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Trabalho - Dissolucao de sociedades

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Prévia do material em texto

FACULDADE AGES DE JACOBINA 
PROFESSOR ME. REUELIO MARQUES RIOS 
ESTRUTURAS E AMBIENTES DAS ORGANIZAÇÕES. 
 
 
ANNA LARA SILVA GOMES 
ANA PAULA SANTOS SOUZA 
CAROLINE SILVA NOVAES 
CLARA MENDES VILAS BOAS RIOS 
ESTEFANI SOARES PIRES 
GARDÊNIA SOARES SILVA OLIVEIRA 
JOÃO DARLIS SAMPAIO SANTOS 
MARINA DA SILVA FIGUEIREDO 
POLIANA LIMA FERNANDES 
REBECA SANTOS NASCIMENTO 
RICARDO SILVA SANTOS 
ROBERVAL HENRIQUE FERREIRA 
THIAGO DA SILVA LEITE 
WAGNE MELKART CARVALHO DE ALMEIDA 
 
 
DISSOLUÇÃO DE SOCIEDADES EMPRESARIAIS E A IMPORTÂNCIA DE 
MANUTENÇÃO DA ATIVIDADE NEGOCIAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
JACOBINA/BA 
2022 
ANNA LARA SILVA GOMES 
ANA PAULA SANTOS SOUZA 
CAROLINE SILVA NOVAES 
CLARA MENDES VILAS BOAS RIOS 
ESTEFANI SOARES PIRES 
GARDÊNIA SOARES SILVA OLIVEIRA 
JOÃO DARLIS SAMPAIO SANTOS 
MARINA DA SILVA FIGUEIREDO 
POLIANA LIMA FERNANDES 
REBECA SANTOS NASCIMENTO 
RICARDO SILVA SANTOS 
ROBERVAL HENRIQUE FERREIRA 
THIAGO DA SILVA LEITE 
WAGNE MELKART CARVALHO DE ALMEIDA 
 
 
 
 
 
DISSOLUÇÃO DE SOCIEDADES EMPRESARIAIS E A IMPORTÂNCIA DE 
MANUTENÇÃO DA ATIVIDADE NEGOCIAL 
 
 
 
Trabalho apresentado ao Curso de 
Direito da Faculdade AGES de 
Jacobina como pré-requisito para a 
obtenção de nota na avaliação - A3. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
JACOBINA/BA 
2022 
SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO ________________________________________________4 
2. DESENVOLVIMENTO __________________________________________5 
2.1. DISSOLUÇÃO DE SOCIEDADES EMPRESARIAIS ________________5 
2.2. MANUTENÇÃO DA ATIVIDADE NEGOCIAL _____________________7 
2.3. FUNÇÃO SOCIAL DA EMPRESA ______________________________8 
2.4. PRINCÍPIO DA PRESERVAÇÃO DA EMPRESA __________________9 
2.5. CONTRATO PLURILATERAL ________________________________10 
2.6 DECRETO 3.708/1919 ______________________________________11 
3. CONCLUSÃO ________________________________________________13 
4. REFERÊNCIAS _______________________________________________14 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
INTRODUÇÃO 
 
Sabe-se que quando há o sucesso, mediante obtenção de lucros, as sociedades 
que exercem a empresa tendem a manter sua existência por longo período. Todavia, 
em caso de insucesso, o cenário tende a ser outro, conduzindo ao natural 
encerramento da atividade, à dissolução. 
De fato, são vários os fatores que, infelizmente, em nosso país, contribuem para 
que seja árdua a tarefa daqueles que decidem se aventurar em prol do exercício da 
atividade econômica, dentre eles, sobretudo, a alta carga tributária, concorrência 
antiética e os altos ônus decorrentes da legislação trabalhista. 
Nesse contexto, imperioso se faz priorizar a manutenção da atividade econômica 
exercida, de modo que se foque na preservação da empresa, pois como se construirá 
adiante, existem inúmeros outros interesses que gravitam em torno dela. 
O interesse social na manutenção do funcionamento da empresa é patente, 
razão pela qual a atividade empresarial deve ser incentivada. Seja de pequeno, médio 
ou elevado porte, a empresa, indubitavelmente, contribui para a circulação de riquezas 
no país. Logo, o instituto da recuperação aparece como meio idôneo a fazer a 
empresa superar a crise atravessada e, a posteriori, recuperar-se, saldando seus 
débitos e, deste modo, evitando maiores prejuízos à ordem econômica e a população, 
ou seja, a importância da manutenção é evitar a dissolução da sociedade empresarial. 
 A dissolução da sociedade surgiu como mecanismo de defesa das próprias 
sociedades, com amparo na doutrina e na jurisprudência, tendo em vista a relevância 
social e o princípio da preservação da empresa, diante da manifestação de vontade 
de um dos sócios de se desligar da sociedade. 
Também serão analisadas as principais características do contrato plurilateral e 
do decreto 3.708/1919. 
Diante disso, apontados os objetivos a serem diluídos a partir da pesquisa 
realizada no presente trabalho, busca-se com base na bibliografia utilizada, 
demonstrar a relevância da atividade negocial e sua relação com a sociedade 
empresarial, assim como, depreender sobre a forma de dissolução de determinado 
contrato social. 
 
