Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP RELATÓRIO DE AULAS PRÁTICAS CURSO: Fisioterapia DISCIPLINA: Cinesiologia NOME: Alexandre Marinho Pereira RA: 0413457 POLO: Praia grande DATA: 25/05/2022 e 04/06/2022 2 TÍTULO DO ROTEIRO: Relatório aulas práticas Cinesiologia INTRODUÇÃO: Nas aulas práticas, foram realizados dois encontros, no dia 25 de maio e 04 de junho de 2022, foi realizado em duplas os movimentos de palpação dos ossos e músculos onde aprendemos elaborar um plano de ação na hora do atendimento. A cinesiologia é a ciência que tem como enfoque a análise dos movimentos. De forma mais específica, estuda os movimentos do corpo humano. O nome Cinesiologia vem do grego kínesis = movimento + logos = tratado, estudo. A finalidade da Cinesiologia é compreender as forças que atuam sobre um objeto ou o corpo humano e manipular estas forças em procedimentos de tratamento tais que o desempenho humano possa ser melhorado e lesão adicional possa ser prevenida. RESULTADOS E DISCUSSÃO: AULA: 1 ROTEIRO: 1 Articulação do ombro: As articulações do ombro são consideradas uma das mais importantes dos membros superiores, pois elas permitem movimentos de grande amplitude. O ombro consiste na ligação entre o braço e a escápula que, por sua vez, é formada pelas articulações e por um conjunto de músculos e ligamentos que ajudam na fixação e movimentação do braço. O Complexo Funcional do Ombro é formado com cinco articulações: Três Articulações Verdadeiras: Esternoclavicular Acromioclavicular Glenoumeral 3 Duas Articulações Falsas Subdeltoidea Escapulotorácica Articulação esternoclavicular: Na anatomia do ombro o único ponto de fixação esquelética do membro superior ao tronco ocorre na articulação esternoclavicular. Nessa articulação a clavícula está unida ao manúbrio do esterno. A clavícula tem quatro funções: serve como local de inserção muscular, proporciona uma barreira para a proteção das estruturas subjacentes, atua como suporte para estabilizar o ombro e prevenir o deslocamento medial quando os músculos contraem e previne a migração inferior do cíngulo do membro superior. Essa articulação é do tipo sinovial deslizante e possui um disco fibrocartilaginoso. Ela é reforçada por três ligamentos: interclavicular, costoclavicular e esternoclavicular, sendo que o ligamento costoclavicular é a principal sustentação para a articulação. Articulação possui um reforço e apoio muscular, como o curto e o potente subclávio. Além disso existe uma forte cápsula articular que contribui para dar à articulação poder de recuperação para casos de luxação ou ruptura. Os movimentos da clavícula na articulação esternoclavicular ocorrem em três direções, resultando uma articulação de movimento em 3 graus de liberdade. A clavícula (Figura 1), pode se movimentar nos sentidos superior e inferior em movimentos conhecidos como elevação e depressão, respectivamente. A clavícula também pode se movimentar nos sentidos anterior e posterior, chamas de protração e retração, respectivamente. A clavícula pode ainda realizar rotação anterior e posterior ao longo do seu eixo longitudinal. Figura: 1 – Articulação esternoclavicular Fonte: Netter (2011) 4 Articulação acromioclavicular: É aquela entre a região distal da clavícula e um processo ósseo da escápula chamado acrômio. É uma articulação incongruente, isto é, as superfícies de cartilagem dos dois ossos que compõem esta articulação não têm um encaixe perfeito (Figura 2). Esta articulação é estabilizada por ligamentos entre a clavícula e o acrômio pelos ligamentos trapezoide e conóide, que estão entre a clavícula e o processo coracóide da escápula. Figura: 2 – Articulação acromioclavicular Fonte: Netter (2011) Articulação glenoumeral: É também conhecida como articulação do ombro, é uma articulação sinovial que une o membro superior ao esqueleto axial. É uma articulação do tipo esferoidal, também conhecida como articulação em bola-e-soquete, formada pela fossa glenoide da escápula (gleno-) e pela cabeça do úmero (-umeral). Ao participar da cintura escapular, a articulação glenoumeral ( Figura 3),permite uma ampla gama de movimentos no membro superior: flexão, extensão, abdução, adução, rotação interna e externa e circundução. Na verdade, essa é a articulação mais móvel do corpo humano. Sua ampla gama de movimentos, entretanto, é responsável por uma menor estabilidade, já que as superfícies ósseas apresentam pequena área de contato. Os músculos e estruturas ligamentares da região