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Transtorno de personalidade borderline

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CENTRO UNIVERSITÁRIO ATENAS
MEDICINA TURMA XV BETA
ANA CAROLINA CANDIDO CANEDO ESTEVAM
ANA LUÍSA APARECIDA PEREIRA
ANNA JÚLIA DIAS JACULI
ELANY MARIA FERREIRA PORTELA
ISABELLA MARIS SANTOS CAIXETA 
JEANNE BEATRIZ NUNES DA SILVA
LARA KAIULANI LAMOUNIER
LAIS EMANUELLE LAMOUNIER 
MARIA ISABEL FORTUNATO CAVALCANTE
Transtorno de personalidade Borderline
Paracatu
2022
ETIOLOGIA
Três são as principais teorias das causas do Transtorno de Personalidade Borderline (TPB): a neurobiologia, a epigenética e os traumas de infância. Quanto a neurobiologia, foi possível avaliar alterações neuroendócrinas e morfofuncionais. Há uma presença de distúrbios no sinstema serotoninérgico e no eixo hipotalâmico-hipofisário-adrenérgico (HPA), que regulam a resposta fisiológica ao estresse. Além disso, em exames de imagem, é possível observar uma diminuição da amígdala, do córtex cingulado anterior (ACC), do córtex pré-frontal dorsolateral (DLPFC) e do córtex orbitofrontal (OFC), além de alterações na distribuição de substância cinzenta e substância branca.
Alterações epigenéticas possuem a função de garantir a homeostase e a assessibilidade gênica. Os estudos dessa hipótese possuem pequenas amostras, insficientes para explicar a patogênese do transtorno, mas mostraram alterações sugestivas. Os principais genes sugeridos que apresentaram algum envolvimento com o transtorno foram: MAOA, MAOB, NRC31, BDNF, APBA2, APBA3, KCNQ1, MCF2, NINJ2, PRIMA1, COMT (Val108/158Met), HTR2A, 5-HTT, FKBP5, OXTR-rs53576. O trauma de infância é considerado o principal fator ambiental envolvido no TPB. Estudos epidemiológicos correlacionam adversidades na infância com o surgimento do TPB. Entre essas adversidades, é possível citar abuso físico, abuso emocional, abuso sexual, negligência emocional e negligência física. 
QUADRO CLÍNICO
O quadro clínico engloba algumas manifestações típicas de vários transtornos psiquiátricos como esquizofrenia, depressão e transtorno bipolar. A "síndrome" borderline é, portanto, um mosaico de sintomas menos acentuados de diversos transtornos. Sendo eles catarterizados por esforços físicos frenéticos para evitar o abandono (real ou imaginado), comportamento suicida ou automutilante, perturbação da identidade (autoimagem), relacionamentos pessoais intensos e instáveis, forte impulsividade, instabilidade afetiva, sentimentos crônicos de vazio, dificuldade de controlar a raiva, ideação paranoide e severos sintomas dissociativos.
Em relação ao distúrbio afetivo, os pacientes apresentam diversas sensações, por vezes conflitantes, muitas vezes manifestando tensão aversiva, incluindo raiva, tristeza, vergonha, pânico, terror e sentimentos crônicos de vazio e solidão. Outro aspecto é a exagerada reatividade no humor: os pacientes com frequência mudam com grande rapidez de um estado a outro, passando por períodos disfóricos e eutímicos ao longo de um dia. Além disso, a cognição também se apresenta alterada. A sintomatologia varia, há ideias superestimadas de estar mal, experiências de dissociação - despersonalização e perda da percepção da realidade - outros sintomas são semelhantes aos psicóticos, com episódios transitórios e circunscritos de ilusões e alucinações baseadas na realidade. Acredita-se que o distúrbio de identidade pertença ao domínio cognitivo porque se baseia em uma série de falsas crenças, por exemplo a de que uma pessoa é boa num minuto e má no instante seguinte.
DIAGNÓSTICO
O DSM tem sido uma das principais ferramentas de referência aos critérios diagnósticos das psicopatologias no mundo, que contribuirá adiante como norte para discussão de alguns critérios amplamente aceitos para o psicodiagnóstico. O mesmo fórmula os seguintes critérios fundamentais encontrados em um paciente com características de TPB, ao qual se encontra: “Esforços desesperados para evitar abandono real ou imaginado” (DSM-V, 2014, p.663). 