 
 
5 
 
2. DESENVOLVIMENTO 
 
2.1. DISSOLUÇÃO DE SOCIEDADES EMPRESARIAIS 
 
 
Afirma-se que pessoa jurídica é a soma de esforços humanos tendentes a uma 
finalidade lícita, específica, constituída na forma da lei a partir do registro, conforme 
podemos extrair do art. 45 do Código Civil – que abraça a teoria da realidade técnica 
ou sistema das disposições normativas. 
Portanto, a personalidade jurídica é o que confere à pessoa jurídica a aptidão 
de adquirir direitos, bem como contrair obrigações. Desse modo, não é pura e 
simplesmente a condição de sujeito de direito que caracteriza a personalidade, mas a 
aptidão genérica, até porque os entes despersonalizados também são sujeitos de 
direitos capazes de praticar atos jurídicos, ainda que de forma limitada, como é o caso 
da massa falida e do espólio. 
É fundamental, de pronto, esclarecer que a dissolução da sociedade pode 
ocorrer por vários ângulos dos sócios, seja pelo direito de se manter na sociedade por 
ter investido recursos ou pelo apoio no seu desenvolvimento. 
Todavia, é necessário também garantir o direito de sair da sociedade, sob o 
fundamento no art. 5º, inciso XX, da Constituição Brasileira, onde lê-se que ninguém 
deve ser obrigado a permanecer vinculado ad aeternum à sociedade e aos sócios. 
No que concerne ao contrato de sociedade, pode ser objeto de dissolução total 
ou parcial da sociedade empresarial; o contrato em comento pode ser no sentido de 
dissolução total, gerando sua extinção ou dissolução parcial – esta última poderá ser 
efetivada em relação a um ou mais sócios, sendo a morte de um deles que uma das 
possíveis causas, Ressalta-se que cada situação é única, cujo desenrolar acontecerá 
a depender do contrato social ter sido desenvolvido por profissional qualificado, 
considerando que o contrato em comento é a legislação que busca, em regra, 
resguardar a sociedade, não apenas por atos de terceiros, mas de atos próprios. 
Ainda nesse sentido, a dissolução poderá ser judicial ou extrajudicial, conforme 
encontramos o regramento no art. 1.044 do CC. 
Pelo viés do procedimento falimentar, ocorre, por sua vez, quando a crise 
econômico-financeira de uma empresa se torna invencível, ou seja, não se localizam 
mais possibilidades de recuperação de seu capital. 
6 
 
