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Prévia do material em texto

Caderno de orientações – Christiane Mazur Doi 
 1 
 
 
 
Caderno de orientações: uso do raciocínio 
lógico e da interpretação de textos para 
resolver questões 
 
VERSÃO DO ALUNO 
 
 
 
 
Obra exposta no Museu de Arte Naif – Zagreb – Croácia. 
Disponível em <https://s.inyourpocket.com/gallery/148939.jpg>. Acesso em 3 jun. 2022. 
 
 
 
 
 
 
Christiane Mazur Doi 
 
2022 
Caderno de orientações – Christiane Mazur Doi 
 2 
APRESENTAÇÃO 
 
O conteúdo deste material pedagógico, intitulado “Caderno de orientação: uso do 
raciocínio lógico e da interpretação de textos para resolver questões”, apoia-se nas 
competências e nas habilidades previstas nas diretrizes do componente de Formação Geral 
do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade). 
O Enade, definido na Lei N° 10.861, de 14 de abril de 2004, é parte integrante do 
Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes). Além de outros aspectos, 
esse exame prevê a formação de profissionais éticos, competentes e comprometidos com a 
sociedade. Nessa avaliação, pretende-se que o egresso do Ensino Superior evidencie a 
compreensão de temas que transcendam o seu ambiente próprio de formação e que sejam 
importantes para a realidade contemporânea, tanto no âmbito nacional quanto no âmbito 
mundial. 
Os exemplos aqui apresentados são analisados de modo a estimular as capacidades 
do aluno de: 
 ler e interpretar textos; 
 raciocinar logicamente; 
 obter conclusões por métodos indutivos e dedutivos; 
 estabelecer relações entre situações diversas, analisando-as criticamente; 
 verificar contradições; 
 interligar conhecimentos; 
 articular disciplinas; 
 questionar a realidade; 
 propor soluções para problemas “concretos”. 
Os temas aqui abordados incluem tecnologia, arte, cultura, ecologia, biodiversidade, 
geopolítica, relações de gênero e de trabalho, sociodiversidade e responsabilidade social. 
Em resumo, este material visa a promover o desenvolvimento da prática reflexiva e 
orientar o leitor na resolução dos problemas. 
Boa leitura! 
 
 
 
 
Caderno de orientações – Christiane Mazur Doi 
 3 
Sumário 
 Página 
1. Linguagem e raciocínio 05 
2. Questões convencionais no formato de enunciado e alternativas 05 
Exemplo 1 (Vunesp 2020). 06 
Exemplo 2 (Enade 2010). 07 
Exemplo 3 (Enade 2011). 09 
Exemplo 4 (Enade 2007). 10 
Exemplo 5 (Enade 2007). 11 
Exemplo 6 (Enade 2010). 12 
Exemplo 7 (Enade 2011). 14 
Exemplo 8 (Enade 2011). 15 
Exemplo 9 (Enade 2011). 17 
Exemplo 10 (Enade 2011). 18 
Exemplo 11 (Enade 2012). 20 
Exemplo 12 (Enade 2012). 21 
Exemplo 13 (Enade 2014). 23 
Exemplo 14 (Enade 2014). 24 
3. Questões do tipo asserção-razão 25 
Exemplo 15 (asserção-razão). 26 
Exemplo 16 (asserção-razão). 26 
Exemplo 17 (asserção-razão). 27 
Exemplo 18 (asserção-razão). 28 
Exemplo 19 (asserção-razão). 28 
Exemplo 20 (asserção-razão). 29 
Exemplo 21 (Enade 2009). 29 
Caderno de orientações – Christiane Mazur Doi 
 4 
Exemplo 22 (Enade 2009). 30 
Exemplo 23 (Enade 2012). 31 
Exemplo 24 (Enade 2011). 32 
Exemplo 25 (Enade 2012). 33 
Exemplo 26 (Enade 2014). 34 
4. Questões que envolvem a aplicação da lógica e de raciocínios dedutivos e 
indutivos 
35 
Exemplo 27 (lógica). 38 
Exemplo 28 (lógica). 39 
Exemplo 29 (lógica). 40 
Exemplo 30 (dedução e indução). 42 
Exemplo 31 (lógica). 44 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Caderno de orientações – Christiane Mazur Doi 
 5 
1. LINGUAGEM E RACIOCÍNIO 
 
Podemos nos comunicar por meio de gestos, sinais, expressões faciais e várias 
outras manifestações. Mas, geralmente, é pela linguagem verbal (falada e escrita) que 
recebemos e transmitimos mensagens. 
Usando a linguagem, conversamos, contamos segredos aos amigos, narramos 
histórias, repassamos piadas, fazemos perguntas, lemos textos, redigimos respostas, 
respondemos emails e muito mais. 
Há casos em que a linguagem é utilizada de modo bastante informal, sem 
preocupações muito grandes com as mensagens que recebemos ou transmitimos. E há 
casos em que a linguagem está associada ao raciocínio formal, como na leitura de um 
problema, na análise de um teste, na resposta a uma questão, na elaboração de uma 
prova e na redação de um texto. 
As situações anteriores são exemplos de contextos em que precisamos interpretar 
textos. Para isso, devemos ler com reflexão, entender os sentidos dos enunciados, analisar 
alternativas, avaliar afirmativas, classificar asserções em falsas ou verdadeiras, fazer 
comparações, fundamentar argumentos, justificar respostas, discernir e decidir. 
Nessa perspectiva, veremos a seguir alguns tipos de questões comumente presentes 
em avaliações que demandam leitura reflexiva e exercício de raciocínio para serem 
resolvidas. Essas questões serão classificadas segundo o critério abaixo e estudadas por 
meio da análise detalhada de exemplos de aplicação. 
 Questões convencionais no formato de enunciado e alternativas. 
 Questões do tipo asserção-razão. 
 Questões que envolvem a aplicação da lógica e de raciocínios dedutivos e indutivos. 
 
2. QUESTÕES CONVENCIONAIS NO FORMATO DE ENUNCIADO E ALTERNATIVAS 
 
Nas questões convencionais, que envolvem a interpretação de um enunciado e das 
alternativas (ou das afirmativas) relacionadas a ele, temos como base textos, incluindo 
citações, trechos de livros, declarações, ilustrações, tirinhas, mapas, tabelas, gráficos e 
diagramas, enfim, instrumentos de comunicação de alguma ideia. 
Além do uso do raciocínio lógico, a interpretação do conteúdo introdutório e das 
alternativas pode requerer do leitor as seguintes habilidades e competências: 
Caderno de orientações – Christiane Mazur Doi 
 6 
 identificação do(s) tema(s) tratado(s) na questão; 
 busca de informações contidas no próprio enunciado; 
 estabelecimento de relações entre situações diversas; 
 verificação de contradições; 
 observação de semelhanças; 
 questionamento da realidade; 
 realização de inferências e extrapolações; 
 percepção de absurdos; 
 projeção de consequências; 
 distinção entre generalidade e particularidade; 
 formulação de críticas; 
 apresentação de conclusões válidas. 
Vejamos, por meio dos exemplos 1 a 11, como analisar questões de múltipla 
escolha que visam a verificar as habilidades e competências citadas anteriormente. Este 
estudo está dividido no seguinte ordenamento: 
 análise do enunciado, com a identificação do tema desenvolvido; 
 análise das alternativas (ou afirmativas, se for o caso), com a explicação sobre elas 
serem corretas ou incorretas. 
 
Exemplo 1 (Prefeitura de Piracicaba/SP - Vunesp 2020). Leia o texto a seguir para 
responder à questão. 
Sempre acreditei que um texto, para ser “bem escrito”, deveria ser conciso, claro e verdadeiro. O 
problema é quando a concisão compromete a clareza. As siglas, por exemplo. Nada mais conciso 
do que elas. Mas serão claras? Só se você souber previamente o que significam. Um absurdo de 
siglas circula hoje alegremente pela língua – nem sempre identificadas entre parênteses – o que 
nos obriga a piruetas mentais para saber qual é o quê. Como é impossível saber todas, a sigla é a 
língua estrangulada. 
Ruy Castro. A língua estrangulada. Folha de S. Paulo, 22.03.2019. 
 
