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Microbiologia: Estudo dos Microrganismos

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Microbiologia 
A microbiologia é o ramo da Biologia que 
estuda os microrganismos. 
Os microrganismos são seres vivos de 
tamanho pequeno, cujas dimensões não 
permitem que sejam observados a olho 
nu pelo homem. Assim, eles só podem 
ser visualizados ao microscópio. 
O estudo da microbiologia abrange a 
identificação, forma, modo de vida, 
fisiologia e metabolismo dos 
microrganismos, além das suas relações 
com o meio ambiente e outras espécies. 
De modo geral, os microrganismos 
contribuem na fertilização do solo, 
reciclagem de substâncias e participam 
de ciclos biogeoquímicos. Ainda podem 
ser usados na fabricação de produtos 
como iogurte, vinhos, queijos, vinagres e 
pães. 
Existem ainda os microrganismos 
patogênicos que causam doenças em 
seres humanos, animais e plantas. 
 
Grupos de microrganismos 
Os principais grupos de microrganismos 
são: vírus, bactérias, protozoários, algas e 
fungos. 
 
 
 
- Vírus 
 
 
Vírus são seres microscópicos 
constituídos de DNA ou RNA e protegidos 
por uma capa formada de proteínas. 
Os vírus são seres acelulares, cujo 
tamanho varia entre 20 e 300 nm. 
 
São diversificados e capazes de sofrer 
mutação. Eles são parasitas intracelulares, 
pois para se reproduzirem precisam 
invadir uma célula e utilizar todos os seus 
recursos. Esses organismos são 
causadores de muitas doenças. Por serem 
tão pequenos são capazes até de 
infectar fungos e bactérias. 
 
Podem ser encontrados em qualquer 
lugar. Embora sejam capazes de infectar 
qualquer tipo de célula, fora delas eles 
permanecem inertes. 
 
 
 
O SARS-CoV-2 é um vírus pertencente 
à família dos coronavírus e é causador da 
doença COVID-19. A AIDS é causada pelo 
vírus da imunodeficiência humana (HIV). 
 
- Tipos de Vírus 
Os vírus são classificados de acordo com 
o tipo de ácido nucleico, de acordo com 
a forma do capsídeo e também pelos 
organismos que eles são capazes de 
infectar. 
• Adenovírus: formados por DNA, 
por exemplo o vírus da 
pneumonia. 
• Retrovírus: formados por RNA, por 
exemplo o vírus HIV. 
• Arbovírus: transmitidos por insetos, 
por exemplo o vírus da dengue. 
• Bacteriófagos: vírus que infectam 
bactérias. 
• Micófagos: vírus que infectam 
fungos. 
Os podem utilizar agentes transmissores 
em uma infecção. Por exemplo, as plantas 
podem ser infectadas por vírus através 
de insetos ou outros organismos que se 
alimentam delas. 
- Características dos vírus 
As principais características dos vírus são: 
• São seres acelulares, ou seja, não 
possuem células; 
• Suas dimensões variam de 17 nm 
até 300 nm; 
• São seres diversificados e, portanto, 
não possuem um padrão; 
• São capazes de sofrer mutações; 
• Fora de um organismo hospedeiro 
cristalizam-se como os minerais; 
• Não possuem metabolismo próprio 
e, por isso, a reprodução ocorre 
em uma célula viva. 
Muito se discute sobre os vírus serem 
considerados seres vivos ou não. 
Enquanto para alguns estudiosos eles são 
apenas partículas infecciosas, para outros, 
uma vez que se reproduzem e sofrem 
mutações genéticas, estão inclusos na 
categoria dos seres vivos. 
- Estrutura do Vírus 
Os vírus são formados por ácidos 
nucleicos, RNA (ácido ribonucleico) ou 
DNA (ácido desoxirribonucleico), 
envolvidos por uma capa proteica 
chamada de capsídeo. Além desses 
componentes, alguns vírus ainda podem 
ser revestidos por uma película de 
gordura e proteína. 
 
Estrutura do vírus causador da Hepatite C 
 
• Ácidos nucleicos (RNA e DNA): são 
as informações contidas no vírus 
que deverão ser utilizadas para 
 
 
sintetizar proteínas na célula 
invadida; 
 
• Capsídeo: envolve e protege o 
ácido nucleico viral da digestão por 
enzimas. Além disso, possui regiões 
que permitem a passagem do 
ácido nucleico para injetar no 
citoplasma da célula hospedeira; 
 
• Envelope de glicoproteínas: 
revestimento formado por lipídios 
e proteínas ao redor do capsídeo, 
que são utilizadas para invadir a 
membrana celular e se ligar a ela, 
facilitando a fixação do vírus. 
 
- Reprodução 
Os vírus são capazes de invadir 
diferentes tipos de células, principalmente 
bactérias, plantas e animais. 
No ciclo de reprodução, geralmente os 
vírus rompem a parede celular, entram, 
replicam-se e partem para infectar novas 
células. 
Há também os vírus que não precisam 
entrar em uma célula para se 
reproduzirem, eles apenas injetam seu 
genoma na célula hospedeira. 
O material genético viral inserido em uma 
célula é traduzido e replicado à medida 
que a célula se multiplica. 
Geralmente, os vírus utilizam os 
ribossomos das células eucarióticas para 
traduzir o RNA mensageiro viram e, 
assim, produzirem proteínas virais dentro 
da célula. 
O ciclo reprodutivo desses organismos 
pode então ser dividido em 4 etapas: 
• Entrada do vírus na célula 
hospedeira; 
• Eclipse (inatividade do vírus); 
• Multiplicação do material viral 
(cópias da matriz); 
• Liberação dos novos vírus. 
No processo de reprodução dos vírus há 
a duplicação do material genético viral e a 
síntese das proteínas na medida em que 
ele inibe o funcionamento normal da 
célula. 
- Doenças causadas por vírus 
As doenças causadas por vírus, também 
chamadas de viroses, são aquelas que 
tem como agente etiológico diversos 
vírus. 
 
Algumas das doenças virais, se não forem 
tratadas podem levar o paciente ao óbito. 
 
Geralmente, não possuem um 
tratamento específico, visto que o corpo 
produz anticorpos para combater o vírus. 
 
Principais doenças causadas por vírus: 
 
- Raiva 
 
A raiva é uma infecção aguda do sistema 
nervoso central. Esta doença é causada 
pelo Rhabodo vírus que pode ser 
transmitido ao homem através da picada 
https://www.todamateria.com.br/reproducao/
 
 
ou saliva de mamíferos afetados, por 
exemplo, cães, lobos, raposas, ratos, 
gatos, morcegos, coelhos, vacas, cavalos 
e cabras. 
O vírus da raiva se reproduz nos 
músculos e se espalha para o sistema 
nervoso central. 
As características de um cão com raiva 
são aparência doentia, inquieta, agressiva, 
salivação excessiva, língua protuberante, 
gosta de estar sozinho em um lugar 
escuro, cauda dobrada entre as patas 
traseiras, medo de luz e som e morder 
qualquer coisa que seja existe ao seu 
redor objetos e pessoas. 
Os sintomas de raiva experimentados por 
humanos incluem dor de cabeça, náuseas, 
vômitos, dor de garganta, febre, 
alucinações, rigidez muscular e aumento 
de secreções de suor e saliva. A raiva 
pode ser prevenida com vacinas. 
- Doença da boca e unhas 
 
A febre aftosa é uma doença altamente 
contagiosa em bovinos, ovinos, porcos, 
cabras, búfalos e animais selvagens com 
cascos fendidos, como os elefantes. Esta 
doença é causada pelo Aphthovirus da 
família Picornaviridae. A transmissão do 
vírus pode se dar pela respiração, 
contato direto, alimentos e equipamentos 
contaminados com o vírus. 
Os sintomas experimentados por animais 
infectados são letargia, inquietação, 
desidratação, preguiça de ficar em pé, 
mancar, febre chega a 41 graus, salivando 
muito, diminuição do apetite, 
aparecimento de vesículas (preenchidas 
com um líquido amarelo claro a vermelho 
e facilmente descascável) na língua, lábios, 
mucosa da bochecha, gengivas, céu da 
boca e dedos dos pés. 
Esta doença faz com que a produção de 
leite e gado diminua, e causa cerca de 
70% das mortes de gado. Mesmo assim, 
as doenças da boca e das unhas podem 
ser evitadas com a vacinação. 
- Tetelo (NCD) 
 