Para melhor compreensão das classificações psicodiagnósticas e delimitação da ampla sintomatologia, elementos e característica que compõe a definição do borderline, estabelece a seguir uma compilação de características do mesmo, mediante a visão e compreensão de alguns autores em suas publicações que se tornaram pressupostos para inúmeros profissionais da saúde. De tal forma, a partir da visão de autores utilizados no meio científico na contemporaneidade como Dalgalarrondo, Gabbard, Hegenberg, Zimerman e a contribuição ateórica do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais – DSM-V. Estrutura-se o seguinte quadro com os critérios e observações que os mesmos apontam a tal transtorno:
TRATAMENTO
Em relação ao tratamento, de acordo com Silva, Yazigi e Flore (2008) sobre um estudo multicêntrico realizado por Clarkin et al., em relação aos melhores tratamentos utilizados para transtorno da personalidade borderline, ao qual foram estudados três tratamentos utilizados contemporaneamente dentre outros, a psicoterapia focada na transferência, a terapia cognitivocomportamental e o tratamento suportivo, foram observados que entre às três, a que desenvolveu um melhor resultado em relação a benefícios e prognóstico a cerca dos principais critérios diagnósticos apresentados em um portador de TPB, a terapia focada na transferência demonstrou resultados significativos em comparação aos demais. 
Em casos de pacientes com diagnóstico de TPB, aconselha-se uma abordagem multidisciplinar para o caso, pois, se faz necessário o acompanhamento médico, psiquiátrico, psicológico, nutricional, dentre outros que possam vir a colaborar para o desenvolvimento de um bom prognóstico
Psicoterapia
O principal tratamento para o transtorno de personalidade borderline é psicoterapia. Muitas intervenções psicoterapêuticas são eficazes para reduzir comportamentos suicidas, melhorar a depressão e a função em pacientes com esse transtorno. A terapia cognitivo-comportamental focaliza a desregulação emocional e a falta de habilidades sociais. Isso engloba terapia comportamental dialética e Sistemas de treinamento para previsibilidade emocional e resolução de problemas (STEPPS)
O STEPPS é feito em sessões semanais em grupo durante 20 semanas. Os pacientes adquirem habilidades para gerenciar suas emoções, questionar suas expectativas negativas e cuidar melhor de si mesmos. Aprendem a estabelecer metas, evitar substâncias ilícitas e melhorar seus hábitos alimentares, de sono e de exercícios. Os pacientes são convidados a construir uma rede de apoio de amigos, familiares e profissionais de saúde que estejam dispostos a ajudar em caso de crise.
	Outras intervenções focalizam em distúrbios na maneira como os pacientes experimentam emocionalmente a si mesmos e aos outros. Essas intervenções incluem tratamento baseado em mentalização, Psicoterapia focada na transferência e terapia focada em esquema.
A mentalização refere-se à capacidade das pessoas de refletir e compreender seus próprios estados de espírito e o estado de espírito dos outros. Considera-se que a mentalização seja aprendida por meio de uma vinculação segura com o cuidador. Tratamento baseado em mentalização ajuda os pacientes a fazer o seguinte regular eficazmente suas emoções (p. ex., acalmar-se quando chateado), entender como elas contribuem para seus problemas e dificuldades com os outros, refletir e compreender as mentes dos outros. Assim, ela ajuda-os a se relacionar com os outros com empatia e compaixão.
	Psicoterapia focada em transferência concentra-se na interação entre paciente e terapeuta. O terapeuta faz perguntas e ajuda os pacientes a pensar sobre suas reações de tal modo que possam examinar suas imagens distorcidas, exageradas e irrealistas do eu durante a sessão. O momento atual (p. ex., como os pacientes se relacionam com o terapeuta) é enfatizado em vez do passado. Por exemplo, quando um paciente tímido, silencioso de repente se torna hostil e argumentativo, o terapeuta pode perguntar se o paciente percebeu uma mudança nos sentimentos e depois pede que o paciente pense sobre como ele experimentou o terapeuta e o eu quandoas coisas mudaram. O objectivo é permitir que os pacientes desenvolvam um senso mais estável e realista de si mesmos e dos outros, relacionar-se com os outros de uma maneira saudável por meio da transferência com o terapeuta.
