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Análise do Filme - O MÍNIMO PARA VIVER

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Prévia do material em texto

Isabela Garcia
Jonas Martins
Marcelo Tomaz
Nayara Dias
5° Ano - 10° Período
Análise do Filme “O MÍNIMO PARA VIVER”
BEBEDOURO – SP
2022
FICHA DE ANÁLISE DE FILME
Filme: O Mínimo para Viver (To the Bone)
Diretor: Marti Noxon
Roteirista: Marti Noxon
Duração: 1h 47min
Ano: 2017
Enredo: To the Bone (O mínimo para viver) conta a história de Ellen (personagem
vivida pela atriz Lily Collins), uma jovem de 20 anos que sofre e lida com distúrbio
alimentar, neste caso a anorexia. Tendo a perspectiva que não escaparia da doença
e não teria uma vida saudável e feliz, a personagem passa os dias sem esperança.
Contudo, quando a mesma encontra um psiquiatra que a desafia a enfrentar suas
condições e abraçar a vida, tudo pode mudar.
Síntese:
O filme “O mínimo para viver”, gira em torno de uma trama com cenas
fortes, e reais de pessoas que lidam com transtornos alimentares, sendo
Bulimia, compulsão alimentar e no caso da personagem principal, e de outras,
anorexia nervosa. Em tal enredo, Ellen, se destaca pela sua implacável luta
contra a anorexia, em que tem de enfrentar inúmeros desafios e atritos com os
familiares por causa da doença. Ellen, vivencia em seu cotidiano, preconceitos
em que a sociedade e até mesmo sua família, que expõe e também um medo
de perdê-la. Assim, sua madrasta a leva em uma consulta com um psiquiatra
renomado para tentar ajudá-la de alguma forma, em que a mesma após
conhecê-lo, fazer exames, o médico expõe a gravidade de sua situação, e que
ela teria de ficar internada para conseguir repor os nutrientes necessários para
que conseguisse viver de uma maneira saudável. A personagem, aceitou o
convite depois de relutar, se muda esporadicamente para uma casa de
reabilitação, na qual encontra outros companheiros que compartilham das
mesmas sensações que ela, relacionados a transtornos alimentares. Nesse
ambiente, Ellen passa por inúmeras situações boas e conturbadas, começa a
fazer parte da terapia em grupo,desenvolve um vínculo com os integrantes da
casa, e aprende a conviver e luta junto a eles. Ellen conhece um amigo nessa
casa em que a faz de alguma forma, observar por momentos de alegria e a
expressar seus pensamentos e sentimentos. Na trama, a personagem passa
muito tempo em conflito com si mesma, sem entender o motivo de estar viva e
querer viver, e enfrentar uma desesperança forte de que um dia possa ter uma
vida saudável e plena, e apesar de ter muita ajuda dos amigos e médicos,
passa por momentos turbulentos, em que decide sair da casa e passar um
tempo com sua mãe e a esposa, passando por descobertas e afetos não
vividos, e posterior a outros acontecimentos, Ellen tenta novamente com
esperança e confiança de que irá melhorar e conquistar uma vida feliz.
Destacar e comentar personagens centrais:
A trama gira em torno de Ellen, 20 anos de idade, que mora com a
família do pai (que é ausente na relação), sua irmã (Kelly) e sua madrasta
(Susan) e sofre de transtorno alimentar (anorexia) e também tem a presença
da mãe (Judy) e a namorada da mesma (Olive). Depois de várias tentativas de
tratamentos, Ellen vai para a clínica do Dr William Beckham, onde passa a
conviver com outros pacientes que sofrem do mesmo quadro de saúde. Ellen
dentro da casa convive com seis jovens (Megan - que no início da trama
espera um filho, mas que ao longo do filme acaba perdendo devido ao seu
estado de saúde, Margo, Kendra, Tracy, Pearl e Luke) que também sofrem do
mesmo quadro de saúde mas em seus diferentes aspectos. O personagem que
Ellen mais se aproxima na casa é Luke, jovem que tem a dança como objetivo
de vida mas que devido ao estado de saúde e a lesão sofrida no joelho não
consegue mais dançar. Outro personagem principal a se destacar é o Dr.
William, que apesar de não aparecer muito como os demais personagens é
essencial para o tratamento e desenrolar da história dos personagens e
principalmente de Ellen.
