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estudos disciplinares XV LETRAS QUESTIONARIO II

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Ao relacionar metáfora e literatura, temos como exemplificações: 
I - Vidas secas, de Graciliano Ramos, é a apresentação da escassez da 
água no sertão nordestino, mas também é a metáfora de uma vida dura, 
sofrida. 
II - “Os trabalhadores do mar”, de Victor Hugo, é a apresentação do 
embate do homem com a natureza, mas também é a metáfora do 
embate do homem consigo próprio. 
III - Amar, de Drummond, apresenta a água como necessidade orgânica, 
mas também a água é metáfora por ser recurso de riqueza para a alma. 
 
Resposta Selecionada: e. 
Todas corretas. 
Respostas: a. 
Apenas I correta. 
 b. 
Apenas II correta. 
 c. 
I e II corretas. 
 d. 
I e III corretas. 
 e. 
Todas corretas. 
Comentário da 
resposta: 
Resposta: Alternativa e) correta. 
Comentário: A metáfora adquire sentido maior no texto 
literário e não apenas em uma passagem, em uma 
frase ou verso. Na linguagem literária, toda o obra pode 
ser considerada metafórica. 
 
 
• Pergunta 2 
0,5 em 0,5 pontos 
 
Sobre a linguagem literária, consideramos que ela: 
Resposta 
Selecionada: 
b. 
é autônoma semanticamente, podendo estruturar e 
organizar seu próprio mundo. 
Respostas: a. 
despreza os “silêncios”, o “não-dito” ou as 
“entrelinhas”. 
 
b. 
é autônoma semanticamente, podendo estruturar e 
organizar seu próprio mundo. 
 c. 
representa a realidade em um único sentido. 
 
d. 
serve as linguagens históricas, filosóficas e 
científicas. 
 e. 
 
é um mero utensílio que serve para comunicar 
idéias e pensamentos 
Comentário 
da resposta: 
Resposta: Alternativa b) correta. 
Comentário: A linguagem literária, na verdade, aceita os 
silêncios, as entrelinhas, os não-ditos, criando, assim, 
mais de uma possibilidade de sentido. Não é um mero 
utensílio para ideias nem serve como linguagem para 
outras áreas. 
 
• Pergunta 3 
0,5 em 0,5 pontos 
 
Para entender o trecho d’ A rosa de Hiroshima, de Vinicius de Moraes, o 
leitor saber que: 
Mas só não se esqueçam 
da rosa, da rosa 
Da rosa de Hiroshima 
a rosa hereditária 
A rosa radioativa 
Estúpida e inválida 
 
Resposta 
Selecionada: 
e. 
Rosa é a bomba atômica que deu fim à segunda 
guerra mundial. 
Respostas: a. 
A palavra rosa refere-se a um tipo de flor. 
 b. 
Hiroshima é nome próprio de cidade. 
 c. 
Existe metáfora na relação rosa/Hiroshima. 
 d. 
Os adjetivos relativos à rosa são estranhos. 
 
e. 
Rosa é a bomba atômica que deu fim à segunda 
guerra mundial. 
Comentário da 
resposta: 
Resposta: Alternativa e) correta. 
Comentário: A rosa é uma metáfora para bomba 
atômica e o leitor precisa não só ter conhecimento 
sobre a guerra mundial como também relacionar a 
palavra rosa à bomba. 
 
 
• Pergunta 4 
0,5 em 0,5 pontos 
 
Indique o elemento morfológico formador da poesia concreta de José 
Lino Grunewald: 
f o r m a 
r e f o r m a 
d i s f o r m a 
t r a n s f o r m a 
c o n f o r m a 
i n f o r m a 
f o r m a 
 
Resposta Selecionada: a. 
Radical 
Respostas: a. 
Radical 
 b. 
Afixo (sufixo) 
 c. 
Afixo (prefixo) 
 d. 
Desinência 
 e. 
Vogal temática “a” 
Comentário da 
resposta: 
Resposta: Alternativa a) correta. 
Comentário: Com base no radical “form”, o autor 
montou seu texto com palavras derivadas desse radical. 
O sentido semântico muda no decorrer da distribuição 
das palavras na forma horizontal. 
 