A doença de Newcastle (DCNT) ou tetelo 
(febre do papagaio) é uma doença que 
ocorre em aves domésticas (como 
galinhas e patos) com sintomas de 
diarreia, tosse e perda de equilíbrio, 
fazendo com que o corpo gire com a 
cabeça inclinada. 
A doença Tetelo é causada pelo vírus 
NCD e é contagiosa. Como a febre 
aftosa, o tetelo também pode causar a 
morte de animais. 
- Tumores (verrugas) 
 
Não apenas humanos, tumores ou 
verrugas também podem ser sofridos 
por animais. Um deles é o frango, causado 
pelo vírus do sarcoma de Rous (RSV) e, 
em bovinos, pelo papilomavírusbovino. 
Este vírus causa tumores nas células 
epiteliais e nas membranas mucosas. 
- Tratamento para viroses 
 
 
O tratamento das doenças causadas pelos 
vírus é realizado de acordo com o agente 
infecioso e a região do corpo afetada. 
Para muitas viroses não existem vacinas e 
remédios contra ou um tratamento 
específico. Sendo assim, o próprio sistema 
imunológico cria anticorpos para combater 
o vírus. 
Recomenda-se sempre uma boa 
alimentação, hidratação e repouso do 
paciente. 
- Bactérias 
As bactérias são seres unicelulares e 
procariontes. Elas fazem parte do Reino 
Monera. 
As bactérias podem ser encontradas em 
diversos ambientes e são capazes de 
suportar condições ambientais inóspitas à 
maioria dos seres vivos. 
Mesmo sendo imperceptível, as bactérias 
desenvolvem importantes funções no 
ambiente. Elas atuam nos ciclos 
biogeoquímicos e na produção de 
alimentos e medicamentos. 
Algumas bactérias podem ser 
patogênicas e causam doenças como a 
cólera, difteria, febre tifoide, lepra, 
meningite, tuberculose. 
 
- Morfologia Bacteriana 
As bactérias podem apresentar diferentes 
formas: esféricas, de bastões, espiraladas, 
de vírgula, entre outras. Observe a seguir 
exemplos de bactérias e os formatos de 
cada ser. 
 
As bactérias recebem uma designação 
específica: 
• Cocos: são esféricos ou 
arredondados; 
• Bacilos: são alongados e cilíndricos; 
• Espirilos: são longos, espiralados e 
deslocam-se por meio de flagelos; 
• Espiroquetas: são espiralados e 
deslocam-se com movimentos 
ondulatórios; 
• Vibriões: apresentam aspecto de 
vírgula. 
 
- Estrutura da célula bacteriana 
 
A célula da bactéria é formada 
basicamente por: material genético, 
citoplasma, ribossomos, membrana 
plasmática, parede celular e, em alguns 
casos, cápsula. 
https://www.todamateria.com.br/anticorpos/
https://www.todamateria.com.br/bacterias/
https://www.todamateria.com.br/reino-monera/
https://www.todamateria.com.br/reino-monera/
https://www.todamateria.com.br/ciclos-biogeoquimicos/
https://www.todamateria.com.br/ciclos-biogeoquimicos/
 
 
 
A célula bacteriana é procariótica, ou seja, 
o material genético fica disperso no 
citoplasma e é constituído de uma 
molécula circular de DNA, chamada 
nucleoide. 
Além do nucleoide, pode haver também 
moléculas adicionais de DNA circular, os 
plasmídeos. A presença dos plasmídeos 
ajuda a defender as bactérias da ação de 
antibióticos, pois contêm genes 
resistentes. 
Também estão espalhados no citoplasma 
diversos ribossomos que produzem 
proteínas. Os flagelos são estruturas 
responsáveis pela locomoção e as 
fímbrias pela adesão ou troca de DNA 
dependendo do tipo de bactéria. 
Revestindo a célula bacteriana está a 
membrana plasmática, que delimita o 
citoplasma e mais externamente um 
envoltório rígido, a parede bacteriana ou 
membrana esquelética, que protege a 
célula contra a entrada de água por 
osmose, que faria a bactéria estourar. 
Em algumas bactérias pode haver ainda 
uma camada mais externa chamada 
cápsula, que protege da desidratação, 
defende de ataques de bacteriófagos e 
de serem fagocitadas e ainda auxilia a 
fixação às células dos hospedeiros. 
- Reprodução das bactérias 
A reprodução das bactérias é assexuada, 
geralmente por divisão binária (ou fissão 
binária), em que o cromossomo é 
duplicado e depois a célula se divide ao 
meio originando duas bactérias idênticas. 
 
É um processo extremamente rápido, o 
que explica a rápida 
proliferação bacteriana em infecções, por 
exemplo. 
 
Outro modo é através da esporulação, 
que acontece em condições adversas 
como falta de água e nutrientes, calor 
extremo, entre outras. 
 
Nesse caso, a célula sofre um 
espessamento do envoltório e interrompe 
o metabolismo, formando assim um 
esporo chamado endósporo. Esse 
endósporo é capaz de viver em completa 
inatividade por anos. 
 
Clostridium tetani, causadora do tétano 
e Bacillus anthracis, que provoca 
o carbúnculo ou Anthrax, são exemplos 
de bactérias que produzem endósporos e 
vivem por muitos anos inativos no solo. 
 
Ao penetrarem no interior do corpo 
humano ou de um animal (ambiente 
anaeróbico) passam por uma 
desesporulação e voltam à forma normal, 
infectando o corpo do hospedeiro. 
https://www.todamateria.com.br/reproducao/
 
 
- Recombinação genética nas bactérias 
Embora não realizem reprodução 
sexuada, as bactérias podem realizar 
processos de recombinação genética em 
que produzem novos indivíduos com 
características diferentes do indivíduo 
original. 
São 3 tipos de processos em que há a 
mistura do material genético: conjugação 
bacteriana, transformação bacteriana e 
transdução bacteriana. 
 
Na conjugação bacteriana há transferência 
direta de DNA de uma bactéria a outra, 
através das fímbrias sexuais, que são 
filamentos mais longos que as fímbrias 
normais. 
 
Neste caso, há a formação de uma ponte 
citoplasmática para a transferência da 
cópia do DNA ou do plasmídeo da 
bactéria doadora para uma bactéria 
receptora, onde ocorre uma 
recombinação gênica. 
A transformação bacteriana consiste na 
absorção de fragmentos de moléculas de 
DNA dispersos no meio e posterior 
incorporação dos mesmos ao DNA 
bacteriano. 
Sob certas condições, qualquer tipo de 
DNA pode ser incorporado ao DNA 
bacteriano, desde que tenham 
semelhanças. Essa característica permite 
que os cientistas utilizem as bactérias em 
experimentos de engenharia genética. 
Na transdução bacteriana ocorre 
transferência de fragmentos do material 
genético através de bacteriófagos (tipos 
de vírus infectantes de bactérias). Os 
bacteriófagos costumam injetar seu 
material genético na célula bacteriana e 
assim se multiplicar. 
 
Entretanto, durante esse processo pode 
acontecer a incorporação de segmentos 
de DNA da bactéria hospedeira e 
posterior liberação desses fragmentos na 
bactéria receptora, assim que o 
bacteriófago for infectar outra bactéria. 
Havendo recombinação genética entre os 
materiais surgem novas características. 
- Metabolismo bacteriano 
O metabolismo corresponde ao conjunto 
de reações necessárias para manter os 
organismos vivos. 
As bactérias podem ser classificadas em 
fototróficas ou quimiotróficas, de acordo 
com a fonte de energia que utilizam, 
também ser autotróficas ou 
heterotróficas, de acordo com a fonte de 
carbono empregado na produção de 
matérias orgânicas. 
Assim sendo, se unirmos essas 
características elas podem ser: 
 
 
• Bactérias Fotoautotróficas: são as 
bactérias capazes de produzir o 
próprio alimento pela fotossíntese, 
usando o gás carbônico (fonte de 
carbono) e a luz (fonte de energia). 
As cianobactérias pertencem a 
esse grupo. 
 