do ombro fornecem estabilidade para a articulação. Esse grupo de estruturas inclui a cápsula articular, os ligamentos e os tendões dos músculos do manguito rotador. Devido a essas https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/tipos-de-articulacoes-artrologia https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/anatomia-do-membro-superior https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/escapula https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/umero https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/musculos-e-movimentos-dos-membros-superiores https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/anatomia-do-braco-e-do-ombro https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/coifa-dos-rotadores-manguito-rotador 5 características de alta mobilidade e alta instabilidade, a articulação do ombro é uma das articulações mais frequentemente lesadas no corpo. Figura: 3 – Articulação glenoumeral Fonte: Kenhub (2022) A articulação subdeltoidea: Não se trata de uma articulação do ponto de vista estritamente anatômico, mas sim fisiológico, devido ao fato de ser composta por duas superfícies que deslizam uma sobre a outra: a extremidade superior do úmero e a bainha dos músculos periarticulares (supraespinhal, infraespinal, redondo menor) (Figura 4). Está mecanicamente unida à articulação escapuloumeral (glenoumeral), pois qualquer movimento nesta articulação a afeta. Figura: 4 – Vista anterior da articulação subdeltoidea Fonte: Netter (2011) 6 Articulação escapulotorácica: Está ligada ao tórax por meio da articulação escapulotorácica. Trata-se da região entre a escápula e a parede torácica, podendo a escápula se movimentar tanto no plano sagital quanto no frontal em relação ao tronco. Essa não é uma articulação típica que liga osso com osso e por não apresentar contato íntimo de superfícies anatômicas, se classifica como uma articulação fisiológica, com estruturas neurovasculares, musculares e bursais que permitem o movimento da escápula no tórax (Figura 5). Figura: 5 – Vista anterior da articulação escapulotorácica Fonte: Netter (2011) Flexão e Extensão: Os movimentos de flexão-extensão (Figura 6), se realizam no plano sagital, ao redor do eixo frontal. No movimento de flexão o membro superior se desloca anterior e superiormente junto ao tórax. A extensão compreende a volta do membro superior de qualquer ponto da flexão para a posição original, podendo estender-se por deslocamento posterior, junto ao tronco A flexão é um movimento de grande amplitude, podendo ser realizada até os 180° a partir da posição anatômica. Os principais flexores da articulação glenoumeral são a porção clavicular do músculo deltóide e a porção clavicular do peitoral maior, tendo como acessórios o músculo coracobraquial e a cabeça curta do bíceps braquial A extensão apresenta escassa amplitude: 45° a 50°. É realizada pelo músculo latíssimo do dorso, pela porção esternocostal do peitoral maior e pelo músculo 7 redondo maior, auxiliados pela porção espinal do deltóide e pela cabeça longa do tríceps braquial.Figura: 6 – Movimentos de flexão-extensão. Fonte: Kenhub (2007) ADUÇÃO-ABDUÇÃO: Os movimentos de adução-abdução (Figura 7), ocorrem no plano frontal, ao redor do eixo sagital. A adução feita a partir da posição anatômica no plano frontal é mecanicamente impossível devido à presença do tronco. Para que esta seja possível, é necessária uma leve flexão, podendo a adução alcançar 30 a 45°; ou uma extensão, resultando em uma discreta adução. Os principais adutores da articulação do ombro são a porção esternocostal do peitoral maior, o músculo latíssimo do dorso e o músculo redondo maior. Tal movimento é auxiliado pela cabeça curta do músculo bíceps braquial e pela cabeça longa do tríceps braquial. Já os músculos coracobraquial e subescapular são acessórios quando o braço está acima da horizontal, parecendo agir como fixadores, impedindo o deslocamento da cabeça do úmero. Figura: 7 – Movimento de adução Fonte: Kenhub (2007) 8 A abdução afasta o membro superior do tronco e alcança os 180°. Do ponto de vista das ações musculares e do jogo articular, a abdução, a partir da posição anatômica, passa por três fases. A primeira, de 0° a 60°, é unicamente realizada na articulação glenoumeral. A segunda fase, de 60° a 120°, necessita da participação da articulação escapulotorácica. A fase três, de 120° a 180°, utiliza além das articulações glenoumeral e escapulotorácica, a inclinação