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Unidade I AVALIAÇÃO CLÍNICA E PSICOSSOCIAL EM ENFERMAGEM Profa. Gabriela Zinn Reflexões iniciais Enfermagem: arte e ciência do cuidado humano. Contextualização da disciplina Avaliação Clínica e Psicossocial em Enfermagem: Destacamos a sua inserção como prática social a partir de um processo de cuidar intencional e consciente. Fonte: Paola Munheiro - http://betaeq.com.br Reflexões iniciais “O que dá sentido à enfermagem como prática social é o ordenamento para o bom cuidado; a ordem e a organização são fulcrais no bem cuidar.” Fonte: ZOBOLI; SCHVEITZER, 2013, tela 7 Manter redes, serviços, equipes e processos de produção em saúde organizados é importante para diminuir o desgaste dos enfermeiros. A enfermagem tem a possibilidade de operar, de forma criativa e autônoma, nos diferentes níveis de inserção social, seja por meio da educação para a saúde ou na reabilitação da saúde dos indivíduos. Reflexões iniciais Esse processo de produção em saúde ocorre, em especial, no esforço pelo levantamento de situações críticas e pela intervenção sistematizada de um plano de cuidados, capaz de superar a fragmentação e assegurar a continuidade e a resolutividade do cuidado em saúde. O papel do enfermeiro é cada vez mais decisivo e proativo no que se refere à identificação das necessidades de cuidado da população que ocorre a partir da investigação contínua dos fatores de risco e bem-estar de pessoas / famílias / comunidades – mesmo na ausência de problemas. Reflexões iniciais O cuidado de enfermagem deve articular os elementos técnicos e éticos. Conjugar princípios e valores com competência técnica. É fundamental que os enfermeiros desenvolvam sensibilidade humana, manifestada no interesse, respeito, atenção, compreensão, consideração e afeto pelo outro. Fonte: ilustração/natividadefm.com - www.leouve.com.br Reflexões iniciais É necessário que haja engajamento político na transformação do que é incompatível com a dignidade do ser humano – em busca de eliminar as desigualdades e fomentar os elementos que qualificam a vida. Trabalhadores em saúde seguidores de rotinas – trabalho repetitivo com pouca possibilidade de criação. X Trabalhadores em saúde “analistas simbólicos” com visão global do que produzem, mantendo vivo o espaço de criação. Fonte: COREN, 2015 Reflexões iniciais Resolução COFEN 358/2009: processo de enfermagem: Implementação Coleta de dados de enfermagem Planejamento de enfermagem Diagnóstico de enfermagem Avaliação de enfermagem Reflexões iniciais A avaliação clínica e psicossocial converge para a etapa inicial do processo de enfermagem: A coleta de dados é um processo contínuo – o enfermeiro obtém dados subjetivos e objetivos de pessoas/famílias/comunidades a quem presta cuidado. Coleta de dados de enfermagem Reflexões iniciais Importância do raciocínio clínico: Raciocínio clínico é o processo de aplicação do conhecimento e da perícia junto a uma situação clínica para o desenvolvimento de uma proposta de solução. Fonte: COREN, 2015 O raciocínio clínico é elemento essencial em todas as ações e decisões assistenciais do enfermeiro. Para desenvolver o raciocínio analítico (conscientes e controlados), o raciocínio não analítico (inconscientes e automáticas) e o raciocínio clínico são necessárias estratégias de: Reflexões iniciais A efetividade do raciocínio clínico está relacionada com as habilidades cognitivas (operação mental) e metacognitivas (conhecimento das suas próprias operações mentais). Pensamento crítico: cognição – trabalho intelectual – aquisição de habilidades cognitivas (o que eu sei). Pensamento reflexivo: metacognição – nível de consciência existente pelo controle cognitivo e autocomunicação sobre experiências – aquisição de habilidades metacognitivas (o que eu penso e faço do que eu sei). Reflexões iniciais Pensamento crítico: pensamento sensato, lógico, reflexivo e autônomo que leva à atitude de investigação. “Uma prática baseada no pensamento crítico permite atos justificados” Fonte: COREN, 2015 Cumprimeto de preceitos éticos da profissão Modelo de desenvolvimento do pensamento de enfermeiros Fonte: JENSEN; CRUZ; TESORO; LOPES, 2014 Interatividade Considerando a inserção da disciplina Avaliação Clínica e Psicossocial em Enfermagem na dinâmica do processo de enfermagem, analise as afirmativas e assinale a alternativa correta: a) A avaliação clínica corresponde à fase de