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0215P21204134-PRISMA-CIENCIAS-HUMANAS-VOL2-MANUAL-001-288-LA

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Gislane Azevedo
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Leandro Calbente
Reinaldo Seriacopi
POLÍTICA E ÉTICA EM
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MANUAL DO 
PROFESSOR
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PRISMA
1a edição
São Paulo – 2020
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Maria Angela Gomez Rama
• Mestra em Ciências (Geografia Humana) pela 
Universidade de São Paulo (USP).
• Bacharela e licenciada em Geografia pela 
Universidade de São Paulo (USP).
• Especialista em Ensino de Geografia pela Pontifícia 
Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).
• Licenciada em Pedagogia pela Universidade de 
Franca (Unifran-SP).
• Formadora de professores. Atuou como professora 
no Ensino Fundamental e Médio das redes pública 
e privada e no Ensino Superior.
Gislane Campos Azevedo Seriacopi 
• Mestra em História Social pela Pontifícia 
Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).
• Professora universitária, pesquisadora e 
ex-professora de História do Ensino Fundamental e 
Médio nas redes pública e privada.
Isabela Gorgatti Cruz
• Bacharela em Geografia pela Universidade de São Paulo (USP).
• Especialista em Administração pela Fundação Getúlio Vargas (FGV-SP).
• Editora de livros didáticos.
Leandro Calbente Câmara
• Bacharel em História pela Universidade de São Paulo (USP).
• Bacharel em Filosofia pela Universidade de São Paulo (USP).
• Mestre em Ciências (História Econômica) pela Universidade
de São Paulo (USP).
• Editor de livros didáticos.
Reinaldo Seriacopi
• Bacharel em Letras pela Faculdade de Filosofia, 
Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (USP). 
• Bacharel em Jornalismo pelo Instituto Metodista de Ensino 
Superior (IMS-SP).
• Editor especializado na área de História.
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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Prisma : ciências humanas : política e ética em 
ação : cidadania e democracia : ensino médio / 
Maria Angela Gomez Rama ... [et al.]. – 1. ed. – 
São Paulo : FTD, 2020.
Área do conhecimento : Ciências humanas e sociais 
aplicadas
Vários autores : Gislane Campos Azevedo 
Seriacopi, Isabela Gorgatti Cruz, Leandro Calbente 
Câmara, Reinaldo Seriacopi
Bibliografia
ISBN 978-65-5742-115-4 (Aluno)
ISBN 978-65-5742-116-1 (Professor)
1. Ciências (Ensino médio) 2. Tecnologia I. 
Seriacopi, Gislane Campos Azevedo II. Cruz, Isabela 
Gorgatti III. Câmara, Leandro Calbente IV. Seriacopi, 
Reinaldo
20-44109 CDD-372.7
Índices para catálogo sistemático:
1. Ciências : Ensino médio 372.7
Aline Graziele Benitez - Bibliotecária - CRB-1/3129
 
Copyright © Maria Angela Gomez Rama, Gislane Campos Azevedo Seriacopi, Isabela 
Gorgatti Cruz, Leandro Calbente Câmara e Reinaldo Seriacopi, 2020
Direção-geral Ricardo Tavares de Oliveira
Direção editorial adjunta Luiz Tonolli
Gerência editorial Flávia Renata Pereira de Almeida Fugita
Edição João Carlos Ribeiro Junior (coord.)
Bárbara Berges, Carolina Bussolaro, Maiza Garcia Barrientos Agunzi,
Siomara Sodré Spinola
Preparação e revisão de textos Maria Clara Paes (sup.)
Danielle Costa, Diogo Souza Santos, Eliana Vila Nova de Souza, 
Felipe Bio, Fernanda Rodrigues Baptista, Graziele Cristina Ribeiro, 
Jussara Rodrigues Gomes, Kátia Cardoso da Silva, 
Lívia Navarro de Mendonça, Rita Lopes, Thalita Martins da Silva Milczvski, 
Veridiana Maenaka
Gerência de produção e arte Ricardo Borges
Design Daniela Máximo (coord.), Sergio Cândido
Imagem de capa nastas_styles/Shutterstock.com
Arte e Produção Vinicius Fernandes (sup.)
Ana Suely Silveira Dobon, Karina Monteiro Alvarenga, 
Jacqueline Nataly Ortolan (assist.)
Diagramação C2 Artes 
Coordenação de imagens e textos Elaine Bueno Koga
Licenciamento de textos Érica Brambila, Bárbara Clara (assist.)
Iconografia Priscilla Liberato Narciso, Ana Isabela Pithan Maraschin (trat. imagens)
Ilustrações Andreia Vieira, Davi Augusto, Eber Evangelista, Leandro Ramos, Ricardo 
Sasaki, Sonia Vaz
Em respeito ao meio ambiente, as folhas 
deste livro foram produzidas com fibras 
obtidas de árvores de florestas plantadas, 
com origem certificada.
Impresso no Parque Gráfico da Editora FTD
CNPJ 61.186.490/0016-33
Avenida Antonio Bardella, 300
Guarulhos-SP – CEP 07220-020
Tel. (11) 3545-8600 e Fax (11) 2412-5375
Reprodução proibida: Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 
de 19 de fevereiro de 1998. Todos os direitos reservados à
EDITORA FTD.
Rua Rui Barbosa, 156 – Bela Vista – São Paulo – SP
CEP 01326-010 – Tel. 0800 772 2300
Caixa Postal 65149 – CEP da Caixa Postal 01390-970
www.ftd.com.br
central.relacionamento@ftd.com.br
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APRESENTAÇÃO
Diariamente, somos bombardeados por notícias e informações na internet, 
na televisão, nos jornais, o que torna muito difícil entender o que acontece no 
mundo e identifi car aquilo que é signifi cativo para nós e que pode infl uenciar 
nosso cotidiano e impactar nossa comunidade. Se muitas vezes você tem a sen-
sação de que não consegue analisar satisfatoriamente esse imenso volume de 
informações, saiba que não está sozinho.
As Ciências Humanas e Sociais Aplicadas são uma ferramenta importante para 
nos ajudar a refl etir sobre o mundo em que vivemos. Os saberes desenvolvidos 
pela História, pela Geografi a, pela Sociologia e pela Filosofi a permitem mobilizar 
competências e habilidades fundamentais para o exercício do pensamento crítico, 
essencial para transformarmos as informações recebidas diariamente em conhe-
cimentos capazes de nos ajudar a modifi car a realidade que nos cerca.
Para auxiliá-lo nessa tarefa, selecionamos um conjunto de temas importan-
tes para a compreensão dos tempos atuais. Por meio de textos, mapas, gráfi cos, 
tabelas, fotografi as e muitos outros documentos, você terá condições de interpre-
tar e analisar criticamente não só a sua realidade, mas o mundo de uma maneira 
mais ampla. Com isso, esperamos ajudá-lo no exercício da cidadania e no desen-
volvimento de práticas colaborativas que contribuam para a construção de uma 
sociedade mais justa, em busca do bem-estar coletivo.
Esperamos oferecer o conhecimento necessário para você desenvolver uma 
visão crítica da realidade e se sentir seguro para adotar uma postura protagonista 
em seu dia a dia.
Os autores
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UNIDADE
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Participação 
política
Um aspecto central para a construção de 
uma sociedade justa é assegurar participa-
ção política atodos os cidadãos. Participar 
da política não significa apenas votar ou 
acompanhar o desempenho do governo; 
significa também se envolver em ações 
comunitárias, se engajar em grupos, tomar 
parte de discussões de temas do interesse 
da coletividade e de manifestações públicas 
ou fazer uso da internet para debater ideias e 
promover formas de atuação coletiva. Nesta 
unidade, vamos refletir sobre a organização 
do governo e as diferentes possibilidades de 
participação política.
1. Você considera que participa ativamente da
política? Como você faz isso?
2. O que pode ser feito para promover a maior
participação dos jovens na política no Brasil
contemporâneo?
NÃO ESCREVA 
NO LIVRO
■ Ilustração de Paulica Santos, 2012.
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FAKE NEWS
Fake news é um termo em inglês que significa "notícia falsa". Atualmente, podemos 
definir as fake news como notícias ou informações falsas ou, ainda, distorcidas, pro-
duzidas e disseminadas intencionalmente para confundir os leitores. Com a internet, 
as fake news ganharam grande notoriedade em razão da velocidade e da quantidade 
de informações que recebemos diariamente por meio de diversos suportes midiáticos.
As fake news acarretam as mais diversas consequências, como, por exemplo, modi-
ficar cenários eleitorais e reduzir o número de mães e pais que vacinam seus filhos.
Neste projeto, utilizaremos a análise de mídias tradicionais para produzir um folheto 
informativo, com o objetivo de ajudar a comunidade a identificar fake news e a se infor-
mar de maneira segura.
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1
CAPÍTULO
Em 2019, ocorreu um lance inusitado em uma partida de futebol 
na Dinamarca. As equipes do Vejle e do AGF disputavam um jogo para 
fugir do rebaixamento. Em determinado momento, a partida foi inter-
rompida quando a bola estava com o AGF. O time do Vejle como manda 
o fair play, deveria devolver a bola aos jogadores do AGF.
