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EM - LIVROATIVI - VOL 12

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Livro do Professor
Volume 12
Livro de 
atividades
Língua Portuguesa
Rosalina Mariana Rathlew Soares
©Editora Positivo Ltda., 2017 
Proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer meio, sem autorização da Editora.
Dados Internacionais para Catalogação na Publicação (CIP) 
(Maria Teresa A. Gonzati / CRB 9-1584 / Curitiba, PR, Brasil)
S676 Soares, Rosalina Mariana Rathlew.
 Língua portuguesa : livro de atividades : Rosalina Mariana 
Rathlew Soares. – Curitiba : Positivo, 2017.
 v. 12 : il.
 ISBN 978-85-467-1886-3 (Livro do aluno)
 ISBN 978-85-467-1885-6 (Livro do professor)
 1. Ensino médio. 2. Língua portuguesa – Estudo e ensino. 
I. Título.
CDD 373.33
©
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Si
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Relações lógicas no período composto: coordenada sindética 
explicativa × subordinada adverbial causal
23
Subordinada causal
 • Expressa a causa para o fato apresentado na oração principal.
Mantém relação de dependência em relação à oração principal. 
Ex.: Fiquei cansado porque andamos vários quilômetros. 
 (apresenta a causa do cansaço)
Valores do “que”
A palavra que pode ser:
Substantivo: precedido de determinante. Acentuada.
Ex.: O quê é uma palavra monossílaba.
Pronome
Interjeição: exprime sentimento 
de surpresa, indignação, raiva. 
Acentuada.
Preposição: equivale a de.
Advérbio de intensidade: 
intensifica um adjetivo, equivale a 
muito, quanto.
Palavra expletiva: exprime ên-
fase. Pode ser excluída.
Aditiva – equivale a e.
Explicativa – equivale a pois.
Integrante – inicia oração substantiva.
Causal – equivale a porque.
Comparativa – equivale a como.
Final – equivale a para que.
Conjunção: conectivo que introduz oração coordenada, subordina-
da substantiva ou adverbial.
Relativo – conectivo que introduz oração subordinada adjetiva; 
equivale a o(a) qual, os(as) quais.
Interrogativo – introduz frase interrogativa.
Sindética explicativa
 • Expressa uma explicação para o que se afirma na oração que 
a acompanha.
 • Acompanha, geralmente, oração coordenada com verbo no 
imperativo.
Ex.: Volte logo, porque o jantar será servido às 20 horas. 
 (explica por que se deve voltar logo)
Inferência
2 Volume 12
Concordância nominal
Regra geral
Determinantes (artigo, adjetivo, numeral e pronome adjetivo) devem concordar em gênero e número com o substantivo. 
Casos específicos
concorda(m) Exemplos
Adjetivo anteposto a dois ou mais 
substantivos
com o mais próximo.
Achou desastroso o discurso 
e a justificativa. 
Adjetivo posposto a dois ou mais 
substantivos
a) com o substantivo mais próximo;
b) com todos os substantivos.
Risos e expressões animadas: a 
turma se divertia muito.
Picou manjerona e tomilho frescos 
para temperar a carne.
Adjetivo como predicativo
com todos os substantivos, se posposto. 
Se anteposto, pode concordar com os subs-
tantivos ou apenas com o mais próximo.
Telefonia e bancos são campeões 
de reclamações no Procon de 
Rondônia.
Dois ou mais adjetivos acompa-
nhando um substantivo
com o substantivo se este estiver no singular 
(repetindo o substantivo ou apenas o artigo).
Caso esteja no plural, permanecem no 
singular.
Prefere as cores amarela e azul.
Prefere a cor amarela e a azul.
Meio/bastante/muito, só
com o substantivo se forem determinantes, 
ou seja, numeral, adjetivo ou pronome. 
Se forem advérbios, são invariáveis.
Não admito meias verdades!
Havia muitas/bastantes pessoas 
esperando-o.
Sentiam-se sós no mundo.
Estavam meio/bastante/muito 
desanimadas.
Ficaram só observando.
É bom, preciso, necessário, etc.
com o substantivo se este estiver acompa-
nhado de artigo ou pronome, do contrário, 
permanecem invariáveis.
É necessária muita paciência.
É necessário paciência.
Menos é invariável. Neste mês, tive menos despesas.
Língua Portuguesa 3
Atividades
LIBRA (23 set. a 22 out.)
Maior inclinação à vida social e a passar muito tempo conversando com amigos, colegas, vizinhos, 
em todas as engenhocas de comunicação ligadas ao mesmo tempo? Cuidado, pois Júpiter traz co-
branças por este excesso mais adiante.
1. Nos períodos compostos, muitas vezes a relação semântica entre as orações não é estabelecida pela presença de 
uma conjunção, como ocorre em “A justificativa não lhes interessa, a decisão já foi tomada há tempos”. Que relação 
a segunda oração estabelece com a primeira? Explique sua resposta.
Percebe-se que a decisão ter sido tomada há tempos não é a causa de a justificativa não lhes interessar, e sim explica-se por que razão
se defende que a justificativa não lhes interessa. Nesse caso, a relação estabelecida é de explicação.
2. Leia os fragmentos e indique se a relação estabelecida no conectivo destacado é de causa ou de explicação. 
a)
Moradora da comunidade do Vidigal, cuja entrada fica na avenida Niemeyer, Bruna Gomes, 26, disse que 
a ciclovia pode ser uma alternativa de transporte para quem vive ali.
“Fiquei feliz porque vai ajudar os moradores do Vidigal. Quem trabalha aqui perto vai poder ir e voltar de 
bicicleta com segurança. Antes era muito perigoso” [...]
OLIVEIRA, Felipe. Cariocas elogiam nova ciclovia, que liga Leblon a São Conrado. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/
cotidiano/2016/01/1730476-cariocas-elogiam-nova-ciclovia-que-liga-leblon-a-sao-conrado.shtml>. Acesso em: 18 jan. 2016.
Causa.
Explicação.
c)
b) 
FOLHA DE S.PAULO. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2016/01/1730542-astrologia.shtml>. Acesso em: 18 jan. 
2016.
Explicação.
FOLHA DE S.PAULO. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2016/01/1730547-folhainvest-responde-abri-
uma-caderneta-de-poupanca-para-meu-afilhado-foi-uma-decisao-boa.shtml>. Acesso em: 18 jan. 2016.
FOLHA DE S PAULO Disponível em: <http://www1 folha uol com br/mercado/2016/01/1730547 folhainvest responde abri
Folhainvest responde: Abri uma 
caderneta de poupança para meu 
afilhado; foi uma decisão boa?
[...] 
Certamente a poupança é um mau destino para o investimento, pois rende 
cerca de 8% ao ano (6,17% de juros + TR).[...] 
4 Volume 12
d)
O cenário exposto pela aposentada Cleide Antônia Badari, 61 anos, não é incomum.
Mesmo com o reajuste de 11,28% que será aplicado no benefício pago pelo INSS (Instituto Nacional 
do Seguro Social) neste ano, a inflação do feijão, dos planos de saúde e das apostas de loteria, por 
exemplo, avançou em ritmo bem superior do que o reajuste das aposentadorias acima do salário 
mínimo.
“Não é suficiente. Com o que eu ganho hoje em dia, mal pago o convênio. Se não fosse meu marido, 
que está na ativa, não teria o que fazer, pois o reajuste é sempre muito baixo”, reclama.
MOREIRA, Juliano. Feijão e carne subiram mais que aposentadoria. Disponível em: <http://www.agora.uol.com.br/grana/2016/01/1730550-
feijao-e-carne-subiram-mais-que-aposentadoria.shtml>. Acesso em: 18 jan. 2016.
