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Universidade Veiga de Almeida (Cabo Frio) Aluna: Danielle Claudiano Lourenço Pereira Matrícula: 2019.130.1038 DISTURBIOS DA FUNÇÃO MOTORA O sistema nervoso é formado por vários órgãos, cuja função é captar estímulos do ambiente, interpretá-los e elaborar respostas específicas, voluntárias ou involuntárias. Em outras palavras, o sistema nervoso comanda as ações do organismo, como a respiração, os batimentos cardíacos ou a digestão de alimentos, entre outros. Quando os nervos motores conduzem a informação do SNC em direção aos músculos e às glândulas do corpo, levando as informações do SNC, existe a Função Motora. A função motora normal depende da transmissão de sinais do cérebro para o tronco cerebral ou a medula espinal por neurônios motores superiores e deles para o músculo esquelético por neurônios motores inferiores, quando isto não acontece, dizemos que a função está com danos que causam distúrbios. Os distúrbios da função motora são inúmeros, e por muitas vezes difíceis de serem descobertos pelos profissionais, por conterem diversos sintomas muito semelhantes entre um distúrbio e outro, valendo o profissional captar de cada paciente o histórico, através de uma anamnese, exames laboratoriais, exames de imagem, exames especiais como coleta de líquor (por exemplo) e eletroneuromiografia (em alguns casos), para que tenha um diagnóstico preciso. Baseando-se nos distúrbios, o transtorno da Junção neuromuscular, como por exemplo, a Miastenia Gravis, o sistema imunológico produz anticorpos que danificam os receptores musculares que recebem os sinais produzidos pelos nervos. O problema não ocorre na medula, mas nas fibras musculares que não conseguem se conectar as fibras nervosas devido a baixa de acetilcolina (neurotransmissor que é captado pelos receptores presentes no musculo, que estimula a contração muscular). De causa ainda desconhecida, a Miastenia Gravis, é uma doença que acomete o sistema imunológico que reage produzindo anticorpos contra os receptores de acetilcolina presentes nos músculos, podendo levar a destruição ou dano de até 80%, e tirando a capacidade do músculo para funcionar.Podendo ocorrer em ambos os sexos, pode ser transmitida para o bebê através dos anticorpos da placenta, quando uma mãe possui MG. Atraves de uma série de estudos, associam a MG com outras doenças auto-imunes, como a neuromielite óptica, doenças autoimunes da tiróide, lúpus eritematoso sistêmico e artrite reumatoide.A principal característica da MG, é um quadro de fadiga muscular limitado, com períodos de melhora e ora também com períodos de agravamento. O paciente passa a ter fraqueza a todo o momento que variam de gravidade ao longo do dia, ou através de exercícios físicos. Pode acometer os músculos dos olhos, face e pescoço, mais comum nos membros ou ate mesmo o sistema respiratório (mais grave). No ínicio, o paciente pode ser assintomático, levando a doença a piorar com o passar dos meses, e dentro de 3 anos podendo atingir o pico da doença em 80%. Para diagnóstico da doença, devem ser considerados o teste do gelo, teste do endrofônio e eletroneuromiografia.Para tratamento da doença, são utilizados imunossupressores, inibidores de colinesterase, tratamento de crise com imunoglobulina intravenosa e plasmaferese, remoção do timo. Transtornos de Neurônios Inferiores, como a AME_Atrofia Muscular Espinhal–é uma doença rara, degenerativa, sem cura, passada de pais para filhos geneticamente e que interfere na capacidade do corpo de produzir uma proteína essencial do gene SMN1 para a sobrevivência dos neurônios motores, responsáveis pelos gestos voluntários vitais simples do corpo, como respirar, engolir e se mover. 80% de causa genética e 20% de causas ambientais infeccionas e imunológicas. Varia do tipo 0 (antes do nascimento) ao 4 (segunda ou terceira década de vida), dependendo do grau de comprometimento dos músculos e da idade em que surgem os primeiros sintomas. Os primeiros sinais são perda do controle e força muscular, dificuldade de deglutição, respirar, segurar a cabeça. O tratamento é realizado através de medicamentos, alimentação especial e fisioterapia. Além da eletroneuromiografia, Universidade Veiga de Almeida (Cabo Frio) Aluna: Danielle Claudiano Lourenço Pereira Matrícula: 2019.130.1038 biopsia muscular a doença é mais confirmada através do teste genético molecular. O exame genético de pais antes da gestação é fundamental para se evitar a vinda de filhos com a doença. Ainda nos distúrbios da função motora, as Doenças Desmielinizantes, como Esclerose Múltipla (EM) é uma doença de origem autoimune, na qual a bainha de mielina, substância que recobre os nervos, é atacada pelos nossos próprios anticorpos. A produção inapropriada de anticorpos contra a bainha de mielina provoca inflamação e posterior destruição dos nervos, motivo pelo qual a esclerose múltipla é classificada como uma doença desmielinizante inflamatória imunomediada. Os neurônios centrais deixam de enviar e receber estímulos elétricos, pois as células nervosas do cérebro e da medula apresentam progressiva destruição das bainhas de mielina fazendo com que os axônios percam a capacidade de transportar impulsos elétricos. Não existe causa para a doença, mas estudos apontam que também pode estar relacionada alguma falha do sistema imunológico após algumas doenças virais como, por exemplo, a mononucleose (doença do beijo causada pelo vírus da Herpes, que é transmitido através principalmente da saliva, ou outros fatores como: tosse, espirro, objetos, como copos e talheres, ou qualquer outro modo no qual haja contato com a saliva de uma pessoa contaminada.) A esclerose múltipla e a síndrome de Guillain-Barré são doenças semelhantes, na medida em que ambas tem origem autoimune e ocorrem por ataques à bainha de mielina dos nervos. A diferença é que no Guillain-Barré os nervos acometidos são os do sistema nervoso periférico (nervos fora da medula), enquanto na esclerose múltipla são os nervos do sistema nervoso central (medula e cérebro) que sofrem desmielinização . Ocorre em maior frequência em homens brancos na idade dos 20 aos 40 anos. Pacientes portadores de tireoidite de Hashimoto,diabete mellitus tipo 1, ou doença de Crohn também apresentam maior risco de desenvolver EM.A doença é menos comum em áreas tropicais, onde a incidência solar anual é maior e a produção pela vitamina D é mais intensa (fator de proteção contra a EM). Sintomas diversos são considerados para diagnóstico da EM, são eles: vertigens e tonturas, sintomas sensoriais (formigamentos e dormências, principalmente nos membros, ocorrendo um lado do corpo de cada vez), neurite ótica ( dor aguda nos olhos que piora com o movimento ocular, perda visual em graus (visão dupla ou borrada), fenômeno de Lhermitte (sensação de choque elétrico que se irradia pela coluna vertebral, sintomas motores (tremores, alterações na marcha, diminuição de força muscular dos membros), incapacidade de controlar bexiga e os intestinos (incontinência fecal e urinaria, sendo os pacientes meramente assintomáticos na fase inicial). Embora sem cura, a EM, a sobrevida do paciente é de 30 a 40 anos. Pacientes que após 10 ou 15 anos que possuem pouca sequela possuem melhor qualidade de vida em maior tempo. A evolução começa por surto de inicio súbito, seguidos por recuperação completa ou parcial(com sequelas) e o paciente pode ficar anos sem os sinais, porem a doença permanece em progressão. Para diagnóstico, é necessário um histórico do paciente e uma serie de exames como ressonância magnética nuclear do sistema nervoso central, a análise do líquido cefalorraquidiano, obtido através da punção lombar, e o teste de potencial evocado, que consiste na avaliação da resposta do organismo a pequenos choques elétricos, que estimulam nervos peri féricos da visão ou dos músculos. Não existe tratamento para cura, e como se trata de umadoença de origem imunológica, o tratamento para a EM, é dividida em terapias durante a crise e remissão, são eles: corticoides, plasmaferese, re-infusão de células tronco do próprio paciente após quimioterapia para regenerar o sistema imunológico. Os transtornos musculares, como a Distrofia de Duchenne, doença hereditária (ligada ao cromossomo X) e degenerativa. Apesar de ser passada simultaneamente pelo pai e pela mãe, um a cada três casos da doença ocorre em decorrência de uma mutação genética. A distrofia muscular de Duchenne é uma das muitas formas existentes de distrofia muscular - e é, também, a que evolui mais rapidamente. Aproximadamente metade de todos os casos de distrofia muscular são do tipo Duchenne. Outros tipos de distrofia, como a distrofia muscular de Becker, pioram a um https://www.mdsaude.com/neurologia/sindrome-de-guillain-barre/ Universidade Veiga de Almeida (Cabo Frio) Aluna: Danielle Claudiano Lourenço Pereira Matrícula: 2019.130.1038 ritmo muito mais lento. A distrofia muscular de Duchenne é causada pela ausência de uma proteína essencial para os músculos. Sem essa proteína, o músculo vai degenerando progressivamente. A ausência dessa proteína é causada por um gene defeituoso, embora o problema também possa surgir a partir de uma mutação genética – sem necessidade, portanto, da hereditariedade.Testes enzimáticos, eletroneuromiografia, biopsia muscular, e testes genéticos são realizados para diagnóstico da doença, que te como principais sintomas: quedas, dificuldades em levantar de uma posição sentada ou deitada, dificuldade com habilidades motoras, andar cambaleante, grandes músculos na panturrilha, dificuldades de aprendizagem, fadiga, retardo mental e fraqueza que piora com o tempo. Somente pessoas do sexo masculino costumam desenvolver distrofia muscular de Duchenne. Sem cura o tratamento é realizado através de fisioterapia, hidroterapia e corticoides que ajudam a melhorar os processos inflamatórios do musculo. Mesmo com a tecnologia, bem avançada para descoberta de inúmeras doenças, as causas dos distúrbios da Função Motora ainda é bem questionado pelos profissionais de saúde que lutam diariamente em descobrir melhores diagnósticos para uma melhor qualidade de vida do paciente, sua autonomia, enquanto ainda são realizadas inúmeras pesquisas de cura para determinadas doenças neurológicas. Referencias Bibliograficas: SciELO - Brasil Os 9 TIPOS DE NEURÔNIOS: função e anatomia (psicologia-online.com) Como avaliar o sistema motor - Distúrbios neurológicos - Manuais MSD edição para profissionais (msdmanuals.com) Tipos de deficiência motora: conheça quais são - Essence Cuidados https://www.scielo.br/ https://br.psicologia-online.com/tipos-de-neuronios-funcao-e-anatomia-247.html https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/dist%C3%BArbios-neurol%C3%B3gicos/exame-neurol%C3%B3gico/como-avaliar-o-sistema-motor https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/dist%C3%BArbios-neurol%C3%B3gicos/exame-neurol%C3%B3gico/como-avaliar-o-sistema-motor https://essencecuidados.com.br/tipos-de-deficiencia-motora-conheca-quais-sao/
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