diagnóstico do processo de enfermagem. b) Pensamento crítico e pensamento reflexivo são sinônimos. c) O pensamento crítico sustenta os argumentos de uma prática justificada. d) O raciocínio analítico é inconsciente e o raciocínio não analítico é consciente. e) O engajamento político é dispensável para a coleta de dados. Promoção da saúde Considerando a relevância da promoção da saúde como prática de cuidado. Considerando, ainda, a necessidade de uma compreensão ampliada do ser humano em seus processos de produção (formas de trabalhar) e reprodução social (formas de viver) para uma avaliação integral do ser humano. Faremos uma breve reflexão acerca do conceito e dos desdobramentos da promoção da saúde. Promoção da saúde “A Política Nacional de Promoção da Saúde (PNPS) traz em sua base o conceito ampliado de saúde e o referencial teórico da promoção da saúde como um conjunto de estratégias e formas de produzir saúde, no âmbito individual e coletivo, caracterizando-se pela articulação e cooperação intra e intersetorial, pela formação da Rede de Atenção à Saúde (RAS), buscando articular suas ações com as demais redes de proteção social, com ampla participação e controle social.” (Art. 2º, da PNPS – Brasil, 2014) Promoção da saúde O eixo condutor conceitual de promoção da saúde: crítica à ênfase excessiva dada à tecnologia médica e à alteração de comportamentos individuais como soluções para os desafios enfrentados. Fonte: MAGALHÃES, 2016 A estrutura biomédica (centrada nos sintomas) não é capaz de modificar os condicionantes e os determinantes mais amplos desse processo. Fonte: Política Nacional de Promoção da Saúde – Brasil, 2010 Avaliação psicossocial Fenômenos subjetivos (fadiga, dor, depressão, qualidade de vida) eram considerados, no passado, sem possibilidade de mensuração. Atualmente, temos à disposição diversos instrumentos para esse tipo de avaliação. Resgate da complexidade do ser humano, historicamente submetido a uma avaliação objetiva e materialista, em conformidade com a racionalidade biomédica de compreensão do ser humano em seu aspecto orgânico e biológico. Avaliação psicossocial A saúde envolve aspectos de essência integradora, inter- relacional e multidimensional e permeia múltiplas dimensões do ser humano: biológicas, sociais, psicológicas, espirituais, dentre outras. Essas dimensões se inter-relacionam com o ambiente no qual as pessoas se encontram e que pode demandar o atendimento em saúde com foco no equilíbrio e na sustentabilidade. Fonte: CAPRA, 2002; ZAMBERLAN et al., 2013 Avaliação psicossocial Incluir ações ecossistêmicas no cotidiano de trabalho do enfermeiro envolve o atendimento integral ao ser humano, uma vez que tem a oportunidade de adotar ações que envolvem aspectos ambientais, ecológicos, físicos, psicológicos, sociais e espirituais; criando, desse modo, possibilidades de um cuidado integrativo e inter-relacional. Fonte: ZAMBERLAN et al., 2013 Avaliação psicossocial Modelo de determinação social da saúde proposto por Dahlgren e Whitehead. Fonte: DAHLGREN & WHITEHEAD, 1991 Modelo de organização ou sistema de indicadores chamado de Força Motriz Pressão Situação Exposição Efeito Ações (FPSEEA) Fonte: adaptado de Kyle et. al. (2006), Apud Sobral e Freitas (2010, p. 42) Avaliação psicossocial Tão importante quantoreconhecer a importância dos Determinantes Sociais da Saúde (DSS) e realizar um diagnóstico da situação a partir de indicadores, é executar uma abordagem que integre todos os indicadores aos âmbitos econômico, social, ambiental, institucional e de saúde; a partir de uma abordagem integrada para, assim, possibilitar um monitoramento sistemático das alterações das condições de vida e da situação de saúde da população. Fonte: SOBRAL; FREITAS, 2010 Incluir o paradigma holístico no processo de cuidar (contexto de humanização) vai ao encontro das prerrogativas do SUS, em especial, a da integralidade. Fonte: LEMOS et al, 2010 Para compreender a realidade (estudo de caso) Dona Nicota é viúva, tem 30 anos e mora em um cômodo e cozinha. Tem quatro filhos: Patrícia (4 anos), Paulinho (6 anos), Zeca (9 anos) e Fabiana (11 anos), e trabalha como faxineira diarista para sustentar a família. Dona Nicota, Zeca e Patrícia são diabéticos, e estão matriculados no posto de saúde do bairro. A ida de todos ao posto para consulta e outros exames é muito difícil por causa do horário de atendimento. Caso Dona Nicota falte ao trabalho, não