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TCC_pre_natal_alto_risco

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3
ANDRESSA SILVA VIANA
DÉBORA CHAVES DA COSTA
JOYCEELÉM BEZERRA PEREIRA
RITA PEREIRA DA SILVA
NUBIA BARBOSA DOS SANTOS
THAYNAN DE BRITO SALDANHA
ASSISTÊNCIA DO ENFERMEIRO NO ATENDIMENTO AS MULHERES COM PRÉ-NATAL DE ALTO RISCO
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Coordenação do Curso de Bacharel em Enfermagem, como requisito para obtenção da nota do título de Bacharel em Enfermagem.
Orientadora: Clarice Nascimento da Silva
BOA VISTA-RR
2022
CURSO BACHARELADO EM ENFERMAGEM
ANDRESSA SILVA VIANA
DÉBORA CHAVES DA COSTA
JOYCEELÉM BEZERRA PEREIRA
RITA PEREIRA DA SILVA
NUBIA BARBOSA DOS SANTOS
THAYNAN DE BRITO SALDANHA
ASSISTÊNCIA DO ENFERMEIRO NO ATENDIMENTO AS MULHERES COM PRÉ-NATAL DE ALTO RISCO
BOA VISTA-RR
2021
ANDRESSA SILVA VIANA
DÉBORA CHAVES DA COSTA
JOYCEELÉM BEZERRA PEREIRA
RITA PEREIRA DA SILVA
NUBIA BARBOSA DOS SANTOS
THAYNAN DE BRITO SALDANHA
ASSISTÊNCIA DO ENFERMEIRO NO ATENDIMENTO AS MULHERES COM PRÉ-NATAL DE ALTO RISCO
Trabalho de Conclusão de Curso – TCC, apresentado à UNIP - UNIVERSIDADE PAULISTA, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Enfermagem
BANCA EXAMINADORA
Presidente: Profª. Clarice Nascimento da Silva
Enfermeira graduada pela UFCG, Especialista em Ginecologia e Obstetrícia
UNIP - UNIVERSIDADE PAULISTA
CURSO BACHAREL EM ENFERMAGEM
ANDRESSA SILVA VIANA
DÉBORA CHAVES DA COSTA
JOYCEELÉM BEZERRA PEREIRA
RITA PEREIRA DA SILVA
NUBIA BARBOSA DOS SANTOS
THAYNAN DE BRITO SALDANHA
ASSISTÊNCIA DO ENFERMEIRO NO ATENDIMENTO AS MULHERES COM PRÉ-NATAL DE ALTO RISCO
AUTORIZAÇÃO PARA DEPÓSITO 
DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
Com base no disposto da Lei Federal nº 9.160, de 19/02/1998, AUTORIZO a UNIP - Universidade Paulista de Boa Vista, sem ressarcimento dos direitos autorais, a disponibilizar na rede mundial de computadores e permitir a reprodução por meio eletrônico ou impresso do texto integral e/ou parcial da OBRA acima citada, para fins de leitura e divulgação da produção científica gerada pela Instituição. 
Boa Vista-RR, ______/______/______ 
Declaro que o presente Trabalho de Conclusão de Curso, foi submetido a todas as Normas Regimentais da UNIP - Universidade Paulista de Boa Vista e, nesta data, AUTORIZO o depósito da versão final desta monografia bem como o lançamento da nota atribuída pela Banca Examinadora. 
Boa Vista-RR, ______/______/______ 
_______________________________________________________________ 
Profª Clarice Nascimento da Silva
 
AGRADECIMENTOS
A Deus, pela nossa vida e saúde, por ajudar a ultrapassar todos os obstáculos encontrados ao longo do curso;
RESUMO
Palavras-chave:
ABSTRACT
Keywords: 
LISTA DE ABREVEATURAS
Sumário
INTRODUÇÃO
A gestação é um processo físico e natural para a reprodução humana. Todavia, trata-se de uma situação adjacente, na medida em que pode se tornar riscos tanto para a futura mãe, quanto para o bebê. A gestação pode ser definida de alto risco quando existe a possibilidade de um resultado contrário para a mulher ou para a criança bem maior do que o esperado (ERRICO et al, 2017).
Faz-se necessário compreender que o pré-natal além de ser um elemento fundamental durante a gestação, ela inclui a prevenção, a promoção da saúde e o tratamento dos problemas que possam ocorrer durante este período gestacional e após o parto. A aceitação das mulheres ao pré-natal está relacionada com a qualidade da assistência prestada, pelo serviço oferecido e pelos profissionais de saúde, os quais irão trabalhar de todas as maneiras possíveis para a redução dos elevados índices de mortalidade materna e perinatal (NETTINA, 2003).