• Bactérias Fotoheterotróficas: 
utilizam apenas a luz como fonte 
de energia, mas não são capazes 
de sintetizar moléculas orgânicas 
(não fazem fotossíntese), tendo 
que absorver do meio o seu 
alimento. Essas são as bactérias 
anaeróbias. 
 
• Bactérias Quimioautotróficas: usam 
como fonte de energia as reações 
de oxidação de compostos 
inorgânicos, produzindo assim o 
próprio alimento através de 
quimiossíntese. Pertencem a esse 
grupo as Nitrobacter e 
Nitrossomonas que participam do 
Ciclo do Nitrogênio. 
 
• Bactérias Quimioheterotróficas: as 
fontes de energia e também de 
carbono usadas são moléculas 
orgânicas que elas absorvem 
através do alimento. Nesse grupo 
estão as bactérias saprofágicas, que 
atuam como decompositoras de 
matéria orgânica morta (animais e 
vegetais mortos) e as parasitas que 
provocam doenças. 
- Fatores de virulência bacteriana 
Algumas bactérias habitam naturalmente 
certos nichos do corpo humano, outras 
são sempre patogênicas; entretanto 
todas podem causar doenças quando 
instaladas em ambiente estéril. 
- Colonização, Adesão e Invasão 
Certas bactérias produzem moléculas 
específicas para aderirem ao tecido do 
hospedeiro. Adesinas, fímbrias e 
o ácido lipoteicoicosão exemplos de 
substâncias produzidas para auxiliar na 
colonização. Outras bactérias produzem 
uma espessa e pegajosamatriz de 
polissacarídeos. O biofilme ajuda na 
fixação/ adesão/ colonização da 
população bacteriana e muitas vezes 
confere certa resistência à ação de 
antibióticos não observada em cultura in 
vitro. 
 - Ações Patogênicas da Bactérias 
Seres procariontes produzem enzimas, 
ácidos, toxinas e até gases associados à 
destruição tissular. 
Exotoxinas são enzimas citolíticas que 
podem ser produzidas tanto por Gram 
positivas quanto por Gram negativas. A 
toxina tetânica, a toxina botulínica e a 
estreptolisina são exemplos de 
exotoxinas. 
Endotoxina é o lipopolissacarídeo (LPS) de 
parede celular exclusivo de bactérias 
Gram negativas. LPS causa um processo 
inflamatório sistêmico e severo 
caracterizado por ativação de 
complemento, degranulação mastocitária, 
 
 
ativação plaquetária secreção de citocinas 
de fase aguda (IL-1, IL-6 e TNF), podendo 
causar CIVD (coagulação intravascular 
disseminada), característica 
do choque séptico. 
Algumas bactérias funcionam 
como superantígenos, uma vez que 
podem ativar linfócitos sem precisar de 
processamento antigênico. 
Superantígenos se ligam ao MHC-II 
(complexo de histocompatibilidade tipo 2) 
de células apresentadoras de antígeno e 
ao TCR (receptor de célula T) ao mesmo 
tempo. Dessa forma, superantígenos 
ativam linfócitos sem a necessidade de 
coestimulação. 
Ainda por um mecanismo de mimetismo 
molecular, antígenos bacterianos podem 
ser “confundidos” com autoantígenos, 
causando reações cruzadas com tecidos 
do organismo. É o caso da febre 
reumática pós-estreptocócica (S. 
pyogenes). 
- Mecanismos de Escape 
Bacterias desenvolvem diversos 
mecanismos de escape das defesas do 
hospedeiro. 
Cápsulas são estruturas externas à 
parede celular, de constituição 
polissacarídea ou protéica, pouco 
imunogênicas. Bacterias encapsuladas 
sofrem menos reatividade do sistema 
imunológico. As cápsulas bacterianas das 
cepas mais prevalentes podem ser 
utilizadas para a síntese de vacinas, como 
ocorre na imunização para pneumonia 
pneumocócia (Streptococcus 
pneumoniae). Culturas mistas de bactérias 
encapsuladas com bactérias desprovidas 
de cápsula mostram uma conversão 
destas àquelas, provavelmente devido à 
troca de material genético entre as cepas. 
A cápsula define a virulência de muitas 
bactérias. Sem ela, normalmente não são 
patogênicas. 
Para escapar do ataque imunológico do 
hospedeiro, bactérias assumem várias 
estratégias: 
• Impedir a opsonização por 
anticorpos e/ou por complemento; 
• Inibir fusão do fagossomo com o 
lisossomo; 
• Escape do fagolisossomo para o 
citoplasma; 
• Resistir às enzimas lisossômicas e 
multiplicar-se no interior da célula 
(ex: Mycobacterium leprae). 
 
- Doenças causadas por bactérias 
- Piodermite em Gatos 
• As principais bactérias envolvidas 
são do gênero Staphylococcus 
spp., sendo o Staphylococcus 
pseudintermedius o principal 
agente 
• A piodermite é caracterizada como 
rara nos gatos, e uma das 
explicações, seria a menor 
capacidade do Staphylococcus 
spp. de se aderir aos 
queratinócitos felinos 
 
 
• A doença é normalmente 
secundária, sendo as principais 
causas de base: 
- Traumas 
Imunossupressão induzida por drogas ou 
doenças 
Alergias (DAPE, alergia alimentar ou 
síndrome atópica felina) 
Doenc ̧as autoimunes da pele 
 
Sinais clínicos mais frequentes: 
 
 
 
 
 
 
- Sinais clínicos 
Há uma variação muito grande dos locais 
onde as lesões podem aparecer com 
maior frequência e, na maioria dos casos, 
as lesões são disseminadas em mais de 
uma região. Nos gatos as lesões faciais 
são mais prevalentes. Dentre as lesões 
em face, as mais frequentemente 
observadas são as periauricular, 
periocular, perilabial, na ponte nasal, dorsal 
da cabeça e lateral da cabeça. 
 
- Diagnostico das causas primárias 
Como já citado, a piodermite é 
normalmente secundária. Dos gatos deste 
levantamento, 73% tiveram a 
confirmação de uma causa de base. 
Dentre esses, os diagnósticos da causa 
primária mais frequentes foram: 
• Síndrome atópica felina – 48% 
• Carcinoma de células escamosas in 
situ – 10% 
• DAPE – 8% 
• Alergia alimentar – 4% 
• Doenc ̧a autoimune – 3% 
 
- Tratamento 
Mesmo alguns gatos com piodermites 
primárias recebem antibioticoterapia 
sistêmica empírica, o que poderia ser 
considerado algo aceitável à época deste 
levantamento. Hoje, existe uma crescente 
preocupação com o uso indiscriminado 
de antibióticos sistêmicos, e os guidelines 
sugerem que a cultura e antibiograma 
seja realizada rotineiramente e que o 
tratamento sistêmico seja reservado para 
https://vetsmart-parsefiles.s3.amazonaws.com/e57e0bc97cc1eca66478cbd5099fa38d_richTextImg.jpg
https://vetsmart-parsefiles.s3.amazonaws.com/868cb42336a07cbcf160d4681a3c1107_richTextImg.jpg
 
 
casos mais complicados de piodermites 
superficiais, piodermites profundas ou 
recorrentes, dando-se preferência ao 
tratamento tópico sempre que possível. 
A clorexidina é uma biguanida que 
apresenta ações antisséptica e 
desinfetante. Atua sob espécies 
bacterianas Gram-positivas ou negativas, 
incluindo Staphylococcus spp. Outra 
característica é o espectro de ação 
contra leveduras e fungos, 
incluindo Malassezia pachydermatis e as 
espécies de dermatófitos. 
São ativas as concentrações de 2 a 4%, 
já exercendo a partir de 2% ações 
antibacteriana e antifúngica. De forma 
geral, a concentração mais empregada é 
a de 3% e, nessa concentração, é 
possível a utilizac ̧ão em felinos. O 
potencial de irritação da clorexidina é 
considerado baixo. 
É necessário utilizar-se da citologia e 
cultura e antibiograma para proceder 
com o diagnostico correto e, assim, 
propor o tratamento mais adequado, 
sempre que houver suspeita. 
 