Causa.
3. (PUC-Rio – RJ) Transforme a coordenação assindética em coordenação sindética: 
 Custódio recusou o charuto, não fumava.
Custódio recusou o charuto, pois/porque não fumava.
4. Identifique, nas frases a seguir, a relação semântica estabelecida pela conjunção que.
a) Ensaia que ensaia, mas não toma nenhuma atitude. Adição. 
b) Uma vez que se inscreva no concurso, pode começar a estudar. Condição. 
c) Animado que estava, convidou os amigos a irem com ele à festa. Causa. 
d) Implorou ao irmão que o ajudasse. Finalidade. 
e) Pediu que todos se retirassem. Integrante. 
5. Leia o fragmento a seguir e identifique a classificação morfológica de cada ocorrência da palavra que.
A língua sem erros
Nossa tradição escolar sempre desprezou a língua viva, falada no dia a dia, como se fosse toda errada, uma 
forma corrompida de falar “a língua de Camões”. Havia (e há) a crença forte de que1 é missão da escola 
“consertar” a língua dos alunos, principalmente dos que2 frequentam a escola pública. Com isso, abriu-
-se um abismo profundo entre a língua (e a cultura) própriados alunos e a língua (e a cultura) própria da 
escola, uma instituição comprometida com os valores e as ideologias dominantes. Felizmente, nos últimos 
20 e poucos anos, essa postura sofreu muitas críticas e cada vez mais se aceita que3 é preciso levar em conta 
o saber prévio dos estudantes, sua língua familiar e sua cultura característica, para, a partir daí, ampliar seu 
repertório linguístico e cultural.
BAGNO, Marcos. A língua sem erros. Disponível em: <http://marcosbagno.files.wordpress.com/2013/08/a-lic281ngua-sem-erros.pdf>. Acesso 
em: 5 nov. 2014.
1. Conjunção integrante (inicia substantiva completiva nominal). 
2. Pronome relativo (inicia adjetiva restritiva). 
3. Conjunção integrante (inicia substantiva subjetiva). 
Língua Portuguesa 5
6. Classifique as palavras que observadas neste fragmento da crônica “Mania de Perseguição”, de Ferreira Gullar:
Quando voltava para casa, percebi que o pneu estava vazio e tive que trocá-lo sem ajuda de ninguém, pois 
era tarde da noite e a rua estava deserta.
GULLAR, Ferreira. Poesia completa, teatro e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2008.
Conjunção integrante e preposição, respectivamente.
7. (UEL – PR)
Celular: necessidade ou vício?
A sensação de angústia por estar sem o aparelho 
pode ser indício de doença
Saúde em Pauta Online
Mãe empurrando carrinho com bebê que, sem ela perceber, atola nos buracos da calçada enquanto 
ela fala compenetrada ao celular. Pessoas atravessando a rua distraidamente e, por muito pouco, não 
são atropeladas por estarem prestando mais atenção na conversa ao telefone móvel. Alguns já devem 
ter presenciado essas cenas que ilustram muito bem como cada vez mais usuários estão se tornando 
totalmente dependentes desse aparelho telefônico.
Mas como identificar quando esta atitude pode ser considerada normal ou uma evidência de doença? 
Qual a diferença entre sofrer com a ausência do aparelho e ser completamente escravo dele? “Percebe-
-se quando o uso é excessivo quando a pessoa passa praticamente o dia inteiro fazendo e recebendo 
ligações e trocando mensagens, tem vários aparelhos, deixa de fazer tarefas básicas do cotidiano por não 
desgrudar do aparelho e sofre mal-estar quando esquece o celular em casa. Estes são fortes indícios de 
que o hábito virou uma doença”, revela Miriam Barros, psicóloga especialista em distúrbios do humor.
A patologia tem nome: nomofobia, que significa medo ou sensação de angústia de ficar incomuni-
cável, estar longe do aparelho ou mesmo desconectado da internet. “Ultimamente essa fobia está sendo 
associada ao transtorno de ansiedade porque a pessoa chega a ter taquicardia e suar frio quando está 
longe do celular. São as mesmas sensações de quando se está no meio do estresse, tristeza ou pressão 
no trabalho e se buscam artifícios de escape como fumar, comer em excesso ou ingerir um chocolate 
para manter a calma. Isso mostra que é hora de procurar um médico”, alerta a psicóloga.
E como não cair nessa armadilha tão prazerosa, já que os celulares têm aparatos tecnológicos cada 
vez mais imprescindíveis para os nossos dias? “Preste mais atenção na vida que você está levando. É 
preciso dosar todas as atitudes no lar, no trabalho, no lazer e na vida amorosa. Todas as atividades co-
tidianas têm que ser balanceadas e satisfatórias, incluindo uma atividade física que alivie as tensões”, 
recomenda Miriam.
É inegável que o celular também é uma forma de nos acalmar e integrar em várias situações nesses 
tempos modernos, onde somos cobrados de tantas coisas. Nele dispomos de rádio, de câmera, de in-
ternet e de tudo mais que dá uma sensação de ter controle de tudo e capacidade para resolver qualquer 
problema, incluindo as carências afetivas. Por isso mesmo, como recomenda a psicóloga, é importante 
ter cautela na sua utilização e lembrar que há algum tempo ele não existia e mesmo assim mantínha-
mos contato com o mundo.
Disponível em: <http://gazetaonline.globo.com/_conteudo/2011/11/vida_saudavel/noti cias/1021364-celular-necessidade-ou-vicio.
html>. Acesso em: 14 ago. 2014. Texto adaptado.
 Assinale o que for correto quanto às funções do vocábulo “que” no texto.
 I. Na linha 4, introduz uma oração subordinada adjetiva restritiva e funciona como sujeito.
 II. Na linha 11, introduz oração subordinada adjetiva restritiva e funciona como objeto indireto.
 III. Na linha 19, introduz uma oração subordinada adjetiva restritiva e funciona como objeto direto.
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6 Volume 12
 Estão corretas:
a) I e II apenas.
b) II e III, apenas.
X c) I e III, apenas.
d) I, II e III.
8. Assinale a alternativa em que a palavra meio NÃO deveria variar, em virtude de ser advérbio:
a) Uma xícara e meia de açúcar é quantidade suficiente para fazer o bolo.
X b) Minha mãe vive meia assustada, com as notícias de tantos assaltos.
c) Não acredite totalmente no que ouviu, pois ele usou de meias palavras.
d) Nas casas do interior, há sempre meia dúzia de galinhas sendo criadas.
e) Vá depressa para o almoço, pois já é meio-dia e meia. 
9. (UNCISAL) 
Aquilo que não mata só nos faz fortalecer
Vivendo aprendi que é só fazer por merecer
Que passo a passo um dia a gente chega lá
Pois não existe mal que não possa acabar
Não perca a fé em Deus, fé em Deus
Que tudo irá se acertar
NOGUEIRA, Diogo. Fé em Deus. Disponível em: <http://letras.mus.br/diogo-nogueira/1062615/>. Acesso em: 28 out. 2015.
 O vocábulo que foi empregado, pelo compositor da canção, como pronome relativo
a) em apenas uma ocorrência.
X b) em apenas duas ocorrências.
c) em apenas três ocorrências.
d) em apenas quatro ocorrências.
e) nas cinco ocorrências.
10. (UEL – PR) “Podia-se levar tombo, que a terra-vermelha é escorregadia, e sujar a roupa lavada em tanque e secada 
em varal quando a poeira baixava.”
