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2029-01-18507-Plexos_-pares-de-nervos-cranianos-cervical-braquial-e-lombossacro (1)

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CONTROLE NEURAL 
DO MOVIMENTO
AULA 1
ABERTURA 
Olá!
As estruturas do corpo humano são inervadas por fibras motoras e sensitivas que apresentam 
origem em sua maioria nos plexos nervosos. Os plexos nervosos se formam durante o 
desenvolvimento embrionário e são considerados uma rede de nervos que se entrecruzam e 
trocam fibras. Existem quatro importantes plexos nervosos no organismo humano, são 
eles: cervical, braquial e lombossacral. O conhecimento dos plexos nervosos e seus respectivos 
segmentos é de fundamental importância para a prática fisioterapêutica, uma vez que a função 
motora e sensitiva depende da integridade dessa rede nervosa originada nos plexos nervosos.
Nesta aula, você vai aprender a identificar os plexos nervosos cervical, braquial e lombossacral, 
além de relacionar as inervações advindas desses plexos nervosos com a função motora e 
sensitiva, em especial, das regiões apendiculares do corpo humano.
Bons estudos.
Plexos pares de 
nervos cranianos, 
cervical, braquial 
e lombossacro
REFERENCIAL TEÓRICO
Os plexo nervosos podem ser comparados à caixa de distribuição de energia elétrica de uma 
casa. Nesse sentido, os nervos terminais emanados dos plexos nervosos inervam estruturas 
anatômicas, como pele, estruturas articulares e músculos por meio de fibras sensitivas 
e motoras. Existem quatro plexos nervosos principais: cervical, braquial, lombar e sacral; os 
dois últimos também podem ser chamados de plexo lombossacral.
No capítulo "Plexos nervosos: cervical, braquial e lombossacral", da obra Anatomia aplicada 
à fisioterapia, você entenderá as peculiaridades dos plexos nervosos e sua relação com 
a atividade motora e sensitiva.
Ao final, você terá aprendido a:
• Identificar os plexos nervosos das regiões cervical, braquial e lombossacral.
• Compreender as nuances estruturais e as respectivas inervações dos plexos nervosos das
regiões cervical, braquial e lombossacral.
• Relacionar as inervações advindas dos plexos nervosos das regiões cervical, braquial e
lombossacral com a função motora e sensitiva, em especial, das regiões apendiculares do
corpo humano.
Boa Leitura.
Plexos nervosos: cervical, 
braquial e lombossacro
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Identificar os plexos nervosos das regiões cervical, braquial e 
lombossacro.
  Compreender as nuances estruturais e as respectivas inervações dos 
plexos nervosos das regiões cervical, braquial e lombossacro.
  Relacionar as inervações advindas dos plexos nervosos das regiões 
cervical, braquial e lombossacro com as funções motora e sensitiva, 
em especial das regiões apendiculares do corpo humano.
Introdução
As estruturas do corpo humano são inervadas por fibras motoras e sen-
sitivas que apresentam origem em sua maioria nos plexos nervosos. 
Esses plexos são distribuídos bilateralmente e situados paralelamente à 
coluna vertebral a partir da comunicação de alguns ramos anteriores e 
posteriores dos nervos espinais, de onde partem ramos terminais para 
inervação da pele, estruturas articulares e músculos. O conhecimento 
dos plexos nervosos e seus respectivos segmentos é de fundamental 
importância para a prática fisioterapêutica, uma vez que as funções motora 
e sensitiva dependem da integridade dessa rede nervosa originada nos 
plexos nervosos.
Neste capítulo, você vai ver com mais detalhes os plexos nervosos 
cervical, braquial e lombossacro, além de relacionar as inervações ad-
vindas desses plexos nervosos com as funções motora e sensitiva, em 
especial das regiões apendiculares do corpo humano.
Plexos nervosos
Os nervos se originam de maneira separada no sistema nervoso central (SNC). 
Quando esses nervos se entrecruzam e trocam fi bras, se formam os plexos 
nervosos (HARTWIG, 2008). Nesse sentido, também os nervos que inervam 
um órgão importante podem ser considerados plexos, como o plexo cardíaco 
superfi cial e profundo (HARTWIG, 2008; MOORE; DALLEY; AGUR, 2014; 
GOULD, 2010). Além dos plexos que inervam órgãos, existem quatro maiores 
plexos nervosos associados ao sistema nervoso periférico (SNP), são eles: 
cervical, braquial, lombar e sacral, ou também abordado como lombossacral 
(MARTINI; TIMMONS; TALLITSCH, 2009; LUNDY-EKMAN, 2008).