- Otite Canina 
A otite pode se dar por vários motivos, 
entre eles: infecção por fungos, bactérias, 
ácaros, alergias e a presença de pólipos 
no conduto auditivo. 
Infelizmente, algumas raças são mais 
propícias a essa doença do que outras, 
principalmente aqueles cães que 
possuem as chamadas orelhas pendulares, 
ou seja, as que são caídas e por conta 
disso acabam abafando e criando umidade 
no ouvido. 
Nestes pets, é comum que eles 
desenvolvam uma otite canina grave. 
- Remédios utilizados no combate a Otite 
Gentamicina: 
O principal antibiótico usado para otite é a 
Gentamicina, presente na maioria dos 
remédios para essa mazela. 
Ela detém ação super rápida e é 
comumente recomendada para quadros 
mais graves, principalmente aqueles 
causados por bactérias gram-negativas. 
Serve tanto para infecção de ouvido 
quanto de pele. 
Neomicina: 
Esta é usada em situações onde a 
infecção é de curto prazo e foi causada 
por bactérias gram-negativas. E ela só é 
usada em curto prazo pois pode causar o 
rompimento da membrana do tímpano. 
Orbifloxacina: 
Este antibiótico é de uso restrito aos 
veterinários e está presente apenas no 
Posadex. 
Tobramicina: 
A Tobramicina pode ser usada tanto em 
infecção de ouvido, quanto de olhos. Ele 
elimina as bactérias gram-negativas. 
 
 
Também é utilizada em infecções de 
curto prazo, porém, não tem perigo de 
intoxicar o pet. 
Enrofloxacina: 
Atuando principalmente contra as 
bactérias gram-negativas, ele é liberado 
também em alguns tipos positivos. Não é 
recomendado para cães jovens pois pode 
afetar a cartilagem do animal. 
- Gengivite 
Gengivite é a inflamação da gengiva 
decorrente do acúmulo de placa 
bacteriana que produz toxinas que irritam 
a mucosa da gengiva. 
Um dos seus principais sintomas é a 
vermelhidão e o inchaço da gengiva, 
consequentemente sensível, podendo 
muitas vezes sangrar e também o mau 
hálito. 
O pet pode ter também dificuldade de se 
alimentar devido à dor causadas pela 
inflamação. 
A boa notícia é que a gengivite tem 
tratamento, mas se não receber o 
cuidado necessário, as bactérias podem 
se infiltrar para baixo da gengiva levando 
a retração gengival e perda do osso que 
segura os dentes. Neste caso, os dentescomeçam a ficar “moles” e podem “cair”. 
 
 
 
 
- Protozoários 
 
 
Tipos de protozoários 
 
Os protozoários são seres eucariontes, 
unicelulares e heterótrofos. Pertencem 
ao Reino Protista, junto com as algas que 
são organismos aquáticos que têm a 
capacidade de realizar fotossíntese. Elas 
podem ser micro ou 
macroscópicas, eucariontes ou 
procariontes. 
Os protozoários apresentam variadas 
formas corporais e ocupam ambientes 
úmidos ou o interior de outros 
organismos. 
Alguns são parasitas, causadores de 
doenças. Entre as doenças causadas por 
protozoários estão: amebíase, giardíase, 
malária e doença de chagas. 
- Características Gerais 
Os protozoários pertencem ao Reino 
Protista, juntamente com as algas. 
Por serem eucariontes, apresentam 
núcleo individualizado e sua única célula 
exerce todas as funções que 
normalmente há nos multicelulares: 
respiração, excreção e reprodução. 
https://www.todamateria.com.br/protozoarios/
https://www.todamateria.com.br/reino-protista/
 
 
Uma característica típica de suas células é 
a presença de vacúolos 
contráteis ou pulsáteis, com função de 
realizar regulação osmótica. 
Devido à diferença de concentração 
entre o citoplasma e o ambiente externo, 
há entrada constante de água por 
osmose. Assim, o vacúolo controla a 
quantidade de água, recolhendo e 
eliminando o excesso. 
- Alimentação 
Para a alimentação, os protozoários 
capturam o alimento 
por fagocitose, dando origem aos 
fagossomos, que se fundem aos 
lisossomos, formando os vacúolos 
digestivos. 
Após a digestão, dentro dos vacúolos, os 
restos são eliminados por clasmocitose. 
- Reprodução 
A reprodução pode ser de forma 
assexuada e sexuada. A reprodução 
assexuada é a mais comum. Ela ocorre 
por: 
• Divisão binária: a célula-mãe se 
divide e origina duas células-filhas; 
• Divisão múltipla: a célula faz muitas 
mitoses, forma muitos núcleos que 
se dividem em células pequenas. 
 
Enquanto isso, os paramécios realizam 
reprodução sexuada, através de um 
processo chamado conjugação.Esse 
processo ocorre quando dois indivíduos 
se unem e trocam material genético, 
dando origem a novos protozoários. 
Cada indivíduo realiza mitose e produz 
micronúcleos, que contêm o material 
genético. 
Um macho e uma fêmea ficam lado-a-
lado e fazem entre si uma ponte 
citoplasmática, através da qual trocam 
micronúcleos. 
Após a troca, eles se separam e dentro 
de cada um, os micronúcleos se 
multiplicam. Em seguida, acontece a fusão 
dos micronúcleos originais com os 
recebidos do parceiro. 
 
Conjugação entre paramécios 
 
- Classificação 
 
A principal classificação é baseada 
no modo de locomoção, dando origem 
aos variados tipos de protozoários. 
Eles são divididos em: sarcodíneos, 
ciliados, flagelados e esporozoários. 
- Sarcodíneos ou Rizópodos 
São os protozoários que usam 
prolongamentos do citoplasma, 
chamados pseudópodes (falsos pés), para 
locomoção. Eles fazem parte do 
filo Rhizopoda. 
 
 
 
https://www.todamateria.com.br/reproducao/
 
 
- Amebas 
 
Os representantes mais comuns dos 
sarcodíneos são as amebas, sendo em 
sua maioria de vida livre e habitando água 
doce. 
Entretanto, existem espécies comensais 
que vivem dentro do corpo humano sem 
causar prejuízos. 
São exemplos a Entamoeba coli que 
habita o intestino grosso e a Entamoeba 
gengivalis que vive na boca. E também 
existem as parasitas, como a Entamoeba 
histolytica que vive no intestino grosso do 
ser humano e provoca a amebíase. 
 
Estrutura da ameba 
 
Os pseudópodes das amebas também 
são usados para a alimentação. Elas se 
aproximam do alimento, usam os 
pseudópodes para englobá-lo, depois ele 
é internalizado e fica envolto por um 
pedaço da membrana celular, formando 
uma bolsa chamada fagossomo. 
No citoplasma, o fagossomo se une ao 
lisossomo, que contém enzimas digestivas 
e são formados os vacúolos digestivos, 
no interior dos quais ocorre a digestão. 
Em seguida, os restos da digestão são 
eliminados por clasmocitose. 
 
Representação da fagocitose realizada pela 
ameba 
 
- Foraminíferos 
 
Os foraminíferos são protozoários do 
filo Foraminifera, que também 
locomovem-se por pseudópodes. 
Eles possuem uma carapaça externa de 
carbonato de cálcio, com perfurações 
pelas quais se projetam finos e delicados 
pseudópodes. 
- Heliozoários e Radiolários 
Os heliozoários e radiolários são 
protozoários do filo Actinopoda. Eles 
possuem pseudópodes afilados que se 
projetam como raios em volta da célula. 
Todos os radiolários são marinhos. 
Enquanto os heliozoários são marinhos ou 
de água doce. Em comum, apresentam 
um "esqueleto" interno de sílica que torna 
sua forma bem definida. 
https://www.todamateria.com.br/amebiase/
 
 
 
Foraminíferos, heliozoários e radiolários 
 
- Ciliados 
 
Os protozoários ciliados pertencem ao 
filo Ciliophora e se locomovem por meio 
de filamentos curtos e numerosos, 
os cílios. 
 
