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1 COORDENAÇÃO PEDAGOGICA 1 Sumário NOSSA HISTÓRIA 2 INTRODUÇÃO 3 História da educação no Brasil e a função da coordenação pedagógica 4 Coordenação pedagógica: o que é e a sua importância na educação 11 Coordenação pedagógica - acompanhamento e orientação do trabalho do professor 14 As atribuições do coordenador pedagógico 18 O coordenador pedagógico e a relação do planejamento escolar 22 A importância do planejamento em sala de aula 27 O Coordenador Pedagógico como articulador do Projeto Político Pedagógico e a contribuição da Pedagogia Freireana para sua prática 32 O que é o Projeto Político Pedagógico 36 CONCLUSÃO 41 REFERENCIAS 42 2 NOSSA HISTÓRIA A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós- Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo serviços educacionais em nível superior. A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação. A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 3 INTRODUÇÃO A coordenação pedagógica torna-se então essencial à gestão pedagógica da escola, uma vez que o coordenador assume a função de articulador da Proposta Pedagógica da escola e do currículo da rede na qual está inserido, assim como a responsabilidade pela formação continuada dos professores, sem perder de vista que a sala de aula e, portanto, a aprendizagem dos alunos deve se constituir como o referencial para as ações que irá desenvolver no seu exercício profissional. Ao atuar como gestor pedagógico, com competência para planejar, acompanhar e avaliar os processos de ensinar e aprender, o coordenador deve orientar o trabalho dos demais docentes, oferecendo condições para que o professor aprofunde sua área específica e transforme seu conhecimento em ensino. Desta maneira, deve rever periodicamente seu plano de formação e dedicar tempo para a elaboração de pautas para reuniões de formação continuada centradas tanto nas necessidades de ensino dos professores como nas necessidades de aprendizagem dos alunos, uma vez que cada reunião deve ser articulada ao contexto de trabalho e ter como referencial a reflexão sobre as práticas de sala de aula e a aprendizagem dos alunos, buscando construir coletivamente respostas para as dificuldades enfrentadas pelo grupo docente. Entretanto, o cotidiano atribulado verificado em muitas escolas resulta na falta de foco observada no trabalho de vários desses profissionais. Se o tempo não é bem organizado e as funções não estão bem definidas no ambiente escolar, o profissional corre o risco de ser engolido pelo dia a dia, respondendo por casos de indisciplina ou dedicando a maior parte do seu tempo ao atendimento de pais de alunos. Ou seja, somente quando o coordenador tem clareza de quais são suas reais funções é que ele consegue se reconhecer na função de articulador do trabalho pedagógico, organizando seu tempo de acordo com suas obrigações. 4 História da educação no Brasil e a função da coordenação pedagógica A experiência histórica, política, cultural e social dos homens e das mulheres jamais pode se dar “virgem” do conflito entre as forças que obstaculizam a busca da assunção de si por parte dos indivíduos e dos grupos e das forças que trabalham em favor daquela assunção. (FREIRE, 1996). Entender a produção histórica do ser humano, ou dos homens e mulheres, é entender os meandros que regem a sociedade atual, é entender que os fatos se dão a partir das condições humanas e materiais próprias de cada tempo, de cada período. Assim julga-se importante resgatar fatos históricos da educação no Brasil que auxiliam no entendimento da função da coordenação pedagógica. Inicia-se o debate com o trabalho proposto pela Companhia de Jesus, os jesuítas, um movimento da Igreja Católica que reagiu contra a Reforma. Esse movimento ficou conhecido como Contra Reforma. 5 O trabalho dos jesuítas no Brasil (1549), liderados pelo padre Manuel da Nóbrega, surgiu com o objetivo de expandir a fé cristã e doutrinar pessoas para esse fim, para tanto propunha estudos com base no sistema de ensino conhecido como Ratio atque institutio studiorum Societatis Jesu. Os jesuítas efetivaram uma organização escolar para públicos diferentes que se deu da seguinte maneira: -Para os índios, existiam as missões, locais onde esses eram catequizados; - Para os filhos dos colonos foram criadas as escolas de ler e escrever, destinadas ao ensino das primeiras letras; -Aos filhos dos nobres e senhores de engenho, os Colégios adotavam o Ratio Studiorum. O modus operandi da pedagogia jesuíta se caracterizava pela ordem, organização e rigidez, logo a função de uma pessoa para supervisionar os trabalhos era relevante, pois envolviam os aspectos políticos e administrativos da proposta educativa. Com a definição descrita, verifica-se na função do Reitor a prática do diretor escolar e na do Prefeito de Estudos a ação supervisora no acompanhamento do trabalho dos professores e na supervisão do cumprimento da programação dos estudos. Até o final do período monárquico presenciou-se várias reformas na educação do país e a figura de um profissional que supervisionasse o trabalho sempre esteve presente. Importante destacar nesse momento que o papel da supervisão está aliado à expansão do capitalismo industrial e financeiro que resultou no crescente desenvolvimento científico e tecnológico. A função supervisora nas escolas brasileiras seguiu as tendências pedagógicas desenvolvidas a cada período, de acordo com os debates e a produção social da época. Ou seja, do país como Colônia, passando pelo Império até chegar à 6 República, da educação tradicional, mais rigorosa, aqui exemplificada pela educação dos jesuítas, para a escola nova. O Movimento Escolanovista encabeçado pelos Pioneiros da Escola Nova teve como marco o documento intitulado Manifesto dos Pioneiros da Escola Nova (1932). Esta corrente propunha uma educação ativa, democrática e condizente com os interesses e necessidades da criança, o aluno passa a ser visto como sujeito do processo educativo. Porém o sistema brasileiro de ensino permanecia dualista, pois as inovações propostas por essa pedagogia chegaram às escolas particulares e a apenas algumas escolas públicas dos grandes centros. Com a crescente demanda de escolas e de alunos a escola passa a ter a função administrativa distinta da função técnica, assim surge com a Reforma Francisco Campos em 1931, nos cursos de filosofia, ciências e letras a formação dos técnicos especialistas e assim a figura dos inspetores escolares. A instituição da função de inspeção escolar deu origem, mais tarde, à figura do supervisor escolar e dos chamados especialistas em educação. Em documento da Secretaria de Educação Superior (SESu) do Ministério da Educação (MEC), expõe que: O Curso de Pedagogia estruturou-se no Brasil em 1939. Desde o primeiro decreto-lei que regulamentou seu funcionamento e estrutura, estão presentesas dicotomias no campo da formação do educador: professor versus especialistas, bacharelado versus licenciatura, generalista versus especialista, técnico em educação versus professor. A formação em nível superior, na década de 60, passa por uma grande estruturação e não foi diferente com a formação dos especialistas em educação, respaldada pelo Parecer nº252/69 que propôs as habilitações de administrador, inspetor, supervisor e orientador educacional. 