O atacante do Vejle, porém, chutou a bola em direção ao campo adver-
sário e surpreendentemente marcou um gol. A situação criou uma grande 
confusão, já que era um gol que poderia mudar o futuro das duas equipes. 
Os jogadores começaram a discutir e precisaram entrar em um acordo para 
solucionar o impasse da forma mais justa possível. A solução foi permitir 
que o AGF marcasse um gol para reestabelecer a igualdade no placar.
Essa situação é um exemplo de como a ética é um campo de refle-
xão muito importante para a vida cotidiana. Os jogadores das duas 
equipes iniciaram uma discussão em torno de valores. O objetivo disso 
era determinar o que era justo e o que era injusto.
O que transforma essa discussão em um problema ético é o fato 
de que não havia uma solução predeterminada para o conflito entre 
as equipes. As regras do futebol não estabelecem o que fazer em uma 
situação como essa. Além disso, o juiz da partida não tinha elementos 
prévios para resolver o conflito e estabelecer a decisão mais justa.
Assim, a decisão dos jogadores foi tomada a partir da reflexão em 
torno do problema, visando ao comportamento mais adequado. Essa 
decisão criou um valor ético, que foi respeitado por todos. Ao final, a 
partida foi reequilibrada e o AGF venceu o adversário por 4 a 2. Mesmo 
derrotada, a equipe do Vejle jogou a partida de forma ética. 
Neste capítulo, vamos refletir sobre o conceito de ética e analisar 
como ele é importante para a vida de todos nós.
A ética no mundo 
contemporâneo
■ Cena de partida de 
futebol disputada 
entre as equipes 
do Vejle e do AGF, 
em Vejle, Dinamarca, 
2019.
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Como vimos , os valores se transformam ao longo do tempo. Por 
isso, algumas ideias consideradas corretas no passado são vistas atual-
mente como práticas criminosas que devem ser combatidas. O estudo 
da ética é muito importante nesse processo, já que ele pode ajudar a 
avaliar as transformações dos valores de modo a não reproduzir precon-
ceitos ou práticas violentas que eram consideradas moralmente corretas 
em outras épocas.
O texto a seguir, escrito por um juiz dos Estados Unidos em 1927, é 
um exemplo. Leia atentamente e responda ao que se pede:
É melhor para todo mundo se, em vez de esperar para executar os 
descendentes degenerados por algum crime ou deixar que morram de 
fome por causa da imbecilidade, a sociedade possa prevenir aqueles 
que são manifestadamente inaptos de se reproduzirem. O princípio 
que sustenta a vacinação obrigatória é suficientemente amplo para 
cobrir o corte das trompas de Falópio. [...] Três gerações de imbecis 
são suficientes.
Fonte dos dados: LANG-STANTON, P.; JACKSON, S. Eugenia: como movimento para criar seres humanos 
‘melhores’ nos EUA influenciou Hitler. BBC News Brasil, 23 abr. 2017. Disponível em: https://www.bbc.com/
portuguese/internacional-39625619. Acesso em: 10 jun. 2020.
 1. Tendo em vista o atual conhecimento científico, por que a proposta do 
juiz não se justifica? Caso julgue necessário, pesquise informações para 
fundamentar sua resposta.
 2. Do ponto de vista ético, por que a proposta do juiz é incorreta? Apresente 
argumentos para justificar seu posicionamento.
3. Imagine que você deve ela-
borar uma resposta ao juiz. 
Escreva uma carta mobili-
zando argumentos cientí-
ficos e éticos para refutar 
aquilo que ele defende. Ao 
final, discuta seu texto com 
os colegas em sala de aula.
Corte das trompas de 
Falópio
Método de esterilização 
de mulheres.
DIÁLOGOS> LINGUAGENS E LEITURAS>
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NÃO ESCREVA 
NO LIVRO
■ Ilustração 
representando a 
"Árvore Eugenia" e 
a ideia de evolução 
humana por meio das 
raízes, que extraem 
materiais de diversas 
fontes. O cartaz foi 
utilizado como símbolo 
do Segundo Congresso 
Internacional de 
Eugenia, realizado em 
Nova York (Estados 
Unidos), em 1922.
19
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Abertura dos 
capítulos
Todos os capítulos iniciam-se 
com algum assunto do presente, 
para que você possa começar 
a entender como as Ciências 
Humanas e Sociais Aplicadas se 
relacionam com o seu cotidiano.
Atividades
Conjunto de atividades que 
aparece ao final de muitos 
capítulos. É o momento em 
que você aplica os saberes 
apreendidos e exercita sua 
reflexão a respeito de diferentes 
temas estudados. 
Linguagens e leituras
Esta atividade trabalha habilidades de leitura e 
interpretação de diferentes tipos de documentos, 
como mapas, gráficos, tabelas, charges, fotografias, 
textos impressos etc. Muitas vezes, você será 
convidado a relacionar informações em documentos 
distintos. A seção encontra-se no meio dos capítulos, 
mas pode aparecer também ao final deles. 
Abertura das 
unidades
Texto e imagem apresentam 
o tema central da unidade. 
Também encontram-se 
perguntas que auxiliam na 
reflexão sobre o assunto. 
Muitas imagens presentes 
nas aberturas são trabalhos 
de artistas plásticos 
contemporâneos. Todos os 
volumes estão divididos 
em quatro unidades, e cada 
unidade tem dois capítulos.
Nossa comunidade
Por meio desta seção, você e seus colegas desenvolverão um projeto que impactará a 
comunidade em que vivem. É o momento de exercerem o protagonismo. São dois projetos 
por livro, cada um composto de quatro etapas que aparecem ao final de cada capítulo. 
Esta coleção é composta de seis volumes. A seguir, apresentare-
mos algumas das principais características das obras.
NÃO ESCREVA 
NO LIVROATIVIDADES>
• Democracia é o tema da tirinha reproduzidaabaixo. Observe-a com aten-
ção e responda ao que se pede.
 1. Na tirinha vemos personagens que representam dois grupos distintos. 
a) Quais grupos são representados? 
b) Que elementos presentes na tirinha embasam sua resposta? 
 2. A tirinha faz referência à democracia. 
a) O que é a democracia, no seu entendimento? 
b) De que maneira essa ideia encontra-se expressa na charge? 
 3. Pode-se dizer que a imagem mostra um equilíbrio de forças entre dois 
grupos? Justifique.
 4. De acordo com a cartunista, de que modo é possível haver um equilí-
brio de forças? 
Como essa ideia é transmitida na charge? Você concorda com essa
ideia?
 5. Além da democracia, a tirinha faz referência a outro elemento funda-
mental da vida política. Qual é ele? 
 6. Resuma em uma frase a mensagem que a tirinha transmite, em sua 
opinião. 
LA
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LAERTE. [Tirinha]. Folha de S.Paulo, 1o maio 2018.
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Glossário
As palavras 
destacadas nos 
textos ganham 
uma explicação 
aprofundada 
no glossário.
CONHEÇA
SEU LIVRO
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INVESTIGAÇÃO>
O slam como forma de resistência 
Slam (slam poetry) é um estilo de poesia apresentada em forma de batalha e, 
por isso, também conhecido como batalha de slam. Os poetas devem ler ou recitar 
produção autoral, sem uso de adereços ou instrumentos, mas podem apresentar 
performances. 
■ Apresentação de slam em CIEP da cidade do Rio de Janeiro (RJ), 2020.
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O termo slam teve origem em Chicago, nos Estados Unidos, em 1984, e seu sig-
nificado está relacionado ao som de uma batida de porta ou janela. Atualmente, as 
batalhas de slam são realizadas em mais de 500 comunidades do mundo. No Brasil, 
todos os anos acontece o Slam BR – Campeonato Brasileiro de Poesia Falada, cujo 
vencedor compete na Copa do Mundo de Slam, realizada anualmente na França.
Esse acontecimento poético dá voz a poetas da periferia, que trazem à tona 
questões da contemporaneidade, convidando o público a refletir sobre os temas 
abordados e provocando a tomada de consciência política.
Os temas normalmente estão relacionados à realidade das periferias, como 
racismo, feminismo, desemprego, violência. Por isso, o slam é uma forma de resis-
tência e, como tal, uma prática política. 
Com base nessas informações e em outras pesquisas, organize, coletivamente, 
uma batalha de slam na escola. 
Para iniciar essa atividade, em primeiro lugar, converse com os professores sobre 
como efetivar esse evento. 
40
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Em seguida, com a ajuda de seus colegas, organize a turma em duplas ou trios 
para a criação das poesias e monte as chaves para determinar a ordem de confronto 
entre as duplas e trios, desde a primeira fase até a final. A ideia é que o número de 
participantes se reduza a cada fase.
Após a organização do evento, escolha os professores que serão os jurados 
para determinar quem venceu cada confronto. É importante discutir previamente 
as regras de avaliação, de modo que todos tenham clareza dos critérios.