É competência do Ministério da Saúde estabelecer políticas e normas para oferta do pré-natal com boa qualidade. Além dos equipamentos e instrumental para realização de consultas e exames, deve se levar em conta a capacitação adequada de todas as pessoas que atendem a mulher no seu percurso gestacional.
Numa visão geral, a consulta de pré-natal envolve procedimentos que vão desde escutar as demandas da gestante, até oferecer respostas diretas e seguras que contribuam para o bem-estar da gestante e do bebê. Este profissional deve oferecer apoio, deve estabelecer uma relação de confiança com a gestante, ajudando a conduzir a experiência da maternidade com mais autonomia.
Existe uma parcela de gestantes que possuem características específicas, ou sofrem algum tipo de agravo que apresenta maiores possibilidades de uma evolução desfavorável, tanto para o feto, como para a mãe. Essa parcela constitui o grupo denominado de alto risco (BRASIL, 2011).
Esta noção de risco constitui um assunto presente e discutido na vida das pessoas que passam por esta situação, as quais passam a possuir referências sobre questões epidemiológicas ou individuais, podendo ser entendida como uma construção histórica e social. Por esta razão os fatores de risco podem não ser percebidos ou compreendidos pelas mulheres que vivenciam uma gestação de risco (CASTIEL, 1999).
Em algumas situações a gestação de risco impõe a necessidade de ajustes na rotina da casa, no cotidiano dos familiares e principalmente desta mulher em face da necessidade de controlar o risco e evitar qualquer situação que traga mais riscos a saúde de ambos (MALDONADO, 1996).
Diante da confirmação da gestação de alto risco, as gestantes passam a se sentir mais vulneráveis, alteram sua vida diária, dentro e fora de casa. É neste momento que elas começam a se sentir sozinhas, desamparadas e inseguras, desconfiando da sua capacidade de gerar uma vida, confrontando há ameaça da perda de seu bebê, acompanhado da ansiedade, estresse e medo, principalmente da morte (SANTOS, 2003).
O autor ainda destaque que estas complicações de pré-natal de alto risco podem alterar profundamente a formação de laços afetivos entre mãe e filho, a sensibilidade desta mulher e seu relacionamento sexual, tudo isto, devido os fatores físicos e emocionais terem sido afetados, incluindo o sexo na gestação e modificações físicas da mulher (SANTOS, 2003).
Durante a gestação de alto risco podem ocorrer restrições do ir e vir, necessidade de hospitalização que limite a gestante as normas hospitalares. Isto acaba deixando a gestante mais ociosa, sem controle sobre si, sobre a gestação ou sobre sua família, gerando estresse adicional e mudança radical em hábitos (SANTOS, 2003).
Para Brasil (2011), podem ser considerados fatores de risco na gravidez as características individuais ou condições sócio-demográficas desfavoráveis, como ter idade menor que 15 anos; a história reprodutiva anterior como casos de abortamento habitual; doenças obstétricas na gravidez atual tendo como exemplos: aloimunização e aminiorrexe prematura e finalizando intercorrências clínicas como: hipertensão arterial, cardiopatias, Diabetes gestacional, Infecção Urinária aguda. Existe uma vasta amplitude em relação ao risco, sendo além do aspecto fisiopatológico.
Santos (2003) relata que a gestação pode evoluir desfavoravelmente para o bebê, podendo o problema clínico está correlacionado, não excluindo também os riscos fetais como as malformações, o que pode causar maior transtorno para a família e para a gestante.
Estes sintomas e a descoberta do pré-natal de alto risco é detectada durante as consultas, de modo que é possível realizar uma avaliação dos riscos das gestantes de modo a identificá-los no contexto de suas vidas e mapear os riscos as que estão expostas (BRASIL 2011).
Diante desta situação dos casos de pré-natal de alto risco, o Ministério da Saúde, em 1998, criou um mecanismo de apoio à implantação dos sistemas estaduais da referência hospitalar a estas gestantes, estimulando e apoiando a organização e consolidação de sistemas na área hospitalar em todos os Estados do país, para atendimento as gestantes que apresentavam alto risco. Estes sistemas buscam resolver a carência de serviços especializados na assistência as gestantes que apresentavam alto risco, além de investir mais na qualificaçãodos profissionais que atuarão nestas situações (BRASIL 2011).
