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Manejo da pastagem José Antonio A. Cutrim Junior Profº Departamento de Ensino cutrimjunior@ifma.edu.br São Luis – Maranhão Métodos de pastejo Instituto Federal do Maranhão Campus São Luis-Maracanã Curso: Agronomia Disciplina: Forragicultura e Pastagem Aula 08 – Morfofisiologia de plantas forrageiras • Quantidade x qualidade da forragem • Métodos de pastejo – Sistema de pastejo • Consumo pelo animal em pastejo • Suplementação animal a pasto • Pressão de pastejo e ajuste da taxa de lotação • Ganho por animal x ganho por área • Equilíbrio entre demanda e suprimento de alimentos 1. Aspectos importantes do manejo de pastagem Métodos de pastejoAula 11 – Manejo da pastagem Aula 08 – Morfofisiologia de plantas forrageiras Sistema de Pastejo Métodos de pastejoAula 11 – Manejo da pastagem Aula 08 – Morfofisiologia de plantas forrageiras Sistema de Pastejo Métodos de pastejoAula 11 – Manejo da pastagem Aula 08 – Morfofisiologia de plantas forrageiras Sistema de Pastejo Métodos de pastejoAula 11 – Manejo da pastagem Aula 08 – Morfofisiologia de plantas forrageiras Sistema de Pastejo Métodos de pastejoAula 11 – Manejo da pastagem Os recursos físicos definem a potencial produtivo dos recursos vegetais, os quais apontam as melhores alternativas para exploração dos recursos animais Proporcionar associação estável entre a base física e planta, para posteriormente considerar o animal Sistema de Pastejo Métodos de pastejoAula 11 – Manejo da pastagem Sistema de Pastejo Métodos de pastejoAula 11 – Manejo da pastagem Sistema de Pastejo Métodos de pastejoAula 11 – Manejo da pastagem Sistema de Pastejo Métodos de pastejoAula 11 – Manejo da pastagem Sistema de Pastejo Métodos de pastejoAula 11 – Manejo da pastagem Aula 08 – Morfofisiologia de plantas forrageiras • Lotação contínua • Lotação rotativa ▫ Convencional ▫ Alternada ▫ Pastejo em faixas ▫ Creep grazing ▫ Primeiro-último ▫ Pastejo diferido • Pastoreio rotatínuo 2. Métodos de pastejo Métodos de pastejoAula 11 – Manejo da pastagem • Definição ▫ O rebanho tem acesso à toda área da pastagem durante toda estação de crescimento Métodos de pastejoAula 11 – Manejo da pastagem Lotação contínua 2. Métodos de pastejo Métodos de pastejoAula 11 – Manejo da pastagem 2.1 Lotação contínua • Vantagens ▫ Menor investimento em infra-estrutura ▫ Menor requerimento de mão-de-obra para o manejo ▫ Maior capacidade de “auto-correção” do ecossistema Aceita mais erros • Desvantagens ▫ Menor produção de forragem ▫ Menor taxa de lotação ▫ Menor produção/área 2. Métodos de pastejo Métodos de pastejoAula 11 – Manejo da pastagem 2.1 Lotação contínua 2. Métodos de pastejo Métodos de pastejoAula 11 – Manejo da pastagem 2.1 Lotação contínua 2. Métodos de pastejo Métodos de pastejoAula 11 – Manejo da pastagem 2.1 Lotação contínua Ausência total de controle da estrutura do pasto, uma vez que não se ajusta a relação suprimento : demanda 2. Métodos de pastejo Métodos de pastejoAula 11 – Manejo da pastagem 2.1 Lotação contínua 2. Métodos de pastejo Métodos de pastejoAula 11 – Manejo da pastagem 2.1 Lotação contínua 2. Métodos de pastejo Métodos de pastejoAula 11 – Manejo da pastagem 2.1 Lotação contínua → Intensidade de desfolhação é função da meta de altura (ou Massa de forragem) previamente definida → Frequência de desfolhação não é controlada diretamente pelo manejador, uma vez que é função da taxa de lotação utilizada 2. Métodos de pastejo Métodos de pastejoAula 11 – Manejo da pastagem 2.1 Lotação contínua 2. Métodos de pastejo Métodos de pastejoAula 11 – Manejo da pastagem 2.1 Lotação contínua