A maioria desses organismos tem vida 
livre. Um caso interessante é a Vorticella, 
um ciliado séssil em formato de sino 
invertido com uma haste para se fixar a 
um substrato. 
 
Vorticella de água doce. Aumento de 400x 
 
Outro exemplo de ciliado é o Paramecium. 
Os paramécios são dióicos, ou seja, 
possuem sexos separados e se 
reproduzem de forma sexuada através 
da conjugação. 
Cada paramécio se divide duas vezes 
originando um total de 8 novos indivíduos. 
- Flagelados ou Mastigóforos 
Os protozoários flagelados pertencem ao 
filo Zoomastigophora. Eles se 
movimentam através de flagelos em 
forma de chicote. 
Alguns flagelados são sésseis e usam o 
flagelo para capturar moléculas de 
alimento. 
Eles podem viver sozinhos ou associados 
formando colônias. Algumas espécies são 
parasitas, como: 
• Trichomonas vaginalis que se aloja 
na mucosa vaginal provocando 
doenças na genitália feminina; 
• Trypanosoma cruzi que causa a 
doença de Chagas; 
• Trypanosoma brucei que causa a 
doença do sono. 
 
- Esporozoários 
 
Os protozoários esporozoários 
pertencem ao filo Apicomplexa, eles não 
possuem estrutura locomotora. 
São exclusivamente espécies parasitas de 
seres humanos e de animais vertebrados 
e invertebrados. 
A reprodução ocorre através da 
alternância de gerações sexuada e 
assexuada e produção de esporos. Isso 
faz com que muitos esporozoários 
tenham ciclos de vida mais complexos. 
Um dos exemplos mais conhecidos desse 
grupo são os plasmódios causadores da 
https://www.todamateria.com.br/trypanosoma-cruzi/
 
 
malária. Eles passam por algumas fases 
dentro do corpo, sendo uma delas 
chamados de merozoítos, quando se 
multiplicam dentro dos glóbulos 
vermelhos, que se rompem liberando 
parasitos infectando novas células. 
 
Célula sanguínea infectada liberando merozoítos 
 
- Doenças causadas por protozoários 
 
- Toxoplasmose 
Toxoplasmose é uma doença causada 
pelo protozoário Toxoplasma gondii (ou 
doença do gato). 
Toxoplasma gondii infecta alguns 
animais. Estes após contato com humanos, 
transmitem o patógeno, e por 
consequência cria cistos no organismo 
que podem se espalhar para qualquer 
parte do corpo, como o cérebro e o 
coração. Essa contaminação pode 
ocorrer devido contato direto com fezes 
de gato, água contaminada, frutas mal 
lavadas, dentre outros. 
- Leshimaniose 
Leishmaniose é uma doença causada por 
um protozoário e é uma antropozoonose. 
O protozoário invade o organismo por 
meio da picada do mosquito-palha 
infectado. O protozoário sobrevive ao 
mecanismo da célula de tentar destruir o 
parasita. A partir disso, ele induz as células 
a se autodestruírem. 
- Doença de Chagas 
A Doença de Chagas é uma doença 
causada pelo Trypanosoma cruzi, 
chamado de “barbeiros” no Brasil. 
O Trypanosoma invade o organismo a 
partir de uma picada realizada pelo 
barbeiro. Estes ao retirarem 
sangue depositam o protozoário. Essa 
deposição ocorre pelo contato das fezes 
do barbeiro que ficam armazenadas ao 
redor das feridas. Ao coçar o ferimento o 
indivíduo facilita a entrada do protozoário 
nosistema. 
 
- Fungos 
 
 
Os fungos são seres macroscópicos ou 
microscópicos, unicelulares ou 
pluricelulares, eucariotas (com um núcleo 
celular), heterótrofos. 
 
Na biologia, eles fazem parte 
do Reino Fungi, dividido em cinco Filos: 
quitridiomicetos, ascomicetos, 
 
 
basidiomicetos, zigomicetos e os 
deuteromicetos. 
 
Especialistas afirmam que cerca de 1,5 
milhão de espécies de fungos habitam o 
planeta Terra, como os cogumelos, as 
leveduras, os bolores, os mofos, sendo 
utilizados para diversos fins: culinária, 
medicina, produtos domésticos. 
Por outro lado, muitos fungos são 
considerados parasitas e transmitem 
doenças aos animais e as plantas. 
- Habitat dos Fungos 
Os fungos possuem diversos tipos de 
habitat visto que são encontrados no solo, 
na água, nos vegetais, nos animais, no 
homem e nos detritos em geral. 
- Reprodução dos Fungos 
Os fungos podem se reproduzir de 
maneira sexuada ou assexuada, sendo o 
vento considerado um importante 
condutor que espalha os propágulos e 
fragmentos de hifa, favorecendo, assim, a 
reprodução e a proliferação dos fungos. 
 
- Reprodução Assexuada 
 
Nesse tipo de reprodução não há fusão 
dos núcleos e através de mitoses 
sucessivas, a fragmentação do micélio 
originará novos organismos. 
Além do processo de fragmentação, a 
reprodução assexuada dos fungos pode 
ocorrer por meio do brotamento e 
da esporulação. 
 
- Reprodução Sexuada 
 
Esse tipo de reprodução ocorre entre 
dois esporos divididos, em três fases: 
1. Plasmogamia: Fusão de 
protoplasma; 
2. Cariogamia: Fusão de dois núcleos 
haploides (n) para formar um 
núcleo diploide (2n); 
3. Meiose: Núcleo diploide se reduz 
formando dois núcleos haplóides. 
 
- Alimentação dos Fungos 
 
Diferentemente das plantas, os 
organismos do Reino Fungi não possuem 
clorofila, nem celulose e, com isso, não 
sintetizam seu próprio alimento. 
 
Eles liberam uma enzima chamada 
de exoenzima, que os auxiliam na 
digestão dos alimentos. 
De acordo com o tipo de alimentação, os 
fungos são classificados em: 
• Fungos Saprófagos: Obtêm 
alimentos decompondo organismos 
mortos; 
• Fungos Parasitas: Alimentam-se de 
substâncias de organismos vivos; 
• Fungos Predadores: Alimentam-se 
de pequenos animais que 
capturam. 
 
- Fatores de virulência fúngica 
 
- Dimorfismo → Alteração de antígenos 
da superfície, alteração fenotípica 
https://www.todamateria.com.br/reproducao/
https://www.todamateria.com.br/esporos/
 
 
Depende de alterações da temperatura 
e/ou ambiente 
Fungos dimórficos são mais patogênicos 
- Dimorfismo clássico (estímulo: 
temperatura) -> Termofimorfismo 
No dimorfismo clássico o estímulo 
principal é a temperatura, mas um 
aumento de nutrientes também é 
estímulo. Além disso, é um processo 
reversível, ou seja, o fungo é capaz de 
retornar à sua forma normal. 
O fungo ganha termotolerância a partir 
do dimorfismo (capacidade de sobreviver 
e replicar a 37°C) 
Acredita-se que mesmo pequenas 
diferenças na tolerância à temperatura 
podem influenciar potencial patogênico de 
um fungo assim como a forma da 
doença apresentada pelo hospedeiro 
Isolados de S. Schenckii de lesões 
sistêmicas podem crescer a 35º c e a 
37ºc, mas isolados da forma cutânea fixa 
crescem somente a 35ºc. cepas mais 
virulentas são capazes de suportar 
mudanças drásticas de temperatura e se 
transformam rapidamente em leveduras 
 
- Fator de virulência dos fungos → 
PAMPs 
3 principais componente da parede 
celular fúngica (PAMPs): β glicanos 
(polímeros de glicose); Quitina (polímero 
de N-acetilglicosamina); Mananas: cadeias 
de centenas de moléculas de manose 
ligadas a proteínas fúngicas. 
Alterações de moléculas (Ag) de 
superfície: na parede celular há beta-
glucanos (principal PAMP dos fungos). 
Após morfogênese, vira alfa1, 3-glucana, 
diminuindo a resposta imune protetora 
(inibição do reconhecimento por dectina 1) 
- Paracocidioides brasiliensis: 
Interação com Receptores Hormonais e 
Hormônios. 
Mais infecção em homens do que em 
mulheres. 
Fungos têm receptores parecidos com o 
receptor para 17-beta-estradiol. 
Estradiol se liga ao fungo, impedindo o 
dimorfismo (mulheres produzem mais 
estradiol, portanto a ocorrência é menor). 
 
