Buscar

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 48 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 48 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 48 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

EDUCAÇÃO 
MULTICULTURAL 
 
Núcleo de Pós-Graduação 
 
 Multiculturalismo e 
 Educação 
 
 
 
 
 
 
 
Este material faz parte do guia de estudos dos Cursos de Pós-Graduação da 
Faculdade Campos Elíseos 
 
 
2 
A educação deve conduzir à “antropo-ética”, levando em conta o caráter ternário da 
condição humana, que é ser ao mesmo tempo indivíduos/sociedade/espécie. Nesse 
sentido, a ética indivíduo/espécie necessita do controle mútuo da sociedade pelo 
indivíduo e do indivíduo pela sociedade, ou seja, a democracia; a ética 
indivíduo/espécie convoca, ao século XXI, a cidadania terrestre. (Edgar Morin) 
 
 
1 – INTRODUÇÃO: 
 Esta apostila tem como objetivo proporcionar aos alunos um diálogo e 
compreensão sobre mídia, cultura e educação, bem como suas conexões. Teóricos 
clássicos com suas análises e conceitos serão abordados neste material. 
Num primeiro momento, proponho que pensemos acerca da importância da 
comunicação para a sociedade, suas contribuições e interconexões com a cultura e a 
educação para nossas vidas cotidianas. 
Veremos também como as tecnologias digitais, bem como as tecnologias da 
comunicação e informação (TICs) estão contidas na sociedade de controle com seus 
fluxos velozes. 
Para analisar questões mais atuais, pertinentes ao final do século XX e início do 
século XXI, como a educação a distância e a educomunicação trazem desafios para os 
educadores e alunos numa perspectiva crítica. Para tanto, discorremos sobre o papel da 
mídia na sociedade, das telecomunicações, das tecnologias de informação e 
comunicação, sobretudo da Internet. 
 
 
 
 
 
 
 
Este material faz parte do guia de estudos dos Cursos de Pós-Graduação da 
Faculdade Campos Elíseos 
 
 
3 
 
2 – A importância da Comunicação e sua influência sobre a vida social: 
 
E a comunicação? Será que o modo da nossa sociedade usar sua comunicação 
“social” responde às necessidades das pessoas reais? Os meios de comunicação 
ajudam na tomada de decisões importantes? Oferecem oportunidades de expressão a 
todos os setores da população? Fornecem ocasiões de diálogo e de encontro? 
Estimulam o crescimento da consciência crítica e da capacidade de participação? 
Questionam os regimes políticos e as estruturas sociais que não respondem aos anseios 
de liberdade, convívio, beleza, além de não satisfazer às necessidades básicas da 
população? (Juan E. Díaz Bordenave) 
 
 
 
 A comunicação é essencial para a ampliação das relações humanas e sociais, isto 
é, por meio dos símbolos mentais, da linguagem e de sua difusão no espaço e no tempo, 
conseguimos interagir socialmente uns com os outros. A comunicação compreende 
 
 
 
Este material faz parte do guia de estudos dos Cursos de Pós-Graduação da 
Faculdade Campos Elíseos 
 
 
4 
expressões faciais, atitudes e gestos, tonalidades de voz, palavras, publicações (jornais, 
revistas, propagandas), outrora as ferrovias, os telégrafos e telefones, agora a telefonia 
móvel, a digitalização, a informática, a Internet e todas as inovações, descobertas e 
meios de telecomunicações. 
Neste sentido, podemos afirmar que não existe sociedade, tão pouco cultura, sem 
comunicação, pois não há separação entre os meios de comunicação e o mundo exterior. 
Porque sem comunicação, a mente não amplia sua verdadeira natureza. 
Sinal de trânsito; ritual religioso; fotografia; sinfonia; poema; 
propaganda; marco de pedras; noticiário; sinal de mão; voz, mapa; 
filme. 
Todas essas são comunicações, produzidas e respondidas por seres 
humanos. Representam somente uma amostra pequena e casual de 
uma infinidade de objetos, sons, visões, que participam de 
praticamente toda transação com o meio ambiente. A atividade e a 
vida humana seriam impossíveis sem elas. Fearing (1971, p. 56). 
 
 Podemos observar que a comunicação é inerente ao comportamento humano, 
bem como é parte constitutiva da cultura. Não podemos “falar” de comunicação sem 
nos remetermos diretamente à cultura, sobretudo, não podemos esquecer a conexão 
entre comunicação e educação. Justamente porque o sistema de comunicação é um 
dispositivo, cujos aperfeiçoamentos exercem uma reação sobre o indivíduo, e, portanto, 
sobre a sociedade. 
 As transformações ocorridas desde o século XIX em decorrência da tiveram 
importância substancial na comunicação e na vida social, pois contribuíram para o 
entendimento de ideias e sentimentos; do domínio, duração e rapidez do tempo e 
espaço; e por último, da difusão e acesso à informação por todas as camadas sociais. 
 Tudo começou com os jornais, ao revolucionarem a comunicação e a sociedade 
por meio das novidades, interação de ideias, discursos, opiniões, editoriais, etc. Em 
 
 
 
Este material faz parte do guia de estudos dos Cursos de Pós-Graduação da 
Faculdade Campos Elíseos 
 
 
5 
seguida pela publicidade e propaganda, com seus mecanismos de dissuasão e 
persuasão
1
. 
 Os recursos da comunicação podem ser utilizados para estimular e satisfazer 
nosso interesse por vários aspectos das relações humanas e da vida social, incluindo o 
campo da educação, ao promover a difusão da informação e conhecimento, ampliar o 
pensamento e facilitar a interação social. 
Ainda que, para a maioria dos cidadãos dos países industrializados, a 
educação moderna seja algo trivial, demorou muito tempo para o 
aparecimento desse modelo de instrução de alunos em 
estabelecimentos especialmente construídos para o ensino. Durante 
séculos, a educação formal esteve disponível apenas para uma minoria 
que dispunha de tempo e de dinheiro para dedicar-se aos estudos. (...) 
O processo da industrialização e a expansão das cidades 
influenciaram, em muito o desenvolvimento do sistema educacional. 
Até as primeiras décadas do século XIX, a maioria da população não 
tinha acesso a nenhum tipo de educação escolar. Porém, com a rápida 
expansão da economia industrial, houve uma enorme demanda de 
ensino especializado capaz de formar uma mão de obra instruída e 
hábil.” (Giddens, 2005, 396) 
 
 Portanto, podemos constatar que foi por meio do incremento e do avanço da 
sociedade capitalista que a educação e a instrução tornaram-se importantes dentro da 
vida social. Neste sentido, existe uma correlação entre educação e industrialização, pois 
o próprio desenvolvimento do sistema educacional mudou a partir do século XIX, 
quando se têm o início do ensino especializado e de um sistema educacional 
universalizado, se opondo à educação doméstica-familiar. 
 
 
1
 Jean Baudrillard. Significação da Publicidade. In: Teoria da Cultura de Massa. Lima, Luiz Costa. Paz 
e Terra, Rio de Janeiro, 1990. 
 
 
 
Este material faz parte do guia de estudos dos Cursos de Pós-Graduação da 
Faculdade Campos Elíseos 
 
 
6 
 
 
3 - A Teoria Crítica da Escola de Frankfurt: Indústria Cultural e Cultura de 
Massa: 
 
Os interessados inclinam-se a dar uma explicação tecnológica da indústria cultural. O 
fato de que milhões de pessoas participam dessa indústria imporia métodos de 
reprodução que, por sua vez, tornam inevitável a disseminação de bens padronizados 
para a satisfação de necessidades iguais. O contraste técnico entre poucos centros de 
produção e uma recepção dispersa condicionaria a organização e o planejamento pela 
direção. Os padrões teriam resultado originariamente das necessidades dos 
consumidores: eis porque são aceitos sem resistência. De fato, o que explica é o círculo 
da manipulação e da necessidade retroativa, no qual a unidade do sistema se torna 
cada vez mais coesa. O que não se diz é que o terreno no qual a técnica conquista seu 
poder sobre a sociedade é o poder que os economicamente mais fortes exercem sobre a 
sociedade. A racionalidade técnica hoje é a racionalidade da própria dominação. 
(Theodor Adorno) 
 
 
 
 
Este material faz parte do guia deestudos dos Cursos de Pós-Graduação da 
Faculdade Campos Elíseos 
 
 
7 
 
A Escola de Frankfurt surgiu a partir do Instituto de Pesquisa Social da Universidade de 
Frankfurt, na Alemanha em 1924 e difundiu o conceito da teoria crítica. Seus 
fundadores trabalhavam em uma perspectiva do pensamento marxista, entre outras 
questões procurou abordar criticamente diversos aspectos contemporâneos das formas 
de comunicação e cultura, principalmente, a maneira pela qual a indústria cultural 
levaria a uma coesão social, e ainda, reforçaria as relações de poder estabelecidas no 
interior da sociedade no intuito de se assegurar uma ordem. Desta maneira, por meio do 
reforço, investiria num comportamento servil do indivíduo e sua passividade diante da 
realidade social. 
 Seus principais teóricos foram: Max Horkheimer, Theodor W. Adorno, Walter 
Benjamin, Herbert Marcuse, que contribuiram com uma teoria crítica da sociedade 
ocidental ao desenvolverem, por exemplo, os conceitos de “indústria cultural” e “cultura 
de massa”. 
O conceito de indústria cultural de Adorno e Horkheimer acabam por 
se opor ao termo cultura de massa. A indústria cultural, segundo os 
dois autores, equivale a qualquer indústria, organizada, planejada para 
atender o público, agora tratado como $ consumidor. Mais do que dá 
informações, segundo os dois filósofos, os meios de comunicação 
buscam o entretenimento dos indivíduos. A indústria cultura informa o 
consumidor de maneira homogênea, rápida e alienante o mundo em 
que se depara. Segundo Souza e Santos, os autores da Escola de 
Frankfurt para justificar sua tese, afirmam que o cinema e o rádio não 
precisam mais se apresentar como arte. Na verdade, para tais autores, 
estes bens culturais, quando são produzidos em série, são apenas um 
negócio. Para Adorno e Horkheimer os meios de comunicação de 
massa compreendem uma proposta de alienação, diversão ou mesmo a 
desorientação sem permitir a reflexão sobre as coisas. Os dois autores 
 