receberá a remuneração do dia. Por causa dessa dificuldade, não conseguiu marcar consulta para Patrícia, que vinha se queixando de dor de dente há algum tempo. Para compreender a realidade (estudo de caso) Continuação... Como era “dente de leite” não se preocupou muito. Na sua ausência, quem cuida da casa e dos irmãos mais novos é Fabiana. Há quinze dias, Fabiana estava em casa com Paulinho e Patrícia, enquanto Zeca estava na escola. A menina mais uma vez começou a chorar com dor de dente. Fabiana, aflita, resolveu perguntar para vizinha o que fazer. Esta disse: “dê um copo de água com bastante açúcar para acalmar a pequena Patrícia”. Assim foi feito e, quando Dona Nicota chegou, Patrícia estava ainda com o dente doendo, mas passando muito mal. Para compreender a realidade (estudo de caso) Continuação... Os irmãos muito aflitos diziam “que não sabiam o que tinha acontecido, que não tinham feito nada de mal para a menina”. O posto de saúde não tinha médico e Dona Nicota procurou o pronto-socorro, onde Patrícia foi medicada. Um funcionário chamou sua atenção por “não cuidar do controle de diabetes de sua filha”. Dona Nicota, sem entender o porquê do comentário e cheia de dúvidas, voltou para casa levando Patrícia ainda se queixando de dor de dente. (Caso retirado do Manual de Educação em Saúde da Secretaria de Estado de Saúde de São Paulo, 2001) Diferentes formas de olhar para o caso apresentado 1ª possibilidade: a ingestão de açúcar foi a causa da ida ao pronto-socorro – visão biomédica. Falsa percepção de suas possibilidades de ação. Diferentes formas de olhar para o caso apresentado 2ª possibilidade: a ida ao pronto-socorro decorreu de várias causas (mãe trabalhar fora e deixar as crianças em casa sem a presença de um adulto que possa prevenir esse acidente; a mãe não pode ir ao posto de saúde, devido ao horário inadequado em relação ao seu trabalho e, com isso, não ter acesso à orientação sobre o perigo do açúcar) – todas as causas com o mesmo peso de importância e fora do alcance de resolução da área da saúde. Imobilismo, já que não há como resolver todos os problemas que envolvem questões sociais e econômicas. Diferentes formas de olhar para o caso apresentado 3ª possibilidade: a ida ao pronto-socorro decorreu de várias causas, entretanto, cada causa com diferentes pesos de importância. Existe uma investigação das prioridades de intervenção (ações educativas, reorganização do posto de saúde, treinamento dos profissionais de saúde; considerando, ainda, a dificuldade econômica da família, as condições de trabalho de Dona Nicota, a falta de creche, pré-escola...). Possibilidade de estabelecer prioridades para cada nível de resolutividade para atenuar o problema dessa família e de outras com problemas semelhantes e, assim, contribuir para uma melhoria nas condições de saúde. Diferentes formas de olhar para o caso apresentado Nessa 3ª possibilidade de caso, o grupo responsável pela intervenção consegue: identificar os pontos-chave do problema; encontrar estratégias de ação que viabilizam intervenções sucessivas e complementares; viabilizar um trabalho interinstitucional, com a participação de profissionais de saúde, usuários e grupos interessados. Nesse caso, pode haver confronto, conflito, pessimismo, otimismo, consenso, mas não imobilismo. Diferentes formas de olhar para o caso apresentado Visão tradicional – modelo biomédico X Visão ampliada – complexidade do ser humano (atitude técnica / ética / política) Interatividade Olhar o ser humano a partir de paradigmas distintos, tais como o biomédico e o da complexidade, implica em ações diferenciadas no cuidado humano. Assinale a alternativa correta: a) A visão ampliada do ser humano nos permite compreender os diferentes fatores determinantes do processo saúde-doença. b) O ser humano tem pouca autonomia em seu processo de fortalecimento dos fatores de proteção à saúde. c) A prática tradicional do cuidado à saúde corresponde ao paradigma da complexidade do ser humano, utilizada há muito tempo. d) A integralidade prevista no SUS é compatível com o modelo biomédico. e) Os Determinantes Sociais da Saúde estão fora do alcance de intervenção do enfermeiro. Consulta de enfermagem Conforme estabelecido pelo COFEN, na Resolução 358/2009, em seu artigo 1º, parágrafo 2º, quando o processo de enfermagem é desenvolvido em instituições prestadoras de serviços ambulatoriais de saúde, domicílios, escolas, associações