Com o evento planejado, é o momento de criar os slams. Para isso, os grupos 
devem selecionar os temas das poesias e pesquisar informações. Também é inte-
ressante buscar na internet exemplos de slams para ter uma ideia mais clara sobre 
o formato dessa produção.
Com as poesias finalizadas, é importante ensaiar a apresentação. Caso nem 
todos os membros do grupo se sintam à vontade para se apresentar, é possível 
selecionar um representante. É necessário, porém, que todos os grupos apresentem 
suas produções no momento do confronto.
Pronto, agora basta iniciar o evento. É importante respeitar os colegas e acom-
panhar atentamente as apresentações de todos. Além disso, é interessante registrar 
as apresentações por meio de fotos ou filmagem. Caso o grupo esteja de acordo, é 
possível divulgar as batalhas nas redes sociais.
Ao final, organizem uma etapa de discussão com todos os participantes, para 
entender como cada um interpretou os poemas e de que forma a atividade ajudou 
a refletir sobre nossa sociedade.
	■ Grande final do Slam BR 2019 – Campeonato Brasileiro de Poesia Falada, no Sesc Pinheiros, em 
São Paulo (SP), 2019.
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O Complexo do Alemão, ou Morro do Alemão, na zona norte do 
Rio de Janeiro, é formado por 13 comunidades e abriga uma população 
de 180 mil pessoas. Esses moradores convivem com uma série de pro-
blemas, como ruas esburacadas, falta de eletricidade e de saneamento 
básico. Em 2010, os moradores do Complexo do Alemão viveram um 
momento de grande tensão quando tropas das Forças Armadas e da 
Polícia Militar ocuparam o morro, e as ruas se transformaram em um 
palco de guerra entre militares e traficantes. Foi a partir desse momento 
que Rene Silva ganhou reconhecimento.
Na época com 17 anos, Rene, de dentro de sua casa – localizada no 
Morro do Adeus, uma das comunidades do complexo –, começou a 
publicar em uma rede social informações sobre o confronto em tempo 
real. Suas postagens se tornaram a principal fonte de notícias sobre 
os conflitos e viralizaram com rapidez. Em poucas horas, o perfil Voz 
das Comunidades, criado por Rene em uma rede social para divulgar 
as informações, recebeu milhares de seguidores do Brasil e de vários 
outros países. Mais do que isso, ganhou destaque nas mídias nacionais 
e internacionais.
A experiência de Rene com o jornalismo comunitário começou aos 
11 anos, quando lançou na escola o jornal Voz das Comunidades, para 
divulgar os problemas do Morro do Adeus. Com apenas quatro páginas 
e uma tiragem de 50 exemplares, o periódico ajudou a comunidade a 
chamar a atenção do poder público para suas reivindicações.
■ Rene Silva, funda-
dor do jornal Voz 
das Comunidades, 
no Complexo do 
Alemão, Rio de 
Janeiro (RJ), em 2020.
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Contando com uma equipe reduzida de colaboradores, todos da 
mesma faixa etária de Rene, o jornal passou a ser patrocinado por comer-
ciantes locais, o número de páginas aumentou e a tiragem saltou para 5 mil 
exemplares. Tudo isso antes dos acontecimentos de 2010.
Desde então, o Voz das Comunidades só cresceu, e seu campo 
de atuação se expandiu, transformando-se em um portal na internet. 
Além disso, ele tem contas em diversas redes sociais que conquistaram 
centenas de milhares de seguidores. O jornal, que no início circulava 
apenas no Morro do Adeus, chegava a dez comunidades do Complexo 
do Alemão em 2020. 
Além de dar voz aos moradores do Complexo do Alemão e mostrar 
as potencialidades do lugar, o Voz das Comunidades passou a realizar 
atividades ligadas à cultura, à assistência social, à educação e ao lazer. 
Todo esse trabalho desenvolvido por Rene lhe rendeu projeção inter-
nacional. Em 2018, a Mipad, uma organização sediada em Nova York e 
ligada às causas dos afrodescendentes, elegeu Rene como uma das 100 
pessoas negras mais influentes do mundo. 
No Brasil, o trabalho de Rene serviu de inspiração para a criação de 
outros portais comunitários, como o Nordeste Eu Sou, de Salvador; e 
o Diário de Ceilândia, no Distrito Federal. A respeito de seu trabalho, 
Rene declarou:
A realidade das favelas é não ter voz, não ter espaço, não ter mídia, 
e o meu desejo é fazer com que a gente tenha voz e espaço e que 
consiga, de fato, mais jovens assim como eu.
XAVIER, E. Do Complexo do Alemão ao mundo, Rene Silva amplia voz de quemnão tem palavra. GQ, 20 jul. 
2020. Disponível em: https://gq.globo.com/Prazeres/Poder/noticia/2020/07/do-complexo-do-alemao-ao-
mundo-rene-silva-amplia-voz-de-quem-nao-tem-palavra.html. Acesso em: 12 ago. 2020.
 1. Com base na leitura do capítulo, pode-se dizer que o trabalho de Rene 
Silva é um exemplo de participação política? Por quê?
 2. Rene afirma: “A realidade das favelas é não ter voz, não ter espaço, não 
ter mídia”. Em sua opinião, por que isso acontece? Qual é o impacto dessa 
realidade para os moradores das comunidades?
 3. A pouca idade não impediu Rene de realizar o desejo de escrever um 
jornal para a comunidade em que vivia. Como você reage quando se 
depara com algum problema que pode impedir a concretização de um 
objetivo seu? Você desiste ou procura alternativas? Conte para seus cole-
gas sobre seu comportamento nessas ocasiões, procurando ilustrar com 
uma experiência vivida por você.
NÃO ESCREVA 
NO LIVRO
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Conceito em mudança permanente
A própria ideia de cidadania está em mudança permanente. Ela varia de uma 
nação para outra, de um momento histórico para outro. Se, hoje, esse conceito é 
cada vez mais inclusivo, na antiga Grécia, onde a ideia da cidadania surgiu, ele tinha 
um caráter excludente. 
Nas antigas pólis, nem todos tinham direitos de cidadania. As pessoas escraviza-
das, por exemplo, tinham muito menos direitos que os cidadãos livres. Além disso, 
mulheres e estrangeiros não podiam participar da vida política da cidade. 
Ainda hoje, o conceito de cidadania varia de um lugar para outro. Ser cidadão, 
no Brasil, é diferente de ser cidadão nos Estados Unidos ou na França. Uma das 
grandes questões na atualidade é como garantir a cidadania a todos, considerando 
as diferenças étnicas, religiosas, culturais, sociais e econômicas observadas em um 
mundo cada vez mais globalizado, plural e multicultural.
São questões para as quais ainda não se tem uma resposta, mas, como afirma 
o historiador Peter Demant (1951-), para que a cidadania beneficie a todos, é neces-
sário que as relações entre maioria e minorias, inclusive em nível institucional (leis, 
políticas públicas etc.), sejam renovadas de modo a considerar os interesses de toda 
a população, não apenas os das elites.
■ Refugiados e migrantes chegam a bordo de um barco inflável à ilha de Lesbos (Grécia), 2020. 
> DE MÃOS DADAS NÃO ESCREVA NO LIVRO
• Observe as fotografias desta página e da página anterior. Em sua opinião, as pessoas retratadas têm 
seus direitos de cidadão assegurados? Em sua comunidade, existem grupos que carecem desses 
direitos? Justifique suas respostas.
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Esses vazios de cidadãos podem ser verificados em diferentes 
escalas espaciais: quando se comparam as grandes regiões, unidades 
da federação, municípios e regiões dentro dos municípios, e quando se 
verificam vazios nas periferias das cidades.
Para que não fiquemos apenas na constatação dos vazios de cida-
dãos, vale lembrar que não há outro caminho para reduzir ou eliminar 
tais vazios que não o da participação democrática de toda a população. 
Essa participação, como já vimos, vai muito além do voto, devendo cada 
cidadão estar alerta, cobrar as autoridades e manifestar-se, sempre con-
siderando a lei maior do país, a Constituição.
	■ Rua alagada no bairro 
Terra Firme. Os mora-
dores convivem com 
esgoto a céu aberto 
e frequentes alaga-
mentos do canal Lago 
Verde, que cruza o 
bairro. Belém (PA), 2019. 
NÃO ESCREVA 
NO LIVRO> LEITURA DE IMAGEM
• Observe atentamente a fotografia desta página e analise a cena retratada 
com base no conceito de vazio de cidadãos.
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 Winter on fire: Ukraine’s fight for freedom
Direção: Evegny Afineevsky. Estados Unidos/Ucrânia, 2015. Vídeo (98 min).
O documentário, cujo título pode ser traduzido como “Inverno em chamas: a luta 
da Ucrânia pela liberdade”, aborda a Revolução Ucraniana de 2014, quando jovens 
foram às ruas protestar contra a aproximação entre o governo ucraniano e a União 
Europeia. O filme mostra a complexa rede de influências formada por países como 
Rússia e Estados Unidos, além da União Europeia e partidos de extrema direita.