7 Ao final da década de 50 e início da década de 60 há um crescente êxodo rural, a vida na cidade era mais atraente e as indústrias eram um chamariz como opção de novas ocupações profissionais. Nessa época havia um grande número de adultos analfabetos, por isso destaca-se o trabalho de alfabetização de adultos liderada por Paulo Freire. Muito mais que alfabetizar, sua proposta era politizar o cidadão. Esse movimento fundado na cultura popular teve grande repercussão dentro e fora do Brasil. Com o governo militar, a partir de 1964, cuja proposta política não se respaldava em uma perspectiva democrática, os movimentos populares foram pouco a pouco sendo substituídos por uma política centralizadora e de cunho ditatorial. O que a história nos mostra é que a função do supervisor escolar ficou restrita, nas escolas, como um profissional fiscalizador, cumpridor de normas que pouco contribuía para o debate e organização da educação. Era um reprodutor dos planos advindos do planejamento realizado pelo MEC. A origem da função da supervisão escolar primava pela especialização da função, mas isso acabou por desqualificar o trabalho, pois como esse profissional era reprodutor de um plano pré-estabelecido, sem sua participação no processo, sua atuação passou a ser descontextualizada e sua visão anacrônica sobre o processo de ensino e de aprendizagem. Com o movimento de redemocratização no início da década de 80 e a derrocada do regime do governo militar, o debate em torno da educação pautava-se sobre a necessidade da participação crítica dos profissionais na organização da escola. As bandeiras dos educadores concentravam-se na expansão da educação, Educação para Todos, com qualidade e a gestão democrática nas escolas. A Constituição Federal de 1988 implanta o regime político democrático no Brasil, com isso todas as leis devem ser adequadas. A lei da educação, a 2ª Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) nº 9394, vai ser homologada somente no ano de 1996. Importante destacar que o movimento democrático no país, em especial dos educadores, clamava por uma escola pública fundada na gestão democrática e, sendo assim, a figura de um supervisor caracterizado pela reprodução do trabalho e pela mera fiscalização não respondia à filosofia que se propunha para o momento político. Assim, a função da supervisão escolar passa a ser revista e repaginada, 8 surge a figura do coordenador pedagógico. Essa função poderia ser ocupada por um professor que, dependendo da proposta do sistema de ensino, deveria ter uma formação, em nível de especialização (lato sensu), na área da didática. A própria LDBEN, n°9394/96, no artigo 64, determina: A formação de profissionais de educação para administração, planejamento, inspeção, supervisão e orientação educacional para a educação básica, será feita em cursos de graduação em pedagogia ou em nível de pós-graduação, a critério da instituição de ensino, garantida, nesta formação, a base comum nacional. Com a homologação da Resolução CNE/CP Nº 1, de 15 de maio de 2006, que institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Graduação em Pedagogia, licenciatura, algumas críticas são feitas a esta legislação. Sobre a formação dos profissionais o artigo 4º define que: O curso de Licenciatura em Pedagogia destina-se à formação de professores para exercer funções de magistério na Educação Infantil e nos anos iniciais do Ensino Fundamental, nos cursos de Ensino Médio, na modalidade Normal, de Educação Profissional na área de serviços e apoio escolar e em outras áreas nas quais sejam previstos conhecimentos pedagógicos. O Movimento Escola novista encabeçado pelos Pioneiros da Escola Nova teve como marco o documento intitulado Manifesto dos Pioneiros da Escola Nova (1932). Esta corrente propunha uma educação ativa, democrática e condizente com os interesses e necessidades da criança, o aluno passa a ser visto como sujeito do processo educativo. Porém o sistema brasileiro de ensino permanecia dualista, pois as inovações propostas por essa pedagogia chegaram às escolas particulares e a apenas algumas escolas públicas dos grandes centros. Com a crescente demanda de escolas e de alunos a escola passa a ter a função administrativa distinta da função técnica, assim surge com a Reforma Francisco Campos em 1931, nos cursos de filosofia, ciências e letras a formação dos técnicos especialistas e assim a figura dos inspetores escolares. A instituição da função de inspeção escolar deu origem, mais tarde, à figura do supervisor escolar e dos chamados especialistas em educação. Em documento da Secretaria de Educação Superior (SESu) do Ministério da Educação (MEC), expõe que: O Curso de Pedagogia estruturou-se no Brasil em 1939. Desde o primeiro decreto-lei que regulamentou seu funcionamento e estrutura, estão 9 presentes as dicotomias no campo da formação do educador: professor versus especialistas, bacharelado versus licenciatura, generalista versus especialista, técnico em educação versus professor. A formação em nível superior, na década de 60, passa por uma grande estruturação e não foi diferente com a formação dos especialistas em educação, respaldada pelo Parecer nº252/69 que propôs as habilitações de administrador, inspetor, supervisor e orientador educacional. Ao final da década de 50 e início da década de 60 há um crescente êxodo rural, a vida na cidade era mais atraente e as indústrias eram um chamariz como opção de novas ocupações profissionais. Nessa época havia um grande número de adultos analfabetos, por isso destaca-se o trabalho de alfabetização de adultos liderada por Paulo Freire. Muito mais que alfabetizar, sua proposta era politizar o cidadão. Esse movimento fundado na cultura popular teve grande repercussão dentro e fora do Brasil. Com o governo militar, a partir de 1964, cuja proposta política não se respaldava em uma perspectiva democrática, os movimentos populares foram pouco a pouco sendo substituídos por uma política centralizadora e de cunho ditatorial. O que a história nos mostra é que a função do supervisor escolar ficou restrita, nas escolas, como um profissional fiscalizador, cumpridor de normas que pouco contribuía para o debate e organização da educação. Era um reprodutor dos planos advindos do planejamento realizado pelo MEC. A origem da função da supervisão escolar primava pela especialização da função, mas isso acabou por desqualificar o trabalho, pois como esse profissional era reprodutor de um plano pré-estabelecido, sem sua participação no processo, sua atuação passou a ser descontextualizada e sua visão anacrônica sobre o processo de ensino e de aprendizagem. Com o movimento de redemocratização no início da década de 80 e a derrocada do regime do governo militar, o debate em torno da educação pautava-se sobre a necessidade da participação crítica dos profissionais na organização da escola. As bandeiras dos educadores concentravam-se na expansão da educação, Educação para Todos, com qualidade e a gestão democrática nas escolas. 10 A Constituição Federal de 1988 implanta o regime político democrático no Brasil, com isso todas as leis devem ser adequadas. A lei da educação, a 2ª Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) nº 9394, vai ser homologada somente no ano de 1996. Importante destacar que o movimento democrático no país, em especial dos educadores,clamava por uma escola pública fundada na gestão democrática e, sendo assim, a figura de um supervisor caracterizado pela reprodução do trabalho e pela mera fiscalização não respondia à filosofia que se propunha para o momento político. Assim, a função da supervisão escolar passa a ser revista e repaginada, surge a figura do coordenador pedagógico. Essa função poderia ser ocupada por um professor que, dependendo da proposta do sistema de ensino, deveria ter uma formação, em nível de especialização (lato sensu), na área da didática. A própria LDBEN, n°9394/96, no artigo 64, determina: A formação de profissionais de educação para administração, planejamento, inspeção, supervisão e orientação educacional para a educação básica, será feita em cursos de graduação em pedagogia ou em nível de pós-graduação, a critério da instituição de ensino, garantida, nesta formação, a base comum nacional. Com a homologação da Resolução CNE/CP Nº 1, de 15 de maio de 2006, que institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Graduação em Pedagogia, licenciatura, algumas críticas são feitas a esta legislação. Sobre a formação dos profissionais o artigo 4º define que: O curso de Licenciatura em Pedagogia destina-se à formação de professores para exercer funções de magistério na Educação Infantil e nos anos iniciais do Ensino Fundamental, nos cursos de Ensino Médio, na modalidade Normal, de Educação Profissional na área de serviços e apoio escolar e em outras áreas nas quais sejam previstos conhecimentos pedagógicos. 