do lado oposto do ombro. É importante observar que a abdução pura, unicamente no plano frontal, é um movimento pouco comum. A abdução (Figura 8), mais natural está conjugada a uma flexão, determinando um plano de movimento de 30° em sentido anterior em relação ao plano frontal, que nada mais é que o plano da escápula. É interessante notar que a abdução a partir dos 90° aproxima o membro superior ao plano sagital do corpo. Figura: 8 – Movimento de abdução Fonte: Kenhub (2007) ROTAÇÃO INTERNA-EXTERNA: Rotação interna ou medial é a rotação do úmero em torno de seu eixo maior, com sua face anterior se movendo medialmente. A rotação externa ou lateral é o oposto, com a face anterior do úmero se deslocando lateralmente (Figura 9). O movimento de rotação ocorre no plano transverso, ao redor do eixo longitudinal. 9 Figura: 9 – Movimentos de rotação externa-interna (lateral-medial) Fonte: Kenhub (2007) Diferentemente dos movimentos apresentados, a posição inicial para analisar as rotações, interna e externa, não é a posição anatômica. O cotovelo deve estar necessariamente flexionado a 90°, de maneira que o antebraço esteja no plano sagital. Caso contrário, à amplitude dos movimentos de rotação interna/externa do braço se somaria à dos movimentos de pronação-supinação do antebraço A amplitude da rotação interna é de 30° e os principais músculos responsáveis por tal movimento são os músculos subescapular e redondo maior, auxiliados pela porção clavicular e esternocostal do peitoral maior, latíssimo do dorso, porção clavicular do deltóide, cabeça curta do bíceps braquial e coracobraquial. A amplitude da rotação externa é de 80°, jamais alcançando os 90° e os principais rotadores externos são os músculos infraespinal e o redondo menor, sendo auxiliado pela porção espinal do deltóide. ARTICULAÇÃO DO COTOVELO E DO ANTEBRAÇO: O cotovelo humano é formado pela articulação entre os ossos do braço e antebraço. Tal articulação é do tipo gínglimo (sinovial), cujo funcionamento assemelha-se ao de uma dobradiça. Tal característica anatômica permite que o braço realize movimentos de extensão e flexão. Entretanto, também é capaz de realizar movimentos rotacionais. A região do membro superior que se estende do punho até a articulação do cotovelo é chamada de antebraço (Figura 10). O antebraço ajuda o ombro e o braço na aplicação de força e no posicionamento preciso da mão no espaço, com a ajuda do cotovelo e das articulações radioulnares. https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/anatomia-do-membro-superior https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/anatomia-do-braco-e-do-ombro https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/anatomia-da-mao 10 Figura: 10 – Articulação do cotovelo Fonte: Anatomiaemfoco (2018) Articulação troclear: É a articulação proveniente da união dos ossos úmero e ulna. Do tipo sinovial, é a responsável pelos movimentos do tipo gínglimo, já descritos anteriormente, realizando movimentos de flexão e extensão (Figura 11). Úmero-radial: Assim como a troclear, é também uma articulação sinovial. É proveniente da união entre os ossos úmero (através do capítulo) e rádio. É responsável pelos movimentos de supinação e pronação. Rádio-ulnar proximal: É a articulação que proporciona os movimentos de rotação do cotovelo. É formada pela união dos ossos rádio (pela cabaça dele) e ulna. Flexão: É o movimento de dobradiça, e acontece quando o ângulo de abertura é reduzido. Por exemplo: quando o pulso vai de encontro com o ombro. Extensão: É o mesmo movimento dobradiça da flexão, entretanto, em sentido contrário: quando o pulso se movimenta em sentido oposto ao ombro; Supinação e pronação: Os movimentos de supinação e pronação do cotovelo acontece da seguinte maneira: imagine seu braço esticado para frente, num movimento semelhante ao limite da extensão, com a palma da mão apontada para o chão. Agora tente rotacionar seu braço para que a palma da mão fique apontada para cima. Esses movimentos rotacionais são os chamados supinação (quando o movimento rotacional é realizado para o sentido externo do tronco) e pronação (quando a rotação vai no sentido interno ao tronco). 