Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA DEPTO. FISIOLOGIA E FARMACOLOGIA CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA FISIOLOGIA VETERINÁRIA B FISIOLOGIA DA REPRODUÇÃO NOS BOVINOS ACADÊMICAS CAROLINA BOSHOLN, NATALI BASTOS E TATIANE MEDIANEIRA CARVALHO PROF. WILLIAM SCHOENAU TAXONOMIA Reino Animalia Filo Chordata Classe Mammalia Ordem Artiodactyla Família Bovidae Gênero Bos Espécie Bos taurus bovino - subespécies Bos taurus taurus Exemplar de gado taurino Origem européia Bos taurus indicus Exemplar de gado zebuíno Origem asiática HISTÓRIA DOS BOVINOS Utilização dos bovinos pelo homem Pré-história européia trinta mil anos atrás caça de espécies selvagens Um dos primeiros animais a serem domesticados utilidade na agricultura Tempos de Homero medida de avaliação de fortuna moeda DOMESTICAÇÃO Auroque na Europa Gaur na Ásia 5.000 e 6.000 anos atrás Animal de carga ou fornecendo carne, leite e couro Pouco comum criar gado para alimentação morresse ou não fosse mais útil Atualmente produção de carne GADO NA RELIGIÃO Sagrado Hinduísmo Abate de bovinos proibido Carne Tabu Vaca símbolo de riqueza NOMENCLATURA – SEXO E IDADE Boi macho castrado sem possibilidade reprodutiva Vaca fêmea Touro macho com testículos intactos possibilidade de reprodução Novilho ou novilha Terneiro Bezerro BOVINOS - BRASIL Possui o maior rebanho comercial de gado bovino do mundo 214 milhões de cabeças de gado Exportado em 2015 equivalente a US$ 5,9 bilhões Em 2014 Quinto maior produtor mundial de leite 33,3 bilhões de litros Em 2014 região Sul maior produtora de leite do país 12,2 bilhões de litros produzidos equivalente a 34,7% do total SISTEMA REPRODUTOR Masculino Testículos produção de espermatozóides (células reprodutivas) e testosterona (hormônio sexual masculino) Epidídimo ducto tortuoso e enrolado essencial no armazenamento e maturação dos espermatozóides procedentes do testículo SISTEMA REPRODUTOR Masculino Ducto deferente passagem para os espermatozóides do epidídimo à uretra ampola do ducto deferente pode servir como local limitado de estocagem de espermatozóides Pênis órgão copulador caracterizado pelo “S” peniano ou flexura sigmóide Glândulas anexas (glândulas vesiculares, a próstata e as glândulas bulbouretrais) SISTEMA REPRODUTOR Masculino testículos Gônada masculina gametogênica (espermatozóides) esteroidogênica (testosterona, estrógeno e progesterona) Túbulos seminíferos células de Sertoli espermatogênese células de Leydig esteroidogênese ESPERMATOGÊNESE REGULAÇÃO HORMONAL Espermatogênese células de Leydig e de Sertoli testículos Células de Leydig testosterona LH Células de Sertoli túbulos seminíferos FSH hipófise anterior gonadotrópico Células de Leydig Testosterona desenvolvimento e a manutenção da espermatogênese e outras características masculinas LH receptores específicos células de Leydig produção AMPc ativação cinases protéicas catalisam fosforilação proteínas intracelulares mobilização precursores esteróides Colesterol pregnenolona testosterona LH células de Leydig hipertrofia ausência Redução no tamanho células de Leydig e interrupção produção testosterona CÉLULAS DE SERTOLI Receptores de FSH e androgênios células de Sertoli FSH meiose células germinativas converte testosterona estrogênios túbulos seminíferos células de Leydig Inibina células de Sertoli FSH gonadotróficos epifisários supressão secreção FSH Ativina efeito retroalimentação positiva hipófise aumentar desenvolvimento células germinativas estimulação produção FSH CONTROLE ENDÓCRINO DA FUNÇÃO TESTICULAR MACHO - Puberdade Corresponde á idade que o ejaculado contém espermatozóides suficientes para emprenhar uma vaca Primeira mudança inicio puberdade LH (entre 12 e 20 semanas) Descargas LH células de Leydig secretar testosterona diferenciação células de Sertoli espermatogênese Diferenciação celular gradualmente epitélio seminífero testicular crescimento bezerro espermatozóides maduros túbulos seminíferos ao redor de 5 meses de idade Testículos produção espermatozóides próximo época puberdade AVALIAÇÃO DA EFICIÊNCIA