2 JUSTIFICATIVA
O presente trabalho surgiu pela necessidade de se compreender a função do profissional de enfermagem mediante as situações de pré-natal de alto risco, tendo em vista que se trata de uma situação mais minuciosa, onde podem estar em risco a vida da mãe e do bebê, e diante disto, busca-se compreender como este profissional deve atuar frente a esta situação.
3 OBJETIVOS
	3.1 OBJETIVO GERAL
Analisar de que forma o enfermeiro pode auxiliar durante a gestação de mulheres com pré-natal de alto risco.
	3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
· Examinar os principais fatores que levam ao pré-natal de alto risco;
· Evidenciar as principais doenças encontradas em gestantes em pré-natal de alto risco;
· Identificar a forma como essas pacientes reagem ao serem informadas com pré-natal de alto risco.
4 REFERENCIAL TEÓRICO
4.1 POLÍTICAS PÚBLICAS VOLTADAS À SAÚDE DA MULHER
Diante do panorama das políticas públicas de saúde no Brasil, a saúde da mulher só foi motivo de preocupação no século XX, ainda assim, sendo limitadas às ações referentes à gravidez e ao parto. A possibilidade da ampliação de ações que consideram todos os ciclos da saúde da mulher, começou a ocorrer a partir de 1984, com a implantação do Programa de Atenção Integral à Saúde da Mulher (PAISM) (SOUZA; HORTA, 2012).
Este programa passou a incorporar como princípios e diretrizes, a hierarquização, descentralização e regionalização dos serviços, assim como a equidade e a integralidade da assistência à saúde da mulher. Com a aprovação da Constituição Federal de 1988 e das Leis Orgânicas da Saúde, fundamentadas na premissa da saúde como direito de todos e dever do Estado e nos princípios da universalidade, equidade e integralidade, reafirmaram a necessidade de funcionalidade desse programa (SOUZA; HORTA, 2012).
Diante desta situação, somente no ano de 2003 teve início o processo de construção da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher (PNAISM), em parceira com diversos setores da sociedade, culminando com seu lançamento no ano 2004. A PNAISM, incorporou a promoção da saúde e a integralidade como princípios norteadores e buscou consolidar avanços em diversas áreas voltadas à saúde da mulher (BRASIL, 2011). Um dos objetivos deste programa é oferecer maior ênfase no compromisso com a implementação de ações voltadas à saúde da mulher, estimulando seus direitos e reduzindo os agravos por causas evitáveis (FREITAS et al, 2009).
Dentre as diretrizes da PNAISM preconizam que o SUS deve ser direcionado para a atenção integral à saúde da mulher, contemplando a promoção da saúde deste público, suas necessidades de saúde, controle das patologias mais prevalentes e a garantia do direito à saúde. Além de recomendar que a elaboração, execução e avaliação das políticas de saúde da mulher sejam norteadas pela perspectiva de gênero, raça e etnia, ampliando assim o enfoque e rompendo as fronteiras da saúde sexual e reprodutiva, para alcançar todos os aspectos necessários para se entender as necessidades da saúde da mulher (BRASIL, 2011).
Mediante as novas políticas implantadas, pode-se perceber os avanços nos caminhos da universalidade, equidade e integralidade referentes à saúde da mulher. Esta que era considerada como objeto das políticas públicas de saúde somente em sua fase reprodutora, passa a ser vista de forma integral, com ações dirigidas para o atendimento de necessidades específicas. Todavia, ainda existem muitos preconceitos a serem derrubados, muitos desafios a serem superados.
Para Freitas et al, (2009) a efetividade das políticas públicas para as mulheres somente será realizada se houver a institucionalização e articulação dos estados, municípios e as diversas instâncias governamentais, de maneira que supere os limites dos programas e projetos dos papéis e passe a transformar em ações mais eficazes. Percebe-se que ainda prevalece a necessidade de considerar a diversidade das mulheres e reconhecer suas necessidades específicas, e promover o fim da desigualdade de gênero, enfatizando a autonomia da mulher, o que irá contribuir para a efetivação da cidadania feminina que ainda sofre violações.
4.2 PRÉ-NATAL DE ALTO RISCO
A gestação de alto risco é definida como aquela em que a vida da mãe ou do feto tem grandes chances de complicações comparadas as de baixo risco. No Brasil, consideram condições para gestação de alto risco o desvio de crescimento intrauterino, número de fetos e volume do líquido amniótico; entrar em trabalho de parto prematuro e gravidez prolongada; exposição a fatores teratogênicos; obesidade; diabetes gestacional; pré-eclâmpsia e eclampsia; amniorrexe prematura; hemorragias na gestação; aloimunização; óbito fetal; doenças infectocontagiosas durante a gestação (BRASIL, 2012).