- Dimorfismo invertido 
Não depende de temperatura. 
Ex: Candida albicans. 
Leveduras - filamentosos 
O dimorfismo ocorre por proliferação 
excessiva do fungo ou lesão da mucosa, 
baixa resposta imune (ou seja, fatores 
pré-disponentes). 
Hifas podem invadir a submucosa, atingir 
a corrente sanguínea e gerar infecções 
sistêmicas. 
 
 
Ocorre expressão de moléculas (adesinas 
e proteases) nas hifas. 
Fêmeas são mais suscetíveis - leveduras 
têm receptores para 17-beta estradiol - 
estimula o dimorfismo 
Adesinas permitem que a candida seja 
capaz de formar biofilme – 
ADESÃO E COLONIZAÇÃO -> 
ATENÇÃO: cateter (A capacidade de C. 
albicans de reconhecer e ligar-se às 
células hospedeiras ou materiais 
implantados no corpo é requerido para 
virulência). 
 
- Biofilme 
Evasão do sistema imune. 
Resistência a antifúngicos. 
Formação é dependente das condições 
ambientais 
 
- Componentes da parede celular 
Quitina. 
Melanina (fungos demáceos). 
Evasão do SI (principalmente dos 
mecanismos dos fagócitos) 
- Quitina 
Síntese depende de família de enzimas 
(chitin synthase-CHS) - Maior expressão 
dessas enzimas em condições de stress: 
enzimas líticas, antifúngicos ou agentes 
oxidantes dos fagolisossomas.. 
Grandes fragmentos de quitina não 
geram resposta imunológica. 
Fungos aumentam a produção de quitina 
quando expostos a antifúngicos 
- Melanina 
Formada a partir da polimerização de 
compostos fenólicos e indólicos 
MELANIZAÇÃO: deposição deste 
complexo polimérico na superfície celular 
Proteção contra o calor, UV , radiação 
solar, metais pesados, altas temperaturas 
e enzimas hidrolíticas - no meio ambiente. 
Protege contra o RI 
Inativa ROS (ex: H2O2, que é altamente 
microbicida). 
Inibite o TNF-alfa (que tem potencial para 
ativar macrófagos) - Impede ativação de 
MO4. 
 
- Cápsula 
Característica distinta de Cryptococcus 
neoformans 
Dois principais componentes 
polissacarídicos: GXM - 
glucuronoxilomanana (polímero linear de 
manose com ramificações de xilose e 
ácido glucurônico) e GalXM – galactana α 
1-6, com ramificações de β(1-3) galactose - 
α(1-4) manose – α(1-3) manose. Outras 
ramificações de β(1-3) ou β(1-2) xilose. 
 
 
Propriedades antifagocíticas (repulsão 
eletrostática). 
Ativa a via alternativa do complemento 
(deposição de fragmentos C3 e 
reconhecimento por receptores C3 nos 
leucócitos, porém como a liberação de 
cápsula para o meio é alta, pode ocorrer 
uma depleção dessas opsoninas). 
Em pacientes com criptococose 
disseminada, os antígenos fúngicos (GXM) 
inibem a migração de polimorfonucleares 
ao sítio de infecção (permitem a 
liberação de L-selectina nos neutrófilos, 
molécula importante para a adesão ao 
endotélio e posterior migração ao sítio de 
infecção. 
Polissacaridios Capsulares Ativam Morte 
Celular: APC pode levar a célula à 
apoptose ou mata linfócito T, pois os 
polissacarídeos da cápsula induzem 
expressão de Fas e Fasl-L (Faz ligante) 
na APC e expressão de Fas no linfócito 
T. 
Obs: Fas+FasL = ativação da cascata das 
caspases – apoptose 
 
- Micotoxinas 
Substâncias tóxicas produzidas por 
fungos. 
Exógenas: doença: Micotoxicose 
(ingestão apenas da micotoxina). 
Endógenas: doença: Micetismo (ingestão 
do fungo que produz a micotoxina) 
- Toxicidade: 
Aguda: resultando em danos aos rins ou 
fígado. 
Crônica: resultando em câncer de fígado. 
Mutagênica: causando danos ao DNA. 
Teratogênica: causando câncer em 
crianças por nascer 
- Prejuízos à pecuária, principalmente à 
suinocultura e à avicultura: 
Restringe a exportação 
Morte do animal – intoxicações agudas 
Redução da velocidade de crescimento e 
da eficiênciaalimentar : Redução do 
metabolismo proteico e pela absorção de 
gordura 
Diminuição da postura/leite/carne 
:Interferência sistemas enzimáticos 
(amilase pancreática, tripsina, lipase, 
RNAse, DNAse) 
- Interferência na digestão do amido, 
proteínas, lipídeos e ácidos nucleicos 
Aumento da suscetibilidade às doenças 
infecciosas e parasitárias: C´’, Igs, 
atividades fagocíticas e linfocíticas. 
Problemas reprodutivos – Interação com 
receptores hormonais/esteroides = 
anestros/abortos/mal formação fetal 
- Alimento/rações: um ingrediente 
previamente contaminado por um fungo 
toxigênico, e mesmo que este seja 
 
 
eliminado no processamento, as 
micotoxinas permanecem. 
- Leucoencefalomalácia equina: a 
leucoencefalomalácia é uma intoxicação 
que acomete o sistema nervoso central 
dos equinos, gerando manifestações 
clínicas como andar em círculos, 
incapacidade de deglutir, cegueira 
aparente, apoio da cabeça contra objetos, 
quedas e convulsões tônico-clônicas. 
A intoxicação pela fumonisina provoca o 
quadro neurológico, toxina esta 
produzidapelo Fusarium moniliforme, 
podendo também ser produzida pelo 
Fusarium verticillioides. Muitas vezes o 
animal acometido vai a óbito e, quando 
sobrevive, as lesões são permanentes. 
Esse fungo cresce e produz sua toxina 
principalmente em milho e outros cereais, 
sendo raro na forragem 
.- Ergotismo: 
Alcalóides: propriedades vasoconstritoras 
e sobre neurotransmissão 
Claviceps purpúrea e Claviceps 
fusiformes. 
Ergotismo Convulsivo: mania e 
alucinações, depressão e confusão 
mental, hipertensão, bradicardia, 
vasoespasmos (com perda de consciência 
e cefaléia). 
Ergotismo Gangrenoso: dor intensa 
(queimação), cianose periférica (mãos e 
pés ) podendo ainda levar ao coma e 
morte. Amputações espontâneas 
- Alcalóides de Ergot 
Causam o Ergotismo 
“Esporão do centeio”, “ergot”, formado 
em gramíneas pelo Claviceps spp 
Sensação frio ou calor intenso, dor 
muscular na panturrilha, convulsões 
severas e gangrena. 
Micetismo faloidiano 
Falotoxinas e amanitinas 
Falotoxinas: Inibem a polimerização de 
actina e induzem necrose de membranas 
Amanitinas: Inibe síntese de ptns 
50 a 90 % dos envenenamentos graves 
ou mortais. 
Latência de 6 a 48 horas. 
Distúrbios gastrintestinais, alterações 
hepáticas, alucinações e morte. 
Fase coleriforme: 24 horas após ingestão: 
cefaleia, vômitos ,diarreia, convulsões. 
Fase hepática: 2-16 dias após: Ictericia, 
hematuria, transtornos consciência, euforia 
, paralisias e morte 
- Micetismo cerebral 
Ácido ibotêmico (mucimol) → Muscarina 
- Amanita muscaria 
Muscarina – estrutura semelhante a 
aceticolinam - receptores muscarínicos 
Causa alterações no sistema nervoso, 
como: alteração da percepção da 
realidade, alucinações, crises de euforia ou 
 
 
depressão intensa, espasmos musculares, 
transpiração, salivação, lacrimejamento, 
tontura e vômitos 
- Psilocybe cubensis - Psilocibina/Psilocina 
Estrutura molecular: análogo a serotonina. 
Vomito, alucinações 
Estudos : Uso X TOC, enxaqueca... 
 