 No período acima, estabelecem-se relações de:
a) explicação e proporcionalidade
b) concessão e temporalidade
c) conclusão e causalidade
X d) explicação e temporalidade
e) concessão e condicionalidade
11. (UFAL)
Luís Tinoco foi ter com ele. Levou-lhe o soneto e a ode impressos, e mais algumas produções não pu-
blicadas. Essas orçavam pela ode ou pelo soneto. Apareciam imagens safadas, expressões comuns, frouxo 
alento e nenhuma arte.
(Machado de Assis)
Língua Portuguesa 7
 Considerando a concordância nominal, em qual opção a reescrita da oração sublinhada no texto apresenta um uso 
indevido? 
a) Levou-lhe impresso o soneto e a ode. 
b) Levou-lhe impressa a ode e o soneto. 
c) Levou-lhe a ode e o soneto impresso. 
X d) Levou-lhe impressas a ode e o soneto. 
e) Levou-lhe a ode e o soneto impressos.
12. (UFRR) Assinale a opção em que a concordância nominal está INCORRETA:
a) O carro tinha um dos faróis queimados.
X b) Ele trazia muito bem tratados a barba e os cabelos.
c) Nesta circunstância, Vossa Excelência está enganada, Doutor Juiz.
d) Há muitos anos que coleciono selos e moedas raras.
e) As matas foram bastante danificadas pelo fogo.
13. (CESGRANRIO – RJ) “Noites pesadas de cheiros e calores amontoados…”
 Aponte a opção em que, substituídos os substantivos destacados acima, fica incorreta a concordância de “amontoado”.
a) nuvens e brisas amontoadas
b) odores e brisas amontoadas
c) nuvens e morros amontoados
d) morros e nuvens amontoados
X e) brisas e odores amontoadas
14. (EsPCEx – SP) Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas do período abaixo. “Informaram aos can-
didatos que, ___________, seguiam a comunicação oficial, o resultado e a indicação do local do exame médico, e 
que estariam inteiramente à ________ disposição para verificação.” 
a) anexo – vossa 
X b) anexos – sua 
c) anexo – sua 
d) anexas – vossa 
e) anexos – vossa
15. (EsPCEx – SP) Assinale a alternativa em que a palavra “bastante(s)” está empregada corretamente, de acordo com a 
norma culta da Língua. 
a) Os rapazes eram bastantes fortes e carregaram a caixa. 
b) Há provasbastante para condenar o réu. 
X c) Havia alunos bastantes para completar duas salas.
d) Temos tido bastante motivos para confiar no chefe. 
e) Todos os professores estavam bastantes confiantes.
8 Volume 12
 I. O adjetivo anteposto pode concordar com o termo 
mais próximo quando se refere a dois ou mais subs-
tantivos.
 II. O adjetivo posposto pode concordar com o substan-
tivo mais próximo. 
 III. O adjetivo posposto pode concordar no plural no 
mesmo gênero dos substantivos se eles forem do 
mesmo gênero. 
 IV. O adjetivo posposto pode concordar no masculino 
plural se os substantivos forem de gêneros diferentes. 
( III/II ) Pães e assados saborosos cobriam a mesa. 
( I ) O júri considerou culpado o rapaz e a namorada.
( II ) Comprou lírios e rosas perfumadas. 
( I ) Julgou falha a justificativa e o recurso.
(IV/II ) Saboreou frutas e legumes frescos.
( II ) Saboreou legumes e frutas frescas.
( III/II ) Encheu o armário de blusas e saias novas.
17. (UEL – PR)
FOLHA – Seus estudos mostram que, entre os mais escolarizados, há maior preocupação com a corrup-
ção. O acesso à educação melhorou no país, mas a aversão à corrupção não parece ter aumentado. Não se 
vê mais mobilizações como nos movimentos pelas Diretas ou no Fora Collor. Como explicar?
ALMEIDA – Esta questão foi objeto de grande controvérsia nos Estados Unidos. Quanto maior a es-
colarização, maior a participação política. Mas a escolaridade também cresceu lá, e não se viu aumento 
de mobilização. O que se discutiu, a partir da literatura mais recente, é que, para acontecerem grandes 
mobilizações, é necessária também a participação atuante de uma elite política. No caso das Diretas-Já, 
por exemplo, essa mobilização de cima para baixo foi fundamental. O governador de São Paulo na época, 
Franco Montoro, estava à frente da mobilização. No Rio, o governador Leonel Brizola liberou as catracas do 
metrô e deu ponto facultativo aos servidores. No caso de Collor, foi um fenômeno mais raro, pois a mobi-
lização foi mais espontânea, mas não tão grande quanto nas Diretas. Porém, é preciso lembrar que Collor 
atravessava um momento econômico difícil. Isso ajuda a explicar por que ele caiu com os escândalos da 
época, enquanto Lula sobreviveu bem ao mensalão. Collor não tinha o apoio da elite nem da classe média 
ou pobre. Já Lula perdeu apoio das camadas mais altas, mas a população mais pobre estava satisfeita com 
o desempenho da economia. Isso fez toda a diferença nos dois casos. A preocupação de uma pessoa muito 
pobre está muito associada à sobrevivência, ao emprego, à saúde, à própria vida. Para nós, da elite, jornalis-
tas, isso já está resolvido e outras questões aparecem como mais importantes. São dois mundos diferentes.
(Adaptado de: GOIS, Antonio. Mais conscientes, menos mobilizados. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br//fsp/mais/fs2607200914.
htm>. Acesso em: 26 jul. 2009).
 Observe o seguinte período: “O que se discutiu, a partir da literatura mais recente, é que, para acontecerem grandes 
mobilizações, é necessária também a participação atuante de uma elite política.”. 
a) Do ponto de vista da norma culta, há um problema de concordância, pois a forma correta de se grafar a expressão 
seria “é necessário”.
b) Há um problema de pontuação, pois não se deve usar vírgula para separar o sujeito “grandes mobilizações” do 
predicado “é necessária também”.
c) A expressão grifada destaca um erro de concordância com o sujeito “grandes mobilizações”.
X d) A expressão grifada aparece flexionada em gênero e número, pois concorda com o sujeito posposto “a participação 
atuante”.
e) Do ponto de vista da norma culta, pode-se dizer que há uma inadequação, pois o autor usou a expressão “é ne-
cessária” no lugar da expressão “é precisa”.
16. Leia com atenção a coluna com as normas de concordância nominal com o adjetivo anteposto e posposto ao subs-
tantivo e a outra com frases que exemplificam essas regras. Em seguida, relacione-as adequadamente.
Língua Portuguesa 9
18. (UEFS – BA) Quanto à análise do cartaz de uma exposição do Museu de Língua Portuguesa, é correto afirmar:
a) O contexto denuncia uma sociedade desigual e preconceituosa, que exclui aqueles que só utilizam uma variação 
linguística.
b) A ocorrência da palavra “menas” será validada pela gramática normativa, pois, pelo fato de ser utilizada frequen-
temente, passa a existir.
c) Uma palavra só existe, para o enunciador do texto, quando é aceita pela maioria dos falantes de uma língua, como 
é o caso de “menas”.
X d) O jogo de palavras, presente na relação entre “certo” e “errado”, sugere que o conceito desses dois termos está 
condicionado a diferentes perspectivas.
e) O certo e o errado, na concepção do publicitário, são conceitos que não podem ser levados em conta pela gramá-
tica normativa, mesmo diante do uso de um termo amplamente difundido.
19. A ocorrência da palavra “menas” no cartaz de uma exposição do Museu de Língua Portuguesa está de acordo com as 
variedades urbanas de prestígio? Justifique sua resposta.
A variação da palavra menos não é aceita pela norma-padrão ou pelas variedades urbanas de prestígio. Por ser advérbio, é palavra 
invariável. “Menas” encontra-se em variedades desprestigiadas da língua portuguesa.