 
 
Este material faz parte do guia de estudos dos Cursos de Pós-Graduação da 
Faculdade Campos Elíseos 
 
 
8 
destacam que a indústria cultural tem um objetivo: chegar aos seus 
consumidores a partir da venda. Por essa razão, pode-se dizer que a 
indústria cultural vai buscar legitimar tudo isso a partir de uma 
ideologia que, é uma falsa consciência ou uma inversão da realidade. 
(Adrian, 2012, p. 2) 
 Segundo Giddens (2005), a Escola de Frankfurt produziu um estudo sistemático 
do que ela designava como “indústria cultural”, isto é, as indústrias de entretenimento 
vinculadas ao cinema, televisão, rádio, música popular, jornais e revistas. Sustentavam 
que a difusão da “indústria cultural” com seus produtos condescendentes e 
padronizados, debilita a capacidade dos indivíduos exercerem um pensamento crítico. 
Neste sentido, por exemplo, a arte se perde em detrimento da pasteurização e 
exarcebada comercialização, o que gera uma cultura de massa
2
. 
 Para Adorno (1978), o termo indústria cultural surgiu para substituir a 
designação de cultura de massa. Segundo ele, era preciso extingüir definitivamente a 
interpretação utilizada pelos “advogados das coisas”, que acreditavam que a cultura 
poderia surgir diretamente da própria massa, em detrimento da arte popular 
contemporânea. Todavia, para Adorno, a indústria cultural se distinguia essencialmente 
deste tipo de arte, mesmo porque, via a cultura de massa como sinônimo de alienação, 
manipulação e massificação. 
A indústria cultural impõe gostos e preferências às massas, modelando 
suas consciências ao introduzir o desejo de necessidades supérfluas. 
Ela é tão eficaz nessa tarefa que os indivíduos não percebem o que 
ocorre, impedindo, assim, a formação, de pessoas capazes de julgar e 
de decidir conscientemente. Fenômeno similar ocorre na música 
popular produzida pela indústria cultural. O processo de padronização 
torna as canções parecidas umas às outras e reprime qualquer tipo de 
desafio, autenticidade ou estimulo intelectual na música elaborada 
 
2
 Gabriel Cohn. Sociologia da Comunicação: teoria e ideologia. São Paulo: Pioneira, 1973. 
 
 
 
Este material faz parte do guia de estudos dos Cursos de Pós-Graduação da 
Faculdade Campos Elíseos 
 
 
9 
 
para venda. No processo de elaboração da indústria cultural segundo 
Adorno e Horkheimer, não existe a criatividade artística como se 
imagina, mas simplesmente a padronização de produtos e serviços 
para a venda e o consumo. (Adrian, 2012, p. 3) 
 De acordo com Gabriel Cohn (1973, p.17), “... o termo massa designa uma 
coletividade de grande extensão, heterogênea quanto à origem social e geográfica dos 
seus membros e desestruturada socialmente. Isto é, trata-se de um coletivo, contíguo ou 
à distância, de indivíduos indiferenciados quanto a normas de comportamento, valores e 
posições sociais, pelo menos naquilo que diz respeito a uma situação determinada.” 
Mais adiante em sua análise, Cohn problematiza a questão da massa como uma 
“categoria social” e suas responsabilidades advindas do surgimento de determinadas 
formas do próprio sistema social, ou mesmo, no contexto de uma cultura globalizada, 
ou seja, da sociedade de massas. 
 A sociedade de massas, é a sociedade do consumo, que se encontra diante da 
disponibilidade de produtos que podem ser desejados e consumidos. Mesmo que a 
massa não consiga consumir o que uma minoria abastada, qualificada e muitas vezes 
denominada elite possa possuir, ela anseia, deseja e cria mecanismos ou maneiras de 
progredir socialmente, para se divertir e para se entreter. Na sociedade de consumo, a 
massa é seduzida, é estimulada a obter necessidades de consumo que outrora não 
existiam. Entretanto, apesar de não consumir tudo aquilo que deseja, está determinada 
em atingir um futuro promissor e feliz, de acordo com o mercado e seus fluxos 
capitalistas que incidem, inclusive sobre a educação. 
 
 
 
 
 
Este material faz parte do guia de estudos dos Cursos de Pós-Graduação da 
Faculdade Campos Elíseos 
 
 
10 
4 – Os Teóricos Funcionalistas e suas contribuições acerca da sociedade e da 
comunicação: 
Numa sociedade em que a desconfiança recíproca encontra 
expressões populares tais como 'quanto ele vai ganhar por isso' 
(...) em que a defesa contra as desilusões traumáticas talvez 
consistam em estarmos permanentemente desenganados, reduzindo 
as expectativas sobre a integridade de outros, dando por descontados de antemão seus 
motivos e talentos. (Robert Merton) 
 
3
 
 Émile Durkheim contribuiu para a sistematização de uma corrente teórica 
denominada funcionalismo, da qual também é considerado componente. Os 
funcionalistas viam a sociedade como um mecanismo intrincado em que diferentes 
partes operariam conjuntamente para garantir a harmonia e estabilidade avaliada pela 
moral e o direito, só assim se alcançariam à coesão social, ou seja, a integração da 
sociedade. 
 
3
 Na primeira foto Robert Merton, em seguida, Talcott Parsons. 
 
 
 
Este material faz parte do guia de estudos dos Cursos de Pós-Graduação da 
Faculdade Campos Elíseos 
 
 
11 
O funcionalismo enfatiza a importância do ‘consenso moral’ para se 
manter a ordem e a estabilidade na sociedade. O consenso moral 
existe quando a maioria das pessoas na sociedade compartilha os 
mesmos valores. Os funcionalistas vêem a ordem e o equilíbrio como 
o estado normal da sociedade – esse equilíbrio social é baseado na 
existência de um consenso moral entre os membros da sociedade. 
(Giddens, 2005, p. 35) 
 
 Ao longo do século XX, a teoria funcionalista predominou a sociologia, 
principalmente nos Estados Unidos entre as décadas de 1930 e 1960, sob as figuras de 
inúmeros pensadores entre eles Talcott Parsons, Robert Merton e Paul Lazarsfeld, que 
foram diretamente influenciados por Durkheim.Para Durkheim, o indivíduo tem um papel importante na sociedade, deve 
cumprir e seguir à risca as normas e regras sociais pré-estabelecidas, a imposição de 
costumes em nome da coerção social. Isto geraria a harmonia da vida social e coletiva, 
no caso da individualidade e liberdade, estas devem ser coibidas e controladas, para 
tanto, a educação tem papel fundamental para o indivíduo internalizar, minimante as 
regras e normas, e ainda, ter noção de que, ao não cumprir o seu papel está passível de 
uma punição. 
 Influenciados por Durkheim, os funcionalistas enxergaram no século XX o 
imperativo de um controle sobre a sociedade. Entretanto, este controle não deveria 
utilizar-se de força física e violência, mas sim, tornar-se um “controle invisível”
4
, ou 
seja, o controle da opinião pública. Mesmo porque, o problema para os funcionalistas, 
está justamente imbricado à manutenção da ordem e coesão social em qualquer 
sociedade. Para tanto, é preciso não apenas a divisão do trabalho, mas inclusive, uma 
 
4
 Guga Dorea. Democracia Midiática: Controle e Fuga. PUC-SP, Doutorado, 2002. 
 
 
 
Este material faz parte do guia de estudos dos Cursos de Pós-Graduação da 
Faculdade Campos Elíseos 
 
 
12 
“integração funcional”
5
, um consenso acerca de valores sociais e morais, estabelecidos 
pela ordem social. 
 Neste sentido, a comunicação de massa, a “mídia de massa” deve avaliar o que 
pode ou não ser publicado e veiculado, pois ela não deve contrariar as instituições 
sociais, e sim, constituir vínculos com estas instituições – família, escola, polícia, igreja, 
partidos políticos, ONGs, etc. – visando uma integração social e cultural. 
 Como muito bem observou Merton e Lazarsfeld (1990, p. 113), a respeito da 
função dos “mass media” como contribuição das normas sociais: 
 
A publicidade elimina o hiato existente entre as ‘atitudes particulares’ 
e a ‘moralidade pública’. A publicidade exerce pressão para que haja 
uma moralidade única ao invés de uma moralidade dual, impedindo a 
contínua evasão do problema. Suscita a reafirmação pública (embora 
esporádica) e a aplicação da norma social. 
 
 A mídia de massa atua sobre interesses de grandes veículos de comunicação em 
torno do conformismo social, da manutenção de um sistema com dispositivos de 
controle sobre os indivíduos, que passivamente e docilmente aceita tudo o que é dito, 
lido ou ouvido. 
Diversas ramificações das ciências humanas e sociais se prontificaram a 
compreender os efeitos da mídia no comportamento humano e na vida social. 
 A sociedade da comunicação investe numa cultura de consumo vinculada à 
democracia que apregoa a liberdade, mas sob a insígnia de um controle invisível sobre a 
opinião pública. Um dos primeiros teóricos a tecer observações precisas foi Harold D. 
Lasswell, ao defender um modelo de comunicação: 
 
5
 Warren Breed. Comunicação de Massa e Integração Sociocultural. In: Comunicação e Indústria 
Cultural, Cohn, Gabriel (org.). 4ed. São Paulo: Cia. Editora Nacional, 1978. 
 