Para o autor, 
A. a preocupação em se exercitar a boa escrita tem colocado em segundo plano o 
compromisso de retratar a verdade nos textos. 
B. a incompatibilidade entre clareza e ideias sucintas compromete a qualidade de textos 
em que se buscam ambas as coisas. 
C. a atual profusão de siglas desconhecidas tem comprometido a clareza dos textos, 
dificultando a compreensão deles pelo leitor. 
Caderno de orientações – Christiane Mazur Doi 
 7 
D. o uso abundante de siglas, ao expor o leitor a novas formas de significação nos textos, 
tem favorecido o interesse pela leitura. 
E. a identificação prévia do significado das siglas empobrece os textos, ao desobrigaro 
leitor do exercício de interpretá-los diretamente. 
 
Análise do enunciado do exemplo 1. 
 
 
 
 
 
 
Análise das alternativas do exemplo 1. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Exemplo 2 (Enade 2010). Leia o texto a seguir. 
De agosto de 2008 a janeiro de 2009, o desmatamento na Amazônia Legal concentrou-se em 
regiões específicas. Do ponto de vista fundiário, a maior parte do desmatamento (cerca de 80%) 
aconteceu em áreas privadas ou em diversos estágios de posse. O restante do desmatamento 
ocorreu em assentamentos promovidos pelo INCRA, conforme a política de Reforma Agrária (8%), 
unidade de conservação (5%) e em terras indígenas (7%). 
Disponível em <www.imazon.org.br>. Acesso em 26 ago. 2010 (com adaptações). 
 
Infere-se do texto que, sob o ponto de vista fundiário, o problema do desmatamento na 
Amazônia Legal está centrado 
Caderno de orientações – Christiane Mazur Doi 
 8 
A. nos grupos engajados na política de proteção ambiental, pois eles não aprofundaram o 
debate acerca da questão fundiária. 
B. nos povos indígenas, pois eles desmataram a área que ocupavam mais do que a 
comunidade dos assentados pelo INCRA. 
C. nos posseiros irregulares e proprietários regularizados, que desmataram mais, pois 
muitos ainda não estão integrados aos planos de manejo sustentável da terra. 
D. nas unidades de conservação, que costumam burlar leis fundiárias; nelas, o 
desmatamento foi maior do que o realizado pelos assentados pelo INCRA. 
E. nos assentamentos regulamentados pelo INCRA, nos quais o desmatamento foi maior 
do que o realizado pelos donos de áreas privadas da Amazônia Legal. 
 
Análise do enunciado do exemplo 2. 
 
 
 
 
 
 
Análise das alternativas do exemplo 2. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Caderno de orientações – Christiane Mazur Doi 
 9 
Exemplo 3 (Enade 2011). Leia o texto a seguir. 
Retrato de uma princesa desconhecida 
Para que ela tivesse um pescoço tão fino 
Para que os seus pulsos tivessem um quebrar de caule 
Para que os seus olhos fossem tão frontais e limpos 
Para que a sua espinha fosse tão direita 
E ela usasse a cabeça tão erguida 
Com uma tão simples claridade sobre a testa 
Foram necessárias sucessivas gerações de escravos 
De corpo dobrado e grossas mãos pacientes 
Servindo sucessivas gerações de príncipes 
Ainda um pouco toscos e grosseiros 
Ávidos cruéis e fraudulentos 
Foi um imenso desperdiçar de gente 
Para que ela fosse aquela perfeição 
Solitária exilada sem destino 
ANDRESEN, S. M. B. Dual. Lisboa: Caminho, 2004. p. 73. 
 
No poema, a autora sugere que 
A. os príncipes e as princesas são naturalmente belos. 
B. os príncipes generosos cultivavam a beleza da princesa. 
C. a beleza da princesa é desperdiçada pela miscigenação racial. 
D. o trabalho compulsório de escravos proporcionou privilégios aos príncipes. 
E. o exílio e a solidão são os responsáveis pela manutenção do corpo esbelto da princesa. 
 
Análise do enunciado do exemplo 3. 
 
 
 
 
 
 
Análise das alternativas do exemplo 3. 
 
 
 
 
 
 
 
Caderno de orientações – Christiane Mazur Doi 
 10 
 
 
 
 
 
 
Exemplo 4 (Enade 2007). Analise a figura a seguir. 
 
Revista Isto É Independente. São Paulo: Ed. Três [s.d.] 
 
O alerta que a gravura acima pretende transmitir refere-se a uma situação que 
A. atinge circunstancialmente os habitantes da área rural do país. 
B. atinge, por sua gravidade, principalmente as crianças da área rural. 
C. preocupa no presente, com graves consequências para o futuro. 
D. preocupa no presente, sem possibilidade de ter consequências no futuro. 
E. preocupa, por sua gravidade, especialmente aos que têm filhos. 
 
Análise do enunciado do exemplo 4. 
 
 
 
 
 
Caderno de orientações – Christiane Mazur Doi 
 11 
Análise das alternativas do exemplo 4. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Exemplo 5 (Enade 2007). Vamos supor que você recebeu de um amigo de infância e 
seu colega de escola um pedido, por escrito, vazado nos termos a seguir. 
 
“Venho mui respeitosamente solicitar-lhe o empréstimo do seu livro de Redação para 
Concurso, para fins de consulta escolar”. 
 
Essa solicitação em tudo se assemelha à atitude de uma pessoa que 
A. comparece a um evento solene vestindo smoking completo e cartola. 
B. vai a um piquenique engravatado, vestindo terno completo, calçando sapatos de verniz. 
C. vai a uma cerimônia de posse usando um terno completo e calçando botas. 
D. frequenta um estádio de futebol usando sandálias de couro e bermudas de algodão. 
E. veste terno completo e usa gravata para proferir uma conferência internacional. 
 
Análise do enunciado do exemplo 5. 
 
 
 
 
 
Caderno de orientações – Christiane Mazur Doi 
 12 
Análise das alternativas do exemplo 5. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Exemplo 6 (Enade 2010). O mapa a seguir representa as áreas populacionais sem 
acesso ao saneamento básico. 
 
 
Philippe Rekacewicz (Le Monde Diplomatique). Organização Mundial da Saúde, 2006. 
Disponível em <http://www.google.com.br/mapas>. Acesso em 28 ago. 2021. 
 
Considerando o mapa apresentado, analise as afirmativas que seguem. 
Caderno de orientações – Christiane Mazur Doi 
 13 
I. A globalização é fenômeno que ocorre de maneira desigual entre os países e o 
progresso social independe dos avanços econômicos. 
II. Existe relação direta entre o crescimento da ocupação humana e o maior acesso ao 
saneamento básico. 
III. Brasil, Rússia, Índia e China, países pertencentes ao bloco dos emergentes, 
possuem percentual da população com acesso ao saneamento básico abaixo da 
média mundial. 
IV. O maior acesso ao saneamento básico ocorre, em geral, em países desenvolvidos. 
V. Para se analisar o índice de desenvolvimento humano (IDH) de um país, devem-se 
diagnosticar suas condições básicas de infraestrutura, seu PIB per capita, a saúde e 
a educação. 
É correto apenas o que se afirma em 
A. I e II. 
B. I e III. 
C. II e V. 
D. III e IV. 
E. IV e V. 
 
Análise do enunciado do exemplo 6. 
 
 
 
 
 
 
Análise das afirmativas do exemplo 6. 
 
 
 
 
 
 
 
Caderno de orientações – Christiane Mazur Doi 
 14 
 
 
 
 
 
Exemplo 7 (Enade 2011). Observe o infográfico a seguir. 
 
A educação é o Xis da questão 
 
Disponível em <http://ead.uepb.edu.br/noticias,82>. Acesso em 24 ago. 2011. 
 