Disponível em: https://www.netflix.com/br/title/80031666. Acesso em: 5 set. 2020.
A onda
Direção: Dennis Gansel. Alemanha, 2009. DVD (107 min).
O filme narra a história de um professor que ministra aulas sobre regimes 
autocráticos por meio de práticas pedagógicas pouco convencionais. A narrativa 
mostra a facilidade com que discursos autocráticos conseguem manipular as 
massas, principalmente os jovens, que estão em processo de formação de 
personalidade.
> SAIBA MAIS
E-democracia
Disponível em: http://www.edemocracia.leg.br/. Acesso em: 22 ago. 2020.
A plataforma, criada em 2009 pela Câmara dos Deputados, permite a participação 
popular por meio da gestão de dados públicos. É possível encontrar diversos 
modelos de participação, como edição colaborativa de projetos de lei e interação 
em audiências. 
Oxfam Brasil
Disponível em: https://www.oxfam.org.br/justica-social-e-economica/forum-
economico-de-davos/tempo-de-cuidar/. Acesso em: 22 ago. 2020.
O link dá acesso a informações recentes sobre a desigualdade econômica no mundo 
e ao relatório Tempo de cuidar – O trabalho de cuidado não remunerado e mal pago 
e a crise global da desigualdade, disponível para download. Navegando no site da 
organização, é possível acessar notícias atualizadas sobre desigualdades e direitos 
humanos; juventudes, gênero e raça; e justiça econômica. 
A ONU e a democracia
Disponível em: https://nacoesunidas.org/acao/democracia/. Acesso em: 06 set. 
2020.
A página das Organização das Nações Unidas apresenta o trabalho desenvolvido 
pela ONU na promoção da democracia, incluindo o apoio à participação política das 
mulheres no mundo.
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O movimento ambientalista também ganhou destaque nos últimos 
anos. Para fazer frente às crescentes agressões ao meio ambiente – como 
desmatamentos, extinção de espécies, despejo de produtos tóxicos na 
natureza –, que geram prejuízos sociais para as atuais e as futuras gera-
ções, os ambientalistas vêm defendendo a necessidade de alterações 
na estrutura da economia global e no padrão de consumo das pessoas. 
Nessa esteira também atua o movimento indígena, cuja pauta está cada 
vez mais vinculada à preservação do meio ambiente.
Existem, ainda, grupos que lutam pela ampliação dos direitos de 
populações marginalizadas. No Brasil, há dois importantes movimentos 
sociais que lutam, respectivamente, por moradia e terra: o Movimento 
dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e o Movimento dos Trabalhadores 
Rurais Sem Terra (MST). Enquanto o primeiro reivindica o direito à 
moradia para famílias carentes, o segundo reclama a concessão de terras 
públicas e improdutivas a agricultores que não possuem condições de 
adquirir propriedades. Ambos buscam implementar dispositivos da 
Constituição de 1988, que inclui o direito à moradia (artigo 6º) e uma 
política de reforma agrária (artigos 184 a 191).
	■ Voluntárias trabalham 
na campanha 
Marmita Solidária, 
iniciativa organizada 
para fornecer água, 
alimentos e banho à 
população em situação 
de rua durante a 
pandemia da covid-19, 
no Recife (PE), 2020.
> MEUS ARGUMENTOS NÃO ESCREVA NO LIVRO
• O movimento ambientalista vem ganhando um protagonismo cada vez maior nos últimos anos. 
Pesquise sobre a atuação dos diversos grupos dedicados a essa questão. Em seguida, escreva um 
texto no caderno, explicando a relação entre a causa ambiental e os direitos humanos. 
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De mãos dadas
Atividades que relacionam temas 
do capítulo com sua realidade, 
como seus amigos, sua escola, seu 
bairro, seu município etc. Aparece 
de forma aleatória nos capítulos.
Saiba mais
Aqui você encontra 
sugestões de 
filmes, sites, 
vídeos, podcasts, 
livros e outros 
materiais que 
ampliam os 
saberes explorados 
nas unidades. 
Leitura de 
imagem
Atividade de leitura 
e análise de mapas, 
gráficos, charges e 
outras linguagens 
imagéticas. Aparece 
de forma aleatória 
nos capítulos.
Meus argumentos
Momento em que você expõe 
suas ideias, pois esta seção 
explora sua capacidade de 
analisar, refletir e argumentar 
a respeito de determinado 
assunto. Aparece de forma 
aleatória nos capítulos.
Eu também posso
Esta seção apresenta exemplos de jovens que exerceram o 
protagonismo e promoveram mudanças na comunidade em que 
vivem. O texto vem acompanhado de atividades que exploram, 
entre outros itens, suas competências socioemocionais. Esta seção 
aparece duas vezes por volume.
InvestigAção
Esta seção estimula o pensamento crítico. Aliando criatividade com 
diferentes práticas de pesquisa, você será convidado a solucionar 
problemas e desafios relacionados ao seu cotidiano. Esta seção 
aparece duas vezes por volume.
Este ícone aparece 
junto das atividades 
em que é proposto o 
trabalho em grupo.
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Ética e política . . . . . . . . . . . . . . . 10
UNIDADE
1
> Capítulo 1 A ética no mundo 
contemporâneo . . . . . . . . . . . . . . . 12
O que é ética? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
Ética e moral são a mesma coisa? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
Ética no dia a dia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
Linguagens e leituras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
Vivemos uma crise ética? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
A modernidade líquida e a crise ética . . . . . . . . . . . . . . . . 21
Ética, bem-estar e território . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
Atividades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .24
Nossa comunidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
> Capítulo 2 Política não se 
discute? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .26
O que é política? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
Política e justiça . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
Política e cidadania . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
Linguagens e leituras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
Política e poder . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .34
O poder está em toda parte . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .34
Poder, política e resistência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
Negação da política . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .36
Atividades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .38
InvestigAção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40
Nossa comunidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .42
Saiba mais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .43
Direitos humanos . . . . . . . . . 44
UNIDADE
2
> Capítulo 3 Em busca da 
cidadania . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .46
É possível ser feliz? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47
Reflexões sobre a felicidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48
A felicidade como direito humano . . . . . . . . . . . . . . . .49
Hobbes e a soberania popular . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50
Locke e os direitos individuais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51
Direitos universais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52
Linguagens e leituras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53
Cidadania hoje . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .54
Conceito em mudança permanente . . . . . . . . . . . . . . . . . 55
Cidadania e espaço . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .56
Atividades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .58
Nossa comunidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .59
> Capítulo 4 O que são os 
direitos humanos? . . . . . . . . 60
Evolução histórica dos direitos humanos . . . . . . . 61
Os quatro pilares dos direitos humanos . . . . . . . . . . . . .62
Direitos para grupos específicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .63
Desigualdades estruturais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 64
Linguagens e leituras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .65
Conquistas sociais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .66
Muito a conquistar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 67
Mundo: violação dos direitos 
humanos, 2014 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .68
A luta por direitos sociais no presente . . . . . . . . . . . . . . . 70
Linguagens e leituras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 73
Eu também posso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 74
Nossa comunidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 76
Saiba mais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 77
SUMÁRIO
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Participação 
política . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .78
UNIDADE
3
> Capítulo 5 A organização do 
governo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 80
Diferentes formas de organização do 
governo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 81
A divisão dos poderes e a organização 
do governo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .82
Linguagens e leituras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .83
Formas de governo e regimes políticos . . . . . . . . . . . . . 84
Atividade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .85
As origens do governo no Brasil . . . . . . . . . . . . . . . . . . .86
A independência e a organização de um 
governo autônomo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .86
A primeira democracia brasileira . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 87
O governo brasileiro no século XX: 
entre ditaduras e democracias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .88
Um breve período democrático . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .88
A Nova República e o problema da corrupção . . . . . 90
Atividades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .92
Nossa comunidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .93
> Capítulo 6 Participação política . . . . 94
O que é participação política? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .95
Participação política e governo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .95
Outras formas de participação política ao 
longo do tempo . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 97
A invenção do sufrágio como forma de 
participação política . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .98
Linguagens e leituras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .99
A participação política na era da internet . . . . 100
Internet e colaboração . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 101
A internet e a organização de movimentos 
sociais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 102
O problema da desigualdade de acesso 
à internet . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 103
O jovem e a participação política . . . . . . . . . . . . . . . 104
As Jornadas de Junho de 2013 e a mobilização 
estudantil de 2015 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 105
Linguagens e leituras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 106
Eu também posso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 108
Nossa comunidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 110
Saiba mais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 111
Organização 
do Estado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 112
UNIDADE
4
> Capítulo 7 A organização do 
Estado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 114
A gênese do Estado moderno . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 115
O fortalecimento da autoridade dos reis . . . . . . . . . . . 116
Os primeiros Estados centralizados: as 
monarquias nacionais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 117
Linguagens e leituras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 118
A organização do Estado brasileiro . . . . . . . . . . . . . 119
Estado-nação e nações sem Estado . . . . . . . . . . . . 123
Nações e nacionalismo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 123
Nacionalismo e conflitos contemporâneos . . . . . . . . 124
O conflito na Palestina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 125
Atividades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 126
Nossa comunidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 127
> Capítulo 8 A democracia pode 
morrer? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 128
Origens da democracia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 129
Os limites da democracia ateniense . . . . . . . . . . . . . . . . 130
Espinosa: uma defesa radical da democracia . . . . . 130
As revoluções do século XVIII: a disseminação 
dos ideais democráticos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 131
Democracia no século XX . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 132
O fascismo e a crise da democracia . . . . . . . . . . . . . . . . 133
A retomada da democratização no pós-guerra . . 134
Linguagens e leituras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 135
A democracia e o sistema internacional . . . . . . 136
O impacto dos conflitos do mundo bipolar no 
processo de democratização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 136
Organismos internacionais e o processo de 
democratização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 137
Democracia e desigualdade social . . . . . . . . . . . . . . 138
Uma nova crise da democracia? . . . . . . . . . . . . . . . . . 140
Atividades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 141
InvestigAção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 142
Nossa comunidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 144
Saiba mais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 145
> FICHAS DE AUTOAVALIAÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . 152
> BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR . . . . 154
> BIBLIOGRAFIA COMENTADA . . . . . . . . . . . . . . . . . . 158
Orientações para o professor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 161
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NESTE VOLUME
 Objetivos, justificativas, competências e habilidades
Você já parou para pensar por que e para que estuda os conteúdos escolares? Eles devem ter importância 
para sua vida, sendo uma ferramenta a mais para que você, com seus colegas e professores, pensem em solu-
ções para diferentes problemas do cotidiano, da sociedade brasileira e do mundo em geral.