REPRODUTIVA Possibilita prever a fertilidade do touro Base em testes que determinam: • condição física • tamanho testicular • qualidade do sêmen • libido ou capacidade de acasalamento Touro tamanho testicular acima da media ( para idade ou raça ) origem prole sexo feminino atinge a puberdade em idade precoce Circunferência escrotal peso testicular alta correlação com a produção de espermatozóides PATOLOGIAS DO SISTEMA REPRODUTOR DE TOUROS Touros podem apresentar alterações penianas responsáveis pela queda de fertilidade por interferir na realização da cópula e/ou transtornos de ejaculação Hipospadias ou epispadias • A abertura da uretra não alcança a glande leva a ocorrência da ejaculação fora da cavidade vaginal PATOLOGIAS DO SISTEMA REPRODUTOR DE TOUROS Hipoplasia uni ou bilateral, parcial ou total : • Apresentam capacidade de fecundar, libido e habilidade de serviço normal • Difícil identificação nos rebanhos • Confirmação assimetria biometria testicular puberdade melhor indicador • Hipoplasia bilateral total evidente testículos pequenos e os ejaculados ausência espermatozóides Suspeitos castrados e eliminados da reprodução Sistema Reprodutor feminino Vagina: órgão copulatório; possui flora bacteriana Cérvix: separa a vagina do útero; possui tampão Útero: abriga o embrião; tem três camadas Tuba uterina: recebe o ovulo; ocorre a fertilização Ovário: produz o ovulo; função endócrina Sistema Reprodutor feminino Foliculogênese Ovogênese Fecundação luteólise Progressão do metaestro para o diestro secreção progesterona aumenta platô relativo durante o diestro progesterona efeito retroalimentação negativa secreção hipofisária de LH durante diestro secreção de LH reduzida final do diestro secreção de ocitocina corpo lúteo Secreção endometrial de PGF2 α Mediador da luteólise ou desintegração do corpo lúteo Evidenciado por uma redução aguda na secreção da progesterona Estradiol e progesterona tinham antecipadamente induzido á síntese endometrial de PGF2 α luteólise Mecanismo da luteólise mediada pela prostaglandina níveis elevados de cálcio citoplasmático age como mediador da morte celular PGF2α endométrio uterino acesso ao ovário mediante mecanismo contracorrente PGF2α veia uterina transferida para a artéria ovariana Corpo lúteo substituído tecido conjuntivo corpus albicans Fêmea – mudanças hormonais Útero não possuir um embrião 15 a 17 dias após a ovulação prostaglandina F2 (PGF2) secretada pelo endométrio lise do corpo lúteo declínio das concentrações de progesterona Fertilização acontece o embrião secreta proteína trofoblástica bovina do tipo 1 (bTP-1) prevenir que PGF2 induza a luteólise Reconhecimento materno da gestação Hormônio Fonte Função GnRH Hipotálamo Promove a liberação do FSH e LH FSH Hipófise anterior Estimula o desenvolvimento folicular e a secreção de estrógenos LH Hipófise anterior Estimula a ovulação, formação e manutenção do corpo lúteo Estradiol Folículo(ovário) Estimula a manifestação do cio e a liberação do LH Progesterona Corpo lúteo(ovário) Manutenção da gestaçãoFonte: Hafez, 1982 Fêmea – hormônios Ciclo Estral Fêmea - puberdade Novilhas puberdade no primeiro cio fase luteínica é normal Nível nutricional bezerras após o desmame antecipar ou retardar o aparecimento da puberdade Outros fatores idade, peso corporal, raça, patologias, proximidade ao macho e níveis hormonais Reprodução – monta natural É a forma mais simplificada para reprodução de um rebanho, pois consiste na permanência de touros junto às fêmeas, sem a interferência humana Reprodução – monta controlada Há interferência do homem, que leva a fêmea em cio ao macho para acasalamento programado. Deixam o reprodutor separado das matrizes durante o dia e juntos, apenas com as fêmeas no cio, durante a noite Comportamento copulatório O touro irá identificar que a vaca esta em estro por : Reflexo de Flehmen Órgão Vômero-nasal / feromônios Lambidas na vulva da vaca Apoiar a cabeça na garupa da vaca Reprodução – inseminação artificial Processo em que o sêmen é colocado no útero da vaca em cio, com o uso de equipamentos