Antes, porém, de adentramos mais especificamente nos plexos nervosos, 
vale entender que os nervos exibem uma classificação (Quadro 1) que está em 
consonância com suas duas destinações básicas, a saber: os tecidos estrutu-
rais ou somáticos (músculo estriado esquelético, osso e pele) e os tecidos de 
“órgãos” ou vísceras (glândula, coração, tubo digestório, entre outros). Nesse 
sentido, cada tipo de tecido requer uma capacidade de percepção sensitiva e 
motora (HARTWIG, 2008). 
 Fonte: Hartwig (2008, p. 217). 
Sistema nervoso Fibras nervosas Via nervosa
Somático Sensitivo
Motor
Autônomo (visceral) Sensitivo
Motor Simpático
Parassimpático
 Quadro 1. Classificação das fibras nervosas do sistema nervoso somático e autônomo 
Existem em nosso organismo 31 pares de nervos espinais (8 cervicais, 12 
torácicos, 5 lombares, 5 sacrais e 1 coccígeo) que suprem todo o corpo, exceto 
a cabeça, que na maior parte é domínio de nervos que saem do encéfalo, e não 
da medula espinal (HARTWIG, 2008). Os nervos espinais apresentam ramos 
posteriores e anteriores e a anatomia macroscópica dos ramos posteriores é 
relativamente simples e somente alguns recebem nome. Os ramos posteriores 
inervam uma área relativamente pequena de músculos e pele e, quando com-
Plexos nervosos: cervical, braquial e lombossacro2
parados com os anteriores, são bem menores em relação ao tamanho. Nesse 
sentido, a maior parte das ações no organismo ocorre por meio dos ramos 
anteriores que fornecem a inervação motora e sensitiva a um contingente 
bem maior de músculos e pele, excetuando os poucos inervados pelos ramos 
posteriores. Em razão disso, nos centraremos na formação dos plexos nervosos 
anteriores (HARTWIG, 2008).
Os plexos nervosos cervical, braquial, lombar e sacral são oriundos de três 
redes nervosas, formadas bilateralmente e situadas paralelamente à coluna 
vertebral a partir da comunicação de alguns ramos anteriores dos nervos 
espinais de onde partem ramos terminais para inervação da pele, estruturas 
articulares e músculos (MENESES, 2011).
Tanto os nervos somático quanto visceral podem incluir fibras aferentes (sensitivas) e 
eferentes (motoras), sendo assim, de uma forma simples, pode-se descrever a função 
de um nervo sendo a seguinte: aferente somático e eferente somático; aferente visceral 
e eferente visceral (HARTWIG, 2008)
Os plexos nervosos se formam durante o desenvolvimento embrionário, enquanto 
pequenos músculos esqueléticos coalescem-se com seus vizinhos para formar músculos 
maiores com origens compostas. Esses limites anatômicos entre os músculos embrio-
nários desaparecem, mas o padrão original de inervação permanece intacto. Sendo 
assim, a inervação desses músculos compostos, no adulto, contém fibras sensitivas 
e motoras oriundas dos ramos anteriores que inervaram os músculos embrionários 
(MARTINI; TIMMONS; TALLITSCH, 2009).
3Plexos nervosos: cervical, braquial e lombossacro
Plexos nervosos cervical e braquial
O plexo cervical consiste em ramos cutâneos e musculares dos ramos anteriores 
dos nervos de C1 a C4 e algumas fi bras nervosas de C5 (MARTINI; TIM-
MONS; TALLITSCH, 2009; LUNDY-EKMAN, 2008), ou seja, os primeiros 
cinco ramos anteriores cervicais inervam o pescoço (HARTWIG, 2008). Esse 
plexo cervical é formado por um conjunto irregular de ramos comunicantes 
entre os ramos anteriores (maiores que os dorsais) dos cinco primeiros nervos 
cervicais (C1-C5) e cada qual conectado com um ou mais ramos comunicantes. 
Alguns desses ramos comunicantes emergem próximos da coluna vertebral, 
entre os músculos paravertebrais e outros dos tubérculos posteriores dos proces-
sos transversos, seguindo superiormente para os ramos do plexo posteromedial 
para a veia jugular internarecobertos pelo músculo esternocleidomastoideo 
(MENESES, 2011) e anteriormente aos músculos escaleno médio e levantador 
da escápula (MARTINI; TIMMONS; TALLITSCH, 2009).