 Texto para as questões 18 e 19.
MENAS: O certo do errado e o errado do certo. Disponível em: 
<http://1.bp.blogspot.com/_9REWsMd1bgo/S6wKBKKiMqI/ 
AAAAAAAAKwg/glzfj76ugCw/s1600/convite_menas.jpg>. 
Acesso em: 4 nov. 2014.
10 Volume 12
ANDRADE, Mário de. A lição do amigo: cartas de Mário de Andrade a Carlos Drummond de Andrade. Rio de Janeiro: J. Olympio, 1982, pp. 3-5.
“Inúmeros são os casos de troca de correspondência entre artistas, escritores, músicos, cineastas, teatró-
logos e homens comuns em nossa tradição literária. Mário de Andrade, por exemplo, foi talvez o maior 
de nossos missivistas. Escreveu e recebeu cartas de Manuel Bandeira, Carlos Drummond de Andrade, 
Tarsila do Amaral, Câmara Cascudo, Pedro Nava, Fernando Sabino, só para citar alguns. O conjunto de 
sua correspondência não só nos ajuda a conhecer o seu pensamento, seus valores e sua própria vida, como 
também entender boa parte da história e da cultura brasileira do século XX.”
DINIZ, Júlio. “Cartas: narrativas do eu e do mundo”. In Leituras compartilhadas – cartas. Fascículo especial 2, ano 4. Rio de Janeiro: Leia 
Brasil / Petrobras, 2004, p. 10.
 A partir da leitura do trecho da carta de Mário a Drummond e do comentário acima, responda aos seguintes itens: 
a) Segundo o autor, do fato de certas pessoas não terem gosto verdadeiro pela vida decorrem algumas consequên-
cias. Quais são elas?
Cansaço, tristeza e, o que seria ainda pior, alegria fingida. 
b) Observando a concordância nominal empregada em cada um dos enunciados abaixo, aponte as diferenças de 
significado existentes entre eles.
A – moços de tendência modernista brasileiros
B – moços de tendência modernista brasileira
No enunciado A, trata-se de moços brasileiros com tendência modernista; no enunciado B, trata-se de moços cuja tendência modernista
é brasileira. 
São Paulo 10 de Novembro, 1924
Meu caro Carlos Drummond
 (...) Eu sempre gostei muito de viver, de maneira que nenhuma manifestação da vida me é indiferente. 
Eu tanto aprecio uma boa caminhada a pé até o alto da Lapa como uma tocata de Bach e ponho tanto 
entusiasmo e carinho no escrever um dístico que vai figurar nas paredes dum bailarico e morrer no 
lixo depois como um romance a que darei a impassível eternidade da impressão. Eu acho, Drummond, 
pensando bem, que o que falta pra certos moços de tendência modernista brasileiros é isso: gostarem de 
verdade da vida. Como não atinaram com o verdadeiro jeito de gostar da vida, cansam-se, ficam tristes ou 
então fingem alegria o que ainda é mais idiota do que ser sinceramente triste. Eu não posso compreender 
um homem de gabinete e vocês todos, do Rio, de Minas, do Norte me parecem um pouco de gabinete 
demais. Meu Deus! se eu estivesse nessasterras admiráveis em que vocês vivem, com que gosto, com que 
religião eu caminharia sempre pelo mesmo caminho (não há mesmo caminho pros amantes da Terra) 
em longas caminhadas! Que diabo! estudar é bom e eu também estudo. Mas depois do estudo do livro 
e do gozo do livro, ou antes vem o estudo e gozo da ação corporal. (...) E então parar e puxar conversa 
com gente chamada baixa e ignorante! Como é gostoso! Fique sabendo duma coisa, se não sabe ainda: é 
com essa gente que se aprende a sentir e não com a inteligência e a erudição livresca. Eles é que conser-
vam o espírito religioso da vida e fazem tudo sublimemente num ritual esclarecido de religião. Eu conto 
no meu “Carnaval carioca” um fato a que assisti em plena Avenida Rio Branco. Uns negros dançando o 
samba. Mas havia uma negra moça que dançava melhor que os outros. Os jeitos eram os mesmos, mesma 
habilidade, mesma sensualidade mas ela era melhor. Só porque os outros faziam aquilo um pouco de-
corado, maquinizado, olhando o povo em volta deles, um automóvel que passava. Ela, não. Dançava 
com religião. Não olhava pra lado nenhum. Vivia a dança. E era sublime. Este é um caso em que tenho 
pensado muitas vezes. Aquela negra me ensinou o que milhões, milhões é exagero, muitos livros não me 
ensinaram. Ela me ensinou a felicidade.
20. (PUC-Rio – RJ)
 Texto: 
1
5
10
15
20
Língua Portuguesa 11
Pressupostos e 
subentendidos
24
12 Volume 12
Exemplo
Que Verbo concorda com o termo antecedente. 
Fomos nós que perdemos dinheiro com esse 
investimento.
Quem
Verbo concorda com: 
a) o pronome, ficando na 3ª. pessoa do sin-
gular; 
b) o termo antecedente.
Fui eu quem fez este bolo.
Fui eu quem fiz este bolo.
Número percen-
tual ou fracionário
Verbo concorda com o numeral.
Se vier especificado, pode concordar também 
com a expressão especificadora.
Apenas 1% da população concorda com aumento de 
impostos.
Apenas 10% da população concordam com aumento 
de impostos.
Apenas um terço da população concorda com 
aumento de impostos.
Apenas dois terços dos eleitores concordam com 
aumento de impostos.
Expressão aproxi-
mativa seguida de 
numeral
Verbo concorda com o numeral.
 
Obs.: Se a ação exprimir reciprocidade, o 
verbo é flexionado no plural.
Mais de um atleta se inscreveu para competir.
Mais de dois atletas se inscreveram para 
competir.
Mais de um atleta se cumprimentaram antes da 
competição.
Expressões 
partitivas
Verbo concorda com a expressão, portanto, 
fica no singular: 
Se vier especificada, pode concordar também 
com a expressão especificadora.
A maioria aprovou o novo estatuto. 
A maioria dos acionistas aprovaram o novo 
estatuto.
Substantivo 
coletivo
Verbo concorda com o substantivo.
Se vier especificado, pode concordar também 
com a expressão especificadora.
A turma falava sem parar. 
A turma de crianças falavam sem parar.
Nomes próprios 
no plural 
Verbo concorda com o artigo, quando houver.
 
Se não houver artigo, o verbo deverá ser 
flexionado no singular.
Os Andes são a maior cadeia de montanhas das 
Américas.
Minas Gerais é um importante estado brasileiro.
Concordância verbal
Na maioria das situações, o verbo concorda com o núcleo do sujeito simples ou desinencial em pessoa e número. Há, no entanto, alguns casos 
que podem causar dúvidas ou que não se enquadram na regra geral de concordância verbal.
Casos especiais de concordância verbal
Língua Portuguesa 13
Um dos que
Verbo concorda com a palavra dos (equiva-
lente a daqueles) e fica no plural.
Se a intenção é destacar o indivíduo dentro do 
grupo, fica no singular.
Ele se revelou um dos que mais 
se esforçaram no curso.
Jairo foi um dos que conquistou minha confiança.
Concordância 
ideológica 
(silepse)
Verbo concorda com uma ideia, e não com 
uma forma gramatical. 
Pode ser de número ou de pessoa.
A criançada passava pela praça e 
gritavam como maritacas.
Os eleitores somos responsáveis por escolher bem 
os candidatos.
Verbos impessoais 
(“fazer”, “haver” 
e fenômenos da 
natureza)
O verbo permanece na 3.ª pessoa do singular.
Nesta esquina, houve vários acidentes.