Terapia focada em esquema é uma terapia integrativa que combina a terapia cognitivo-comportamental, teoria do apego, conceitos psicodinâmicos e terapias focalizadas em emoções. Ela foca em padrões mal-adaptativos ao longo da vida de pensar, sentir, comportar-se e de enfrentamento (chamados esquemas), técnicas de mudança afetiva e na relação terapêutica, com reparentagem limitada. Repaternagem limitada representa o estabelecimento de um vínculo seguro entre o paciente e o terapeuta (dentro dos limites profissionais), permitindo que o terapeuta ajude o paciente a vivenciar o que o paciente perdeu durante a infância que o levou a um comportamento mal-adaptativo.
	O objetivo da terapia com foco neste esquema é ajudar os pacientes a modificar os seus padrões. A terapia tem 3 estágios: avaliação (identificação dos esquemas), conscientização (reconhecer os esquemas quando eles operam na vida diária), mudança comportamental (substituir pensamentos, sentimentos e comportamentos negativos por aqueles mais saudáveis). Algumas dessas intervenções são especializadas e requerem treinamento e supervisão especializada. Mas algumas intervenções não exigem; uma dessas intervenções, que é projetada para o clínico geral, é manejo psiquiátrico geral (ou bom). 
O bom tratamento psiquiátrico compreende a terapia individual 1 vez/semana, a psicoeducação sobre o transtorno de personalidade limítrofe, o estabelecimento de metas e expectativas do tratamento, e algumas vezes fármacos. Focaliza as reações do paciente aos estressores interpessoais na vida cotidiana. Psicoterapia de suporte também é útil. O objetivo é estabelecer um relacionamento emocional, encorajador e solidário com o paciente e, assim, ajudá-lo a desenvolver mecanismos de defesa saudáveis, especialmente nos relacionamentos interpessoais.
Fármacos
Fármacos funcionam melhor quando usados com moderação e sistematicamente para sintomas específicos. Os inibidores seletivos da recaptação da serotonina (ISRS) geralmente são bem tolerados; a probabilidade de uma overdose letal é mínima. Mas ISRSs só são marginalmente eficazes para depressão e ansiedade em pacientes com transtorno de personalidade borderline.
Os fármacos a seguir podem ser eficazes para atenuar os sintomas do transtorno de personalidade borderline: Estabilizadores de humor (para depressão, ansiedade, labilidade de humor e impulsividade), antipsicóticos atípicos (de 2ª geração), (para ansiedade, ira, instabilidade do humor e sintomas cognitivos, incluindo distorções cognitivas transitórias relacionadas com o estresse - pensamentos paranoides, pensamento maniqueísta, desorganização cognitiva grave), benzodiazepínicos e estimulantes não são recomendados por causa dos riscos de dependência, overdose, desinibição e uso inadequado.
REFERÊNCIAS
DALGALARRONDO, Paulo; VILELA, Wolgrand Alves. Transtorno borderline: história e atualidade. Revista Latinoamericana de Psicopatologia Fundamental, v. 2, p. 52-71, 1999.
DE JESUS LOPES, Yan. A PSICOPATOLOGIA DO TRANSTORNO DA PERSONALIDADE BORDERLINE (TPB) E SUAS CARACTERISTICAS DIAGNÓSTICAS. 2017.
HONORIO, Luiz Guilherme Figueira; KUWAKINO, Mateus Kenzo Sanches; SOUZA, José Carlos. Teorias Etiológicas do Transtorno de Personalidade Borderline: da neurobiologia à epigenética. Research, Society and Development, v. 10, n. 3, p. e0610312929-e0610312929, 2021.
LEITE, Lucas de Holanda; CAMPOS, Eugenio de Moura. Investigações brasileiras sobre o Transtorno de Personalidade Borderline: uma revisão integrativa. 2016.
LORANDI FERREIRA CARNEIRO, Lígia. Borderline: no limite entre a loucura e a razão. Ciênc. cogn.,  Rio de Janeiro ,  v. 3, p. 66-68, nov.  2004 .   Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1806-58212004000300007&lng=pt&nrm=iso>. acessos em  21  nov.  2022.

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