Necessidade de monitoramento frequente da condição do pasto Possibilidade de erro em grande parte da área de pastagem, uma vez que o número de pastos é reduzido Uso de aguadas naturais e reduzido investimento em cercas e carreadores relativamente a modalidades de lotação rotacionada Menor exigência em mão-de-obra para condução do rebanho 2. Métodos de pastejo Métodos de pastejoAula 11 – Manejo da pastagem 2.1 Lotação contínua 2. Métodos de pastejo Métodos de pastejoAula 11 – Manejo da pastagem 2.1 Lotação contínua 2. Métodos de pastejo Métodos de pastejoAula 11 – Manejo da pastagem 2.1 Lotação contínua • Creep grazing Métodos de pastejoAula 11 – Manejo da pastagem 3. Lotação rotativa Modalidade de lotação contínua • Creep grazing Métodos de pastejoAula 11 – Manejo da pastagem 3. Lotação rotativa Modalidade de lotação contínua • Definição ▫ O rebanho tem acesso a uma subdivisão da pastagem a cada momento, havendo momentos de pastejo e de descanso para cada uma das subdivisões • Vantagens ▫ Uniformidade de pastejo 2. Métodos de pastejo Métodos de pastejoAula 11 – Manejo da pastagem 2.2 Lotação rotativa Ilustração: Ribeiro (http://www.capritec.com.br/pdf/Pastagensparacaprinos.pdf) • Vantagens ▫ > taxa de crescimento do pasto (kg MS/ha x dia); ▫ > capacidade de suporte do pasto; ▫ > rendimento (produtividade) de produto animal/área com maior taxa de lotação 2. Métodos de pastejo Métodos de pastejoAula 11 – Manejo da pastagem 2.2 Lotação rotativa Método de pastejo Tx. Lotação Produção Produtividade vacas/ha kg leite/vaca x d kg leite/ha x d Lot. Contínua 5 10 50 Lot. Rotativa 5 11 55 Lot. Rotativa 6 10 60 Lot. Rotativa 7 7 49 Fonte: simulação Cândido, 2011 • Vantagens ▫ Melhor acompanhamento da condição da pastagem e do animal (mais fácil de enxergar possíveis erros); ▫ Distribuição mais uniforme dos excrementos; ▫ Permite pastejo com mais de um grupo de animais; ▫ Permite uma colheita do excesso de forragem com melhor qualidade para conservação 2. Métodos de pastejo Métodos de pastejoAula 11 – Manejo da pastagem 2.2 Lotação rotativa 2. Métodos de pastejo Métodos de pastejoAula 11 – Manejo da pastagem 2.2 Lotação rotativa O rebanho tem acesso a uma subdivisão da pastagem a cada momento, havendo períodos de pastejo e de descanso para cada uma das subdivisões 2. Métodos de pastejo Métodos de pastejoAula 11 – Manejo da pastagem 2.2 Lotação rotativa 2. Métodos de pastejo Métodos de pastejoAula 11 – Manejo da pastagem 2.2 Lotação rotativa 2. Métodos de pastejo Métodos de pastejoAula 11 – Manejo da pastagem 2.2 Lotação rotativa 2. Métodos de pastejo Métodos de pastejoAula 11 – Manejo da pastagem 2.2 Lotação rotativa 2. Métodos de pastejo Métodos de pastejoAula 11 – Manejo da pastagem 2.2 Lotação rotativa 2. Métodos de pastejo Métodos de pastejoAula 11 – Manejo da pastagem 2.2 Lotação rotativa 2. Métodos de pastejo Métodos de pastejoAula 11 – Manejo da pastagem 2.2 Lotação rotativa • Quanta mais se aumenta a taxa de lotação, até o limite da capacidade de suporte do pasto, mais se justifica o uso de lotações rotativas intensivas. 2. Métodos de pastejo Métodos de pastejoAula 11 – Manejo da pastagem 2.3 Lotação contínua x rotativa Figura - Relação entre ganho por animal e a taxa de lotação nos métodos de pastejo sob lotação contínua e rotativa (RIEWE, 1985). 