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Livro do Professor Volume 12 Livro de atividades Língua Portuguesa Rosalina Mariana Rathlew Soares ©Editora Positivo Ltda., 2017 Proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer meio, sem autorização da Editora. Dados Internacionais para Catalogação na Publicação (CIP) (Maria Teresa A. Gonzati / CRB 9-1584 / Curitiba, PR, Brasil) S676 Soares, Rosalina Mariana Rathlew. Língua portuguesa : livro de atividades : Rosalina Mariana Rathlew Soares. – Curitiba : Positivo, 2017. v. 12 : il. ISBN 978-85-467-1886-3 (Livro do aluno) ISBN 978-85-467-1885-6 (Livro do professor) 1. Ensino médio. 2. Língua portuguesa – Estudo e ensino. I. Título. CDD 373.33 © Sh u tt er st o ck /D im a Si d el n ik o v Relações lógicas no período composto: coordenada sindética explicativa × subordinada adverbial causal 23 Subordinada causal • Expressa a causa para o fato apresentado na oração principal. Mantém relação de dependência em relação à oração principal. Ex.: Fiquei cansado porque andamos vários quilômetros. (apresenta a causa do cansaço) Valores do “que” A palavra que pode ser: Substantivo: precedido de determinante. Acentuada. Ex.: O quê é uma palavra monossílaba. Pronome Interjeição: exprime sentimento de surpresa, indignação, raiva. Acentuada. Preposição: equivale a de. Advérbio de intensidade: intensifica um adjetivo, equivale a muito, quanto. Palavra expletiva: exprime ên- fase. Pode ser excluída. Aditiva – equivale a e. Explicativa – equivale a pois. Integrante – inicia oração substantiva. Causal – equivale a porque. Comparativa – equivale a como. Final – equivale a para que. Conjunção: conectivo que introduz oração coordenada, subordina- da substantiva ou adverbial. Relativo – conectivo que introduz oração subordinada adjetiva; equivale a o(a) qual, os(as) quais. Interrogativo – introduz frase interrogativa. Sindética explicativa • Expressa uma explicação para o que se afirma na oração que a acompanha. • Acompanha, geralmente, oração coordenada com verbo no imperativo. Ex.: Volte logo, porque o jantar será servido às 20 horas. (explica por que se deve voltar logo) Inferência 2 Volume 12 Concordância nominal Regra geral Determinantes (artigo, adjetivo, numeral e pronome adjetivo) devem concordar em gênero e número com o substantivo. Casos específicos concorda(m) Exemplos Adjetivo anteposto a dois ou mais substantivos com o mais próximo. Achou desastroso o discurso e a justificativa. Adjetivo posposto a dois ou mais substantivos a) com o substantivo mais próximo; b) com todos os substantivos. Risos e expressões animadas: a turma se divertia muito. Picou manjerona e tomilho frescos para temperar a carne. Adjetivo como predicativo com todos os substantivos, se posposto. Se anteposto, pode concordar com os subs- tantivos ou apenas com o mais próximo. Telefonia e bancos são campeões de reclamações no Procon de Rondônia. Dois ou mais adjetivos acompa- nhando um substantivo com o substantivo se este estiver no singular (repetindo o substantivo ou apenas o artigo). Caso esteja no plural, permanecem no singular. Prefere as cores amarela e azul. Prefere a cor amarela e a azul. Meio/bastante/muito, só com o substantivo se forem determinantes, ou seja, numeral, adjetivo ou pronome. Se forem advérbios, são invariáveis. Não admito meias verdades! Havia muitas/bastantes pessoas esperando-o. Sentiam-se sós no mundo. Estavam meio/bastante/muito desanimadas. Ficaram só observando. É bom, preciso, necessário, etc. com o substantivo se este estiver acompa- nhado de artigo ou pronome, do contrário, permanecem invariáveis. É necessária muita paciência. É necessário paciência. Menos é invariável. Neste mês, tive menos despesas. Língua Portuguesa 3 Atividades LIBRA (23 set. a 22 out.) Maior inclinação à vida social e a passar muito tempo conversando com amigos, colegas, vizinhos, em todas as engenhocas de comunicação ligadas ao mesmo tempo? Cuidado, pois Júpiter traz co- branças por este excesso mais adiante. 1. Nos períodos compostos, muitas vezes a relação semântica entre as orações não é estabelecida pela presença de uma conjunção, como ocorre em “A justificativa não lhes interessa, a decisão já foi tomada há tempos”. Que relação a segunda oração estabelece com a primeira? Explique sua resposta. Percebe-se que a decisão ter sido tomada há tempos não é a causa de a justificativa não lhes interessar, e sim explica-se por que razão se defende que a justificativa não lhes interessa. Nesse caso, a relação estabelecida é de explicação. 2. Leia os fragmentos e indique se a relação estabelecida no conectivo destacado é de causa ou de explicação. a) Moradora da comunidade do Vidigal, cuja entrada fica na avenida Niemeyer, Bruna Gomes, 26, disse que a ciclovia pode ser uma alternativa de transporte para quem vive ali. “Fiquei feliz porque vai ajudar os moradores do Vidigal. Quem trabalha aqui perto vai poder ir e voltar de bicicleta com segurança. Antes era muito perigoso” [...] OLIVEIRA, Felipe. Cariocas elogiam nova ciclovia, que liga Leblon a São Conrado. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/ cotidiano/2016/01/1730476-cariocas-elogiam-nova-ciclovia-que-liga-leblon-a-sao-conrado.shtml>. Acesso em: 18 jan. 2016. Causa. Explicação. c) b) FOLHA DE S.PAULO. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2016/01/1730542-astrologia.shtml>. Acesso em: 18 jan. 2016. Explicação. FOLHA DE S.PAULO. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2016/01/1730547-folhainvest-responde-abri- uma-caderneta-de-poupanca-para-meu-afilhado-foi-uma-decisao-boa.shtml>. Acesso em: 18 jan. 2016. FOLHA DE S PAULO Disponível em: <http://www1 folha uol com br/mercado/2016/01/1730547 folhainvest responde abri Folhainvest responde: Abri uma caderneta de poupança para meu afilhado; foi uma decisão boa? [...] Certamente a poupança é um mau destino para o investimento, pois rende cerca de 8% ao ano (6,17% de juros + TR).[...] 4 Volume 12 d) O cenário exposto pela aposentada Cleide Antônia Badari, 61 anos, não é incomum. Mesmo com o reajuste de 11,28% que será aplicado no benefício pago pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) neste ano, a inflação do feijão, dos planos de saúde e das apostas de loteria, por exemplo, avançou em ritmo bem superior do que o reajuste das aposentadorias acima do salário mínimo. “Não é suficiente. Com o que eu ganho hoje em dia, mal pago o convênio. Se não fosse meu marido, que está na ativa, não teria o que fazer, pois o reajuste é sempre muito baixo”, reclama. MOREIRA, Juliano. Feijão e carne subiram mais que aposentadoria. Disponível em: <http://www.agora.uol.com.br/grana/2016/01/1730550- feijao-e-carne-subiram-mais-que-aposentadoria.shtml>. Acesso em: 18 jan. 2016. Causa. 3. (PUC-Rio – RJ) Transforme a coordenação assindética em coordenação sindética: Custódio recusou o charuto, não fumava. Custódio recusou o charuto, pois/porque não fumava. 