11 Coordenação pedagógica: o que é e a sua importância na educação A coordenação pedagógica é uma profissão de extrema importância no âmbito escolar. O profissional que atua como coordenador pedagógico pode transformar e melhorar a educação por meio de estratégias pedagógicas nas escolas. A figura do Coordenador Pedagógico nas escolas é relativamente recente e teve origem na função de supervisão educacional. Instituída durante o regime militar em 1971, a supervisão educacional tinha como objetivo controlar o ensino, as práticas pedagógicas e fiscalizar o trabalho dos professores em sala de aula. No entanto, com o processo de redemocratização do país nos anos 1980 e o debate em torno da democratização do ensino, essa forma de atuação passou a ser contestada e os papéis a serem desempenhados pelo coordenador pedagógico tornam-se alvo de discussões e redefinições. A coordenação pedagógica torna-se então essencial à gestão pedagógica da escola, uma vez que o coordenador assume a função de articulador da Proposta 12 Pedagógica da escola e do currículo da rede na qual está inserido, assim como a responsabilidade pela formação continuada dos professores, sem perder de vista que a sala de aula e, portanto, a aprendizagem dos alunos deve se constituir como o referencial para as ações que irá desenvolver no seu exercício profissional. Diante dessa função estruturante no desenvolvimento da prática pedagógica é necessário que o coordenador priorize atividades através de uma rotina, elabore um projeto de formação continuada direcionado ao corpo docente e estruture um plano de ação a partir das definições da proposta pedagógica e com base nas necessidades da escola. O desenvolvimento de uma rotina resulta da necessidade de se prever espaços e tempo para cada ação do Professor Coordenador no cotidiano da escola: estudo, planejamento, reuniões de formação, acompanhamento do trabalho dos professores e das classes. Ao atuar como gestor pedagógico, com competência para planejar, acompanhar e avaliar os processos de ensinar e aprender, o coordenador deve orientar o trabalho dos demais docentes, oferecendo condições para que o professor aprofunde sua área específica e transforme seu conhecimento em ensino. Desta maneira, deve rever periodicamente seu plano de formação e dedicar tempo para a elaboração de pautas para reuniões de formação continuada centradas tanto nas necessidades de ensino dos professores como nas necessidades de aprendizagem dos alunos, uma vez que cada reunião deve ser articulada ao contexto de trabalho e ter como referencial a reflexão sobre as práticas de sala de aula e a aprendizagem dos alunos, buscando construir coletivamente respostas para as dificuldades enfrentadas pelo grupo docente. A partir disso, podemos dizer que a coordenação pedagógica articula projetos pedagógicos dentro do âmbito escolar e, também, faz o papel de integrar família e escola. Quais as suas funções Para que o coordenador realize bem suas funções, é preciso que ele mantenha uma base de comunicação transparente e sólida com todos que fazem parte do núcleo escolar. Ou seja, é preciso que exista a parceria entre o coordenador 13 e os professores, diretores, família e alunos. Sendo assim, vamos apresentar abaixo algumas das diversas funções do profissional da área de coordenação pedagógica. Liderar e coordenar a construção de projetos pedagógicos, como também propor alternativas para alcançar os resultados propostos. Ser a ponte entre a família e a escola, para fins de que ambas ajudem no processo de construção de uma educação de qualidade. Auxiliar na formação continuada dos professores, garantindo que eles estejam sempre atualizados sobre as metodologias da escola onde atuam. Viabilizar e verificar recursos necessários para que aconteçam aulas e reuniões como planejado. Organizar conselhos de classe para que seja possível apresentar sugestões sobre práticas que possam melhorar na obtenção de resultados efetivos no ensino e aprendizagem dos alunos. A importância desse profissional Sendo assim, percebe-se a importância de um profissional de coordenação pedagógica no ambiente escolar. O coordenador pedagógico assumiu as funções de ser o articulador para promover a integração de todos que fazem parte do processo ensino-aprendizagem. Portanto, esse profissional tem um papel estratégico de englobar e gerir toda a instituição educacional. Isso tudo para promover a formação e transformação de indivíduos. 14 Coordenação pedagógica - acompanhamento e orientação do trabalho do professor Ao se pensar em prática educativa, a escola tem que refletir radicalmente sobre o seu papel, como será organizado o processo de ensino e de aprendizagem. Essa reflexão deve ser realizada com o coletivo de profissionais que atua em determinada etapa da educação básica, por exemplo. Outro aspecto que merece destaque é que no momento do planejamento a reflexão sobre a organização pedagógica, como manifesta Saviani (1989, p. 24), deve ser filosófica, ou seja, radical, rigorosa e de conjunto, Radical: [...] é preciso que se vá até as raízes da questão, até seus fundamentos. Em outras palavras, exige-se que se opere uma reflexão em profundidade. 15 Rigorosa: [...] deve-se proceder com rigor, ou seja, sistematicamente, segundo métodos determinados, colocando-se em questão as conclusões da sabedoria popular e as generalizações apressadas que a ciência pode ensejar. De conjunto: [...] o problema não pode ser examinado de modo parcial, mas numa perspectiva de conjunto, relacionando-se o aspecto em questão com os demais aspectos do contexto em que está inserido. [...]. Com a análise realizada de maneira filosófica, por todos os professores e coordenador pedagógico a leitura da realidade torna-se mais clara, objetiva e a organização do trabalho é construída de uma forma que promoverá as intervenções necessárias, provocando assim, as mudanças desejadas. A coordenação pedagógica ao liderar os momentos de planejamento com os professores tem que dominar os fundamentos que regem o fazer didático e ter clareza na condução de um debate que garanta a criticidade do papel da escola e da forma de organizar os conteúdos, a metodologia a ser utilizada na salade aula que levem o aluno a superar sua condição inicial e aprofundar o seu conhecimento, ou seja, se aproprie de conhecimentos mais elaborados, de conhecimentos científicos. Como orientar um planejamento que vai resultar na elaboração do plano de ensino? A resposta a esta pergunta é a base do trabalho da coordenação pedagógica, pois, o professor, antes de iniciar seu trabalho com os alunos, já deve ter realizado o planejamento de suas atividades, quando vislumbrou todo o caminho a ser percorrido. Isso lhe possibilita conduzir o processo pedagógico com segurança dentro de uma visão de totalidade. No momento do planejamento a coordenação pedagógica desenvolve o trabalho com os professores objetivando orientar a elaboração dos planos de ensino abordando os seguintes aspectos: 16 • Traçar o diagnóstico da situação – conhecer os alunos, como a turma está agrupada, suas características. Definir: Para quem se planeja? • Conhecer os objetivos e a ementa curricular do curso (anos iniciais ou finais do ensino fundamental; ensino médio ou Educação de Jovens e Adultos). Este é o momento de responder por que desenvolver tais temáticas com os alunos? A resposta a esta pergunta deve ficar muito clara para o professor, pois se justifica a importância do estudo e a definição dos objetivos de aprendizagem para cada unidade, assim