De acordo com Ministério da Saúde (BRASIL, 2012) o intuito da assistência ao pré-natal de alto risco é interferir no curso de uma gestação que possui maior chance de ter um resultado desfavorável, de maneira a diminuir o risco ao qual estão expostos a gestante e o feto, ou reduzir suas possíveis consequências adversas.
Importante considerar que de acordo com Brasil (2016), são considerados fatores de risco indicativos de encaminhamento ao pré-natal de alto risco, os fatores relacionados às condições prévias como cardiopatia; Pneumopatias graves (incluindo asma brônquica não controlada); Nefropatias graves (como insuficiência renal crônica e em casos de transplantados); Endocrinopatias (especialmente diabetes mellitus, hipotireoidismo e hipertireoidismo); Doenças hematológicas (inclusive doença falciforme e talassemia).; Doenças neurológicas (como epilepsia) ;Doenças psiquiátricas que necessitam de acompanhamento (psicoses, depressão grave etc.); Doenças autoimunes (lúpus eritematoso sistêmico, outras colagenoses); Alterações genéticas maternas; Antecedente de trombose venosa profunda ou embolia pulmonar; Ginecopatias (malformação uterina, tumores anexiais e outras); Portadoras de doenças infecciosas como hepatites, toxoplasmose, infecção pelo HIV, sífilis terciária (USG com malformação fetal) e outras ISTs (condiloma); Hanseníase; Tuberculose; Anemia grave (hemoglobina < 8); Isoimunização Rh e qualquer patologia clínica que necessite de acompanhamento especializado (BRASIL, 2016).
Existem os fatores relacionados a história reprodutiva anterior, os quis podem ser a morte intrauterina ou perinatal em gestação anterior, principalmente se for de causa desconhecida; Abortamento habitual (duas ou mais perdas precoces consecutivas); Esterilidade/infertilidade; História prévia de doença hipertensiva da gestação, com mau resultado obstétrico e/ou perinatal (interrupção prematura da gestação, morte fetal intrauterina, síndrome HELLP, eclâmpsia, internação da mãe em UTI) (BRASIL, 2016).
Por fim, os fatores relacionados à gravidez atua, que podem ser restrição do crescimento intrauterino; Polidrâmnio ou oligodrâmnio; Gemelaridade; Malformações fetais ou arritmia fetal; Evidência laboratorial de proteinúria; Diabetes mellitus gestacional; Desnutrição materna severa; Obesidade mórbida ou baixo peso (nestes casos, deve-se encaminhar a gestante para avaliação nutricional); NIC III; Alta suspeita clínica de câncer de mama ou mamografia com Bi-RADS III ou mais; Distúrbios hipertensivos da gestação (hipertensão crônica preexistente, hipertensão gestacional ou transitória); Infecção urinária de repetição ou dois ou mais episódios de pielonefrite (toda gestante com pielonefrite deve ser inicialmente encaminhada ao hospital de referência para avaliação); Anemia grave ou não responsiva a 30-60 dias de tratamento com sulfato ferroso; Portadoras de doenças infecciosas como hepatites, toxoplasmose, infecção pelo HIV, sífilis terciária (USG com malformação fetal) e outras IST (infecções sexualmente transmissíveis, como o condiloma), quando não há suporte na unidade básica; Infecções como a rubéola e a citomegalovirose adquiridas na gestação atual; Adolescentes com fatores de risco psicossocial(BRASIL,2016).
A equipe de saúde deve estar preparada para enfrentar quaisquer fatores que possam afetar adversamente a gravidez, sejam eles clínicos, obstétricos, ou socioeconômico emocional. Para tanto, a gestante deverá ser sempre informada do andamento de sua gestação e instruída quanto aos comportamentos e atitudes que deve tomar para melhorar sua saúde, assim como para sua família, companheiro e pessoas de convivência próxima (ANTUNES, 2014).
A experiência da gestação de alto risco se caracteriza por um processo complexo, dinâmico e diversificado, individual e social, que se estende ao companheiro, família e sociedade. Esta situação envolve adaptações e transformações físicas, sociais, econômicas, psicológicas, espirituais e culturais, vinculadas aos significados existenciais do ser humano, que repercutem em todo o contexto familiar.