4. Identifique, nas frases a seguir, a relação semântica estabelecida pela conjunção que. a) Ensaia que ensaia, mas não toma nenhuma atitude. Adição. b) Uma vez que se inscreva no concurso, pode começar a estudar. Condição. c) Animado que estava, convidou os amigos a irem com ele à festa. Causa. d) Implorou ao irmão que o ajudasse. Finalidade. e) Pediu que todos se retirassem. Integrante. 5. Leia o fragmento a seguir e identifique a classificação morfológica de cada ocorrência da palavra que. A língua sem erros Nossa tradição escolar sempre desprezou a língua viva, falada no dia a dia, como se fosse toda errada, uma forma corrompida de falar “a língua de Camões”. Havia (e há) a crença forte de que1 é missão da escola “consertar” a língua dos alunos, principalmente dos que2 frequentam a escola pública. Com isso, abriu- -se um abismo profundo entre a língua (e a cultura) própriados alunos e a língua (e a cultura) própria da escola, uma instituição comprometida com os valores e as ideologias dominantes. Felizmente, nos últimos 20 e poucos anos, essa postura sofreu muitas críticas e cada vez mais se aceita que3 é preciso levar em conta o saber prévio dos estudantes, sua língua familiar e sua cultura característica, para, a partir daí, ampliar seu repertório linguístico e cultural. BAGNO, Marcos. A língua sem erros. Disponível em: <http://marcosbagno.files.wordpress.com/2013/08/a-lic281ngua-sem-erros.pdf>. Acesso em: 5 nov. 2014. 1. Conjunção integrante (inicia substantiva completiva nominal). 2. Pronome relativo (inicia adjetiva restritiva). 3. Conjunção integrante (inicia substantiva subjetiva). Língua Portuguesa 5 6. Classifique as palavras que observadas neste fragmento da crônica “Mania de Perseguição”, de Ferreira Gullar: Quando voltava para casa, percebi que o pneu estava vazio e tive que trocá-lo sem ajuda de ninguém, pois era tarde da noite e a rua estava deserta. GULLAR, Ferreira. Poesia completa, teatro e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2008. Conjunção integrante e preposição, respectivamente. 7. (UEL – PR) Celular: necessidade ou vício? A sensação de angústia por estar sem o aparelho pode ser indício de doença Saúde em Pauta Online Mãe empurrando carrinho com bebê que, sem ela perceber, atola nos buracos da calçada enquanto ela fala compenetrada ao celular. Pessoas atravessando a rua distraidamente e, por muito pouco, não são atropeladas por estarem prestando mais atenção na conversa ao telefone móvel. Alguns já devem ter presenciado essas cenas que ilustram muito bem como cada vez mais usuários estão se tornando totalmente dependentes desse aparelho telefônico. Mas como identificar quando esta atitude pode ser considerada normal ou uma evidência de doença? Qual a diferença entre sofrer com a ausência do aparelho e ser completamente escravo dele? “Percebe- -se quando o uso é excessivo quando a pessoa passa praticamente o dia inteiro fazendo e recebendo ligações e trocando mensagens, tem vários aparelhos, deixa de fazer tarefas básicas do cotidiano por não desgrudar do aparelho e sofre mal-estar quando esquece o celular em casa. Estes são fortes indícios de que o hábito virou uma doença”, revela Miriam Barros, psicóloga especialista em distúrbios do humor. A patologia tem nome: nomofobia, que significa medo ou sensação de angústia de ficar incomuni- cável, estar longe do aparelho ou mesmo desconectado da internet. “Ultimamente essa fobia está sendo associada ao transtorno de ansiedade porque a pessoa chega a ter taquicardia e suar frio quando está longe do celular. São as mesmas sensações de quando se está no meio do estresse, tristeza ou pressão no trabalho e se buscam artifícios de escape como fumar, comer em excesso ou ingerir um chocolate para manter a calma. Isso mostra que é hora de procurar um médico”, alerta a psicóloga. E como não cair nessa armadilha tão prazerosa, já que os celulares têm aparatos tecnológicos cada vez mais imprescindíveis para os nossos dias? “Preste mais atenção na vida que você está levando. É preciso dosar todas as atitudes no lar, no trabalho, no lazer e na vida amorosa. Todas as atividades co- tidianas têm que ser balanceadas e satisfatórias, incluindo uma atividade física que alivie as tensões”, recomenda Miriam. É inegável que o celular também é uma forma de nos acalmar e integrar em várias situações nesses tempos modernos, onde somos cobrados de tantas coisas. Nele dispomos de rádio, de câmera, de in- ternet e de tudo mais que dá uma sensação de ter controle de tudo e capacidade para resolver qualquer problema, incluindo as carências afetivas. Por isso mesmo, como recomenda a psicóloga, é importante ter cautela na sua utilização e lembrar que há algum tempo ele não existia e mesmo assim mantínha- mos contato com o mundo. Disponível em: <http://gazetaonline.globo.com/_conteudo/2011/11/vida_saudavel/noti cias/1021364-celular-necessidade-ou-vicio. html>. Acesso em: 14 ago. 2014. Texto adaptado. Assinale o que for correto quanto às funções do vocábulo “que” no texto. I. Na linha 4, introduz uma oração subordinada adjetiva restritiva e funciona como sujeito. II. Na linha 11, introduz oração subordinada adjetiva restritiva e funciona como objeto indireto. III. Na linha 19, introduz uma oração subordinada adjetiva restritiva e funciona como objeto direto. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 6 Volume 12 Estão corretas: a) I e II apenas. b) II e III, apenas. X c) I e III, apenas. d) I, II e III. 8. Assinale a alternativa em que a palavra meio NÃO deveria variar, em virtude de ser advérbio: a) Uma xícara e meia de açúcar é quantidade suficiente para fazer o bolo. X b) Minha mãe vive meia assustada, com as notícias de tantos assaltos. c) Não acredite totalmente no que ouviu, pois ele usou de meias palavras. d) Nas casas do interior, há sempre meia dúzia de galinhas sendo criadas. e) Vá depressa para o almoço, pois já é meio-dia e meia. 9. (UNCISAL) Aquilo que não mata só nos faz fortalecer Vivendo aprendi que é só fazer por merecer Que passo a passo um dia a gente chega lá Pois não existe mal que não possa acabar Não perca a fé em Deus, fé em Deus Que tudo irá se acertar NOGUEIRA, Diogo. Fé em Deus. Disponível em: <http://letras.mus.br/diogo-nogueira/1062615/>. Acesso em: 28 out. 2015. O vocábulo que foi empregado, pelo compositor da canção, como pronome relativo a) em apenas uma ocorrência. X b) em apenas duas ocorrências. c) em apenas três ocorrências. d) em apenas quatro ocorrências. e) nas cinco ocorrências. 10. (UEL – PR) “Podia-se levar tombo, que a terra-vermelha é escorregadia, e sujar a roupa lavada em tanque e secada em varal quando a poeira baixava.” No período acima, estabelecem-se relações de: a) explicação e proporcionalidade b) concessão e temporalidade c) conclusão e causalidade X d) explicação e temporalidade e) concessão e condicionalidade 11. (UFAL) Luís Tinoco foi ter com ele. Levou-lhe o soneto e a ode impressos, e mais algumas produções não pu- blicadas. Essas orçavam pela ode ou pelo soneto. Apareciam imagens safadas, expressões comuns, frouxo alento e nenhuma arte. (Machado de Assis) Língua Portuguesa 7 Considerando a concordância nominal, em qual opção a reescrita da oração sublinhada no texto apresenta um uso indevido? a) Levou-lhe impresso o soneto e a ode. b) Levou-lhe impressa a ode e o soneto. c) Levou-lhe a ode e o soneto impresso. X d) Levou-lhe impressas a ode e o soneto. e) Levou-lhe a ode e o soneto impressos. 