A expressão “o Xis da questão” usada no título do infográfico diz respeito 
A. à quantidade de anos de estudos necessária para garantir um emprego estável com 
salário digno. 
B. às oportunidades de melhoria salarial que surgem à medida que aumenta o nível de 
escolaridade dos indivíduos. 
C. à influência que o ensino de língua estrangeira nas escolas tem exercido na vida 
profissional dos indivíduos. 
D. aos questionamentos que são feitos acerca da quantidade mínima de anos de estudo 
que os indivíduos precisam para ter boa educação. 
E. à redução da taxa de desemprego em razão da política atual de controle da evasão 
escolar e de aprovação automática de ano de acordo com a idade. 
Caderno de orientações – Christiane Mazur Doi 
 15 
Análise do enunciado do exemplo 7. 
 
 
 
 
 
 
Análise das alternativas do exemplo 7. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Exemplo 8 (Enade 2011). Exclusão digital é um conceito que diz respeito às extensas 
camadas sociais que ficaram à margem do fenômeno da sociedade da informação e da 
extensão das redes digitais. O problema da exclusão digital se apresenta como um dos 
maiores desafios dos dias de hoje, com implicações diretas e indiretas sobre os mais 
variados aspectos da sociedade contemporânea. 
Nessa nova sociedade, o conhecimento é essencial para aumentar a produtividade e a 
competição global. É fundamental para a invenção, para a inovação e para a geração de 
riqueza. As tecnologias de informação e comunicação (TICs) proveem uma fundação para 
a construção e aplicação do conhecimento nos setores públicos e privados.É nesse 
contexto que se aplica o termo exclusão digital, referente à falta de acesso às vantagens e 
aos benefícios trazidos por essas novas tecnologias, por motivos sociais, econômicos, 
políticos ou culturais. 
Caderno de orientações – Christiane Mazur Doi 
 16 
Considerando as ideias do texto, avalie as afirmativas a seguir. 
I. Um mapeamento da exclusão digital no Brasil permite aos gestores de políticas 
públicas escolherem o público-alvo de possíveis ações de inclusão digital. 
II. O uso das TICs pode cumprir um papel social, ao prover informações àqueles que 
tiveram esse direito negado ou negligenciado e, portanto, permitir maiores graus de 
mobilidade social e econômica. 
III. O direito à informação diferencia-se dos direitos sociais, uma vez que esses estão 
focados nas relações entre os indivíduos e, aquele, na relação entre o indivíduo e o 
conhecimento. 
IV. O maior problema de acesso digital no Brasil está na deficitária tecnologia existente 
em território nacional, muito aquém da disponível na maior parte dos países do 
primeiro mundo. 
É correto apenas o que se afirma em 
A. I e II. 
B. II e IV. 
C. III e IV. 
D. I, II e III. 
E. I, III e IV. 
 
Análise do enunciado do exemplo 8. 
 
 
 
 
 
 
Análise das afirmativas do exemplo 8. 
 
 
 
 
 
 
Caderno de orientações – Christiane Mazur Doi 
 17 
 
 
 
 
 
 
 
 
Exemplo 9 (Enade 2011). A definição de desenvolvimento sustentável mais usualmente 
utilizada é a que procura atender às necessidades atuais sem comprometer a capacidade 
das gerações futuras. O mundo assiste a um questionamento crescente de paradigmas 
estabelecidos na economia e, também, na cultura política. A crise ambiental no planeta, 
quando traduzida na mudança climática, é uma ameaça real ao pleno desenvolvimento das 
potencialidades dos países. 
O Brasil está em uma posição privilegiada para enfrentar os enormes desafios que se 
acumulam. Abriga elementos fundamentais para o desenvolvimento: parte significativa da 
biodiversidade e da água doce existentes no planeta; grande extensão de terras 
cultiváveis; diversidade étnica e cultural e rica variedade de reservas naturais. 
O campo do desenvolvimento sustentável pode ser conceitualmente dividido em três 
componentes: sustentabilidade ambiental, sustentabilidade econômica e sustentabilidade 
sociopolítica. 
Nesse contexto, o desenvolvimento sustentável pressupõe 
A. a preservação do equilíbrio global e do valor das reservas de capital natural, o que não 
justifica a desaceleração do desenvolvimento econômico e político de uma sociedade. 
B. a redefinição de critérios e instrumentos de avaliação de custo-benefício que reflitam os 
efeitos socioeconômicos e os valores reais do consumo e da preservação. 
C. o reconhecimento de que, apesar de os recursos naturais serem ilimitados, deve ser 
traçado um novo modelo de desenvolvimento econômico para a humanidade. 
D. a redução do consumo das reservas naturais com a consequente estagnação do 
desenvolvimento econômico e tecnológico. 
E. a distribuição homogênea das reservas naturais entre as nações e as regiões em nível 
global e regional. 
 
Caderno de orientações – Christiane Mazur Doi 
 18 
Análise do enunciado do exemplo 9. 
 
 
 
 
 
 
Análise das alternativas do exemplo 9. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Exemplo 10 (Enade 2011). Em reportagem, Owen Jones, autor do livro Chavs: a 
difamação da classe trabalhadora, publicado no Reino Unido, comenta as recentes 
manifestações de rua em Londres e em outras principais cidades inglesas. 
Jones prefere chamar atenção para as camadas sociais mais desfavorecidas do país, que 
desde o início dos distúrbios, ficaram conhecidas no mundo todo pelo apelido chavs, usado 
pelos britânicos para escarnecer dos hábitos de consumo da classe trabalhadora. Jones 
denuncia um sistemático abandono governamental dessa parcela da população: “Os 
políticos insistem em culpar os indivíduos pela desigualdade”, diz. (...) “você não vai ver 
alguém assumir ser um chav, pois se trata de um insulto criado como forma de generalizar 
o comportamento das classes mais baixas. Meu medo não é o preconceito e, sim, a cortina 
de fumaça que ele oferece. Os distúrbios estão servindo como o argumento ideal para que 
se faça valer a ideologia de que os problemas sociais são resultados de defeitos 
individuais, não de falhas maiores. Trata-se de uma filosofia que tomou conta da 
sociedade britânica com a chegada de Margaret Thatcher ao poder, em 1979, e que 
basicamente funciona assim: você é culpado pela falta de oportunidades. (...) Os políticos 
insistem em culpar os indivíduos pela desigualdade”. 
Suplemento Prosa & Verso, O Globo, Rio de Janeiro, 20 ago. 2011, p. 6 (com adaptações). 
Caderno de orientações – Christiane Mazur Doi 
 19 
Considerando as ideias do texto, avalie as afirmativas a seguir. 
I. Chavs é um apelido que exalta hábitos de consumo de parcela da população 
britânica. 
II. Os distúrbios ocorridos na Inglaterra serviram para atribuir deslizes de 
comportamento individual como causas de problemas sociais. 
III. Indivíduos da classe trabalhadora britânica são responsabilizados pela falta de 
oportunidades decorrente da ausência de políticas públicas. 
IV. As manifestações de rua na Inglaterra reivindicavam formas de inclusão nos 
padrões de consumo vigente. 
É correto apenas o que se afirma em 
A. I e II. 
B. I e IV. 
C. II e III. 
D. I, III e IV. 
E. II, III e IV. 
 
Análise do enunciado do exemplo 10. 
 
 
 
 
 
 
Análise das afirmativas do exemplo 10. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Caderno de orientações – Christiane Mazur Doi 
 20 
Exemplo 11 (Enade 2012). Leia o texto a seguir. 
É ou não ético roubar um remédio cujo preço é inacessível, a fim de salvar alguém, que, sem ele, 
morreria? Seria um erro pensar que, desde sempre, os homens têm as mesmas respostas para 
questões desse tipo. 
Com o passar do tempo, as sociedades mudam e, também, mudam os homens que as compõem. 
Na Grécia Antiga, por exemplo, a existência de escravos era perfeitamente legítima: as pessoas 
não eram consideradas iguais entre si, e o fato de umas não terem liberdade era considerado 
normal. Hoje em dia, ainda que nem sempre respeitados, os Direitos Humanos impedem que 
alguém ouse defender, explicitamente, a escravidão como algo legítimo. 
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Secretaria de Educação Fundamental. Ética. Brasília, 2012. 
Disponível em <portal.mec.gov.br>. Acesso em 16 jul. 2012 (com adaptações). 
 