Nesta cidade, faz dias gelados!
VTD + partícula 
apassivadora SE
Há sujeito na oração e o verbo deve concordar 
com o núcleo deste, como determina a regra 
geral.
Espera-se grande avanço nas negociações.
VI ou VTI + partí-
cula de indetermi-
nação do sujeito 
SE
Como o sujeito, nesse caso, é indeterminado, 
o verbo deve ser flexionado na 3.ª pessoa do 
singular.
Precisa-se de manobristas.
Verbo “ser”
Deve concordar com:
a) nome de pessoa;
b) pronome pessoal;
c) palavra no plural.
Maria e Renato são sua alegria.
Sua esperança somos nós.
A solidão eram aqueles dias de chuva e frio.
Sujeito composto
Se o sujeito for posposto, deve concordar com 
todos os núcleos. 
Se anteposto, pode concordar:
a) com todos os núcleos;
b) com o mais próximo.
O professor e os alunos entraram na sala.
Entraram na sala o professor e os alunos.
Entrou na sala o professor e os alunos.
Núcleos sinônimos
a) O verbo concorda com todos os núcleos. 
b) O verbo concorda com a ideia que ambas as 
palavras expressam, ficando no singular.
A tristeza, a melancolia acompanhavam-no 
diariamente.
A tristeza, a melancolia acompanhava-o diariamente.
Núcleos em 
gradação
a) O verbo concorda com todos os núcleos.
b) O verbo concorda com a ideia que as pala-
vras expressam, ficando no singular.
Um aceno, um sorriso, uma palavra serviam-lhe 
de estímulo.
Um aceno, um sorriso, uma palavra servia-lhe de es-
tímulo.
Pronome 
resumidor
O verbo concorda com o pronome resumidor. Pedidos, súplicas, ameaças, nada o demovia de 
sua intenção.
Língua Portuguesa 13
Atividades
1. (ACAFE – SC) Assinale a frase correta quanto à concordância verbal. 
a) Como faziam anos que meu marido tinha morrido, contratei três empregados que era suficiente para cuidar da 
fazenda. 
X b) Compraram-se alguns equipamentos necessários à adequação da nossa indústria às atuais exigências de mercado.
c) Talvez possam haver soluções melhores do que estas, mas nenhuma delas foram sugeridas até agora. 
d) Ainda não havia soado 11 horas da noite, quando bateu à porta: eram três meninos das redondezas.
2. (EsPCEx – SP) Assinale a alternativa que apresenta uma oração correta quanto à concordância. 
a) Sobre os palestrantes tem chovido elogios. 
b) Só um ou outro menino usavam sapatos. 
c) Mais de um ator criticaram o espetáculo. 
d) Vossa Excelência agistes com moderação. 
X e) Mais de um deles se entreolharam com espanto.
3. (PUCRS)
As transformações que _____ ocorrido na sociedade contemporânea, em especial a partir dos anos 70, 
_____ propiciando mudanças nas relações científicas estabelecidas com o ambiente internacional. Um 
evento norteador das transformações societais e decisivo para essas mudanças foi a globalização, que 
_____ fortes evidências do entrosamento entre ciência e sociedade e _____ a dinâmica de produção do 
conhecimento, com efeitos no Ensino Superior sobretudo, realçando a importância da internacionaliza-
ção nas funções de transmitir e produzir conhecimento.
Universidade, ciência, inovação e sociedade. 36.º Encontro Anual da ANPOCS. (Texto adaptado)
 Assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente, as lacunas do texto. 
a) tem – vem – trouxe – alterou 
X b) têm – vêm – trouxe – alterou
c) tem – veem – trouxe – alterou 
d) tem – veem – trouxeram – alteraram 
e) têm – vêm – trouxeram – alteraram 
4. Nas frases a seguir, observe os verbos destacados, todos no singular.
 I. Há poucos anos, tudo isso era área verde; hoje é concreto.
 II. Sequer esperança há de que o avô sobreviva.
 III. Por esta escola passou o pai, o filho e o neto.
 IV. No coração, cabe tanto o amor como o ódio.
 Considerando as regras de concordância da norma-padrão, explique a razão de, nessas frases, o verbo haver ficar no 
singular e de os verbos passar e caber também poderem ser flexionados no plural:passaram e cabem.
O verbo haver, quando expressa tempo decorrido ou existência, é impessoal e, por isso, permanece na 3.ª pessoa do singular. Já os 
verbos passar e caber devem concordar com o respectivo sujeito. No caso de o sujeito vir posposto, o verbo pode concordar com o 
núcleo mais próximo, como acontece nas frases III e IV, ou concordar com todos os núcleos. Nesse caso, teríamos: Por esta escola 
passaram o pai, o filho e o neto. No coração, cabem tanto o amor como o ódio.
14 Volume 12
5. (ACAFE – SC) Assinale a alternativa em que o verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se numa forma do 
plural para preencher adequadamente a lacuna da frase. 
a) Não (competir) aos estudantes recém-matriculados ponderar as vantagens ou as desvantagens do 
novo sistema acadêmico. 
b) As promoções a que (parecer) expor-se o consumidor induzem-no a endividar-se sempre mais.
X c) Será que (haver) de consolar um solitário prisioneiro americano em Guantánamo essas duvidosas 
vantagens do uso das máquinas de escrever? 
d) Sobre muitos de nós (poder) ainda cair alguma responsabilidade pela decisão de autorizar o fecha-
mento dos bares após a meia-noite. 
6. (UEL – PR) Assinale a alternativa que NÃO segue as normas cultas de concordância.
a) Desconheciam-se as noções de risco que se conhecem hoje. 
b) Não se pesavam as consequências da escolha de uma carreira. 
c) Contemplou-se o lado negativo dos avanços tecnológicos.
d) Aprendeu-se a temer acidentes, poluição, extinção de espécies. 
X e) Questionou-se os avanços tecnológicos com consequências desconhecidas.
7. (ACAFE – SC) Assinale a frase correta quanto à concordância verbal. 
a) Gostaria também que fosse marcado nas plantas encaminhadas os espaços que foram inventariados pelo 
Patrimônio da União. 
b) Passou pela minha cabeça as estradas de terra, as viagens de barcos pelos rios do Pará, as entrevistas com as 
pessoas humildes, as histórias de vida (verdadeiras lições que não se aprende na escola). 
c) Peço que seja mandado para mim, o mais breve possível, as informações que combinamos. 
X d) Se vocês virem todos os detalhes do projeto com mais atenção, hão de concluir que ele não será ecologicamente 
sustentável, nem será tampouco viável economicamente.
8. (PUCPR) Indique a alternativa em que o verbo haver foi empregado violando a norma-padrão da língua.
a) Diogo mudou-se há poucos dias para esta cidade.
b) Maria estava naquela escola havia seis meses.
c) Em relação ao concurso, poderá haver casos que precisem de tratamento especial.
X d) No espetáculo de domingo, estima-se que haviam mais de três mil espectadores.
e) Há suspeitas de que alguns hackers haviam espionado o país. 
9. (UFMT)
 pouco mais de uma década quase não genomas completos para serem anali-
sados. Hoje programas e mão de obra para dar conta da quantidade de sequências 
de DNA já depositadas em bases públicas de dados e que saem diariamente de uma nova geração de se-
quenciadores. Extremamente velozes, essas máquinas determinam os pares de bases do material genético, 
as chamadas letras químicas, a um preço milhares de vezes menor do que no início dos anos 2000, quando 
chegou ao fim a epopeia de sequenciar o primeiro genoma humano.
(Pesquisa Fapesp, fevereiro de 2013. Adaptado.)