11 Figura: 11 – Movimentos de flexão, extensão, supinação e pronação Fonte: Anatomiemfoco (2018) Articulação do punho e da mão: As articulações do punho e da mão são: Rádio-ulnar distal, Rádiocárpica, Carpometacarpiana, Metacarpofalangiana, Interfalângicas. Elas permitem movimentos de adução, abdução, flexão, extensão e deslizamento. Em conjunto, são responsáveis pela movimentação do punho e dos dedos. A articulação rádio-ulnar distal é uma juntura trocoide formada entre a cabeça da ulna e a incisura ulnar da extremidade inferior do rádio. É unida pela cápsula articular e pelo disco articular. Cápsula Articular – É constituída de feixes de fibras inseridas nas margens da incisura ulnar e na cabeça da ulna. Apresenta dois espessamentos denominados Ligamento Radioulnar Ventral e Ligamento Radioulnar Dorsal. Disco Articular – Tem forma triangular e está colocado transversalmente sob a cabeça da ulna, unindo firmemente as extremidades inferiores da ulna e do rádio. A articulação rádio-cárpica (sindesmose) é uma juntura condilar. É formada pela extremidade distal do rádio e a face distal do disco articular com os ossos escafoide, semilunar e piramidal. A articulação rádio-cárpica é formada pelos seguintes ligamentos: Ligamento Radiocárpico Dorsal – É menos espesso e resistente que o palmar (Figura 12). Sua inserção proximal é na borda posterior da extremidade distal do rádio. Suas fibras são dirigidas obliquamente no sentido distal e ulnar e fixam-se nos ossos escafoide, semilunar e piramidal. 12 Ligamento Radiocárpico Palmar – É um largo feixe membranoso inserido na margem anterior da extremidade distal do rádio, no seu processo estiloide e na face palmar da extremidade distal da ulna. Suas fibras se dirigem distalmente para inserir- se nos ossos escafoide, semilunar e piramidal (Figura 13). Ligamento Colateral Ulnar – É um cordão arredondado inserido proximalmente na extremidade do processo estiloide da ulna e distalmente nos ossos piramidal e pisiforme. Ligamento Colateral Radial – Estende-se do ápicedo processo estiloide do rádio para o lado radial do escafoide. Distalmente às articulações estudadas acima, encontramos ainda as articulações intercárpicas, carpometacárpicas, intermetacárpicas, metacarpofalangianas e interfalangeanas. Figura: 12 – Vista dorsal das estruturas articulares do punho Fonte: Netter (2011) 13 Figura: 13 – Vista palmar das estruturas articulares do punho Fonte: Netter (2011) Os ossos da mão podem ser divididos em três partes: a) Oito ossos, dispostos em duas fileiras, proximal e distal, que constituem os carpos. b) O esqueleto da mão propriamente dita é formado por cinco ossos que constituem os metacarpos. c) O esqueleto dos dedos, representado pelas falanges, proximais, médias e distais (Figura 14). 14 Figura: 14 – Divisão dos ossos da mão Fonte: Todamateria (2015) Carpos Os oito ossos que o constituem estão articulados entre si e são mantidos em posição por fortes ligamentos. Dispõem-se em duas fileiras, proximal e distal. Na fileira proximal estão: Escafóide, semilunar, piramidal e pisiforme. Na fileira distal estão: Trapézio, trapezóide, capitato e hamato ou unciforme (Figura 15). Figura: 15 – Fileira distal Fonte: Netter (2011) 15 A extremidade proximal do carpo é convexa, ântero-posterior (Figura 16) e (Figura 17), látero-medialmente, articulando-se com o rádio, enquanto os ossos da fileira distai se articulam com os ossos do metacarpo. Figura: 16 – Vista anterior Fonte: Netter (2011) Figura: - 17 Vista posterior Fonte: Netter (2011) 16 Falanges Cada dedo, possui falanges proximal, média e distal com exceção do polegar, no qual falta a falange média (Figura 18). Cada falange possui uma base, corpo e cabeça todas as falanges são côncavas no sentido da palma da mão. A falange proximal apresenta uma faceta oval, na sua base, para articular-se com a cabeça do osso metacárpico. Por sua vez, a cabeça da falange proximal tem uma superfície articular em forma de polia (carretel) para articular-se com a base da falange média, a qual apresenta uma crista mediana que se encaixa no sulco da polia da cabeça da falange proximal. Este mesmo tipo de encaixe pode ser identificado na articulação da falange média com a distal as falanges distais apresentam uma tuberosidade no lugar da cabeça. Figura: - 18 Falange Fonte: Todamateria (2015) AULA: 2 ROTEIRO: 1 Articulação do quadril: É a articulação (Figura 19), formada entre o fêmur e o acetábulo do osso do quadril. É uma articulação do tipo enartrose, muito resistente e estável. 