Com relação à ética e à cidadania, avalie as afirmativas seguintes. 
I. Toda pessoa tem direito ao respeito de seus semelhantes, a uma vida digna, a 
oportunidades de realizar seus projetos, mesmo que esteja cumprindo pena de 
privação de liberdade, por ter cometido delito criminal, com trâmite transitado e 
julgado. 
II. Sem o estabelecimento de regras de conduta, não se constrói uma sociedade 
democrática, pluralista por definição, e não se conta com referenciais para se 
instaurar a cidadania como valor. 
III. Segundo o princípio da dignidade humana, que é contrário ao preconceito, toda e 
qualquer pessoa é digna e merecedora de respeito, não importando, portanto, sexo, 
idade, cultura, raça, religião, classe social, grau de instrução nem orientação sexual. 
É correto o que se afirma em 
A. I, apenas. 
B. III, apenas. 
C. I e II, apenas. 
D. II e III, apenas. 
E. I, II e III. 
 
Análise do enunciado do exemplo 11. 
 
 
 
 
 
 
 
Caderno de orientações – Christiane Mazur Doi 
 21 
Análise das afirmativas do exemplo 11. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Exemplo 12 (Enade 2012). Leia o texto abaixo. 
Legisladores do mundo comprometem-se a alcançar os objetivos da Rio+20 
Reunidos na cidade do Rio de Janeiro, 300 parlamentares de 85 países se comprometeram a 
ajudar seus governantes a alcançar os objetivos estabelecidos nas conferências Rio+20 e Rio 92, 
assim como a utilizar a legislação parapromover um crescimento mais verde e socialmente 
inclusivo para todos. 
Após três dias de encontros na Cúpula Mundial de Legisladores, promovida pela GLOBE 
International — uma rede internacional de parlamentares que discute ações legislativas em relação 
ao meio ambiente —, os participantes assinaram um protocolo que tem como objetivo sanar as 
falhas no processo da Rio 92. 
Em discurso durante a sessão de encerramento do evento, o vice-presidente do Banco Mundial 
para a América Latina e o Caribe afirmou: “Esta Cúpula de Legisladores mostrou claramente que, 
apesar dos acordos globais serem úteis, não precisamos esperar. Podemos agir e avançar agora, 
porque as escolhas feitas hoje nas áreas de infraestrutura, energia e tecnologia determinarão o 
futuro”. 
Disponível em <www.worldbank.org/pt/news/2012/06/20>. Acesso em 22 jul. 2012 (com adaptações). 
 
O compromisso assumido pelos legisladores, explicitado no texto acima, é condizente com 
o fato de que 
A. os acordos internacionais relativos ao meio ambiente são autônomos, não exigindo de 
seus signatários a adoção de medidas internas de implementação para que sejam 
revestidos de exigibilidade pela comunidade internacional. 
B. a mera assinatura de chefes de Estado em acordos internacionais não garante a 
implementação interna dos termos de tais acordos, sendo imprescindível, para isso, a 
efetiva participação do Poder Legislativo de cada país. 
Caderno de orientações – Christiane Mazur Doi 
 22 
C. as metas estabelecidas na Conferência Rio 92 foram cumpridas devido à propositura de 
novas leis internas, incremento de verbas orçamentárias destinadas ao meio ambiente 
e monitoramento da implementação da agenda do Rio pelos respectivos governos 
signatários. 
D. a atuação dos parlamentos dos países signatários de acordos internacionais restringe-
se aos mandatos de seus respectivos governos, não havendo relação de causalidade 
entre o compromisso de participação legislativa e o alcance dos objetivos definidos em 
tais convenções. 
E. a Lei de Mudança Climática aprovada recentemente no México não impacta o alcance 
de resultados dos compromissos assumidos por aquele país de reduzir as emissões de 
gases do efeito estufa, de evitar o desmatamento e de se adaptar aos impactos das 
mudanças climáticas. 
 
Análise do enunciado do exemplo 12. 
 
 
 
 
 
 
Análise das alternativas do exemplo 12. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Caderno de orientações – Christiane Mazur Doi 
 23 
Exemplo 13 (Enade 2014 – com adaptações). Leia o texto a seguir. 
Uma ideia e um aparelho simples devem, em breve, ajudar a salvar vidas de recém-nascidos. 
Idealizado pelo mecânico argentino Jorge Odón, o dispositivo que leva seu sobrenome desentala 
um bebê preso no canal vaginal, e, por mais inusitado que pareça, foi criado com base em técnica 
usada para remover rolhas de dentro de garrafas. O aparelho consiste em uma bolsa plástica 
inserida em uma proteção feita do mesmo material e que envolve a cabeça da criança. Estando o 
dispositivo devidamente posicionado, a bolsa é inflada para aderir à cabeça do bebê e ser puxada 
aos poucos, de forma a não o machucar. O método Odón deve substituir outros já arcaicos, como 
o de fórceps e o de tubos de sucção, os quais, se usados por mãos mal treinadas, podem 
comprometer a vida do bebê, o que, segundo especialistas, não deve acontecer com o novo 
equipamento. 
Segundo o The New York Times, a ideia recebeu apoio da Organização Mundial de Saúde (OMS) e 
já foi até licenciada por uma empresa norte-americana de tecnologia médica. Não se sabe quando 
o equipamento começará a ser produzido nem o preço a ser cobrado, mas presume-se que ele não 
passará de 50 dólares, com redução do preço em países mais pobres. 
GUSMÃO, G. Aparelho deve facilitar partos em situações de emergência. 
Disponível em <http://exame.abril.com.br>. Acesso em 18 nov. 2013 (com adaptações). 
 
Com relação ao texto acima, avalie as afirmativas a seguir. 
I. A utilização do método Odón poderá reduzir a taxa de mortalidade de crianças ao 
nascer, mesmo em países pobres. 
II. Por ser uma variante dos tubos de sucção, o aparelho desenvolvido por Odón é 
resultado de aperfeiçoamento de equipamentos de parto. 
III. Por seu uso simples, o dispositivo de Odón tem grande potencial de ser usado em 
diversos países. 
IV. A possibilidade de, em países mais pobres, reduzir-se o preço do aparelho idealizado 
por Odón evidencia preocupação com a responsabilidade social. 
É correto apenas o que se afirma em 
A. I e II. 
B. I e IV. 
C. II e III. 
D. I, III e IV. 
E. II, III e IV. 
 
Análise do enunciado do exemplo 13. 
 
 
 
 
 
Caderno de orientações – Christiane Mazur Doi 
 24 
Análise das afirmativas do exemplo 13. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Exemplo 14 (Enade 2014). Leia o texto a seguir. 
Constantes transformações ocorreram nos meios rural e urbano, partir do século XX. Com o 
advento da industrialização, houve mudanças importantes no modo de vida das pessoas, em seus 
padrões culturais, valores e tradições. O conjunto de acontecimentos provocou, tanto na zona 
urbana quanto na rural, problemas como explosão demográfica, prejuízo nas atividades agrícolas e 
violência. Iniciaram-se inúmeras transformações na natureza, criando-se técnicas para objetos até 
então sem utilidade para o homem. Isso só foi possível em decorrência dos recursos naturais 
existentes, que propiciaram estrutura de crescimento e busca de prosperidade, o que faz da 
experimentação um método de transformar os recursos em benefício próprio. 
SANTOS, M. Metamorfoses do espaço habitado. São Paulo: Hucitec, 1988 (com adaptações). 
A partir das ideias expressas no texto acima, conclui-se que, no Brasil do século XX, 
A. a industrialização ocorreu independentemente do êxodo rural e dos recursos 
naturais disponíveis. 
B. o êxodo rural para as cidades não prejudicou as atividades agrícolas nem o meio 
rural porque novas tecnologias haviam sido introduzidas no campo. 
C. homens e mulheres advindos do campo deixaram sua cultura e se adaptaram a 
outra, citadina, totalmente diferente e oposta aos seus valores. 
D. tanto o espaço urbano quanto o rural sofreram transformações decorrentes da 
aplicação de novas tecnologias às atividades industriais e agrícolas. 
E. os migrantes chegaram às grandes cidades trazendo consigo valores e tradições, 
que lhes possibilitam manter intacta sua cultura, tal como se manifestava nas pequenas 
cidades e no meio rural. 
 