- Esporidesmina: Hepatotóxica 
Eczema facial de carneiros e úbere da 
vaca. 
Disfunção hepática: obliteração dos 
ductos biliares → bile não é eliminada no 
intestino. 
Clorofila - até filoeritrina junto com a bile - 
cai na circulação. 
Fotossensibilização: produtos causam 
bolhas na pele. 
 
 
- Doenças relacionadas aos Fungos 
 
- Candidíase 
 
A candidíase é uma doença causada por 
leveduras (fungo unicelular) do 
gênero Candida spp, que pode atingir 
diversos sistemas do animal, 
principalmente o tegumentar (pele). Os 
quadros infecciosos podem ser 
ocasionados por várias espécies, como: 
a C. albicans, a C. tropicalise a C. 
parapsilosis, sendo a primeira a principal 
delas. 
Essas leveduras habitam a pele, a mucosa 
oral, genital, respiratória, o meato acústico 
externo (estrutura auditiva) e o sistema 
digestivo. São consideradas integrantes da 
microbiota dos mamíferos e normalmente 
não provocam danos à saúde dos 
hospedeiros, a não ser que ocorra um 
desequilíbrio imunológico ou lesões nas 
barreiras anatômicas de proteção dos 
animais. 
Dessa forma, essas leveduras podem ser 
consideradas oportunistas, uma vez que 
causam malefícios apenas em situações 
específicas. 
- Patogenicidade 
Como dissemos acima, a infecção 
começa a partir da imunossupressão, que 
favorece o crescimento desordenado das 
leveduras, tornando-as patogênicas. Nesse 
caso, a imunossupressão pode estar 
associada a diversos fatores, como: idade, 
estresse, presença de doenças 
imunomediadas, desordens neoplásicas e 
uso prolongado de corticosteroides, de 
antibióticos ou de citostáticos (fármacos 
que inibem a reprodução ou o 
crescimento de células indesejadas). 
- Sinais clínicos 
A candidíase afeta as mucosas, as 
junções mucocutâneas e diferentes 
partes da pele, como a pele abdominal, a 
pele do saco escrotal, o períneo, as 
dobras ungueais (estrutura das unhas), 
narinas, orelhas, planos nasais e dobras 
cutâneas (espaços interdigitais). 
 
 
Em casos mais graves, as leveduras 
desse gênero podem atingir o trato 
urinário, o sistema gastrintestinal e o 
sistema reprodutor. No entanto, as 
infecções nesses sistemas são raras. 
Dessa forma, os sinais dermatológicos 
mais frequentes são: erosões úmidas e 
eritematosas (vermelhas), com contorno 
irregular e levemente edemaciadas, 
vesículas, crostas, úlceras, pápulas, 
pústulas e lesões alopécicas 
(caracterizadas por possuir pouca ou 
nenhuma pelagem em determinada área). 
Em casos de otite podemos observar a 
presença de inflamação, dor, 
descamação, coceira e edema. 
- Diagnóstico 
O diagnóstico é feito por meio do exame 
físico (análise dos sinais clínicos) e de 
exames laboratoriais. Esfregaços direto 
das lesões são necessários para 
confecção de lâminas para análise 
microscópica. Para confirmação do agente 
etiológico é necessário o isolamento em 
cultura. 
- Criptococose 
A Criptococose é uma enfermidade 
infecciosa sistêmica causada pelo 
fungo Cryptococcus neoformans, que 
está presente no solo e nos dejetos de 
aves contaminadas. 
Essa espécie de levedura é considerada 
oportunista por causar infecções apenas 
em seres que estão imunossuprimidos. 
Normalmente acomete mamíferos 
domésticos, como os cães e gatos e é 
vista com maior frequência em regiões 
geográficas de clima quente e úmido. 
No caso dos gatos, que são os animais 
mais acometidos, a queda da imunidade 
está frequentemente relacionada ao uso 
exagerado de medicamentos 
(corticosteroides) e a doenças infecciosas, 
a exemplo da FeLV e do linfossarcoma. 
- Transmissão 
A transmissão dessa levedura acontece 
por meio da inalação dos esporos 
presentes no ambiente. Quando inalados, 
causam a chamada infecção primária, que 
afeta as narinas e os pulmões. Em 
seguida, ocorre a disseminação sistêmica 
por via hematógena ou linfática, chegando 
em outros sistemas do organismo, como 
o tegumentar e o nervoso. 
- Sinais clínicos 
Os sinais clínicos mais comuns são: 
presença de pápulas, pústulas, vesículas, 
úlceras e nódulos. Na maioria dos casos, 
as lesões estão localizadas na cabeça 
(narina, lábios, língua, palato, gengiva) e 
nas regiões próximas ao pescoço. 
- Diagnóstico 
A Criptococose é uma das micoses mais 
fáceis de ser diagnosticada pelo fato de 
possuir muitos elementos fúngicos nas 
lesões. O diagnóstico consiste no exame 
físico e na identificação das leveduras por 
meio do esfregaço e da análise em 
microscópio com auxílio da tinta nanquim. 
Posteriormente os microrganismos 
também podem ser cultivados em ágar 
de Sabouraud a 25°C – 35°C para a 
confirmação da doença. 
 
 
 
- Dermatofitose 
A Dermatofitose é uma das enfermidades 
cutâneas mais importantes na clínica 
veterinária de pequenos animais por ser 
muito contagiosa e por ser considerada 
uma zoonose (transmitida do animal para 
o homem e do homem para o animal) de 
difícil tratamento. 
A doença é causadapor um grupo de 
fungos queratinofílicos (que se nutrem 
através da ingestão de queratina) 
denominados de dermatófito. Esses 
tornam-se potencialmente patogênicos 
apenas em circunstâncias de 
imunodepressão. 
- Transmissão 
A transmissão acontece através do 
contato direto com os esporos dos 
fungos. Estes microrganismos podem 
estar presentes nos animais (pelos), no 
ambiente e em fômites, como em 
escovas, pentes ou camas. É importante 
destacar que os dermatófitos são 
bastante resistentes ao ambiente e que 
alguns animais assintomáticos também 
poder ser uma fonte de infecção. 
- Sinais clínicos 
Os sinais clínicos da Dermatofitose variam 
de acordo com cada animal, mas na 
maioria dos casos o prurido (coceira) é 
moderado ou ausente. Na pele é possível 
notar a presença de crostas, escamas e 
alopecia circular (queda de pelo em 
regiões focais) expansiva e descamativa, 
unhas fragmentadas e pelos partidos. 
As lesões normalmente estão localizadas 
nas extremidades e na região da cabeça. 
Ocasionalmente os gatos apresentam 
uma dermatite com numerosas crostas 
de pequenas dimensões e otite 
ceruminosa. 
- Diagnóstico 
Um dos possíveis métodos de diagnóstico 
é o exame microscópico das estruturas 
queratinizadas, que mostram as hifas dos 
fungos. Para tal finalidade, pelos partidos, 
escamas de lesões ativas e fragmentos 
de unhas devem ser examinados em óleo 
mineral. Se for preciso confirmar o 
diagnóstico, é indicado fazer uma cultura 
fúngica através do Meio de Teste de 
Dermatófitos (DTM). 
 
- Malasseziose 
A Malassezia spp. é um fungo que habita 
a pele de cães e gatos. Quando se 
proliferam em excesso no sistema 
tegumentar ou no canal externo do 
ouvido, podem agir como patógenos, 
causando inflamação dos tecidos. Existem 
diversas espécies desse gênero, e a M. 
Pachydermatis é encontrada com grande 
frequência nos exames clínicos. 
 