 
 
Este material faz parte do guia de estudos dos Cursos de Pós-Graduação da 
Faculdade Campos Elíseos 
 
 
13 
 Quem diz o que 
 Em que canal 
 Para quem 
 Com que efeito 
Estes questionamentos levaram o autor a discutir os efeitos gerados com o envio de 
determinadas mensagens, o que ele denominou de “efeito-sinal”. Ou seja, sua 
inquietação era justamente com a eficácia dos mecanismos de controle e persuasão 
produzidos pela propaganda e veículos de comunicação de massa. 
Então, o que está em jogo são as reações, nas mudanças do comportamento do 
receptor que recebe determinada mensagem, o que ele percebe e os efeitos causados no 
seu comportamento e modo de vida. 
 
5 - Estado Educador versus Estado Sedutor, a análise de Régis Debray: 
 
Nada engole nada. Não sejamos simplistas nem ingenuamente evolucionistas. 
As mídias feras sucedem-se entremeando- se. A imagem submete a escrita, mas 
não a faz, de modo algum, desaparecer. A oposição escrita/tela não é séria. Todo 
mundo sabe que a tela informática oferece textos em profusão. Além disso, não 
podemos esquecer o efeito “jogging” do progresso técnico. (Régis Debray) 
 
 
 
 
Este material faz parte do guia de estudos dos Cursos de Pós-Graduação da 
Faculdade Campos Elíseos 
 
 
14 
 
 Vivemos num período em que a democracia representativa vem cedendo espaço 
para a democracia midiática. E assim, encontramos a análise de Régis Debray sobre a 
mídia e a política a partir da “imagem” do Estado. 
 Sua analítica expõe o Estado Educador, que surgiu com a Revolução Francesa e 
o ideário republicano do direito a educação para o povo. A educação levaria a coesão 
social, pois era um dispositivo político do governo que deveria ser usado pelo governo 
democrático. 
 Entretanto, o Estado Sedutor, ou Estado Midiático se apóia nas sondagens e na 
opinião pública, que transformou o cidadão em consumidor, e num telespectador ávido 
pela realidade e verdade que são transmitidas pela televisão. Sendo que, a publicidade e 
o marketing procuram seduzir o cidadão para comercializar o governo. 
 
8.1 – O Estado Educador: 
 Ao analisar o atual papel do Estado e o comportamento “telecomandado” dos 
governantes diante dos veículos de comunicação de massa, o filósofo francês Debray, se 
reportou ao século das Luzes e à Revolução Francesa, na qual se originou o Estado 
Educador. 
 
 
 
Este material faz parte do guia de estudos dos Cursos de Pós-Graduação da 
Faculdade Campos Elíseos 
 
 
15 
 A partir do Renascimento a monarquia se empenhou em demonstrar a 
capacidade intelectual de seus governantes, não obstante em dado momento se aliou à 
burguesia para fundar os Estados-Nações, no qual a instituição da ordem social 
dependeria da atuação do monarca enquanto estadista, para a implementação do 
capitalismo. 
 Mas a capacidade de governo dos reis para programar uma ordem social estava 
atrelada à Igreja, pois cabia a ela a instrução do povo. Durante o período do 
Renascimento até a Revolução Francesa, os monarcas foram considerados 
representantes de Deus, no entanto, para se sustentarem diante dos súditos dependiam 
da ação da Igreja, para instruir, doutrinar e guiar o povo. 
 Não obstante, a República, regime da representatividade por excelência, vai se 
preocupar não apenas com a “instrução”, mas, sobretudo com a “educação” dos 
cidadãos, pois isto seria dever do Estado. 
 
Apoiada na Razão, a República encontrou legitimidade e consistência 
nas instituições eruditas (academias, institutos, conservatórios, 
colégios, museus). A revolução vê os sábios tomar o poder. Para o 
Rei, impor-se significava: mostrar-se. Para a República, demonstrar. 
Para ela, não é possível uma eucaristia visual: o corpo do republicano 
nunca será sacramental. O Rei de direito divino maravilha, 
unicamente, por sua presença física; o eleito do povo não tem essa 
faculdade. Deve convencer através de razões. (Debray, 1994, p. 77) 
 
 Segundo Debray (1994), o matemático e filósofo Condorcet
6
, concebeu a idéia 
de “instrução” simplesmente como uma “transmissão de conhecimento sem valor 
agregado”. Entretanto, o pastor Rabaut Saint-Étienne, acreditava que a “educação” 
 
6
 Segundo o autor, Condorcet criou o conceito de República e no período da Revolução Francesa 
defendeu a criação de instituições de instrução pública. 
 
 
 
Este material faz parte do guia de estudos dos Cursos de Pós-Graduação da 
Faculdade Campos Elíseos 
 
 
16 
elevava o espírito e introjetava nos indivíduos os valores morais. Neste sentido, a 
instrução estaria vinculada à formação do indivíduo, já a educação formaria uma 
coletividade. Daí a importância para os governos republicanos – principalmente na 
França do século XIX -, investiremem educação como um ampliador político capaz de 
unificar um povo e uma nação. 
 
O ensino confessional, que tinha levado a gostar da monarquia, só 
podia ser posto em concorrência por um ensino cívico que levaria a 
gostar da República e da Revolução. Portanto, os mestres-escola 
deviam ser não só transmissores do saber, mas ‘instrumentos de 
educação política’, ou ‘suboficiais da democracia’. Sua missão: onde 
estava Deus, colocar a Pátria. Só é possível combater uma fé com 
outra fé e não unicamente pela Razão. (Debray,1994, pp. 78-79) 
 
 Desta forma, o Estado Educador baliza o direito à igualdade e às doutrinas 
evangélicas. Sua finalidade é manter a ordem, tendo em vista que ele funda-se na 
persuasão para conquistar o consenso dos indivíduos e utiliza como mecanismo de 
controle a coerção física. Mesmo porque, atribui-se à educação a introjeção de valores e 
normas sociais, o indivíduo que não aderir à educação coletiva deve ser castigado e 
punido. 
Para Debray, o Estado Educador exprime uma vocação “progressista”, no 
entanto, o Estado Sedutor – Estado Midiático – têm uma vocação “conservadora”. Para 
ele, a educação é simplesmente um “mito da esquerda” e a comunicação é um “mito da 
direita”. 
 8.2 – O Estado Sedutor: 
 O Estado Midiático é o Estado Sedutor, aquele que depende da dinâmica da 
mídia para fomentar a opinião pública. Para Debray (1994), os dispositivos midiáticos 
 
 
 
Este material faz parte do guia de estudos dos Cursos de Pós-Graduação da 
Faculdade Campos Elíseos 
 
 
17 
são utilizados para disseminar seus poderes sobre os indivíduos midiatizados, que 
podem ser cidadãos plenos de seus direitos e deveres. Para ele, a mídia transformou o 
cidadão em consumidor e o Estado-Nação foi absorvido pelo mercado mundial. 
 No âmbito político, a mídia levou os partidos políticos a se adequarem à sua 
linguagem, especialmente porque tudo que é transmitido pela televisão é compreendido 
como real e verdadeiro. Para ele, vivemos a época da “videocracia”, na qual o objetivo 
da mídia é seduzir o cidadão por meio de acontecimentos midiáticos e não mais pelo 
distanciamento entre jornalismo e telespectador. 
 
Eis o desafio cívico do próximo século: será que a simbólica do 
Estado (isto é, seu âmago) irá sobreviver ou não ao reino do ‘visual’? 
A TV coloca em perigo o desdobramento dos Príncipes, no mais 
elevado grau das visibilidades sociais. O chefe de Estado sedutor tem 
um corpo a mais: o seu. Já não é possível olhar de través. 
Apresentações, performances, exibições – o que comprova sua 
presença, desvaloriza sua autoridade. A crença que liga seu destino à 
TV será cada vez menos crível, como a própria TV. Por se ter deixado 
escoar demasiado pela torneira das imagens, a autoridade se liquifica e 
a estátua do Comendador audiovisual acaba por se afogar em seus 
reflexos, paródias e escárnios em cascata. Na videocracia, a 
personalização (física)m tende a arruinar a personificação (moral). A 
transparência liquida a transcendência. (Debray,1994, p. 27) 
 Desta maneira, o Estado passou a ser forçado a produzir informações 
espetaculares para a mídia, isto a todo instante, dado a necessidade de incrementar a 
televisão com notícias diárias e sedutoras, pois deve-se estar sempre atento aos anseios 
do cidadão-consumidor-telespectador, para que o governo enquanto produto possa ser 
aceito por meio da publicidade e do marketing. 
 
 
 
Este material faz parte do guia de estudos dos Cursos de Pós-Graduação da 
Faculdade Campos Elíseos 
 
 
18 
 
 Neste sentido, há uma idealização da “performance” do homem público na 
mídia, que deve se assemelhar ao “anchorman” dos telejornais, distanciando-se cada vez 
mais dos propósitos políticos, sociais e econômicos da realidade da sociedade civil, 
causando um esvaziamento do debate político em relação à questões relevantes de 
primeira ordem. 
 
