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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA – UFPB CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA AMBIENTAL LUCIANA RIBEIRO BARBOSA LUZIMEIRY MARIA CARVALHO LEITE DE ALENCAR PEDRO HENRIQUE COSTA BELO VANESSA DE SOUSA CAVALCANTI BREVE RELATÓRIO DA AULA PRÁTICA – 1º EXPERIMENTO Medidas Físicas: Identificação do material de fabricação de um dado objeto João Pessoa - PB 2022 LUCIANA RIBEIRO BARBOSA LUZIMEIRY MARIA CARVALHO LEITE DE ALENCAR PEDRO HENRIQUE COSTA BELO VANESSA DE SOUSA CAVALCANTI BREVE RELATÓRIO DA AULA PRÁTICA – 1º EXPERIMENTO Medidas Físicas: Identificação do material de fabricação de um dado objeto Relatório do curso de Engenharia Ambiental referente a atividade avaliativa da componente Física experimental da Universidade federal da Paraíba. João Pessoa, 04 de outubro de 2022. ________________________________________ Profª. Dra. Karoline Oliveira Moura 1. INTRODUÇÃO O advento das medidas surgiu, alguns milhares de anos antes de Cristo, com a necessidade de estabelecer comparações que permitissem o escambo nas primeiras comunidades. Eram, inicialmente, inspiradas no corpo humano. Palmos, braços e pés ajudavam a dimensionar comprimento e área. Depois, vieram as balanças, as réguas, as ânforas e outras tantas medidas até a criação, em 1960, do sistema internacional de unidades, que estabelece unidades e critérios aceitos universalmente. Ao realizar os experimentos, acabasse reproduzindo alguns erros, isto é, toda medida física possui uma incerteza intrínseca que depende do instrumento, do operador, das condições em que é realizada, dentre outros fatores. Estes erros podem ser classificados como erros sistemáticos ou instrumentais e erros estatísticos ou aleatórios, e, geralmente, ocorrem simultaneamente. O erro estatístico, caracterizar-se por distribue de maneira aleatória em torno do valor verdadeiro, utilizando-se da média e do desvio padrão dos resultados obtidos. Já, por outro lado, o erro sistemático ou instrumental é sempre o mesmo nos resultados, portanto, quando existe somente esse erro, os resultados são iguais e a diferença para o valor verdadeiro é sempre a mesma. Normalmente admite como a metade da menor divisão (escala) do instrumento utilizado. Os resultados experimentais podem ser obtidos a partir de medição direta e indireta. A primeira pode ser conseguida diretamente da leitura de uma magnitude mediante o uso de um instrumento de medida. A saber, a medição do comprimento por uma régua milimetrada. Enquanto que na medição indireta, é possível obter o resultado através de uma relação matemática que vincula a grandeza a ser medida com outras diretamente mensuráveis, como exemplo, medição do volume de um corpo através do comprimento, altura e diâmetro. Ao medir determinada grandeza repetidas vezes, os resultados podem ser diferentes. Assim, é possível calcular o valor médio afim de descrever um padrão. Além disso, é necessário para fazer os cálculos do Desvio Padrão e o Desvio padrão da Média. E esses resultados podem ser escritos como: (u.n), Em que corresponde ao valor médio de uma série de medidas, e ΔX é o erro (absoluto) ou incerteza da medida. O sinal ± na equação indica que o valor de X está compreendido no intervalo: - ΔX ≤ X ≤ + ΔX Vale salientar, que apenas o conhecimento do erro absoluto de uma medida não é suficiente para caracterizar a precisão da mesma. E que as medidas das grandezas físicas com instrumentos geram a necessidade de introduzir o conceito de algarismos significativos e, também, certas regras de aproximação e arredondamento. Para a identificação de um material com o qual o sólido é feito, a incerteza na densidade é tão importante quanto o próprio valor medido. Desta maneira, pode-se perceber a necessidade de uma teoria para a propagação das incertezas das medidas primárias (geométricas e massa) para se obter a densidade e, em particular, o cálculo da incerteza no resultado final. A propagação de erro é uma forma de verificar a certeza de alguma medida. Abaixo temos uma tabela com a densidade de alguns metais. Tabela 01 – Densidade teórica de alguns metais Fonte: Chemistry, Molecules, Matter and Change, Atkins e Jones, 3ª. ed., p. A18 2. OBJETIVO Os objetivos a serem alcançados neste experimento são: - Aprender a utilizar instrumentos de medida direta, medindo as dimensões do objeto com diferentes instrumentos de medida (régua e paquímetro); - Medir a massa de objetos; - Analisar o número de algarismos significativos e os erros associados a cada medida. - Determinar de forma direta e indireta o volume, realizando a medição direta de suas dimensões; - Calcular a propagação de erros nos cálculos de volume e densidade. - Calcular a densidade do objeto para identificação de seu material de formação. 3. MATERIAIS E MÉTODOS 3.1. Materiais Tabela 02 – Materiais e Quantidades Fonte: Elaborada pelos autores Figura 01 – Balança, Paquímetro analógico, Peças metálicas, Proveta e Régua Fonte: Tirada pelos autores 3.2. Princípio do método Duas partes essenciais: Primeiro devemos observar através de experimentação. A coleta de dados experimentais é a essência da ciência, entretanto, esses dados precisam de uma boa análise para se tornarem úteis. Segundo passo envolve a indução e dedução a partir dos resultados experimentais. Com os dados e uma profunda e cuidadosa análise, chega-se as conclusões que deverão ser válidas de uma forma mais geral. Neste ponto, é necessário frequentemente realizar abstrações, retirando da nossa análise aquilo que julgamos ser menos relevante para o problema ou efeito em estudo. 