como o que se pretende alcançar com os conteúdos estudados. • O que estudar a partir da ementa curricular, dos grandes temas? Momento de definir os problemas a serem trabalhados com os alunos e estabelecer as prioridades, a seleção dos conteúdos e das fontes de referências. • Como trabalhar os conteúdos com os alunos. Momento de definir a dinâmica da sala de aula, a metodologia que será utilizada para provocar as intervenções necessárias e levar o aluno ao aprendizado. • O aluno apreendeu o conteúdo estudado? Avançou na sua condição inicial de aprendizagem sobre o conteúdo? Reelaborou conceitos? Para responder a estas perguntas faz-se necessário organizar o processo de avaliação. Momento de verificar a aprendizagem do aluno e a organização do plano do professor. O resultado deste debate será a elaboração do plano de ensino, que de acordo com a periodicidade poderá ser, o plano de unidade, plano de aula. Após a realização dos momentos acima descritos, a coordenação deve acordar com os professores como será realizado o acompanhamento do trabalho didático. Sugere-se que o acompanhamento seja sempre feito com orientações que auxiliem o professor no seu trabalho, para tanto é necessário que a coordenação leia atentamente cada plano de ensino, analise as atividades propostas, os instrumentos de avaliação e faça visitas previamente combinadas, na sala de aula. Quando a coordenação e os professores têm um bom diálogo e estão com suas ideias de trabalho alinhadas, as orientações e observações da coordenação são bem-vindas, pois têm como objetivo alicerçar e valorizar o trabalho do professor em sala de aula. 17 Existem algumas orientações para o desenvolvimento do papel da coordenação pedagógica junto aos professores. As orientações baseiam-se nos estudos de Vasconcellos (2011). A coordenação pedagógica como líder do processo de planejamento deve observar que: • os debates sejam orientados e fundamentados em uma concepção teórica que norteie o trabalho pedagógico da escola; • todos os professores participem ativamente do planejamento, promovendo a construção coletiva das ideias; • necessariamente não tem que dominar absolutamente todos os conteúdos das disciplinas e temas em debate; • toda reunião deve ter uma pauta, logo ter objetivos definidos e tempo para as discussões; • toda reunião de planejamento, também é um momento de formação entre os profissionais; • haverá momentos de tensão e esses devem ser resolvidos no grupo, valorizar o embate saudável das ideias e não o conflito pessoal; • planeja-se para que os alunos se apropriem de conhecimentos científicos; • uma reunião polarizada não promove a pluralidade de ideias; • é salutar ter sempre alguém do grupo para auxiliar nas anotações, no controle do tempo, dentre outros. O trabalho da coordenação pedagógica é complexo e de extrema relevância para a escola, pois exerce o papel político no debate sobre a educação e o papel de indutor de novas perspectivas pedagógicas na busca pela construção do conhecimento do aluno. 18 As atribuições do coordenador pedagógico A função da coordenação pedagógica é muito abrangente, ela está diretamente ligada ao pedagógico, que é posto em prática pelo professor, o seu trabalho ajuda os docentes nas práticas desenvolvidas em sala de aula. As práticas do coordenador também interferem indiretamente na vida escolar do aluno, já que suas orientações e solicitações auxiliam o trabalho do professor para que ele possa oferecer melhores condições de ensino para os alunos. Franco (2005, p. 3) apud Guimarães (2007) diz que “o trabalho do coordenador pedagógico é uma atividade voltada essencialmente à organização, compreensão e transformação da práxis docente, para fins coletivamente organizados e eticamente justificáveis”. O trabalho do coordenador é muito amplo, abrange os aspectos organizacionais/pedagógicos, o seu papel é importante para que haja no contexto escolar uma reflexão e modificação das práticas utilizadas pelos professores. O 19 coordenador apresenta ações inovadoras para que os docentes possam realizar em sala de sala, com a intenção de superar os problemas cotidianos. Almeida e Placco (2001, p. 23) afirmam que “propor ao professor uma prática inovadora é uma tarefa desafiadora para o coordenador, porque conduz a um momento de criação conjunta ao exercício da liberdade e as possibilidades efetivas de parceria”. O professor pode se recusar a modificar suas práticas, pois muitos acreditam que já faz o possível para que seus alunos possam aprender e os ajustes que foram solicitados podem ser pouco relevantes na concepção dos docentes. A mudança das práticas docentes é uma ação interna, pois se o docente não querer mudar as suas práticas ele não vai mudar, o coordenador apenas sugere algumas ações, mas a aceitação só depende do docente, por isso o coordenador precisa ter cautela para falar sobre a prática do professor, isso é necessário para que o educador não se sinta ofendido, essa tarefa não é fácil pois muitos educadores não percebem ou não querem perceber que precisam analisar a sua prática em sala de aula. O coordenador tenta sempre que necessário modificar a postura do professor, ele oferece meios para que isso aconteça através dos diálogos que mantem com os docentes, segundo Almeida e Placco (2001) o coordenador têm sempre a intenção de transformar a postura do professor e essas ações ocorrem nas reuniões pedagógicas, no acompanhamento das classes, no atendimento as dificuldades e necessidades do docente. Existe outro problema no contexto escolar que ocorre com os coordenadores, muitos não se ver como um agente de transformação, alguns coordenadores acreditam que o seu trabalho apenas quebra alguns galhos na escola, a sua função de “faz tudo” organiza a escola em pequenos quesitos e sua função pedagógica não possui uma força decisiva para a promoção das práticas. Franco (2008) relata que os coordenadores ficam aflitos e angustiados, pois trabalha muito e não percebem mudanças significativas na escola. Os desafios que os coordenadores enfrentam não são poucos é necessária muita determinação no seu oficio, é preciso que ele se reconheça como um agente transformador na escola, e não fique se ocupando bastante com questões burocráticas, que podem surgir nas urgências do cotidiano, sua função na escola é 20 muito importante para a formação continuada dos professores, o seu foco deve ser as questões pedagógicas,para que assim possa contribuir com a melhoria da qualidade do ensino e aprendizagem nas escolas. Ser coordenador pedagógico nos tempos de hoje não é nada fácil, além das suas funções pedagógicas, muitos coordenadores durante as urgências do dia a dia, organizam as festas escolares, conversam com os pais, resolvem problemas entre alunos, abrirem o portão, atendem telefonemas, preencher cadernetas e dentre outras atividades que vão surgindo no decorrer dos dias letivos, muitos coordenadores possuem a função exclusiva de coordenar o caos e a desorganização que a escola enfrenta. A maioria dos profissionais de educação sabem que a função do coordenador é com o pedagógico da escola, mas os mesmo admitem que o coordenador realiza inúmeras atividades que não tem nenhuma relação com o pedagógico, Almeida e Placco (2001) afirmam que o trabalho do coordenador possui três dimensões na escola, a primeira é articular as ações dos docentes, a outra é formar os educadores por meio de teorias e práticas que são essenciais para o seu exercício e a última é a de transformar a escola com o apoio dos demais sujeitos da transformação. Alguns coordenadores afirmam que, as principais dificuldades que eles possuem são as carências da formação e as constantes urgências da prática, eles relatam que as faculdades pecam em formar o formador e as obrigações extra- pedagógicas na escola interfere no seu rendimento, não reconhecendo assim a sua condição transformadora. Franco (2008) ressalta que o real