A substituição, nos primeiros camarotes, do homem de letras pelo 
homem da imagem refaz as silhuetas, tanto como as condutas. Muito 
mais severa do que a fotografia de antanho, a telegenia recomenda a 
apresentação de um rosto agradável e palavra fácil (eloqüente, 
gozadora, atrevida oportuna). Satisfaz-se com uma das duas facetas, 
mas somente a reunião desses atributos será consagrada. Ao novo 
homem moral corresponde um homem físico e o conjunto cria uma 
nova ‘raça’ de animais políticos: aberta, franca concreta, dinâmica, 
relacional, calorosa, simples, sorridente, que fala a verdade, etc. 
Estamos reconhecendo o ‘anchorman’ (ou woman), ideal tipo e 
concorrente do homem público. (Debray, 1994, p. 54) 
 Para o político, o mais importante é sua aparência jovial, que demonstre um 
vencedor. Na verdade, existe uma mistura de homem público com o mundo das 
“celebridades”, pois a todo momento ele deve ser visto e ocupar o seu espaço no mundo 
midiatizado. É a visibilidade da sua imagem que vai garantir sua aceitação diante do 
cidadão que se tornou um consumidor-telespectador. 
 No limiar do século XXI, nos encontramos diante da sociedade do espetáculo, na 
qual o Estado Sedutor (Midiático) seduz cada vez mais os cidadãos por meio das 
sondagens ao disseminar um “telestado” – ou como afirma Debray, um “Estado 
publicitário”, na qual o governo nada mais é do que um produto comercializado. 
 
 
 
Este material faz parte do guia de estudos dos Cursos de Pós-Graduação da 
Faculdade Campos Elíseos 
 
 
19 
 
9 - Jean Baudrillard: Publicidade e Hiper-Realidade: 
O resultado de um consumo rápido e maciço de ideias só pode ser redutor. Há um mal-
entendido em relação a meu pensamento. Citam meus conceitos de modo irracional. 
Hoje o pensamento é tratado de forma irresponsável. Tudo é efeito especial. (Jean 
Baudrillard) 
 
 
 
 Jean Baudrillard (1929 – 2007) foi um dos mais influentes teóricos 
contemporâneos que analisa o forte papel da mídia de massa na atualidade, 
principalmente o seu efeito impositivo de padronização banal sobre a realidade social. 
 No que diz respeito à publicidade, Baudrillard é enfático, ao dizer que sua 
função é informar as peculiaridades de determinado produto para promover sua venda. 
No entanto, ressalta que a publicidade não é apenas informação, mas também persuasão, 
o consumidor torna-se dirigido, manipulado, e até mesmo saturado de certas mensagens 
publicitárias. Porém, o que está em jogo não é necessariamente persuadir o consumidor 
a comprar determinado produto/marca, e sim, reforçar a ordem vigente da sociedade. 
Assim ele afirma: 
 
 
 
Este material faz parte do guia de estudos dos Cursos de Pós-Graduação da 
Faculdade Campos Elíseos 
 
 
20 
De fato, a publicidade não omite tão cuidadosamente os processos 
objetivos, a história social dos objetos senão para, através da instância 
social imaginária, melhor impor a ordem real de produção e de 
exploração. É aí que se precisa escutar, atrás da psicagogia 
publicitária, a demagogia e o discurso político, a tática deste discurso 
que, ainda neste plano, repousa sobre um desdobramento: o da 
realidade social em uma instância real e em uma imagem – a primeira 
se diluindo atrás da segunda, tornando-se ilegível e só dando vez a um 
esquema de absorção na ambiência maternal. (Baudrillard, 1990, p. 
276) 
 
 Neste sentido, observa que o papel da publicidade nada mais é que a coesão 
moral e política dos indivíduos na sociedade, pois estes aderem a um oportuno 
movimento de consumo, balizados pela instância social e suas normas. 
 Segundo Baudrillard, vivemos o advento da hiper-realidade, tendo em vista que 
não vivemos apenas uma realidade concreta e específica, mesmo porque, a mídia 
televisiva com suas transmissões “ao vivo”, ou seja, em tempo real, permite que os 
indivíduos de alguma forma assistam a imagens do mundo todo, tratando-se assim de 
um episódio mundial. 
 
Baudrillard sustenta que, em uma era na qual a mídia de massa está 
em toda a parte, na verdade, cria-se uma novarealidade – hiper-
realidade – composta pelo amalgamento do comportamento das 
pessoas com as imagens exibidas pela mídia.” (Giddens, 2005, p.375) 
 
 Neste sentido, o entendimento de Giddens (2005), sobre o mundo da hiper-
realidade são seus efeitos de “simulacros”, isto é, experiências de imagens que tem 
como sentido revelar outras imagens que conduzam a uma “realidade externa”. 
 
 
 
Este material faz parte do guia de estudos dos Cursos de Pós-Graduação da 
Faculdade Campos Elíseos 
 
 
21 
 
10 - As Tecnologias de Informação e Comunicação: 
De alguma maneira, eu nunca me interessei pela comunicação em si mesma, embora 
tenha tratado de temas adjacentes em livros como O Cinema e o homem imaginário, 
Cultura de massa no século XX e As Estrelas, isso pela simples razão que me parecia 
fundamental refletir sobre a cultura de massa, evidentemente uma cultura que só pôde 
desenvolver-se graças aos midia. Essencial não era constatar que a mídia permitia uma 
explosão da comunicação, mas que trazia consigo as condições de criação de uma 
nova arte e de uma nova indústria, como o cinema e a televisão. (Edgar Morin) 
 
 
Atualmente quando nos referimos às tecnologias de informação, nos remetemos 
diretamente à Internet, ou à telefonia móvel. Porque estas tecnologias representam nos 
dias de hoje um elemento dinamizado da mudança social, política, econômica e cultural 
das nossas sociedades. Entretanto, não podemos nos esquecer como as tecnologias de 
informação estão diretamente conectadas a outros veículos de comunicação, como 
rádio, cinema, jornais e televisão. 
 
 
 
 
Este material faz parte do guia de estudos dos Cursos de Pós-Graduação da 
Faculdade Campos Elíseos 
 
 
22 
 
Segundo Giddens (2005), os celulares não são uma grande novidade, mas a 
tecnologia que foi utilizada para criar e estimular tal transformação pode ser 
considerado um fenômeno social e global, porém extremamente recente. Num primeiro 
momento os celulares eram grandes e sua tecnologia analógica, no entanto, o par 
comunicação e mobilidade eram perfeitas. Em curto tempo a tecnologia digital produziu 
uma segunda geração de celulares, pequenos e velozes, capazes de produzir menos 
inconveniências. 
 
A tecnologia raramente combina com lentidão, e, no caso dos 
telefones celulares, ela saiu em disparada. A tão esperada ‘terceira 
geração’ da tecnologia celular irá prenunciar a era da ‘internet sem 
fio’. Com o auxílio de um Wireless Application Protocol (WAP, 
Protocolo para Aplicações sem Fio), as informações em formato de 
texto extraídas dos websites serão filtradas e exibidas em palavras na 
tela do telefone. Os usuários conseguirão acessar a internet através de 
seus telefones celulares para efetuar tarefas que vão desde negócios 
bancários, compra de ingressos e passagens até leitura das manchetes 
dos jornais e o controle dos preços das ações. (Giddens, 2005, p. 379) 
 
A Internet faz parte das denominadas tecnologias de informação e comunicação 
– TIC. Todavia, a Internet permitiu uma nova comunicação, na qual está acoplada a um 
sistema tecnológico de computadores, onde os indivíduos, ou melhor, os usuários se 
conectam, interagem, buscam informações, procuram sites, visitam portais, navegam, 
ou seja, se comunicam. Segundo GIDDENS, através da Internet os usuários podem 
transferir documentos e programas, que vão desde política de governos a softwares de 
antivírus. 
 
 
 
Este material faz parte do guia de estudos dos Cursos de Pós-Graduação da 
Faculdade Campos Elíseos 
 
 
23 
As tecnologias de informação e comunicação permitem novas formas de 
organização da produção, do acesso ao conhecimento, de funcionamento da economia e 
consequentemente de cultura dentro da sociedade. Elas nos trazem uma interpretação 
diferente do tempo e do espaço das nossas redes de relacionamento sejam elas entre 
empresas, entre associações, entre familiares, entre amigos, entre Estado e cidadãos. 
Desta forma, podemos estabelecer uma relação entre a Internet e as cidades, 
dado que o mundo é constituído cada vez mais por populações urbanas. No início do 
século XXI, diversos autores apontam que a maior parte da população mundial habita 
áreas urbanas. Na verdade, estamos assistindo o aumento da apropriação das tecnologias 
de informação e comunicação pelas populações e sociedades, o que gera uma crescente 
urbanização da sociedade contemporânea. 
A princípio estes fatores estão vinculados em determinados planos, pois grande 
parte do discurso sobre as vantagens da utilização das tecnologias de informação teve 
como finalidade, a possibilidade de alterar os padrões de vida sociais e culturais nas 
cidades urbanas. 
Entretanto, nesta mesma sociedade as empresas, o mercado e os trabalhadores 
especializados conseguem trabalhar e negociar entre si, a partir de localizações 
longínquas. Isto tudo em tempo real, pois vivemos na “era digital”, numa unidade de 
tempo que procura tornar as tarefas simultâneas, num outro tipo de deslocamento e 
mobilidade de indivíduos a nível global. 
O crescimento da comunicação baseada na informática foi iniciado 
por um movimento de jovens metropolitanos cultos que veio á tona no 
final dos anos 80. Os atores desse movimento exploraram e 
construíram um espaço de encontro, de compartilhamento e de 
invenção coletiva. Se a Internet constitui o grande oceano do novo 
planeta informacional, é preciso não esquecer dos muitos rios que a 
alimentam: redes independentes de empresas, associações, de 
universidades, sem esquecer as mídias clássicas (bibliotecas, museus, 
 
 
 
Este material faz parte do guia de estudos dos Cursos de Pós-Graduação da 
Faculdade Campos Elíseos 
 
 
24 
jornais, televisão etc.). É exatamente o conjunto dessa “rede 
hidrográfica”, até o menor dos BBS, que constitui o ciberespaço, e 
não somente a Internet. (Lévy, 1998, p.126) 
 
Contudo, a Internet e as comunicações móveis possibilitam uma nova forma de 
comunicação, de organização do trabalho, do mercado, da economia e, sobretudo, da 
sociedade. Entretanto, isto não significa que todos tenham acesso, pois encontramos um 
outro fator que advém da exclusão social, a “exclusão digital”, justamente pela incursão 
e difusão do uso de novas tecnologias da informação e comunicação (TIC), vinculadas à 
informática, tais como a Internet. Se o indivíduo não está inserido na sociedade por 
meio do trabalho, ele não é reconhecido como um consumidor, como um cidadão. Desta 
forma, está fora deste novo modelo de comunicação, não está inserido na rede de 
informação, pois vive à margem da sociedade. 
 