Caderno de orientações – Christiane Mazur Doi 
 25 
Análise do enunciado do exemplo 14. 
 
 
 
 
 
 
Análise das alternativas do exemplo 14. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3. QUESTÕES DO TIPO ASSERÇÃO-RAZÃO 
 
As questões do tipo asserção-razão são resolvidas por meio da análise das relações 
existentes entre duas afirmativas (proposições I e II) conectadas pela palavra “PORQUE”. 
Na figura 2, está representado um esquema desse tipo de questão. 
 
 
Figura 2. Esquema de questões do tipo asserção-razão. 
Caderno de orientações – Christiane Mazur Doi 
 26 
Podemos ter as combinações de possibilidades mostradas abaixo. 
C1. As proposições I e II são falsas. 
C2. A proposição I é verdadeira, e a proposição II é falsa. 
C3. A proposição I é falsa, e a proposição II é verdadeira. 
C4. As proposições I e II são verdadeiras, e a segunda justifica a primeira. 
C5. As proposições I e II são verdadeiras, e a segunda não justifica a primeira. 
 
Pelo exposto, observamos que a primeira etapa na análise de questões do tipo 
asserção-razão é verificar se as proposições I e II, isoladamente, são falsas ou 
verdadeiras. Se pelo menos uma das proposições for falsa (a I, a II ou ambas), então não 
precisamos ver se a segunda é ou não uma justificativa da primeira. Vejamos alguns 
exemplos. 
 
Exemplo 15 (asserção-razão). Analise as asserções que seguem. 
I. A palavra “abacaxí” deve ser acentuada. 
PORQUE 
II. Todas as palavras paroxítonassão acentuadas. 
É correto afirmar que 
A. a primeira asserção é falsa, e a segunda é verdadeira. 
B. a primeira asserção é verdadeira, e a segunda é falsa. 
C. as duas asserções são falsas. 
D. as duas asserções são verdadeiras, e a segunda asserção justifica a primeira. 
E. as duas asserções são verdadeiras, e a segunda asserção não justifica a primeira. 
 
Análise do exemplo 15. 
 
 
 
 
 
 
 
Exemplo 16 (asserção-razão). Analise as asserções que seguem. 
Caderno de orientações – Christiane Mazur Doi 
 27 
I. A palavra “abacaxí” deve ser acentuada. 
PORQUE 
II. Todas as palavras paroxítonas terminadas em i são acentuadas. 
É correto afirmar que 
A. a primeira asserção é falsa, e a segunda é verdadeira. 
B. a primeira asserção é verdadeira, e a segunda é falsa. 
C. as duas asserções são falsas. 
D. as duas asserções são verdadeiras, e a segunda asserção justifica a primeira. 
E. as duas asserções são verdadeiras, e a segunda asserção não justifica a primeira. 
 
Análise do exemplo 16. 
 
 
 
 
 
Exemplo 17 (asserção-razão). Analise as asserções que seguem. 
I. A palavra “abacaxi” não deve ser acentuada. 
PORQUE 
II. As palavras paroxítonas terminadas em i não são acentuadas. 
É correto afirmar que 
A. a primeira asserção é falsa, e a segunda é verdadeira. 
B. a primeira asserção é verdadeira, e a segunda é falsa. 
C. as duas asserções são falsas. 
D. as duas asserções são verdadeiras, e a segunda asserção justifica a primeira. 
E. as duas asserções são verdadeiras, e a segunda asserção não justifica a primeira. 
 
Análise do exemplo 17. 
 
 
 
 
 
Caderno de orientações – Christiane Mazur Doi 
 28 
Exemplo 18 (asserção-razão). Analise as asserções que seguem. 
I. A palavra “catástrofe” deve ser acentuada. 
PORQUE 
II. Todas as palavras proparoxítonas são acentuadas. 
É correto afirmar que 
A. a primeira asserção é falsa, e a segunda é verdadeira. 
B. a primeira asserção é verdadeira, e a segunda é falsa. 
C. as duas asserções são falsas. 
D. as duas asserções são verdadeiras, e a segunda asserção justifica a primeira. 
E. as duas asserções são verdadeiras, e a segunda asserção não justifica a primeira. 
 
Análise do exemplo 18. 
 
 
 
 
 
Exemplo 19 (asserção-razão). Analise as asserções que seguem. 
I. Todas as palavras proparoxítonas devem ser acentuadas. 
PORQUE 
II. A palavra “catástrofe” é acentuada. 
É correto afirmar que 
A. a primeira asserção é falsa, e a segunda é verdadeira. 
B. a primeira asserção é verdadeira, e a segunda é falsa. 
C. as duas asserções são falsas. 
D. as duas asserções são verdadeiras, e a segunda asserção justifica a primeira. 
E. as duas asserções são verdadeiras, e a segunda asserção não justifica a primeira. 
 
Análise do exemplo 19. 
 
 
 
 
Caderno de orientações – Christiane Mazur Doi 
 29 
Exemplo 20 (asserção-razão). Considere as duas proposições a seguir. 
 O cubo de gelo derreteu. 
 O cubo de gelo ficou exposto ao sol. 
Sabendo que essas duas proposições são verdadeiras, ordene-as conforme solicitado nos 
itens A e B. 
A. As duas são verdadeiras, e a segunda asserção justifica a primeira. 
B. As duas são verdadeiras, e a segunda asserção não justifica a primeira. 
 
Item A do exemplo 20. 
 
 
 
 
 
Item B do exemplo 20. 
 
 
 
 
 
Exemplo 21 (Enade 2009). Analise as asserções que seguem. 
“No princípio, Deus criou o céu e a terra”. Essa frase bíblica é encontrada no Manual de 
Estilo da Editora Abril como exemplo de clareza, simplicidade e impacto, destacando que 
“se a primeira frase não levar à segunda, seu texto está morto”. 
PORQUE 
A abertura da matéria deve trazer a informação mais importante. 
É correto afirmar que 
A. a primeira é falsa, e a segunda é verdadeira. 
B. a primeira é verdadeira, e a segunda é falsa. 
C. as duas são falsas. 
D. as duas são verdadeiras, e a segunda asserção justifica a primeira. 
E. as duas são verdadeiras, e a segunda asserção não justifica a primeira. 
 
Caderno de orientações – Christiane Mazur Doi 
 30 
Análise do exemplo 21. 
 
 
 
 
 
 
Exemplo 22 (Enade 2009). A urbanização no Brasil registrou marco histórico na década 
de 1970, quando o número de pessoas que viviam nas cidades ultrapassou o número 
daquelas que viviam no campo. No final do século XX, em 2000, segundo dados do IBGE, 
mais de 80% da população brasileira já era urbana. Considerando essas informações, 
estabeleça a relação entre as charges a seguir. 
 
 
PORQUE 
 
BARALDI, Márcio. http://www.marciobaraldi.com.br/baraldi2/component/joomgallery/?func=detail&id=178. Acesso em 05 out. 2009. 
 