comunitárias, dentre outros, é chamado de Consulta de Enfermagem (CE). As tecnologias são fundamentais para o trabalho do enfermeiro. Em especial na CE, o diálogo, como uma tecnologia, apresenta-se como elemento de destaque. Nesse cenário, a subjetividade do enfermeiro, bem como a do sujeito, se encontra e são fundamentais a criação e a consolidação de vínculo entre ambos. Fonte: DANTAS; SANTOS; TOURINHO, 2016 Consulta de enfermagem Na CE, ocorre o encontro entre profissional de saúde e usuário do serviço. Esse encontro pode conter a potência micropolítica de transformação. Transformação do profissional e do usuário na forma de conduzir suas ações. A potência do encontro dependerá: do vínculo estabelecido; da comunicação desenvolvida; da competência técnica, ética e estética estabelecida; dentre outros fatores... Consulta de enfermagem A consciência que o profissional enfermeiro deve ter em relação à sua responsabilidade nesse encontro com o outro terá impacto na qualificação ou não do serviço prestado e, principalmente, na vida que terá sido (ou não) cuidada naquele momento. As tecnologias e as ferramentas estão postas, cabe ao profissional a decisão de agir com compromisso e competência. Avaliação clínica Os procedimentos que subsidiam o exame clínico são: entrevista; inspeção; palpação; percussão; ausculta. Entrevista “O tratamento discursivo em relação ao outro potencializa a alteridade, pode revelar práticas projetivas para encontros com a identidade, seu reconhecimento enquanto guardiã das fortalezas e fragilidades do eu. Nesse sentido, a prática da anamnese com abordagem biopsicossocial, na atualidade, contribui para a melhoria da qualidade da prestação integral de cuidado e sua valorização deve ser evidenciada na formação médica.” Fonte: SOARES et al., 2016, p. 505 Entrevista Na atuação do enfermeiro, a entrevista configura-se como um instrumento fundamental e que demanda habilidades de comunicação para que seja efetivo. Ela ocorre no contato inicial com o indivíduo/família, entretanto os dados e as percepções levantados ocorrem durante todo o processo de cuidar. Fonte: BARROS,2016 Entrevista Dicas para a prática: Fale apenas o necessário – disponibilize mais tempo para ouvir. Evite conclusões precipitadas e rupturas no raciocínio do entrevistado. Evite interrompê-lo em suas colocações – “infelizmente nossa necessidade de falar é maior que a nossa capacidade de ouvir”. Ofereça respostas claras e adequadas aos questionamentos do entrevistado. Fonte: BARROS, 2016; ALVES, 2008 Reflexões Em nossas relações cotidianas, o quanto realmente nos silenciamos para ouvir o outro? Em nossa atuação profissional, para que possamos realmente ouvir ativamente o que o outro tem a nos dizer, de que forma podemos silenciar em um mundo de tantos barulhos e informações? Cuidados necessários durante a entrevista Atenção: Com as palavras e o corpo: apenas 7% dos pensamentos são expressos em palavras, 38% por sinais paralinguísticos (entonação, velocidade etc.) e 55% pelos sinais do corpo. Fonte: BIRDWHISTELL, 1970; EDWARDS & BRILHART, 1981 Com os valores. Com a imposição de autoridade “Relacionar-se não é sobrepor-se nem se subjulgar: é caminhar lado a lado”. Fonte: GAIARSA, 1995 Técnicas que facilitam o processo de comunicação verbal Expressão da mensagem: permanecer em silêncio; verbalizar aceitação; repetir as últimas palavras ditas; ouvir reflexivamente / escuta ativa; verbalizar interesse. Técnicas que facilitam o processo de comunicação verbal Clarificação da mensagem: estimular comparações; devolver as perguntas feitas; solicitar esclarecimentos. Validação da mensagem: Repetir a mensagem dita... Fases da entrevista Introdução: Apresentações. Contextualização da interação. Corpo da entrevista: O que devemos perguntar? / Utilizar ou não formulário de anotações? Fechamento da entrevista: Sinalizar e dar oportunidade para outras informações. Devolver a compreensão dos dados significativos. Esclarecer dúvidas. Objetivos da entrevista saber como o cliente está: condições físicas e psíquicas; situar como o cliente é: características gerais e hábitos; conhecer como o cliente percebe o processo saúde-doença: crenças e valores; identificar as demandas de cuidado: percebidas pelo paciente e pelo enfermeiro; identificar sinais e sintomas de alterações fisiológicas, emocionais, mentais, espirituais e sociais. Fatores que interferem na entrevista