Tecnologia da informação e comunicação (TIC) pode ser definida 
como um conjunto de recursos tecnológicos, utilizados de forma 
integrada, com um objetivo comum. As TICs são utilizadas das mais 
diversas formas, na indústria (no processo de automação), no 
comércio (no gerenciamento, nas diversas formas de publicidade), no 
setor de investimentos (informação simultânea, comunicação 
imediata) e na educação (no processo de ensino aprendizagem, 
na Educação a Distância). 
O desenvolvimento de hardwares e softwares garante a 
operacionalização da comunicação e dos processos decorrentes em 
meios virtuais. No entanto, foi a popularização da internet que 
potencializou o uso das TICs em diversos campos. 
Através da internet, novos sistemas de comunicação e informação 
foram criados, formando uma verdadeira rede. Criações como o e-
http://www.infoescola.com/informatica/tecnologia-da-informacao-e-comunicacao/
http://www.infoescola.com/educacao/educacao-a-distancia/
http://www.infoescola.com/informatica/tecnologia-da-informacao-e-comunicacao/
 
 
 
Este material faz parte do guia de estudos dos Cursos de Pós-Graduação da 
Faculdade Campos Elíseos 
 
 
25 
mail, o chat, os fóruns, a agenda de grupo online, comunidades 
virtuais, webcam, entre outros, revolucionaram os relacionamentos 
humanos.
7
 
 
Para algunsautores, participar do universo digital exige um investimento 
financeiro alto em equipamentos, tais como: computador, linha de telefone, servidor, 
banda larga, etc. O indivíduo deve adquirir um conhecimento mínimo em computação, 
sobretudo das linguagens adotas na Internet. Assim, estas tecnologias estão à disposição 
de uma classe média trabalhadora e formadora de opinião. Mas não se encontra 
disponível aos pobres, desempregados, trabalhadores informais, ou marginalizados, por 
uma questão que envolve diretamente o econômico e o social: a educação. 
 Por outro lado, os defensores da “democracia digital”, enfatizam que a Internet 
pode atingir diversos campos e pessoas dos mais variados meios sociais, econômicos, 
políticos e culturais, dadas a sua disposição horizontal e a falta de hierarquia, na qual a 
censura seria impraticável. 
No limiar do século XXI a democracia digital avançou, nos centros urbanos 
além dos telecentros, redes de wi-fi são encontradas em praças, parques e comunidades. 
Em cidades interioranas o mesmo acontece. E com mais inovações tecnológicas lugares 
longínquos tem acesso à rede e programas produzindo uma verdadeira democracia 
eletrônica. 
 De acordo com Lévy (1988) em relação à cibercultura existe uma interconexão 
que vai do mais simples ao mais elaborado como programas fundamentais do 
ciberespaço: a própria interconexão, a criação de comunidades virtuais e a inteligência 
coletiva o que levaria a uma a uma cibercultura que investe em uma civilização da 
“telepresença generalizada. Para além da comunicação, a interconexão estabelece a 
humanidade contínua e sem fronteiras. 
 
7
 Disponível em: http://www.infoescola.com/informatica/tecnologia-da-informacao-e-comunicacao/ 
Acesso: 27/04/2015. 
http://www.infoescola.com/informatica/tecnologia-da-informacao-e-comunicacao/
 
 
 
Este material faz parte do guia de estudos dos Cursos de Pós-Graduação da 
Faculdade Campos Elíseos 
 
 
26 
 
11 - Sociedade Disciplinar e Sociedade de Controle: 
 
 
 
 
 A sociedade disciplinar pressupõe mecanismos de controle e poder para extrair 
dos corpos o máximo de sua potencialidade no tempo e trabalho, para além da riqueza e 
dos bens, investe na sua “docilidade”, ou seja, numa conduta obediente. O regime da 
disciplina requer um tipo de poder que se exerce por meio da vigilância constante sobre 
o indivíduo. 
 No entanto, a partir dos anos de 1980 teve início a sociedade de controle que não 
é especificamente disciplinar, pois opera por controle contínuo e comunicação 
instantânea, ou seja, os novos mecanismos de controle produzem fluxos ao investirem 
em velocidade. 
 
 
 
 
Este material faz parte do guia de estudos dos Cursos de Pós-Graduação da 
Faculdade Campos Elíseos 
 
 
27 
 
10.1 – A Sociedade Disciplinar: 
 
O momento histórico das disciplinas é o momento em que nasce uma arte do corpo 
humano, que visa não unicamente o aumento de suas habilidades, nem tampouco 
aprofundar sua sujeição, mas a formação de uma relação que no mesmo mecanismo o 
torna tanto mais obediente quanto é mais útil, e inversamente. Forma-se então uma 
política das coerções que são um trabalho sobre o corpo, uma manipulação calculada 
de seus elementos, de seus gestos, de seus comportamentos. O corpo humano entra 
numa maquinaria de poder que o esquadrinha, o desarticula e o recompõe. (...)A 
disciplina fabrica assim corpos submissos e exercitados, corpos ‘dóceis’. A disciplina 
aumenta as forças do corpo (em termos econômicos de utilidade) e diminui essas 
mesmas forças (em termos políticos de obediência). (Michel Foucault) 
 
 A sociedade disciplinar está pautada na docilidade dos corpos baseado no 
confinamento, o que gerou a criação de rígidas e meticulosas regras de atuação por parte 
das instituições disciplinares, com seus mecanismos de controle coercitivos e punitivos. 
 O que antecedeu a sociedade disciplinar foi à sociedade da soberania, advinda do 
feudalismo, que estendia suas técnicas e mecanismos de poder dos níveis mais altos aos 
mais baixos, ou seja, na relação entre soberanos e súditos que percorria todo o corpo 
social. Porém, entre os séculos XVII e XVIII, surge um acontecimento com uma nova 
mecânica de poder, com novos procedimentos de controle, instrumentos e aparelhos 
específicos, que a princípio eram incompatíveis com as relações de soberania. 
 
 
 
 
 
Este material faz parte do guia de estudos dos Cursos de Pós-Graduação da 
Faculdade Campos Elíseos 
 
 
28 
 
Este novo mecanismo de poder apoia-se mais nos corpos e seus atos 
do que na terra e seus produtos. É um mecanismo que permite extrair 
dos corpos tempo e trabalho mais do que bens e riqueza. É um tipo de 
poder que se exerce continuamente através da vigilância e não 
descontinuamente por meio de sistemas de taxas e obrigações 
distribuídas no tempo; que supõe mais um sistema minucioso de 
coerções materiais do que a existência física de um soberano. 
Finalmente, ele se apoia no princípio, que representa uma nova 
economia do poder, segundo a qual se deve propiciar simultaneamente 
o crescimento das forças dominadas e o aumento da força e da eficácia 
de quem as domina. (Foucault, 2001, pp. 187-189) 
 
 A disciplina foi um grande instrumento de poder utilizado pelo Estado a partir 
do século XIX, pois por meio das técnicas disciplinares houve a possibilidade de 
conceber fórmulas de dominação sobre os corpos dos indivíduos, no intuito de extrair 
ao máximo sua capacidade e força, no entanto, sempre o mantendo útil e obediente sob 
o aspecto da vigilância. 
 Entretanto, com a constituição do capitalismo industrial, o Estado deparou-se 
com o a expansão demográfica, a fartura monetária, mais o aumento da produção 
agrícola, o que levou à formulação de uma nova concepção de poder político: a 
centralização da economia devido aos problemas da população. 
 Com a biopolítica os problemas da população, tais como: comportamento 
sexual, taxa de natalidade e mortandade, higiene, consumo, etc., foram sendo 
administrados pelo Estado, tendo em vista que ela é o “objetivo final do governo”, ao 
procurar melhorar sua saúde e sua duração de vida para absorver seu potencial, 
tornando-a um instrumento em suas mãos. 
 
 
 
Este material faz parte do guia de estudos dos Cursos de Pós-Graduação da 
Faculdade Campos Elíseos 
 
 
29 
 
Zelar pela saúde do corpo produtivo era também administrar as 
doenças da economia. O capitalismo é uma forma de produção da 
riqueza que não pretende empregar a todos. O que poderia ser o 
objetivo, pela lógica formal, sua saúde, seria sua verdadeira doença da 
alma, seu suicídio. Para manter sua economia livre para dispor dos 
corpos necessários (úteis e dóceis; e, portanto, não basta ser livre, 
exige-se obediência), inventou-se o direito universal, a democracia, o 
atendimento social, a administração dos corpos vivos e mortos.” 
(Passetti, 2003, p. 241) 
 
 Neste sentido, todo governo deve ser paciente com relação à população, pois ela 
é o seu objeto. Assim, um governante tem a obrigação de levar em consideração os 
problemas da população, para conseguir governar e planejar racionalmente suas táticas 
ao investir numa “bio-regulamentação”. Segundo Foucault, quando o governo soma o 
seu saber a um saber sobre os processos que permeiam a população, ele volta-se para 
uma economia política que busca analisar as relações entre população, território, 
riqueza, etc. 
 