Língua Portuguesa 15
 Em conformidade com a norma-padrão da língua portuguesa, as lacunas do texto devem ser preenchidas, respecti-
vamente, com: 
X a) Há – havia – faltam – especializada.
b) A – tinham – falta – especializado. 
c) À – haviam – faltam – especializados. 
d) A – existiam – falta – especializada. 
e) Há – tinha – falta – especializados.
 Texto para as questões 10 e 11.
Verba testamentária
“... Item, é minha última vontade que o caixão, em que o meu corpo houver de ser enterrado, seja fabri-
cado em casa de Joaquim Soares, à rua da Alfândega. Desejo que ele tenha conhecimento desta disposição, 
que também será pública. Joaquim Soares não me conhece; mas é digno da distinção, por ser dos nossos 
melhores artistas, e um dos homens mais honrados da nossa terra...” 
Cumpriu-se à risca esta verba testamentária. Joaquim Soares fez o caixão em que foi metido o corpo do 
pobre Nicolau B. de C.; fabricou-o ele mesmo, com amore; e, no fim, por um movimento cordial, pediu 
licença para não receber nenhuma remuneração. Estava pago; o favor de defunto era em si mesmo um 
prêmio insigne. Só desejava uma coisa: a cópia autêntica da verba. Deram-lha; ele mandou-a encaixilhar 
e pendurar de um prego, na loja. Os outros fabricantes de caixões, passado o assombro, clamaram que o 
testamento era um despropósito. Felizmente — e esta é uma das vantagens do estado social —, felizmente, 
todas as demais classes acharam que aquela mão, saindo do abismo para abençoar a obra de um operário 
modesto, praticara uma ação rara e magnânima. Era em 1855; a população estava mais conchegada; não 
se falou de outra coisa. O nome do Nicolau reboou por muitos dias na imprensa da corte, donde passou à 
das províncias. Mas a vida universal é tão variada, os sucessos acumulam-se em tanta multidão, e com tal 
presteza, e, finalmente, a memória dos homens é tão frágil, que um dia chegou em que a ação de Nicolau 
mergulhou de todo no olvido. 
Não venho restaurá-la. Esquecer é uma necessidade. A vida é uma lousa, em que o destino, para escrever 
um novo caso, precisa apagar o caso escrito. Obra de lápis e esponja. Não, não venho restaurá-la. Há mi-
lhares de ações tão bonitas, ou ainda mais bonitas do que a do Nicolau, e comidas do esquecimento. Venho 
dizer que a verba testamentária não é um efeito sem causa; venho mostrar uma das maiores curiosidades 
mórbidas deste século. 
Sim, leitor amado, vamos entrar em plena patologia. Esse menino que aí vês, nos fins do século passa-
do (em 1855, quando morreu, tinha o Nicolau sessenta e oito anos), esse menino não é um produto são, 
não é um organismo perfeito. Ao contrário, desde os mais tenros anos, manifestou por atos reiterados 
que há nele algum vício interior, alguma falha orgânica. Não se pode explicar de outro modo a obsti-
nação com que ele corre a destruir os brinquedos dos outros meninos, não digo os que são iguais aos 
dele, ou ainda inferiores, mas os que são melhores ou mais ricos. Menos ainda se compreende que, nos 
casos em que o brinquedo é único, ou somente raro, o jovem Nicolau console a vítima com dois ou três 
pontapés; nunca menos de um. Tudo isso é obscuro. Culpa do pai não pode ser. O pai era um honrado 
negociante ou comissário [...], que viveu com certo luzimento no último quartel do século, homem 
ríspido, austero, que admoestava o filho, e, sendo necessário, castigava-o. Mas nem admoestações, nem 
castigos, valiam nada. O impulso interior do Nicolau era mais eficaz do que todos os bastões paternos; 
e, uma ou duas vezes por semana, o pequeno reincidia no mesmo delito. Os desgostos da família eram 
profundos. Deu-se mesmo um caso, que, por suas gravíssimas consequências, merece ser contado.
ASSIS, Machado de. In: Contos – Uma Antologia. Seleção, introdução e notas de John Gledson. São Paulo: Companhia das Letras, 1998. 
p. 411-413.
16 Volume 12
10. (FMP – RJ) Em que período se verifica concordância que respeita a norma-padrão? 
a) Haviam variados fabricantes de caixão na época. 
b) Meu avô providenciou mais de um testamentos. 
c) Fazem muitas décadas que Nicolau morreu. 
X d) A maior parte das pessoas não se preocupa com testamentos. 
e) Existe determinadas boas ações que são comentadas por anos.
11. Leia o fragmento a seguir, observando como se dão as concordâncias verbais.
Cumpriu-se à risca esta verba testamentária. Joaquim Soares fez o caixão em que foi metido o corpo 
do pobre Nicolau B. de C.
a) Reescreva o trecho e substitua “o corpo do pobre Nicolau B.de C.” por “os corpos das pobres vítimas”. Faça as 
adequações necessárias.
Cumpriu-se à risca essa verba testamentária. Joaquim Soares fez os caixões em que foram metidos os corpos das pobres vítimas.
b) Justifique a concordância feita em sua reescrita do fragmento.
Em caso de voz passiva, seja sintética ou analítica, a forma verbal deve concordar com o sujeito paciente. Foi o que ocorreu em 
“foram metidos os corpos das pobres vítimas”, em que o sujeito, cujo núcleo é “corpos”, pede a forma verbal flexionada no plural.
12. Assinale a opção não aceita pelas normas de concordância verbal.
a) Pesquisa aponta que 92,7% dos brasileiros querem a redução da maioridade penal. 
b) Pesquisa aponta que 92,7% da população quer a redução da maioridade penal. 
c) Mesma pesquisa mostra que 49,7% se apresentam contrários à união civil de pessoas de mesmo sexo. 
d) A maioria (54,2%) se revelou também contra a aprovação de uma lei permitindo o casamento de pessoas do mes-
mo sexo. 
X e) Um terço não sabem ou não responderam à pesquisa.
13. (UFPE) Conforme as regras da concordância verbal, a alternativa em que o enunciado está corretamente redigido é: 
a) Poderiam haver outros sinais de que estamos mais conscientes da necessidade de cuidar do meio ambiente. 
b) Outros sinais existe de que estamos mais conscientes da necessidade de cuidar do meio ambiente. 
c) Que outros sinais haveriam de que estamos mais conscientes da necessidade de cuidar do meio ambiente?
X d) Que outros sinais haveriam de ter surgido com relação ao fato de que estamos mais conscientes da necessidade 
de cuidar do meio ambiente?
e) Foi mostrado amplamente alguns sinais de que estamos mais conscientes da necessidade de cuidar do meio ambiente. 
Língua Portuguesa 17
14. (UFTM – MG) Tendo por referência a norma-padrão da língua, a frase – Há famílias destruídas e cadáveres demais 
dos dois lados da Dutra. – pode ser parafraseada por: 
X a) Existem famílias destruídas e bastantes cadáveres dos dois lados da Dutra.
b) Têm-se famílias destruídas e bastante cadáveres dos dois lados da Dutra. 
c) Existe famílias destruídas e bastante cadáveres dos dois lados da Dutra. 
d) Vê-se famílias destruídas e bastantes cadáveres dos dois lados da Dutra. 
e) Veem-se famílias destruídas e bastante cadáveres dos dois lados da Dutra.
15. (INSPER – SP)
Até mesmo a asa-branca
Bateu asas do sertão, 
Então, eu disse: “Adeus, Rosinha, 
Guarda contigo meu coração.”
(Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira, “Asa-branca”)
Já faz três noites que pro norte relampeia, 
A asa-branca ouvindo o ronco do trovão 
Já bateu asas e voltou pro meu sertão, 
Ai, ai, eu vou-me embora, vou cuidar da plantação.