12. (UFRR) Assinale a opção em que a concordância nominal está INCORRETA: a) O carro tinha um dos faróis queimados. X b) Ele trazia muito bem tratados a barba e os cabelos. c) Nesta circunstância, Vossa Excelência está enganada, Doutor Juiz. d) Há muitos anos que coleciono selos e moedas raras. e) As matas foram bastante danificadas pelo fogo. 13. (CESGRANRIO – RJ) “Noites pesadas de cheiros e calores amontoados…” Aponte a opção em que, substituídos os substantivos destacados acima, fica incorreta a concordância de “amontoado”. a) nuvens e brisas amontoadas b) odores e brisas amontoadas c) nuvens e morros amontoados d) morros e nuvens amontoados X e) brisas e odores amontoadas 14. (EsPCEx – SP) Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas do período abaixo. “Informaram aos can- didatos que, ___________, seguiam a comunicação oficial, o resultado e a indicação do local do exame médico, e que estariam inteiramente à ________ disposição para verificação.” a) anexo – vossa X b) anexos – sua c) anexo – sua d) anexas – vossa e) anexos – vossa 15. (EsPCEx – SP) Assinale a alternativa em que a palavra “bastante(s)” está empregada corretamente, de acordo com a norma culta da Língua. a) Os rapazes eram bastantes fortes e carregaram a caixa. b) Há provasbastante para condenar o réu. X c) Havia alunos bastantes para completar duas salas. d) Temos tido bastante motivos para confiar no chefe. e) Todos os professores estavam bastantes confiantes. 8 Volume 12 I. O adjetivo anteposto pode concordar com o termo mais próximo quando se refere a dois ou mais subs- tantivos. II. O adjetivo posposto pode concordar com o substan- tivo mais próximo. III. O adjetivo posposto pode concordar no plural no mesmo gênero dos substantivos se eles forem do mesmo gênero. IV. O adjetivo posposto pode concordar no masculino plural se os substantivos forem de gêneros diferentes. ( III/II ) Pães e assados saborosos cobriam a mesa. ( I ) O júri considerou culpado o rapaz e a namorada. ( II ) Comprou lírios e rosas perfumadas. ( I ) Julgou falha a justificativa e o recurso. (IV/II ) Saboreou frutas e legumes frescos. ( II ) Saboreou legumes e frutas frescas. ( III/II ) Encheu o armário de blusas e saias novas. 17. (UEL – PR) FOLHA – Seus estudos mostram que, entre os mais escolarizados, há maior preocupação com a corrup- ção. O acesso à educação melhorou no país, mas a aversão à corrupção não parece ter aumentado. Não se vê mais mobilizações como nos movimentos pelas Diretas ou no Fora Collor. Como explicar? ALMEIDA – Esta questão foi objeto de grande controvérsia nos Estados Unidos. Quanto maior a es- colarização, maior a participação política. Mas a escolaridade também cresceu lá, e não se viu aumento de mobilização. O que se discutiu, a partir da literatura mais recente, é que, para acontecerem grandes mobilizações, é necessária também a participação atuante de uma elite política. No caso das Diretas-Já, por exemplo, essa mobilização de cima para baixo foi fundamental. O governador de São Paulo na época, Franco Montoro, estava à frente da mobilização. No Rio, o governador Leonel Brizola liberou as catracas do metrô e deu ponto facultativo aos servidores. No caso de Collor, foi um fenômeno mais raro, pois a mobi- lização foi mais espontânea, mas não tão grande quanto nas Diretas. Porém, é preciso lembrar que Collor atravessava um momento econômico difícil. Isso ajuda a explicar por que ele caiu com os escândalos da época, enquanto Lula sobreviveu bem ao mensalão. Collor não tinha o apoio da elite nem da classe média ou pobre. Já Lula perdeu apoio das camadas mais altas, mas a população mais pobre estava satisfeita com o desempenho da economia. Isso fez toda a diferença nos dois casos. A preocupação de uma pessoa muito pobre está muito associada à sobrevivência, ao emprego, à saúde, à própria vida. Para nós, da elite, jornalis- tas, isso já está resolvido e outras questões aparecem como mais importantes. São dois mundos diferentes. (Adaptado de: GOIS, Antonio. Mais conscientes, menos mobilizados. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br//fsp/mais/fs2607200914. htm>. Acesso em: 26 jul. 2009). Observe o seguinte período: “O que se discutiu, a partir da literatura mais recente, é que, para acontecerem grandes mobilizações, é necessária também a participação atuante de uma elite política.”. a) Do ponto de vista da norma culta, há um problema de concordância, pois a forma correta de se grafar a expressão seria “é necessário”. b) Há um problema de pontuação, pois não se deve usar vírgula para separar o sujeito “grandes mobilizações” do predicado “é necessária também”. c) A expressão grifada destaca um erro de concordância com o sujeito “grandes mobilizações”. X d) A expressão grifada aparece flexionada em gênero e número, pois concorda com o sujeito posposto “a participação atuante”. e) Do ponto de vista da norma culta, pode-se dizer que há uma inadequação, pois o autor usou a expressão “é ne- cessária” no lugar da expressão “é precisa”. 16. Leia com atenção a coluna com as normas de concordância nominal com o adjetivo anteposto e posposto ao subs- tantivo e a outra com frases que exemplificam essas regras. Em seguida, relacione-as adequadamente. Língua Portuguesa 9 18. (UEFS – BA) Quanto à análise do cartaz de uma exposição do Museu de Língua Portuguesa, é correto afirmar: a) O contexto denuncia uma sociedade desigual e preconceituosa, que exclui aqueles que só utilizam uma variação linguística. b) A ocorrência da palavra “menas” será validada pela gramática normativa, pois, pelo fato de ser utilizada frequen- temente, passa a existir. c) Uma palavra só existe, para o enunciador do texto, quando é aceita pela maioria dos falantes de uma língua, como é o caso de “menas”. X d) O jogo de palavras, presente na relação entre “certo” e “errado”, sugere que o conceito desses dois termos está condicionado a diferentes perspectivas. e) O certo e o errado, na concepção do publicitário, são conceitos que não podem ser levados em conta pela gramá- tica normativa, mesmo diante do uso de um termo amplamente difundido. 19. A ocorrência da palavra “menas” no cartaz de uma exposição do Museu de Língua Portuguesa está de acordo com as variedades urbanas de prestígio? Justifique sua resposta. A variação da palavra menos não é aceita pela norma-padrão ou pelas variedades urbanas de prestígio. Por ser advérbio, é palavra invariável. “Menas” encontra-se em variedades desprestigiadas da língua portuguesa. Texto para as questões 18 e 19. MENAS: O certo do errado e o errado do certo. Disponível em: <http://1.bp.blogspot.com/_9REWsMd1bgo/S6wKBKKiMqI/ AAAAAAAAKwg/glzfj76ugCw/s1600/convite_menas.jpg>. Acesso em: 4 nov. 2014. 