habilidades técnicas (qualidade da execução); conhecimento (capacidade de interpretar os dados e desenvolver o raciocínio clínico e psicossocial); crenças e valores; referencial teórico-filosófico adotado; habilidades interpessoais (comunicação verbal, não verbal e ambiente interno). Fatores que interferem na entrevista É necessário cuidado com o ambiente interno do enfermeiro e da pessoa que está sendo entrevistada. A ansiedade, a pressa, a preocupação que abala a concentração, certamente, trarão impacto no momento do encontro. É fundamental uma disponibilidade física e emocional para a qualificação da entrevista. Os cuidados com o ambiente externo compõem o processo de preparação para a entrevista. Favorecer a privacidade, evitar locais com interrupções no diálogo a ser estabelecido, cuidar da iluminação, da temperatura, de sons/silêncio, odores, posicionamento dos mobiliários, dentre outros cuidados, favorecerão a qualidade da entrevista. Fonte: BARROS, 2016 Interatividade Algumas técnicas facilitam o processo de comunicação verbal; nesse sentido, assinale a alternativa correta: a) O ambiente externo não influencia a interação na entrevista, apenas o interno. b) As comparações atrapalham a clarificação de uma determinada mensagem. c) A devolução de perguntas entre entrevistado e entrevistador dificulta o processo de comunicação. d) A escuta ativa implica em juntarmos os nossos muitos pensamentos com a mensagem que está sendo recebida. e) Durante a expressão de uma mensagem é importante verbalizar interesse sobre o assunto. Inspeção Sentido da visão Observamos: postura / estatura; movimentos corporais; nutrição; coloração... Fonte: http://meucerebro.com/ Inspeção Estática – observação dos contornos anatômicos. Dinâmica – observação dos movimentos de do local inspecionado. Cuidado especial com a iluminação local para a realização da inspeção. Processo contínuo – durante palpação, ausculta e percussão, o avaliador permanece realizando a inspeção. Atenção especial às expressões apresentadas pela pessoa que está sob avaliação. Fonte: BARROS, 2016 Palpação Sentido do tato Observamos: textura; espessura; consistência; sensibilidade; volume; frêmito; edema... estar com as mãos limpas; observar a temperatura adequada das mãos. Fonte: http://dois-rios.blogspot.com.br/ Palpação Mãos espalmadas Uma das mãos sobrepostas uma à outra. Utilização de apenas as polpas digitais e parte ventral dos dedos polegar e indicador em movimento de pinça. Utilização do dorso dos dedos e das mãos dígito-pressão – avaliação de dor, edema, circulação puntipressão (uso de objeto pontiagudo não cortante) – sensibilidade dolorosa fricção com algodão – sensibilidade tátil. Percussão Sentidos: tato + audição Percepção de vibrações e resistências. Fonte: http://nocaminhodaenfermagem.blogspot.com.br/ Percussão direta Percussão dígito-digital Percussão – sons obtidos Maciço: típico de regiões sem ar (como osso e fígado). O som transmite sensação de dureza e resistência. Recomenda-se treinar no tampo de uma mesa. Submaciço: característico de regiões com ar em pequena quantidade. Timpânico: comum em regiões que contêm ar e que são cobertas por membrana flexível, como o estômago. A sensação obtida é de elasticidade. Recomenda-se treinar em uma caixa vazia ou em um tambor. Claro pulmonar: especificamente resultante da percussão dos pulmões. Recomenda-se treinar em pedaços de isopor. Ausculta Sentido da audição Auscultamos com o uso do estetoscópio: sons pulmonares; sons cardíacos; sons dos vasos (veias e artérias); sons abdominais. O ambiente deve estar sem ruídos externos e o estetoscópio deve ser colocado diretamente na pele, sem roupa. Fechar os olhos auxilia a promover o bloqueio de demais estímulos sensoriais. Fonte: BARROS, 2016 Interatividade Referente às técnicas que utilizamos para realização do exame físico, assinale a alternativa correta: a) A realização da percussão corresponde ao uso apenas do sentido da audição. b) A inspeção é um processo estático, ocorre no momento em que observamos a pessoa a ser cuidada pela primeira vez. c) Para realização da ausculta, é necessária a utilização do estetoscópio para melhor acuidade auditiva. d) O som timpânico é emitido na percussão sobre regiões sólidas, tais como a região do fígado. e) Fechar os olhos durante a ausculta pode prejudicar o processo de avaliação. ATÉ A PRÓXIMA!
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