• Pergunta 5 
0,5 em 0,5 pontos 
 
“Eram cinco horas da manhã e o cortiço acordava, abrindo, não os 
olhos, mas uma infinidade de portas e janelas alinhadas. (...) Sentia-se 
naquela fermentação sanguínea, naquela gula viçosa de plantas 
rasteiras que mergulham o pé na lama preta e nutriente da vida, o 
prazer animal de existir, a triunfante sensação de respirar sobre a terra. 
Da porta da venda que dava para o cortiço iam e vinham como formigas, 
fazendo compras .” (Aluísio Azevedo. O cortiço.) 
No trecho acima, ocorre metáfora ao comparar as atitudes das pessoas 
com: 
 
Resposta Selecionada: d. 
Gula viçosa de plantas rasteiras; 
Respostas: a. 
Portas e janelas alinhadas; 
 b. 
Fermentação sanguínea; 
 c. 
Triunfante sensação de respirar sobre a terra; 
 d. 
Gula viçosa de plantas rasteiras; 
 e. 
Iam e vinham como formigas. 
Comentário 
da resposta: 
Resposta: Correta d). 
Comentário: No caso da expressão “iam e vinham como 
formigas” pode, aparentemente, ser metáfora, mas 
devido ao termo “como” torna-se comparação. Assim, a 
única metáfora das expressões destacadas é a da 
alternativa d. 
 
 
• Pergunta 6 
0,5 em 0,5 pontos 
 
(ENADE – 2008) 
1 - Nunca eu tivera querido 
2 - Dizer palavra tão louca: 
3 - bateu-me o vento na boca, 
4 - e depois no teu ouvido. 
5 - Levou somente a palavra, 
6 - Deixou ficar o sentido. 
7 - O sentido está guardado 
8 - no rosto com que te miro, 
9 - neste perdido suspiro 
10 - que te segue alucinado, 
11 - no meu sorriso suspenso 
12 - como um beijo malogrado. 
13 - Nunca ninguém viu ninguém 
14 - que o amor pusesse tão triste. 
15 - Essa tristeza não viste, 
16 - e eu sei que ela se vê bem... 
17 - Só se aquele mesmo vento 
18 - fechou teus olhos, também. 
Cecília Meireles 
De acordo com abordagens da análise do discurso, a significação não 
se restringe apenas ao código linguístico. Que versos evidenciam essa 
noção? 
 
Resposta 
Selecionada: 
c. 
“Levou somente a palavra, deixou ficar o sentido” 
(v.5-6). 
Respostas: a. 
“Nunca eu tivera querido Dizer palavra tão louca” 
(v.1-2). 
 
b. 
“bateu-me o vento na boca, e depois no teu 
ouvido” (v.3-4). 
 
c. 
“Levou somente a palavra, deixou ficar o sentido” 
(v.5-6). 
 
d. 
“Nunca ninguém viu ninguém que o amor pusesse 
tão triste” (v.13-14). 
 
e. 
“Só se aquele mesmo vento fechou teus olhos, 
também” (v.17-18). 
Comentário 
da resposta: 
Resposta: Alternativa c). 
Comentário: Para atribuir sentido ao texto, o leitor 
mobiliza conhecimento de mundo, declarativo, 
episódico, intuitivo; interacional; linguístico-textual. Nos 
versos acima, palavra corresponde à estrutura da língua 
(léxico), enquanto sentido 
corresponde ao valor semântico. 
 
 
• Pergunta 7 
0,5 em 0,5 pontos 
 
beba coca cola 
babe cola 
beba coca 
babe cola caco 
caco 
cola c l o a c a 
Esta poesia concreta, de Décio Pignatari, é uma sátira ao anúncio do 
famoso refrigerante cola. Sobre o poema e sua relação com o anúncio, 
não podemos considerar: 
 
Resposta 
Selecionada: 
e. 
O poema concreto não se insere ao mundo cultural. 
Respostas: a. 
O verbo babar interfere no texto publicitário “Beba 
Coca-Cola”. 
 
b. 
Os verbos beber e babar formam uma relação de 
antítese. 
 
c. 
Os termos cloaca e aca caracterizam o refrigerante 
como mau cheiro. 
 
d. 
O poema critica negativamente um produto pop da 
época da produção poética. 
 e. 
O poema concreto não se insere ao mundo cultural. 
Comentário 
da resposta: 
Resposta: Alternativa e). O poema acima pode ser lido 
por várias sequências: linear, linha a linha; verticalmente, 
coluna a coluna; perpendicular, da esquerda para direita, 
por exemplo. Independente da sequência, o leitor verá 
que o poema trata de um produto anunciado (o 
refrigerante cola) e o considera um excremento. O 
poema não apenas se relaciona com o mundo como 
também se posiciona sobre ele. 
 