10.2 – A Sociedade de Controle: 
Estamos entrando nas sociedades de controle, que funcionam não mais por 
confinamento, mas por controle contínuo e comunicação instantânea. (...) A cada tipo 
de sociedade, evidentemente, pode-se fazer corresponder um tipo de máquina: as 
máquinas simples ou dinâmicas para as sociedades de soberania, as máquinas 
energéticas para as de disciplina, as cibernéticas e os computadores para as 
sociedadesde controle. (Deleuze, 2000, 216) 
 
 
 
Este material faz parte do guia de estudos dos Cursos de Pós-Graduação da 
Faculdade Campos Elíseos 
 
 
30 
 
Atualmente vivemos numa sociedade eletrônica, pautada em fluxos contínuos 
que se atualizam, na qual o regime de controle não tem nada acabado. A noção do 
inacabado convoca todos os indivíduos a participarem ativamente da vida social, 
política e econômica por meio da produtividade e empenho na integração. Todos devem 
aderir à participação para contemplar a democracia, pois este é o motor do controle 
contínuo. 
A sociedade de controle não suprimiu a sociedade disciplinar, pelo contrário, 
houve uma passagem gradativa e contínua de uma para outra, do assujeitamento para 
uma sujeição social. O Estado passou a investir numa adesão pacífica e dócil dos 
corpos. Na sociedade eletrônica e digitalizada tudo funciona em rede e fluxos, onde o 
indivíduo é convocado a participar efetivamente enquanto cidadão-consumidor. 
 Segundo Passetti (2003), a sociedade de controle não trabalha “por meio da 
maximização e minimização, quantidades e qualidades. Acrescenta uma exigência ao 
lado das duas anteriores: investe em velocidade.”
8
 O investimento na rapidez não se 
converge a um lugar específico e uno ao apropriar-se da capacidade das forças 
produtivas, como ocorre na sociedade disciplinar. No entanto, procura-se aplicar 
“velocidade nos fluxos”, romper barreiras, no intuito de redimensionar a economia e a 
política. 
 
Na sociedade de controle pretende-se integrar as forças políticas por 
meio da materialidade econômica em fluxos, fazendo com que cada 
um participe criando e reformando programas. Mais do que isso, 
integra por meio da cultura de telecomunicação, da cultura de 
informática pela Internet, uma emergente cultura biotecnológica, que 
funde trabalho, lazer, corpo, política, escola. Trata-se de uma nova 
diversidade de assujeitamentos que se anuncia, ultrapassa e cria na 
 
8
 Edson Passetti. Anarquismos e Sociedade de Controle, op.cit., p.248. 
 
 
 
Este material faz parte do guia de estudos dos Cursos de Pós-Graduação da 
Faculdade Campos Elíseos 
 
 
31 
instantaneidade, na atualização de outra virtualidade. (Passetti, 2003, 
p.250) 
 
 Segundo Deleuze (2000), a crise generalizada das instituições de confinamento, 
tais como, a prisão, o hospital, a fábrica, a escola e a família, disseminou-se por toda a 
sociedade. Foi preciso então que o Estado pensasse em reformas e concebesse novas 
técnicas de controle e vigilância para perpetuar sua intervenção sobre o indivíduo e na 
sociedade. Para tanto, foi preciso investir em dispositivos ultra-rápidos de controle ao ar 
livre, para localizar e identificar cada cidadão e seus movimentos. 
 
11 – Televisão e Educação: uma “prestação de serviços” à sociedade: 
 
Antes de existir computador existia tevê 
Antes de existir tevê existia luz elétrica 
Antes de existir luz elétrica existia bicicleta 
Antes de existir bicicleta existia enciclopédia 
Antes de existir enciclopédia existia alfabeto 
Antes de existir alfabeto existia voz 
Antes de existir a voz existia o silêncio 
O silêncio (Arnaldo Antunes e Carlinhos Brown) 
 
 
 
 
 
Este material faz parte do guia de estudos dos Cursos de Pós-Graduação da 
Faculdade Campos Elíseos 
 
 
32 
 
 
Desde os seus primórdios a televisão brasileira teve a incumbência de mostrar 
diariamente como o regime, fosse militar, democrático ou autoritário, fazia um bom 
governo do Estado com repercussão direta na conduta dos indivíduos e de sua família. 
 
A televisão brasileira também tomou para si as ocupações e afazeres 
que cabiam às mulheres, aos homens, e enfim, adentra no governo das 
famílias. Continua sendo a babá eletrônica, a amiga imaginária e 
companheira de muitas crianças, alterando e conformando as relações 
e percepções com o mundo, modelando seu imaginário. Aos pais, fala 
diretamente ditando e reeditando regras de comportamento e condutas, 
ensinando-lhes como educar seus filhos, e a terem uma vida reta, 
harmoniosa e feliz. A televisão educa. (Silva, 2011, p. 8) 
 
 
Segundo Silva (2011) na década de 1960 com a Ditadura Civil-Militar ocorre 
um redimensionamento da televisão brasileira em território nacional, que tinha como 
objetivo de atingir a maior parte da população. Os militares precisaram da televisão para 
por em prática o seu programa de integração nacional com segurança; para administrar 
 
 
 
Este material faz parte do guia de estudos dos Cursos de Pós-Graduação da 
Faculdade Campos Elíseos 
 
 
33 
o território e a população brasileira e obter apoio incondicional da maioria por meios do 
programas televisivos. 
É neste período que as emissoras de televisão começam a esboçar o que viria a 
ser a “prestação de serviços” à sociedade. O seu papel não seria apenas entreter e 
informar, investir no mercado consumidor, disseminar a campanha de integração do 
país, operar sobre as subjetividades do telespectador-cidadão, mas educá-lo, moldá-lo 
desde a infância, acompanhá-lo na sua juventude e fase adulta, fazer-lhe companhia na 
velhice, de acordo com as exigências de uma sociedade de controle. 
 
 
Na sociedade de controle a televisão também educa. Ela é a parte mais 
presente da mídia, a de contato instantâneo com o espectador, a 
criadora de telerrealidades conformistas. Da mesma maneira a 
televisão entra na escola com vídeos, Internet, filmes telecinados, 
ensino a distância, enfim, aproximando e informando sobre as 
exigências de uma sociedade de controle que investe em 
potencialidades, em produtividade virtual. (Passetti, 2003, p.83) 
 
 
Em 1966 os militares em nome da integração nacional implementaram novas 
normas de censura da televisão que estavam vinculadas ao Departamento Federal de 
Segurança Pública, endurecendo o controle e a vigilância sobre a mídia e a programação 
das emissoras de TV. 
Em 14 de outubro de 1966, foi promulgado o Decreto 59.366, que instituiu o 
Fundo de Financiamento de Televisão Educativa, mas não prosseguiu. No entanto, o 
ano de 1967 tornou-se emblemático, os militares delinearam o Ministério das 
Comunicações que agrupou a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, a Embratel
9
 
e a Companhia Telefônica Brasileira. 
 
9
 Mesmo tendo sido implantada em 1962, a Embratel passou a operar em 1967. Em 
www.tudosobretv.com.br 
 
http://www.tudosobretv.com.br/
 
 
 
Este material faz parte do guia de estudos dos Cursos de Pós-Graduação da 
Faculdade Campos Elíseos 
 
 
34 
Uma TV educativa não pode se alinhar a uma TV comercial é expressamente 
proibido que haja veiculação de propaganda, patrocínios e merchandising. Existe uma 
série de normas, regras e responsabilidades em relação aos canais educativos. 
 
As TVs educativas surgiram num momento, década de 1960, no qual a 
sociedade brasileira vivia um crescente processo de industrialização. Seu intuito sempre 
foi garantir a qualificação de uma mão de obra que pudesse, de fato, atuar na nova 
economia que se inseria em território nacional, com ênfases em conteúdos que 
reproduziam uma subjetividade da Ditadura Civil-Militar em decorrência da sua 
manipulação. Vide o exemplo de uma série de telecursos profissionalizantes que foram 
concebidos naquele período. 
 
Contudo, é preciso ressaltar que desde o início o conceito educativo está 
presente até os nossos dias, o da constituição de uma televisão educativa possível e real, 
que investisse, sobretudo, na cultura e na sociedade. 
 
Uma mudança efetiva mudança ocorreu na década 1990 com a redemocratização 
no Brasil. Em 1999 a Associação Brasileira de Emissoras Públicas, Educativas e 
Culturais (ABEPEC) instituiu a Rede Pública de Televisão (RPTV), numa tentativa de 
consolidar uma grade de programas televisivos comuns destinados àsemissoras 
associadas, ou seja, a programação pode não ter um papel rigorosamente educativo, 
como acontecia nos primórdios das transmissões dessas emissoras. Porém, atualmente, 
o investimento é poder transmitir programas jornalísticos, culturais e de entretenimento, 
todos com um “pano de fundo” condutor na educação. Um dos melhores exemplos que 
temos hoje é a TV Escola, que está a encargo do Ministério da Educação (MEC). 
 
 
 
 
 
 
Este material faz parte do guia de estudos dos Cursos de Pós-Graduação da 
Faculdade Campos Elíseos 
 
 
35 
 
12 – Comunicação, Cultura e Cidadania: a Educomunicação: 
 
A educação crítica considera os homens como seres em devir, como seres inacabados, 
incompletos em uma realidade igualmente inacabada e juntamente com ela. Por 
oposição a outros animais, que são inacabados mas não históricos, os homens sabem-
se incompletos. Os homens têm consciência de que são incompletos, e assim, nesse 
estar inacabados e na consciência que disso têm, encontram-se as raízes mesmas da 
educação como fenômeno puramente humano. O caráter inacabado dos homens e o 
caráter evolutivo da realidade exigem que a educação seja 'uma atividade contínua. A 
educação é, deste modo, continuamente refeita pela práxis. Para ser, deve chegar a ser. 
(Paulo Freire) 
 
 
 
 
Comunicação e cultura estão vinculadas por diversos meios e aspectos, dentre 
eles, pela ação social, interatividade, sustentabilidade, redes sociais, protagonismo, 
participação social, linguagem audiovisual, leitura, mídia e política. 
 