10 Volume 12 ANDRADE, Mário de. A lição do amigo: cartas de Mário de Andrade a Carlos Drummond de Andrade. Rio de Janeiro: J. Olympio, 1982, pp. 3-5. “Inúmeros são os casos de troca de correspondência entre artistas, escritores, músicos, cineastas, teatró- logos e homens comuns em nossa tradição literária. Mário de Andrade, por exemplo, foi talvez o maior de nossos missivistas. Escreveu e recebeu cartas de Manuel Bandeira, Carlos Drummond de Andrade, Tarsila do Amaral, Câmara Cascudo, Pedro Nava, Fernando Sabino, só para citar alguns. O conjunto de sua correspondência não só nos ajuda a conhecer o seu pensamento, seus valores e sua própria vida, como também entender boa parte da história e da cultura brasileira do século XX.” DINIZ, Júlio. “Cartas: narrativas do eu e do mundo”. In Leituras compartilhadas – cartas. Fascículo especial 2, ano 4. Rio de Janeiro: Leia Brasil / Petrobras, 2004, p. 10. A partir da leitura do trecho da carta de Mário a Drummond e do comentário acima, responda aos seguintes itens: a) Segundo o autor, do fato de certas pessoas não terem gosto verdadeiro pela vida decorrem algumas consequên- cias. Quais são elas? Cansaço, tristeza e, o que seria ainda pior, alegria fingida. b) Observando a concordância nominal empregada em cada um dos enunciados abaixo, aponte as diferenças de significado existentes entre eles. A – moços de tendência modernista brasileiros B – moços de tendência modernista brasileira No enunciado A, trata-se de moços brasileiros com tendência modernista; no enunciado B, trata-se de moços cuja tendência modernista é brasileira. São Paulo 10 de Novembro, 1924 Meu caro Carlos Drummond (...) Eu sempre gostei muito de viver, de maneira que nenhuma manifestação da vida me é indiferente. Eu tanto aprecio uma boa caminhada a pé até o alto da Lapa como uma tocata de Bach e ponho tanto entusiasmo e carinho no escrever um dístico que vai figurar nas paredes dum bailarico e morrer no lixo depois como um romance a que darei a impassível eternidade da impressão. Eu acho, Drummond, pensando bem, que o que falta pra certos moços de tendência modernista brasileiros é isso: gostarem de verdade da vida. Como não atinaram com o verdadeiro jeito de gostar da vida, cansam-se, ficam tristes ou então fingem alegria o que ainda é mais idiota do que ser sinceramente triste. Eu não posso compreender um homem de gabinete e vocês todos, do Rio, de Minas, do Norte me parecem um pouco de gabinete demais. Meu Deus! se eu estivesse nessasterras admiráveis em que vocês vivem, com que gosto, com que religião eu caminharia sempre pelo mesmo caminho (não há mesmo caminho pros amantes da Terra) em longas caminhadas! Que diabo! estudar é bom e eu também estudo. Mas depois do estudo do livro e do gozo do livro, ou antes vem o estudo e gozo da ação corporal. (...) E então parar e puxar conversa com gente chamada baixa e ignorante! Como é gostoso! Fique sabendo duma coisa, se não sabe ainda: é com essa gente que se aprende a sentir e não com a inteligência e a erudição livresca. Eles é que conser- vam o espírito religioso da vida e fazem tudo sublimemente num ritual esclarecido de religião. Eu conto no meu “Carnaval carioca” um fato a que assisti em plena Avenida Rio Branco. Uns negros dançando o samba. Mas havia uma negra moça que dançava melhor que os outros. Os jeitos eram os mesmos, mesma habilidade, mesma sensualidade mas ela era melhor. Só porque os outros faziam aquilo um pouco de- corado, maquinizado, olhando o povo em volta deles, um automóvel que passava. Ela, não. Dançava com religião. Não olhava pra lado nenhum. Vivia a dança. E era sublime. Este é um caso em que tenho pensado muitas vezes. Aquela negra me ensinou o que milhões, milhões é exagero, muitos livros não me ensinaram. Ela me ensinou a felicidade. 20. (PUC-Rio – RJ) Texto: 1 5 10 15 20 Língua Portuguesa 11 Pressupostos e subentendidos 24 12 Volume 12 Exemplo Que Verbo concorda com o termo antecedente. Fomos nós que perdemos dinheiro com esse investimento. Quem Verbo concorda com: a) o pronome, ficando na 3ª. pessoa do sin- gular; b) o termo antecedente. Fui eu quem fez este bolo. Fui eu quem fiz este bolo. Número percen- tual ou fracionário Verbo concorda com o numeral. Se vier especificado, pode concordar também com a expressão especificadora. Apenas 1% da população concorda com aumento de impostos. Apenas 10% da população concordam com aumento de impostos. Apenas um terço da população concorda com aumento de impostos. Apenas dois terços dos eleitores concordam com aumento de impostos. Expressão aproxi- mativa seguida de numeral Verbo concorda com o numeral. Obs.: Se a ação exprimir reciprocidade, o verbo é flexionado no plural. Mais de um atleta se inscreveu para competir. Mais de dois atletas se inscreveram para competir. Mais de um atleta se cumprimentaram antes da competição. Expressões partitivas Verbo concorda com a expressão, portanto, fica no singular: Se vier especificada, pode concordar também com a expressão especificadora. A maioria aprovou o novo estatuto. A maioria dos acionistas aprovaram o novo estatuto. Substantivo coletivo Verbo concorda com o substantivo. Se vier especificado, pode concordar também com a expressão especificadora. A turma falava sem parar. A turma de crianças falavam sem parar. Nomes próprios no plural Verbo concorda com o artigo, quando houver. Se não houver artigo, o verbo deverá ser flexionado no singular. Os Andes são a maior cadeia de montanhas das Américas. Minas Gerais é um importante estado brasileiro. Concordância verbal Na maioria das situações, o verbo concorda com o núcleo do sujeito simples ou desinencial em pessoa e número. Há, no entanto, alguns casos que podem causar dúvidas ou que não se enquadram na regra geral de concordância verbal. Casos especiais de concordância verbal Língua Portuguesa 13 Um dos que Verbo concorda com a palavra dos (equiva- lente a daqueles) e fica no plural. Se a intenção é destacar o indivíduo dentro do grupo, fica no singular. Ele se revelou um dos que mais se esforçaram no curso. Jairo foi um dos que conquistou minha confiança. Concordância ideológica (silepse) Verbo concorda com uma ideia, e não com uma forma gramatical. Pode ser de número ou de pessoa. A criançada passava pela praça e gritavam como maritacas. Os eleitores somos responsáveis por escolher bem os candidatos. Verbos impessoais (“fazer”, “haver” e fenômenos da natureza) O verbo permanece na 3.ª pessoa do singular. Nesta esquina, houve vários acidentes. Nesta cidade, faz dias gelados! VTD + partícula apassivadora SE Há sujeito na oração e o verbo deve concordar com o núcleo deste, como determina a regra geral. Espera-se grande avanço nas negociações. VI ou VTI + partí- cula de indetermi- nação do sujeito SE Como o sujeito, nesse caso, é indeterminado, o verbo deve ser flexionado na 3.