É cogente esclarecer que, quanto à dissolução judicial fixada no art. 1.034 do 
Código Civil, ocorrido o ato de dissolução da sociedade, esta não perde 
automaticamente a personalidade jurídica. Para tanto, o ato de dissolução deve ser 
levado a assentamento nas Juntas Comerciais dos entes federados e ao 
Departamento Nacional de Registro Empresarial e Integração – DRIE. Ocorre que, a 
partir desse momento, a sociedade inicia a sua liquidação, momento em que será 
acrescido ao seu nome empresarial a expressão “em liquidação”. Assim, efetivada a 
dissolução, é nomeado um liquidante. A partir dessa etapa, a liquidação é conduzida 
com a finalidade de atingir dois objetivos primordiais: a concretização do ativo e a 
satisfação do passivo. 
Por outro lado, a dissolução da sociedade em nome coletivo ocorre de pleno 
direito por qualquer das causas enumeradas no art. 1.033 do Código Civil e, se 
empresária, também pela declaração de falência. 
Em se tratando da sociedade cooperativa, a dissolução poderá ser feita de 
forma voluntária (como prevê o art. 63 da Lei nº 5.764/1971), também por meio de 
medida judicial, a pedido de qualquer associado ou, ainda, por iniciativa de órgão 
executivo federal. 
Outra forma que merece menção, em detrimento de ocorrência no mundo 
fático, no que tange a esse assunto, é à fusão, regramento trazido pelo art. 1.119 do 
CC e art. 228 da Lei das Sociedades Anônimas – LSA. Isso significa que é o inverso 
do quese dá na incorporação, vez que sobrevém a extinção de todas as sociedades 
envolvidas e, daí, o surgimento de uma nova sociedade. 
Na primeira etapa do procedimento, cada sociedade envolvida na operação 
realizará uma assembleia geral, a qual deverá aprovar a fusão; contudo, faz-se 
necessária a nomeação de peritos com o fito de avaliar os patrimônios das demais 
sociedades 
Na etapa seguinte, haverá uma assembleia conjunta em que deverão ser 
aprovados os respectivos laudos (obviamente, os sócios só votarão os laudos das 
outras sociedades e não o da que já fazem parte). 
Como na fusão, há a constituição de uma nova sociedade que deverá ser 
registrada na Junta Comercial competente (art. 1.121 do CC e art. 228, § 3o, da LSA). 
Por último, o surgimento da Lei nº 14.195/2021 trouxe uma alteração importante 
a respeito da dissolução da sociedade simples: o art. 1.033 do CC apresentava, em 
seu parágrafo único, um prazo de 180 dias para recomposição do quadro societário 
7 
 
na hipótese que porventura um sócio venha a sair; entretanto, a disposição foi 
revogada, tendo em vista a possibilidade de a sociedade se tornar unipessoal – razão 
pela qual a referida Lei é chamada de “Lei do ambiente de negócio”, pois consiste em 
um diploma legislativo que a doutrina comumente chama de transversal, pelas 
mudanças em diversos setores do ordenamento jurídico. 
 
2.2. MANUTENÇÃO DA ATIVIDADE NEGOCIAL 
 
 
A manutenção da atividade negocial é de extrema importância para o 
desenvolvimento do negócio. Vivemos numa sociedade moderna, onde é fato que as 
coisas evoluem, e isso se reflete em várias áreas de uma sociedade, pois conforme o 
ambiente onde reside sua empresa evolui, se faz necessário para a sobrevivência do 
seu negócio, que ele evolua alinhadamente. 
Por isso, é de extrema precisão que o empresário tenha sempre um olhar crítico 
em direção à modernização, à manutenção e ao desenvolvimento da empresa, sendo 
importante observar que nos mínimos detalhes pode acontecer do negócio 
desenvolver, ou até mesmo falir. 
Observa-se também que após a pandemia do COVID-19, ocorrida no ano de 
2020, muitas empresas fecharam, como também, muitas evoluíram e acabaram 
crescendo por saberem manusear o negócio de uma forma significativa e útil para 
essa nova era, e ela vai além das manutenções visuais, acontecem no interior 
administrativo de uma empresa, no lado mais sutil das coisas, e pós a isso, reflete ao 
público. Essa nova era é completamente ligada ao mundo digital e prático, eliminando 
alguns recursos não mais necessários para os dias de hoje e substituindo até mesmo 
o trabalho humano por máquinas. 
 Com isso, há diversas vantagens quando se diz respeito até mesmo ao tempo 
de obra prima, praticidade e também qualidade na entrega dos produtos oferecidos, 
que independe da área. Em vista disso, é de extrema importância que as atividades 
negociais de uma empresa estejam sempre em constante manutenção, com um olhar 
crítico e inovador para as melhorias que ela precisa e principalmente atenta ao 
desenvolvimento da sociedade, que evolui juntamente com o negócio. 
 
