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Farmacoterapia dos Benzodiazepínicos

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Farmacologia II - 3ª etapa 
Pedro Antonio 
 FARMACOTERAPIA DOS BENZODIAZEPÍNICOS 
 Os benzodiazepínicos são utilizados como ansiolíticos no tratamento da ansiedade. 
 O processo de ansiedade está relacionado com uma disfunção e aumento da serotonina na via 
mesolímbica. 
 O aumento dessa serotonina vai culminar com três pontos importantes no processo de 
ansiedade: medo, sofrimento e antecipação. 
 A sensação de ansiedade pode ser sentida por qualquer indivíduo. 
 É caracterizada como um sentimento difuso, desagradável, vago e associado a isso podem ter 
sintomas físicos como, taquipneia, taquicardia, constipação ou diarreia e dor de cabeça. 
 TRANSTORNOS DE ANSIEDADE 
 Transtorno de ansiedade generalizada (TAG) 
 Transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) 
 Transtorno de pânico (TP) e agorafobia 
 Fobia específica e social 
 Transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) e transtorno de estresse agudo 
 Transtorno de ansiedade devido a uma condição médica geral 
 Transtorno de ansiedade induzido por substância 
 Transtorno de ansiedade sem outra especificação 
 TRANSTORNO DE ANSIEDADE GENERALIZADA 
 Preocupação excessiva e abrangente, acompanhada por uma variedade de sintomas somáticos, 
que causa comprometimento significativo do funcionamento social ou ocupacional ou 
acentuado sofrimento. 
 Relato de paciente: 
 ‘’Sempre acreditei que era uma pessoa preocupada. Sentia-me sempre ligado em alguma coisa, 
e incapaz de me descontrair. Às vezes (a ansiedade) vinha e ia embora, e às vezes, era constante. 
Podia durar dias seguidos. Eu me preocupava com o que deveria preparar para um jantar festivo, 
ou com o presente que precisava comprar. Não podia deixar as coisas “rolarem”. Tinha 
terríveis problemas com o sono. Havia épocas que eu acordava completamente alerta de manhã 
cedo ou no meio da noite. Tinha dificuldade para concentrar a atenção, para ler um jornal ou um 
livro. Às vezes sentia tontura. Meu coração acelerava e batia forte. E isto fazia com que eu ficasse 
ainda mais preocupado. ” 
 TRANSTORNO DO PÂNICO 
 É um tipo de transtorno com um grau mais elevado de ansiedade do que na generalizada 
 Um período distinto de intenso temor ou desconforto, no qual 4 ou mais dos seguintes sintomas 
desenvolveram-se abruptamente e alcançaram um pico em 10 minutos: 
Palpitações ou ritmo cardíaco acelerado 
 Sudorese 
 Tremores 
 Sensações de falta de ar ou sufocamento 
 Sensações de asfixia 
 Dor ou desconforto torácico, que pode ser confundido com infarto 
 Medo de morrer 
 Relato do paciente: 
 “Tudo começou 10 anos atrás. Estava sentado em uma reunião, que se dava em um hotel, e a 
coisa veio de repente, como que caída do céu. Senti que ia morrer. Para mim, o ataque de pânico 
é uma experiência violenta. É como se estivesse ficando louco. Ele me faz sentir extremamente 
descontrolado. Meu coração palpita muito forte, as coisas parecem irreais, há sensação de 
catástrofe iminente. Entre os ataques, existe este temor e ansiedade de que aquilo vai acontecer 
de novo. Pode ser muito debilitante tentar escapar destes sentimentos de pânico. ” 
 MEDICAMENTOS: 
 O primeiro benzodiazepínico a surgir foi o diazepam, os seguintes surgiram através da 
modelação dessa molécula 
 Diferença entre barbitúricos (anticonvulsivantes) e benzodiazepínicos 
 Ambos vão agir no mesmo receptor, gerando mecanismos de ação diferentes 
 Os benzodiazepínicos vão se ligar nos receptores GABA A, aumentando a sensibilidade desse 
receptor fazendo com que ocorra a abertura de canais, ou seja, ele aumenta a sensibilidade 
para abrir o canal enquanto os barbitúricos vão manter o canal aberto. 
 Os barbitúricos também se ligam nos receptores GABA A porém, eles vão aumentar o tempo 
de abertura do canal de cloro. 
 Tanto os benzodiazepínicos quanto os barbitúricos vão levar a uma hiperpolarização devido 
ao influxo de cloro, e dessa maneira aumenta o limiar da célula, ou seja, precisa de um 
potencial muito maior para desencadear uma nova crise convulsiva. 
 