papel do coordenador na escola é a reformulação e a transformação da práxis docente. O coordenador possui um importante papel, pois ele é o principal intermeador entre os objetos definidos no PPP e as práticas que favorecem para que isso aconteça, Placco (2001) diz que o coordenador é a principal figura mediadora entre o currículo e os professores. Franco (2008) afirma que mudar a prática é um processo de mudança pessoal. Se o docente não quiser mudar as práticas ele irá permanecer do mesmo jeito, é preciso ter a humildade para saber ouvir a opiniões dos demais, Placco (2002) diz que a presença do coordenador pedagógico na escola é necessária para desenvolver 21 articulação, formação e orientação aos docentes, essa parceria é fundamental no desenvolvimento das atividades. O coordenador precisa reconhecer o seu papel na escola ele necessita exercer as suas devidas funções, isso pode ser bastante difícil em algumas escolas, mas é um caminho esperançoso a se acreditar e tentar percorrer, o coordenador é aquele que forma o educador e por isso detém muitos conhecimentos a ser transmitidos. Portanto o coordenador pedagógico possui muitas atribuições na escola e o seu foco principal é a formação continuada dos professores, isso é indispensável em qualquer escola, os seus conselhos, as suas propostas de ensino e a parceria com os professores são cruciais para que a escola tenha mais chances de êxito na qualidade do ensino. 22 O coordenador pedagógico e a relação do planejamento escolar O coordenador pedagógico que antes tinha como principal função controlar, fiscalizar o trabalho dos professores, se apresenta com uma nova característica, ser aliado do professor no sentido de contribuir para que o planejado seja efetivado. Nesse sentido o planejamento é fundamental, pois nele estão contidas as necessidades, as possibilidades, os procedimentos e os recursos a serem empregados na prática pedagógica. No planejamento encontra-se o projeto pedagógico curricular que expressa a cultura da escola. Portanto, para que o coordenador atue de forma satisfatória precisa conhecer os níveis de currículo, os tipos de currículo e a organização do currículo, pois assim, contribuirá positivamente para uma prática onde quem mais ganha é a própria educação. A atuação da coordenação pedagógica no que tange a função social se dá no campo da mediação, pois deve articular a pedagogia de sala de aula e a pedagogia institucional. Sendo assim, deve acompanhar o trabalho do professor o acolhendo em 23 suas dificuldades, fazendo críticas construtivas, comprometendo com a busca de melhores condições de trabalho na escola. O coordenador é um mediador entre a instituição mantenedora e os professores e entre a comunidade e professores. A coordenação pedagógica deve ser capacitada nas três dimensões básicas de formação humana: conceitual, procedimental e atitudinal. A atitudinal é a mais difícil de ser trabalhada, pois envolve valores, interesses, sentimentos, disposição interior e convicções. O coordenador precisa desenvolver um mínimo de empatia para com o grupo, aplicando com coerência as categorias de análise que são elas: criticidade, ir além do superficial, valorizar os aspectos positivos; historicidade, saber como sair desta situação, investigar a gênese do problema. Na dimensão procedimental, refere-se ao saber fazer, encontrar caminhos para concretizar o que se busca. Ela se pauta nas categorias de: intervenção, em que a práxis é a chance de transformação da realidade, pois se estabelece na escola uma dinâmica de ação-reflexão, desenvolve uma metodologia que contemple a compreensão da realidade, clareza dos objetivos, age de acordo com o planejado e avalia a prática; sustentação, para sustentar um processo de mudança é preciso que tenha ética entre os membros do grupo, visão de processo, avaliação e participação. A dimensão conceitual, o coordenador deve ter conhecimento para saber argumentar, construir e desconstruir conceitos. 24 Ação do planejamento escolar Planejamento Escolar consiste numa atividade de previsão da ação, ou seja, implica-se numa preparação para algo a ser objetivada para atender às necessidades dentro das possibilidades, procedimentos e recursos a serem empregados, condizentes com o tempo de execução e as formas de avaliação. Ele irá se concretizar em planos e projetos da escola, do currículo e do ensino representando uma meta, uma seqüência de ações que irão orientar o educador referente à ação, reflexão e deliberação da prática em curso. Inclui também a avaliação dos processos e resultados previstos no projeto baseado na análise crítica e profunda do trabalho realizado havendo a reordenação dos rumos. O planejamento dentro do projeto pedagógico curricular expressa a cultura da escola porque está assentado nas crenças e valores orientando as práticas para produzir uma realidade voltada para a ação pedagógica não no sentido de “como se faz”, mas principalmente “por que se faz” para assim obter as finalidades sociais políticas almejadas pelo grupo de educadores (Libâneo, 1998). 25 No que se refere à proposta curricular o planejamento é coletivo e assegura a concepção e o formato do currículo escolhido, a articulação vertical e horizontal entre as áreas/disciplinas do currículo. O projeto pedagógico é um ingrediente do potencial formativo das situações de trabalho e pode ser denominado de vários nomes. Porém, o que importa é o processo de ação-reflexão-ação que se instaura na escola envolvendo todos os seus integrantes. O projeto concretiza o processo de planejamento, de modo que “fazer planejamento” é ir percorrendo as várias fazes de elaboração do projeto. O currículo constitui o elemento nuclear do projeto pedagógico, é ele que viabiliza o processo de ensino aprendizagem. O currículo define o que se ensina, o para quê ensinar, como ensinar e as formas de avaliação, em estreita colaboração com a didática. A maneira como a sociedade seleciona, classifica, distribui, transmite e avalia os saberes educacionais destinados ao ensino, reflete as intenções e práticas sociais que estão por detrás do currículo. Ou seja, a seleção é feita a partir do que a sociedade julga necessário ser incorporada pelosalunos. O currículo é a concretização do posicionamento da escola face à cultura produzida pela sociedade, o currículo representa a seleção e a organização da cultura. Os níveis de currículo são: formal, real e oculto. A diferença entre eles mostra o que os alunos aprendem na escola ou deixam de aprender, depende de muitos fatores e não apenas das disciplinas previstas na grade curricular. O currículo tem uma dimensão externa que se inicia na esfera política e administrativa do sistema escolar, passa pelas crenças, valores, comportamentos existentes na cultura, trabalhado pelos professores até chegar aos alunos. Quanto à organização escolar, o currículo está dividido em: currículo tradicional que se caracteriza pela organização do conhecimento por disciplinas compartimentalizadas, caráter livresco e verbalista; currículo racional-tecnológico tecnicista se baseia na transmissão de conteúdos e desenvolvimento de habilidades a serviço do sistema de produção; currículo escolanovista (ou progressivista) está centrado no aluno tendo a experiência como forma de ligar a escola com a vida e 26 adaptar os alunos ao meio; currículo construtivista crença no papel ativo do sujeito no processo de aprendizagem; currículo sócio-crítico possui várias correntes que dão ênfase às questões políticas ou pedagógicas no processo da formação em quanto ser social-político; currículo integrado ou globalizado caracteriza-se pela estrutura cognitiva e afetiva dos alunos tendo a interdisciplinaridade como princípio fundamental na formação do modelo curricular. Os tipos de currículos são: currículos fechados são caracterizados por disciplinas isoladas, inscritos numa grade curricular, professores limitam-se a segui- los, sem autonomia para tomar decisões, não levando em consideração os saberes e competências dos docentes; currículos abertos voltam-se para a integração entre as disciplinas, contam com a participação dos professores respeitando seus saberes e valorizando suas competências. Existem alguns princípios que são importantes na construção de um currículo sócio-crítico: a escolarização básica obrigatória; seleção de conteúdos; cruzamento de culturas; ensino e aprendizagem centrados no ensino do aprender a pensar e do aprender a aprender; compreensão e clarificação de valores e atitudes; relação entre conhecimento e ação; superação do currículo pluridisciplinar, favorecendo a integração interdisciplinar; considerar a diversidade cultural e as diferenças; melhor qualidade cognitiva e operativa das experiências de aprendizagem; articulação entre as dimensões cognitiva, social e afetiva da aprendizagem; investimento no desenvolvimento pessoal e profissional dos professores e cultivar os processos democráticos e solidários de trabalho, convivência e tomada de decisões. 