dentre 
outras. 
Dando continuidade ao parágrafo anterior, vamos nos ater ao princípio da transcendência de gerações e 
elaborar a seguinte indagação: de que forma o racismo está configurado no contexto escolar? São muitas 
as categorias de análise para um problema complexo e abrangente. Neste sentido, qualquer escolha por 
uma dessas categorias eliminaria outras variáveis de interpretação. Contudo, para efeito desse estudo, 
vamos refletir, inicialmente, a partir da formação dos professores. 
O impacto da pouca reflexão acerca da temática racial no processo de formação 
certamente será sentido no exercício da prática profissional. Diante do quadro de 
grande desigualdade social de nosso país, em que está subjacente a discriminação 
racial, o profissional que foi educado no seio de uma sociedade cuja cultura, ainda 
hegemônica, é a do mito da democracia racial e que não obteve no período de sua 
formação instrumentos de análise crítica das relações raciais constituintes do seu país, 
poderá ter dificuldade em intervir de forma competente e comprometida com a 
restituição de direitos violados da população historicamente discriminada por 
condição étnico-racial (ROCHA, 2009, p. 544). 
Considerando que esta citação é recente do ponto de vista histórico, podemos inferir que tanto nós 
quanto você nos formamos, inicialmente, pela mesma escola, certo? Quando dizemos escola, nos 
referimos a todo um sistema educacional vigente formatado pelo Estado, com uma estrutura política, 
social e econômica organizada para atender interesses de grupos majoritários. Neste sentido, o exercício 
da prática docente incapacita os professores a uma leitura crítica da sociedade e, por conseguinte, a uma 
atuação mais eficiente no combate ao racismo. 
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Os docentes inseridos nesta lógica capitalista fortemente reconhecida e sustentada pelo Estado sentem- 
se incapacitados de exercer com plenitude o seu exercício profissional e ficam, portanto, submetidos a 
uma prática descontextualizada e fortemente alicerçados na continuidade do status quo (ROCHA, 2009). 
A discussão do papel do professor frente ao racismo pode ser analisada por outra perspectiva. 
Quando se propõe uma discussão com os professores, ela gera, na maioria das vezes, 
tensão e desconforto. Muitos preferem silenciar, ao invés de enfrentar o problema. 
Alguns chegam a negar a existência de racismo na escola. A ausência de iniciativas 
diante de conflitos raciais entre alunos e alunas mantém o quadro de discriminação. 
Diante desses conflitos, o “silêncio” revela conivência com tais procedimentos 
(CAVALLEIRO, 2001, p.153). 
O silêncio, muitas vezes, pode gerar situações de racismo e contribuir para o acirramento de violências 
físicas e psicológicas na criança ou no adolescente. O fato dos professores e da escola, como um todo, não 
se posicionarem no ambiente escolar frente a um contexto de racismo, pode contribuir para, pelo menos, 
dois aspectos. 
De um lado, a criança que recebeu o ato de racismo poderia adotar um sentimento de abandono e 
violência, sentindo-se envergonhada perante si e os outros. Por outro lado, a criança que praticou o ato de 
racismo passa a ser estereotipada como cruel ou violenta. 
Diante do exposto, precisamos refletir sobre o papel da escola, as práticas pedagógicas e a promoção de 
debates que viabilizem a desconstrução do racismo. 
No decorrer dessa aula, espero que você tenha, ainda que introdutoriamente, refletido sobre a 
diversidade racial na escola e o papel dos professores e da escola nesse processo. Obrigada por caminhar 
comigo. 
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O RACISMO E OS 
ESTEREÓTIPOS NA ESCOLA 
POR MEIO DOS LIVROS 
DIDÁTICOS 
Olá, caro(a) aluno(a). O assunto que agora abordaremos diz respeito ao livro didático. Todos nós, em 
nossos anos de escolarização, o utilizamos e, muitas vezes, nos apegamos a ele, seja pela sua beleza, desde 
a capa, até as imagens coloridas e alegres que o compunham em sua totalidade. Nos dias atuais, ele é 
consumível e, muitas vezes, o encontramos no lixo. Mas este é um assunto que não abordaremos nesse 
estudo. 