As fibras motoras e as fibras sensitivas do plexo cervical formam feixes 
nervosos distintos e separados assim que os ramos anteriores emergem. As 
fibras motoras são denominadas como alça cervical, em razão de formarem 
uma alça. As fibras sensitivas são denominadas apenas plexo cervical (HAR-
TWIG, 2008).
Os ramos cutâneos do plexo cervical fornecem inervação sensitiva a áreas 
na cabeça, no pescoço e no tórax, a saber: (i) o nervo occipital menor (C2-C3) 
fornece inervação sensitiva à parte lateral superior do pescoço e em torno do 
processo mastoide; (ii) o nervo auricular magno (C2-C3) fornece inervação 
sensitiva à região da orelha e à pele em torno da parte posterior da linha da 
mandíbula; (iii) o nervo cervical transverso (C2-C3) fornece inervação à parte 
superior do pescoço, entre a linha da mandíbula e a pele sobre o músculo 
esternocleidomastoideo; e (iv) os nervos supraclaviculares (C3-C4) fornecem 
inervação sensitiva ao pescoço, do músculo esternocleidomastoideo até a 
linha da clavícula, inferiormente (HARTWIG, 2008; MARTINI; TIMMONS; 
TALLITSCH, 2009). 
Em relação aos ramos musculares, essa alça cervical nervosa situa-se sobre 
a bainha carótica e envia fibras motoras aos músculos do pescoço, omo-hioideo 
(C1-C3), esterno-hioideo (C1-C3), genio-hioideo (C1), tireo-hioideo (C1) e 
esternotireoideo (C1-C3), e aos músculos do pescoço e do ombro (C1-C5), 
Plexos nervosos: cervical, braquial e lombossacro4
como o esternocleidomastoideo, os escalenos, levantador da escápula e trapézio, 
além do músculo diafragma (HARTWIG, 2008; MARTINI; TIMMONS; 
TALLITSCH, 2009). O nervo frênico (C3-C5), o maior nervo desse plexo 
cervical (MARTINI; TIMMONS; TALLITSCH, 2009), é a única inervação 
motora do diafragma, além de proporcionar alguma inervação sensitiva à parte 
central do diafragma e ao pericárdio fibroso, à pleura parietal e ao peritônio 
parietal. Convém salientar que o as margens do diafragma recebem inervação 
sensitiva dos nervos intercostais nas proximidades (ramos anteriores torácicos) 
(HARTWIG, 2008).
Os nervos sensoriais e motores dos membros superiores originam-se do 
plexo braquial. O plexo braquial apresenta uma porção supraclavicular que 
está localizada no trígono lateral do pescoço e uma porção infraclavicular que 
se localiza na axila e é constituída por ramos anteriores das raízes nervosas 
cervicais de C5 a T1, com participação ocasional de C4 e T2 (ORSINI, 2012), 
que são, quase em sua totalidade, dedicadas aos membros superiores, além de 
inervar músculos das regiões cervical e torácica e alguns músculos da região 
dorsal (MENESES, 2011) (Quadro 2). Esse plexo é maior e mais complexo 
que o cervical (MARTINI; TIMMONS; TALLITSCH, 2009), e essas raízes 
nervosas cervicais se unem para formar três troncos, a saber: o tronco superior 
(C5-C6), o tronco médio (C7) e o tronco inferior (C8-T1). Esses troncos 
se reagrupam originando três fascículos denominados fascículo posterior 
(C5-T1), cordão lateral (C5-C7) e cordão medial (C8-T1). Diante desses fascí-
culos, surgem os ramos terminais, ou seja, os nervos: nervo musculocutâneo, 
nervo mediano, nervo ulnar, nervo axilar e nervo radial, que irão inervar os 
membros superiores (MARTINEZ; ALLODI; UZIEL, 2014) (Figura 1).
5Plexos nervosos: cervical, braquial e lombossacro
Figura 1. Esquematização do plexo braquial.
Fonte: Hartwig (2008, p. 226).
O plexo braquial pode ser lesado diretamente, pois está mais superficial na base do 
pescoço e na axila. A localização precisa da lesão e sua extensão determina o quanto de 
inervação motora e sensitiva é perdida, o que, em casos graves, pode levar a posturas 
e deficiências de movimento características do membro superior (HARTWIG, 2008).