Com base nas informações dadas e na relação proposta entre essas charges, é correto 
afirmar que 
A. a primeira charge é falsa, e a segunda é verdadeira. 
B. a primeira charge é verdadeira, e a segunda é falsa. 
Caderno de orientações – Christiane Mazur Doi 
 31 
C. as duas charges são falsas. 
D. as duas charges são verdadeiras, e a segunda charge explica a primeira. 
E. as duas charges são verdadeiras, e a segunda charge não explica a primeira. 
 
Análise do exemplo 22. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Exemplo 23 (Enade 2012). Leia o texto a seguir. 
A globalização é o estágio supremo da internacionalização. O processo de intercâmbio entre países, 
que marcou o desenvolvimento do capitalismo desde o período mercantil dos séculos 17 e 18, 
expande-se com a industrialização, ganha novas bases com a grande indústria nos fins do século 
19 e, agora, adquire mais intensidade, mais amplitude e novas feições. O mundo inteiro torna-se 
envolvido em todo tipo de troca: técnica, comercial, financeira e cultural. A produção e a 
informação globalizadas permitem a emergência de lucro em escala mundial, buscado pelas firmas 
globais, que constituem o verdadeiro motor da atividade econômica. 
SANTOS, M. O país distorcido. São Paulo: Publifolha, 2002 (com adaptações). 
 
No estágio atual do processo de globalização, pautado na integração dos mercados e na 
competitividade em escala mundial, as crises econômicas deixaram de ser problemas locais 
e passaram a afligir praticamente todo o mundo. 
A crise recente, iniciada em 2008, é um dos exemplos mais significativos da conexão e 
interligação entre os países, suas economias, políticas e cidadãos. 
Considerando esse contexto, avalie as seguintes asserções e a relação proposta entre elas. 
I. O processo de desregulação dos mercados financeiros norte-americano e europeu levou 
à formação de uma bolha de empréstimos especulativos e imobiliários, a qual, ao estourar 
em 2008, acarretou um efeito dominó de quebras nos mercados. 
PORQUE 
II. As políticas neoliberais marcam o enfraquecimento e a dissolução do poder dos Estados 
nacionais, bem como asseguram poder aos aglomerados financeiros que não atuam nos 
limites geográficos dos países de origem. 
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta. 
Caderno de orientações – Christiane Mazur Doi 
 32 
A. As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa da I. 
B. As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II não é uma justificativa da I. 
C. A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa. 
D. A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira. 
E. As asserções I e II são proposições falsas. 
 
Análise do exemplo 23. 
 
 
 
 
 
 
 
Exemplo 24 (Enade 2011). Leia o texto a seguir. 
A Internet não é simplesmente uma tecnologia; é o meio de comunicação que constitui a forma 
organizativa de nossas sociedades; é o equivalente ao que foi a fábrica ou a grande corporação na 
era industrial. A Internet é o coração de um novo paradigma sociotécnico, que constitui na 
realidade a base material de nossas vidas e de nossas formas de relação, de trabalho e de 
comunicação. O que a Internet faz é processar a virtualidade e transformá-la em nossa realidade, 
constituindo a sociedade em rede, que éa sociedade em que vivemos. 
CASTELLS, M. Internet e sociedade em rede. In: MORAES, D. (org.) Por uma outra comunicação: mídia, 
mundialização cultural e poder. Rio de Janeiro: Record, 2003, p. 287. 
 
Considerando o texto acima, avalie as asserções a seguir e a relação proposta entre elas. 
I. As teorias da comunicação estudam não só os meios e seus produtos, mas o ambiente 
simbólico que se instala a cada nova tecnologia, suas significações, seus processos e suas 
implicações sociais. 
PORQUE 
II. A Internet, como espaço de convergência de mídias, é o meio que possibilita uma nova 
configuração social, em que a lógica da “rede” redefine os processos de comunicação. 
Acerca dessas asserções, assinale a opção correta. 
A. As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa da I. 
B. As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II não é uma justificativa da I. 
C. A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa. 
D. A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira. 
E. As asserções I e II são proposições falsas. 
Caderno de orientações – Christiane Mazur Doi 
 33 
Análise do exemplo 24. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Exemplo 25 (Enade 2012). Leia o texto a seguir. 
O anúncio feito pelo Centro Europeu para a Pesquisa Nuclear (CERN) de que havia encontrado 
sinais de uma partícula que pode ser o bóson de Higgs provocou furor no mundo científico. A busca 
pela partícula tem gerado descobertas importantes, mesmo antes da sua confirmação. Algumas 
tecnologias utilizadas na pesquisa poderão fazer parte de nosso cotidiano em pouco tempo, a 
exemplo dos cristais usados nos detectores do acelerador de partículas Large Hadron Colider 
(LHC), que serão utilizados em materiais de diagnóstico médico ou adaptados para a terapia contra 
o câncer. “Há um círculo vicioso na ciência quando se faz pesquisa”, explicou o diretor do CERN. 
“Estamos em busca da ciência pura, sem saber a que servirá. Mas temos certeza de que tudo o 
que desenvolvemos para lidar com problemas inéditos será útil para algum setor”. 
CHADE, J. Pressão e disputa na busca do bóson. O Estado de S. Paulo, p. A22, 08/07/2012 (com 
adaptações). 
 
Considerando o caso relatado no texto, avalie as seguintes asserções e a relação proposta 
entre elas. 
I. É necessário que a sociedade incentive e financie estudos nas áreas de ciências básicas, 
mesmo que não haja perspectiva de aplicação imediata. 
PORQUE 
II. O desenvolvimento da ciência pura para a busca de soluções de seus próprios 
problemas pode gerar resultados de grande aplicabilidade em diversas áreas do 
conhecimento. 
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta. 
A. As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa da I. 
B. As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II não é uma justificativa da I. 
C. A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa. 
D. A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira. 
E. As asserções I e II são proposições falsas. 
 
Caderno de orientações – Christiane Mazur Doi 
 34 
Análise do exemplo 25. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Exemplo 26 (Enade 2014 – com adaptações). Leia o texto a seguir. 
O trecho da música “Nos Bailes da Vida”, de Milton Nascimento, “todo artista tem de ir aonde o 
povo está”, é antigo, e a música, de tão tocada, acabou por se tornar um estereótipo de tocadores 
de violões e de rodas de amigos em Visconde de Mauá, nos anos 1970. Em tempos digitais, porém, 
ela ficou mais atual do que nunca. É fácil entender o porquê: antigamente, quando a informação se 
concentrava em centros de exposição, veículos de comunicação, editoras, museus e gravadoras, 
era preciso passar por uma série de curadores para garantir a publicação de um artigo ou livro, a 
gravação de um disco ou a produção de uma exposição. O mesmo funil, que poderia ser injusto e 
deixar grandes talentos de fora, simplesmente porque não tinham acesso às ferramentas, às 
pessoas ou às fontes de informação, também servia como filtro de qualidade. Tocar violão ou 
encenar uma peça de teatro em um grande auditório costumava ter um peso muito maior que 
fazê-lo em um bar, um centro cultural ou uma calçada. Nas raras ocasiões em que esse valor se 
invertia, era justamente porque, para uso do espaço “alternativo”, havia mecanismos de seleção 
tão ou mais rígidos que os do espaço oficial. 
RADFAHRER, L. Todo artista tem de ir aonde o povo está. 
Disponível em <http://novo.itaucultura.org.br>. Acesso em 29 jul. 2014 (com adaptações). 
 
A partir do texto acima, avalie as asserções a seguir e a relação proposta entre elas. 
I. O processo de evolução tecnológica da atualidade democratiza a produção e a 
divulgação de obras artísticas, reduzindo a importância que os centros de exposição 
tinham nos anos 1970. 
PORQUE 
II. As novas tecnologias podem fazer com que artistas sejam independentes, montem 
seus próprios ambientes de produção e disponibilizem seus trabalhos para grande número 
de pessoas. 
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta. 
A. As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II justifica a I. 
B. As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II não justifica a I. 
C. A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa. 
D. A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira. 
E. As asserções I e II são proposições falsas. 
Caderno de orientações – Christiane Mazur Doi 
 35 
Análise do exemplo 26. 
 