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0CAcQjRw&url=http://www.krcomunicacao.com.br/conselho-de-comunicacao-social-pode-ser-regulamentado-congresso/&ei=fSZAVdnpB7PIsQSrxoCgCQ&bvm=bv.92189499,d.cWc&psig=AFQjCNEKN3v8eznC4O-0FCfWP7VhOr5X4A&ust=1430353909532103
 
 
 
Este material faz parte do guia de estudos dos Cursos de Pós-Graduação da 
Faculdade Campos Elíseos 
 
 
36 
A comunicação foi o canal pelo qual os padrões de vida de sua 
cultura foram-lhe, transmitidos, pelo qual aprendeu a ser “membro” de 
sua sociedade – família, de seu grupo de amigos, de sua vizinhança, 
de sua nação. Foi assim que adotou a sua “cultura”, isto é, os modos 
de pensamento e de ação, suas crenças e valores, seus hábitos e tabus. 
Isto não ocorreu por “instrução”, pelo menos antes de ir para a escola; 
ninguém lhe ensinou propositadamente como está organizada a 
sociedade e o que pensa e sente a sua cultura. (Bordenave, 1997, p.17) 
 
 
Podemos nos referir à cultura como sendo as formas de vida dos indivíduos que 
compõe uma sociedade ou de grupos sociais instituídos dentro de uma sociedade, 
ressaltando seus hábitos e costumes, comportamentos, como se vestem, vida familiar, 
padrões sociais estabelecidos, religiosidade, ocupações e divertimento, e, 
principalmente como se comunicam. 
 
Sabemos que sem a cultura não existiria humanidade e tão pouco sociedade. Os 
indivíduos não conseguiriam usar a linguagem e símbolos, muito menos falar e se 
expressar, assim nossa comunicação e raciocínio estaria comprometido. 
 
A cultura é transmitida por meio da herança social e pela educação. A maneira 
como aprendemos é um elemento essencial para que os indivíduos compartilhem, 
cooperem entre si a partir da comunicação. 
 
Segundo Castells (1999) na atual sociedade a cultura é intercedida e determinada 
pela comunicação por isso o espaço, o tempo e as dimensões essenciais da vida humana 
são transformados radicalmente pelo novo sistema tecnológico tanto digital quanto 
midiático. 
 
 
 
 
Este material faz parte do guia de estudos dos Cursos de Pós-Graduação da 
Faculdade Campos Elíseos 
 
 
37 
Entretanto, nessa esfera, mídia e educação podem ser transformadores para um 
indivíduo e para a sociedade, na medida em que investe em positividade e 
potencialidades. A educomunicação tem como objetivo fomentar uma educação crítica 
para que se possa ler, refletir e discutir sobre o papel dos meios de comunicação, bem 
como o uso da informação por professores e alunos. 
 
Ainda há confusões conceituais quando pensamos em 
“Educomunicação”. Apesar de não ser uma área tão nova como se 
pensa, discussões em torno do conceito começaram a ganhar maior 
visibilidade recentemente. 
Ao falarmos em “Educomunicação” falamos em diálogos possíveis 
entre educadores e comunicadores, ou seja, trata-se de uma área que 
tenta entender como a educação e a comunicação, integradas, podem 
produzir novas práticas educativas. 
A “Educomunicação” é um campo que conversa de forma muito 
próxima com a realidade do mundo em que vivemos hoje: um mundo 
“midiatizado”, em que os meios de comunicação assumem papel 
fundamental na dinâmica da sociedade sugerindo interações sociais 
inéditas.
10
 
 
Educomunicação não é um neologismo, não significa apenas a ligação entre 
duas áreas; educação e comunicação. Todavia, é um campo de saber que se manifesta 
como uma intersecção entre duas áreas de saber que procura investir em 
questionamentos e proposições de conhecimentos e construção de saberes, considerando 
também um ambiente de ação e experiência para a produção de outros saberes 
transdisciplinares e interdisciplinares. 
 
 
10
 Disponível em: https://cadernodia.wordpress.com/2011/08/29/o-que-e-educomunicacao/ Acesso: 
27/04/2015 
https://cadernodia.wordpress.com/2011/08/29/o-que-e-educomunicacao/
 
 
 
Este material faz parte do guia de estudos dos Cursos de Pós-Graduação da 
Faculdade Campos Elíseos 
 
 
38 
 
13 – Tecnologias Digitais e Educação a Distância: 
 
A sociedade em rede é global, mas com características específicas para cada país, de 
acordo com sua história, sua cultura e suas instituições. Trata-se de uma estrutura em 
rede como forma predominante de organização de qualquer atividade. Ela não surge 
por causa da tecnologia, mas devido a imperativos de flexibilidade de negócios e de 
práticas sociais, mas sem as tecnologias informáticas de redes de comunicação ela não 
poderia existir. (Manuel Castells) 
 
 
 
 
Com o advento da Internet presenciamos a transformação dos modos de 
comunicação dos indivíduos a partir de uma maior interatividade, bem como da 
educação que utiliza seus mais variados recursos, propiciando inúmeras mudanças na 
área educacional tanto na tecnologia utilizada, quanto na maneira apresentada do 
conteúdo didático. 
 
http://www.fundaplub.org.br/site/noticia/cenario-da-educacao-superior-a-distancia/
 
 
 
Este material faz parte do guia de estudos dos Cursos de Pós-Graduação da 
Faculdade Campos Elíseos 
 
 
39 
Não podemos esquecer o papel fundamental no século XXI da contribuição da 
educação a distância, como um princípio democrático no que se refere ao indivíduo, 
enquanto cidadão e a sociedade em que se insere. 
 
É importante notar que a EaD acabou recebendo denominações 
diversas em diferentes países, como estudo ou educação por 
correspondência (Reino Unido); estudo em casa e estudo 
independente (Estados Unidos); estudos externos (Autrália); telensino 
ou ensino a distância (França); estudo ou ensino a distância 
(Alemanha); educação adistãncia (Espanha); teleducação (Portugal), 
etc. (...) A EaD é uma modalidade de educação em professores e 
alunos estão separados, planejada por instituições e que utiliza 
diversas tecnologias de comunicação. (Maia; Mattar, 2007, pp. 5-6) 
 
 
Segundo Buckingham (2007) a tecnologia na era das mídias eletrônicas é 
responsável pela mudança das relações sociais, do funcionamento mental, de 
concepções básicas de conhecimento e cultura. O incremento tecnológico, sua 
amplificação e difusão de uso alteraram e transformaram o comportamento de grupos 
sociais abrangendo instituições e espaços sociais. 
O espaço de ensino-aprendizagem tornou-se dinâmico com as novas tecnologias 
de comunicação e informação (TICs),pois se investiu em transformações de caráter 
prático e considerável para a educação, modificando totalmente o modele das aulas 
tradicionais. 
 
O uso crescente das tecnologias digitais e das redes de comunicação 
interativa acompanha e amplifica uma profunda mutação na relação 
com o saber. (...) Ao prolongar determinadas capacidades cognitivas 
humanas (memória, imaginação, percepção), as tecnologias 
 
 
 
Este material faz parte do guia de estudos dos Cursos de Pós-Graduação da 
Faculdade Campos Elíseos 
 
 
40 
intelectuais com suporte digital redefinem seu alcance, seu 
significado, e algumas vezes até mesmo sua natureza. As novas 
possibilidades de criação coletiva distribuída, aprendizagem 
cooperativa e colaboração em rede oferecidas pelo ciberespaço 
colocam novamente em questão o funcionamento das instituições e os 
modos habituais de divisão do trabalho, tanto nas empresas como nas 
escolas. (Lévy, 1999, p. 172) 
 
Sendo assim, Lévy (1999) afirma que é preciso construir novos modelos de 
espaços para o conhecimento, preferindo a imagem de espaços de conhecimentos 
emergentes, abertos, contínuos, em fluxo, não lineares, se reorganizando de acordo com 
os objetivos ou os contextos. E o papel do professor agora é o de incentivar a 
aprendizagem e o pensamento tornando-se um animador da inteligência coletiva dos 
grupos com atividades centradas na gestão e acompanhamento das aprendizagens. 
Neste momento, o professor não é mais visto como o único detentor do 
conhecimento. Com a Internet, o conhecimento está ao alcance de todos e o trabalho do 
professor não pode ser mais isolado. O professor se torna um mediador, orientador e 
tutor, aprendendo também a cada dia com seus alunos. 
 
 
Professores interessados numa pedagogia que se pretende midiática 
precisam aprender a utilizar a mídia não como resolução dos 
problemas impostos pela prática didática, mas como proposta que 
traga uma fonte de aprendizado a mais para ser trabalhada em sala de 
aula. Essa visão implica ter uma atitude sem preconceito, não somente 
porque colabora para desnudar a noção de verdade perpassada pelas 
mídias e aceita por um expressivo número de cidadãos, mas também 
porque pensa esse fenômeno como parte da nossa realidade. (Gaia, 
2007, p.33) 
 
 
 
Este material faz parte do guia de estudos dos Cursos de Pós-Graduação da 
Faculdade Campos Elíseos 
 
 
41 
 
 
O professor tem que estar se preparando para as aulas constantemente, pois com 
o avanço tecnológico, a forma de transmitir o conhecimento tem que acompanhar esse 
avanço, os exemplos têm que ser de acordo com a realidade dos alunos e os métodos 
utilizados tem que acompanhar esse avanço para que não se tornem obsoletos e 
ineficazes. 
A relação com o saber sofre uma mutação com o uso crescente das tecnologias 
digitais e redes de comunicação interativas. Determinadas capacidades cognitivas 
humanas são prolongadas (memória, percepção e imaginação) redefinindo o alcance, o 
significado e até mesmo a natureza das tecnologias digitais. O funcionamento das 
instituições e os modos habituais de divisão do trabalho de empresas e escolas são 
questionados. 
Segundo Kenski (2007) as novas tecnologias de informação e comunicação 
(TICs) modificaram nossa linguagem oral, escrita e digital, sendo que a linguagem 
digital articula com as tecnologias eletrônicas e de informação e comunicação de forma 
simples englobando aspectos da oralidade e escrita em novos contextos. 
 
