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Legislação Processo de Licenciamento ➢ Diplomas legais que normatizam a criação de animais: - IN 169/08 do IBAMA - Instituir e normatizar as categorias de uso e manejo da fauna silvestre em cativeiro em território brasileiro o Portaria 117/97 do IBAMA – regula a comercialização de animais silvestres o Portaria 118N/97 do IBAMA – regula a criação de animais silvestres o Portaria 102/98 do IBAMA - regula a criação de animais silvestres o Portaria 093/98 do IBAMA - regula a comercialização de animais exóticos Obs: Legislação complexa, conflitante e ineficiente. A normatização das atividades tornou-se uma rede extensa de obrigações e deveres de difícil entendimento e muitas vezes impossíveis de serem executadas. Está para ser revisada. INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº169, DE 20 DE FEVEREIRO DE 2008 Capítulo I : do objeto e abrangência I. Jardim zoológico II. Centro de triagem III. Centro de reabilitação IV. Mantenedor de fauna silvestre V. Criadouro cientifico de fauna silvestre para fins de pesquisa VI. Criadouro cientifico de fauna silvestre para fins de conservação VII. Criadouro comercial de fauna silvestre VIII. Estabelecimento comercial de fauna silvestre IX. Abatedor e frigorifico de fauna silvestre Artigo 3º Para fins dessa IN estendeu-se por: I. Abatedouro e frigorifico de fauna silvestre: todo empreendimento autorizado pelo IBAMA, somente de pessoa jurídica, com finalidade de: abater os animais, beneficiar e alienar partes, produtos e subprodutos de fauna silvestre; X. Criadouro cientifico para fins de conservação: todo empreendimento autorizado pelo IBAMA, pessoa física ou jurídica, vinculados a Planos de Manejos reconhecidos, coordenados ou autorizados pelo órgão ambiental competente, com finalidade de: criar, recriar, reproduzir e manter espécimes de fauna silvestre nativa em cativeiro para fins de realizar ou subsidiar programas de conservação; XI. Criadouro cientifico para fins de pesquisa: todo empreendimento autorizado pelo IBAMA, somente de pessoa jurídica, vinculada a instituição de pesquisa ou de ensino e pesquisa oficiais, com finalidade de: criar, recriar, reproduzir e manter espécimes de fauna silvestre nativa em cativeiro para fins de realizar ou subsidiar programas de pesquisas, ensino e extensão; XII. Criadouro comercial: todo empreendimento autorizado pelo IBAMA, de pessoa física ou jurídica, com finalidade de: criar, recriar, terminar, reproduzir e manter espécimes da fauna silvestre em cativeiro para fins de alienação de espécimes, partes, produtos e subprodutos; XX. Mantenedor de fauna silvestre: todo empreendimento autorizado pelo IBAMA, de pessoa física ou jurídica, com finalidade de: criar e manter espécimes da fauna silvestre em cativeiro, sendo proibida a reprodução; XXI. Parte ou produto da fauna silvestre: pedaço ou fração de um elemento de origem animal, que não tenha sido beneficiado a ponto de alterar sua característica, forma ou propriedade primária, como por exemplo: carcaça, carne, víscera, gordura, ovo, asa, pele, penas, pluma, osso, chifre, corno, sangue, glândula, veneno, entre outros; Capítulo II: das autorizações Artigo 4º Para os empreendimentos citados no art 1º exercerem suas atividades deverão obter as autorizações prévias (AP), de instalações (AI) e de manejo (AM) ➢ Documentos exigidos pelo IBAMA para licenciamento o Carta consulta nos termos do anexo da Portaria, com firma devidamente reconhecida. Deve conter todas as espécies pretendidas. o Formulário padrão. Denominando a categoria (criadouro comercial de aves exóticas e/ou de aves silvestres). o Declaração de que não possui animais sem origem (com firma reconhecida). o Declaração de que está ciente o que dispõe a Lei 6.938, de 31 de agosto de 1981, que estabelece a política de Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e