 
• Pergunta 8 
0,5 em 0,5 pontos 
 
O poema-práxis leva em conta a palavra que gera outras palavras no 
contexto do poema. Leia o poema abaixo e assinale o trecho que faz 
parte desse tipo de estética. 
 
Resposta 
Selecionada: 
a. 
Agiotagem: um/ dois/ três/ o juro: o prazo/ o pôr/ o 
cento/ o mês/ o ágio/ porcentágio. Mário Chamie 
Respostas: a. 
Agiotagem: um/ dois/ três/ o juro: o prazo/ o pôr/ o 
cento/ o mês/ o ágio/ porcentágio. Mário Chamie 
 
b. 
se/ nasce/ morre nasce/ morre nasce morre/ renasce 
remorre renasce Haroldo de Campos 
 c. 
o céu não cai… do céu Regis Bonvícino 
 
 
d. 
abaixo a carestia/ chega de comer angu/ stia & 
solidão Marcelo Dolabelae. 
META: LINGUAGEM/ Mulher escritora/ não chora:/ - 
coa. Ilka Laurito 
Comentário 
da resposta: 
Resposta: Alternativa a). 
Comentário: O autor joga com as palavras pôr, cento, 
agio e cria “porcentágio”. Ou seja, três palavras levam a 
uma outra. No caso das outras alternativas, temos b) 
poema concreto; c) poesia marginal; d) poesia marginal; 
e) poesia social. 
 
• Pergunta 9 
0,5 em 0,5 pontos 
 
Leia o poema. 
Erro de português 
 
Quando o português chegou 
Debaixo duma bruta chuva 
Vestiu o índio 
Que pena! 
Fosse uma manhã de sol 
O índio tinha despido 
O português. 
Oswald de Andrade 
O poema “Erro de português” tematiza a chegada dos navegantes ao 
Brasil em 1500. Que sentido adquirem, respectivamente, os verbos 
vestir e despir no poema? 
 
Resposta 
Selecionada: 
d. 
Impor a cultura portuguesa ao índio e impor a 
cultura indígena ao português. 
Respostas: a. 
Cobrir o índio com uma peça do vestuário 
português e tirar a roupa do português. 
 
b. 
Dar um objeto ao índio e destituir o português de 
um objeto. 
 
c. 
Impregnar-se do ambiente e usurpar a peça de 
vestuário. 
 
d. 
Impor a cultura portuguesa ao índio e impor a 
cultura indígena ao português. 
 e. 
Nenhuma das respostas anteriores. 
Comentário 
da resposta: 
Resposta: Alternativa d). 
Comentário: Por encontrar os índios nus, o poeta faz 
um jogo de palavras vestir/despir, atribuindo-lhes não o 
 
sentido de cobrir/tirar roupa, mas da imposição do estilo 
de vida português aos nativos. 
 
• Pergunta 10 
0,5 em 0,5 pontos 
 
“E agora, José?/ A festa acabou,/ a luz apagou/ o povo sumiu,/ a noite esfriou,/ e 
agora, José?/ e agora, José?” 
Este início do poema José, de Carlos Drummond de Andrade, é recorrentemente 
intertextualizado em artigos de jornal, devido: 
 
Resposta 
Selecionada: 
e. 
à pergunta do poema que representa a 
desesperança do leitor sobre um assunto brasileiro 
atual. 
Respostas: a. 
ao nome José, que é comum entre os muitos leitores 
de jornal. 
 
b. 
aos problemas sociais dos brasileiros, que são 
questionados no poema. 
 c. 
à falta de criatividade dos colunistas de jornal. 
 
d. 
à erudição dos jornalistas que demonstram 
conhecimento literário. 
 
e. 
à pergunta do poema que representa a 
desesperança do leitor sobre um assunto brasileiro 
atual. 
Comentário 
da resposta: 
Resposta: Alternativa e). 
Comentário: O nome José é vulgar no sentido de sua 
carga histórica e designar milhares de pessoas. Por isso, 
o autor escolheu esse nome e não outro, pouco usual. 
Quanto aos textos jornalísticos, muitos já iniciaram-se ou 
tiveram como título “E agora, José?” para carregar esse 
tom de “desesperança” frente a problemas comuns aos 
brasileiros.

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