- Patogenia 
A malasseziose é o termo utilizado para 
caracterizar as dermatites causadas pelo 
aumento populacional da Malassezia spp. 
Esse aumento populacional normalmente 
está relacionado com algumas doenças 
primárias, como as endócrinas, 
imunológicas ou parasitárias, que afetam o 
 
 
sistema imune do animal e a pele do 
animal Dessa forma, podemos classificar a 
malasseziose como primária ou 
secundária. 
A malasseziose primária, menos 
frequente, acontece quando o animal não 
possui nenhuma alteração dermatológica, 
e após a proliferação do agente começa 
apresentar sintomas característicos da 
doença. 
Embora essas leveduras sejam 
consideradas oportunistas, elas também 
possuem capacidade de causar 
inflamações e reações de 
hipersensibilidade devido ao fato de 
produzir metabólitos nocivos e enzimas 
como as fosfolipases e proteinases. 
Já a malasseziose secundária, mais 
frequente, ocorre quando o animal possui 
alguma enfermidade na pele, que 
predispõe a proliferação da Malassezia 
spp com maior facilidade. Nesse caso, a 
dermatite é agravada por consequência 
da multiplicação exacerbada desses 
patógenos que alteram ainda mais as 
funções de proteção da barreira cutânea, 
causando o aumento das lesões já 
existentes. 
 
- Sinais Clínicos 
As lesões primárias de dermatite por 
Malassezia spp. são caracterizadas pela 
presença de prurido. Já as lesões 
secundárias apresentam eritema 
(vermelhidão da pele), alopecia (queda de 
pelos), escoriações, liqueinificação 
(alteração da espessura da pele, que fica 
mais espessa e rígida) 
e hiperpigmentação. 
Na maioria dos casos, as regiões mais 
acometidas são: ouvido, pescoço, axilar, 
intertriginosa (dobras) e espaços 
interdigitais. Quando esses microrganismos 
atingem a região do canal externo do 
ouvido podem causar a otite. Os sinais 
mais comuns são dor, produção 
excessiva de cerúmen e o ato de 
balançar a cabeça repetidamente. 
- Diagnóstico 
A maior dificuldade no diagnóstico dessa 
enfermidade é a quantificação, uma vez 
que a presença desse fungo na pele é 
comum quando não há excesso. 
Entretanto, técnicas como citologia (por 
meio de raspado cutâneo, suabes de 
algodão ou fita adesiva transparente), 
histologia e cultivo são as mais indicadas. 
 
- Tratamento 
Os tratamentos das quatro enfermidades 
citadas são bastante semelhantes. Em 
todos os casos é indicado uma terapia 
com medicamentos antifúngicos 
sistêmicos e/ou tópicos, higienização das 
áreas afetadas, utilização de elizabetano 
(colar) para reduzir as lambidas e as 
mordeduras nas feridas, banhos 
terapêuticos e se necessário, o uso de 
antibióticos em caso de infecções 
secundárias causadas por bactérias. No 
caso da Criptococose, pode ser 
necessário alguma excisão cirúrgica 
dependendo da situação. 
 
 
 
Áreas de estudo da microbiologia 
A microbiologia abrange uma área de 
estudo ampla, podendo ser fonte de 
diferentes pesquisas. 
Os campos de atuação que a 
microbiologia pode atuar são: 
• Microbiologia médica: tem como 
foco de estudo os microrganismos 
patogênicos. Sua atuação está 
diretamente ligada ao controle e 
prevenção de doenças, estando 
assim relacionada à imunologia. 
 
• Microbiologia farmacêutica: tem 
como objetivo o estudo dos 
microrganismos que podem 
contribuir com a produção de 
medicamentos, especialmente 
antibióticos. 
 
• Microbiologia ambiental: tem como 
foco de estudo as bactérias e 
fungos que atuam na 
decomposição de matéria orgânica 
e dos elementos químicos da 
natureza. Está relacionada aos 
ciclos biogeoquímicos. 
 
• Microbiologia de alimentos: tem 
como objetivo estudar os 
microrganismos envolvidos na 
indústria alimentícia, especialmente 
no controle da produção e 
industrialização dos alimentos. 
 
• Microbiologia microbiana: tem como 
foco os processos que envolvem 
manipulação genética e molecular 
dos microrganismos. 
 
Citologia 
A Citologia ou Biologia Celular é o ramo 
da Biologia que estuda as células. 
A citologia foca-se no estudo das células, 
abrangendo a sua estrutura e 
metabolismo. 
9Teoria Celular 
O estabelecimento da Teoria Celular foi 
possível graças ao desenvolvimento da 
microscopia. 
A Teoria Celular apresenta postulados 
importantes para o estudo da Citologia: 
• Todos os seres vivos são 
constituídos por células; 
• As atividades essenciais que 
caracterizam a vida ocorrem no 
interior das células; 
• Novas células se formam pela 
divisão de células preexistentes 
através da divisão celular; 
• A célula é a menor unidade da vida. 
. 
Tipos de Células 
As células podem ser divididas em dois 
tipos: as procariontes e eucariontes. 
- Procariontes 
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A principal característica da célula 
procarionte é a ausência de carioteca 
delimitando o núcleo celular. O núcleo da 
célula procarionte não é individualizado. 
As células procariontes são as mais 
primitivas e possuem estruturas celulares 
mais simples. Esse tipo celular pode ser 
encontrado nas bactérias. 
- Eucariontes 
As células eucariontes são mais 
complexas. Essas possuem carioteca 
individualizando o núcleo, além de vários 
tipos de organelas. 
Como exemplos de células eucariontes 
estão as células animais e as células 
vegetais. 
- Partes da Célula 
As células eucariontes apresentam partes 
morfológicas diferenciadas. As partes 
principais da célula são: membrana 
plasmática, citoplasma e núcleo celular. 
 
 
- Membrana Plasmática 
A membrana plasmática ou membrana 
celular é uma estrutura celular fina e 
porosa. Ela possui a função de proteger 
as estruturas celulares ao servir de 
envoltório para todas as células. 
A membrana plasmática atua como um 
filtro, permitindo a passagem de 
substâncias pequenas e impedindo ou 
dificultando a passagem de substâncias de 
grande porte. A essa condição damos o 
nome de Permeabilidade Seletiva. 
.- Citoplasma 
O citoplasma é a porção mais volumosa 
da célula, onde são encontradas as 
organelas celulares. 
O citoplasma das células eucariontes e 
procariontes é preenchido por uma 
matriz viscosa e semitransparente, o 
hialoplasma ou citosol.As organelas são pequenos órgãos da 
célula. Cada organela desempenha uma 
função diferente. 
: 
Mitocôndrias: Sua função é realizar 
a respiração celular, que produz a maior 
parte da energia utilizada nas funções 
celulares. 
 
Retículo Endoplasmático: Existem 2 tipos 
de retículo endoplasmático, o liso e o 
rugoso. 
 
O retículo endoplasmático liso é 
responsável pela produção de lipídios que 
irão compor as membranas celulares. 
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https://www.todamateria.com.br/celulas-eucariontes/
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https://www.todamateria.com.br/permeabilidade-seletiva/
 
 
 
O retículo endoplasmático rugoso tem 
como função realizar a síntese proteica. 
 
Complexo de Golgi: As principais funções 
do complexo de golgi são são modificar, 
armazenar e exportar proteínas 
sintetizadas no retículo endoplasmático 
rugoso. Ele também origina os lisossomos 
e os acrossomos dos espermatozoides. 
 
Lisossomos: São responsáveis 
pela digestão intracelular. Essas organelas 
atuam como sacos de enzimas digestivas, 
digerindo nutrientes e destruindo 
substâncias não desejadas. 
 
Ribossomos: A função dos ribossomos 
é auxiliar a síntese de proteínas nas 
células. 
 
Peroxissomos: A função dos 
peroxissomos é a oxidação de ácidos 
graxos para a síntese de colesterol e 
respiração celular. 
 
- Núcleo Celular 
 
O núcleo celular representa a região de 
comando das atividades celulares. 
No núcleo encontra-se o material 
genético do organismo, o DNA. É no 
núcleo que ocorre a divisão celular, um 
processo importante para o crescimento 
e reprodução das células.

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