No ponto de vista epidemiológico, estatísticas apontam que 90% das gestações iniciam e evoluem sem intercorrências ou complicações. Todavia aproximadamente 10% delas apresentam problemas no início ou no seu decurso (ANTUNES, 2014).
4.3 ASSISTÊNCIA DO PROFISSIONAL DE ENFERMAGEM NO PRÉ-NATAL DE ALTO RISCO
O foco central da enfermagem é o cuidado as pessoas que buscam para cuidados básicos. Diante disto, seus aspectos humanísticos e científicos do cuidado são executados através do processo de enfermagem. Neste viés, o processo de enfermagem é o método científico de identificar e resolver problemas sendo composto pelas seguintes etapas: levantamento de dados, diagnósticos, planejamento de intervenções e avaliação.
Diante das atividades relacionadas à assistência ao pré-natal, estudos demonstrados por pesquisadoras relatam que a Consulta de Enfermagem tem sofrido transformações em sua concepção, metodologia e, principalmente, a inserção nos serviços de saúde, transitando para o prestígio e aceitação do profissional enfermeiro no seu fazer e assistir.
Desta forma, a consulta de enfermagem proporciona orientação de medidas favoráveis que visam à abordagem apropriada às necessidades peculiares das mulheres com quem interagem nas consultas. É pertinente lembrar que os contatos frequentes nas consultas entre enfermeiros e gestantes possibilitam melhor monitoramento do bem-estar da gestante, o desenvolvimento do feto e a detecção precoce de quaisquer problemas.
Voltando na história, consulta com o profissional de enfermagem já constava como proposta governamental desde o ano de 1978, porém na prática, observam-se limitações para aplicação desta proposta. Essas dificuldades partiam principalmente pela falta de recursos humanos e materiais, além da ideia de que a saúde da mulher só importava quando esta era reprodutiva, e isto acabava acarretando sérios obstáculos à implementação de ações de enfermagem embasadas por princípios de qualidade, nos diversos serviços de atenção à mulher, ocasionando sobrecarga de atividades refletidos em estabelecendo uma relação carinhosa e de ações terapêuticas (CASTIEL, 1999).
Em suma, o atendimento pelo profissional de enfermagem no pré-natal de alto risco parte do pressuposto de identificar as causas que levam a esta situação, bem como encaminhar a gestante para realização dos exames necessários. Todos esses procedimentos se fazem necessários para garantir da gestante e do bebê, isto deveria ser o objetivo e a razão de qualquer serviço de saúde, conduzindo as diretrizes no sentido de atender às necessidades e expectativas de qualquer pessoa que procure.
Assim, entendido o processo de assistência, ressalta-se a responsabilidade dos serviços de saúde, tendo em vista agir prontamente para eliminar ou minimizar os pontos estranguladores que, via de regra obstrui a qualidade do trabalho e, consequentemente, da atenção à saúde da mulher.
Progianti et al (2003) destaca que o profissional de enfermagem, através do seu saber e fazer são agentes principais para implementação dessas ações que promovam a assistência à mulher, sendo esta parte integrante do processo da humanização da assistência, mesmo sendo mulheres, gestantes que apresentam alto risco.
Em relação a gestante que apresenta alto risco o enfermeiro deve apoiar esta mulher com a finalidade de amenizar seus sentimentos que geram conflitos, sofrimento, e que dificultam em manter o equilíbrio familiar e uma evolução gestacional desejável.
Deve-se conhecer cada mulher de forma individual discutindo suas crenças, pois é através dela que a gestante que apresenta alto risco encontra forças para conseguir prosseguir com a gestação, realizando adaptação física e emocional à gravidez. É importante viabilizar discussões sobre temas que possam intervir de forma direta e indireta sobre a sua saúde física e mental, elevando sua atenção para além do campo biomédico (SANTOS 2003).
Esses riscos, em sua maioria, relacionam-se as doenças preexistentes ou ocorrentes da gravidez por causas motivos que podem ser orgânicas, biológicas, químicas e ocupacionais, ou também pode se atribuir as condições sociais desfavoráveis. Pesquisas mostram que no Brasil, os maiores índices de gestações de alto risco estão ligados a quadros de hipertensão arterial, infecções e diabetes gestacional (ERRICO et al, 2017).
5 METODOLOGIA
O presente projeto trata-se de um levantamento bibliográfico sobre a atuação do enfermeiro no atendimento as gestantes de gravidez de alto risco. De acordo com Marconi e Lakatos (2007) a pesquisa bibliográfica ou de fontes secundárias, abrange todo tipo de bibliografia já tornada pública em relação ao tema de estudo.