17 É uma articulação com uma ampla gama de movimentos e foi projetada para suportar o peso do corpo. Figura: - 19 Articulação do quadril Fonte: kenhub (2022) Cápsula Articular: A cápsula articular é forte e espessa e envolve toda a articulação coxo-femoral. É mais espessa nas regiões proximal e anterior da articulação, onde se requer maior resistência. Posteriormente e distalmente é delgada e frouxa. Ligamento Iliofemoral: É um feixe bastante resistente, situado anteriormente à articulação. Está intimamente unido à cápsula e serve para reforçá-la. Ligamento Pubofemoral: Insere-se na crista obturatória e no ramo superior da pube; distalmente, funde-se com a cápsula e com a face profunda do feixe vertical do ligamento iliofemoral. Ligamento Isquiofemoral: Consiste em um feixe triangular de fibras resistentes, que nasce no ísquio distal e posteriormente ao acetábulo e funde-se com as fibras circulares da cápsula. Ligamento da Cabeça do Fêmur: É um feixe triangular, um tanto achatado, inserindo-se no ápice da fóvea da cabeça do fêmur e na incisura da cavidade do acetábulo. Tem pequena função como ligamento e algumas vezes está ausente. Orla Acetabular: É uma orla fibrocartilagínea inserida na margem do acetábulo, tornando assim mais profunda essa cavidade. Ao mesmo tempo protege e 18 nivela as desigualdades de sua superfície, formando assim um círculo completo que circunda a cabeça do fêmur e auxilia na contenção desta em seu lugar. Ligamento Transverso do Acetábulo: É uma parte da orla acetabular, diferindo dessa por não ter fibras cartilagíneas entre suas fibras. Consiste em fortes fibras achatadas que cruzam a incisura acetabular. Flexão: Amplitude da flexão é variáveis de acordo com vários fatores. A flexão ativa do quadril é menos ampla que a flexão passiva. A posição do joelho intervém igualmente na amplitude da flexão, enquanto o joelho está estendido, a flexão não é maior que 90 graus enquanto o joelho fletido, ela atinge ou ultrapassa os 120 graus. Se as duas articulações do quadril são fletidas passiva e simultaneamente, enquanto os joelhos são fletidos, a face anterior das coxas entra em contato com o tronco pois, na flexão das articulações coxo femorais, associa-se a báscula do quadril para trás pela retificação da lordose lombar. Extensão: O músculo extensor do quadril está situado atrás do plano frontal que passa pelo centro da articulação, os extensores do quadril têm a função de estabilizar a pelve no sentido ântero-posterior. Na marcha normal a extensão do quadril é realizada pelos ísquio-tibiais, na corrida ou caminhada em terreno que ative o glúteo maior é indispensável. Quando há o tensionamento do ligamento ílio-femoral. A extensão ativa é menos ampla que a passiva, quando o joelho está estendido a extensão é 20 graus mais ampla do que quando está fletido. Isso se deve ao fato do músculo ísquios- tibiais perderem a sua e eficiência enquanto realizam a extensão do quadril, pois eles uti lizam grande parte de seu percurso para flexão do joelho. A extensão passiva é de somente 20 graus na abertura anterior, ela atinge 30 graus quando o membro inferior é fortemente puxado para trás. A extensão do quadril é notavelmente aumentada pela báscula anterior da pelve, graças a uma hiperlordose lombar. Essas amplitudes dadas referem - se a um indivíduo não treinado, pois elas podem ser aumentadas pelos exercícios e pelo treinamento. Abdução: A abdução leva o membro inferior diretamente para fora e o afasta do plano de simetria do corpo. 19 Os músculos abdutores do quadril estão situados por fora do plano sagital que passa pelo centro da articulação e cujo trajeto passa por fora e acima do eixo ântero - posterior de adução e abdução contido neste plano. Para obter uma abdução direta, sem nenhum componente parasita é necessário que toda musculatura entre em contração antagonista- sinérgica equilibrada. A abdução de um quadril é acompanhada automaticamente de uma abdução igual no outro quadril, ficando nítido a partir de 30 graus, amplitude na qual se começa a observar a báscula da pelve. Observa-se que nesta posição cada um dos quadris está com 15 graus de abdução. Nos graus de abdução máximo o ângulo entre os membros inferiores é de 90 graus, assim cada quadril está em um ângulo de 45 graus. A abdução está limitada pelo apoio ósseo o do colo femoral sobre a borda coloi deana, mas antes disso intervém os músculos adutores e os ligamentos ílio e pubo-femorais. Com o exercício e o treinamento é possível aumentar notavelmente a amplitude pois os indivíduos treinados podem atingir os 180 graus que na realidade, não se trata mais da abdução pura, pois para distender os ligamentos, temos a báscula para frente da pelve. Adução: é realizada