 
8 
 
2.3. FUNÇÃO SOCIAL DA EMPRESA 
 
 
A função social da empresa se encontra em todo o ato de exercício da atividade 
empresarial, ou seja, na organização dos fatores de produção para criação ou 
circulação de bens e serviços. Dessa forma, a função social da empresa surge 
trazendo a concepção de que a empresa não deve apenas desenvolver atividades 
voltadas à produção de riquezas e à obtenção do lucro, mas deve também, expandir 
suas responsabilidades sociais em atenção ao bem estar da coletividade. 
O art. 170, da CF/1988, traz diversos princípios que orientam e direcionam o 
exercício da livre iniciativa empresarial, a exemplo da livre concorrência, da proteção 
dos empregados, da defesa do consumidor e do meio ambiente, da redução das 
desigualdades e do tratamento diferenciado à empresa de pequeno porte. A função 
social, nesse sentido, mantém relação com todos esses princípios, procurando 
destacar que o fim da empresa é o de proporcionar benefícios para todos os 
envolvidos diretamente com a atividade e, ainda, para a coletividade. Neste diapasão, 
descumpre a função social da empresa aquele empresário que faz o uso da prática 
de concorrência desleal, que exerce sua atividade de modo gravoso ao meio 
ambiente, não observa a saúde e segurança dos seus funcionários e clientes, que 
sonega ou deixa de recolher os impostos e direitos trabalhistas, entre outros motivos. 
Sendo assim, a função social não tem por fim aniquilar liberdades e direitos dos 
empresários e tampouco de tornar a empresa mero instrumento para a consecução 
de fins sociais. A função social tem por objetivo, com efeito, reinserir a solidariedade 
social na atividade econômica sem desconsiderar a autonomia privada, fornecendo 
padrão mínimo de distribuição de riquezas e de redução das desigualdades. No art. 
88 da CF/88 é explicito o caráter social. Já o art. 5º, em seu inciso XXIII, prescreve o 
princípio da função social da propriedade, função esta reafirmada no parágrafo 
primeiro do artigo 1.228 do CC/02. Ainda na Carta Magna, os artigos 182 a 186, 
tratam, de modo específico a questão da propriedade, destacando a função social. 
Dessa forma, claro é o entendimento que a função social da empresa 
desempenha um papel imprescindível aos interesses da coletividade, não se limitando 
ao exercício da atividade empresarial, nem possuindo como único objetivo o lucro, 
mas também visando considerar os direitos e interesses daqueles que estão 
situados ao redor da empresa, se importando com os reflexos que suas decisões 
9 
 
provocam na sociedade. As empresas têm, portanto, a responsabilidade de criar 
estratégias para orientação de suas ações em consonância com as necessidades 
sociais, de modo a garantir, além do lucro e a satisfação do seu cliente, o bem-estar 
social onde exerce suas atividades. 
 
2.4. PRINCÍPIO DA PRESERVAÇÃO DA EMPRESA 
 
 
A economia brasileira e/ou boa parte dos países não circulam por conta de 
governos, de estados, mas sim por causa dos empresários (empregos, tributos). A 
atividade empresarial produz muito valor para a economia e com isso é necessário 
benefícios que façam com que as empresas continuem em atividade (não decretar 
falência). Sendo assim, em junho de 2005 quando a Lei de Recuperação Judicial e 
Falência entrou em vigor, surgiu o Princípio da Preservação da Empresa. 
 
Art.47 Lei 11.101/2005 - A recuperação judicial tem por objetivo 
viabilizar a superação da situação de crise econômico-financeira do devedor, 
a fim de permitir a manutenção da fonte produtora, do emprego dos 
trabalhadores e dos interesses dos credores, promovendo, assim, a 
preservação da empresa, sua função social e o estímulo à atividade 
econômica. 
 
Supracitado, o princípio da preservação da empresa é em suma considerado 
como a base do Direito Empresarial, no qual, consiste em proteger a fonte da 
sociedade empresarial (atividades de produção), voltadas para circulação de bens e 
serviços com o propósito de lucro. A priori, compreende-se que o princípio da 
preservação da empresa não é absoluto, para ser analisado pode ser conciliado ao 
princípio da função social da empresa que tem objetivo de demarcar a atividade da 
empresa em razão da importância voltada à sociedade gerando emprego para a 
população e responsabilidade social. 
Portanto, podemos dizer que o princípio da preservação da empresa consiste 
na recuperação da empresa, preservação das fontes de serviços e mercadorias, 
mantendo a unidade produtiva. 
 