(Luiz Gonzaga e Zé Dantas, “A volta da asa-branca”)
“Os brasileiros somos assim”. Este é, segundo João Candido Portinari, a mensagem da obra de seu pai, o 
pintor Candido Portinari, ao povo brasileiro. Segundo ele, o recado nunca chegou de fato ao destinatário 
planejado, já que 95% das obras do paulista estão em coleções privadas. 
PONTES, Trajano. Portinari ganha portal reformulado na internet. Folha de S. Paulo, São Paulo, fev. 2013. Disponível em: <http://folha.com/
no1233942>. Acesso em: 3 fev. 2015. (Fragmento). 
 Assinale a alternativa em que o verbo fazer está flexionado na terceira pessoa do singular pelo mesmo motivo que na 
primeira oração de “A volta da asa-branca”: 
X a) Fez anos que não nos víamos. 
b) Ele faz anos depois de amanhã. 
c) Faz-se necessário deixar o tempo passar. 
d) Isso não fará falta a ninguém. 
e) Ontem, ela faria três anos de casada.
16. (ACAFE – SC) Assinale a frase correta quanto à concordância verbal e nominal. 
a) Segue, anexo, ata da reunião ordinária do Conselho Superior de 02 de maio de 2012 da Fundação Coelho Pitanga 
a ser analisada e após fazer todas as considerações pelos membros do conselho que acharem necessárias irei em 
busca das respectivas assinaturas dos conselheiros presentes.
X b) Esse profissional deve ficar responsável pela elaboração das escalas de trabalho semanais e sua manutenção, 
comunicação interna e externa, agendamento de compromissos da coordenação e da equipe em geral, registro e 
acompanhamento de assiduidade e demais tarefas que envolvam questões administrativas.
c) Não será esquecido estes dois dias para quem pode estar nos dois encontros ou reencontros.
d) No elenco, chamam a atenção também a presença de modelos, de uma bailarina e de uma dançarina.
17. (UFU – MG)
18 Volume 12
 Em “Os brasileiros somos assim”, a ocorrência de sujeito de terceira pessoa do plural e verbo na primeira pessoa do 
plural tem a finalidade de
a) popularizar as obras do pintor paulista por meio de uma mensagem produzida em um registro mais informal. 
b) aproximar o emissor da mensagem de um destinatário que utiliza uma variedade linguística socialmente estigmatizada.
c) expor a dificuldade de comunicação existente entre o emissor da mensagem e os colecionadores de suas obras. 
X d) incluir o emissor da mensagem entre os elementos do grupo retratado nas obras do pintor.
18. (PUCRS)
A literatura constitui modalidade privilegiada de leitura, em que a liberdade e o prazer são virtual-
mente ilimitados. Mas, se a leitura literária é uma modalidade de leitura, cumpre não esquecer que 
há outras, que desfrutam, inclusive, de maior trânsito social. A competência nessas outras moda-
lidades de leitura é anterior e condicionante da participação no que se poderia chamar de capital 
cultural de uma sociedade e, consequentemente, responsável pelo grau de cidadania de que desfruta 
o indivíduo. [...]
Assim, no contexto de um projeto de educação democrática, vem à frente a habilidade de leitura, es-
sencial para quem quer ou precisa ler jornais, assinar contratos de trabalho, procurar emprego através 
de anúncios, solicitar documentos na polícia, enfim, para todos aqueles que participam, mesmo que à 
revelia, dos circuitos da sociedade moderna, que fez da escrita seu código oficial.
Mas a leitura literária continua sendo fundamental. É à literatura, como linguagem e como instituição, 
que se confiam os diferentes imaginários, sensibilidades, valores e comportamentos através dos quais 
uma sociedade expressa e discute, simbolicamente, seus impasses, seus desejos, suas utopias. Por isto, 
a literatura é importante no currículo escolar: o cidadão, para exercer plenamente sua cidadania, preci-
sa apossar-se da linguagem literária, alfabetizar-se nela, tornar-se seu usuário competente. Mesmo que 
nunca vá escrever um livro, ele precisará ler muitos. 
LAJOLO, Marisa. Do mundo da leitura para a leitura do mundo. São Paulo: Ática, 1999.
 INSTRUÇÃO: Para responder à questão, analise o papel que as palavras abaixo desempenham no texto e pluralize-as, 
verificando quantas outras palavras sofreriam plural obrigatório em cada caso. A seguir, confira o número correspon-
dente, registrado ao lado. 
 O número de outras palavras que deveriam obrigatoriamente ser alteradas em cada caso está INCORRETAMENTE 
indicado em 
a) competência (linha 03) – 5 
b) indivíduo (linha 06) – 2 
c) habilidade (linha 07) – 3 
d) leitura (linha 11) – 4 
X e) ele (linha 16) – 1
19. (PUCPR) 
1
5
10
15
Falar com estranhos te deixa mais feliz
Se você é uma daquelas pessoas mal-humoradas que não faz (1) contato visual com velhinhos no metrô 
e que vira os olhos quando alguém puxa papo com você, atenção: você pode estar perdendo uma dose 
diária de felicidade. É o que indica um novo estudo feito no transporte público de Chicago. Passageiros 
tiveram que falar com estranhos em um trem, sentarem-se sozinhos e calados, ou então fazer o que fariam 
normalmente. Em seguida, eles responderam um questionário falando como se sentiam. 
Língua Portuguesa 19
Fonte: <http://revistagalileu.globo.com/Sociedade>. Acesso em: 8 dez. 2014. 
 Quanto à concordância verbal é CORRETO afirmar que: 
X a) Em (5), se passássemos “outros” para o singular, o verbo ter perderia o acento para indicar singular, ficando “a 
gente acha queo outro não tem vontade de conversar”. 
b) Em (4), a concordância do verbo fazer está inadequada, o correto seria “fazem”. 
c) Em (3), a concordância do verbo concordar tanto poderia se dar no singular como no plural. 
d) Em (2), o verbo fazer estabelece concordância gramatical inadequada com a expressão “um grupo” que denota a 
ideia de mais de uma pessoa. 
e) Em (1), o verbo fazer, obrigatoriamente, deveria estabelecer concordância no plural com a expressão “daquelas 
pessoas mal-humoradas”.
20. (UERJ)
O Relógio
Quem é que sobe as escadas
Batendo o liso degrau?
Marcando o surdo compasso
Com uma perna de pau?
Quem é que tosse baixinho
Na penumbra da antessala?
Por que resmunga sozinho?
Por que não cospe e não fala?
Por que dois vermes sombrios
Passando na face morta?
E o mesmo sopro contínuo
Na frincha daquela porta?
Da velha parede triste
No musgo roçar macio:
São horas leves e tenras
Nascendo do solo frio.
Um punhal feriu o espaço...
E o alvo sangue a gotejar;
Deste sangue os meus cabelos
Pela vida hão de sangrar.
Todos os grilos calaram
Só o silêncio assobia;
Parece que o tempo passa
Com sua capa vazia.
O tempo enfim cristaliza
Em dimensão natural;
Mas há demônios que arpejam
Na aresta do seu cristal.
No tempo pulverizado
Há cinza também da morte:
Estão serrando no escuro
As tábuas da minha sorte.
frincha: abertura. 
arpejar: tocar harpa. 
Aqueles que conversaram com estranhos relataram ter experiências mais prazerosas do que aqueles que 
ficaram sozinhos e caladinhos (esses, aliás, relataram as piores experiências). As respostas foram compara-
das com um grupo que não fez nada (2), mas teve que imaginar como se sentiria em situações parecidas. A 
maioria concordou (3) que conversar com estranhos no metrô faria os dias delas bem mais feliz. 