por movimentos combinados como adução e extensão do quadril, adução e flexão do quadril, adução com flexão e rotação externa, sendo está a posição mais instável, e adução de um quadril e abdução do outro. Estes movimentos são necessários para assegurar o equilíbrio do corpo.Os músculos adutores são numerosos e fortes, passam por baixo e por dentro do eixo ântero-posterior de abdução-adução, situado no plano sagital. Estes movimentos de adução combinada, a amplitude máxima de adução é de 30 graus. Rotação: A rotação externa é o movimento que leva a ponta do pé para fora, enquanto a rotação interna leva a ponta do pé para dentro. Estando o joelho completamente estendido, não existe a seu nível nenhum movimento de rotação, e somente o quadril é responsável por esse movimento. Em de cúbito ventral, aposição de referência é obtida quando a perna fletida em ângulo reto está vertical. A partir desta posição quando a perna se inclina para fora, mede - se rotação 20 interna, cuja amplitude total é de 30 a 40 graus. Articulação do joelho: A articulação do joelho ( Figura 20),é uma articulação sinovial que conecta três ossos: o fêmur, a tíbia e a patela. É uma complexa articulação em dobradiça formada por duas articulações: a articulação tibiofemoral e a articulação patelofemoral. A tibiofemoral é a articulação entre a tíbia e o fêmur, enquanto a patelofemoral é a articulação entre a patela e o fêmur. Figura: - 20 articulações do joelho Fonte: Netter (2011) Flexão e Extensão: no plano sagital. Ela também permite uma rotação medial limitada na posição de flexão e no último estágio de extensão, bem como uma rotação lateral quando o joelho está “destravado” e flexionado. Ao contrário da articulação do cotovelo, a articulação do joelho não é uma articulação em dobradiça verdadeira, pois ela possui um componente rotacional, um movimento acessório que acompanha a flexão e a extensão e, por isso, ela é chamada de articulação em dobradiça modificada. O grau de flexão do joelho depende da posição da articulação do quadril e se o movimento é passivo ou ativo. Quando o quadril está flexionado, o grau máximo de flexão do joelho é 140°, enquanto o quadril estendido permite uma flexão de apenas 120°. Isso ocorre pois os músculos isquiotibiais (músculos do jarrete) são tanto extensores do quadril como flexores do joelho, de forma que eles perdem um pouco da sua eficiência em fletir o joelho se o quadril estiver estendido e vice-versa. Além disso, uma maior amplitude de movimento da articulação do joelho é possível quando https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/tipos-de-articulacoes-artrologia https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/tipos-de-articulacoes-artrologia https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/femur-pt https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/osso-tibia 21 o joelho está passivamente fletido, chegando a 160°. O contato da porção posterior da perna (panturrilha) com a coxa é o principal fator limitante da flexão do joelho. Além disso, o padrão capsular da articulação do joelho restringe mais a flexão do que a extensão. Articulação do tornozelo e do pé: A estrutura do tornozelo é composta pela união de 3 ossos: tíbia, fíbula e tálus. As tíbias, também conhecidas como ossos da canela, estão situadas entre os pés e os joelhos (Figura 21). A cabeça da tíbia fica articulada com o fêmur por meio de ligamentos em menisco, na lateral com a fíbula e na extremidade inferior com os tarsos. A fíbula é um osso longo localizado na face externa da perna, constituindo o esqueleto juntamente com a tíbia. O tálus, por sua vez, é o primeiro osso do pé, que fica posicionado logo abaixo da tíbia. Conectados, esses três ossos compõem uma articulação sinovial que possibilita a flexão plantar e a flexão do dorso do pé. A flexão plantar consiste no movimento que permite o apontar dos pés para o chão e na ponta dos pés. Já a chamada dorsiflexão trata-se do contrário, ou seja, diz respeito ao movimento do pé para longe do chão, tais como puxar os dedos para cima ou caminhar sobre os calcanhares. Figura: - 21 Articulação do tornozelo e pé Fonte: Netter (2011) 22 A porção articular superior permite a dorsiflexão e flexão plantar (Figura 22). A porção inferior da articulação do tornozelo permite dois movimentos: pronação e supinação do pé, graças ao fato de que o eixo que permite a pronação e supinação encontra-se em um ângulo de 30º a 40º graus em relação ao