O apreço por esses livros, todavia, é justificável, pois, em alguns momentos na história da educação 
moderna brasileira, ele foi o único recurso utilizado pelo professor para a construção do conhecimento e 
do processo de ensino-aprendizagem. Com as mudanças na sociedade e a introdução da tecnologia em 
sala de aula dos demais recursos, hoje ele é percebido como um apoio para o os professores. Diante do 
breve exposto, surge uma pergunta: é obrigatório o uso do livro didático nas escolas de educação básica? 
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O Decreto nº 7.084, de 27 de janeiro de 2010 e que foi revogado pelo Decreto n° 9.099, de 18 de julho de 
2017, dispõe sobre os programas de material didático e o Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) e 
sanciona que todas as escolas da educação básica nas esferas federal, estadual e municipal, além do 
Distrito Federal, devem fazer uso desse recurso de forma sistemática, regular e gratuita. Dentre os seus 
objetivos, disposto no parágrafo 2º, estão a melhoria da qualidade de ensino e da educação, 
democratização e acesso à cultura, apoio para o desenvolvimento e atualização do professor. No 
parágrafo 3º, as palavras respeito e garantia estão contempladas de forma a atender ao pluralismo de 
ideias, o respeito às diversidades sociais, regionais e culturais, apreço à tolerância e à liberdade (BRASIL, 
2010; 2017). 
A esta altura, caro(a) aluno(a), você já deve ter percebido que a utilização do livro didático é obrigatória 
em todo o território nacional. Tal obrigatoriedade nos dá a certeza de que os professores fazem uso desse 
recurso formando gerações, incutindo ideias e transmitindo valores e culturas selecionados por esses 
livros. 
Neste sentido, de acordo com Abud (1997), todo professor acaba utilizando os livros didáticos em suas 
práticas pedagógicas como apoio para a disseminação e a construção do conhecimento e, muitas vezes, 
quando ele é capacitado para a utilização desses livros, como um canal para a sua própria formação, 
contribuindo, deste modo, para a manutenção de racismo, estereótipos e mitos. Eis, aqui, caro(a) aluno(a), 
uma expressão que precisa ser explicada antes de prosseguirmos com o nosso estudo: o que são 
estereótipos? 
Se considerarmos o conhecimento público do termo “estereótipos”, entre aspas duplas, disponibilizado em 
sites de busca na Internet, encontraremos535.000 resultados vinculados a este termo. Segundo Pereira 
(2002), Cavalleiro (2003), Silva (2004) e Munanga (2005), estereótipos são crenças, formas esquemáticas, 
processos de simplificação e generalização a todos os envolvidos de um determinado grupo. 
Esses estereótipos podem ser sociais, econômicos, relacionados às diferenças étnicas e religiosas, aos 
gêneros sexuais etc. É uma forma de tornar universal algo que deveria ser caracterização como individual. 
Neste sentido, existe uma relação entre preconceito, racismo e estereótipo, pois este último fornece 
elementos para as crenças, segundo Pereira (2002), Cavalleiro (2003), Silva (2004) e Munanga (2005). 
Diante do exposto, podemos nos indagar: de que forma o estereótipo e o racismo podem ser 
encontrados nos livros didáticos? Para responder a esta indagação, compartilharmos das ideias de alguns 
estudiosos sobre o tema. A primeira contribuição será de Cavalleiro (2003), que analisou imagens de 
negros e mestiços em alguns livros didáticos. Observe, caro(a) aluno(a), a forma como o negro aparece 
nesses livros. 
Personagens negros e mestiços são revestidos de atributos que reforçam imagens 
negativas e estigmatizantes. Praticamente, todos os itens indicadores de uma posição 
de destaque na ilustração privilegiam os personagens brancos [...]. Esses livros 
contribuem para reforçar estereótipos sobre o grupo negro. Nos livros analisados, 
frequentemente, os personagens negros aparecem como escravos, humildes, 
empregados domésticos e pobres, entre outros. Desse modo, os personagens negros, 
em comparação com os demais, são os que apresentam o maior percentual de 
personagens negativos (CAVALLEIRO, 2003, p. 34). 
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Gomes (1995, p. 89) comenta sobre o aluno negro quando este adentra o ambiente escolar. “[...] O aluno 
negro, ao ingressar na escola, além de encontrar a história de sua raça trabalhada de maneira folclorizada, 
ainda encontra reforços por parte do corpo docente no que diz respeito à negação de sua origem racial 
[...]”. 