3.3. Procedimento Experimental 3.3.1. Parte I: Medições Após as instruções do professor inicia-se o experimento. Utilizando a régua de divisão milimetrada e o paquímetro análogo para a determinação da altura e do diâmetro da maior peça metálica (cilindro), faz-se as medições por cinco vezes seguidas a fim de facilitar o processo de estimar um valor médio e o erro experimental da cada uma. Os resultados foram anotados. Em seguida, utilizando a proveta de 100ml, preenchida de água até uma certa medida, foi submersa a peça metálica (cilindro) para obter o seu volume total. E seus resultados foram anotados. Posteriormente, fez-se uso da balança de 310g para a determinação da massa. O seu resultado foi anotado. Obtendo-se assim os seguintes resultados. Tabela 03 – Dados da altura (H), diâmetro (D), massa (M) e volume da peça Fonte: Elaborada pelos autores 3.3.2. Parte II: Cálculos Ao obter as medidas acima, precisa-se determinar H, D e V, que são as médias dos valores medidos da altura, diâmetro e volume, respectivamente. Em seguida, calcula-se as incertezas totais que são necessárias para o cálculo. Fazendo um desenvolvimento matemático apropriado, tem-se as expressões para o cálculo da propagação de erro. Para cálculo da média, desvio padrão, desvio padrão da média e erro total, seguem passos a seguir. Média O cálculo da média é um processo bem simples e pode-se usar da equação 01 para calcular a média . , em que N é o número de experimentos realizados e Xi é cada valor medido no experimento. Desvio padrão Para o cálculo do desvio padrão usa-se da equação 02 descrita abaixo. Desvio padrão da média Após calcular o valor do desvio padrão, o desvio padrão da média é calculado de acordo com a equação 03. O Erro Total É simplesmente calculado de acordo com a equação 04, dependendo do desvio padrão e do erro instrumental. A seguir, na tabela 04 e 05, pode-se ver os resultados obtidos referente ao diâmetro e volume, respectivamente. Tabela 04 – Dados obtidos referente ao diâmetroFonte: Elaborada pelos autores Tabela 05 – Dados obtidos referente ao volume Fonte: Elaborada pelos autores Portanto, o valor final para o diâmetro e o volume da peça metálica (cilindro) será: D = 1,141 ± 0,005 (cm) e V = 3,4 ± 0,5 (ml). E a altura, como não houve variação, só existirá o erro instrumental, com isso o valor adquirido é: H = 4,30 ± 0,005 (cm). 4. RESULTADOS 4.1. Parte III: Análise dos dados Na tabela 06, são apresentadas as medidas diretas, que foram mencionadas acima, feitas no laboratório, a saber: volume total (deslocado) (V), diâmetro (D), altura (H) e massa (M) da peça metálica (cilindro), com as respectivas incertezas. Tabela 06 – Medidas diretas Fonte: Elaborada pelos autores A partir dos valores do diâmetro e altura da peça (cilindro), o seu volume, utilizando a equação 05, foi calculado. Já a sua incerteza, com a expressão matemática. V = лD²H 4 Assim temos que . E por fim, calcula-se a densidade e a sua incerteza, tomando-se o valor do volume medido, e a densidade e a sua incerteza, usando o valor do volume calculado pela fórmula, utilizando a Equação 06 e a expressão matemática abaixo, respectivamente. Densidade (ρ) = M V Realizado os cálculos acima, os resultados obtidos são apresentados na tabela 07. Tabela 07 – Resultado obtido Fonte: Elaborada pelos autores A análise do resultado obtido pela fórmula do volume será feita correlacionando com os dados estabelecidos na tabela 01, densidade teórica de alguns metais. 5. CONCLUSÃO É possível observar a diferença de precisão entre os instrumentos utilizados. O paquímetro tem uma precisão maior do que a régua, em que é possível analisar as variações dos lados da peça metálica (cilindro) em escala com mais casas decimais, o que o torna mais exato e com menos erro. Em virtude disso, conclui-se, também, que o valor da densidade será mais precisa pelo método medido o volume com o paquímetro, do que o método medido o volume com a proveta. Por isso o resultado do valor da densidade conquistado pelo volume medido com a proveta foi bem mais elevado do que o resultado obtido pela fórmula do volume, que pode ter sido causado por erro na leitura do instrumento. Devido a esse valor, é possível que a média tenha sido levemente elevada. Portanto, o resultado mais preciso foi o obtido pela fórmula do volume. A densidade obtida pela fórmula 7,07 ± 0,07 (g/cm³) quando comparada com a tabela 01, densidade teórica de alguns metais, pode-se relacionar com a densidade do zinco que é igual a 7,14 g/cm³. E por fim, vale ressaltar, que os métodos utilizados na determinação da densidade do cilindro não poderiam ser aplicados a um corpo de forma geométrica irregular, o erro obtido em uma medição de corpo irregular seria muito grande, não teria precisão e não iria satisfazer as necessidades do que foi observado. 6. REFERÊNCIAS ALVARENGA, B.; MÁXIMO, A. Curso de física. São Paulo: Harper & Row, 1986. v. 1. AXT, R.; GUIMARÃES, V. H. Física Experimental I e II: manual de laboratório. Porto Alegre: Editora da Universidade, 1981. ALBUQUERQUE, W. V.; YOE, H. H.; TOLELEM, R. M.; PINTO, E. P. S. Manual de laboratório de Física. São Paulo: McGraw-Hill, 1980. SEARS, F. W.; ZEMANSKY, M. W. Física: Mecânica-Hidrodinâmica. 2. ed. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 1978. v. 2.
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