eixo vertical da perna. A porção articular superior permite a dorsiflexão e flexão plantar. Figura: - 22 Dorsiflexão e flexão plantar Fonte: Anatomiaemfoco (2021) AULA: 3 ROTEIRO: 1 Coluna vertebral: A coluna vertebral ou espinha dorsal (Figura 23), é o eixo central do corpo responsável por sustentar a nossa posição bípede. Ela também constitui um importante eixo de comunicação entre o sistema nervoso central e periférico, através da medula espinhal, contida no canal medular da coluna vertebral. A coluna também é formada por tecidos moles como músculos, ligamentos, cápsulas, tendões e discos, sendo estas estruturas responsáveis pela flexibilidade da coluna vertebral. 23 Figura: - 23 Coluna vertebral Fonte:Todamateria (2019) As vértebras ficam empilhadas umas sobre as outras, formando assim a coluna vertebral. As menores são as cervicais, seguidas pelas torácicas que têm tamanho mediano. Enquanto as vértebras lombares, localizadas na parte inferior da coluna, são as maiores. A coluna vertebral estende-se desde a base do crânio à extremidade caudal do tronco. As vértebras sacrais estão fundidas e formam o osso sacro, assim como as coccígeas formam o cóccix. A pelve é a base da coluna, onde os membros inferiores se articulam. Superiormente, a coluna articula-se com o osso occipital do crânio e, inferiormente, com o ilíaco. A coluna vertebral (Figura 24), é constituída por 33 vértebras intercaladas por discos intervertebrais, apresentando a seguinte divisão: Vértebras Cervicais: 7 vértebras. Vértebras Dorsais ou torácicas: 12 vértebras. Vértebras Lombares: 5 vértebras. 24 Vértebras Sacrais: 5 vértebras fundidas. Vértebra Coccígea: 4 vértebras fundidas. Figura: - 24 Divisão da coluna vertebral Fonte: Todamateria (2018) Com exceção (Figura 25), da 1ª e 2ª vértebras cervicais, atlas (C1) e áxis (C2), respectivamente, todas as vértebras possuem 7 elementos básicos: Corpo, processo espinhoso, processo transverso, processo articulares, lâminas, pedículo, forame vertebral. 25 Figura: - 25 C1/ Atlas e C2/ Áxis Fonte: Todamateria (2018) AULA:4 ROTEIRO: 1 Análise cinesiologia: Os movimentos osteocinemáticos são os movimentos fisiológicos ou clássicos da diáfise óssea. Estes movimentos podem ser realizados voluntariamente pelo paciente de acordo com os planos cardeais do corpo e seus eixos. Os eixos unem as partes que os planos separam. Plano Sagital ou Mediano / Eixo Frontal: Divide o corpo em lados direito e esquerdo. Os movimentos realizados neste plano são os de flexão e extensão. Plano Frontal / Eixo Sagital: Divide o corpo em partes anterior(ventral) e posterior(dorsal). Os movimentos realizados neste plano são os de abdução e adução. Plano Transversal / Eixo Longitudinal: Divide o corpo em partes superior e inferior. Os movimentos que ocorrem neste plano são as rotações interna e externa. Plano Transversal / Eixo Longitudinal: Divide o corpo em partes superior e inferior. Os movimentos que ocorrem neste plano são as rotações interna e externa. 26 Classificação dos exercícios: Os exercícios podem ser realizados com diferentes objetivos, tanto no campo do treinamento quanto no da reabilitação, respeitando as individualidades de cada pessoa e suas expectativas na busca do exercício ou atividade. Desta forma, classificamos os exercícios em três grandes grupos ou modalidades. Exercício ativo livre: Os exercícios ativos livres (Figura 26), são aqueles realizados pelo próprioindivíduo, sem auxílio de uma segunda pessoa ou até mesmo de outro segmento corporal, e onde a única resistência aplicada ao movimento é a ação da gravidade dobre o segmento ou corpo do indivíduo, independentemente de sua posição. Figura: - 26 Exemplo de exercício ativo livre Fonte: Anatomiaemfoco (2018) Como pode ser notado, no exercício acima que é um exercício de agachamento, apesar de não se tratar de um exercício simples, trata-se de um exercício ativo livre por ser praticado pelo próprio indivíduo sem resistência externa. O exercício abaixo, onde ilustra um indivíduo realizando flexão de cotovelo para fortalecimento do bíceps braquial em barra fixa, apesar de muito mais difícil, também é classificado como ativo livre pelas (Figura 27), mesmas características. 