Na concepção de Silva (2001), o livro didático deveria cumprir com o papel de formação para a cidadania, 
a igualdade e a formação de valores. Todavia, existe um descompasso entre o prescrito nas leis e o que se 
encontra nos livros didáticos. “[...] O livro didático apresenta o passado histórico e a cultura do povo negro 
sob forma reduzida e conveniente, quando não consegue inviabilizá-los completamente. O fato histórico 
mais reduzido refere-se à escravidão” (SILVA, 2001, p. 51). 
A partir das citações, podemos inferir que a discriminação dos negros causa efeitos negativos frente à 
formação e à união das pessoas em nosso país. Desde que chegaram ao Brasil, os colonizadores tentaram 
encontrar justificativas para escravidão dos negros, alegando desde inferioridade intelectual até exclusão 
no mercado de trabalho, ocasionada pelo processo de migração. 
No que diz respeito à visão de como os índios brasileiros são abordados nos livros didáticos, recorremos a 
Grupioni (1995, p. 483): “a imagem de um índio genérico, estereotipado, que vive nu no mato, mora em 
ocas e tabas, cultua Tupã e Jací e que fala Tupi permanece, predominantemente, tanto na escola como nos 
meios de comunicação”. Para este autor, o livro didático é a única fonte de informação de culturas e povos, 
contribuindo para o entendimento de uma cultura sobreposta a outra. 
Para o historiador e antropólogo paranaense e presidente da Fundação Nacional do Índio (FUNAI), 
Márcio Meira (2009, on-line)1, a visão que ainda se tem do índio é estereotipada. 
A sociedade como um todo tende a ver o índio ou de uma forma negativista, como se 
ele fosse um problema, ou romântica, como a de que índio autêntico é o que vive 
isolado na floresta com os mesmos costumes do século 16. Precisamos romper com 
nossos preconceitos, aceitar que eles são diferentes e reconhecer seu valor. 
Ainda que o racismo virtual não seja objeto de nosso estudo, é importante destacar que 
ele faz parte de um novo modelo de práticas e atitudes racistas. O Ministério Público do 
Rio Grande do Sul, em uma ação integrada com o Ministério Público Federal, 
Superintendência Regional da Polícia Federal do Rio Grande do Sul e Associação 
Riograndense de Provedores de Acesso, Serviços e Informações da Rede Internet 
(INTERNETSUL), com as empresas a ela filiadas, firmou Termo de Compromisso de 
Integração Operacional com objetivo de unir esforços para prevenir e combater a 
prática de racismo e outras formas de discriminação, instrumentalizadas via Internet. 
Fonte: as autoras. 
Para Leandro Henriques Magalhães (2000), em seu artigo “O índio brasileiro no livro didático”: 
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[...] o índio representado era aquele que interessava ao domínio europeu, ou seja, 
bárbaro, selvagem, antropófago, incapaz de gerir a vida, legitimando a dominação, 
tanto econômica como política e espiritual, dependendo da expectativa em relação a 
ele [...]. O índio é visto assim como algo estranho, que teria vivido em uma época e lugar 
distante do nosso, o que contribuiria para uma visão preconceituosa, entendida como 
um conceito ou juízo formado antes de se reunir informações suficientes sobre 
determinado assunto (MAGALHÃES, 2000, p. 10-12). 
O autor continua na sua discussão: “[...] o índio aparece nas narrativas dos livros didáticos, sendo eles: 
origem do homem americano, chegada dos europeus, extração do Pau Brasil, aprisionamento dos índios 
por bandeirantes e a evangelização jesuítica das missões” (MAGALHÃES, 2000, p.12). 
Com base no breve exposto, esperamos ter contribuído para as suas reflexões acerca do livro didático e a 
abordagem a respeito dos negros e dos índios. Foi bom compartilhar com você alguns conhecimentos 
sobre o racismo, os estereótipos e de que forma os livros didáticos apresentam a temática racial. Creio 
que você deva ter percebido o importante papel da escola e dos professores diante das questões 
levantadas nessa aula. Um abraço! 
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SUPERANDO O RACISMO E O 
PRECONCEITO NAS 
ESCOLAS 
Olá, caro(a) aluno(a)! Neste encontro, trataremos do racismo e do preconceito nas escolas e a forma de 
superá-los. Para tanto, traremos para o debate a contribuição de Ana Célia da Silva e o seu livro intitulado 
“A Discriminação do Negro no Livro Didático” (2004). Em seguida, Maria José Lopes da Silva discute “As 
Artes e a Diversidade Étnico-Cultural na Escola Básica” (2005). 