27 A importância do planejamento em sala de aula O planejamento é importante para o sucesso das ações realizadas pelo professor em sala de aula, é por meio do planejamento que podemos perceber quais são as necessidades cotidianas dos alunos, o docente precisa realizar essa reflexão diária e registrar o que foi trabalhado, pois dessa maneira é possível acompanhar o desenvolvimento das atividades que foram trabalhadas. O planejamento é uma ação que será realizada antes e depois de cada aula, a eficiência do planejamento já foi comprovada até em outras áreas de trabalho e na educação isso não é diferente, é por meio do plano que definimos aonde queremos chegar, mas para ter sucesso é preciso muita reflexão acerca de sua prática. O docente ao entrar em sala de aula, ele se depara com alunos de diferentes tipos de culturas, Gonh (2001) afirma que um dos grandes problemas que a escola enfrenta é diversidade de culturas. O planejamento é importante para superação dessa dificuldade, Oliveira (2013, p. 13) revela que: 28 O planejamento, além de dar subsídios ao professor, contribui para uma organização da escola, como um todo. Como a escola sempre está recebendo indivíduos com diferentes culturas, a cada dia vem se discutindo melhoramentos no processo do planejamento no espaço escolar para que a mesma possa atender as necessidades do público que está recebendo, e que esteja adequada as constantes transformações do ambiente. Muitas práticas pedagógicas não contemplam as reais necessidades dos estudantes, pois o docente faz um plano de acordo com um perfil de aluno, mas em sala de aula, existem vários tipos de personalidades, existem alunos com diferentes culturas que estão inseridos em distintos contextos sociais, Michelleto (2015, p. 2 ) diz que “a profissão docente foi ao longo do tempo tornando se mais complexa dado o contexto social, econômico, político transformados vertiginosamente pelo desenvolvimento cientifico e tecnológico”. Para fazer um bom planejamento é necessário que o docente seja profissional, o professor precisa ser um sujeito comprometido com a sua função, pois existem muitas exigências que precisam ser superadas pela ação do professor, Medeiros (2015, p. 2) afirma que “nossa sociedade está exigindo que os professores sejam profissionais, entende-se por profissionais aqueles que possuam todas as competências de um formador de cidadãos”. O docente precisa ser um pesquisador que se preocupa com insucessos dos seus alunos, e que busca novas práticas de ensino, também é necessário perceber as reais necessidades dos seus alunos, Medeiros (2015) afirma que o docente precisa sempre se atualizar, buscar saberes que não possuem e conquistar as qualidades que necessitam. Quando o docente não realiza o planejamento ele fica “perdido”, no que já foi trabalhado, e também em suas práticas diárias em sala de aula, o plano é fundamental para perceber o caminho percorrido e aonde se quer chegar, Mengolla e Sant’ana (2001, p. 4) diz que o planejamento “é um instrumento de todo o processo educacional, pois estabelece e determina as grandes urgências, indica as prioridades básicas, ordena e determina todos os recursos e meios necessários para a consecução de grandes finalidades, metas e objetivos da educação”. 29 Alguns professores afirmam que não gostam de planejar, pois acham que o plano é um trabalho a mais, é mais um trabalho burocrático que terão que realizar, nessas situações o plano de aula acaba se tornando um inimigo do docente. O plano deve ser um aliado do professor para que ele operacionalize as ações e assim alcance os objetivos quanto a formação dos seus alunos, Castro; Tacunduva e Arns (2008, p. 7) falam sobre um caso comum que acontece em algumas escolas, “infelizmente, apesar do planejamento da ação educativa ser de suma importância, existem professores que são negligentes na sua prática educativa, improvisando suas atividades”. Para Moretto (2007, p. 100) “há, ainda, quem pense que sua experiência como professor seja suficiente para ministrar suas aulas com competência”. Há professores que acreditam que não precisam planejar, pois já possuem dez, vinte ou trinta anos de experiência, docentes que pensam assim não conhecem o real significado do planejamento, Fusari (2008, p. 47) afirma que “o preparar das aulas é uma das atividades mais importantes do profissional da educação, nada substitui a tarefa de preparação da aula em si”. Em alguns casos o docente apenas copia o plano do ano passado e em outros casos, copiam o plano do colega de profissão, e também aproveitam as atividades que em algumas situações estão inadequadas para o contexto da sua sala de aula. Cada professor sabe as necessidades da sua turma e propõe atividades que sejam adequadas ao desenvolvimento do seu trabalho, então copiar um plano do colega pode ser desastroso, pois os alunos podem não atender as expectativas desejadas. Gutenberg (2008) diz que o professor precisa entender que o planejamento embora pareça muito burocráticoou inútil, ele é uma tentativa clara para traçar os objetivos e as ações de aprendizagem. O plano é a primeira parte para que se possa alcançar os objetivos e assim o sucesso escolar, mas se a aula não for bem planejada, esse sucesso escolar pode ficar distante ou inalcançável. Muitos alunos sentem dificuldade em aprender algum assunto e isso é comum, até porque ninguém aprende no mesmo ritmo, o professor pode criar algumas estratégias facilitadoras que envolve a socialização em grupo e dinâmicas que façam relação com os conteúdos a serem trabalhados, dessa maneira os alunos terão mais chances de aprender, até porque vários recursos estão sendo utilizados e isso dinamiza o trabalho docente. 30 Sem um planejamento é difícil realizar uma avaliação do rendimento dos alunos, pois o registro é talvez a forma mais eficaz para se perceber os avanços e regressões da turma. Libâneo (1994, p. 2011) afirma que “ o planejamento é um meio para se propagar as ações docentes, mas é também um momento de pesquisa e reflexão intimamente ligado a avaliação”. O docente precisa fazer o plano para registrar os avanços e regressões da turma, é por meio do plano que também se traça os objetivos almejados, esses objetivos devem estar de acordo com os níveis de cada aluno, Gomes (2015, p. 5) relata que “o docente que em linhas gerais, deseja realizar uma boa atuação no ambiente escolar sabe que deve participar, elaborar e organizar os planos para atender o nível dos seus alunos bem como o objetivo almejado” O plano deve estar de acordo com os objetivos e prioridades estabelecidas pelo P.P.P, até porque o projeto político pedagógico é uma reflexão de um contexto para que assim possa construir uma nova realidade, Libâneo (2004, p. 152) diz que: O projeto político-pedagógico pode ser comparado, de forma análoga, a uma árvore. Ou seja, plantamos uma semente que brota, cria e fortalece suas raízes, produz sombra, flores e frutos que dão origem a outras árvores, frutos… Mas, para mantê-la viva, não basta regá-la, adubá-la e podá-la apenas uma vez. Veiga (1995, p. 34) contribui dizendo que “o projeto político pedagógico busca um rumo, uma direção. É uma ação intencional com um sentido explicito, com um compromisso definido coletivamente”. O plano deve atender as necessidades dos alunos, necessidades definidas por meio do PPP em conjunto com os membros da escola. Um caminho possível para atender as necessidades dos alunos é a interdisciplinaridade, pois uma ação interdisciplinar consegue abordar vários conteúdos das disciplinas, dessa maneira o aluno compreende um assunto por meio de outro conteúdo. Planos interdisciplinares costumam chamar a atenção do aluno, pois muitos ficam se perguntando se aquela aula é de Matemática? Artes? Português? Ciências ou História? O aluno consegue compreender que há uma relação entre os conteúdos de todas as disciplinas, isso só é possível por meio de um plano interdisciplinar. 