outras providências (com firma reconhecida e registrada em cartório de títulos e documentos). o Termo de responsabilidade técnica (do veterinário, com firma reconhecida, cópia do CRMV, plantas e croquis da área). o Cópia de documentos pessoa física (ID e CIC) e pessoa jurídica (alvará, CS, etc). o Parecer ambiental do órgão Municipal ou Estadual (Conf. Resolução 237/98 do CONAMA e IN 03/00 do IBAMA) ➢ Quantidade inicial de matrizes o Nome popular, científico e origem dos espécimes (nota fiscal, registro amador, etc) ➢ Descritivo do criadouro o Área disponível o Criação de croqui das instalações e da área de manejo (salas, etc) o Animais discriminados e suas respectivas instalações o Abrigos naturais e artificiais o Aspectos sanitários (eliminação de resíduos sólidos e efluentes líquidos e destinação de carcaça de animais mortos) ➢ Descrição das espécies o Características das espécies (tamanho, cor, grupo, hábitos, origem crias anuais, etc) o Dados zoológicos e zootécnicos das espécies requisitadas ➢ Formas de manejo o Alimentação – preparo e ração ofertada o Criação – procedimentos na época de criação o Tratamento – referente a filhotes e animais enfermos o Assepsia – procedimentos de limpeza, desparasitação de recintos, etc o Manutenção – manejos diários dos animais ➢ Enfermidades comuns aos animais do plantel e respectivo tratamento ➢ Sistema de marcação do plantel e dos animais a serem comercia- lizados o Seguir Instrução Normativa de marcação anual = IN 02/2001, deverá sair nova normativa em 2004. Os sistemas de marcação são indicados basicamente: - Mamíferos: sistema eletrônico (microchip), tatuagem, brincos e sistema australiano - Aves: anilhas e microchip - Répteis Testudíneos e Crocodilianos: lacres, arrebites e microchip - Répteis (lagartos e serpentes): microchip ➢ Cronograma de Produção o Por espécie a se ter no plantel ➢ Estudo de mercado o Para o animal ou sub-produto a ser produzido e comercializado ➢ Formas de comercialização o Em conformidade com as Portarias 117/97 e 093/98 do IBAMA ➢ Objetivo do criadouro obs: 1º para o registro do cadastro e regularização do criatório – Autorização Prévia (AP); A solicitação é feita por meio de um formulário eletrônico disponível no SisFauna; A emissão é após o cadastro das espécies desejadas 2º elaboração de projeto técnico: deve constar todas as informações das Normativas vigentes 3º com o projeto aprovado – Emissão da Autorização de Instalação (AI): O projeto técnico deverá ser composto por: - Número da Autorização Prévia (AP) - Cópia dos documentos RG e CPF de pessoa física e jurídica interessada - Memorial descritivo das instalações (piso, substrato, barreira física, abrigos, sistemas contra fugas, dimensões e equipamentos, e das medidas higiênico-sanitárias estruturais; - Plano de trabalho contendo: ✓ Medidas plano de emergência para casos de fugas de animais ✓ Medidas higiênico-sanitárias ✓ Medidas de manejo e contenção 4º quando tudo estive aprovado – Emissão da Autorização de Manejo (AM): A etapa final do registro, estando o criatório apto a receber os animais ou realizar vendas Artigo 11 O IBAMA realizará a vistoria técnica no prazo de 120 dias, após ser informado oficialmente da conclusão das obras, por meio do SisFauna obs: Empresas especializadas realizam todo o processo de registro do criatório, responsabilizando-se desde seu dimensionamento, elaboração do projeto, e tramitação no órgão ambiental, até a assistência técnica ao criador registrado. Com isso, o criador fica por conta apenas de curtir sua criação e seus animais Gerenciamento ➢ Obrigações legais da atividade de criadouros comerciais: o Deve se cadastrar anualmente (até 30 de março) no CTF –Cadastro Técnico Federal, via internet ou no GEREX do IBAMA. o Anualmente deve apresentar Relatório de Atividades, previsto na Lei 10.165/00. Deve ser feito junto