Se falar com estranhos faz (4) bem, porque tanta gente foge desse tipo de situação como diabo foge da 
cruz? É que aparentemente, ainda de acordo com esse estudo, a gente acha que os outros não têm (5) 
vontade de conversar. Pois bem, não é verdade: talvez com exceção dos mal-humorados ou dos que tive-
ram um dia ruim, parece que bater um papo com estranhos na rua deixa melhor o dia de qualquer um.
Joaquim Cardozo. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2007.
 Deste sangue os meus cabelos (v. 19) / Pela vida hão de sangrar. (v. 20)
 Mas há demônios que arpejam (v. 27) / Na aresta do seu cristal. (v. 28)
 Os verbos sublinhados nesses exemplos estão flexionados na terceira pessoa – do plural ou do singular – de acordo 
com regras de sintaxe características da norma escrita culta da língua portuguesa.
20 Volume 12
 Justifique a flexão de pessoa e número do verbo em cada ocorrência sublinhada.
No verso “Pela vida hão de sangrar”, a forma verbal “hão” está no plural porque funciona como verbo auxiliar na locução “hão de 
sangrar”, cujo sujeito é “os meus cabelos” – no plural. No verso “Mas há demônios que arpejam”, a forma verbal “há” permanece na 
3.ª pessoa do singular porque, nesse caso, quando seu sentido é o de existir, o verbo “haver” é impessoal e não se flexiona.
21. (PUC-Rio – RJ) Um internauta escreveu o comentário informal abaixo. Reescreva-o fazendo as correções necessárias 
para adequá-lo às regras da norma culta escrita.
 Não gosto muito de poesia, mais aqueles poemas do Manuel Bandeira que eu falei ontem, mudou a minha vida.
Não gosto muito de poesia, mas aqueles poemas do Manuel Bandeira de que eu falei ontem mudaram a minha vida.
Segundo a norma-padrão, o verbo (“mudou”) deve concordar com o sujeito (“aqueles poemas do Manuel Bandeira”) e deve-se respeitar
a regência do verbo falar (de algo).
 Texto para as questões 22 e 23.
Cientistas dizem ter descoberto origem do câncer de mama
Em sua essência, o câncer é uma célula entre milhões de outras que começa a funcionar mal. No caso do 
câncer de mama, na maioria das vezes essa célula maligna fica nos ductos que levam o leite da glândula 
mamária até o mamilo. Mas, por que ali e não em outra parte? O que há nessa região?
David Gilley, da Faculdade de Medicina da Universidade de Indiana, nos Estados Unidos, e Connie Eaves, 
do Laboratório Terry Fox da Agência para o Câncer em Vancouver, no Canadá, ficaram perplexos ao des-
cobrir a resposta.
Em seu estudo, publicado na revista especializada “Stem Cell Reports”, eles explicam como descobriram 
que todas as mulheres – propensas ou não a desenvolver câncer de mama – têm, nessa parte do corpo, uma 
classe particular de células-mãe com telômeros (estruturas que formam as extremidades do cromossomo) 
extremamente curtos.
Os cientistas se deram conta de que esses cromossomos, com as extremidades tão pequenas, fazem com 
que as células fiquem mais propensas a sofrer mutações que podem desenvolver o câncer.
Fonte: Portal G1, 06/06/2013. Adaptado.
22. (PUCPR) Após a leitura do texto do portal G1, assinale a única assertiva CORRETA.
a) Pode-se dizer que o título do texto apresenta um grave problema de concordância verbo-nominal, uma vez que a 
palavra “descoberto” foi utilizada erroneamente; o correto seria “descobertas”, fazendo concordância com “cientistas”.
b) Pode-se dizer que, no primeiro parágrafo do texto, a expressão “por que” foi utilizada incorretamente, uma vez que 
o correto seria “porquê”, segundo as regras gramaticais do português padrão culto.
c) Pode-se dizer que, no primeiro parágrafo do texto, a expressão “em sua essência” poderia ser corretamente subs-
tituída pela expressão “hodiernamente”, sem que o sentido original sofra alterações.
d) Pode-se dizer que, no primeiro parágrafo do texto, a palavra “levam” foi utilizada incorretamente, uma vez que não 
concorda em número com a palavra “leite”.
X e) Pode-se dizer que, no primeiro parágrafo do texto, a palavra “começa” foi utilizada corretamente, uma vez que 
concorda em número com a expressão “uma célula”.
Língua Portuguesa 21
23. (PUCPR) Com base na leitura do texto do Portal G1, assinale a única alternativa CORRETA.
a) No terceiro parágrafo do texto, a palavra “eles” faz referência direta a “telômeros”.
b) No terceiro parágrafo do texto, caso a expressão “– propensas ou não a desenvolver câncer de mama –” tivesse 
os traços suprimidos e fosse colocada entre parênteses, o sentido original restaria afetado, gerando um caso de 
ambiguidade.
X c) No terceiro parágrafo do texto, a palavra “seu” faz referência a nomes mencionados no parágrafo anterior, quais 
sejam, “David Gilley” e “Connie Eaves”.
d) No terceiro parágrafo do texto, a expressão entre parênteses “estruturas que formam as extremidades do cromos-
somo” tem função de adjunto adverbial de modo.
e) No quarto parágrafo do texto, a palavra “propensas” faz referência direta à palavra “cromossomos”; logo, foi redigi-
da incorretamente: as regras da concordância verbo-nominal permitem apenas a forma “propensos”, concordando 
em gênero (masculino) com a palavra “cromossomos”.
24. (UPE) Considerando as regras da concordância, analise os enunciados apresentados a seguir.
 I. Quem de nós defendemos que a transposição do Rio São Francisco é a solução para a seca no Nordeste?
 II. Quando se mediu a quantidade de água no Nordeste brasileiro, constatou-se que sobra recursos, mas são mal 
distribuídos.
 III. Os nordestinos continuam a se perguntar: Haverá mesmo soluções para o problema da seca?
 IV. O Brasil só alcançará pleno desenvolvimento quando for solucionado todos os problemas que a estiagem causa.
 As regras de concordância foram obedecidas no(s) enunciado(s):
a) I, II, III e IV. 
b) I e II, apenas. 
X c) III, apenas.
d) I e IV, apenas.
e) II e III, apenas.
25. (CATÓLICA – SC) A notícia, intitulada Dilma sanciona lei com penas mais duras para participação em rachas, foi 
dividida e alguns de seus trechos compõem esta questão.
Fonte: <http://www.estadao.com.br>. Acesso em: 12 maio 2014.
 Nas frases que seguem, se passarmos a palavra em destaque para o plural, quantas outras palavras serão modifica-
das? Assinale a alternativaque apresenta o número CORRETO de palavras que, obrigatoriamente, sofrerão flexão para 
efeitos de concordância.
a) Mas, se o racha provocar lesão corporal grave, a pena poderá ser de três a seis anos de prisão. –> 3 palavras
X b) A lei começa a vigorar em novembro, seis meses após ser sancionada. –> 4 palavras
c) O valor poderá ser dobrado caso o motorista seja reincidente no período de 12 meses da infração anterior. –> 4 palavras
d) O infrator será ainda punido com a suspensão do direito de dirigir, além de ter o veículo apreendido.–> 7 palavras
e) A nova lei, que altera o Código Brasileiro de Trânsito, eleva ainda a multa para quem disputar corrida, promover ou 
participar de racha, utilizar o veículo para demonstrar ou exibir manobra perigosa, mediante arrancada brusca, derra-
pagem ou frenagem com deslizamento ou arrastamento de pneus ou forçar ultrapassagem perigosa. –> 3 palavras
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