Diante deste contexto, a revisão literária ou pesquisa bibliográfica torna-se o principal tipo de pesquisa, pois, de acordo com Gonsalves (2007, p. 68):
“é aquela que exige do pesquisador um encontro mais direto com o que deseja analisar.”
É a pesquisa que se faz levantamento do material já elaborado sobre o tema pesquisado.
5.2 CRITERIOS DE INCLUSÃO E EXCLUSÃO
Quando tratamos dos critérios de inclusão, foram utilizadas teses, artigos científicos, revistas, informativos e cadernos de atenção básica. Para este trabalho, não foram utilizados materiais acadêmicos incompletos ou sem referências, bem como, qualquer outro conteúdo que esteja fora da temática proposta.
5.3 COLETA DE DADOS
A coleta dos dados foi por meio das bases já existentes no Scielo, Google Acadêmico, revistas e periódicos que tratam a respeito da referida temática.
6 RESULTADOS E DISCUSSÕES
6.1 CAUSAS QUE PODEM LEVAR AO DIAGNOSTICO DE PRÉ-NATAL DE ALTO RISCO
Para se ter resultados da pesquisa, faz-se necessário discutir os fatores de alto risco que predispõem para a gestação, como é o caso da pré-eclâmpsia; o parto cesariano; a idade avançada da gestante; transplante hepático; tromboembolismo venoso; doença falciforme; doenças endócrinas, como é o caso da diabetes; e o estado nutricional materno.
No pré-natal o enfermeiro pode desenvolver inúmeras ações, dentre elas: a consulta de enfermagem, solicitação de exames de rotina e complementares, prescrição de medicamentos estabelecidos em programas de saúde pública e aprovados pela instituição de saúde, abertura do Sistema de Informação de Saúde (SIS), exame obstétrico, encaminhamentos, preparo para o parto, orientações sobre os cuidados com o recém-nascido, amamentação e vacinação (BRASIL, 2002).
O MS recomenda que o enfermeiro realize a consulta de pré-natal intercalada com o médico (a) (BRASIL, 2012). O enfermeiro também tem competência para auxiliar a mulher no período gestacional, na detecção precoce de intercorrências e para dirimir dúvidas da gestante e da família, de maneira a contribuir na ampliação da qualidade da assistência na gestação. Dessa maneira, o enfermeiro contribui tanto na gestação de baixo risco quanto na de alto risco, seguida do direcionamento da gestante a profissionais obstetras (DUARTE; ALMEIDA, 2014).
A atenção pré-natal e puerperal é importante tanto para a saúde materna quanto para a neonatal. Para tanto, é importante um olhar cuidadoso no que se refere à saúde da gestante, com a compreensão da equipe de saúde sobre a assistência ao pré-natal(BRASIL, 2006).
Essas ações padronizadas permitem a monitoração e acompanhamento de possíveis intercorrências bem como a intervenção precoce. O enfermeiro realiza o pré-natal de baixo risco obstétrico e na assistência, faz a consulta de enfermagem, solicita exames de rotina, orienta e ou realiza tratamento conforme protocolo do serviço; encaminhamentos ao obstetra quando gestação de alto risco, atividades com grupos de gestantes, sala de espera dentre outros (BRASIL, 2005).
Os enfermeiros que realizam o pré-natal e acompanham a gestante até o final no puerpério referem gostar de realizar os procedimentos e se identificam com função pré-natal. Também expressão ser importante o enfermeiro realizar o pré-natal e reforçam ser este o diferencial do enfermeiro o acompanhamento em todo prénatal. (BRASIL, 2004).
Diante destes fatores introdutórios quanto a gestação de alto risco, a assistência no pré-natal, adicionada ao cuidado inclui a qualidade do enfermeiro, que deve ser responsável, competente, humano e dedicado para tratar dessas mulheres. Deve ainda ter a competência para orientar convenientemente as gestantes, reconhecer de forma precoce os problemas que possam surgir e enfrentar de maneira correta, de forma que venha evitar suas consequências (FREITAS, 2007).
Dentro desse contexto, a atenção para à saúde da mulher deve ser organizada de forma que possa atender as reais necessidades das mulheres durante sua gestação, mediante a utilização dos conhecimentos técnico-científicos existentes e dos meios e recursos que estão há disposição para cada situação, garantindo assim a humanização da assistência e dessa forma reduzindo a morbimortalidade materna e infantil (BRASIL, 2006

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