com CTF na internet. o Relatório Anual de evolução de plantel, a ser entregue no Setor de fauna da Gerencia Regional em seu Estado. o Relatório Semanal de venda de animais silvestres, a ser entregue no Setor de fauna da Gerencia Regional em seu Estado. o Laudo de necropsia dos animais mortos, do plantel ou nascidos. ➢ Elaboração de Planilhas – de custo, alimentação,etc. ➢ Fichas individuais dos animais do plantel reprodutor e dos nascidos o Importante para saber origem de animais ➢ Marcação de filhotes no prazo previsto em normas do IBAMA o Acompanhar através de Instruções Normativas do IBAMA ➢ Verificar benefícios para produtor e/ou microempresas ➢ Manter arquivos de origem de animais e de nota de vendas ➢ Formas de adquirir animais legalmente o De criadouro ou loja registrada no IBAMA, com nota fiscal e registro do estabelecimento o Através de Centros de Triagem do IBAMA, sempre acompanhado(s) da Licença de Transporte do órgão (o que garante a origem) o Importados na forma da Lei: animais sem origem (documento compro- batório de legalidade) não podem ser incorporados a plantéis, sob pena de multa e processo penal contra o criadouro e o responsável técnico. ➢ Deve se ter procedimentos para adquirir animais para o plantel reprodutor ➢ Dar prioridade a animais com maiores valores de mercado o Animais listrados na CITES e na Lista oficial brasileira são permitidos. ➢ Visar exportação como opção ao mercado nacional o Animais listrados na CITES e da Lista oficial brasileira em geral são os mais interessantes para o mercado externo ➢ Acompanhar e estudar preços internacionais o No geral, países europeus possuem preços muito competitivos em função da criação há muitos anos e importações de cotas da CITES ➢ Estudar normas de transporte para animais vivos o A IATA –Int’l Air Transport Association (em acordo com o CITES) possui medidas mínimas para transporte de animais obs: É importante ressaltar que as criações de animais silvestres em cativeiro são uma importante ferramenta de conservação da fauna, ao manter vivo o patrimônio genético de diferentes espécies e diminuir a busca por animais retirados ilegalmente da natureza, fornecendo para a sociedade, animais de origem legal Mercado ➢ Características do mercado nacional o Há mais de 25.000 lojas em todo o país o Mercado consumidor para animais de preço baixo (até 300 reais) o Algumas espécies tem pouca demanda o Deve-se dar prioridade a animais “pet”, ou seja, mansos e acostumadas com o trato humano para estimação o Mercado para sub-produtos ainda muito tímido o A venda deve sempre estar acompanhada de nota fiscal o Aonde deve constar marcação dos animais, nome comum e cientifico, número de registro no IBAMA e sexo do animal o Observar Código de Consumidor o Animais com problemas ou doenças pré-existentes podem ser devolvidos o Lojas ou outros estabelecimentos são obrigados a se registrar no IBAMA para a revenda de animais silvestres e exóticos o O transporte aéreo segue as mesmas normas da IATA ➢ Características do mercado internacional o Mercado consumidor para animais de preço elevado o Algumas espécies tem pouca demanda devido a importações o Deve-se dar prioridade a animais “pets”, ou seja, mansos e acostumadas com o trato humano para estimação o Mercado para sub-produtos mais ativos o Frete em geral aéreo, portanto caro o Mercado externo regulado pela CITES Convenção Internacional de Comércio de Fauna e Flora Ameaçadas e pela IATA o Concorrência forte de produtos europeus, americanos e asiáticos - A produção de animais em cativeiro no exterior data do século XIX, com forte produção de algumas espécies o Concorrência de países exportadores de cotas da CITES ➢ Muitos países exportam animais de captura de forma autorizada pela Convenção, muitas cotas chegam a dezenas de milhares de animais
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