Plexos nervosos: cervical, braquial e lombossacro6
Plexo
Segmento 
medular
Nervo
Estruturas 
inervadas/distribuição
Braquial C4-C6 Nervo subclávio Músculo subclávio
C5 Nervo dorsal 
da escápula
Músculos romboides e le-
vantador da escápula
C5-C7 Nervo torá-
cico longo
Músculo serrátil anterior
C5, C6 Nervo 
supraescapular
Músculos supraespinal e infra-
espinal; sensitivo das articu-
lações do ombro e escápula
C5-T1 Nervos peitorais 
(medial e lateral)
Músculos peitorais
C5, C6 Nervos 
subescapulares
Músculos subescapu-
lar e redondo maior
C6-C8 Nervo 
toracodorsal
Músculo latíssimo do dorso
C5, C6 Nervo axilar Músculos deltoide e re-
dondo menor; sensitivo 
da pele do ombro
C8-T1 Nervo cutâneo 
medial do 
antebraço
Sensitivo da pele das fa-
ces anterior e medial do 
braço e antebraço
C5-T1 Nervo radial Muitos músculos extensores no 
braço e antebraço (músculos 
tríceps braquial, ancôneo, ex-
tensor radial do carpo, extensor 
ulnar do carpo, braquiorradial); 
músculo supinador, músculos 
extensores dos dedos e mús-
culo abdutor do polegar, via 
ramo profundo; sensitivo da 
face póstero-lateral do membro 
por meio do nervo cutâneo 
posterior do braço, nervo 
cutâneo posterior do antebraço 
 Quadro 2. Plexo Braquial: seus nervos e respectivas inervações 
(Continua)
7Plexos nervosos: cervical, braquial e lombossacro
Plexo
Segmento 
medular
Nervo
Estruturas 
inervadas/distribuição
Braquial e ramo superficial (parte radial 
da mão); ramos articulares 
para o cotovelo, pulso e mão
C5-C7 Nervo 
musculocutâneo
Músculos flexores no braço 
(músculos bíceps braquial, 
braquial e coracobraquial); sen-
sitivo da pele da face lateral do 
antebraço, por meio do nervo 
cutâneo lateral do antebraço
C6-T1 Nervo mediano Músculos flexores no antebraço 
(músculo flexor radial do carpo 
e músculo palmar longo); 
músculos pronador quadrado e 
pronador redondo; parte radial 
do músculo flexor profundo 
dos dedos e músculos flexores 
dos dedos (por meio do nervo 
interósseo anterior do ante-
braço); sensitivo da pele da face 
anterolateral da mão; ramos 
articulares para o cotovelo, 
pulso e articulações do carpo
C8, T1 Nervo ulnar Músculo flexor ulnar do 
carpo, parte ulnar do músculo 
flexor profundo dos dedos, 
músculo adutor do polegar 
e os pequenos músculos dos 
dedos, por meio do ramo 
profundo; sensitivo da pele 
da face medial da mão, por 
meio do ramo superficial
 Quadro 2. Plexo Braquial: seus nervos e respectivas inervações 
 Fonte: Martini, Timmons e Tallitsch (2009, p. 377) e Snell (2011). 
(Continuação)
Plexos nervosos: cervical, braquial e lombossacro8
São comuns as variações na estrutura do plexo braquial e podem incluir contribuições 
de outros ramos anteriores, como C4 ou T2, ou, ainda, apresentar alterações em ramos, 
divisões, fascículos ou troncos (GOULD, 2010).
Plexo nervoso lombossacral 
O plexo lombossacral é constituído pelas raízes anteriores dos nervos espinais 
lombares, sacrais e coccígeas de T12, L1, L2, L3, L4, L5, S1, S2, S3 e S4. Em sua 
trajetória, subdivide-se em uma porção lombar (plexo lombar), formada de T12 
a L4, e uma porção sacral (plexo sacral), constituída de L4 a S4 (MENESES, 
2011). Alguns anatomistas apresentam, ainda, o plexo pudendo, que apresenta 
grande variabilidade individual (MARTINEZ; ALLODI; UZIEL, 2014).