31 Para trabalhar com êxito na perspectiva da interdisciplinaridade é necessário que o profissional tenha um comprometimento com sua função, Freire (1979, p. 7) diz que “o comprometimento seria uma palavra oca, uma abstração se não envolvesse a decisão lúcida e profunda de quem assume”, então é possível atingir uma educação de qualidade se os profissionais envolvidos tenham um comprometimento, esse compromisso deve ser baseado na práxis, que segundo Freire (1979) práxis é comprometimento de ser capaz de agir e refletir. O professor deve sempre rever suas práticas, e através dessa reflexão tentar ser melhorar em sua prática e no seu trabalho, para Zabala (1998, p. 13): “um dos objetivos de qualquer bom profissional consiste em ser cada vez mais competente em seu oficio. Geralmente se consegue esta melhora profissional mediante o conhecimento e a experiência”. Portanto o docente deve sempre refletir sobre as suas práticas, essa reflexão o ajudará na melhoria do processo de ensino-aprendizagem e a interdisciplinaridade é um caminho para essa melhoria, pois supera a fragmentação das disciplinas. Planos interdisciplinares costumam chamar atenção do aluno, esse tipo de plano deixa a aula muito mais prazerosa, então o professor deve realizar o planejamento para que assim possa melhor operacionalizar a sua aula e atender as reais necessidades dos alunos. 32 O Coordenador Pedagógico como articulador do Projeto Político Pedagógico e a contribuição da Pedagogia Freireana para sua prática Ao pensarmos nas questões sobre o aperfeiçoamento da ação do coordenador pedagógico, a partir das contribuições da Pedagogia Freireana, se faz necessário compreender, dentre outros fatores, qual é o sentido da Pedagogia para Freire. Paulo Freire, esclarece que não há uma pedagogia única, existe diversidade de formas atreladas aos momentos e contextos, o que implica no diálogo verdadeiro sobre a prática, a partir da vivência e da experiência, entendido como elemento para a formação na dinâmica dialética A necessidade formativa inicial e o desejo de aprender continuamente devem fazer parte das prioridades do professor na evolução da carreira, sobretudo quando o mesmo ambiciona tornar-se coordenador pedagógico. Portanto, o educador não deve apenas aceitar a realidade que se apresenta, mas também buscar maneiras de ir além, de buscar o conhecimento do outro, de oportunizar o desenvolvimento a partir 33 da consciência desse conhecimento, possibilitando a transformação das adversidades do cotidiano. Este não deve conformar-se com a aceitação da realidade que se apresenta, mas sim apresentar formas de busca do conhecimento, de oportunizar o desenvolvimento a partir da consciência desse conhecimento, possibilitando a transformação das adversidades apresentadas nos desafios cotidianos. Mais do que uma ciência que trata da educação, a Pedagogia é um conjunto de métodos que assegura ajuste de conteúdo. A partir dos ensinamentos de Freire podemos refletir sobre o processo de ensinar, que implica o de aprender e vice-versa, envolve a paixão de conhecer que nos insere numa busca prazerosa, ainda que nada fácil. Para Paulo Freire antes de ensinar é preciso aprender. O bom aluno e o bom professor passam pela mesma necessidade da compreensão do aprender. Em Pedagogia da Autonomia, Freire estabelece relações sobre o ensinar. Ensinar exige conhecimento não apenas técnico, mas conhecimento das relações humanas, respeito ao próximo e amorosidade, reforçando a capacidade crítica do educando como ser social e histórico, como ser pensante, comunicante, transformador, criador, realizador de sonhos. Segundo Freire, ensinar não é transferir conhecimento, mas criar possibilidades para sua produção. Sua concepção de educação libertadora tem uma visão humanista crítica, estuda-se o ser humano que aprende como um todo, sendo assim não podemos pensar apenas na dimensão cognitiva. Não são considerados apenas conhecimentos, mas também escolhas e atitudes por meio de uma Educação dialógica ao pensar crítico diante de sua realidade. Ao refletir sobre a formação do professor e os desafios da contemporaneidade, a mestre em Educação Joanete explicita de modo claro pontos referidos na pedagogia freireana, que versam sobre princípios e responsabilidades profissionais frente às questões adversas que enfrentamos cotidianamente, como a autora apresenta no trecho a seguir: 34 O Projeto Político Pedagógico (PPP) na escola é a referência documentada dos processos educativos discutidos, tal documento respalda determinadas decisões a serem tomadas pelo coletivo escolar, mas é importante ter entendimento do mesmo, com a interpretação à luz de um educador com a concepção ideológica crítica, assim sob o olhar da Pedagogia Freireana o PPP será uma referência dinâmica e viva. Para que um Coordenador Pedagógico possa iniciara reflexão sobre suas ações a serem desenvolvidas no contexto escolar, é necessário que tenha conhecimento do documento que define a identidade, embasa as ações e concepções, e indicam caminhos para o processo de ensino-aprendizagem. na perspectiva freireana, currículo é a política, a teoria e a prática do que fazer na educação, no espaço escolar e nas ações que acontecem fora desse espaço, numa perspectiva crítico-transformadora. Consideramos projeto por reunir as propostas de ação dentro de um determinado período de tempo; político por considerar a escola como um espaço de formação de educandos conscientes e críticos; pedagógico por organizar as atividades educativas imprescindíveis ao processo ensino-aprendizagem, documento este que indica caminhos a seguir para direção, coordenação pedagógica, alunos, familiares e demais funcionários de apoio. 35 Portanto, o Projeto Político Pedagógico contempla muito mais do que procedimentos: um projeto bem elaborado não deixa imprecisões sobre esse caminho; precisa ser flexível para se adaptar às necessidades de aprendizagem dos alunos; um projeto “vivo e real” que não fica “guardado”, mas ativo e inacabado, pois no decorrer do ano novas propostas vão permeando o fazer pedagógico e transformando-se em um novo projeto para ser apresentado no ano seguinte. Logo, o PPP é o exercício de elaboração do saber pedagógico para orientar a prática, não definitivo, é dinâmico e em contínua construção. 