Começaremos pela contribuição de Ana Célia da Silva, está bem? Para a autora, é possível corrigir a 
invisibilidade de mulheres e negros apresentada nas imagens dos livros didáticos: “[...] solicitando-se à 
criança que descreva outras atividades exercidas pelas mulheres e homens negros que constituem sua 
família, que moram na sua rua, que freqüentam seu local de encontros religiosos e de lazer, etc.” (SILVA, 
2001, p. 25). 
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O combate ao racismo nos livros didáticos consubstanciou-se por meio de uma série de 
ações impulsionadas e desenvolvidas pelos movimentos sociais, especialmente pelo 
movimento negro, subsidiado por pesquisadores negros e brancos e implantadas 
peloEstado. Para saber mais, acesse: 
< http://www.scielo.br/pdf/ep/v29n1/a10v29n1.pdf >. Fonte: as autoras. 
No caso da presença do negro, frequentemente demonstrado como escravo e sem referência à história do 
seu passado em que não havia a escravidão, este aspecto pode ser corrigido se o professor: “[...] contar a 
história de Zumbi dos Palmares, dos quilombos, das revoltas e insurreições ocorridas durante a 
escravidão; [...] a organizaçãosócio-político econômica e cultural na África pré-colonial; e [...] a luta das 
organizações negras, hoje, no Brasil e nas Américas” (SILVA, 2004, p. 25). 
É possível, ainda, desconstruir o estereótipo de incompetência de negros, como pouco inteligente “burro, 
feio, sujo e mau”, diminuindo o sentimento de incapacidade que, muitas vezes, é absorvido pelas crianças, 
podendo conduzi-las ao desinteresse ou à evasão escolar. Esta atitude pode ser realizada pela contação 
de histórias. É preciso um trabalho que aborde os diferentes cabelos, realizando concursos de penteados 
afros. 
Nos estudos de Maria José Lopes da Silva (2004) sobre as artes e a diversidade étnico-cultural na escola 
pública, a autora ocupa-se do teatro, das da estética e das culturas de matrizes africanas nas artes visuais 
e na música como forma de apresentar a diversidade e a linguagem artística para, assim, possibilitar a 
transformação do preconceito dominante que ainda permeia os livros infantojuvenis no mercado 
brasileiro. Qual seria, então, a contribuição da autora para refletirmos sobre a legitimação de valores 
culturais e de diferentes grupos étnicos? 
Em primeiro lugar, a autora traça alguns objetivos gerais para trabalhar o teatro, tais como: 
• resgatar a cultura afro-brasileira no sentido de reintegrar os educandos nos valores étnicos e sociais da 
ancestralidade nacional; 
• levar o aluno a conhecer as concepções estéticas africanas; 
• levar o aluno oprimido a atuar conscientemente de modo a contribuir para a assunção da sua cidadania; 
• facilitar a construção da identidade do aluno através de uma autoidentificação positiva consigo mesmo 
e com o patrimônio históricocultural brasileiro [...] (SILVA, 2005, p. 129). 
De posse do reconhecimento destes objetivos, a autora menciona algumas orientações didáticas, 
conteúdos e atividades que a escola e os professores devem assumir, tais como: desenhos que estimulem 
a criatividade e a imaginação, conhecer as diferenças étnicas por meio das vestimentas, do cabelo, do uso 
de sapatos, dos costumes e da religiosidade, dos movimentos corporais e das danças, leituras 
dramatizadas, corais falados com diversos tipos de bonecos, cenários, figurinos, adereços, variedade de 
cantos e danças, levar os alunos ao teatro, ao circo, entre outros (SILVA, 2005). 
Para as artes visuais, a autora também informa alguns objetivos gerais, sugestões de conteúdos e 
atividades: 
• resgatar, por meio das artes visuais, a ancestralidade/atualidade cultural africana; 
• levar o aluno a conhecer as concepções estéticas africanas; 
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• possibilitar ao aluno identificar-se como pessoa no grupo; 
• levar o aluno a reconhecer criticamente os estereótipos de representação étnica encontrados nas artes 
visuais, na publicidade, e na mídia em geral (SILVA, 2005, p. 133). 