Os plexos lombar e sacral e seus ramos anteriores apresentam nervos que 
suprem no âmbito sensitivo e motor a pelve e o membro inferior (MARTINI; 
TIMMONS; TALLITSCH, 2009). O plexo lombar (T12-L4), localizado no 
interior do músculo psoas maior, corresponde à porção superior do plexo 
lombossacral (MENESES, 2011). Esse plexo encontrado lateralmente à coluna 
vertebral está estruturado pela comunicação entre as divisões anteriores dos 
três primeiros nervos lombares e do segmento principal do quarto nervo 
lombar. O primeiro nervo lombar geralmente se une por um ramo do décimo 
segundo nervo torácico, daí T12 a L4. No plexo lombar não existe um grande 
entrecruzamento entre as raízes nervosas de diferentes segmentos para originar 
os nervos periféricos o que não acontece no plexo braquial.O que acontece é 
que cada nervo se origina de pelo menos dois segmentos, nos quais as raízes 
se dividem em superiores e inferiores ou em anteriores e posteriores (MAR-
TINEZ; ALLODI; UZIEL, 2014) (Quadro 3).
O plexo sacral está localizado anteriormente ao músculo piriforme, sobre 
a parede posterior da pelve (MENESES, 2011; GOULD, 2010). Esse plexo está 
estruturado pelos cinco nervos sacrais e pelo nervo coccígeo, além de receber 
contribuição do quarto e do quinto nervo lombar (MARTINEZ; ALLODI; 
UZIEL, 2014) (Quadro 3).
9Plexos nervosos: cervical, braquial e lombossacro
Plexo
Segmento 
medular
Nervo
Estruturas 
inervadas/distribuição
Lombar T12-L1 Nervo 
ilio-hipo-
gástrico
Músculos abdominais (músculos 
oblíquos interno e externo do 
abdome e músculo transverso 
do abdome); pele da superfície 
inferior do abdome e nádegas
L1 Nervo 
ilioinguinal
Músculos abdominais (por meio 
do nervo ilio-hipogástrico); pele 
da face superior e medial da coxa 
e partes dos órgãos genitais ex-
ternos (escroto/lábios maiores do 
pudendo e monte do púbis)
L1, L2 Nervo geni-
tofemoral
Pele da face anteromedial da coxa e 
partes dos órgãos genitais externos
L2, L3 Nervo cutâ-
neo femoral 
lateral
Pele das faces anterior, late-
ral e posterior da coxa
L2-L4 Nervo 
femoral
Músculos anteriores da coxa (mús-
culos sartório e quadríceps femoral); 
flexores da coxa (músculos pectíneo 
e iliopsoas); pele da face antero-
medial da coxa, face medial da 
perna e pé; ramos articulares para 
as articulações do quadril e joelho
L2-L4 Nervo 
obturatório
Adutores da coxa (músculos adu-
tor magno, adutor curto e adutor 
longo); músculo grácil; pele da face 
medial da coxa; ramos articulares 
para articulações do quadril e joelho
L2-L4 Nervo 
safeno
Pele da face medial da perna
Sacral L4-S2 Nervos 
glúteos: 
superior e 
inferior
Superior: abdutores da coxa (múscu-
los glúteo mínimo e glúteo médio; 
músculo tensor da fáscia lata)
Inferior: extensor da coxa 
(músculo glúteo máximo)
S1-S3 Nervo cutâ-
neo femoral 
posterior
Pele do períneo e face pos-
terior da coxa e da perna
 Quadro 3. Plexo lombossacral: seus nervos e respectivas inervações 
(Continua)
Plexos nervosos: cervical, braquial e lombossacro10
 Quadro 3. Plexo lombossacral: seus nervos e respectivas inervações 
Plexo
Segmento 
medular
Nervo
Estruturas 
inervadas/distribuição
Sacral L4-S3 Nervo 
isquiático: 
nervo tibial 
e nervo 
fibular
Nervo tibial: flexores do joelho e 
extensores (flexores plantares) na 
articulação talocrural “do tornozelo” 
(músculos poplíteo, gastrocnêmio, 
sóleo e tibial posterior; cabeça 
longa do músculo bíceps femoral); 
flexores dos dedos do pé; pele da 
face posterior da perna; face plantar; 
ramos articulares para as articula-
ções do quadril, joelho e tornozelo
Nervo fibular: cabeça curta do mús-
culo bíceps femoral; músculos fibular 
curto e fibular longo, músculo tibial 
anterior; extensores dos dedos do 
pé; pele da face anterior da perna e 
do dorso do pé; pele da parte lateral 
do pé (por meio do nervo sural); ra-
mos articulares para as articulações 
tibiofibular, do tornozelo e do pé
S2-S4 Nervo 
pudendo
Músculos do períneo e os músculos 
esfíncteres externos do ânus e da 
uretra; pele dos órgãos genitais 
externos e músculos esqueléticos 
relacionados (músculo bulboespon-
joso e músculo isquiocavernoso)
S1-S3 Nervo plan-
tar medial
Músculos abdutor do hálux, flexor 
curto dos dedos, flexor curto do 
hálux, primeiro lumbrical; pele, lado 
medial da planta; ramos articu-
lares para articulações do pé
S1-S3 Nervo plan-
tar lateral
Músculos flexor acessório, abdu-
tor do dedo mínimo, flexor curto 
do dedo mínimo, segundo, ter-
ceiro e quarto umbricais, adutor 
do hálux, todos os interósseos; 
pele do lado lateral da planta
 Fonte: Martini, Timmons e Tallitsch (2009, p. 377) e Snell (2011). 