27 Figura: - 27 Exemplo de exercício ativo livre em barra fixa Fonte: Anatomiaemfoco (2018) Exercício ativo assistido: Os exercícios ativos assistidos são aqueles em que, durante algum momento da realização do movimento, ocorre auxílio para a realização do mesmo, por uma segunda pessoa ou mesmo por outro segmento corporal. Os exercícios ativos assistidos são muito utilizados nos processos de reabilitação onde um determinado paciente possui grau de força muscular baixo insuficiente para vencer a força da gravidade ou para vencer baixas resistências e é, desta forma auxiliado por uma segunda pessoa, no caso da reabilitação, um fisioterapeuta. Porém, é muito comum encontrarmos exercícios ativos assistidos em treinos de força com grandes cargas ou resistências para hipertrofia muscular. Porém, esse exercício seria um tipo um pouco diferente, considerado resistido assistido, onde um profissional de educação física auxilia o aluno a terminar um movimento com grande carga, a iniciar o movimento ou durante algum ângulo do movimento onde haja falha muscular. Esse movimento auxiliado é notado principalmente ao final da série ou nas últimas repetições de uma série de exercícios. Exercício ativo resistido: Os exercícios ativos resistidos são aqueles em que é imposta uma resistência externa ao indivíduo, independente da intensidade da resistência e dos objetivos do exercício. 28 Figura: - 28 Exercício ativo resistido em CCF no Hack Fonte: Anatomiaemfoco (2018) Os exercícios (Figura 28), podem ainda, além de sua classificação quanto a aplicação ou não de resistência e as possibilidades de assistência durante a execução deles, ainda serem realizados tanto em cadeia cinemática fechada, como ilustrado na imagem acima com fortalecimento de quadríceps e glúteo máximo no Hack, como também em cadeia cinemática aberta (Figura 29), como pede ser notado no exercício abaixo. Figura: - 29 Exercício ativo resistido para bíceps braquial em CCA Fonte: Anatomiaemfoco (2018) 29 Figura: - 30 Agachamentos avanço em barra fixa CCF – Ativo resistido Fonte: Anatomiaemfoco (2018) Desta forma, como podemos notar, a eleição de um exercício quanto a resistência (Figura 30), aplicada, quanto ao número de repetições a ser realizada assim como quanto a cadeia cinemática a ser trabalhada sempre vai depender do objetivo do indivíduo que está trabalhando, devendo, desta forma, ser estabelecido um treinamento ou tratamento individualizado respeitando não só os objetivos, mas também as características pessoais intrínsecas assim como as indicações e contraindicações possíveis. 30 REFERÊNCIA: BONTRAGER: Kenneth L.; John P. Manual Prático de Técnicas e Posicionamento Radiográfico. 8 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2015. DRAKE, Richard L.; VOGL, A. Wayne; MITCHEL, Adam W. M.: Gray’s anatomia clínica para estudantes. 3 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2015. HALL, John Edward; GUYTON, Arthur C. Guyton & Hall tratado de fisiologia médica. 13 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2017. NETTER: Frank H. Netter Atlas De Anatomia Humana. 5 ed. Rio de Janeiro, Elsevier, 2011. MOORE: Keith L. Anatomia orientada para a clínica. 7 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014. FIGURAS E ILUSTRAÇÕES: ANATOMIA EM FOCO. Articulação do cotovelo/Movimentos de flexão, extensão, supinação/ Dorsiflexão e flexão plantar/ exercício ativo livre/ livre em barra fixa/ ativo resistido em CCF no Hack/ ativo resistido para bíceps braquial em CCA/ avanço em barra fixa CCF – Ativo resistido. Disponível em: www.anatomiaemfoco.com.br Acesso em: 7 de junho de 2022. KENHUB. Articulação glenoumeral/ Movimentos de flexão-extensão/ Movimento de adução/ Movimento de abdução/ Divisão dos ossos da mão/ Falange/ Coluna vertebral/ Divisão da coluna/ C1/ Atlas e C2/ Áxis Movimentos de rotação externa-interna/ Articulação do quadril. Disponível em: www.kenhub.com/pt/library/anatomia/articulacao-glenoumeral http://www.anatomiaemfoco.com.br/ http://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/articulacao-glenoumeral 31 www.kenhub.com/pt/library/anatomia/movimento-de-flexao-extensao. www.kenhub.com/pt/library/anatomia/movimento-de-aducao-abducao. www.kenhub.com/pt/library/anatomia/movimento-de-rotacao-externa-interna. www.kenhub.com/pt/library/anatomia/articulacao-do-quadril. Acesso em 8 de junho de 2022. http://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/movimento-de-flexao-extensao. http://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/movimento-de-aducao-abducao. http://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/movimento-de-rotacao-externa-interna http://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/articulacao-do-quadril 32 33
Compartilhar