ª pessoa do singular. Precisa-se de manobristas. Verbo “ser” Deve concordar com: a) nome de pessoa; b) pronome pessoal; c) palavra no plural. Maria e Renato são sua alegria. Sua esperança somos nós. A solidão eram aqueles dias de chuva e frio. Sujeito composto Se o sujeito for posposto, deve concordar com todos os núcleos. Se anteposto, pode concordar: a) com todos os núcleos; b) com o mais próximo. O professor e os alunos entraram na sala. Entraram na sala o professor e os alunos. Entrou na sala o professor e os alunos. Núcleos sinônimos a) O verbo concorda com todos os núcleos. b) O verbo concorda com a ideia que ambas as palavras expressam, ficando no singular. A tristeza, a melancolia acompanhavam-no diariamente. A tristeza, a melancolia acompanhava-o diariamente. Núcleos em gradação a) O verbo concorda com todos os núcleos. b) O verbo concorda com a ideia que as pala- vras expressam, ficando no singular. Um aceno, um sorriso, uma palavra serviam-lhe de estímulo. Um aceno, um sorriso, uma palavra servia-lhe de es- tímulo. Pronome resumidor O verbo concorda com o pronome resumidor. Pedidos, súplicas, ameaças, nada o demovia de sua intenção. Língua Portuguesa 13 Atividades 1. (ACAFE – SC) Assinale a frase correta quanto à concordância verbal. a) Como faziam anos que meu marido tinha morrido, contratei três empregados que era suficiente para cuidar da fazenda. X b) Compraram-se alguns equipamentos necessários à adequação da nossa indústria às atuais exigências de mercado. c) Talvez possam haver soluções melhores do que estas, mas nenhuma delas foram sugeridas até agora. d) Ainda não havia soado 11 horas da noite, quando bateu à porta: eram três meninos das redondezas. 2. (EsPCEx – SP) Assinale a alternativa que apresenta uma oração correta quanto à concordância. a) Sobre os palestrantes tem chovido elogios. b) Só um ou outro menino usavam sapatos. c) Mais de um ator criticaram o espetáculo. d) Vossa Excelência agistes com moderação. X e) Mais de um deles se entreolharam com espanto. 3. (PUCRS) As transformações que _____ ocorrido na sociedade contemporânea, em especial a partir dos anos 70, _____ propiciando mudanças nas relações científicas estabelecidas com o ambiente internacional. Um evento norteador das transformações societais e decisivo para essas mudanças foi a globalização, que _____ fortes evidências do entrosamento entre ciência e sociedade e _____ a dinâmica de produção do conhecimento, com efeitos no Ensino Superior sobretudo, realçando a importância da internacionaliza- ção nas funções de transmitir e produzir conhecimento. Universidade, ciência, inovação e sociedade. 36.º Encontro Anual da ANPOCS. (Texto adaptado) Assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente, as lacunas do texto. a) tem – vem – trouxe – alterou X b) têm – vêm – trouxe – alterou c) tem – veem – trouxe – alterou d) tem – veem – trouxeram – alteraram e) têm – vêm – trouxeram – alteraram 4. Nas frases a seguir, observe os verbos destacados, todos no singular. I. Há poucos anos, tudo isso era área verde; hoje é concreto. II. Sequer esperança há de que o avô sobreviva. III. Por esta escola passou o pai, o filho e o neto. IV. No coração, cabe tanto o amor como o ódio. Considerando as regras de concordância da norma-padrão, explique a razão de, nessas frases, o verbo haver ficar no singular e de os verbos passar e caber também poderem ser flexionados no plural:passaram e cabem. O verbo haver, quando expressa tempo decorrido ou existência, é impessoal e, por isso, permanece na 3.ª pessoa do singular. Já os verbos passar e caber devem concordar com o respectivo sujeito. No caso de o sujeito vir posposto, o verbo pode concordar com o núcleo mais próximo, como acontece nas frases III e IV, ou concordar com todos os núcleos. Nesse caso, teríamos: Por esta escola passaram o pai, o filho e o neto. No coração, cabem tanto o amor como o ódio. 14 Volume 12 5. (ACAFE – SC) Assinale a alternativa em que o verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se numa forma do plural para preencher adequadamente a lacuna da frase. a) Não (competir) aos estudantes recém-matriculados ponderar as vantagens ou as desvantagens do novo sistema acadêmico. b) As promoções a que (parecer) expor-se o consumidor induzem-no a endividar-se sempre mais. X c) Será que (haver) de consolar um solitário prisioneiro americano em Guantánamo essas duvidosas vantagens do uso das máquinas de escrever? d) Sobre muitos de nós (poder) ainda cair alguma responsabilidade pela decisão de autorizar o fecha- mento dos bares após a meia-noite. 6. (UEL – PR) Assinale a alternativa que NÃO segue as normas cultas de concordância. a) Desconheciam-se as noções de risco que se conhecem hoje. b) Não se pesavam as consequências da escolha de uma carreira. c) Contemplou-se o lado negativo dos avanços tecnológicos. d) Aprendeu-se a temer acidentes, poluição, extinção de espécies. X e) Questionou-se os avanços tecnológicos com consequências desconhecidas. 7. (ACAFE – SC) Assinale a frase correta quanto à concordância verbal. a) Gostaria também que fosse marcado nas plantas encaminhadas os espaços que foram inventariados pelo Patrimônio da União. b) Passou pela minha cabeça as estradas de terra, as viagens de barcos pelos rios do Pará, as entrevistas com as pessoas humildes, as histórias de vida (verdadeiras lições que não se aprende na escola). c) Peço que seja mandado para mim, o mais breve possível, as informações que combinamos. X d) Se vocês virem todos os detalhes do projeto com mais atenção, hão de concluir que ele não será ecologicamente sustentável, nem será tampouco viável economicamente. 8. (PUCPR) Indique a alternativa em que o verbo haver foi empregado violando a norma-padrão da língua. a) Diogo mudou-se há poucos dias para esta cidade. b) Maria estava naquela escola havia seis meses. c) Em relação ao concurso, poderá haver casos que precisem de tratamento especial. X d) No espetáculo de domingo, estima-se que haviam mais de três mil espectadores. e) Há suspeitas de que alguns hackers haviam espionado o país. 9. (UFMT) pouco mais de uma década quase não genomas completos para serem anali- sados. Hoje programas e mão de obra para dar conta da quantidade de sequências de DNA já depositadas em bases públicas de dados e que saem diariamente de uma nova geração de se- quenciadores. Extremamente velozes, essas máquinas determinam os pares de bases do material genético, as chamadas letras químicas, a um preço milhares de vezes menor do que no início dos anos 2000, quando chegou ao fim a epopeia de sequenciar o primeiro genoma humano. (Pesquisa Fapesp, fevereiro de 2013. Adaptado.) Língua Portuguesa 15 Em conformidade com a norma-padrão da língua portuguesa, as lacunas do texto devem ser preenchidas, respecti- vamente, com: X a) Há – havia – faltam – especializada. b) A – tinham – falta – especializado. c) À – haviam – faltam – especializados. d) A – existiam – falta – especializada. e) Há – tinha – falta – especializados. Texto para as questões 10 e 11. Verba testamentária “... Item, é minha última vontade que o caixão, em que o meu corpo houver de ser enterrado, seja fabri- cado em casa de Joaquim Soares, à rua da Alfândega. Desejo que ele tenha conhecimento desta disposição, que também será pública. Joaquim Soares não me conhece; mas é digno da distinção, por ser dos nossos melhores artistas, e um dos homens mais honrados da nossa terra...” Cumpriu-se à risca esta verba testamentária. Joaquim Soares fez o caixão em que foi metido o corpo do pobre Nicolau B. de C.; fabricou-o ele mesmo, com amore; e, no fim, por um movimento cordial, pediu licença para não receber nenhuma remuneração. Estava pago; o favor de defunto era em si mesmo um prêmio insigne. Só desejava uma coisa: a cópia autêntica da verba. Deram-lha; ele mandou-a encaixilhar e pendurar de um prego, na loja. Os outros fabricantes de caixões, passado o assombro, clamaram que o testamento era um despropósito. Felizmente — e esta é uma das vantagens do estado social —, felizmente, todas as demais classes acharam que aquela mão, saindo do abismo para abençoar a obra de um operário modesto, praticara uma ação rara e magnânima. Era em 1855; a população estava mais conchegada; não se falou de outra coisa. O nome do Nicolau reboou por muitos dias na imprensa da corte, donde passou à das províncias. Mas a vida universal é tão variada, os sucessos acumulam-se em tanta multidão, e com tal presteza, e, finalmente, a memória dos homens é tão frágil, que um dia chegou em que a ação de Nicolau mergulhou de todo no olvido. Não venho restaurá-la. Esquecer é uma necessidade. A vida é uma lousa, em que o destino, para escrever um novo caso, precisa apagar o caso escrito. Obra de lápis e esponja. Não, não venho restaurá-la. Há mi- lhares de ações tão bonitas, ou ainda mais bonitas do que a do Nicolau, e comidas do esquecimento. Venho dizer que a verba testamentária não é um efeito sem causa; venho mostrar uma das maiores curiosidades mórbidas deste século. Sim, leitor amado, vamos entrar em plena patologia. Esse menino que aí vês, nos fins do século passa- do (em 1855, quando morreu, tinha o Nicolau sessenta e oito anos), esse menino não é um produto são, não é um organismo perfeito. Ao contrário, desde os mais tenros anos, manifestou por atos reiterados que há nele algum vício interior, alguma falha orgânica. Não se pode explicar de outro modo a obsti- nação com que ele corre a destruir os brinquedos dos outros meninos, não digo os que são iguais aos dele, ou ainda inferiores, mas os que são melhores ou mais ricos. Menos ainda se compreende que, nos casos em que o brinquedo é único, ou somente raro, o jovem Nicolau console a vítima com dois ou três pontapés; nunca menos de um. Tudo isso é obscuro. Culpa do pai não pode ser. O pai era um honrado negociante ou comissário [...], que viveu com certo luzimento no último quartel do século, homem ríspido, austero, que admoestava o filho, e, sendo necessário, castigava-o. Mas nem admoestações, nem castigos, valiam nada. O impulso interior do Nicolau era mais eficaz do que todos os bastões paternos; e, uma ou duas vezes por semana, o pequeno reincidia no mesmo delito. Os desgostos da família eram profundos. Deu-se mesmo um caso, que, por suas gravíssimas consequências, merece ser contado. ASSIS, Machado de. In: Contos – Uma Antologia. Seleção, introdução e notas de John Gledson. São Paulo: Companhia das Letras, 1998. p. 411-413. 16 Volume 12 10. (FMP – RJ) Em que período se verifica concordância que respeita a norma-padrão? a) Haviam variados fabricantes de caixão na época. b) Meu avô providenciou mais de um testamentos. c) Fazem muitas décadas que Nicolau morreu. X d) A maior parte das pessoas não se preocupa com testamentos. e) Existe determinadas boas ações que são comentadas por anos. 11. Leia o fragmento a seguir, observando como se dão as concordâncias verbais. Cumpriu-se à risca esta verba testamentária. Joaquim Soares fez o caixão em que foi metido o corpo do pobre Nicolau B. de C. a) Reescreva o trecho e substitua “o corpo do pobre Nicolau B.de C.” por “os corpos das pobres vítimas”. Faça as adequações necessárias. Cumpriu-se à risca essa verba testamentária. Joaquim Soares fez os caixões em que foram metidos os corpos das pobres vítimas. b) Justifique a concordância feita em sua reescrita do fragmento. Em caso de voz passiva, seja sintética ou analítica, a forma verbal deve concordar com o sujeito paciente. Foi o que ocorreu em “foram metidos os corpos das pobres vítimas”, em que o sujeito, cujo núcleo é “corpos”, pede a forma verbal flexionada no plural. 12. Assinale a opção não aceita pelas normas de concordância verbal. a) Pesquisa aponta que 92,7% dos brasileiros querem a redução da maioridade penal. b) Pesquisa aponta que 92,7% da população quer a redução da maioridade penal. c) Mesma pesquisa mostra que 49,7% se apresentam contrários à união civil de pessoas de mesmo sexo. d) A maioria (54,2%) se revelou também contra a aprovação de uma lei permitindo o casamento de pessoas do mes- mo sexo. X e) Um terço não sabem ou não responderam à pesquisa. 13. (UFPE) Conforme as regras da concordância verbal, a alternativa em que o enunciado está corretamente redigido é: a) Poderiam haver outros sinais de que estamos mais conscientes da necessidade de cuidar do meio ambiente. b) Outros sinais existe de que estamos mais conscientes da necessidade de cuidar do meio ambiente. c) Que outros sinais haveriam de que estamos mais conscientes da necessidade de cuidar do meio ambiente? X d) Que outros sinais haveriam de ter surgido com relação ao fato de que estamos mais conscientes da necessidade de cuidar do meio ambiente? e) Foi mostrado amplamente alguns sinais de que estamos mais conscientes da necessidade de cuidar do meio ambiente. Língua Portuguesa 17 14. (UFTM – MG) Tendo por referência a norma-padrão da língua, a frase – Há famílias destruídas e cadáveres demais dos dois lados da Dutra. – pode ser parafraseada por: X a) Existem famílias destruídas e bastantes cadáveres dos dois lados da Dutra. b) Têm-se famílias destruídas e bastante cadáveres dos dois lados da Dutra. c) Existe famílias destruídas e bastante cadáveres dos dois lados da Dutra. d) Vê-se famílias destruídas e bastantes cadáveres dos dois lados da Dutra. e) Veem-se famílias destruídas e bastante cadáveres dos dois lados da Dutra. 