 
 
 
10 
 
2.5. CONTRATO PLURILATERAL 
 
 
As relações empresariais no todo ou em parte são regidas pelos contratos 
plurilaterais, dotados de direitos e obrigações dos pactuantes, estes contratos também 
podem ser conhecidos como contratos bilaterais, que são os contratos de sociedade,na composição dos contratos os sócios aderem as cláusulas que lhes proporcionam 
as condições de direitos e deveres em relação aos demais sócios. O art. 1001, do CC, 
aduz que as obrigações dos sócios começam imediatamente com o contrato, se este 
não fixar outra data, e terminam quando, liquidada a sociedade, se extinguirem as 
responsabilidades sociais. 
 Existem algumas restrições para substituição dos sócios, de antemão, o art. 
1.002 declara que o sócio não pode ser substituído no exercício das suas funções, 
sem o consentimento dos demais sócios, expresso em modificação do contrato social. 
É importante frisar, que para eficácia da modificação do contrato, é necessário que a 
cessão total ou parcial de quota, sem a correspondente modificação do contrato social 
com o consentimento dos demais sócios, não terá eficácia quanto a estes e à 
sociedade, é o que diz o art. 1003 do código civil. A responsabilidade do cedente ainda 
permanece pela “quarentena” de dois anos, pois até dois anos depois de averbada a 
modificação do contrato, responde o cedente solidariamente com o cessionário, 
perante a sociedade e terceiros, pelas obrigações que tinha como sócio. 
 As obrigações inerentes aos deveres dos sócios são estabelecidas no contrato, 
devendo estes observá-las para cumprimento, o art. 1.004 do CC, determina que os 
sócios são obrigados, na forma e prazo previstos, às contribuições estabelecidas no 
contrato social, e aquele que deixar de fazê-lo, nos trinta dias seguintes ao da 
notificação pela sociedade, responderá perante esta pelo dano emergente da mora. 
Desta forma, verificada a mora, poderá a maioria dos demais sócios preferir, à 
indenização, a exclusão do sócio remisso, ou reduzir-lhe a quota ao montante já 
realizado, aplicando-se, em ambos os casos, o disposto no § 1º do art. 1.031 do CC. 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
2.6. DECRETO 3.708/1919 
 
 
Em 1892 na Alemanha surge a criação das sociedades de responsabilidade 
limitada, que, no nosso ordenamento jurídico, as compreendemos como denominação 
de sociedade por quotas. 
Ademais, a sociedade por quota nasceu para atender às necessidades 
econômicas do comércio, a qual, não possuía um tipo societário capaz de agregar 
benefícios e flexibilizar algumas regras. 
Todavia, as Câmaras de Comércio alemã, recebiam várias reclamações 
diariamente, ou seja, os comerciantes solicitavam que um novo tipo de sociedade 
fosse constituído, entretanto, precisaria ser simples, econômica e limitada de 
responsabilidade. Sendo assim, o sistema acompanharia o desenvolvimento 
comercial e industrial de forma completa. 
Neste contexto, o deputado OECHELHAEUSER tomou nota das reclamações 
e se posicionou de forma positiva através do seu projeto de lei, no qual deu vida a 
Sociedade de Responsabilidade Limitada. A lei foi criada em 20 de abril de 1892, mas 
sofreu alterações posteriormente. 
Em suma, em Lisboa, no ano de 1896, a Câmara do Comércio Local e Indústria, 
requer uma lei semelhante à da Alemanha, porém, só ocorreu em 11 de abril de 1901, 
com a promulgação da lei sobre a sociedade por quota, de responsabilidade limitada, 
consolidada em 1.º de julho. 
Neste sentido, Portugal, foi o segundo país a admiti-la, em seguida, a Áustria, 
mais tarde, o mundo todo. 
Com efeito, o representante do Rio Grande do Sul, o deputado JOAQUIM LUÍS 
OSÓRIO, em 20 de setembro de 1918, apresenta seu projeto de lei n. 247, com a 
mesma designação portuguesa, em lugar da alemã, entretanto, o projeto só é 
aprovado em 7 de janeiro de 1919, sancionada no dia 10 de janeiro e publicada no 
Diário Oficial, em 15 de janeiro. Diante disso, surge o Decreto n. 3.708/1919. 
Diante o exposto, a sociedade por quotas de responsabilidade limitada supriu 
as necessidades dos empresários da época. Os comerciantes seriam melhores no 
seu negócio, pois, existiam melhores possibilidades jurídicas na estrutura e formação 
do contrato social. 
Por outro lado, a Lei da Limitada de 1919, foi considerada concisa por alguns 
operadores do direito, não pelo fato de conter apenas dezenove artigos, mas por não 
12 
 