 Nas crises convulsivas é feito benzodiazepínico no paciente e não anticonvulsivante, porque a 
intenção é abrir o canal inicialmente, e isso é feito através da sensibilização de receptor com 
benzodiazepínico e posteriormente pode ser feito o anticonvulsivante para manter o canal 
aberto 
 Os receptores GABA A estão bastante localizados no cérebro, especificamente no tronco 
encefálico, via mesolimbica, via mesocortical e a intenção é sensibilizar os receptores com 
benzodiazepínicos na via mesolímbica, porém eles não são seletivos, e isso gera efeitos 
colaterais, principalmente a sedação, e o objetivo é usá-lo como ansiolítico, então é necessário 
que seja feito em baixas doses. 
 O zolpidem é uma droga indutora de sono (não é classificado como benzodiazepínico), ele se 
liga no receptor GABA A de uma via especifica, gerando menos efeitos colaterais e ajuda o 
paciente que tem insônia, mas esse tratamento pode gerar um efeito colateral secundário que 
é o efeito hipnótico. A indução ao sono não quer dizer que o paciente vá descansar ou que vá 
ter qualidade de sono, e os benzodiazepínicos indutores de sono são o alprazolam e lorazepam. 
 O efeito hipnótico dos benzodiazepínicos são responsáveis pela amnesia anterógrada, isso quer 
dizer que: a partir do momento que o paciente utiliza a medicação ele esquece de muitos 
fenômenos. 
 Os benzodiazepínicos têm uma ação de relaxante muscular, porém não são indicados para esse 
fim, exceto se o paciente tiver uma distrofia muscular ou tetanismo. 
 Efeitos colaterais: 
 Tolerância cruzada: 
 Um paciente que tem tolerância ao álcool e como os benzodiazepínicos agem no mesmo 
receptor, eles também vão ter tolerância aos benzodiazepínico. O tratamento para o 
alcoolismo envolve essa classe medicamentosa justamente por se ligarem nos mesmos 
receptores, mas à medida que o tempo vai passando esses receptores vão ficando tolerantes 
também a ligação dos benzodiazepínicos, através da dessensibilização, autodestruição ou 
da invaginação desses receptores. E a diminuição desses receptores, através desses 
mecanismos vão fazer com que o paciente precise de uma dose maior para alcançar o 
mesmo efeito. 
 Existe também a tolerância sem ser cruzada, que é quando o paciente faz uso continuo dessa 
medicação. 
 Toxicidade aguda: depressores dos sistemas respiratórios e cardiovascular quando em uso 
concomitante com o etanol. 
 Podem ocasionar sonolência, confusão e perda da coordenação. 
 FARMACOCINÉTICA 
 São absorvidos, distribuídos, metabolizados e excretados como qualquer droga 
 A absorção é mais eficiente se for oral ou venosa. Diazepam IM tem absorção errática 
 Meia vida: 
 
 Os benzodiazepínicos podem causar intoxicação, faz depressão do sistema nervoso central e 
pode entrar em coma. O uso dessas medicações com álcool predispõe ainda mais a intoxicação, 
ou seja, não se pode usar os 2 juntos. 
 O antídoto para a intoxicação é o FLUMAZENIL, é um antagonista competitivo de GABA A. Para 
anticonvulsivante esse antídoto não se resolve. 
 A distribuição dessa medicação, por serem lipofílicas, passam pela barreira hematoencefálica e 
pela barreira placentária. Gestantes e lactantes não podem usar. Para gestantes com quadro de 
ansiedade substituir por antidepressivos DUAL ou tricíclicos, que vão ter interferência tanto na 
serotonina quanto na noradrenalina. 
 Uso de benzodiazepínicos a longo prazo pode trazer um dimorfismo nos receptores, pode causar 
um déficit cognitivo que é mais comum em idosos. Então é uma classe não muito indicada para 
idosos, o menos ruim deles para pessoas mais velhas é o lorazepam que tem uma meia vida 
média não tão longa. 
Clonazepam 1 doa 
Diazepam 3 dias 
Bromazepam 
Alprazolam lib. Imediata 
Midazolam 
 Pacientes que fazem uso de benzodiazepínicos de forma descontrolada apresentam déficits 
cognitivo, dores difusas devido a diminuição davia descendente da dor, então o paciente fica 
mais sensível a dor. Pode apresentar também uma desregulação de receptores, fazendo com 
que o paciente tenha surtos psicóticos. 
 O uso de benzodiazepínicos não deve exceder o tempo de 8 meses, acima desse tempo o 
paciente pode começar a ter tolerância, e o zolpidem, idealmente, de 4 a 8 semanas. Se utilizar 
o zolpidem e não ter melhora no sono, provavelmente é uma insônia secundaria, então deve 
procurar a causa da insônia e tratar. 
 O desmame de um clonazepam (Rivotril) é feito através da inserção de um benzodiazepínico de 
ação longa, como o diazepam. Isso ocorre para que o paciente não tenha sensação de ansiedade 
durante o dia devido a retirada do clonazepam, então o diazepam em baixas doses é utilizado, 
e aos poucos ele também vai sendo retirado, ou seja, uma medicação de longa duração para o 
desmame de uma medicação de meia vida intermediaria. 
 Todos são metabolizados pelo fígado, alguns são indutores outros inibidores enzimáticos e são 
excretados via renal. 
 Então para pré-anestésico = curta duração (midazolam), tratamento de ansiedade = longa, 
indutor de sono = intermediário ou curta ação, espasticidade crônica = longa, síndrome de 
abstinência = longa. 
 
 Sintomas da abstinência de benzodiazepínico: ansiedade, irritação, insônia, dor de cabeça, 
efeitos no TGI, depressão 
 Outros ansiolíticos 
 Buspirona (Buspar®; Ansitec®) 
 Agonista parcial 5-HT1A, faz atividade inibitória 
 Não causa dependência e tolerância 
 Ausência de efeito sedativo 
 Não interage com o álcool 
 Flumazenil não é antídoto pra essa droga 
 Comercializado em comprimidos de 5 e 10mg, uso padrão de 15mg/dia de 8/8h 
 Dose máxima por dia é de 60mg 
 Uma opção de uso é quando se tem um paciente viciado em clonazepam (boa para o 
desmame) 
 Efeitos adversos: cefaleia, tontura, náuseas, tensão, excitação 
 Tratamento do TAG 
 É uma droga via oral, tem uma boa biodisponibilidade, tem pico plasmático de 1h30 
 O alimento pode retardar a absorção dessa droga 
 Se liga 95% a proteínas plasmáticas 
 Não apresenta bons resultados em transtorno do pânico 
 É contraindicada em pacientes que tem THB 1 e 2 (porque ele entra em mania), glaucoma, 
insuficiência hepática e renal

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