 
 
 
 
 
 
 
4. QUESTÕES QUE ENVOLVEM A APLICAÇÃO DA LÓGICA E DE RACIOCÍNIOS 
DEDUTIVOS E INDUTIVOS 
 
Inicialmente, vamos lembrar que uma proposição é uma sentença que “diz alguma 
coisa”, com palavras ou símbolos, e seu conteúdo pode ser ou verdadeiro (V) ou falso (F). 
Vejamos alguns exemplos de proposições. 
 
Proposição 1. Morangos são frutas. 
A proposição 1 é verdadeira porque morangos são frutas. 
 
Proposição 2. O planeta Terra tem a forma cúbica. 
A proposição 2 é falsa porque o planeta Terra não tem a forma cúbica. 
 
Proposição 3. O número 2,73 é um número inteiro. 
A proposição 3 é falsa porque 2,73 não é um número inteiro. 
 
Proposição 4. O número 273 é um número inteiro. 
A proposição 4 é verdadeira porque 273 é um número inteiro. 
 
Observação. A sentença “Como vai você?” não é uma proposição, pois seu conteúdo não 
pode ser classificado como verdadeiro ou falso. 
Será que uma proposição pode ser verdadeira e falsa “ao mesmo tempo”? 
Não na lógica clássica. Vejamos o porquê disso (e mais um pouco) com os 
PRINCÍPIOS DA LÓGICA descritos a seguir. 
Caderno de orientações – Christiane Mazur Doi 
 36 
 PRINCÍPIO DA IDENTIDADE. Uma proposição verdadeira será sempre verdadeira e 
uma proposição falsa será sempre falsa. Exemplo: A caneta é caneta. 
 
 PRINCÍPIO DO NÃO CONTRADITÓRIO. Uma proposição nunca pode ser verdadeira e 
falsa simultaneamente. Exemplo: A caneta não é “não caneta”. 
 
 PRINCÍPIO DO TERCEIRO EXCLUÍDO. Uma proposição ou será verdadeira ou será 
falsa, não existindo outra possibilidade. Exemplo: Ou aquilo é caneta ou aquilo não é 
caneta. 
 
Em relação às negações de proposições, temos o que segue. 
 Se uma PROPOSIÇÃO é VERDADEIRA, a sua NEGAÇÃO é FALSA. 
 Se uma PROPOSIÇÃO é FALSA, a sua NEGAÇÃO é VERDADEIRA. 
 
Vejamos, a seguir, algumas situações de negações de proposições. 
 
Situação 1. 
PROPOSIÇÃO. Morangos são frutas. 
NEGAÇÃO. Morangos não são frutas 
A proposição da situação 1 é verdadeira, consequentemente a sua negação é falsa. 
 
Situação 2. 
PROPOSIÇÃO. Renata tem cabelos loiros. 
NEGAÇÃO. Renata não tem cabelos loiros. 
Se a proposição da situação 2 for verdadeira, a sua negação é falsa. 
Se a proposição da situação 2 for falsa, a sua negação é verdadeira. 
Cuidado. A sentença “Renata tem cabelos castanhos” não é a negação (completa) da 
sentença “Renata tem cabelos loiros”. Negarque Renata tenha cabelos loiros deve incluir 
as possibilidades de Renata ter cabelos castanhos, ruivos, pretos... 
 
Situação 3. 
PROPOSIÇÃO. O número 2,73 é um número inteiro. 
NEGAÇÃO. O número 2,73 não é um número inteiro. 
A proposição da situação 3 é falsa, consequentemente a sua negação é verdadeira. 
Caderno de orientações – Christiane Mazur Doi 
 37 
Situação 4. 
PROPOSIÇÃO. O número 273 é um número inteiro. 
NEGAÇÃO. O número 273 não é um número inteiro. 
A proposição da situação 4 é verdadeira, consequentemente a sua negação é falsa. 
 
Situação 5. 
PROPOSIÇÃO. Todas as brasileiras são vegetarianas. 
NEGAÇÃO. Pelo menos uma brasileira não é vegetariana. 
Observação: Basta uma única brasileira não ser vegetariana para que a proposição acima 
se torne falsa. Pense um pouco sobre isso! 
 
Situação 6. 
PROPOSIÇÃO. Sílvia sabe cozinhar e nadar. 
NEGAÇÃO. Sílvia não sabe cozinhar ou não sabe nadar. 
Observação: A proposição da situação 6 torna-se falsa se Sílvia não souber cozinhar ou se 
Sílvia não souber nadar. Pense um pouco sobre isso! 
 
Situação 7. 
PROPOSIÇÃO. Se hoje fizer sol, então vou à praia amanhã. 
NEGAÇÃO. Hoje faz sol e não vou à praia amanhã. 
 
Situação 8. 
PROPOSIÇÃO. Se hoje chover, então não vou à praia amanhã. 
NEGAÇÃO. Hoje chove e vou à praia amanhã. 
Agora, reflita sobre as perguntas que seguem. 
 
Pergunta 1. Você acha que a sentença “100% das meninas brasileiras não gostam de 
futebol” é falsa ou verdadeira? Por quê? 
Pergunta 2. Qual é a negação (completa) de “100% das meninas brasileiras não gostam 
de futebol”? 
Pergunta 3. Qual é a negação (completa) de “se eu ganhar na loteria, então nos 
casaremos logo”? 
Pergunta 4. Qual é a negação (completa) de “André é carismático e desenvolto”? 
Caderno de orientações – Christiane Mazur Doi 
 38 
Podemos pensar nas seguintes respostas. 
Resposta à pergunta 1. A sentença “100% das meninas brasileiras não gostam de 
futebol” é falsa, pois, com certeza, existe pelo menos uma menina brasileira que gosta de 
futebol. 
Resposta à pergunta 2. A negação completa de “100% das meninas brasileiras não 
gostam de futebol” é “pelo menos uma menina brasileira gosta de futebol” ou “existe uma 
menina brasileira que gosta de futebol”. 
Resposta à pergunta 3. A negação completa de “se eu ganhar na loteria, então nos 
casaremos logo” é “ganho na loteria e não nos casamos logo”. 
Resposta à pergunta 4. A negação completa de “André é carismático e desenvolto” é 
“André não é carismático ou não é desenvolto”. Observe que, com relação à pergunta 4, a 
conjunção "ou" é negação do que se afirma com a conjunção "e", visto que, se André não 
atender a uma das características, a negação é completa. 
 
Exemplo 27 (lógica). Existem três suspeitos de invadir uma rede de computadores: Luiz, 
Thais e Felipe. Sabe-se que a invasão foi de fato cometida por um ou por mais de um 
deles, já que podem ter agido individualmente ou não. Sabe-se, ainda, que: 
I. Se Luiz é inocente, então Thais é culpada. 
II. Ou Felipe é culpado ou Thais é culpada, mas não os dois. 
III. Felipe não é inocente. 
Com base nessas considerações, conclui-se que 
A. somente Luiz é inocente. 
B. somente Thais é culpada. 
C. somente Felipe é culpado. 
D. Thais e Felipe são culpados. 
E. Luiz e Felipe são culpados. 
 
Análise do exemplo 27. 
 