As novas tecnologias de informação e comunicação (TICs), sobretudo 
a televisão e o computador, movimentaram a educação e provocaram 
novas mediações entre a abordagem do professor, a compreensão do 
aluno e o conteúdo veiculado. A imagem, o som e o movimento 
oferecem informações mais realistas em relação ao que está sendo 
ensinado. Quando bem utilizadas, provocam a alteração dos 
comportamentos de professores e alunos, levando-os ao melhor 
conhecimento e maior aprofundamento do conteúdo estudado. 
(Kenski, 2007, p. 45) 
 
 
 
 
 
Este material faz parte do guia de estudos dos Cursos de Pós-Graduação da 
Faculdade Campos Elíseos 
 
 
42 
Lévy (1999) afirma que as tecnologias audiovisuais, multimídias interativas, 
computador, televisões educativas, telefone, fax e internet compõem as escolas e 
universidades virtuais que custam menos que as escolas e universidades materiais 
fornecendo um ensino no presencial. 
De acordo com Lévy (1999) a aprendizagem à distância por muito tempo foi 
reserva do ensino e em breve se tornará a principal. Escolas primárias, secundárias e até 
universidades oferecem aos estudantes possibilidades de navegação no oceano de 
informações e conhecimentos acessíveis pela internet através de programas educativos, 
de fato, as características dessa aprendizagem a distância são semelhantes às da 
sociedade da informação como um todo. 
 
Usar todas as novas tecnologias na educação e na formação sem 
mudar os mecanismos de validação das aprendizagens seria o 
equivalente a inchar os músculos da instituição escolar bloqueando, ao 
mesmo tempo, o desenvolvimento de seus sentidos e de seu cérebro. 
(LÉVY,1999 p. 175) 
 
Para Lévy (1999) cabe aos poderes públicos assegurar a todos os cidadãos uma 
formação de qualidade e adequada, que de fato, permitia um acesso aberto e gratuito a 
midiatecas sem negligenciar a mediação humana regulando e animando uma nova 
economia do conhecimento onde todos seriam considerados recursos de aprendizagem 
potenciais ao serviço de percursos de formação contínua e personalizados. 
De acordo com Kenski (2007), as tecnologias digitais permitem à nova geração 
falar de igual para igual com os adultos e a provocação a ser assumida por toda a 
sociedade é o de abrir-se para novas formas de educação que são resultados do processo 
de mudança e transformação da sociedade que por sinal, afetam tanto na maneira de 
aprender e na maneira de ensinar próprias das tecnologias digitais. 
Todavia, as tecnologias digitais são geradoras de novos problemas na educação 
 
 
 
Este material faz parte do guia de estudos dos Cursos de Pós-Graduação da 
Faculdade Campos Elíseos 
 
 
43 
com softwares que prometem muito e faz pouco, programas produzidos por empresas 
internacionais que não se adéquam aos objetivos pretendidos nas propostas 
educacionais da instituição, com a facilidade de acesso a informação os alunos copiam 
pesquisas e entregam sem muitas vezes ler e compreender o que se está informando, 
sem falar da facilidade da compra e venda on-line de trabalhos escolares. 
Por fim, Lévy (1999) em sua análise propõe uma reflexão ao discutir que não 
somos além do que sabemos ao enfatizar a necessidadedesterritorialização do 
conhecimento e o compartilhamento da criação da inteligência coletiva que leva a 
ecologia de comunicação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este material faz parte do guia de estudos dos Cursos de Pós-Graduação da 
Faculdade Campos Elíseos 
 
 
44 
14 – Sugestões de Vídeos: 
 
1 - Documentário “Educação a Distância – o ensino sem fronteiras” 
 Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=4El7MKxUp1g 
 
2 – Globonews Alexandre Garcia: “Educação a Distância cresce aceleradamente no 
Brasil” – Disponível em: http://globotv.globo.com/globo-news/globo-news-
politica/v/alexandre-garcia-educacao-a-distancia-cresce-aceleradamente-no-
brasil/3995817/ 
 
3 – Vídeo aula sobre “Educomunicação – Mídias na Educação NCE – USP” 
 Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=8iMyk4ddXZI 
 
4 – Vídeo sobre “Inclusão Digital e o uso das TICs (Tecnologias da Informação e 
Comunicação)” – Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=fpbKl8luTyw 
 
5 – Vídeo sobre “Tecnologias Digitais na Educação – formação de educadores”. 
 Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=cEFhJqtX2YY 
 
6 - Vídeo sobre “O Papel da Cultura na Educação do Sujeito Transformador”. 
 Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=EhFqc3W7YcM7 – Vídeo sobre “Democracia Digital e as Redes Sociais.” 
 Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=X1q0iMr82ao 
https://www.youtube.com/watch?v=4El7MKxUp1g
http://globotv.globo.com/globo-news/globo-news-politica/v/alexandre-garcia-educacao-a-distancia-cresce-aceleradamente-no-brasil/3995817/
http://globotv.globo.com/globo-news/globo-news-politica/v/alexandre-garcia-educacao-a-distancia-cresce-aceleradamente-no-brasil/3995817/
http://globotv.globo.com/globo-news/globo-news-politica/v/alexandre-garcia-educacao-a-distancia-cresce-aceleradamente-no-brasil/3995817/
https://www.youtube.com/watch?v=8iMyk4ddXZI
https://www.youtube.com/watch?v=fpbKl8luTyw
https://www.youtube.com/watch?v=cEFhJqtX2YY
https://www.youtube.com/watch?v=EhFqc3W7YcM
https://www.youtube.com/watch?v=X1q0iMr82ao
 
 
 
Este material faz parte do guia de estudos dos Cursos de Pós-Graduação da 
Faculdade Campos Elíseos 
 
 
45 
14 - Referências Bibliográficas: 
 
Adorno, Theodor W. A Indústria Cultural. In: Cohn, Gabriel (org.). Comunicação e 
Indústria Cultural. 4 ed. São Paulo, Companhia Editora Nacional, 1978. 
Adrian, Nelson. Cultura de Massa. São Paulo: Primeiro Conceito, 2012. 
Baudrillard, Jean. Significação da Publicidade. In: Adorno et. al.; Introdução, 
Comentários e Seleção de Lima, Luiz Costa. Teoria da Cultura de Massa. 4 ed. Paz e 
Terra, Rio de Janeiro, 1990. 
Bordenave, Juan E. Díaz. O que é Comunicação. São Paulo: Brasiliense, 2007. 
Breed, Waren. Comunicação de Massa e Integração Sociocultural. In: COHN, Gabriel 
(org.). Comunicação e Indústria Cultural. 4ed. São Paulo: Cia. Editora Nacional, 1978. 
Castells, Manuel. A Sociedade em Rede. São Paulo: Paz e Terra, 1999. 
Cohn, Gabriel. Sociologia da Comunicação: Teoria e Ideologia. São Paulo, Pioneira, 
1973. 
Debray, Régis. O Estado Sedutor: as revoluções midiológicas do poder. Petrópolis, 
Vozes, 1994. 
Deleuze, Gilles. Conversações. São Paulo, Editora 34, 2000. 
Dorea, Guga. Democracia Midiática: controle e fuga. São Paulo, Ciências Sociais PUC-
SP, Doutorado, 2002. 
 
 
 
Este material faz parte do guia de estudos dos Cursos de Pós-Graduação da 
Faculdade Campos Elíseos 
 
 
46 
Fearing, Franklin. A Comunicação Humana. In: Cohn, Gabriel (org.). Comunicação e 
Indústria Cultural. 4 ed. São Paulo, Companhia Editora Nacional, 1978. 
Foucault, Michel. Microfísica do Poder. 16 ed. Rio de Janeiro, Graal, 2001. 
Gaia, Rossana Viana. Educomuicação e Mídias. Maceió, Edufal: 2007. 
Giddens, Anthony. Sociologia. 6 ed. Porto Alegre, Artmed, 2005. 
Kenski, Vani Moreira. Educação e Tecnologias: o novo ritmo da informação. 
Campinas/SP: Papirus, 2007. 
Lazarsfeld, Paul F. e Merton, Robert K. Comunicação de Massa, Gosto Popular e a 
Organização da Ação Social. In: Cohn, Gabriel (org.). Comunicação e Indústria 
Cultural. 4 ed. São Paulo, Companhia Editora Nacional, 1978. 
Lévy, Pierre. As Tecnologias da Inteligência. São Paulo, Editora 34, 1998. 
Maia, Carmen; Mattar João. ABC da EaD. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007. 
Passetti, Edson. Anarquismos e Sociedade de Controle. São Paulo, Cortez, 2003. 
Silva, Lúcia Soares. Política e modulações do entretenimento televisivo: mulheres 
denúncias. Tese de Doutorado. PEPG- Ciências Sociais, PUC-SP, 2011. 
 
 Apostila Elaborada por: 
PROFA. DRA. LÚCIA SOARES DA SILVA 
 
 
 
 
Este material faz parte do guia de estudos dos Cursos de Pós-Graduação da 
Faculdade Campos Elíseos 
 
 
47 
 
 
 
 
 
Este material faz parte do guia de estudos dos Cursos de Pós-Graduação da 
Faculdade Campos Elíseos 
 
 
48