especiais, visando a sua fecundação MODIFICAÇÕES EXTERNAS E INTERNAS - gestação Externas: • Comportamento • Úbere • Abdômen Internas: • Mucosa rosa - pálida • Assimetria • Aumento do tamanho do ventre Reconhecimento Materno da Gestação Interferon TAU Receptor de Estrógeno e Prostaglandina Reconhecimento produzido pelo Trofoblasto Inibição da Prostaglandina F2α Reconhecimento Materno da Gestação Função antiviral com a presença do Interferon Diminuição dos Receptores Interferon TAU é diluído pela baixa concentração FASES DA GESTAÇÃO Fase embrionária recente ou sem sintomas típicos Ausência de Estro ao 21º dia Presença de Corpo Lúteo Corpo Lúteo 2º FASE OU FASE DE PEQUENA BOLSA 31 aos 60 dias Placentação do 30º ao 35º dias Assimetria dos cornos Flutuação com 30-300ml de líquido Efeito de parede dupla e embrião com 2-6cm Feto com 8 semanas 3º FASE OU FASE DE GRANDE BOLSA 61 aos 90 dias Maior assimetria Flutuação de 0,5 a 1,5 litros de líquido Parede dupla com embrião medindo 10-12cm Deslocamento do útero para o abdômen 1: Líquido amniótico; 2: Feto; 3: Cordão umbilical; 4º FASE OU FASE DE BALÃO Detecção dos Placentomas Embrião com aproximadamente 15-20 cm Frêmito da artéria uterina média a partir 115º - 120º dias Placentomas Bovinos 5º a 6º mês de gestação Útero na posição Abdominal Ventral FASE DE DESCIDA 6º mês de gestação FASE FINAL 7º a 9º mês de gestação Percepção de partes e movimentos fetais Placentomas aumentados Frêmito arterial evidente 9º mês da Gestação FASE FINAL Palpação abdominal possível Aumento do úbere Relaxamento de ligamentos pélvicos e da vulva PARTO Processo de dar a luz preparo para dar a luz ação de expulsão do feto maturo ambiente uterino meio ambiente Vacas concluído animal está ao lado da mãe Mortalidade neonatal 5% SINAIS CLINICOS PRÉ-PARTO 72h antes do parto Queda da temperatura corporal de 0,5 a 1 °C Esguichamento do leite Mudanças no comportamento MUDANÇAS HORMONAIS Lise do corpo lúteo terço final da gestação Concentração de progesterona reduzir nos últimos 20 dias reduz drasticamente 2-3 dias antes Relaxina hormônio protéico secretado no terço final da gestação ovário MECANISMOS INICIAIS DO PARTO Luteólise induzida pela Prostaglandina F2 α Cortisol fetal estimula a liberação de PGF2 α Parto tem duração de até 19 horas ESTÁGIOS DO PARTO Primeiro estágio preparatório Relaxamento dos ligamentos pélvicos e dilação da cérvix Início das contrações uterinas até que a cérvix esteja completamente dilatada em continuidade com a vagina Frequência respiratória materna elevada e alteração na posição e postura do feto ESTÁGIOS DO PARTO Segundo estagio expulsão do feto através do canal pélvico • Fortes contrações uterinas e abdominais • Rompimento do âmnio e expulsão do feto ESTÁGIOS DO PARTO Terceiro estagio expulsão das membranas Fetais • Contrações uterinas diminuem • Desprendimento das vilosidades coriônicas • Contração e expulsão das membranas fetais RESPOSTA AO NASCIMENTO Maturação pulmonar Fechamento do Ducto arterioso e do Forame Oval CUIDADOS PÓS-NATAL Suplementação alimentar balanceada Higiene pós-parto Cuidados com o Bezerro • Limpeza das narinas • Permitir que a vaca cheire o filhote • Fornecer o colostro o mais rápido possível • Desinfetar o cordão umbilical conclusão Distribuídos por todos os continentes Enorme importância econômica como fonte de leite e carne para o homem “S” peniano ou flexura sigmóide presente no pênis A puberdade corresponde á idade que o ejaculado contém espermatozóides suficientes para emprenhar uma vaca A avaliação da eficiência reprodutiva possibilita prever a fertilidade de um touro com base em testes conclusão Alterações do trato genital do touro podem resultar em subfertilidade, infertilidade ou esterilidade A idade na época da puberdade de novilhas é influenciada por diversos fatores O touro identifica a vaca em cio lambendo ou cheirando a genitália externa da fêmea e por comportamento de “Flehmen” A duração da gestação varia de 276 a 295 dias Inúmeras mudanças clínicas na fêmea indicam a aproximação do parto AGRADECEMOS SUA ATENÇÃO !
Compartilhar