36 O que é o Projeto Político Pedagógico “Por que e com qual função existe esse espaço educativo?” Essa é a indagação que serve como base para a elaboração de Projeto Político Pedagógico. Elaborar esse tipo de projeto é criar um guia para que a comunidade escolar — alunos, pais, professores, funcionários e gestores — consiga transformar sua própria realidade. Na prática, o documento estipula quais são os objetivos da instituição e o que a escola, em todas as suas dimensões, vai fazer para alcançá-los. Nele, serão considerados todos os âmbitos que compõem o ambiente educacional, como: A proposta curricular: deve ficar claro o que será ensinado e qual será a metodologia adotada. A proposta pedagógica deve trazer, ainda, as diretrizes 37 adotadas pela instituição para avaliação da aprendizagem, bem como do próprio método de ensino; Diretrizes sobre a formação dos professores: o documento deve ser claro sobre a forma como a equipe docente vai se organizar para cumprir a proposta curricular. Além disso, deve haver um plano para desenvolvimento e capacitação contínuos da equipe; Diretrizes para a gestão administrativa: para que a proposta curricular e as diretrizes sobre o corpo docente sejam cumpridas é necessário que exista um suporte administrativo bem organizado. O documento apontará o caminho para que a gestão da escola viabilize os outros pontos. Em suma, o documento funciona como um mapa para que a instituição alcance seu potencial máximo, adequando-se ao contexto no qual está inserida e contribuindo para o crescimento e o desenvolvimento de seus alunos. Qual contexto histórico possibilitou o surgimento do Projeto Político Pedagógico? Em 1996, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LBD) determinou que todas as instituições de ensino precisam ter um PPP. Mas em que contexto surgiu essa proposta? A década de 1980 foi marcada por um movimento de democratização no Brasil e no exterior. Nessa época, o mundo começou a questionar o modelo de Estado intervencionista, no qual as decisões tomadas nas instituições eram centralizadas e verticalizadas - inclusive na escola. Nesse contexto, em 1988, o Fórum Nacional em Defesa da Escola Pública começou a batalhar para que fosse instituída uma gestão democrática do ensino público, que garantisse autonomia a cada instituição de ensino. Existia uma necessidade latente para que as escolas se adaptassem às novas realidades. 38 Como consequência, o projeto pedagógico foi instituído na Constituição de 1988. A partir de então, a realidade local de cada comunidade começou a fazer parte das considerações gerais a serem analisadas na definição das diretrizes de uma escola. Quais conceitos dão forma ao Projeto Político Pedagógico? Os conceitos que aparecem no próprio nome do documento também podem ser úteis para esclarecer a necessidade e o objetivo do Projeto Político Pedagógico: » Projeto: é uma reunião de propostas que têm como objetivo a realização de uma ação. Assim, essa palavra traz a ideia de futuro, que tem como ponto de partida o presente; » Político: esse termo se refere à função social das instituições de ensino. Seu significado está relacionado à possibilidade de fazer da escola um espaço emancipatório que atua na formação de cidadãos ativos na construção da sociedade; » Pedagógico: a palavra define o conjunto de métodos utilizados na educação para que cada sujeito se desenvolva de forma global. No documento, o termo faz menção a todos os projetos e atividades educacionais que são utilizados nos processos de ensino e aprendizagem. Agora, pense em todos esses conceitos como dimensões. Se o objetivo do PPP é estipular quais são os objetivos da instituição e o que a escola fará para alcançá-los, essas dimensões são complementares. Como deve ser construído o Projeto Político Pedagógico O PPP é um documento nortear que deve ser elaborado por todas as escolas com o objetivo de orientar as práticas educacionais durante todo o ano letivo. Apesar do seu caráter formal, o Projeto Político Pedagógico deve ser acessível para todos os integrantes da comunidade escolar e para isso a construção do PPP deve ser 39 colaborativa. Ainda assim, é fundamental que exista uma figura mobilizadora que se responsabilize por conduzir esse processo, papel designado ao diretor escolar. A elaboração do Projeto Político Pedagógico pode ocorrer de diversas formas. Há instituições que o constroem por meio do Conselho Escolar, já que ele envolve representantes dos diversos segmentos da comunidade. Outras instituições optam pela participação individual ou pela formação de plenárias. Não existe um formato correto, uma vez que cada espaço educacional possui uma realidade diferente. Por outro lado, para a finalização do documento muitas instituições de ensino convocam uma equipe de especialistas pedagógicos. Embora não seja regra, essa é uma ação muito praticada, pois esses profissionais geralmente conseguem atingir um alto padrão de qualidade e de viabilidade à redação final das propostas. Por que o PPP é uma ferramenta flexível? Considerando-se o que é o Projeto Político Pedagógico e quais são os conceitos envolvidos, percebe-se que esse documento deve observar tanto a realidade da escola quanto da comunidade escolar. Isso significa que ele deve atender cada pessoa e o grupo como um todo ao mesmo tempo. É por isso que essa ferramenta deve ser completa, funcionando como um guia para o grupo, e flexível, para que se adapte às necessidades de cada estudante. Assim, é fundamental que a elaboração do PPP contemple: Plano de ação; Diretrizes pedagógicas; Quem são os envolvidos; Dados regionais sobre a aprendizagem; Contexto das famílias dos estudantes; 40 Vale ressaltar que a finalização do documento não significa o fim desse processo. O Projeto Político Pedagógico deve ser revisto periodicamente, pelo menos uma vez por ano. Essa revisão possibilita que os membros das equipes pedagógica e gestora ajustem os objetivos e os prazos de acordo com os resultados alcançados pelos alunos. 41 CONCLUSÃO Na origem da coordenação pedagógica, o coordenador era o “fiscal”, o chefe que gerenciava a produção. Hoje, deseja-se que este se configurecomo alguém que auxilia e contribui para a melhoria do processo de ensino aprendizagem, objetivando uma educação de qualidade. Sendo assim, ele é responsável pelo desenvolvimento de um Projeto Político Pedagógico e por colocar essa proposta em ação, ou seja, tirá- la do papel. O coordenador em sua atuação na escola é de agente transformador e agente formador, ou seja, sua atuação vai além do convívio e relacionamento com os professores, significa ser formador, ouvinte de opiniões, planejando e pondo em execução o dever da escola que é exercer um papel social. Dessa forma, o planejamento deve ser feito em coletivo, levando em consideração a realidade cultural na qual a escola está inserida, pois só assim alcançará os objetivos propostos. O coordenador é uma figura muito importante no processo de ensino e aprendizagem, a sua função é contribuir com a melhoria das práticas dos professores. Por meio das reuniões e das conversas durante o dia a dia, ele expõe a sua experiência e ajuda os docentes respondendo às perguntas, apontando dinâmicas que auxiliam no aprendizado e indicando material teórico que condiz com os problemas enfrentados pelos professores em sala de aula. Seu apoio pedagógico é uma das condições para que a escola tenha um bom rendimento escolar. 42 REFERENCIAS MEDONÇA, MARIA HELENA (ORG.). COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA EM FOCO. SÉRIE: SALTO PARA O FUTURO. TV ESCOLA. ANO XXII, BOLETIM 1, ABRIL DE 2012. DISPONÍVEL EM: https://pt.scribd.com/document/89542760/Coordenacao- Pedagogica-Em-Foco BARROS, SÉFORA E EUGÊNIO, BENEDITO G. O COORDENADOR PEDAGÓGICO NA ESCOLA: FORMAÇÃO, TRABALHO, DILEMAS. EDUCAÇÃO, GESTÃO E SOCIEDADE: REVISTA DA FACULDADE EÇA DE QUEIRÓS. ANO 4, NÚMERO 16, NOVEMBRO DE 2014. DISPONÍVEL EM: http://www.faceq.edu.br/regs/downloads/numero16/2-o- coordenador-pedagogico.pdf VENAS, RONALDO FIGUEIREDO. A TRANSFORMAÇÃO DA COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA AO LONGO DAS DÉCADAS DE 1980 E 1990. VI COLÓQUIO INTERNACIONAL “EDUCAÇÃO E CONTEMPORANEIDADE”. ARACAJÚ/SE. SETEMBRO, 2012. DISPONÍVEL EM: http://educonse.com.br/2012/eixo_17/PDF/47.pdf ALMEIDA, LAURINDA RAMALHO DE; PLACCO, VERA MARIA NIGRO DE SOUZA. O COORDENADOR PEDAGÓGICO E O ESPAÇO DE MUDANÇA. 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