Apresentamos, a seguir, as justifi cativas (importância) e os objetivos (para que) de cada unidade deste 
livro e também indicamos competências e habilidades da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), cujos textos 
se encontram ao fi nal do livro.
UNIDADE 1 Ética e política
Justificativa • Por que é importante estudar este 
conteúdo?
A ética e a política são práticas fundamentais para a orga-
nização e a transformação das sociedades contemporâneas. Por 
essa razão, é fundamental refl etir sobre esses conceitos e enten-
der o modo como eles se manifestam no cotidiano. Assim, esta 
unidade analisa e incentiva refl exões sobre o papel dessas práti-
cas na transformação de nossa sociedade.
Objetivos • Devo estudar este conteúdo para...
1. Refl etir sobre a importância da ética e da política ao longo 
do tempo na organização das sociedades contemporâneas, 
analisando cada um desses conceitos.
2. Compreender a ética como campo de refl exão humana, 
que se dedica a analisar os valores sociais, a fi m de pro-
blematizar questões contemporâneas, como as fake news.
3. Valorizar posturas éticas, compreendendo a importância 
delas na vida cotidiana e na resolução dos confl itos, como 
forma de construir uma sociedade mais equilibrada e justa.
4. Reconhecer a importância da ação ética para a transforma-
ção de nossa sociedade, diferenciando regra moral e ação 
ética.
5. Compreender que a política é uma forma de exercer o 
poder por meio de discussões coletivas, do convencimento 
e da argumentação, analisando a origem da atividade polí-
tica e sua relação com o poder.
6. Reconhecer a importância da ação política dos jovens na 
busca de soluções para atender aos interesses e às neces-
sidades de todos, com vistas ao bem comum.
7. Analisar a negação da política e a descrença na democracia 
a partir de diversos tipos de linguagens (gráfi cos, tabelas 
e textos).
Competências e habilidades
Competências gerais 1,4, 7, 8, 9 e 10
Competências específi cas 1, 5 e 6
Habilidades EM13CHS101, EM13CHS102, EM13CHS103, EM13CHS105, 
EM13CHS106, EM13CHS501, EM13CHS502, EM13CHS503, 
EM13CHS504, EM13CHS602, EM13CHS603
UNIDADE 2 Direitos humanos
Justificativa • Por que é importante estudar este 
conteúdo?
Vivemos em um mundo de grandes conquistas, com avanços 
científi cos e tecnológicos. Mas, na contramão desse processo, 
encontra-se boa parte da população mundial e brasileira, que 
se vê excluída de seus direitos básicos de cidadania e tendo a 
integridade física e psicológica constantemente violada. Esta 
unidade, portanto, tem como objetivo problematizar essa rea-
lidade, em busca de uma sociedade mais justa, democrática e 
inclusiva.
Objetivos • Devo estudar este conteúdo para...
1. Compreender o processo de formação do conceito de cida-
dania em diferentes tempos e espaços.
2. Refl etir sobre as condições necessárias para garantir a cida-
dania a todos no mundo contemporâneo.
3. Entender o que são direitos humanos e sua importância 
para a construção de uma sociedade mais justa.
4. Entender as polêmicas existentes em torno dos direitos 
humanos na sociedade brasileira.
5. Diferenciar igualdade de equidade, de modo a esclarecer 
que a equidade pressupõe a garantia de direitosvoltados 
para um público específi co, reconhecendo a importância 
de corrigir desigualdades preexistentes.
6. Elaborar explicações sobre a posição do Brasil no ranking
mundial de violação dos direitos humanos a partir da 
leitura e análise de informações representadas em mapa.
7. Conhecer as lutas por direitos sociais no presente, compre-
endendo que a luta pela ampliação dos direitos humanos 
continua e identifi cando o protagonismo de jovens nesse 
processo.
Competências e habilidades
Competências gerais 1, 2, 4, 6, 7, 9 e 10
Competências específi cas 1, 4, 5 e 6
Habilidades EM13CHS101, EM13CHS102, EM13CHS103, EM13CHS106, 
EM13CHS403, EM13CHS502, EM13CHS503, EM13CHS504, 
EM13CHS601, EM13CHS603, EM13CHS604, EM13CHS605
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UNIDADE 3 Participação política
Justificativa • Por que é importante estudar este 
conteúdo?
A refl exão sobre a participação política é indissociável da 
refl exão sobre a forma como o governo se organiza ao longo do 
tempo. Assim, é necessário refl etir criticamente sobre a maneira 
como o governo se organiza no presente e as possibilidades 
de transformá-lo por meio da participação política. Além disso, 
é importante entender que a participação política vai além do 
voto, se expressando em diferentes atividades coletivas que se 
desenrolam no cotidiano de todos.
Objetivos • Devo estudar este conteúdo para...
1. Avaliar as diferentes formas de organização dos governos 
no mundo contemporâneo a partir do entendimento de 
conceitos de forma, sistema e regime de governo.
2. Identifi car permanências e rupturas no processo de for-
mação do Estado brasileiro, analisando problemas atuais, 
como a corrupção e o patrimonialismo.
3. Refl etir sobre a desconfi ança em relação às instituições 
democráticas a fi m de buscar soluções para fortalecer a 
democracia.
4. Reconhecer a importância da participação política para 
construir uma sociedade mais justa e democrática.
5. Conhecer práticas de jovens para participar da vida polí-
tica, reconhecendo que ações e condutas de indivíduos e 
grupos podem infl uenciar na formação e na atuação dos 
governos. 
6. Identificar formas variadas utilizadas por indivíduos e 
grupos para participar das decisões do governo e da socie-
dade, ao longo do tempo. 
7. Avaliar os pontos positivos e negativos da ação política no 
mundo digital, refl etindo sobre diferentes visões sobre o 
impacto da internet na participação política.
8. Reconhecer que o não envolvimento dos indivíduos e 
grupos sociais ajuda a manter a situação existente, sendo 
também um gesto político.
9. Utilizar coleta e análise de informações presentes em dife-
rentes linguagens (gráfi co, poema, charge).
Competências e habilidades
Competências gerais 1, 5, 9 e 10
Competências específi cas 1, 5 e 6
Habilidades EM13CHS101, EM13CHS102, EM13CHS501, EM13CHS503, 
EM13CHS504, EM13CHS601, EM13CHS602, EM13CHS603
UNIDADE 4 Organização do Estado
Justificativa • Por que é importante estudar este 
conteúdo?
O problema da crise da democracia e o modo como isso 
afeta a organização das sociedades em diferentes regiões do 
mundo é uma questão muito presente no mundo contemporâ-
neo. Ao se discutir essa crise, é necessária uma refl exão crítica em 
torno da importância de assegurar a continuidade do processo 
de democratização. Nesse contexto, são necessárias análises da 
emergência e transformação da noção de democracia, assim 
como análises do processo histórico de organização do Estado, 
da maneira como se estruturam as principais instituições estatais 
no Brasil e do problema das nações sem Estado. 
Objetivos • Devo estudar este conteúdo para...
1. Entender a organização e as funções do Estado no mundo 
e no Brasil, reconhecendo a importância da participação 
política para a construção de uma sociedade mais justa e 
democrática.
2. Compreender o processo histórico de constituição do 
Estado moderno, refl etindo de forma crítica sobre a reali-
dade dos Estados no presente.