 
 
 
 
Caderno de orientações – Christiane Mazur Doi 
 39 
Exemplo 28 (lógica). Gottlob Frege (1848-1925) pensava que toda linguagem humana 
significativa podia ser reduzida a fórmulas lógicas, ou seja, expressões simbólicas abstratas 
que se pareciam um pouco com a álgebra. Em suas tentativas de sistematizar a linguagem 
humana, abriu o caminho para a nova ciência moderna, a linguística. Sua filosofia da 
linguagem influenciou muito Bertrand Russell (1872-1970) e seu pupilo, Ludwig 
Wittgenstein (1889-1951). 
Ludwig Wittgenstein foi um filósofo austríaco que contribuiu com diversas inovações nos 
campos da lógica, filosofia da linguagem, epistemologia, dentre outros. Estudou 
Engenharia Mecânica em Berlim e concluiu seu doutoramento em Engenharia. Wittgenstein 
se envolveu em problemas e questões da filosofia da linguagem que Frege e Russel 
estavam desenvolvendo, sendo muito influenciado por Russell. Preocupavam-se muito com 
a enigmática questão: “O que faz a linguagem ter significado?”. Os filósofos da linguagem 
geralmente gastam muito do seu tempo imaginando por que, por exemplo, as palavras 
“frango” e “fritas” têm o significado que têm. 
O jovem Wittgenstein desenvolveu sua própria explicação de como as palavras adquirem 
seu significado. Para ele, a palavra é significativa porque representa a realidade, tal como 
o faz um quadro; isto é, uma sentença (ou como os filósofos costumam dizer, uma 
proposição) tem sentido se, e apenas se, descreve acuradamente um possível estado de 
coisas. Isso é chamado de teoria pictórica do significado, descrita no único livro que ele 
publicou em vida, Tractatus Logico-Philosophicus. Esse livro foi escrito nas trincheiras 
durante a Primeira Guerra, quando Wittgenstein servia como voluntário no exército 
austríaco. 
Uma das frases mais célebres de Wittgenstein é “Os limites da linguagem são os limites do 
meu mundo”. 
 
 
Ludwig Wittgenstein (26 de abril de 1889 – 29 de abril de 1951). 
Fonte. Fique por dentro da filosofia. São Paulo: Cosac & Naify, 2001. 
Disponível em <http://pt.wikipedia.org/wiki/Ludwig_Wittgenstein>. Acesso em 12 mar. 2022. 
 
Caderno de orientações – Christiane Mazur Doi 
 40 
Frege, Russell e Wittgenstein pensaram na linguagem significativa em termos da lógica. 
Vamos refletir um pouco sobre dois princípios da lógica, denominados de Princípio do 
Terceiro Excluído e Princípio da Não Contradição, que podem ser resumidos como segue: 
 Uma afirmação ou é verdadeira ou é falsa (ou seja, uma afirmação não pode ser 
verdadeira e falsa simultaneamente). 
 Se uma afirmação é verdadeira, a sua negação é falsa (e vice-versa). 
Vejamos, a seguir, um exemplo. 
 Afirmação: Luíza é morena. 
 NEGAÇÃO. Luíza não é morena. 
Se Luíza for morena, então a afirmação é verdadeira, e a sua negação é falsa. Caso 
contrário, a afirmação é falsa e a sua negação é verdadeira. 
Considere a afirmação: “Todo brasileiro é corintiano”. Qual é a negação total dessa 
afirmação (ou seja, a mínima condição para que essa afirmação seja falsa)? 
A. Nenhum brasileiro é corintiano. 
B. Existe brasileiro que não é corintiano. 
C. Todo não brasileiro é corintiano. 
D. Todo não brasileiro não é corintiano. 
E. Todo brasileiro não é corintiano. 
 
Análise do exemplo 28. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Exemplo 29 (lógica). Suponha que na escola “Aprender a aprender”, todas as salas que 
possuem mais de trinta carteiras situam-se no 2º andar. Sabe-se que Isabela estuda nessa 
escola, em uma sala no 2º andar. Considere e assinale a alternativa correta. 
Caderno de orientações – Christiane Mazur Doi 
 41 
A. A sala onde Isabela estuda tem trinta carteiras. 
B. A sala onde Isabela estuda tem mais de trinta carteiras. 
C. A sala onde Isabela estuda tem menos de trinta carteiras. 
D. Nada se pode afirmar sobre a quantidade de carteiras da sala onde Isabela estuda. 
E. Na escola “Aprender a aprender”, há exatamente dois andares com salas de aula. 
 
Análise do exemplo 29. 
 
 
 
 
 
 
Análise das alternativas do exemplo 29. 
 
 
 
 
 
 
 
Em todos os exemplos estudados, usamos o raciocínio para resolver questões. De 
modo geral, obtivemos conclusões por meio da análise de proposições e da concatenação 
de argumentos. 
Podemos classificar formalmente o raciocínio em dedutivo (dedução) e indutivo 
(indução). 
O raciocínio dedutivo parte de uma proposição geral para uma proposição particular. 
Vejamos algumas situações ilustrativas de uso de dedução. 
 
Dedução - Situação 1. 
Toda mulher é vaidosa. 
Maria é mulher. 
Logo, Maria é vaidosa. 
Cadernode orientações – Christiane Mazur Doi 
 42 
Dedução - Situação 2. 
Todos os paulistanos são paulistas. 
Todos os paulistas são brasileiros. 
Todos os paulistanos são brasileiros. 
O raciocínio indutivo parte de uma proposição particular para o geral. Vejamos 
algumas situações ilustrativas de uso de indução. 
 
Indução - Situação 1. 
Todos os peixes observados no aquário são de cor laranja. 
Todos os peixes são de cor laranja. 
 
Indução - Situação 2. 
Todos os alunos observados não responderam à questão 7. 
Todos os alunos não responderam à questão 7. 
 
Exemplo 30 (dedução e indução). O texto a seguir ironiza dois posicionamentos 
opostos: o primeiro refere-se ao método científico, construído por princípios indutivos; o 
segundo refere-se ao método criacionista, construído por princípios dedutivos. 
 
 
Disponível em <http://mavit.kabunzo.com/2009/03/03/a-diferenca-entre-evolucionismo-e-criacionismo/03/03/2009>. Acesso em 12 
mar. 2022. 
 
O método indutivo é um processo mental por meio do qual se infere uma verdade geral ou 
universal, não contida nas partes examinadas. O objetivo dos argumentos é levar a 
conclusões cujo conteúdo é muito mais amplo do que o das premissas nas quais se 
Caderno de orientações – Christiane Mazur Doi 
 43 
baseiam. O método dedutivo é um processo mental, contrário à indução, por meio do qual 
é possível, a partir de uma ou mais premissas aceitas como verdadeiras, a obtenção de 
uma conclusão necessária e evidente. Com base nos conceitos e na ilustração, qual 
alternativa constitui um exemplo de método científico indutivo? 
A. 
O corvo 1 é negro. 
O corvo 2 é negro. 
O corvo 3 é negro. 
O corvo "n" é negro. 
------------------------- 
(Todo) corvo é negro. 
 
B. 
José e Antônio são homens. 
Todos os homens morrem. 
Logo, José e Antônio morrerão. 
 
C. 
As uvas caem, então a raposa as come. 
A raposa come somente uvas maduras. 
As uvas estão verdes ou caem. 
Logo, a raposa come unicamente uvas que caem. 
 
D. 
Todos os homens são mortais. 
Sócrates é homem. 
Portanto, Sócrates é mortal. 
 
E. 
100% dos calouros universitários são capazes de ler livros do sexto período. 
Fábio é calouro universitário. 
Fábio é capaz de ler livros do sexto período. 
 
Caderno de orientações – Christiane Mazur Doi 
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Análise do exemplo 30. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Exemplo 31 (lógica). Um tijolo pesa 1 kg mais meio tijolo. Quanto pesa um tijolo? 
A. A. 0,5kg B. B. 1kg C. C. 1,5kg D. D. 2kg E. E. 3kg 
 
Análise do exemplo 31. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pelo que discutimos neste material, você deve ter percebido que a leitura 
atenta de textos e uma boa dose de raciocínio lógico são fundamentais para 
resolvermos problemas e questões. 
Você pode aplicar o que aprendeu resolvendo os exercícios do caderno de 
questões. 
Bom estudo! 
Christiane Mazur Doi 
ES 
Caderno de orientações – Christiane Mazur Doi 
 45 
Dedicações e agradecimentos. 
 
Dedicado este trabalho às memórias de Luiz Mazur, de Kaoru Doi e de todas as 
pessoas que lá chegaram. 
 
Agradeço às revisões de Tânia Sandroni e de Jamilson José Alves da Silva.

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