Argumento
Destacar e analisar valores e idéias
Ao longo do enredo, voltas a questões psicossomáticas, a
anorexia nervosa cuja seja um transtorno somático, em visão
psicanalítica, provavelmente, na primeira infância do bebê, em que era
necessário um vínculo fortificado e íntegro com o cuidador materno,
referente a amamentação, ao contato afetivo, fora fragilizado, obtendo
um vínculo fragmentado, na qual o cuidador em momentos essenciais de
cuidado, teve dificuldades e o vínculo fora negligenciado, e assim, o bebê
de alguma teve às necessidades e sensações que obteve daqueles
momentos,de ausências de cuidado, contato, relacionados ao seio, e sua
sobrevivência, perdendo momentos cruciais para o desenvolvimento da
criança ao longo do tempo, como se nenhum alimento ou nenhum objeto
fosse capaz de suprir a ausência de tudo o que não fora suprido para
sobreviver no início, obtendo uma fixação na fase oral, segundo termos
Freudianos. Assim, pode-se perceber ao longo do filme, que seus pais
nunca foram presentes emocionalmente e maioria das vezes nem de
forma presencial, demonstrando a falta de cuidado e negligência para
com ela. Elay tem inúmeras passagens e conflitos relacionados à
comida. Sua família, a pressiona para tal efeito, para que desperte nela
uma vontade de viver, em contrapartida, expõe diversos preconceitos e
atribui frases destrutivas a personagem como ” Você parece um
fantasma”, “ Porque é tão difícil você comer? É só comer”, “ Mais um
pouco você vai sumir”, despertando em Elay, sentimentos de
insegurança, baixa autoestima, desesperança quanto a sua doença,
além do que já sente. Dessa forma, em especial a madrasta, tenta em
termos leigos, fazer com que a personagem sinta vontade de comer algo,
como em uma cena, em que faz um bolo em formato de hambúrguer com
uma frase especialmente para ela, com o intuito de provocar tal
comportamento. Outra parte importante, é as cenas em que a família
tenta se reunir para uma terapia familiar com o médico, para que o
mesmo possa compreender aquela dinâmica familiar e tentar auxiliá-la, e
ao longo da sessão, fora notado pelo doutor, que os membros tinham
comportamentos egoístas, preocupações com eles mesmos e todo
desconforto que Elay causava na vida de cada um, aos invés de se
preocupar de fato, com ela para além de sua doença. Em várias cenas
do filme, Ellen/Elay, tenta sublimar todas suas questões emocionais em
formas de comportamentos como os abdominais, corridas, quando se
sente invadida, ou nervosa com situações que muitas das vezes não
consegue encontrar uma maneira de lidar. Elay, em uma das cenas do
filme, demonstra uma ação em uma situação com seus parceiro da casa
Luke, onde ambos discutem e Elay vai para seu quarto e começa a
praticar inúmeras abdominais, comportamento utilizado para perder peso
da personagem, contudo nessa situação é notado que a ação é realizada
no intuito de aliviar seus sentimentos negativos, sendo assim Elay
somatiza sua discussão, projetando suas emoções em respostas
motoras. Em muitas passagens, a personagem demonstra desinteresse
na vida saudável e feliz,e com ajuda dos amigos, aos poucos foram
provocando reflexões na mesma. Um momento crucial, é quando a
mesma retorna a conversa com o psiquiatra em sua sala, ao qual ele
atribui e diz coisas referentes a doença e como ela se sente, e assim, a
mesma se sente encurralada e ofendida de alguma forma, decidindo sair
da casa de reabilitação e ir passar um tempo com sua mãe. Neste lugar,
Ellen e sua mãe se aproximam, conversam sobre sentimentos, onde sua
mãe revela que teve depressão pós parto, e que não se achava digna de
cuidar de um bebê, onde essa última, propõe a filha, que tivesse um
momento entre as duas de mãe e bebê, referente a amamentação, na
qual em que Judy (mãe), trata Ellen como um bebê, dando leite de arroz,
e ninando a filha. Nessa parte, em especial, pela visão psicanalítica
Winnicottiana, esse momento de mãe e bebê, despertou momentos em
Elay que ela não tivera em sua infância, e assim, suprir os sentimentos
de negligência, e de algumaforma, se sentir cuidada e amada, como
uma mãe suficientemente boa, que nutri e supri as necessidades da filha,
se adequa a suas questões e não ao contrário. Posterior a isso, Ellen sai
à noite caminhando pelos lugares perto da casa onde sua mãe mora, e
passa a andar somente com a luz da lua, como se algo tivesse
despertado em seu interior, iluminado de alguma forma. E por fim, uns
dos momentos mais cruciais do filme, é o que ela sonha com uma vida
plena, saudável e feliz, em que ela e Luke( amigo da reabilitação por
quem nutria uma feição), estavam conversando em cima de uma árvore
viva, cheia e saudável, assim como a personagem, e em um dado
momento, olha para o chão, e vê seu corpo atual, desnutrido quase a
beira da morte, na qual consegue ter um despertar para a vida. Contudo,
quando acorda, está deitada no chão em cima de uma rocha a luz do sol,
e sente grata por ainda permanecer viva, em que ela agradece sua
madrasta pelas diversas tentativas, a irmã (pessoa que mais tem
vínculo), e decide voltar para a reabilitação com seus amigos, sendo
recebida pelo doutor e seu amigo Luke, sentindo esperança, relatando
para a família de que ela conseguirá melhorar, e que vai ficar bem.