3. Conhecer exemplos da relação entre a estrutura do Estado 
centralizado e a vida cotidiana dos cidadãos.
4. Analisar a relação entre nacionalismos e conflitos con-
temporâneos, operacionalizando conceitos de nação e de 
Estado.
5. Analisar os riscos de um novo período de governos auto-
ritários no planeta e discutir a perda de confiança na 
democracia moderna nos dias atuais.
6. Entender avanços e recuos da democratização no planeta, 
analisando o processo histórico de formação das democra-
cias modernas. 
7. Identifi car e analisar fatores que desestabilizam as democra-
cias no mundo contemporâneo, como a desigualdade social, 
o enfraquecimento das instituições políticas, a transforma-
ção de adversários políticos em inimigos, entre outros.
8. Reconhecer a importância de fortalecer as práticas demo-
cráticas, valorizando a imprensa livre, os partidos políticos 
e os movimentos sociais, entre outros mecanismos.
Competências e habilidades
Competências gerais 1, 7, 9 e 10
Competências específi cas 1, 2, 5 e 6
Habilidades EM13CHS101, EM13CHS103, EM13CHS104, EM13CHS201, 
EM13CHS501, EM13CHS502, EM13CHS503, EM13CHS603, 
EM13CHS604, EM13CHS605
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UNIDADE
1
10
Ética e 
política
Uma pesquisa realizada pelo Instituto 
Brasileiro de Ética Concorrencial (ETCO), em 
parceria com o Datafolha, em 2017, revelou 
que 90% dos brasileiros entre 14 e 24 anos 
consideram a sociedade brasileira pouco ou 
nada ética. Apenas 4% dos jovens que parti-
ciparam da pesquisa consideram o Brasil um 
país muito ético.
A pesquisa apontou bombeiros e profes-
sores como os profissionais mais éticos na 
avaliação dos jovens. Numa escala de notas 
de 0 a 10, os primeiros tiveram média 8,7 e 
os professores, 8,5. Os políticos ficaram em 
último lugar, com 2,2. 
 1. Você concorda com a opinião 
dos jovens pesquisados? Em 
seu caderno, justifique sua resposta. 
 2. O que você pensa do fato de os políticos 
terem ficado em último lugar na pesquisa? 
O que seria necessário para que os jovens 
pudessem ter uma visão mais positiva dos 
políticos e da política de modo geral? 
NÃO ESCREVA 
NO LIVRO
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BULLYING
Você sabe o que significa bullying? Já vivenciou – como espectador, vítima ou agressor – algum ato de bullying
em sua escola? Esse tipo de prática é muito usual e não ocorre apenas nas escolas. Às vezes, o que pode parecer 
uma brincadeira inofensiva é na verdade uma forma de violência que causa males a toda a comunidade, em 
especial, àqueles que são vítimas dessas agressões.
A proposta deste projeto é organizar uma palestra em sua escola, com base em uma pesquisa de amostragem
sobre os problemas acarretados pelo bullying. Em um sentido mais geral, o objetivo é pesquisar informações 
sobre essa prática, investigar se ocorre em outras escolas do bairro ou da cidade, averiguar quais são os tipos 
de bullying mais frequentes e quais são suas principais consequências, além de buscar, em conjunto, formas de 
conscientizar a comunidade escolar sobre o tema e propor formas de combate a esse tipo de violência.
BULLYING
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1
CAPÍTULO
Em 2019, ocorreu um lance inusitado em uma partida de futebol 
na Dinamarca. As equipes do Vejle e do AGF disputavam um jogo para 
fugir do rebaixamento. Em determinado momento, a partida foi inter-
rompida quando a bola estava com o AGF. O time do Vejle como manda 
o fair play, deveria devolver a bola aos jogadoresdo AGF.
O atacante do Vejle, porém, chutou a bola em direção ao campo adver-
sário e surpreendentemente marcou um gol. A situação criou uma grande 
confusão, já que era um gol que poderia mudar o futuro das duas equipes. 
Os jogadores começaram a discutir e precisaram entrar em um acordo para 
solucionar o impasse da forma mais justa possível. A solução foi permitir 
que o AGF marcasse um gol para reestabelecer a igualdade no placar.
Essa situação é um exemplo de como a ética é um campo de refle-
xão muito importante para a vida cotidiana. Os jogadores das duas 
equipes iniciaram uma discussão em torno de valores. O objetivo disso 
era determinar o que era justo e o que era injusto.
O que transforma essa discussão em um problema ético é o fato 
de que não havia uma solução predeterminada para o conflito entre 
as equipes. As regras do futebol não estabelecem o que fazer em uma 
situação como essa. Além disso, o juiz da partida não tinha elementos 
prévios para resolver o conflito e estabelecer a decisão mais justa.
Assim, a decisão dos jogadores foi tomada a partir da reflexão em 
torno do problema, visando ao comportamento mais adequado. Essa 
decisão criou um valor ético, que foi respeitado por todos. Ao final, a 
partida foi reequilibrada e o AGF venceu o adversário por 4 a 2. Mesmo 
derrotada, a equipe do Vejle jogou a partida de forma ética. 
Neste capítulo, vamos refletir sobre o conceito de ética e analisar 
como ele é importante para a vida de todos nós.
A ética no mundo 
contemporâneo
■ Cena de partida de 
futebol disputada 
entre as equipes 
do Vejle e do AGF, 
em Vejle, Dinamarca, 
2019.
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Consultar as Orientações para o professor para obter mais informações sobre o capítulo 
e sobre o trabalho com as atividades.
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O que é ética?
BECK, A. Armandinho Sete. Florianópolis: Edição do autor, 2015. p. 70.
A reflexão ética está sempre presente em nossas vidas. Por isso, 
falamos em ética no trabalho, ética nos esportes, ética jornalística, ética 
nos relacionamentos e também em bioética. 
A ética pode ser compreendida como o campo da reflexão humana 
que se dedica a analisar os valores morais, como o bem, a verdade, a 
coragem. Ela examina a conduta humana do ponto de vista da ação. 
A reflexão ética se dedica a entender o que são os valores, como 
se formam e como podem ser aplicados à vida cotidiana. Cabe à ética 
refletir sobre o significado da justiça, do dever, da virtude e de outros 
valores morais. No próximo tópico, veremos a diferença entre a ética e 
a moral.
Nesse sentido, é importante observar que, para a reflexão ética, 
os valores não são regras fixas e definitivas. Assim como os costumes 
mudam com o tempo, os princípios éticos também estão em constante 
transformação. 
Vamos ver um exemplo dessa situação? Quando os cientistas tra-
balham na criação de um novo medicamento, eles precisam fazer 
testes para avaliar sua eficácia. Uma forma de fazer esses testes é uti-
lizar animais criados em laboratório, como camundongos. Há pessoas, 
porém, que desaprovam essa prática, já que os experimentos subme-
tem os animais a sofrimento e, muitas vezes, os levam à morte.
Temos aí um impasse. O que é possível fazer para resolver essa 
questão, já que não existe uma regra fixa e definitiva para decidir qual 
é o melhor caminho a seguir? Pode-se, por exemplo, criar um comitê de 
bioética para avaliar os experimentos e tomar a decisão de como agir, 
a fim de assegurar o avanço do conhecimento científico sem provocar 
sofrimento aos animais. É esse o trabalho da reflexão ética.
Bioética
Campo de estudo que 
se refere às implicações 
éticas e filosóficas de 
procedimentos, tecno-
logias e tratamentos 
médicos e científicos, 
como transplantes de 
órgãos e engenharia 
genética, entre outros.
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Ética e moral são a mesma coisa?
Enquanto a ética analisa os valores morais e o comportamento 
humano do ponto de vista da ação, a moral consiste no conjunto de 
valores, regras e normas de conduta de uma sociedade. A diferença 
entre uma regra moral e a ação ética é que a segunda se forma a partir 
de uma reflexão consciente daquele que a pratica. A ética passa pela 
deliberação do indivíduo, enquanto a moral tem a finalidade de deter-
minar o modo de agir dos indivíduos em comunidade. 
Os valores e as normas de conduta variam de acordo com a época 
e/ou a sociedade. Ao longo da história, as sociedades humanas criaram 
diferentes códigos morais. Na Idade Média, no Ocidente, os valores cristãos 
não podiam ser questionados, e a moral cristã era considerada a única 
possível e verdadeira. Essa visão teocêntrica do mundo, baseada na fé e 
na noção de bem e mal, impunha regras rígidas de comportamento social.
Nesse caso, os valores se transformam em um conjunto de regras 
morais. Sendo regras, nem sempre são questionadas. 
A reflexão ética é um exercício da liberdade e é fundamental para 
a organização da vida em sociedade. Por meio dela, os indivíduos 
podem elaborar novas soluções para conflitos e determinar a melhor 
maneira de agir diante dos mais variados problemas. Ela é também uma 
importante ferramenta de crítica das regras morais, contribuindo para 
a transformação da sociedade.
Deliberação
Reflexão visando à reso-
lução de um problema.
Teocêntrico
Que tem Deus como 
ponto de convergência 
de todas as coisas.