No que diz respeito às sugestões de conteúdos e atividades que atendam aos objetivos gerais, a autora 
propõe: a utilização de materiais que fazem parte do cotidiano das crianças, a saber: massa de modelar, 
desenho do autorretrato das crianças, dos colegas e familiares. Produzir colares e máscaras africanas, 
oficinas de gravuras, histórias em quadrinhos, objetos, fotos, pesquisar como os negros são retratados no 
cinema e na publicidade, visitas a museus, exposições, ateliês, galerias etc. (SILVA, 2005, p. 133). 
No ensino da música, a autora menciona a importância da escola e que ela esteja atenta: “[...] no sentido de 
fazer fluir o potencial no educando, [...] dando-lhe condições de tirar do seu próprio corpo o som, o ritmo, a 
tonalidade, a intensidade, partindo para a instrumentalização de base: a percussão” (SILVA, 2005, p. 135). 
Os objetivos gerais para o ensino de música devem ser: 
• valorizar a identidade do aluno; 
• despertar no aluno a sua sensibilidade criadora; 
• levar os alunos a construírem criativamente o seu próprio material; 
• levar os alunos a conhecerem outros grupos étnicos e culturais; 
• levar os alunos a resgatar o conhecimento das influências africanas na arte brasileira (SILVA, 2005, p. 
137). 
As sugestões para os conteúdos e as atividades de música devem levar em conta a percepção de 
diferentes partes do corpo da criança, o conhecimento de instrumentos musicais de origem africana, a 
apresentação e a utilização da capoeira para os diferentes sexos, aproveitamento de sucatas para a 
fabricação de objetos musicais, as entrevistas com cantores e compositores de diferentes estilos musicais, 
tais como: o rap, o axé music, o pagode, o reggae etc., e a diversidade de cantos religiosos (SILVA, 2005, p. 
137). 
Diante desta breve exposição dos objetivos, das sugestões e atividades apresentadas pelas autoras, 
verificamos que a escola e os professores podem utilizar variadas abordagens que superem o racismo na 
escola. 
Vamos conhecer o documentário “Você faz a Diferença”. Ele reúne depoimentos de 
alunos e professores sobre o preconceito e a importância de refletir sobre as 
diferenças. Esse documentário, produzido em 2005, buscou retratar as muitas facetas 
do preconceito no âmbito escolar, as quais atingiram pessoas que, por conta de sua 
etnia ou condição social, foram coagidas e humilhadas. Para saber mais, acesse: 
< http://www.geledes.org.br/voce-fa-z-diferenca-retrata-racismo-ambiente escolar/ >. 
Fonte: adaptado de Geledés (2014, on-line)2. 
https://sites.google.com/fabrico.com.br/dce-unidade2/p�gina-inicial/unidade-2?authuser=0
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http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.geledes.org.br%2Fvoce-fa-z-diferenca-retrata-racismo-ambiente&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNEkxt1JNI6WUoD8JImEvdYqtXU2fg
Caro(a) aluno(a), espero que, no decorrer dessa aula, você tenha percebido que a leitura dos livros 
didáticos deve ser feita de forma cuidadosa, procurando identificar alguns estereótipos que foram 
construídos historicamente. É preciso desconstruir o estereótipo abordado nesses livros. A arte e as suas 
linguagens (música, teatro, artes visuais e dança) podem ser admitidas como uma prática pedagógica que 
leva à transformação do preconceito dominante. Um abraço! 
Avançar 
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ATIVIDADES 
1. Sobre a diversidade racial na escola, o racismo e o papel dos professores, leia as assertivas a seguir e 
assinale verdadeiro (V) ou falso (F). 
( ) O racismo é um conceito que foi consolidado por volta de 1920. 
( ) O racismo é uma crença que se baseia somente nas existência das raças. 
( ) Professores(as) que não tiveram uma formação acerca da temática racial sentirão esta ausência na 
prática profissional. 
( ) O racismo é uma ideologia e a educação colabora para a sua perpetuação. 
( ) Quando o(a) professor(a) discute sobre o papel do racismo, gera, na maioria das vezes, desconforto e 
tensão. 
A sequência correta da resposta da questão é: 
a) F, F, V, V, F. 
b) V, F, V, V, V. 
c) F, F, V, F, V. 
d) V, F, V, V, F. 
e) V, F, F, F, V. 
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2. Em relação ao racismo e aos estereótipos na escola por meio dos livros didáticos, leia as alternativas a 
seguir. 
I) Todas as escolas da educação básica na esfera federal, estadual e municipal, além do Distrito Federal, 
devem fazer uso do livro didático. 
II) Um dos objetivos do Programa Nacional do Livro

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