2. Métodos de pastejo Métodos de pastejoAula 11 – Manejo da pastagem 2.3 Lotação contínua x rotativa 2. Métodos de pastejo Métodos de pastejoAula 11 – Manejo da pastagem 2.3 Lotação contínua x rotativa Métodos de pastejoAula 11 – Manejo da pastagem 3. Lotação rotativa Lotação contínua x rotativa • Conceitos importante ▫ Período de pastejo: tempo em que o pasto de um piquete é pastejado; ▫ Período de descanso: intervalo de tempo entre dois pastejos sucessivos num mesmo piquete; ▫ Ciclo de pastejo: tempo que o rebanho leva para dar um volta completa no sistema ou a soma dos períodos de pastejo em todos os piquetes Ex: 7 piquetes com período de pastejo de 4 dias 3. Lotação rotativa Métodos de pastejoAula 11 – Manejo da pastagem • Lotação rotativa alternada Métodos de pastejoAula 11 – Manejo da pastagem 3. Lotação rotativa 3.1 Modalidades de lotação rotativa • Lotação rotativaconvencional Métodos de pastejoAula 11 – Manejo da pastagem 3. Lotação rotativa 3.1 Modalidades de lotação rotativa • Pastejo em faixas Métodos de pastejoAula 11 – Manejo da pastagem 3. Lotação rotativa 3.1 Modalidades de lotação rotativa • Pastejo em faixas ▫ Ex: PD = 21 dias; PP = 1 dias CP = 22 dias Métodos de pastejoAula 11 – Manejo da pastagem 3. Lotação rotativa 3.1 Modalidades de lotação rotativa • Primeiro último ▫ Usa 2 ou mais grupos animais Métodos de pastejoAula 11 – Manejo da pastagem 3. Lotação rotativa 3.1 Modalidades de lotação rotativa Primeiro grupo: categoria de maior exigência Último grupo: categoria de menor exigência Métodos de pastejoAula 11 – Manejo da pastagem 3. Lotação rotativa 3.1 Modalidades de lotação rotativa Métodos de pastejoAula 11 – Manejo da pastagem 3. Lotação rotativa 3.1 Modalidades de lotação rotativa • Piquete para conservação de forragem Métodos de pastejoAula 11 – Manejo da pastagem 3. Lotação rotativa 3.1 Modalidades de lotação rotativa Feno, silagem, diferimento Pasto diferido pode ser chamado de feno-em-pé? • Escalonamento do pasto nos piquetes Métodos de pastejoAula 11 – Manejo da pastagem 3. Lotação rotativa 3.1 Modalidades de lotação rotativa (Foto: Casagrande, 2008). Métodos de pastejoAula 11 – Manejo da pastagem 3. Lotação rotativa 3.2 Manejo pela altura Métodos de pastejoAula 11 – Manejo da pastagem 3. Lotação rotativa 3.2 Manejo pela altura Métodos de pastejoAula 11 – Manejo da pastagem 3. Lotação rotativa 3.2 Manejo pela altura Métodos de pastejoAula 11 – Manejo da pastagem 3. Lotação rotativa 3.2 Manejo pela altura Métodos de pastejoAula 11 – Manejo da pastagem 3. Lotação rotativa 3.2 Manejo pela altura Métodos de pastejoAula 11 – Manejo da pastagem 3. Lotação rotativa 3.2 Manejo pela altura • Adubação (principalmente N) Métodos de pastejoAula 11 – Manejo da pastagem 4. Requisitos para o uso da lotação rotativa intensiva PP 3 2 3 4 5 6 7 81Piq. PD* 3 PD* 6 PD* 9 PD* 12 PD* 15 PD* 18 PD* 21 • Adubação (principalmente N) Dose: 600 kg N/ha x ano; PP = 3 dias; PD = 21 dias; CP = 24 dias; Uréia: 45% N PD* = período de descanso do primeiro piquete 365 dias/ano 24 dias/ciclo = 15,21 ciclos/ano 600 kg N/ha x ano 15,21 ciclos = 39,45 kg N/ha x ciclo 39,45 kg N/ha x ciclo ⎯⎯ 1,0 ha 4,93 kg N/piq x ciclo ⎯ 0,125 ha/piq 45 kg de N ⎯⎯ 100 kg de uréia 4,93 kg N/piq x ciclo ⎯→ 10,96 kg uréia/piq x ciclo Métodos de pastejoAula 11 – Manejo da pastagem 4. Requisitos para o uso da lotação rotativa intensiva Métodos de pastejoAula 11 – Manejo da pastagem 4. Requisitos para o uso da lotação rotativa intensiva • Condição climática ▫ Precipitação (irrigação) ▫ Luminosidade ▫ Temperatura • Espécie forrageira ▫ Elevada taxa de produção de forragem (kg MS/ha x dia) ▫ Resposta a irrigação e/ou adubação ▫ Elevado valor nutricional ▫ Tolerância a pastejos frequentes ▫ Elevado vigor de rebrotação ▫ Facilidade de estabelecimento e propagação Métodos de pastejoAula 11 – Manejo da pastagem 4. Requisitos para o uso da lotação rotativa intensiva • Espécie