(Continuação)
11Plexos nervosos: cervical, braquial e lombossacro
Os músculos das proximidades, como o piriforme e o quadrado lombar, obtêm sua 
inervação motora de ramos musculares diretos não denominados do plexo (HARTWIG, 
2008).
GOULD, D. J. Anatomia clínica para seu bolso. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010.
HARTWIG, W. C. Fundamentos em anatomia. Porto Alegre: Artmed, 2008. 
LUNDY-EKMAN, L. Neurociência: fundamentos para reabilitação. 3. ed. Rio de Janeiro: 
Elsevier, 2008.
MARTINEZ, A.; ALLODI, S.; UZIEL, D. Neuroanatomia essencial. Rio de Janeiro: Guanabara 
Koogan, 2014.
MARTINI, F. H.; TIMMONS, M. J.; TALLITSCH, R. B. Anatomia humana. 6. ed. Porto Alegre: 
Artmed, 2009.
MENESES, M. S. Neuroanatomia aplicada. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011.
MOORE, K. L.; DALLEY, A. F.; AGUR, A. M. R. Anatomia orientada para a clínica. 7. ed. Rio 
de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014.
ORSINI, M. Reabilitação nas doenças neuromusculares: abordagem interdisciplinar. Rio 
de Janeiro: Guanabara Koogan, 2012.
SNELL, R. S. Neuroanatomia clínica. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011. 
Leituras recomendadas
SCHENKMAN, M. L. et al. Neurociência clínica e reabilitação. Barueri, SP: Manole, 2016.
TOY, E. C.; LIU, T. H.; CAMPBELL, A. R. Casos clínicos em cirurgia. 4. ed. Porto Alegre: 
AMGH, 2013.
Plexos nervosos: cervical, braquial e lombossacro12
PORTFÓLIO
O plexo braquial é constituído por cinco nervos que se originam da medula espinhal na região 
cervical (C5T1), com participação ocasional de C4 e T2, e controlam os movimentos e a 
sensibilidade dos membros superiores (ombro, braço, antebraço e mão).
Durante o nascimento, pode haver o comprometimento do plexo braquial devido a uma forte 
tração lateral da cabeça no parto. A paralisia braquial obstétrica é descrita como uma lesão 
resultante em um comprometimento do membro superior.
Seu tratamento é variável e depende da condição patológica e sintomatológica, bem como da 
localização da lesão. Sua classificação é descrita de acordo com as estruturas anatômicas 
comprometidas.
Você foi a uma unidade básica de saúde (UBS) a convite da enfermeira obstétrica dessa UBS 
para falar e esclarecer eventuais dúvidas sobre a paralisia braquial obstétrica. Após a 
palestra, na rodada de perguntas e dúvidas do público, dois questionamentos surgem:
a) Em relação à paralisia braquial obstétrica, qual seu mecanismo de lesão e quais
comprometimentos podem ocorrer de acordo com o nível da lesão?
b) Como proceder quando constatada (percebida) a paralisia braquial obstétrica?
Como você responderia a esses questionamentos do público que assistiu à sua palestra?
PESQUISA
Anatomia humana – sistema muscular: inervação dos músculos do braço
Disponível em https://www.youtube.com/watch?v=tq82_4lhjWE
Assista a esse vídeo e presencie uma ampla revisão sobre a formação da medula espinhal 
e seus pares de nervos, além de uma abordagem sobre as lesões nervosas.
N

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