ter balizadores que regulam as relações internas e externas. Mediante a isso, a 
doutrina e jurisprudência era a responsável pela aplicação da legislação a este tipo de 
sociedade. 
Além disso, outra problemática da época seria o artigo 18 do Decreto e os 
equívocos de sua interpretação - A questão ultrapassava o entendimento doutrinário, 
pois, os casos que chegavam aos tribunais, dentre os conjuntos de regras, provinham 
em resultados totalmente distintos. 
Contudo, em 11 de janeiro de 2002, com a entrada do Novo Código Civil 
brasileiro, pela Lei 10.406, uma “Nova Sociedade Limitada” é criada. A nova lei trouxe 
características completas e distintas daquelas que estavam previstas no decreto de 
1919. Assim sendo, o novo Código Civil “reforma” tacitamente o Decreto nº 3.708/1919 
e expõe importantes inovações para administração, expulsão e deliberação dos 
sócios. Na verdade, o novo formato trouxe maior transparência e profissionalismo, 
resguardando os interesses dos sócios minoritários. 
Em suma, as novas exigências trouxeram a nova sociedade limitada um maior 
custo e complexidade, mas proporcionou maior segurança e profissionalismo a sua 
administração. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
3. CONCLUSÃO 
 
 
Diante de todo exposto, depreende-se que a teoria da empresa é fundamental 
para as possibilidades que envolvem o direito empresarial, haja vista a importância de 
determinada atividade econômica para o crescimento da sociedade, assim como da 
preservação da empresa, e da função social que exerce, vislumbrando o empresário 
e a empresa através de uma perspectiva macro, a fim de compreender todos os 
setores abarcados pela manutenção da atividade negocial. 
 A sociedade empresarial deve ser registrada e cumprir com os requisitos 
previstos em lei, visando a segurança do sócio empresário e também das pessoas 
envolvidas na atividade empresarial. Dessa forma, conforme prevê o art. 5º da 
Constituição Federal, inciso XX, “ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a 
permanecer associado”. Ou seja, a legislação Civil, ao tratar da sociedade 
empresarial, determina as possíveis causas de dissolução da sociedade, protegidos 
os direitos daqueles empresários que optarem por deixar a sociedade, ou que em 
razão do falecimento, seja possível aos herdeiros administrar espólio da quota que lhe 
cabe, do sócio falecido. 
Além disso, deve ser observado, ao iniciar ou dissolver uma sociedade 
empresarial, o quanto pactuado em contrato social, pois trata-se de documento 
essencial para eventual deliberação acerca da dissolução, extinção, integração da 
sociedade empresarial, ressaltando a possibilidade de a dissolução ocorrer através 
da via extrajudicial ou judicial. 
A dissolução da sociedade, como anteriormente mencionado, pode ocorrer de 
forma parcial ou total. Ao se dissolver totalmente, a empresa, necessariamente, deve 
observar todos os encargos inerentes a ela. 
Portanto, resta clara a importância da empresa e do seu objetivo. Sendo assim, 
além de produzir riquezas, deve a empresa exercer sua função social, ser preservada, 
e obedecer aos princípios constitucionais, os quais são reguladores da atividade 
econômica. 
 
 
 
 
 
14 
 
4. REFERÊNCIAS 
 
 
BRASIL. Decreto nº 3708, de 10 de janeiro de 1919. Regula a constituição de 
sociedades por quotas, de responsabilidade limitada. [S. l.], 15 jan. 1919. 
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/antigos/d3708.htm. 
Acesso em: 10 nov. 2022. 
 
CAMPINHO, Sergio; PINHO, Mariana. A sociedade limitada na perspectiva de sua 
dissolução. São Paulo: Saraivajur, 2022. 
 
Constituição Federal: CF de bolso / {organização Equipe Rideel}. – 4ª. Ed. – São 
Paulo: Rideel, 2021. 
 
PERIN JUNIOR, Ecio. A dimensão social da preservação da empresa no contexto 
da nova legislação falimentarbrasileira. Teresina, a. 12, n. 1682, 8 fev. 2018. 
 
VENOSA, Sílvio de S. Direito Empresarial. São Paulo: Grupo GEN, 2020. E-book. 
ISBN 9788597024791. Disponível em: 
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597024791/. Acesso em: 10 
nov. 2022.

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