forrageira ▫ Bovinos Tanzânia, Mombaça, Tobiatã, Massai, Zuri, Quênia Coast-cross, Tifton, Estrela africana Braquiárias e Capim canarana ▫ Ovinos e caprinos Tanzânia, Aruana, Massai, Tamani, Zuri Coast-cross, Tifton, Estrela africana, Gramão Métodos de pastejoAula 11 – Manejo da pastagem 4. Requisitos para o uso da lotação rotativa intensiva • Conforto animal Métodos de pastejoAula 11 – Manejo da pastagem 4. Requisitos para o uso da lotação rotativa intensiva Árvores na área de descanso Centralização da área de descanso Foto: Cortesia de Cavalcante (2004) • Qualidade dos animais Métodos de pastejoAula 11 – Manejo da pastagem 4. Requisitos para o uso da lotação rotativa intensiva Morada NovaSomalis Brasileira Santa InêsDorper SPRD Théa M. M. Machado Rodrigo G. da Silva • Número de piquetes ▫ PD = Período de descanso ▫ PP = Período de pastejo/permanência ▫ NG = Número de grupos de animais Métodos de pastejoAula 11 – Manejo da pastagem 5. Dimensionamento de um módulo sob lotação rotativa NP = PD + NG PP Métodos de pastejoAula 11 – Manejo da pastagem 5. Dimensionamento de um módulo sob lotação rotativa Métodos de pastejoAula 11 – Manejo da pastagem 5. Dimensionamento de um módulo sob lotação rotativa Tabela - Períodos de descanso ou intervalo entre pastejos e altura de resíduo pós-pastejo das principais espécies de plantas forrageiras utilizadas no Brasil Fonte: Aguiar (1998). • Período de descanso ▫ Plantas Cynodon = 16 a 21 dias Panicum = 13 a 30 dias ▫ Animal PD para bovinos > PD para ovinos ▫ Objetivos Ganho por animal ou ganho por área ? • Período de ocupação ▫ Bovinos: até 7 dias ▫ Ovinos e Caprinos: até 5 dias ▫ Bovinos e Caprinos em lactação: 1 dia? Métodos de pastejoAula 11 – Manejo da pastagem 5. Dimensionamento de um módulo sob lotação rotativa • Exemplos ▫ Período de descanso = 35 dias ▫ Período de pastejo = 5 dias ▫ Núm. grupos de animais = 1 ▫ NP = ? NP = (35/5) + 1 NP = 8 piquetes Métodos de pastejoAula 11 – Manejo da pastagem 5. Dimensionamento de um módulo sob lotação rotativa PP 5 5 5 5 5 5 5 5 PD = 35 dias 2 3 4 5 6 7 81Piq. • Exemplos ▫ Per de descanso = 21 dias ▫ Per de pastejo = 3 dias ▫ Núm. grupos de animais = 1 ▫ NP = (21/3) + 1 = 8 piquetes ▫ Aumentando o Núm. grupos de animais para 2 8 = (PD/PP) +2 PD/PP = 6 Opções: PD = 18 dias e PP = 3 dias PD24 dias e PP = 4 dias Métodos de pastejoAula 11 – Manejo da pastagem 5. Dimensionamento de um módulo sob lotação rotativa PP 3 3 3 3 3 3 3 3 PD = 21 dias 2 3 4 5 6 7 81Piq. Métodos de pastejoAula 11 – Manejo da pastagem 6. Taxa de lotação x Densidade de lotação 5 d 5 0,5 anim/ha x d Figura – Efeito do aumento no número de subdivisões (piquetes) de uma pastagem sob lotação rotativa sobre a taxa de lotação e a densidade de lotação (simulação Cândido, 2011) Métodos de pastejoAula 11 – Manejo da pastagem 6. Taxa de lotação x Densidade de lotação Métodos de pastejoAula 11 – Manejo da pastagem 7. Pastoreio rotatínuo • Manejo que visa o máximo de consumo de forragem pelo animal • Características: ▫ Qualidade nutricional superior ▫ Alta velocidade de ingestão ▫ Maior seleção da dieta ▫ Maior taxa de rebrota ▫ Maior produção de forragem ▫ Economia de silagem e ração ▫ Menor uso de mão-de-obra e cerca Métodos de pastejoAula 11 – Manejo da pastagem 7. Pastoreio rotatínuo Métodos de pastejoAula 11 – Manejo da pastagem 7. Pastoreio rotatínuo Métodos de pastejoAula 11 – Manejo da pastagem 7. Pastoreio rotatínuo Métodos de pastejoAula 11 – Manejo da pastagem 7. Pastoreio rotatínuo Obrigado! José Antonio A. Cutrim Junior Profº Departamento de Ensino cutrimjunior@ifma.edu.br São Luis – Maranhão