Destacar frases representativas
1. “A culpa é da sociedade. O mundo é tão injusto.”
2. “A ideia de que pode se sentir segura é infantil e covarde. Ela te impede
de ter experiências, mesmo as boas.”
3. “As coisas nem sempre fazem sentido.”
4. “As pessoas dizem que te amam, mas o que querem dizer é que amam
como se sentem por te amar. Ou amam o que podem tirar de você.”
5. “Coisas ruins vão acontecer. Não dá para evitar. O que importa é como
lidamos com isso.”
6. “Fique bem. Mas não bem demais. Não perfeita.”
7. “Eu não me sinto doente, sabe? Não dizem que é melhor ser magra?
Vou viver mais que os outros."
8. “Pare de esperar que a vida seja fácil. Pare de esperar por alguém que
te salve. Você não precisa de mais alguém mentindo para você…”
Analisar as mensagens definidas ao longo do filme
(Mínimo 20 linhas)
Dentre as diversas mensagens introduzidas ao decorrer do longa
metragem, torna-se válido destacar aqui, algumas, que colaboram para o
entendimento do arco e também para o entendimento da sua proposta
reflexiva. Primordialmente, temos a doença, ela é "responsável" pela história
existir e, se apresenta como o eixo fundamental desta narrativa ao retratar a
perspectiva da anorexia; nessa visão não se é expresso somente o corpo
abatido e a organização familiar desarranjada, o filme ressalta também, a
perda da subjetividade, a morte de sonhos e a castração de vontades; nesse
óptica implementada no filme, é possível notar muito mais que o fim de uma
existência, pois em razão da anorexia o sujeito fica aprisionado em si,
igualmente a uma penitenciária, enquanto carrega o fardo do decaimento físico
e observa sua subjetividade e sonhos se esvaindo sem poder alcançá los.
Além disso, em contraponto com tal aspecto "mortífero", temos continuamente
presente a noção da vida, da esperança, das sensações e dos motivos pelos
quais viver, tais noções são representadas, assertivamente, pelo personagem
luke; temos nele a mensagem de que uma rede de apoio é necessária; que
investir em si é quase que introduzir vida intravenosa nos corpos adoecidos, é
a representação do querer viver e estar bem para resgatar a subjetividade
perdida e alcançar os sonhos que estavam distantes.Por fim, temos o
terapeuta; atuando com uma proposta isenta de frases prontas ou qualquer
protocolo para fazer o paciente se sentir bem independente de qualquer coisa,
trazendo para o jogo a realidade crua; a noção de que durante nossa existência
nem sempre teremos respostas para nossas perguntas, de que essa noção da
ignorância, do não saber, é algo que nos assusta, ao mesmo tempo, que se é
também o nosso ponto de crescimento, ressalta a ideia de que o processo
deve ser vivenciado para que possamos descobrimos nossas respostas para
nossas perguntas, ou até mesmo entender de que a vida acontece independe
de regras e justificativas.
Análise pessoal
O filme, como um todo, é bom. Pois o mesmo, como já dito
anteriormente, não se restringe aos danos físicos da personagem principal (em
especial), ele vai muito além nessa conversa, representando a morte
(simbólica) da identidade do sujeito durante o processo de enfrentamento à
doença e como todo esse processo ocorre de uma forma não muito agradável.
Além disso, o aspecto da psicossomatização também foi outro elemento bem
desenvolvido na narrativa, pois novamente, o assunto se é aprofundado; a
doença não se é tratada somente por meio do superficial, do observável, pois,
igualmente a uma análise, o filme pouco a pouco vai introduzindo o público a
história de vida da personagem, exemplificando que a doença e os
comportamentos observáveis não são uma “frescura”, falta de Deus ou até
mesmo uma certa falta de vontade da pessoa anoréxica, mas que todo o
aspecto observado se é justificado por questões anteriores, até então
encobertas ou desconhecidas. Ademais, ainda há espaço para mencionar a
respeito da técnica utilizada pelo psiquiatra, visto que é muito comum ter uma
visão medicamentosa a respeito deste, entretanto o Dr. William executa um
método não convencional para auxiliar seus pacientes, além de se inserir na
rotina dos mesmos, acompanhando seu processo de evolução como um
membro da casa. Por fim, o filme é uma boa recomendação para qualquer tipo
de público, em especial, para aqueles como já fomos algum dia ou como
tentamos deixar de ser com o passar do tempo, que em casos como esse, por
uma certa ignorância ou até mesmo repetição de repertório, rótula os sujeitos
em razão do "observável", sem sequer imaginar quais são os fundamentos que
levaram o indivíduo a estar naquela posição que observamos.

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