	■ A ética e a moral estão 
presentes em nosso 
cotidiano e muitas 
vezes se confundem, 
mas é essencial 
diferenciá-las. Na foto, 
cena do programa 
Café Filosófico sobre 
ética no cotidiano, 
com os filósofos Mario 
Sergio Cortella e Clóvis 
de Barros Filho.
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NÃO ESCREVA 
NO LIVRO> MEUS ARGUMENTOS
• A ética está diretamente relacionada com nossas ações. Não basta refletir sobre ética sem aplicar 
a reflexão àquilo que fazemos cotidianamente. Imagine que a justiça comprove que uma loja da 
qual você é cliente costuma vender roupas produzidas por meio de trabalho análogo à escravidão. 
Reflita como agir de forma ética diante dessa situação e elabore um texto, no seu caderno, justifi-
cando seu posicionamento.
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Ética no dia a dia
Como vimos, a ética reflete sobre as ações humanas. Por 
isso, muitos pensadores entendem a ética como uma forma 
de saber prático. Isso significa que a reflexão ética não trata 
apenas de problemas abstratos, mas de situações concretas 
que afetam a vida e as relações entre os indivíduos.
A palavra ética se origina do termo grego ethos, que 
significa lugar de convívio. Na Grécia antiga, considerava-
-se ético aquilo que visasse ao bem comum e ao do lugar 
em que se vivia. Para o filósofo grego Aristóteles (385 
a.C.-323 a.C.), a ética e a política seriam os dois principais 
saberes práticos da vida humana.
Para Aristóteles, todo ser humano busca a felicidade e 
o bem-estar a partir da realização de seus objetivos e pro-
jetos de vida. Segundo o filósofo, existe uma relação entre 
a felicidade e as virtudes necessárias para a condução da 
vida individual.
Aristóteles considera princípios centrais de uma vida 
ética a realização das tarefas cotidianas, o empenho nos 
estudos e o exercício das atividades profissionais com 
afinco. Para isso, o filósofo grego aconselha a prudência e o desenvol-
vimento da capacidade de escolher a melhor opção entre as diversas 
possibilidades que surgem ao longo da vida.
Assim, para ele, a ética seria uma forma de reflexão que poderia ajudar 
os indivíduos a alcançaruma vida feliz, além de auxiliar na construção de 
relações sociais harmoniosas.
	■ BAGDATOPOULOS, 
W. S. Aristóteles 
ensinando aos pés da 
Acrópole em Atenas. 
Litografia colorida que 
ilustra a obra de Arthur 
Mee, The children's 
encyclopedia ("A 
enciclopédia das 
crianças"), publicada 
em c 1930.
Fonte: MIOTO, R. Felicidade custa R$ 11 mil por mês, aponta estudo. Folha de S.Paulo, São Paulo, 7 set. 
2010. Disponível em: https://m.folha.uol.com.br/ciencia/2010/09/795092-felicidade-custa-r-11-mil-por-
mes-aponta-estudo.shtml. Acesso em: 5 set. 2020.
	■ A felicidade é um valor 
relativo. Na atualidade, 
muitas pessoas 
associam a felicidade 
ao bem-estar material, 
como apontam os 
dados do gráfico da 
pesquisa realizada nos 
Estados Unidos, em 
2010. Para Aristóteles, 
porém, a felicidade está 
ligada à vida virtuosa.
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Bem-estar segundo a estatística, 2010
1,4 2,8 5,6 11,3 22,6
0
50%
60%
70%
80%
90%
Proporção dos 
entrevistados
Entrevistados se dizendo 
felizes e contentes com a vida
Entrevistados que não relataram 
nenhum estresse
R$ 11,3 mil/mês:
ponto a partir do qual mais dinheiro 
não signi�ca mais felicidade
Renda mensal em R$ mil
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A ética como um caminho para a 
felicidade, conforme concebida por 
Aristóteles, teve grande importância 
na história do pensamento filosófico 
e influenciou muitos pensadores, da 
Antiguidade até o presente.
Um exemplo é a forma como o 
filósofo holandês Baruch de Spinoza, 
ou Bento de Espinosa (1632-1677), refle-
tiu sobre a ética. Para ele, uma vida 
ética é baseada na busca da felicidade 
e da liberdade, e um aspecto central 
dessa busca é o modo como os indi-
víduos lidam com seus afetos.
Segundo Espinosa, todos os 
seres vivem em constante interação. Essas interações podem ser posi-
tivas, potencializadoras (afecções alegres), aumentando a capacidade 
dos seres de agir sobre o mundo, ou negativas, despotencializado-
ras (afecções tristes), diminuindo essa capacidade. Para esse filósofo, 
quanto maior a alegria de um ser, maior sua liberdade de ação. Dessa 
forma, uma vida ética se constrói a partir da alegria compartilhada.
Assim como Aristóteles e Espinosa, vários outros pensadores ana-
lisaram a importância da ética na vida cotidiana.
O filósofo francês Jean-Paul Sartre (1905-1980) analisou o problema 
ético a partir da ideia de que a liberdade é a característica central do 
ser humano. 
Para Sartre, os seres humanos não nascem com uma função 
determinada. Cada indivíduo vai definir aquilo que é a partir de suas 
escolhas, e essas escolhas são da 
responsabilidade de cada um. 
Assim, ao longo da vida, o indiví-
duo toma uma série de decisões 
que lentamente vão construindo 
aquilo que ele é.
	■ Para Espinosa, o ciúme 
é um exemplo de afeto 
triste. Na foto, cena do 
filme O ciúme, com 
direção de Philippe 
Garrel. França, 2014.
	■ A vida ética está implícita na 
relação com o outro. Na foto, 
adolescentes trabalham em 
grupo voluntário. Ucrânia, 2018.
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Entretanto, se o indivíduo é livre, 
há sempre o risco de suas escolhas se 
chocarem com as escolhas de outros 
indivíduos. É a partir dessa ideia que 
nasce o problema da ética para Sartre. 
Ele defende que toda escolha implica 
não apenas a construção da liberdade 
individual, mas um modelo de ação 
para os demais.
Assim, um indivíduo que ingressa na 
vida política e, livremente, decide agir 
apenas de acordo com seus interesses, 
desviando dinheiro público, estaria afir-
mando não apenas que sua liberdade é 
mais importante que a dos demais, mas 
enfatizando que todos podem agir da 
mesma forma.
Segundo essa perspectiva, uma vida 
ética corresponde àquela na qual a liber-
dade individual é construída a partir do fortalecimento da liberdade 
de todos, o que implica necessariamente escolhas individuais que 
respeitem o outro.
A verdade também é um problema ético que nasce da relação 
com o outro. O compromisso em dizer e agir de forma verdadeira 
está estreitamente associado a uma vida ética. Essa questão, discutida 
por pensadores desde a Antiguidade, ganhou um novo sentido na 
contemporaneidade.
Diversos cientistas sociais contemporâneos afirmam que vivemos 
a era da pós-verdade, em que a disseminação de fake news vem 
enfraquecendo a credibilidade dos meios de comunicação e dos pes-
quisadores. Com a facilidade de circulação de informações pelas redes 
sociais e aplicativos, muitas pessoas ignoram canais que divulgam 
notícias com base em fontes confiáveis e dados científicos, passando 
a compartilhar mensagens falsas, sem fonte ou de fontes duvidosas.
	■ Para Sartre, todos 
nascem livres para 
decidir aquilo que 
farão de suas vidas. 
São as escolhas feitas 
ao longo do tempo 
que fazem de nós 
aquilo que somos.
Fake news
Termo utilizado para se 
referir a notícias falsas, 
que podem ser intei-
ramente fabricadas ou 
distorcer um conteúdo 
real. Suas fontes são 
duvidosas (veículos de 
mídia sem credibilidade) 
ou inexistentes.
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> DE MÃOS DADAS NÃO ESCREVA NO LIVRO
• Segundo Espinosa, existem interações positivas e negativas entre os seres, afetos alegres e afetos 
tristes. Assim, para esse pensador, uma vida ética está relacionada com ações que promovem a 
alegria em nós mesmos e nos outros. Como é possível aplicar essa ideia em sua vida cotidiana? 
Converse com seus colegas sobre esse tema.
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	■ O gráfico 
demonstra a força 
das fake news em 
alguns países. 
O Brasil é o 
país com o 
maior número 
de pessoas 
que admitiram 
já terem sido 
enganadas por 
notícias falsas.
Ações como compartilhar uma notícia nas redes sociais sem confirmar a pro-
cedência da informação contribuem para enfraquecer a credibilidade das fontes 
confiáveis e estimular comportamentos que ameaçam a democracia e mesmo a vida 
de outras pessoas.
Assim, problematizar as fake news e valorizar o conhecimento científico e a infor-
mação baseada em fatos e pesquisas é também uma forma de agir eticamente na 
sociedade em que vivemos. Nesse sentido, o conceito de maioridade intelectual pro-
posto pelo filósofo alemão Immanuel Kant (1724-1804) nos ajuda a refletir sobre essa 
questão.