15. (INSPER – SP) Até mesmo a asa-branca Bateu asas do sertão, Então, eu disse: “Adeus, Rosinha, Guarda contigo meu coração.” (Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira, “Asa-branca”) Já faz três noites que pro norte relampeia, A asa-branca ouvindo o ronco do trovão Já bateu asas e voltou pro meu sertão, Ai, ai, eu vou-me embora, vou cuidar da plantação. (Luiz Gonzaga e Zé Dantas, “A volta da asa-branca”) “Os brasileiros somos assim”. Este é, segundo João Candido Portinari, a mensagem da obra de seu pai, o pintor Candido Portinari, ao povo brasileiro. Segundo ele, o recado nunca chegou de fato ao destinatário planejado, já que 95% das obras do paulista estão em coleções privadas. PONTES, Trajano. Portinari ganha portal reformulado na internet. Folha de S. Paulo, São Paulo, fev. 2013. Disponível em: <http://folha.com/ no1233942>. Acesso em: 3 fev. 2015. (Fragmento). Assinale a alternativa em que o verbo fazer está flexionado na terceira pessoa do singular pelo mesmo motivo que na primeira oração de “A volta da asa-branca”: X a) Fez anos que não nos víamos. b) Ele faz anos depois de amanhã. c) Faz-se necessário deixar o tempo passar. d) Isso não fará falta a ninguém. e) Ontem, ela faria três anos de casada. 16. (ACAFE – SC) Assinale a frase correta quanto à concordância verbal e nominal. a) Segue, anexo, ata da reunião ordinária do Conselho Superior de 02 de maio de 2012 da Fundação Coelho Pitanga a ser analisada e após fazer todas as considerações pelos membros do conselho que acharem necessárias irei em busca das respectivas assinaturas dos conselheiros presentes. X b) Esse profissional deve ficar responsável pela elaboração das escalas de trabalho semanais e sua manutenção, comunicação interna e externa, agendamento de compromissos da coordenação e da equipe em geral, registro e acompanhamento de assiduidade e demais tarefas que envolvam questões administrativas. c) Não será esquecido estes dois dias para quem pode estar nos dois encontros ou reencontros. d) No elenco, chamam a atenção também a presença de modelos, de uma bailarina e de uma dançarina. 17. (UFU – MG) 18 Volume 12 Em “Os brasileiros somos assim”, a ocorrência de sujeito de terceira pessoa do plural e verbo na primeira pessoa do plural tem a finalidade de a) popularizar as obras do pintor paulista por meio de uma mensagem produzida em um registro mais informal. b) aproximar o emissor da mensagem de um destinatário que utiliza uma variedade linguística socialmente estigmatizada. c) expor a dificuldade de comunicação existente entre o emissor da mensagem e os colecionadores de suas obras. X d) incluir o emissor da mensagem entre os elementos do grupo retratado nas obras do pintor. 18. (PUCRS) A literatura constitui modalidade privilegiada de leitura, em que a liberdade e o prazer são virtual- mente ilimitados. Mas, se a leitura literária é uma modalidade de leitura, cumpre não esquecer que há outras, que desfrutam, inclusive, de maior trânsito social. A competência nessas outras moda- lidades de leitura é anterior e condicionante da participação no que se poderia chamar de capital cultural de uma sociedade e, consequentemente, responsável pelo grau de cidadania de que desfruta o indivíduo. [...] Assim, no contexto de um projeto de educação democrática, vem à frente a habilidade de leitura, es- sencial para quem quer ou precisa ler jornais, assinar contratos de trabalho, procurar emprego através de anúncios, solicitar documentos na polícia, enfim, para todos aqueles que participam, mesmo que à revelia, dos circuitos da sociedade moderna, que fez da escrita seu código oficial. Mas a leitura literária continua sendo fundamental. É à literatura, como linguagem e como instituição, que se confiam os diferentes imaginários, sensibilidades, valores e comportamentos através dos quais uma sociedade expressa e discute, simbolicamente, seus impasses, seus desejos, suas utopias. Por isto, a literatura é importante no currículo escolar: o cidadão, para exercer plenamente sua cidadania, preci- sa apossar-se da linguagem literária, alfabetizar-se nela, tornar-se seu usuário competente. Mesmo que nunca vá escrever um livro, ele precisará ler muitos. LAJOLO, Marisa. Do mundo da leitura para a leitura do mundo. São Paulo: Ática, 1999. INSTRUÇÃO: Para responder à questão, analise o papel que as palavras abaixo desempenham no texto e pluralize-as, verificando quantas outras palavras sofreriam plural obrigatório em cada caso. A seguir, confira o número correspon- dente, registrado ao lado. O número de outras palavras que deveriam obrigatoriamente ser alteradas em cada caso está INCORRETAMENTE indicado em a) competência (linha 03) – 5 b) indivíduo (linha 06) – 2 c) habilidade (linha 07) – 3 d) leitura (linha 11) – 4 X e) ele (linha 16) – 1 19. (PUCPR) 1 5 10 15 Falar com estranhos te deixa mais feliz Se você é uma daquelas pessoas mal-humoradas que não faz (1) contato visual com velhinhos no metrô e que vira os olhos quando alguém puxa papo com você, atenção: você pode estar perdendo uma dose diária de felicidade. É o que indica um novo estudo feito no transporte público de Chicago. Passageiros tiveram que falar com estranhos em um trem, sentarem-se sozinhos e calados, ou então fazer o que fariam normalmente. Em seguida, eles responderam um questionário falando como se sentiam. Língua Portuguesa 19 Fonte: <http://revistagalileu.globo.com/Sociedade>. Acesso em: 8 dez. 2014. Quanto à concordância verbal é CORRETO afirmar que: X a) Em (5), se passássemos “outros” para o singular, o verbo ter perderia o acento para indicar singular, ficando “a gente acha queo outro não tem vontade de conversar”. b) Em (4), a concordância do verbo fazer está inadequada, o correto seria “fazem”. c) Em (3), a concordância do verbo concordar tanto poderia se dar no singular como no plural. d) Em (2), o verbo fazer estabelece concordância gramatical inadequada com a expressão “um grupo” que denota a ideia de mais de uma pessoa. e) Em (1), o verbo fazer, obrigatoriamente, deveria estabelecer concordância no plural com a expressão “daquelas pessoas mal-humoradas”. 20. (UERJ) O Relógio Quem é que sobe as escadas Batendo o liso degrau? Marcando o surdo compasso Com uma perna de pau? Quem é que tosse baixinho Na penumbra da antessala? Por que resmunga sozinho? Por que não cospe e não fala? Por que dois vermes sombrios Passando na face morta? E o mesmo sopro contínuo Na frincha daquela porta? Da velha parede triste No musgo roçar macio: São horas leves e tenras Nascendo do solo frio. Um punhal feriu o espaço... E o alvo sangue a gotejar; Deste sangue os meus cabelos Pela vida hão de sangrar. Todos os grilos calaram Só o silêncio assobia; Parece que o tempo passa Com sua capa vazia. O tempo enfim cristaliza Em dimensão natural; Mas há demônios que arpejam Na aresta do seu cristal. No tempo pulverizado Há cinza também da morte: Estão serrando no escuro As tábuas da minha sorte. frincha: abertura. arpejar: tocar harpa. Aqueles que conversaram com estranhos relataram ter experiências mais prazerosas do que aqueles que ficaram sozinhos e caladinhos (esses, aliás, relataram as piores experiências). As respostas foram compara- das com um grupo que não fez nada (2), mas teve que imaginar como se sentiria em situações parecidas. A maioria concordou (3) que conversar com estranhos no metrô faria os dias delas bem mais feliz. Se falar com estranhos faz (4) bem, porque tanta gente foge desse tipo de situação como diabo foge da cruz? É que aparentemente, ainda de acordo com esse estudo, a gente acha que os outros não têm (5) vontade de conversar. Pois bem, não é verdade: talvez com exceção dos mal-humorados ou dos que tive- ram um dia ruim, parece que bater um papo com estranhos na rua deixa melhor o dia de qualquer um. Joaquim Cardozo. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2007. Deste sangue os meus cabelos (v. 19) / Pela vida hão de sangrar. (v. 20) Mas há demônios que arpejam (v. 27) / Na aresta do seu cristal. (v. 28) Os verbos sublinhados nesses exemplos estão flexionados na terceira pessoa – do plural ou do singular – de acordo com regras de sintaxe características da norma escrita culta da língua portuguesa. 20 Volume 12 Justifique a flexão de pessoa e número do verbo em cada ocorrência sublinhada. No verso “Pela vida hão de sangrar”, a forma verbal “hão” está no plural porque funciona como verbo auxiliar na locução “hão de sangrar”, cujo sujeito é “os meus cabelos” – no plural. No verso “Mas há demônios que arpejam”, a forma verbal “há” permanece na 3.ª pessoa do singular porque, nesse caso, quando seu sentido é o de existir, o verbo “haver” é impessoal e não se flexiona. 21. (PUC-Rio – RJ) Um internauta escreveu o comentário informal abaixo. Reescreva-o fazendo as correções necessárias para adequá-lo às regras da norma culta escrita. Não gosto muito de poesia, mais aqueles poemas do Manuel Bandeira que eu falei ontem, mudou a minha vida. Não gosto muito de poesia, mas aqueles poemas do Manuel Bandeira de que eu falei ontem mudaram a minha vida. Segundo a norma-padrão, o verbo (“mudou”) deve concordar com o sujeito (“aqueles poemas do Manuel Bandeira”) e deve-se respeitar a regência do verbo falar (de algo). Texto para as questões 22 e 23. Cientistas dizem ter descoberto origem do câncer de mama Em sua essência, o câncer é uma célula entre milhões de outras que começa a funcionar mal. No caso do câncer de mama, na maioria das vezes essa célula maligna fica nos ductos que levam o leite da glândula mamária até o mamilo. Mas, por que ali e não em outra parte? O que há nessa região? David Gilley, da Faculdade de Medicina da Universidade de Indiana, nos Estados Unidos, e Connie Eaves, do Laboratório Terry Fox da Agência para o Câncer em Vancouver, no Canadá, ficaram perplexos ao des- cobrir a resposta. Em seu estudo, publicado na revista especializada “Stem Cell Reports”, eles explicam como descobriram que todas as mulheres – propensas ou não a desenvolver câncer de mama – têm, nessa parte do corpo, uma classe particular de células-mãe com telômeros (estruturas que formam as extremidades do cromossomo) extremamente curtos. Os cientistas se deram conta de que esses cromossomos, com as extremidades tão pequenas, fazem com que as células fiquem mais propensas a sofrer mutações que podem desenvolver o câncer. Fonte: Portal G1, 06/06/2013. Adaptado. 22. (PUCPR) Após a leitura do texto do portal G1, assinale a única assertiva CORRETA. a) Pode-se dizer que o título do texto apresenta um grave problema de concordância verbo-nominal, uma vez que a palavra “descoberto” foi utilizada erroneamente; o correto seria “descobertas”, fazendo concordância com “cientistas”. b) Pode-se dizer que, no primeiro parágrafo do texto, a expressão “por que” foi utilizada incorretamente, uma vez que o correto seria “porquê”, segundo as regras gramaticais do português padrão culto. c) Pode-se dizer que, no primeiro parágrafo do texto, a expressão “em sua essência” poderia ser corretamente subs- tituída pela expressão “hodiernamente”, sem que o sentido original sofra alterações. d) Pode-se dizer que, no primeiro parágrafo do texto, a palavra “levam” foi utilizada incorretamente, uma vez que não concorda em número com a palavra “leite”. X e) Pode-se dizer que, no primeiro parágrafo do texto, a palavra “começa” foi utilizada corretamente, uma vez que concorda em número com a expressão “uma célula”. Língua Portuguesa 21 23. (PUCPR) Com base na leitura do texto do Portal G1, assinale a única alternativa CORRETA. a) No terceiro parágrafo do texto, a palavra “eles” faz referência direta a “telômeros”. b) No terceiro parágrafo do texto, caso a expressão “– propensas ou não a desenvolver câncer de mama –” tivesse os traços suprimidos e fosse colocada entre parênteses, o sentido original restaria afetado, gerando um caso de ambiguidade. X c) No terceiro parágrafo do texto, a palavra “seu” faz referência a nomes mencionados no parágrafo anterior, quais sejam, “David Gilley” e “Connie Eaves”. d) No terceiro parágrafo do texto, a expressão entre parênteses “estruturas que formam as extremidades do cromos- somo” tem função de adjunto adverbial de modo. e) No quarto parágrafo do texto, a palavra “propensas” faz referência direta à palavra “cromossomos”; logo, foi redigi- da incorretamente: as regras da concordância verbo-nominal permitem apenas a forma “propensos”, concordando em gênero (masculino) com a palavra “cromossomos”. 24. (UPE) Considerando as regras da concordância, analise os enunciados apresentados a seguir. I. Quem de nós defendemos que a transposição do Rio São Francisco é a solução para a seca no Nordeste? II. Quando se mediu a quantidade de água no Nordeste brasileiro, constatou-se que sobra recursos, mas são mal distribuídos. III. Os nordestinos continuam a se perguntar: Haverá mesmo soluções para o problema da seca? IV. O Brasil só alcançará pleno desenvolvimento quando for solucionado todos os problemas que a estiagem causa. As regras de concordância foram obedecidas no(s) enunciado(s): a) I, II, III e IV. b) I e II, apenas. X c) III, apenas. d) I e IV, apenas. e) II e III, apenas. 25. (CATÓLICA – SC) A notícia, intitulada Dilma sanciona lei com penas mais duras para participação em rachas, foi dividida e alguns de seus trechos compõem esta questão. Fonte: <http://www.estadao.com.br>. Acesso em: 12 maio 2014. Nas frases que seguem, se passarmos a palavra em destaque para o plural, quantas outras palavras serão modifica- das? Assinale a alternativaque apresenta o número CORRETO de palavras que, obrigatoriamente, sofrerão flexão para efeitos de concordância. a) Mas, se o racha provocar lesão corporal grave, a pena poderá ser de três a seis anos de prisão. –> 3 palavras X b) A lei começa a vigorar em novembro, seis meses após ser sancionada. –> 4 palavras c) O valor poderá ser dobrado caso o motorista seja reincidente no período de 12 meses da infração anterior. –> 4 palavras d) O infrator será ainda punido com a suspensão do direito de dirigir, além de ter o veículo apreendido.–> 7 palavras e) A nova lei, que altera o Código Brasileiro de Trânsito, eleva ainda a multa para quem disputar corrida, promover ou participar de racha, utilizar o veículo para demonstrar ou exibir manobra perigosa, mediante arrancada brusca, derra- pagem ou frenagem com deslizamento ou arrastamento de pneus ou forçar ultrapassagem perigosa. –> 3 palavras 22 Volume 12
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