Segundo Kant, quando o indivíduo é incapaz de usar sua capacidade de entendi-
mento para agir por si próprio, guiando-se pelo pensamento alheio, ele está vivendo 
numa condição de menoridade intelectual. Para ele, o indivíduo só conquista a maiori-
dade intelectual quando consegue pensar e agir de maneira autônoma, livre da tutela 
dos outros. 
Nesse sentido, a maioridade intelectual pode ser entendida como a postura ética 
diante das informações que recebemos, distinguindo as notícias falsas das verdadei-
ras e agindo sempre de modo a evitar a disseminação de inverdades.
Enganados pelas fake news, 2018
Fonte: FANTINI, F. Para além das fake news: os fake numbers, escreve Flamínio 
Fantini. Poder 360, 22 jul. 2019. Disponível em: https://www.poder360.com.br/
opiniao/midia/para-alem-das-fake-news-os-fake-numbers-escreve-flaminio-
fantini/. Acesso em: 10 jun. 2020.
0 10 20 30 40 50 60 70 80
Países
%
Brasil
Arábia Saudita
Coreia do Sul
Peru
Espanha
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Índia
Polônia
Suécia
Chile
média mundial
*Pesquisa com 27 países.
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57
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Porcentagem dos que admitem ter acreditado 
em uma notícia falsa na internet
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Como vimos , os valores se transformam ao longo do tempo. Por 
isso, algumas ideias consideradas corretas no passado são vistas atual-
mente como práticas criminosas que devem ser combatidas. O estudo 
da ética é muito importante nesse processo, já que ele pode ajudar a 
avaliar as transformações dos valores de modo a não reproduzir precon-
ceitos ou práticas violentas que eram consideradas moralmente corretas 
em outras épocas.
O texto a seguir, escrito por um juiz dos Estados Unidos em 1927, é 
um exemplo. Leia atentamente e responda ao que se pede:
É melhor para todo mundo se, em vez de esperar para executar os 
descendentes degenerados por algum crime ou deixar que morram de 
fome por causa da imbecilidade, a sociedade possa prevenir aqueles 
que são manifestadamente inaptos de se reproduzirem. O princípio 
que sustenta a vacinação obrigatória é suficientemente amplo para 
cobrir o corte das trompas de Falópio. [...] Três gerações de imbecis 
são suficientes.
Fonte dos dados: LANG-STANTON, P.; JACKSON, S. Eugenia: como movimento para criar seres humanos 
‘melhores’ nos EUA influenciou Hitler. BBC News Brasil, 23 abr. 2017. Disponível em: https://www.bbc.com/
portuguese/internacional-39625619. Acesso em: 10 jun. 2020.
 1. Tendo em vista o atual conhecimento científico, por que a proposta do 
juiz não se justifica? Caso julgue necessário, pesquise informações para 
fundamentar sua resposta.
 2. Do ponto de vista ético, por que a proposta do juiz é incorreta? Apresente 
argumentos para justificar seu posicionamento.
3. Imagine que você deve ela-
borar uma resposta ao juiz. 
Escreva uma carta mobili-
zando argumentos cientí-
ficos e éticos para refutar 
aquilo que ele defende. Ao 
final, discuta seu texto com 
os colegas em sala de aula.
Corte das trompas de 
Falópio
Método de esterilização 
de mulheres.
DIÁLOGOS> LINGUAGENS E LEITURAS>
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NÃO ESCREVA 
NO LIVRO
■ Ilustração 
representando a 
"Árvore Eugenia" e 
a ideia de evolução 
humana por meio das 
raízes, que extraem 
materiais de diversas 
fontes. O cartaz foi 
utilizado como símbolo 
do Segundo Congresso 
Internacional de 
Eugenia, realizado em 
Nova York (Estados 
Unidos), em 1922.
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Vivemos uma crise ética?
Nas últimas décadas, um tema tem aparecido com frequência nos 
meios de comunicação, nas redes sociais, nos debates entre especialis-
tas e nas rodas de conversa: a crise ética do mundo contemporâneo. 
Vários pensadores defendem a ideia de que a ação e a reflexão ética 
perderam espaço em nossa sociedade.
No Brasil, por exemplo, muitos especialistas afirmam que vivemos 
uma profunda crise ética na política. Isso fica claro quando observa-
mos os dados alarmantes sobre corrupção e uso das ferramentas e 
instituições públicas para beneficiar agentes privados.
O Índice de Percepção da Corrupção (IPC) é medido pela 
Transparência internacional, que classifica 180 países com base em 
quão corrupto o setor público 
é percebido por especialistas e 
executivos. A nota vai de 0 a 100, 
do mais corrupto ao mais íntegro. 
A média dos países em 2018 foi 
43. Índices abaixo de 50 indicam 
preocupação no combate à 
corrupção.
A corrupção não é o único 
exemplo de manifestação da crise 
ética no mundo contemporâneo. 
A questão dos refugiados é outro 
indício desse fenômeno. Milhões 
de pessoas, em diferentes regiões 
do mundo, são forçadas a deixar 
suas terras por causa de confli-
tos ou problemas ambientais. 
Contudo, nem sempre elas são 
acolhidas de forma digna por 
outros países. 
> DE MÃOS DADAS NÃO ESCREVA NO LIVRO
• Você presencia exemplos de ações em sua comunidade que demonstram a crise ética da atualida-
de? Converse sobre o assunto com seus colegas e pensem conjuntamente em ações que possam 
ajudar a superar essa situação. 
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Fonte: ÍNDICE de percepção da corrupção 2018. Gazeta do Povo, 29 jan. 2019. 
Disponível em: https://infograficos.gazetadopovo.com.br/politica/indice-de-
percepcao-da-corrupcao-2018/. Acesso em: 11 jun. 2020.
2012 2013 2014 201720162015 2018
100º
80º
60º
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76º
79º
96º
105º
Em pontos
A nota vai de 0 a 100; quanto mais alta, melhor.
Posição no
ranking
Brasil: índice de percepção da corrupção, 2018
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A modernidade líquida e a crise ética
O sociólogo polonês Zygmunt Bauman (1925-2017) foi um dos pensadores que 
analisaram as causas da crise ética contemporânea. Em muitas de suas obras, ele 
refletiu sobre a importância da ética e investigou como as transformações na socie-
dade afetam os princípios éticos nas relações entre os indivíduos.
Bauman criou o conceito de modernidade líquida para definir uma nova forma 
de organização das relações sociais, econômicas e produtivas que teve início na 
segunda metade do século XX. Esse conceito designa uma época na qual todas 
essas relações se tornaram frágeis, efêmeras e flexíveis. 
Para o sociólogo, durante muito tempo, as relações sociais se mantiveram estáveis 
e duráveis. Isso significa que as pessoas desempenhavam papéis predeterminados 
na sociedade, as estruturas familiares eram rígidas e havia poucas possibilidades de 
mudança no modo de vida dos indivíduos.
Em meados do século XX, muitas pessoas tinham a expectativa de iniciar sua carreira 
profissional em uma empresa e nela permanecer até se aposentarem. O casamento era 
considerado uma instituição sólida, em geral concebida como algo indissolúvel.
Lentamente, a solidez das relações humanas foi se desfazendo em vista das 
mudanças econômicas, sociais, políticas e culturais ocorridas no mundo. Com isso, 
as relações duráveis e estáveis foram sendo aos poucos substituídas por relações 
líquidas. Por meio dessa metáfora, Bauman expressa a ideia de que os papéis sociais 
se tornaram fluidos, transformando-se com rapidez.
	■ Para Bauman, na 
modernidade líquida 
a amizade deixou 
de ser uma relação 
sólida e duradoura, 
que é construída 
lentamente, para se 
tornar algo superficial 
e passageiro, que 
pode ser criado e 
desfeito rapidamente 
nas redes sociais.
Na modernidade líquida, os relacionamentos se tornam mais instáveis e de curta 
duração, os indivíduos têm maior liberdade para mudar de profissão ou de trajetória 
profissional, os laços familiares se enfraquecem e o individualismo é valorizado.
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Com as transformações nas relações entre os indivíduos, os valores 
também se tornam mais frágeis. Dessa forma, a preocupação em agir 
de forma ética perde importância e é substituída por uma valorização 
excessiva da individualidade. 
Para Bauman, o resultado é a intensificação do consumismo e a des-
responsabilização do indivíduo em relação ao outro. Assim, as pessoas 
se enxergam cada vez mais como consumidoras que agem movidas por 
seus interesses, sem se preocupar com os efeitos de suas ações.
Ocorre também um enfraquecimento da empatia, o que ajudaria 
a entender o crescimento da xenofobia e de atos intolerantes contra 
minorias, na visão de Bauman.
Para o sociólogo polonês, a reflexão ética e a crítica do individua-
lismo e do consumismo são essenciais para lutar contra os efeitos 
negativos da modernidade líquida e construir relações que não sejam 
baseadas apenas em valores individualistas e consumistas.
Ética, bem-estar e território

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